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Folha da Comunidade Paroquial Ano 36 Nº 26 - 19 março 2023

DEZ ANOS DE PONTIFICADO: Popecast e entrevistas


É curioso. Francisco, antes de ser Papa, descon-
fiava da comunicação social, escapava-se de
jornalistas e fotógrafos. Com a eleição para a
cátedra de Pedro ganhou coragem e entrou na
“fossa dos leões”, como ele mesmo definiu o
mundo da comunicação numa das suas primei-
ras viagens. E a partir daí aprendeu a lidar com
o mundo da comunicação pondo-a ao serviço do
seu ministério de pastor da Igreja e líder do
mundo. É um exemplo para as dioceses e paró-
quias de todo o mundo.
Nos dias que antecederam o décimo aniversário da sua eleição desdobrou-se num proliferar de en-
trevistas e fez o seu primeiro “podcast” que nem ele sabia o que era, mas acolheu com um sorriso o
convite para o fazer.
Os temas? Os mais variados, ligados à vida da Igreja, do mundo e da sua vida pessoal. São um convite
à reflexão: para onde vamos como seres humanos e como crentes?
Milhares de audiências, centenas de visitas a dioceses e paróquias, 40 viagens apostólicas a 58 países
da periferia do mundo. Qual o momento mais belo? Resposta imediata: “O encontro com os velhos
na Praça de São Pedro” (a audiência com os avós de todo o mundo, a 28 de setembro de 2014). E
explica: “Os velhos são sábios e ajudam-me muito. Eu também sou velho, certo? Os velhos são como
um bom vinho…”.
E momentos maus: alguns, “todos ligados ao horror da guerra… e atrás da guerra está o comércio
das armas, isto é diabólico!”. Francisco não pensava ser o pastor a guiar a Igreja universal no tempo
da “terceira guerra mundial”. “Faz-me sofrer ver os mortos, os jovens – quer sejam russos, quer ucra-
nianos, não importa – que não regressam. É duro!”. Por isso, não hesita em responder que a melhor
prenda que o mundo lhe poderia fazer para este décimo aniversário do seu pontificado seria a paz:
“A paz, é necessária a paz!”.
Por fim deixa três palavras para a Igreja, o mundo e a humanidade: “fraternidade, lágrimas e sorri-
sos… Fraternidade humana, somos todos irmãos, restaurar a fraternidade. Aprender a não ter medo
de chorar e sorrir… Se nos esquecemos de chorar algo não funciona. E se nos esquecemos de sorrir,
ainda é pior. Frei Fabrizio
IV domingo da Quaresma - A
1Sam 16, 1.6-7.10-13 O Senhor vê o coração
Salmo 22 O Senhor é meu pastor: nada me falta
Ef 5, 8-14 Vivei como filhos da luz
Jo 9, 1-42 Eu fui, lavei-me e comecei a ver

MEDITAR
É um dos episódios mais dramáticos do
quarto evangelho: o confronto entre a luz
e as trevas, a verdade e a mentira. O sen-
tido da narração do milagre (sinal) do
cego de nascença que obteve a luz mate-
rial e espiritual (a fé) está expresso na
afirmação de Jesus: “Eu sou a luz do
mundo”.
Deixam-no entender também as palavras
conclusivas: “Eu vim para exercer um juí-
zo: os que não vêem ficarão a ver; ORAR
os que vêem ficarão cegos”, isto é, os Passaste ao lado do cego
autossuficientes que se fiam da sua luz e reparaste nele:
em oposição aos humildes de que o cego curaste-o da sua debilidade.
é o tipo. Jesus diz que veio a este mundo Ao olharmos
para julgar. o mundo que nos rodeia,
De facto, os fariseus consideravam-se os sentimos que a escuridão é forte
videntes, mas eram cegos (e guias de ce- que é necessária a tua luz,
gos); o cego curado, ao invés, representa que é necessário que continues
o cristão simples que com o seu bom sen- a passar dando vista aos cegos,
so dá uma explicação reta e clara à obra libertando-nos
de Jesus, mesmo vindo a ser expulso da de todas as debilidades.
sinagoga. Ainda hoje, sob o pretexto de É necessário que Te encontremos
fidelidade a certas doutrinas e práticas ou para que também hoje
costumes, também os “crentes” correm o possamos dizer-Te:
risco de não perceber a luz e ficar cristãos “eu creio, Senhor!”
cegos e medíocres.
Ámen.
Vendas: o símbolo do 4º domingo
Depois de bebermos da Fonte de água
viva, no encontro de Jesus com a Sama-
ritana, somos hoje conduzidos, como o
cego, à fonte luminosa, que é Jesus Cris-
to, Luz do mundo!
Jesus com a sua saliva "recriadora" de-
volve-nos a visão, tira as “vendas” da
hipocrisia e da presunção.
VIDA na IGREJA e no MUNDO

