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Dedicatória
Minha dedicatória vai a todos de forma geral. À igreja de Jesus Cristo na terra.
Em especial aos pastores, ministros, e líderes do presente século; que estão exercendo o
ministério pastoral, e cujo vida dedicam em prol do Reino de Deus, cuidando com
máximo zeloso rebanho que o Senhor lhes confiou aos cuidados de cada um.
Expresso meus sincero incentivos, que jamais deixem de exercer seu oficio na área
ministerial, por mais árduo quer seja. E quando chegar em vossas mãos esta pesquisa na
forma com ela foi elaborada, tenham suas mentes e corações iluminados por Deus e
assim sejam fortalecidos para prosseguir na missão de seu oficio sem se corromper, no
meio dos já corrompidos.
Finalizo esta dedicatória a todos que entendem a vida no oficio ministerial. Ser
pastor é saber envelhecer com dignidade, sem perder a jovialidade. É ser amigo dos
jovens e companheiro dos adultos. Ser pastor é saber contar cada dia do ministério
como uma pérola na coroa de sua história. Ser pastor é ser companhia desejada, querida,
esperada. É saber calar-se quando o silêncio for a frase mais contundente, e falar quando
todos estiverem quietos. Ser pastor é saber viver. Ser pastor é saber morrer.E quando
morrer, deixar em sua lápide dizeres indeléveis, que expressem na mente de suas
ovelhas o que Paulo quis dizer, quando estava para partir: "combati o bom combate,
terminei a carreira, guardei a fé". Isto e exercer oficio cujo legado as marcas da historia
jamais irão poder apagar
2
Agradecimentos.
nosso preparo acadêmico e nos demais aspectos da vida , para que sejamos de fato
instrumento usado na obra de Deus obrigado a todos.
5
Resumo
viram sua ascensão, tais homens não podem serão chamados de apóstolos, Ser
“apóstolo”, pois, no contexto da Igreja, era ter sido testemunha do ministério terreno de
Cristo, desde Seu batismo por João até a Sua ascensão aos céus e, ante este testemunho
do cumprimento das escrituras a respeito do Cristo, pregar o arrependimento e remissão
dos pecados em todas as nações, começando por Jerusalém, cuidando do ministério da
palavra e da oração (At.6:2, 4), completando a construção da estrutura da Igreja que
estava sendo edificada pelo Senhor Jesus (Mt.16:18) . Sabemos que o ministério
designado por Jesus Cristo foram 12 homens dos quais os enviou como sendo
representantes Dele. Para regiões de Jerusalém, Samaria e aos confins da terra. Quando,
porém ao que se pensa que tal ministério tenha sofrido hoje modificações por pessoas,
tendo aproveitado do oficio apostólico, para se auto promover, e viver as custas, de um
evangelho que ensinam dominando por meio de suas visões, condutas e regras impostas
por eles estipuladas.
Como se sabe sobre a onda do desenvolvimento neopentecostal tem crescido década
dia, não só no Brasil, esta mesma tem alavancado por certo numero de pastores, que estão
deixando de lado seu papel e função no Reino de Deus, muitos deles deixaram levar pelo
modismo apostólico atual. Ainda muitos por falta de conhecimento bíblico teológico, e
podemos dizer com firmeza que os todos eles se denominaram apóstolos, pela elevação de quer
comandar com autoritarismo.
ter aceitação por tantas pessoas cujas muitas delas não são leigas. Porém este assunto
levanta polemica, tanto no meio acadêmico, como nos vínculos religiosos, sabendo que
o fim deste terminou nos dias do apostolo Paulo.Sabemos que o ministério designado
por Jesus Cristo foram 12 homens dos quais os enviou como sendo representantes Dele.
Para regiões de Jerusalém, Samaria e aos confins da terra. Quando, porém penso que tal
ministério tenha sofrido hoje modificações por pessoas, que tem muito aproveitado do
oficio apostólico, para se auto promover, e viver as custas, de um evangelho que
ensinam dominando por meio de suas visões, condutas e regras impostas por eles.
Augustus Nicodemos este autor e um dos mais bem proeminentes cujo tem tratado deste
tema, em minucias, e conceitos críticos bem adequados cuja base bíblica tem em suma.
Bom com surgimento de grupos apostólicos, que vem crescendo cada vez mais certas
correntes, cuja intenção realmente e manipular público em massa por meio da mídia,
principalmente, onde interesse pessoal priva seus membros e outras demais pessoas dos
diversos grupos e camadas sociais.
A reivindicação do moderno movimento neopentecostal de restauração
apostólica, chamada de “nova reforma apostólica”, todavia, não apela para este tipo de
sucessão. Os modernos apóstolos não se veem numa linhagem de descendência histórica
que tem sua origem grupo dos doze apóstolos quais ao próprio Jesus escolheu John R.
Cross diz que os 12 discípulos que seguiam Jesus.
Simão, a quem deu nome de Pedro; Tiago filho de Zebedeu, e João seu irmão, aos quais
deu o nome de Boanerges, que significa filhos do trovão; André, Filipe, Barlomeu,
Mateus; Tomé; Tiago, filho de Alfeu; Tadeu, Simão, o zelote; e Judas escariosas que o
traiu Marcos 3.7.8,13-19 Cf site.ie. Cross, j. R. (2009) Pág. 214
Em Ef. 4.11 diz: “E ele deu uns como apóstolos, e outros como
profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e
mestres”. De acordo com este versículo, Cristo deixou cinco
ministérios para a Igreja: Apostolado, Profético, Evangelístico,
Pastoral e Ensinamento. O apostolado é um ministério, não um
cargo. Um ministério depende de dom e não de eleições. O
apostolado não é um cargo a ser preenchido, mas um ministério a
ser desempenhado. Um ministério é uma vocação e o apostolado é
um dom. Rm 11.29 diz: “Pois os dons e a vocação de Deus são
8
Bem este trabalho esta sendo realizado com objetivo nada mais que seja observado,
como viviam os primeiros apóstolos, e como vivem os atuais apóstolos.
1
1 7 Cf. Agnew, '"lhe NT Apostle-Concept,” 78 nl3. Contudo, veja uma excelente defesa da historicidade
d a passagem em Kirk, "Apostleship Since Rengstorf," 258-257. Ele argumenta, entre outras coisas, que
se a o rigem do conceito de apóstolo é em Paulo, por que ele tanto defende seu apostolado em 1 e 2
Coríntios e G álatas, quando a ideia de um apostolado oficial ainda não existia? (p. 260). Kevin Giles, de
maneira incon-gruente, diz acreditar nos relatos dos Evangelhos, mas conclui que os doze só foram
chamados de apóstolos d epois da ressurreição, cf Kevin Giles, "Apostles before and after Paul," em C
hurchman 99/3 (1985), p. 241- 2 56. Para outras defesas da historicidade da passagem, veja I. H.
