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Trimestre: JUL | AGO | SET | 2023 = Assunto: Efésios


Lição 06 (29-07 a 04-08-2023) =
O mistério do evangelho
Verso: "Ora, Àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou
pensamos, conforme o Seu poder que opera em nós, a Ele seja a glória, na igreja em Cristo Jesus, por
todas as gerações, para todo o sempre. Amém" (Ef 3:20, 21).

Pensamento: "O evangelho é a carruagem com a qual o Espírito Santo desfila em triunfo quando
entra no coração dos homens" (William Gurnall).

Sábado (29/julho/2023) O mistério do evangelho é a igualdade


Para o apóstolo Paulo falar da experiência dos efésios cristãos era como uma motivação para
outros, porque ele já havia mencionado que eles se tornaram herdeiros com Cristo das grandes
promessas da aliança feita por Jesus na cruz. Isso mudou a visão deles para melhor.
Ilustração: Thomas Shepard (1605-1649) foi educado e cresceu num bom lar puritano, mas
enquanto frequentava a Universidade de Cambridge caiu numa vida de pecado. Numa manhã de
domingo, quando acordou de uma ressaca, um pesado sentimento de tristeza causado pelo forte
sentimento de culpa, esmagou-o ao ponto de ele ter de deixar a sua antiga forma de vida. Nos 9 meses
seguintes, o medo da ira de Deus quase o levou a "bater com a cabeça contra as paredes ... e a
suicidar-se". Mas enquanto ouvia um sermão, de súbito, ele compreendeu que Cristo era tudo o que
ele precisava - que Jesus tinha vivido a perfeita vida que ele não conseguia viver. Tinha pago pelos
seus pecados numa cruz e era agora o seu Advogado no Céu e o aproximou de Deus e dos irmãos de
fé. Esse era o mistério do evangelho.
Um dos pontos fortes da mensagem do apóstolo Paulo aos crentes de Éfeso foi sua paixão pelo
evangelho, mostrando inclusive suas dificuldades para pregar e falar de Jesus a todos. Porém, mesmo
preso, ele não desistia de pregar e recomendava a todos que provassem em suas vidas, do evangelho
de Jesus, como ele havia provado.
Ilustração: Estava um pregador num lugar público, uma praça, quando se levantou um homem
dizendo de sua impossibilidade de crer em Deus. "Ah! Eu não posso de maneira alguma crer em
Deus, nem nesse tal de evangelho. Eu não sei se isso é verdade. Tenho minhas dúvidas." Havia perto,
um menino que vendia laranjas. Então, o pregador apanhou com o menino uma das laranjas e
mostrando-a à multidão, perguntou: "O que vocês acham desta laranja? ...O senhor aí, esta laranja é
doce ou é azeda?" Ninguém se atreveu responder. Entretanto, alguém disse: "Como saberemos se
essa laranja é doce ou azeda, se não a experimentarmos?" Ao que o pregador concluiu: "Com o
evangelho, amigos, acontece a mesma coisa: se você não o experimentar, como poderá dizer que não
dá certo vivê-lo?"
Jesus nos deixou o evangelho porque é a mensagem de Deus para nossa salvação. É a história da
cruz que nos une e nos torna iguais perante Deus. Esse era o grande mistério do evangelho que o
apóstolo Paulo descobriu e anunciava a todos os seus colaboradores.
"A vida de Cristo estabeleceu uma religião em que não há diferenças, a religião em que judeus e
gentios, livres e servos são ligados numa fraternidade comum, iguais perante Deus. Não faziam
diferença alguma entre vizinhos e estranhos, amigos e inimigos. O que tocava Seu coração era uma
alma sedenta pelas águas da vida" (Ciência do Bom Viver, p. 25).
O apóstolo Paulo sentia-se realizado em ver a igualdade dos membros dentro da igreja e o
envolvimento na missão de levar Cristo a outros. Esse era o mistério revelado do evangelho. Vamos a
esse estudo cativante que irá mudar nossa visão de evangelismo.