Francisco e o celibato
O assunto é delicado, muito debatido entre os católicos e Francisco parece lançar
mais achas na fogueira, para manter aberta a reflexão, mesmo que não haja mudan-
ças para já. Trata-se da disciplina do celibato sacerdotal.
O celibato para os padres não é um dogma, diz o Papa. Pode ser revisto. Contudo,
“ainda não estou pronto para revê-lo, é uma questão de disciplina, que existe hoje e
pode não existir amanhã, pois não tem nada a ver com o dogma”. São as palavras
de Francisco ao site argentino Perfil, dois dias depois de ter dito a outro site argenti-
no, Infobae, que o celibato, sendo “uma disciplina” e “uma prescrição temporária”
assente na tradição da Igreja do Ocidente, pode ser revisto.
No turbilhão de entrevistas do fim de semana por ocasião do décimo aniversário de
seu pontificado, o tema do celibato (que para já não será analisado) superou o da
renúncia (que não acontecerá tão cedo como alguns esperavam), mas o simples
facto de que o Pontífice da Igreja Católica fale dele – e não é a primeira vez – relan-
ça uma perspetiva, que entrou no debate durante o Concílio Vaticano II e depois
voltou ao silêncio.
Dia do Pai: ver com olhos de criança
No Domingo celebra-se o Dia do Pai (por ser o 4º Domingo da Quaresma a festa de
São José passa para o dia 20). Ajuda-nos este trecho de José Tolentino.
“A oração do Pai nosso devia sobressaltar-nos. Habituámo-nos tanto a conviver com
o Pai nosso, que corremos o risco de lhe atenuar o sentido. Como lembrava Oscar
Wilde, a repetição pode ser uma coisa muito antiespiritual. Mas os primeiros que
ouviram Jesus dizer “Abbá” sentiram o
oposto disso, pois reconheceram-se diante
de um facto singular e novo: havia Alguém
que chamava “Pai” a Deus. Outros ouvin-
tes terão certamente julgado isso escanda-
loso, um modo inaceitável de rezar. Por-
quê? Porque é mais fácil ver Deus a partir
de fora. Deus grande, transcendente, po-
deroso, libertador, mas sempre observado
a partir da exterioridade. A viragem que
Jesus de Nazaré introduz é considerar
Deus a partir de dentro. Jesus apresenta-
Se como o Filho de Deus. E a relação que
mantém com Deus é uma relação filial”.
in Pai-nosso que estais na terra, ed. Paulinas.
Oração a São José
IV Domingo da Quaresma A vós, São José, recorremos na nossa tribulação,
cheios de confiança solicitamos a vossa protecção
19 Domingo Laetare (da Alegria)
Dia do Pai no dia de hoje para todos os pais de família.
Mar
• 16h: Via sacra na Cova d’Ouro Vós fostes o pai adotivo de Jesus,
Dom • 19h30: Vésperas em Santo
soubestes amá-l’O, respeitá-l’O e educá-l’O
António com amor e dedicação, como vosso próprio filho.
Olhai todos os pais do mundo
Solenidade de São José
e especialmente os da nossa comunidade,
Encontro em Coimbra das Co-
para que, com amor e dedicação,
20 munidades dos Frades de Coim-
eduquem os seus filhos na fé cristã e para a vida.
Mar bra, Lisboa e Viseu.
SEG Em S. Antonio: Protegei todos os pais doentes
• 07h30: Laudes que sofrem por não poderem dar saúde,
• 8h30 e 18h30: Missa educação e casa decente aos seus filhos.
Protegei todos os pais que trabalham arduamente
25 Anunciação do Senhor no dia-a-dia para não faltar nada aos seus filhos.
Mar • 10h30 e 15h00: Confissões da Protegei todos os pais
Sab Catequese que se dedicam de corpo e alma à sua família.
Iluminai os pais que não querem assumir a sua paterni-
26 V Domingo da Quaresma dade e os que desprezam seus filhos e suas esposas.
Mar • 16h: Via Sacra na Carapinheira Olhai por todos os pais, para que assumam e vivam
DOM Muda a hora com alegria sua vocação paterna. Ámen.

Regresso das celebrações no mosteiro de Celas


Depois das obras de recuperação, o Mosteiro de Celas está a retomar aos
poucos as atividades religiosas e culturais.
No sábado passado, 11 de Março, de
manhã e de tarde, houve a celebração
da Via-Sacra com os vários anos da ca-
tequese.
No próximo domingo, 26 de Março, rei-
nicia a Missa dominical com um novo
horário: às 9h00. No início de cada mês
será exposto o horário das celebrações.

Paróquia de Santo António dos Olivais, 3000-083 COIMBRA


Tel 239 711 992 | 239 713 938 | picapau@santoantonioolivais.pt | cartorio.olivais@gmail.com
https://santoantonioolivais.pt

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