Marshall, L uke: Historian and Theologian
( London: Exeter, 1970), 505; Andrew C. Clark, "Apostleship: Evidence from the New Testament and
Early C hristian Literature" em E vangelical Review of Theology, 13/4 (1989), 368-370.
1 8 Como, por exemplo, Theodore Kortwege, "Origin and Early History of the Apostolic Office", em A.
Hilhorst, ed., T he Apostolic Age in Patristic Thought (Boston: Brill, 2004), 1-10.
10
morte de Jesus aos sacrifícios de Moisés 9: 1-10: 18). Esta exposição também leva a três
exortações prolongadas à perseverança cristã 3: 7-4: 13; 5: 11-6: 12; 10: 19-39.
8.2. Os apóstolos que andaram com Cristo?
dom da profecia. Paulo sugere que o dom da profecia era associado à compreensão de
"todos os mistérios e toda a ciência" (1 Co 13:2)
Warren W. W Pág. 44 Wiersbe diz sobre este assunto seguinte!
2
Dentre esses seguidores autênticos, Jesus selecionou um grupo
pequeno de doze homens que passaram a ser chamados de
"apóstolos" - do termo grego apostello, que significa "ser enviado
numa comissão". Os gregos usavam essa designação para
representantes pessoais do rei, embaixadores que atuavam com a
autoridade do rei. Quem fazia pouco caso dos enviados do rei
corria o risco de ser julga-Os cristãos de hoje não obtêm o
conhecimento espiritual diretamente do Espírito Santo, mas sim
indiretamente, ao receber a instrução da Palavra por meio do
Espírito. Assim como o Ef 4:1-16. Os apóstolos e profetas
lançaram os alicerces para a Igreja, e os evangelistas edificaram
sobre esses fundamentos ao ganhar os perdidos para Cristo. Por
certo, na Igreja primitiva, cada cristão era uma testemunha (At
2:41-47; 11:19-21), como também devemos ser. Hoje, porém,
continuam existindo pessoas que possuem o dom de evangelizar. O
fato de um cristão não possuir esse dom não é desculpa para a
falta de interesse pela alma dos perdidos e pela negligência no
testemunho.
Os apóstolos, os profetas tiveram um ministério com premissa de fundamentar,
ou melhor lançar os alicerçares da Igreja primitiva sendo eles os fundadores e não são
necessários hoje (Ef 2:20). Pois bem ao que parece como sabemos os que se intitulam
apóstolos, hoje, podem ter a premissa, ou autoridade com créditos que tiveram os doze
apóstolos que Jesus Cristo escolheu? Se o que e de conhecimento Paulo apostolo fora de
tempo como ele mesmo disse, que os apóstolos 1 2 De acordo com Rengstorf (p.408),
2
9 Para uma posição similar, veja Agnew, "The NT Apostle-Concept,” 82,95.
2 0 Rengstorf, ÒTtóatOÀCx;, p. 414ss.
2 1 O próprio Rengstorf admite isto e fala em uma similaridade por analogia apenas. Cf. Agnew, "The NT
A postle-Concept," 81-82 e 94. Todavia, Giles parece ignorar os problemas relacionados com a datação
das f ontes e usa o conceito como se fosse comprovadamente contemporâneo de Jesus ("Apostles
before and after P aul," 242).
2 2 Cf. Schmithals, The Office of Apostle, 106, para uma relação dos pontos diferentes.
2 3 Rengstorf, à TtÓGTOÀoç, p. 419.
2 4 Apesar das diferenças entre os conceitos de s haliah e apóstolo é inegável o paralelo entre ambos,
que pode s er explicado por terem surgido do conceito de representação autorizada do AT, como
argumenta Agnew, " The NT Apostle-Concept," 91. Mas, veja B arrett,"Shaliah and Apostle,” 94, para
uma posição contrária
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2 1 O próprio Rengstorf admite isto e fala em uma similaridade por analogia apenas. Cf. Agnew, "The
NT A postle-Concept," 81-82 e 94. Todavia, Giles parece ignorar os problemas relacionados com a
datação das f ontes e usa o conceito como se fosse comprovadamente contemporâneo de Jesus
("Apostles before and after P aul," 242).
2 2 Cf. Schmithals, The Office of Apostle, 106, para uma relação dos pontos diferentes.
2 3 Rengstorf, à TtÓGTOÀoç, p. 419.
2 4 Apesar das diferenças entre os conceitos de s haliah e apóstolo é inegável o paralelo entre ambos,
que pode s er explicado por terem surgido do conceito de representação autorizada do AT, como
argumenta Agnew, " The NT Apostle-Concept," 91. Mas, veja B arrett,"Shaliah and Apostle,” 94, para
uma posição contrária.
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A Septuaginta utiliza os gregos apóstolos para traduzir o hebraico shalah e seus
termos derivados. Já no Novo Testamento, esse mesmo termo grego aparece mais de
oitenta vezes, principalmente nos escritos de Lucas e Paulo.
Isso significa que a palavra apóstolo é aplicada em diferentes contextos e propósitos. De
forma geral, pode-se dizer que ela é utilizada tanto num sentido mais amplo como num
sentido mais estrito. A palavra “apóstolo” também é aplicada ao próprio Senhor Jesus.
O objetivo é indicar que Ele é o enviado por Deus como Salvador de seu povo (Hebreus
3:1-6). Cristo foi enviado para testemunhar do Pai, para fazer as suas obras e a sua
vontade, e revelá-lo ao mundo (cf. João 3:34; 5:37-47; 6:38; 7:28,29; 8:42). Warren W.
Wiersbe Este termo também. Paulo não cita propriamente os dons, mas sim os quatro
grupos de pessoas que os possuem e que Deus colocou na igreja.