Comentário: Prof. Brasiliano = Digitação, formatação e montagem final: Edson dos Reis (e-mail: edsonreis.mga@gmail.com).
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Domingo 30/julho/2023) O apóstolo dos gentios aprisionado


O apóstolo Paulo ao escrever seus conselhos em Efésios capítulo 3 pretendia animar os irmãos na
fé para que não se preocupassem com sua prisão e que fizessem disso um motivo de agradecer a
Deus, porque tudo fazia parte do plano divino de salvação. Paulo queria que sua carta tivesse um
impacto positivo na mente e no coração daquela igreja.
Ilustração: Caio Júlio César, o famoso general e ditador romano, costumava, para não perder
tempo, ditar várias cartas de uma só vez com ordens curtas. Certa ocasião, recebeu cartas de três
administradores: - O primeiro, administrador de uma propriedade, lhe perguntava o que devia fazer
com uma grande árvore, cuja sombra prejudicava o jardim = César mandou responder que aparasse
os galhos maiores. O segundo, relatava que um cavalo de estimação, de bela crina, estava doente =
César, em resposta, queria determinar que se soltasse o animal. Ao terceiro, que o consultava a
respeito de um prisioneiro perigoso, queria autorização para aplicar a pena de morte, a machado.
Mas, as cartas foram trocadas. O primeiro, que recebeu a resposta destinada ao terceiro, abateu a
árvore toda a machado, em lugar de aparar somente os galhos. O segundo, a quem foi entregue a
resposta breve destinada ao primeiro dizendo para aparar um pouco o que estava incomodando,
limitou-se a aparar a crina do cavalo, que logo morreu. Finalmente, o terceiro administrador recebeu a
resposta que seria para o segundo homem dar liberdade ao cavalo, mas a ordem breve dizia: "Pode
soltá-lo. Com liberdade ele vai melhorar." Assim o terceiro administrador deu liberdade ao perigoso
prisioneiro e nada do que foi pretendido se cumpriu.

1. Leia Efésios 3. Identifique um ou dois temas principais. Que pontos de vista importantes Paulo
demonstrou?
Resposta: Esse capítulo mostra Paulo assumindo ser prisioneiro por causa do evangelho e mostrando
aos crentes efésios que isso fazia parte do seu ministério de pregar aos gentios como eles agora eram
herdeiros e participantes das promessas divinas.

O apóstolo Paulo não se deprimia em ser prisioneiro, mas estava consciente de sua situação por
causa do evangelho. Ele assumia sua vocação e o chamado que aceitara de Deus para ser um vaso
escolhido entre os gentios. Note que ele não se assumia como prisioneiro de Roma mas como
"prisioneiro de Cristo Jesus". Isso era o que importava para ele que levara o evangelho a milhares de
corações que agora tinham a esperança da vida eterna. Paulo animou seus leitores a uma motivação
maior ainda ao se ver preso por causa do evangelho. Sua oração maior era para que as pessoas
entendessem o propósito do amor de Deus por eles, permitindo a chegado do evangelho e a alegria da
salvação.
No tempo de Paulo, ser prisioneiro era uma vergonha e ele temia que as pessoas ficassem
desanimadas com o fato de dele ser um servo de Deus e ser mantido preso e em desprezo. Paulo
mostrou a eles que estava sofrendo por eles, em favor deles e que ao invés de vergonha, devia
assumir isso como uma honra. Foi uma carta para motivar a todos.

