4ª Região Eclesiástica | JANEIRO 2023

Bispo Bruno Roberto

ABRINDO OS OLHOS
PARA COISAS MAIORES
Lucas 24.13-35 Versículo do mês
O texto bíblico, proposto como base da nossa reflexão, conta a história
de dois discípulos de Jesus que diante da Sua crucificação e morte decidi-
ram voltar para casa frustrados. Essa experiência prova que estar escorado
em fatos isolados (ou isolar os fatos) pode nos privar de enxergar e vivenciar
os planos de Deus.
Após Sua ressurreição, Jesus encontrou dois discípulos retornando para
“E aconteceu que,
Emaús muito tristes com os recentes acontecimentos em Jerusalém. Ao esta-
belecerem diálogo, os discípulos ficaram indignados porque aquele que não quando estavam à
reconheceram ser o Cristo aparentava desconhecer as informações do final
de semana. Afinal, Jesus perguntou o que tinha acontecido de tão significativo
mesa, tomando ele o
nos últimos dias. Entretanto, essa foi a maneira de provocar os dois discípulos pão, abençoou-o e,
a expressarem os motivos do desânimo e, uma vez que Ele já sabia a resposta,
ficou provado que o Seu real interesse era destacar que a morte do Messias tendo-o partido, lhes
não interrompeu o projeto de Deus. deu; então, se lhes
O relato de Lucas afirma que o Mestre passou a ensinar sobre “Moisés e os
demais profetas”. Isso é muito interessante e atual, pois aqueles homens desa- abriram os olhos, e o
nimados acharam que a morte de Jesus seria o fim da esperança para aquele reconheceram; mas
tempo de opressão romana, desconhecendo que já existia um projeto divino
em curso. Geralmente, o ser humano associa os últimos acontecimentos como ele desapareceu da
definitivos para toda a história, superdimensionando e isolando situações de
presença deles.”
algo maior. Aqueles discípulos desconheciam que o plano de redenção de
Deus para Israel tivera início há muito tempo, com histórias antigas e impor-
Lucas 24:30-31
tantes como as “de Moisés e os demais profetas”. Entretanto, focar apenas na
necessidade de libertação do império romano que os aprisionavam, limitava
as suas mentes para compreenderem que Jesus tinha exatamente a intenção
de morrer no lugar daqueles considerados culpados, e que Seu sofrimento foi
a conclusão de um projeto de salvação. Projeto esse, iniciado ainda na época
do pecado dos primeiros seres humanos no Éden. Uma mente que isola os
acontecimentos sem associá-los com os planos maiores de Deus, viverá sem-
pre na perspectiva de “voltar frustrada para Emaús”.
Jesus precisou ensinar sobre as referências antigas que os dois discípu-
los desvalorizavam. É provável que alguns leitores e algumas leitoras deste
texto também estejam “sempre voltando” em frustrações, porque vivem sob
impactos de acontecimentos, desconsiderando “toda a história”. Há pessoas
frustradas na família porque os últimos acontecimentos não foram bons, mas
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estes se esqueceram que há uma promessa desde Abraão de bênçãos para
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todas as famílias da Terra. Há outras pessoas que “sempre voltam frustradas”
porque a culpa do pecado ainda traz condenação a elas, ignorando que no exemplo de Jacó vemos o potencial do
arrependimento que transforma trapaceiros (as) em príncipes e princesas. Há ainda aqueles e aquelas que, como
Jeremias, sempre lamentam a aparente má sorte diante dos desafios, enquanto deveriam visitar a “Casa do Oleiro”
para serem transformados por Ele (Jeremias 17.1-17 ). Há pastores, pastoras e demais líderes que já “voltaram há muito
tempo para Emaús”, cedendo à frustração de uma vida ministerial estagnada, se esquecendo que podem revisitar a
experiência de Maria, que ao receber a notícia que seria mãe mesmo virgem, não sabendo como proceder, ouviu do
anjo que desceria sobre si o Espírito Santo. O derramar do Espírito Santo nos reativa ministerialmente e ajusta aquilo
que não temos competência para fazer.
Eu não tenho espaço e tempo para elencar todas as possíveis aplicações desta reflexão, mas é certo que Deus es-
pera que, diferentemente dos caminhantes de Emaús, associemos cada acontecimento com um plano maior dEle. Os
discípulos de Emaús só pensavam na morte de Jesus como impossibilidade de derrotar os romanos, como lhes era
conveniente. Contudo, Jesus ensinou sobre “Moisés e os demais profetas” para mostrar que a vida cristã saudável faz
com que “todas as coisas cooperem para o bem de quem ama a Deus”.
Neste início de ciclo, como o superintendente da 4ª Região Eclesiástica, desejo profundamente que compreen-
damos que é hora de abrirmos os olhos para projetos mais abrangentes da parte de Deus. Quem nos chamou não
conhece limites e possui interesse em nos capacitar como Seus instrumentos.
Pense nisso e seja liberto/a de sempre “voltar em frustração para Emaús”.

Bispo Bruno Roberto

ANIVERSARIANTES
DE JANEIRO DATAS COMEMORATIVAS
1 Pr. Wesley Venâncio
Pr. Erlon Martins
2 Pr. Manasses JANEIRO 2023
3 Pra. Débora Ravagnani
8 Pra. Kalindy Fiório D S T Q Q S S 6 Dia da Gratidão
10 Pra. Anelise Silva 1 2 3 4 5 6 7 21 Dia Mundial da Religião
Pr. Jorge Duarte
Pr. Carlos Henrique 8 9 10 11 12 13 14 21 Dia Nacional de Combate
11 Pr. Carlos Alexandre 15 16 17 18 19 20 21 à Intolerância Religiosa
12 Pr. Diviraldo Rodrigues
Pr. Marcos André
22 23 24 25 26 27 28
13 Miss. Agmar 29 30 31
14 Miss. Norberto
15 Miss. Maria Helena Honorato
16 Pr. Valmir Raymundo
Pr. Wellington Simoncelos
17 Pr. Billy Fádel
19 Pr. José Maria Lyra
Pr. Antônio Prado
21 Pr. Leomir Pascoal
22 Pr. Márcio Silva
24 Pr. Alan Franklin
26 Pr. Eli Soares
27 Pr. Robert Costa
Miss. João Barbosa
28 Pr. Thaylisson de Paula
29 Pr. Elias Dilem
Pra. Fátima Silveira
Pr. Alysson Ferreira
30 Pr. Willians Pires
Pr. Alexander Cunha

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• Amarelo (brilho de Jesus,
sol da vida);
• Verde (criação,
perseverança, constância,
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