Apóstolos (v. 11a). Esse termo significa "alguém que foi enviado
com uma comissão". Jesus tinha muitos discípulos, mas escolheu
doze apóstolos (Mt 10:1-4). Um discípulo é um "seguidor" ou
"aprendiz", mas um apóstolo é um "representante nomeado por
Deus". Os apóstolos deveriam dar testemunho da ressurreição (At
1:15-22), de modo que precisavam ser homens que haviam visto o
Cristo ressurreto pessoalmente (1 Co 9:1, 2). Hoje em dia, não
existem mais apóstolos no sentido mais estrito do termo no Novo
Testamento. Esses homens ajudaram a lançar os alicerces da
Igreja, "o fundamento dos apóstolos e profetas" (Ef 2:20), e uma
vez que esses alicerces estavam prontos, os apóstolos deixaram de
ser necessários. Deus autenticou o ministério deles por meio de
milagres (Hb 2:1-4), de modo que não se deve esperar que esses
mesmos sinais sejam realizados hoje. É evidente que, em um
sentido mais amplo, todo cristão tem um ministério apostólico.
"Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio" (Jo 20:21).
4
4 Cf. At 14.4; 14.14; Rm 1.1; 1.5; 11.13; ICo 1.1; 9.1; 2Co 1.1; G11.1; Ef 1.1; Cl 1.1; lTs 2.7; lTm 1.1; 2.7;
2Tm 1.1; 1.11; Tt 1.1
5 Cf. Jo 13.16; At 14.4; 14.14; 2Co 8.23; 11.5; 11.13; 12.11; Fp 2.25; lTs 2.7; Hb 3.1; lPe 1.1; 2Pe 1.1; A p
2.2; 18.20.
6 Cf Lc 11.45; Rm 16.7; ICo 4.9; 9.5; 12.28; 15.7; 15.9; G11.19; Ef 2.20; 3.5; 2Pe 3.2.
7 Cf. At 1.25; Rm 1.5; ICo 9.2; G1 2.8. Nestas ocorrências “apostolado" é usado com respeito aos Doze e
a Paulo somente.
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5
Com forme Augustus Nicodemos a pergunta que cabe e Existem apóstolos
hoje? Após um cuidadoso estudo, o Dr. Augustus Nicodemos investiga biblicamente o
papel, as marcas e os limites do ministério apostólico. Uma obra inédita e extremamente
urgente para a igreja de nossos dias.
“A questão do apostolado é da maior urgência”. Vemos o grande crescimento do
número de líderes no meio protestante evangélico que se apresentam como apóstolos de
Jesus Cristo, reivindicando autoridade e poder apostólicos. Todavia, somos convictos de
que não existem mais apóstolos como os doze apóstolos de Jesus Cristo e o apóstolo
Paulo!
Este livro, tem como objetivo tem por visar a estrutura de base de lideres, com firme
contribuir para o surgimento de uma liderança sadia e bíblica na igreja evangélica
brasileira, que seja de acordo com os moldes da Palavra de Deus, composta de homens
desejosos de honrar a Deus e pregar o verdadeiro Evangelho de Cristo para a salvação
de pecadores e edificação do seu povo, sem mutilar os ofícios bíblicos de liderança e,
como se vê em alguns casos, torná-los meio de promoção pessoal e lucro”.
Alguns comentaristas não hesitam em dizer que Paulo alterou a linguagem para
servir ao seu propósito. Por exemplo, J. H. Houldenescreve: Não há necessidade alguma
de supor que a alteração não tenha sido um ato deliberado ’17 Outros pensam ter sido
“uma citação inexata, não intencional”. 18 Considerando o respeito que, segundo se
sabe. Paulo tinha para com as Escrituras, estas duas explicações parecem priori,
improváveis. Paulo diz especificamente em 1 Coríntios 12:4: “Ora, os dons são
diversos. É importante lembrar este fato, pois muitas pessoas hoje têm um conceito,
muito restrito dos charismatas. Por exemplo, algumas pessoas falam e escrevem sobre
os “nove dons do Espírito”, presumivelmente para formar um paralelo nítido, porém
com pouca profundidade, de conhecimento ao que refere-se, com os nove aspectos do
5
01:01 apóstolo. Alguém encomendou diretamente por Cristo como Seu mensageiro
autoritário (2 Coríntios. 01:01 nota). Paulo enfatiza a importância deste escritório em
outro lugar (cap. 9 ; 15:1-11 ; . 2 Cor 10-12 ; Gal 1. ). Alguns dos problemas na igreja
de Corinto desafios envolvidos para a autoridade de Paulo.
15
a igreja desperte para realidade, e não deixe ser manipulada por tais homens que tomam
o titulo apostólico. Sabemos todos que a tarefa e oficio que os apóstolos
desempenharam, nem mesmo eles tinham em mente tomar o titulo para atutorguir
autoridade para si mesmos, ou por fins de lucrar, mas sim eles desempenhavam o
trabalho e oficio apostólico com autoridade do nome de Jesus, era e continua sendo
autoridade suprema, e não no titulo que receberam que não tendo nenhuma das
qualificações dos apóstolos tinham. Cf a (Bíblia de missionária de estudos. Págs. 1223--
1224.).
Por mais a bíblia não mostra em lugar algum os doze apóstolos, nem mesmo
Paulo o que fora nascido fora de tempo, proclamando o Reino de Deus, realizando
curas, expulsando demônios, curando enfermos por meio do titulo que possuíam, mas
sempre era na autoridade do nome de Jesus Cristo; desta forma a igreja caminhava, e
construía historia que cujo haviam recebido o esboço, e sua missão era de proclamar
sempre, e usavam autoridade que receberam do Senhor, não mercantilizando o
evangelho que receberam de graça eles tinha que entregar cf. Mt 10.8. A ordem que os
apóstolos receberam do senhor Jesus que eles sair e pregar as boas novas do Reino.
Uma segunda definição terá com conforme (Dr. PE. Gilvan Leite de Araújo. pág. 32-32, i,
e. Warren W. W Pág. 45).
17
O preparo e obediência dos apóstolos fazia com que aonde eles chegassem tal
autoridade era respeitada, pelo fato de algum representante do Reino celestial estar
presente, além disso, a ordem que era empírica dada por Jesus aos apóstolos, ela
continua sendo, no sentido de divulgar o Reino e não de autopromoção, como vemos
hoje por tais pessoas que se intitulam apóstolos por isso vale apenas lembrarmos que ao
longo a historia da igreja era plena de milagres, pelo papel desempenhado pelos
apóstolos, olhando para o contexto de At 8.18—20 Joao e Pedro estavam diante de algo
18
poderia gerar algum lucro quando receberam uma proposta de um mágico que viu os
milagres operados por meio dos apóstolos. Simão que era um feiticeiro magico
encantador, que enganava muitos, como muitos homens que tem tomado titulo
apostólico usam para enganar pessoas e viver à custos do tal titulo parecer possuir
alguma autoridade por causa do mesmo.