Segunda (31/julho/2023) O antigo mistério do evangelho


Quantos tem direito à salvação? Na verdade todos são contemplados por esse presente divino.
Nem todos, porém, o aceitam ou tomam conhecimento dele. Muitos preferem viver na escravidão do
pecado por incredulidade ou por desconhecimento da liberdade em Cristo.
Ilustração: Durante o período da Guerra Civil, o presidente Abraham Lincoln decidiu assinar a
Proclamação da Emancipação (Libertação dos escravos) no dia 1º de janeiro de 1863, autorizando a
libertação de todos os escravos dos territórios americanos. Essa mensagem foi enviada a todas as
cidades e vilas e milhares foram libertos da escravidão. Isso foi afixado em cartazes, porém mesmo
assim muitos não deram crédito e continuaram na escravidão. Quando Deus proclamou a libertação
do pecado através da morte sacrifical de Jesus, isso foi declarado como um presente universal da
graça divina. O mistério do evangelho foi revelado.

Comentário: Prof. Brasiliano = Digitação, formatação e montagem final: Edson dos Reis (e-mail: edsonreis.mga@gmail.com).
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2. Que mistério foi confiado a Paulo? Ef 3:1-6


Resposta: Paulo ressaltou que o mistério do evangelho da graça de Deus havia sido estendido aos
gentios para a salvação. Deus incluiu os gentios no plano da salvação.

Paulo entendeu que a igreja de Éfeso era participante da graça divina através do evangelho a eles
oferecido. Mostrou-lhes que além deles, muitos outros foram beneficiados por essa graça maravilhosa
e que ele (Paulo) havia sido feito instrumento para proclamar o evangelho a todos e principalmente
aos gentios. Paulo não se achava o inventor do evangelho, mas um cooperador do ministério da graça.
Paulo ainda admitia que não só ele havia recebido a revelação do mistério do evangelho de pregar aos
gentios, mas muitos outros, inclusive os santos apóstolos e profetas daquela época. Esse mistério nos
alcança hoje e nos tornamos participantes da herança da graça e membros de um só corpo, que é a
igreja de Cristo. Isso nos dá o privilégio e a responsabilidade de revelarmos esse mistério a outros.
Ilustração: Victor Franki foi um judeu cristão que os nazistas colocaram no campo de
concentração de Dachau. Ele disse que, enquanto esteve no campo, os guardas lhe tiraram tudo.
Tiraram sua identidade. Tiraram sua esposa. Tiraram sua família. Tiraram suas roupas. Tiraram até
sua aliança de casamento. Mas, havia uma coisa que ninguém podia tirar dele. Ele escreveu: "Resta a
liberdade do ser humano de escolher que atitude tomarem dadas circunstâncias." Os guardas não
podiam tirar de Franki a liberdade de escolher que atitudes tomar. Ele resolveu falar da salvação em
Cristo dentro do campo de concentração. Ele pregou a milhares de presos e alimentou a esperança de
muitos. Quando o descobriram pregando, ele foi executado, mas Cristo já estava em milhares de
corações. O mistério do evangelho já havia sido espalhado naqueles prisioneiros físicos, mas libertos
espiritualmente. Muitos anos após o fim da guerra e libertação dos prisioneiros, 25 mil deles foram
entrevistados para dizer como suportaram viver em condições sub-humanas. A maioria respondeu
que foi por causa do evangelho que Franki lhes ensinou a como esperarem Jesus e confiarem seu
livramento.
Realmente o mistério do evangelho é dar liberdade espiritual aos escravos do pecado. O
evangelho unifica pessoas diferentes em uma só comunidade, que é o corpo de Cristo. Basta nos
lembrarmos de Jesus e da mulher samaritana e como ela pregou aos seus compatriotas e os trouxe
perto de Jesus e eles viram Jesus derrubar o muro do preconceito e mostrar-lhes o mistério do
evangelho e como eles seriam aceitos por Deus e pelos irmãos judeus.
"O próprio Salvador, durante o Seu ministério terrestre, predisse a disseminação do evangelho
entre os gentios. Na parábola da vinha Ele declarou aos impenitentes judeus: "O reino de Deus vos
será tirado, e será dado a uma nação que dê os seus frutos" (Atos dos Apóstolos, p. 174).

Terça (1º/agosto/2023) A igreja: reveladora da sabedoria de Deus


Ilustração: Há uma história sobre um grupo de missionários acampados na selva perto das vilas e
aldeias, mas também perto de uma colônia de chimpanzés selvagens. Cada tardinha, voltavam das
aldeias, acendiam uma fogueira e ficavam ao redor contando as experiências e as bênçãos. Uma tarde,
quando os missionários regressaram, viram os macacos que os estavam imitando: puseram lenha para
fazer uma fogueira, e estavam sentados ao redor da fogueira apagada se "esquentando" como os
missionários faziam nas noites frias: esfregavam as mãos, faziam ruídos. Faltava, porém, algo
importante naquela fogueira: o fogo. Era apenas uma imitação. Assim é com a igreja: sem o fogo do
Espírito, a igreja não tem sentido porque ela é a reveladora da sabedoria de Deus. Ela tem que
divulgar e partilhar a salvação.

3. O que Paulo disse sobre Deus e Suas ações em Efésios 3:7-13


Resposta: Paulo falou da graça divina e do seu propósito de salvar todos os gentios através do
mistério da salvação. Falou que Deus deixou a igreja como reveladora do Seu amor pelos crentes e
da sabedoria divina em anunciar a salvação a todos.

Comentário: Prof. Brasiliano = Digitação, formatação e montagem final: Edson dos Reis (e-mail: edsonreis.mga@gmail.com).
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Paulo não cansava de dizer que se achava grato a Deus de transformá-lo em seu ministro da graça
divina, para anunciar o evangelho tanto a judeus como a gentios. Paulo dizia isso para enfatizar que
esse dom de pregar o evangelho não é confiado a ninguém por causa do seu valor pessoal, mas por
causa da graça divina que chama e capacita Seus servos. Paulo louvava a Deus e dizia: "Sou grato a
Deus porque eu que sou o menor dos santos, fui chamado para ser ministro do evangelho e pregar aos
gentios" (Efes. 3:8). Parece que Paulo se diminuia em seu valor pessoal, mas isso era fruto da
aproximação que ele tinha de Jesus, ou seja, quanto mais você se aproxima de Cristo, mais pecador se
sentirá.
"Quanto mais perto vos chegardes de Jesus, tanto mais cheio de faltas parecereis aos vossos
olhos; porque vossa visão será mais clara e vossas imperfeições se verão em amplo e vivo contraste
com Sua natureza perfeita. Isto é prova de que os enganos de Satanás perderam seu poder sobre vós e
que a influência vivificante do Espírito de Deus está a despertar-vos" (Caminho a Cristo, p. (64).
Ilustração: Durante a reforma protestante do século 16, um homem chamado Martinho Basel
aceitou a fé protestante. A notícia chegou ao conhecimento das autoridades e ele logo foi lançado na
prisão. Depois de algum tempo, porém tiveram de soltá-lo, pois não havia provas suficientes para
condená-lo. Cerca de 100 anos mais tarde, outro preso foi colocado na mesma cela onde Basel
estivera anteriormente. Um dia ele descobriu sem querer uma pedra solta, um tijolo na parede de sua
cela e tirou-a de lá. Detrás dessa pedra havia um velho pedaço de papel no qual se achava escrita a
seguinte confissão de Martinho Basel: "Ô Cristo compassivo, sei que só posso ser salvo pelos méritos
do Teu sangue. Santo Jesus, reconheço Teu sofrimento em meu favor. Eu Te amo, eu Te amo!".
Martinho foi uma testemunha secreta de Jesus.
O apóstolo Paulo incentivou a igreja a testemunhar de Jesus e a revelar o plano da salvação
mesmo aos "principados e potestades". Isso quer dizer que nosso testemunho como salvos por Cristo
mostrará aos poderes do mal que nossa vida é um exemplo de fidelidade e que os planos de Deus nos
levarão até o futuro na aguardada vida eterna. Paulo acreditava nisto!