Chega dor no coração quando vemos pessoas com certo nível de conhecimento
sendo ludibriadas por tais negadores. Por certo o mesmo Jesus assemelhou os discípulos
aos profetas do AT semelhança dos profetas, sábios e escribas enviados por Deus ao
antigo Israel, seriam igualmente e enviados, rejeitados, perseguidos e mortos (Lc11. 49
com Mt 23.34).D esta forma, ele estabelece o paralelo entre os apóstolos e os profetas
como enviados de Deus ao seu povo.
Precisamos fazer como Pedro e Paulo fizeram, que disseram para Simão o
enganador pereça com tua prata e com teu ouro, devemos todos dizer por certo preção
com o título que vocês apóstolos ostentam, acham que são os donos da igreja. Os
apóstolos realizaram seu papel, com toda confiabilidade de acordo com a autoridade que
receberam, eles proclamaram as boas novas sem querem nada para eles mesmos de
acordo com At 18.1—3.Não podemos chamar de apóstolos, os que se intitulam,
respeitamos como eles como seres humanos, porem e lamentável, consentirmos com os
mesmo na forma como eles dizem seguir Jesus, Cristo amarem ao Senhor e querem
dominar, e controlar a igreja com uma autoridade que não lhes foi dada, nem mesmo os
tais andaram com Jesus, nem foram forjados na escola do deserto como os doze
apóstolos foram.
grau máximo de autoridade apostólica qual ele poderia. Cf. 1º Tm. 1.1-2. Paulo, apóstolo
6
de Jesus Cristo por ordem de Deus nosso Salvador e de Jesus Cristo nossa esperança a
Timóteo, meu verdadeiro filho na fé: graça, misericórdia e paz da parte de Deus Pai e
de. Aparentemente, Paulo tinha estado fora da prisão por vários anos, e durante esse
tempo voltou a visitar muitas Igrejas na Ásia e Macedônia. John wacer diz que
aperfeiçoamento dos santos.
6
5 Cf. Carson, N ew Bible Commentary, na Introdução.
6 Isto não quer dizer que os apóstolos de Jerusalém estariam de acordo com a atividade sectária
emercená-ria deles, em Corinto.
7 Para uma posição contrária, veja Clark, “Apostleship," 359-360 e Carson, N ew Bible Commentary,
Intro-d ução. Mesmo admitindo que os oponentes de Paulo eram judeus cristãos, Carson não acredita
que eram judaizantes, como aqueles que infestaram as igrejas da Galácia. Contudo, o contraste entre as
duas alianças no c apítulo 3 só faria sentido no contexto de uma mensagem judaizante dos oponentes
de Paulo.
8 Esta é, provavelmente, a razão pela qual Paulo toma várias precauções para evitar acusações de
apropriação i ndébita das ofertas que ele havería de levar a Jerusalém, cf. 2Co 8—9.
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13:2, o Espírito Santo disse através dos profetas: "separem-me” Barnabé e Saulo
“Paulo” para a obra a que os chamei". Em Rm 16:25-26 e Tt 1:3.
Certo que Paulo recebeu a comissão diretamente de Deus. Paulo visitou pela
primeira vez Éfeso em sua segunda viagem missionária (At 18:19-21). Tempos depois,
em sua terceira viagem missionária, permaneceu ali por quase três anos (19; 20). Éfeso,
junto com Roma, Corinto, Antioquía e Alexandria, era uma das cidades maiores no
Império Romano. Era um centro para o comércio, a política, e as religiões da Ásia
Menor, e o lugar em que o templo dedicado à deusa Artemisa (Diana) estava localizado.
A igreja do Efeso provavelmente estava infestada da mesma heresia que estava
ameaçando à igreja no Colossos, o ensino que para ser aceito por Deus, uma pessoa
tinha que descobrir certo conhecimento escondido e tinha que adorar aos anjos (Col 2:8,
Col 2:18).
Pensando que isso lhes ajudaria em sua salvação, alguns efésios construíram
histórias sob os alicerceares do misticismo, conduzida das pela história e genealogias do
Antigo Testamento. Os falsos mestres estavam motivados por seus interesses próprios e
não pelos de Cristo da mesma forma como os tais apóstolos atuais estão dizendo hoje
estarem ensinando o povo de Deus. Enredaram à igreja em intermináveis e irrelevantes
disputas e submetendo a igreja nem em base ou fundamento de Cristo, mas em seus
conceitos, e com suas heresias tentam sublevar as bases do verdadeiro evangelho de
Cristo; cuja as bases eram e são solidas em si mesma, não em fundamentos de homens
como que querem lugar de destaque .
Argumentar sobre detalhes da Bíblia pode nos conduzir por interessantes mas
irrelevantes rotas secundárias e nos fazer perder a verdadeira intenção do evangelho. Os
falsos mestres construíram vastos sistemas especulativos e logo argumentaram a
respeito de detalhes insignificantes de suas ideias imaginárias. Não devemos permitir
que nada nos afaste das boas novas do Jesus Cristo, o ponto principal das Sagradas
Escrituras. Precisamos saber o que a Bíblia diz, aplicá-la cada dia a nossas vidas e
ensiná-la a outros. Quando fizermos isto, estaremos em condições de avaliar tudo os
ensinos à luz da verdade central a respeito do Jesus. Não invista muito tempo em
detalhes superficiais das Escrituras ao grau que exclua o assunto principal do que Deus
lhe está ensinando. Paulo escreveu contra aqueles que estavam enredando-se em
especulações filosóficas apoiadas no Pentateuco . Os falsos mestres queriam ser
famosos como mestres da lei de Deus, mas eles nem sequer entendiam o propósito da
lei. A lei não tinha como objetivo dar aos crentes uma lista de mandamentos para cada
22
ocasião, a não ser mostrar aos não crentes seu pecado e conduzi-los a Deus. Para
maiores detalhes do que Paulo ensinou a respeito de nossa relação com a lei, vejamos
Rom 5:20-21; Rom 13:9-10; Gal 3:24-29.
Jesus Cristo nosso Senhor .Quando o apostolo esteve em Lista , o apostolo Paulo
conheceu Timóteo Cf. Vemos em At 16.1—5. Paulo se dirigiu a Derbe e a Listra.