Quarta (02/agosto/2023) Cristo habitando no coração


Quando aceitamos o evangelho, o Espírito Santo traz Cristo ao nosso coração e nos ensina a
conhecê-Lo. Ele dá vida e novo ânimo ao coração, através da fé em Cristo. Onde ele habita, ali há
toda plenitude de dons de Deus, não importando se o coração é fraco ou forte. Ter Cristo no coração é
o mesmo que conhecer Cristo, quem Ele é e o que se pode esperar Dele, a saber, que Ele é nosso
Salvador por meio de quem temos o privilégio de chamar Deus de nosso Pai e através de quem
recebemos o Espírito, que nos dá ânimo diante de toda e qualquer infelicidade, dificuldades ou
perseguições.
Ilustração: Durante a segunda guerra mundial, houve um rapaz alemão de uns dezoito anos de
idade. Era naturalizado americano e servia como voluntário do exército americano. Ele sofreu muita
perseguição por ser alemão. Acusaram-no de ser espião disfarçado, suspeitavam dele em todo o lugar;
era xingado e insultado por oficiais. Dentro dos dormitórios era atormentado pelos outros soldados
que zombavam da sua moralidade e de sua integridade religiosa. Nenhuma vez sequer ninguém ouviu
aquele moço reclamar ou falar mal de alguém ou tramar vingança contra outro soldado que aprontava
com ele. Um dia um amigo perguntou-lhe como conseguia aguentar tanta zombaria e perseguição?
Ele disse: "Tenho Cristo no coração e Ele me ensinou que está sempre ao meu lado todos os dias,
então nada me abala, com Cristo em meu coração." O moço que perguntou disse: "Quero ter esse
Cristo em meu coração também", e assim mais um coração se abriu para Jesus morar. Louvado seja!

4. Compare o pedido de oração de Efésios 1:16-19 com o apelo de Paulo em Efésios 3:14-19.
Quais são as semelhanças entre os dois pedidos?
Resposta: Tanto a oração, quanto o apelo tem a semelhança de pedir que Deus fortalecesse os
crentes efésios na fé através do agir do Espírito Santo e que Cristo habitasse em seus corações e,
assim, entendessem o amor divino por eles.

Comentário: Prof. Brasiliano = Digitação, formatação e montagem final: Edson dos Reis (e-mail: edsonreis.mga@gmail.com).
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O apóstolo Paulo tinha um sentimento cristão muito profundo pelos crentes de Éfeso e desejava
ardentemente que eles entendessem o amor de Cristo por eles e assim crescessem em sabedoria e
conhecimento da vontade divina. Paulo inclusive utiliza a expressão de que ele estava se ajoelhando
diante de Deus, de quem toda a família nos Céus e na Terra recebem o nome. Essa expressão era
conhecida como uma expressão que demonstra o desejo do apóstolo de que toda a família do Céu e
da Terra pertencem a Deus e principalmente com mais apreço e carinho os Seus filhos amados aqui,
como se fossem uma família só. Paulo demonstrou que Cristo no coração, tem uma dimensão
gloriosa para o ser humano.
"Cristo é a fonte da vida que satisfaz o coração do pecador. Muitos necessitam possuir Dele mais
clara compreensão; precisam permitir que a luz de Cristo ilumine as mais escuras câmaras da alma,
retirando o desassossego, a fadiga e o descontentamento e trazendo alegria, vigor à mente e saúde ao
corpo" (Ciência do Bom Viver, p. 247).
O que mais Paulo salientou foi a boa notícia de que o amor de Cristo é muito abrangente ao falar
da altura, comprimento, largura e profundidade desse amor que nos alcança sempre.

Quinta (03/agosto/2023) Glória na igreja e em Cristo


O apóstolo Paulo orou muito a Deus pela igreja de Éfeso, agradecendo por tudo e porque ali a
luta foi grande para o evangelho triunfar, principalmente porque Éfeso era um centro de misticismo e
idolatria e isso causou dificuldades para que as pessoas deixassem seus hábitos antigos para serem
transformados pelo poder do Espírito Santo. Agora que ele via a igreja com um nível espiritual
grandioso, isso era motivo de louvar a Deus.
As igrejas mais vitais e dinâmicas hoje são as que dedicam tempo e atenção à oração, ao louvor e à
adoração. Haverá ocasiões em que o Espírito Santo o dirigirá a não fazer nada mais além de orar e louvar
ao Senhor. Esteja aberto à Sua direção. Todas as coisas fluem da fonte da oração, louvor e adoração.

5. Paulo concluiu seu relato de oração com uma doxologia, um breve e poético louvor a Deus. Por
que ele louvou a Deus? Ef 3:20, 21
Resposta: Ele louvou a Deus por ter oferecido pela graça a salvação a todos por meio de Cristo e por
ter dado o poder de Cristo à igreja, para ser usado a favor dos crentes.

O apóstolo Paulo mencionou em sua oração e apelo que Deus tem feito muito por Seus filhos e
que fará muito mais ainda. Mostrou que Cristo é o Salvador da igreja e que ela não sobrevive à parte
do Mestre e, por isso, necessita do Seu poder. Mostrou ainda que esse poder deveria ser usado em
favor dos crentes efésios envolvidos com a salvação. Para o apóstolo a igreja deveria se firmar no
cuidado do Pai celestial e na disponibilidade do Espírito Santo em capacitá-la para a obra do
evangelho. Paulo inclusive estendeu a benção da plenitude de Deus para todos os crentes em todas as
gerações, mostrando que sejam quais forem as circunstâncias, nós somos participantes do plano
oficial de salvação de Deus e que o Espírito Santo agirá em nós e por nós. Nossa consagração pessoal
mostrará Deus em nós.
Ilustração: Perguntou-se a certo jovem como podia ele ter certeza de que estava convertido. "Não
há dúvida alguma quanto a isso", respondeu. "Antes eu tinha prazer em jogar, beber, ir ao cinema e
passar longas horas lendo revistas que realçavam o crime e a sensualidade. Meus amigos eram
irreligiosos. Eu não tinha tempo para Deus, nem para a igreja. Agora tudo isso está mudado. Agora
meus pensamentos mais doces são acerca de meu Salvador, minha leitura predileta é a Palavra de Deus
e outra literatura cristã que me edifique. Escolho meus amigos dentre os que amam o Senhor, e minhas
horas mais felizes passo-as na casa de Deus." Resumindo esse testemunho: Esse jovem "foi alcançado
por Cristo". Buscou "as coisas lá do alto". Teve afeição pelas coisas celestiais e fortaleceu a igreja com
seu testemunho. Isso mostra que Cristo age em nós e nosso testemunho mostra Seu poder na igreja.
Como disse um pensador cristão: "O crescimento espiritual de uma igreja consiste mais no
crescimento da raiz que está fora do alcance da visão do que nos galhos. O povo de Israel para crescer
em número, teve que crescer primeiro em fé e obediência. A igreja de Éfeso precisou crescer primeiro

Comentário: Prof. Brasiliano = Digitação, formatação e montagem final: Edson dos Reis (e-mail: edsonreis.mga@gmail.com).
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na fé da salvação pela graça para depois crescer em número. Assim podemos afirmar que qualquer
igreja para crescer em número hoje, primeiro precisa crescer primeiro na graça, na fé, na
espiritualidade e na consagração diante de Deus.
"Jesus vê na Terra a Sua igreja verdadeira, cuja maior ambição é com Ele cooperar na grande
obra de salvar pessoas. Ouve-lhes as orações, apresentadas em contrição e poder, e a Onipotência não
lhes pode resistir aos rogos para a salvação de qualquer membro provado e tentado do corpo de
Cristo" (A Igreja Remanescente, p. 16.
Como bem disse um teólogo: "A igreja não é um depósito de santos, mas é uma escola para
futuros santos". Isso quer dizer que a igreja será aperfeiçoada por Cristo em vários momentos e seu
poder se manifestará de tal forma que ficaremos maravilhados com seu poder operando nas vidas dos
crentes e mostrando o grande propósito divino de glória para a igreja.