Havia em Listra um discípulo chamado Timóteo, filho de uma judia que se tornara
cristã e de pai grego. 16:2 Os irmãos de Listra e Icônio davam bom testemunho de
Timóteo. 3 Paulo quis então que Timóteo partisse com ele. Tomou-o e o circuncidou,
por causa dos judeus que se encontravam nessas regiões, pois todos sabiam que o pai de
Timóteo era grego. Forma de entender a História é que quando os apóstolos originais
7
morreram, “deixaram um vazio de autoridade, que foi preenchido pelos homens
errados”, isto é, pelos bispos. Critica tanto o catolicismo quanto o protestantismo,
aquele por (investir autoridade absoluta em um só homem) e este por dar a cada
indivíduo o direito de dominar na igreja. Certamente podemos concordar com ele que
no curso da longa e acidentada história da igreja tem havido muitos abusos de
autoridade, mas ele perde na sua exposição às verdades vitalmente importantes: 1 de
que os apóstolos originais, como testemunhas oculares do Cristo histórico ressurreto,
obviamente não podem ter sucessor algum, e 2 de que a autoridade deles é conservada
hoje no Novo Testamento, que é, essencialmente, a sucessão apostólica.
7
1 Cf."os doze" em Mt 20.17; 26.20; Mc 4.10; 6.7; 9.35; Lc 8.1; 9.12; Jo 6.67; At 6.2; ICo 15.5.
2 Existe muita discussão hoje, provocada pelo movimento chamado de "a nova perspectiva sobre
Paulo",se o judaísmo na época de Jesus era realmente uma religião legalista ou não. Krister Stendahl
lançou a famosa tese de que a interpretação tradicional de que os fariseus eram legalistas usa os óculos
de Lutero para interpretar Paulo; ver Krister Stendhal, P aul among Jews and Gentiles. (Augsburg:
Fortress Press, 1976), p. 78-96. Outros como Werner Kümmel, E.P. Sanders, James Dunn e N. T. Wright
têm d esenvolvido esta ideia mais recentemente.Para uma crítica penetrante das idéias da "nova
perspectiva"ver John M. Spy, “'Paul's Robust Conscience’ Re-examined" N ew Testament Studies 31:161-
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Mas, uma vez que nos firmemos no ponto de que não há hoje apóstolos de Cristo
com uma autoridade comparável com a dos apóstolos Paulo, Pedro e João, é certamente
possível argumentar que ha pessoas com ministérios apostólicos de um tipo diferente,
inclusive a jurisdição episcopal, a obra missionária pioneira, a implantação de igrejas, a
liderança itinerante. No sentido mais amplo, o termo apóstolo simplesmente preserva o
significado primário de “enviado” ou “mensageiro”. Por exemplo: nesse sentido a
palavra apóstolo indica certas pessoas que foram designadas a representar, de alguma
forma, a causa de Cristo. É assim que Barnabé, Silas, Apolo, Timóteo, Epafrodito,
Andrônico e Júnias, por exemplo, são chamados de “apóstolos”.
Tinha grande e alta muralha, doze portas, e, junto às portas, doze anjos,
e, sobre elas, nomes inscritos, que são os nomes das doze tribos d os
filhos de Israel. Três portas se achavam a leste, três, ao norte, três, a o
sul, e três, a oeste. A muralha da cidade tinha doze fundamentos, e
estavam sobre estes os doze nomes dos doze apóstolos do Cordeiro (Ap 2
1.12-14).
8
A citação que o estudioso JOHN LIGHTFOOT D.D.i.e Augustus Nicodemos Lopes
Para esses fins eram estes escolhidos 12, como os evangelistas relatam
8
P rophet in his Interpretation of the Old Testament in Romans 9-11” Th.D. Dissertation; Chicago:
Lutheran S chool of Theology, 1982, 45-46) por interpretar IPe 1.10-12 como se referindo aos profetas
cristãos e se c ontradizer logo em seguida na pág. 121.
3 8 Grudem, The Gift of Prophecy, 30; Kistemaker, 1 Corinthians, 516. Robertson (A. Robertson e
A.Plumm er, A Critical and Exegetical Commentary on the First Epistle of Saint Paul to the Corinthians .
ICC, eds. S. R. D river, et al [Edinburgh: T. & T. Clark, 1914], 327) observa: “O versículo reflete aconvicção
de um apóstolo q ue foi divinamente constituído”. Fee (Gordon D. Fee, T he First Epistle to the
Corinthians. NICNT, ed. F. F. B ruce [Grand Rapids: Eerdmans, 1987], 711) aplica aqui a implicação da
ordem da lista de ICo 12.28 em q ue Paulo coloca os apóstolos em primeiro lugar, e conclui que apesar
de também um profeta, Paulo é, antes d e tudo, um apóstolo.
3 9 "O que vos escrevo" se refere, provavelmente, às instruções de Paulo nos capítulos 11
14,cf.Robertson, C orinthians, 327; Grudem, T he Gift of Prophecy, 30-31; Sandnes, P aul, 99 n. 80. Sobre
a identidade dos “espirituais” de Corinto veja Augustus Nicodemus Lopes, “Os espirituais de Corinto",
em Fides Reformata, 3/1 ( 1998).
25
Nesses casos, tais pessoas são denominadas como apóstolos porque elas eram
comissionadas e enviadas pela Igreja para desempenhar alguma tarefa na obra de Deus.
Muitas vezes essa tarefa era servir literalmente de mensageiros ou representantes da
liderança Cristã. Embora essas pessoas pudessem exercer diferentes ofícios no
ministério, elas não exerciam especificamente o ofício de apóstolo. Elas não receberam
a autoridade delegada pessoalmente do próprio Cristo, e nem cumpriam os requisitos
para ocupar o lugar de apóstolo. Portanto, em todos esses casos o significado da palavra
apóstolo indica simplesmente alguém que é comissionado e enviado. Em outras
palavras, nesses casos o termo “apóstolo” está designando uma função e não uma
posição Davidson diz como muitas pessoas tem tomado o título de apóstolos.
9
de Paulo que ao me nos sugir aqu e ele de veriatersido conta doentre os doz e. Ao contrário, Paulos
em prereconhece adiferença entre ele e os doze, cf. I C o 1 5. 1 - 9. Sobre oprocesso de escolha com
base em lançar sortes, pouca sinformações temos arespeito de como funcionava. Lucas pare
ceconsiderar que a escolhade Matias foil egítima, pois após dizer que ele foivota do para tomar lugar
comos donze apóstolos, em seguida se refere aos apóstolos comoos doze, isto é, Pedro e os onze,
cf.At2.14. Para a opinião de que Paulo, e não Matias, é o décimo segundo apóstolo, veja Abraham
Kuyper, The Work o f t he HolyS Sirit
27
O que era entendido por João um dos apostos tolos dando refecias aos 12
apóstolos descritos e De acordo com Gregory Beale, “a nomeação dos doze apóstolos
por Jesus representou não somente a reconstituição do novo Israel em torno de si
mesmo, o qual haveria de crescer exponencialmente, mas também a criação de um n
ovo povo para viver em uma nova criação. “que Tiago também se refere, ao mais que
10
O preparo dos doze
1 9 Para uma posição similar veja Agnew, "The NT Apostle-Concept,” 82,95.
11
É neste sentido que Tiago, o irmão de Jesus, se dirige às igrejas cristãs às quais escreve como “as doze
tribos q ue se encontram na dispersão” (Tg 1.1).
4 Gregory K. Beale, A New Testament Biblical Theology: the unfolding of the Old Testament in the New
(Grand R apids: Baker, 2011), p. 425,693.
29
Quem disse que aos discípulos que eles iriam receber poder do alto para poder
testemunhar, logo após que recebessem o Espirito do Alto, foi o próprio Jesus. Perceba
isso como aconteceu: a. receberam o Espírito Santo; b. deu-lhes poder; e c. foram
testemunhas com resultados extraordinários. Nós frequentemente tratamos de investir a
ordem e atestamos dependendo de nosso próprio poder e autoridade. Atestar não é
mostrar o que podemos fazer Por Deus, a não ser mostrar e dizer o que Deus tem feito
por nós.
12
1 0 Kuyper, T he Work of the Holy Spirit, 144.
1 A tradução “outros setenta” (ARA, NVI) pode causar confusão, pois dá a impressão que seria a
segunda vez que Jesus enviava setenta de seus discípulos em missão. Uma tradução correta e mais clara
seria "setenta outros” (veja NTLH). E, neste caso, Lucas provavelmente tem em mente os mensageiros
que Jesus havia enviado antes para preparar seu caminho a Jerusalém, cf. Lc 9:52.
30
13
22 Depois, Paulo esteve outra vez em Jerusalém, mas encontrou apenas Tiago (irmão de Jesus) e os
presbíteros da igreja, cf. At 21.17-19.
23 Este é provavelmente o mesmo encontro que Paulo relata na carta aos Gálatas 2.1-10.
14
31
Os irmãos de Jesus estão agora com os discípulos. Durante a vida do Jesus, eles
não acreditaram que Jesus era o Messias (Jo 7:5), mas sua ressurreição pode convencê-
los. A aparição especial ao Tiago, um de seus irmãos, deveu ter tido um significado
especial que influiu em sua conversão (veja-se 1Co 15:7 Esta foi a primeira reunião de
negócios da igreja. O pequeno grupo de onze cresceu até converter-se em mais de cento
e vinte. O tema principal foi nomear a um novo discípulo ou apóstolo, como chamaram
os doze. Enquanto os apóstolos esperavam, faziam o que podiam: oravam, procuravam
a direção de Deus e se organizavam. Esperar a Deus para trabalhar não significa sentar-
se sem fazer nada. Devemos fazer o que pudermos, enquanto possamos, tomando
15
cuidado de não nos adiantar a Deus. Como pôde alguém estar diariamente com o Jesus
e trai-lo? Judas recebeu o mesmo chamado e ensinos como todos outros. Mas decidiu
rebelar as advertências de Cristo assim como também seus oferecimentos de
misericórdia. Endureceu seu coração e se uniu aos inimigos do Jesus em um complô
para trai-lo. Até o final não se arrependeu e, por último, se suicídiou. Apesar de que
Jesus predisse que isto aconteceria, essa foi a decisão do Judas. Quão privilegiados
estão perto da verdade, não estão necessariamente comprometidos a ela. Para saber mais
esclarecimento sobre do Judas, recorra ao texto Marcos 14. Mateus relata que Judas se
enforcou (Mat. 27:5), Feitos diz que caiu. A explicação tradicional é que quando Judas
se enforcou o ramo se rompeu, Judas se precipitou em terra e seu corpo se arrebentou.
15
Mateus diz “com os doze discípulos” (Mt 26.20) e Marcos com os doze" (Mc 14.17).
6 Clark corretamente adverte para não pensarmos que Lucas está dizendo que os doze são os
fundadores da n ova nação de Israel. A ideia não é d e fundação, mas de r estauração, cf. Clark,
“Apostleship," 371-372.
7 Alguns contestam a escolha de Matias por meio de sortes, argumentando que foi precipitação de
Pedro e demais apóstolos, pois o escolhido de Jesus era Paulo. Todavia, não há nada no livro de Atos e
nas cartas
d e Paulo que ao menos sugira que ele deveria ter sido contado entre os doze. Ao contrário, Paulo
sempre r econhece a diferença entre ele e os doze, cf. ICo 15.1-9. Sobre o processo de escolha com base
em lançar s ortes, poucas informações temos a respeito de como funcionava. Lucas parece considerar
que a escolha de Matias foi legítima, pois após dizer que ele foi votado para tomar lugar com os onze
apóstolos, em seguida s e refere aos apóstolos como os doze, isto é, Pedro e os onze, cf. At 2.14. Para a
opinião de que Paulo, e não Matias, é o décimo segundo apóstolo, veja Abraham Kuyper, T h e Work of
the Holy Spirit (New York: Funk 8 c Wagnalls, 1900), 162-163. Esta obra está publicada em português, A
Obra do Espírito Santo (São Paulo: C ultura Cristã, 2010).
8 Giles corretamente destaca este ponto, cf. “Apostles before and after Paul,” 244.
9 E possível que este apelido tenha a ver com o temperamento impulsivo e irascível dos dois irmãos,
confor-
m e se percebe do episódio em que queriam mandar fogo descer do céu para consumir os samaritanos
que não o s queria receber, cf. Lc 9.54, inspirados no episódio em que Elias faz descer fogo do céu para
consumir os enviados do rei, cf. 2rs 1.9-16.
32
A igreja nascente não podia estar livre de problemas, ela, sofreu oposição
externa resultando na prisão, perseguição e morte, engano e queixa murmúrios. Aos
crentes judeus de fala grega os escolheram para ajudar na administração da igreja a fim
de liberar os apóstolos para pregar . Os primeiros diáconos escolhidos foram Estevan e
Felipe, deles Estevão foi o primeiro mártir da Igreja 5.1-8.3. Em lugar de barrar ao
cristianismo, a oposição e a perseguição serviram como promotores para sua difusão. Os
crentes levaram a mensagem por onde iam fugindo At.8.4. Muito em breve teve
convertidos em toda Samaria e inclusive em Etiópia At. 8.5-40.