Sexta (04/agosto/2023) Conclusão


Resumo: Chegamos ao final desse estudo maravilhoso, onde o apóstolo Paulo apresentou a igreja
de Éfeso com todo o seu potencial de crescimento por causa do mistério do evangelho que consistiu
em proclamar a salvação aos gentios, planejada de forma antecipada por Deus na pessoa do Senhor
Jesus. Esse mistério mostrou que os gentios estavam em pé de igualdade com os irmãos judeus,
provocando entre eles um entusiasmo em receber Jesus na vida.
O apóstolo mostrou que a verdadeira característica de uma pessoa salva em Cristo é o fato de ele
fazer com que seja mais fácil para os outros crer em Deus. Porque testemunhar não é algo que
fazemos; é algo que somos.
Ilustração: Conta um evangelista que em certa cidade um jovem sem cultura fora conduzido ao
Salvador. No modesto emprego que ocupava começou a testemunhar de Cristo, com apreciáveis
resultados. Certa ocasião foi convidado para falar em uma de nossas tendas, montada em um dos
piores e mais turbulentos bairros onde era muito difícil prender a atenção dos ouvintes naquele lugar.
O jovem começou a falar de um modo muito simples e o pastor pensou ter cometido um erro ao
deixá-lo pregar. Porém, começou a orar silenciosamente e a prestar atenção ao auditório. Ao passar o
tempo, notou que todos o ouviam com atenção e continuaram até o fim. Quando o pastor perguntou
se alguém dos presentes queria aceitar a Cristo, um bom número de pessoas, dispersas pelo amplo
salão, atendeu ao apelo. Admirado, falou com o homem que conhecia o jovem, e ele disse: "É sempre
assim, todas as vezes que ele fala. Qual a explicação disto?" Este jovem sem cultura tinha recebido o
poder do Espírito Santo e seu testemunho de vida convencia mais do que suas palavras.
Paulo, ao escrever à igreja de Éfeso mostrou uma certa preocupação com sua prisão, pois temia
que os irmãos desanimassem da fé ao vê-lo preso, sendo ele um servo de Deus. Paulo mostrou-lhes
que pregar o evangelho leva muitas vezes ao confronto com o diabo e mesmo que haja perseguições,
mesmo assim Deus estava no controle de tudo.
Mostrou aos crentes efésios que havia um mistério no evangelho que fora confiado a Paulo
revelar a todos e esse mistério era a dispensação da graça de Deus em favor dos gentios. Pela graça os
gentios estavam incluídos no plano da salvação e assim, tornaram-se herdeiros das promessas da
aliança eterna que Jesus fez no Calvário em favor da humanidade.
Depois de mostrar esses detalhes do evangelho, Paulo se voltou agora para falar da igreja e suas
atribuições dadas por Deus para testemunho diante do mundo. Mostrou a todos que ter Cristo habitando
no coração e conhecer o Seu grandioso amor era muito importante; Paulo orou de forma veemente a
Deus pedindo poder para a igreja e uma experiência mais positiva pela força do Espírito Santo.
Finalmente, Paulo concluiu sua oração fazendo um apelo para que todos da igreja mantivessem
sua fé em Cristo, mesmo que houvessem dificuldades. Depois, louvou a Deus pelo poder dado à
igreja e que seria usado em favor dos crentes e dos que viessem a Jesus. Portanto, a experiência da
igreja de Éfeso pode ser vivida em nossa igreja hoje, se mantivermos nossa fé e obediência a Cristo.
Deixemos, então, o Espírito Santo nos conduzir.

"Entregue o seu caminho ao Senhor; confie Nele, e ele agirá" (Sal. 37:5)

Comentário: Prof. Brasiliano = Digitação, formatação e montagem final: Edson dos Reis (e-mail: edsonreis.mga@gmail.com).

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