33
16
Ademais, Lucas apresenta um jovem judeu, ciumento defensor da Lei, que
tenta liberar o judaísmo da heresia do Jesus. Mas no caminho a Damasco, ao tratar de
capturar aos crentes, Saulo se converte, confrontado pessoalmente pelo Cristo
ressuscitado 9.1-9. Mediante o ministério do Ananias e a recomendação do Barnabé,
Saulo (Paulo) foi bem recebido no companheirismo e enviado ao Tarso para sua
segurança 9.10-30.i.e. Enquanto isso, a igreja continuava prosperando em toda Judéia,
Galileia e Samaria. Lucas se refere a seu pregar e a como sanou a Nós na Lidia e ao
Dorcas no Jope 9.31-43. Enquanto esteve no Jope, Pedro entendeu através de uma visão
que ele podia levar o evangelho aos "imundos" gentios. Pedro assim o entendeu e
fielmente pregou ao Cornelio que se converteu, junto a sua família, em crente (capítulo
10). Esta foi uma notícia estremecedora para a igreja em Jerusalém, mas quando Pedro
narrou os fatos, glorificaram a Deus por seu plano de que todas as pessoas escutassem
as boas novas 11.1-18. Isto impulsionou à igreja a um círculo maior, a mensagem se
pregou aos gregos na Antioquia, onde Barnabé foi animar os crentes e achou ao Paulo
11.20-26. Para agradar aos líderes judeus, Herodes se uniu na perseguição da igreja em
Jerusalém, deu morte ao irmão do João e pôs na prisão ao Pedro. Entretanto, Deus
liberou o Pedro que caminhou desde sua prisão até uma reunião de oração na casa do
João Marcos onde se intercedia por ele capítulo 12. Aqui Lucas translada seu enfoque
ao ministério do Paulo. Enviado pela igreja da Antioquía para uma viagem missionária
13.1-3, Paulo e Barnabé levaram o evangelho ao Chipre e ao sul da Galácia com grande
êxito 13.4-14.28. devido a que a controvérsia judeu-gentil ainda ardia com lentidão e
com não poucos gentis respondendo a Cristo, ameaçou dividindo a igreja. De maneira
que se convocou um concílio em Jerusalém para estabelecer normas com relação aos
cristãos gentis à luz do Antigo Testamento e suas leis. Logo depois de ouvir ambas as
16
Cf. D. A. Carson, S hawing the Spirit (Grand Rapids: Baker Book House, 1987), 90.
2 6 Leon Morris, T he First Epistle of Paul to the Corinthians: An Introduction and Commentary. The
Tyndale N ew Testament Commentaries, ed. R. V. G. Tasker (London: Tyndale Press, 1958; reprint 1969),
207; F. F. Bruce, 1 and 2 Corinthians em New Century Bible Commentary, eds. Ronald E. Clements and
Matthew Black (London: Butler & Tanner Ltd., 1971), 142.
2 7 Simon Kistemaker, Exposition of the First Epistle to the Corinthians. New Testament Commentary
(Grand R apids: Baker, 1993), 285-86. Clark ("Apostleship," 347-348) apresenta vários argumentos que
mostram a paridade de Paulo e os Doze; veja também Hywel R. Jones, "Are There Apostles Today?” em
E vangelical Review o f Theology 9/2 (1985), 109-114, que argumenta muito bem a favor deste ponto.
34
partes, 17Judas meio irmão do Jesus e líder da igreja em Jerusalém resolveu o problema
e enviou mensageiros às igrejas para informar a decisão (15.1-31).
17
Paulo é que ele não considerava as obras da lei como contrárias à justificação pela fé, desde que o
judeu cristão a s praticasse, não como obras meritórias, mas como expressões raciais de sua fé.
Justificado pela fé somente, Paulo se sentia livre para ser um judeu praticante e tomar parte nos
cerimoniais judaicos como emblemas e marcadores da identidade da sua raça. E da mesma forma se
sentia livre para abrir mão deles, quando se t ornavam um obstáculo ao seu ministério entre os gentios.
Sobre Paulo e as obras da lei veja Lopes, "A Nova P respectiva sobre Paulo," 83-94 e toda a bibliografia
sobre o assunto citada ali.
35
18
Nos primeiros cinco capítulos temos uma série de cenas, ou retratos em miniatura,
da primitiva comunidade cristã de Jerusalém. Começa o livro no ponto em que o
19
Evangelho de Lucas terminou, com o Senhor ressuscitado aparecendo aos discípulos, a
intervalos, durante quarenta dias, ordenando-lhes que esperem em Jerusalém até que
recebam poder celestial, para depois agirem como suas testemunhas naquela cidade, na
Judéia e Samaria, até aos confins da terra. Já se tem dito que esta indicação geográfica
tríplice (At 1.8) constitui-se uma espécie de índice do Esboço de Atos, visto ser essa a
ordem em que Lucas descreve a propagação do Evangelho. As palavras de Cristo Sereis
minhas testemunhas são dignas de nota por serem citadas de Is43.10. A inferência é que
essas palavras do grande profeta do Velho Testamento se cumprem nos discípulos de
Jesus; eles formam o remanescente do antigo Israel e o núcleo do novo. As referencias
citadas por Nicodemus Lopes(2014 p 35).
18
ARA e ARC trazem “sentença" e NVI e NTLH trazem "setenta e dois” discípulos. O testemunho
manuscrito lógico está dividido. Ainda que fosse "setenta e dois" permanece o simbolismo do número.
Os anciãos de I srael também eram contados, às vezes, como setenta ou setenta e dois, cf. Robertson, W
ord Pictures, Lc 10.1.
Tratou-se de uma visão e não de uma aparição de Cristo, pois João nos informa que ele "se achou em
espírito" (Ap 1.10), designação comum nos profetas para indicar o estado de êxtase em que o profeta
19
É preciso observar que a declaração de Jesus de que "todos os Profetas e a Lei profetizaram até João"
( Mt 11.13) significa o encerramento do ministério dos profetas do Antigo Testamento, mas não o
término d a revelação que começou a ser dada através deles. Os apóstolos do Novo Testamento - e não
os profetas do N ovo Testamento - foram os canais pelos quais esta revelação continuou a ser dada. É
neste sentido que os c consideramos como sucessores dos profetas de Israel.
36
20
Vem depois a narrativa da ascensão, após o que os discípulos em número de
120, aguardam em Jerusalém o cumprimento da promessa do Espírito, e nesse ínterim
preenchem a vaga deixada no colégio dos doze com a deserão de Judas, cuja queda eles
vêem predita no Velho Testamento (cfr. Mt 27.9 e seg.; Jo 17.12). O primeiro livro (At
1.1), isto é, o terceiro Evangelho, também endereçado a Teófilo (Lc 1.3). Quem era esse
Teófilo não podemos dizer ao certo, senão que parece ter sido um cidadão romano de
categoria eqüestre, e possivelmente exercia cargo administrativo, como sugere o título
"excelentíssimo" (Lc 1.3). Tudo quanto Jesus começou tanto a fazer como a ensinar .
20
Paulo se refere uma vez à aparição como “a visão celestial" (At 26.19), mas aqui o sentido não é de
uma e experiência subjetiva, como um êxtase. Paulo quer dizer apenas que ele viu a manifestação de
Jesus vindo d os céus.
4 Samuel Waldron, T o Be Continued? (Amityville, NY: Calvary, 2007), 27. Cf. ainda posição idêntica de
Wayne G rudem, já que ninguém hoje pode preencher esta qualificação de ter visto o Cristo ressurreto
com seus pró-
p rios olhos, não há mais apóstolos hoje" ( Systematic Theology [Grand Rapids: Zondervan, 1994], 911).
5 "Discrepâncias aparentes como estas, nas diferentes narrativas da mesma cena no mesmo livro de
Atos, nos d ão forte confimação tanto dos fatos em si como do livro que os registra” (Jamieson, C
ommentary, At 9.7
37
Todavia "o reino de Deus concebe-se que é vindo nos eventos da vida, morte e
ressurreição de Jesus; proclamar tais fatos, em seu devido lugar ou ambiente, é
proclamar o Evangelho do Reino de Deus" (C. H. Dodd). Não há dúvida que a relação
que a paixão e a vitória de Jesus tinham com a mensagem do reino foi agora patenteada
aos discípulos. Vós sereis batizados com o Espírito Santo (5). Cf. a pregação de João
Batista em Mc 1.8. Assim virá (11). Possivelmente com referência particular à nuvem
(9); cfr. Lc 21.27 (Mc 13.26); Mc 14.62. A lista dos apóstolos no vers. 13 concorda com
a de Lc 6.14 e segs., variando algo na ordem, e omitido aqui o nome de Judas Iscariotes.
At-1.18. Ora, este homem (18). Os vers. 18 e 19 devem ser considerados como um
parêntese de Lucas, não como parte das palavras de Pedro aos seus condiscípulos.
Precipitando-se (18), ou "intumescendo-se". Campo de Sangue (19). Cfr. Mt 27.8. At-
1.20 As citações do vers. 20 são feitas dos Sl 69.25; Sl 109.8. Começando no batismo
de João. (22). Este período é o do ministério público de Jesus, abrangido pela pregação
apostólica (cfr. At 10.37) e pelo Evangelho de Marcos. Ao que relata quanto a isso
Nicodemus diz (2014 p 66.).
Ele apareceu a Chefas e, depois, aos doze. Depois, foi visto por
mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria
sobrevive até a gora; porém alguns já dormem. Depois, foi visto
por Tiago, mais tarde e, por todos os apóstolos e, afinal, depois de
todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de
tempo (ICo 15.5-8)
certeza a vontade divina (cfr. Pv 16.33) sendo de fato o princípio de decisão aplicado no
caso do Urim e Tumim. Esta é a primeira e última ocasião do emprego do sorteio pelos
apóstolos; pertence-o que é bem digno de nota-ao período entre a ascensão e o
Pentecostes; Jesus se ausentara e o Espírito Santo ainda não tinha vindo. Contudo se há
melhores meios de se designarem homens competentes para as responsabilidades
eclesiásticas há também os piores. Foi contado com os onze apóstolos (26). A ideia de
que Paulo fora divinamente indicado para ser o décimo segundo, e de que os apóstolos
previram erradamente o plano de Deus, mostra uma má compreensão do caráter único
do apostolado de Paulo.
Isso significa que eles foram escolhidos pelo próprio Cristo para anunciar e
lançar o fundamento sobre o qual Cristo edifica a sua Igreja (Efésios 2:20; Apocalipse
18:20). Por esse motivo eles aparecem encabeçando a lista das dádivas de Cristo para a
Igreja (Efésios 4:11). Cf. O dicionário teologia diz que: Exercício do ministério
profético, cuja principal prerrogativa é apresentar a vontade e o conhecimento de Deus
aos homens. Neste mister, os profetas bíblicos tinham a prerrogativa de mestres
infalíveis da Palavra de Deus.
21
A função profética de Cristo teve início com o seu batismo no rio Jordão. Já
ungido pelo Espírito Santo, saiu a proclamar as verdades do Reino de Deus, a libertar os
cativos de Satanás e a realizar sinais e maravilhas. Tais realizações credenciavam-no
como o Profeta anunciado por Moisés (Dt 18). Hoje, esta função é exercida pelos que,
segundo Efésios 4.11, detém o ministério profético, e pelos que são agraciado com o
carisma da profecia (1 Co 12 ; 13).Quando a Igreja proclama o Evangelho exerce, de
certa forma, a função profética. Visto que o cânon sagrado já está completo, os profetas
desta dispensação não possuem mais as prerrogativas dos mensageiros de Deus do
Antigo e do Novo Testamento. Nenhum profeta, hoje, tem autoridade para contestar as
Sagradas Escrituras. Caso o façam, hão de ser considerados anátemas (GL 1.8).
21
Barrett, C orinthians, 293.
3 3 Clark,"Apostleship," 366. Por "Restauracionista" ele se refere ao moderno movimento que busca
restaurar o ministério apostólico nas igrejas hoje.
39
22
Os falsos apóstolos seguem semeando mentiras. Não poucos distorcem a
verdade, outros a diluem, e outros simplesmente a eliminam dizendo que a verdade de
Deus já não se aplica mais. Mas não importa quantos sigam essas mentiras, a sólida
verdade de Deus nunca muda, nem jamais se abala e nunca se debilita. Quando
seguimos a verdade de Deus, Ele jamais nos deixara. Em uma analise a situação sobre a
existência de apóstolos hoje diz Nicodemus (2014 p331)
Paulo não estava falando da igreja sita na cidade de Éfeso, mas da igreja
universal de Cristo. Não precisamos de apóstolos modernos para “lançar os
fundamentos” de igrejas locais, pois o fundamento da igreja local é o mesmo da
universal, que é a doutrina apostólica sobre a pedra, Cristo, sobre a qual todo o edifício
espiritual se ergue e se edifica.
22
Esta noção do fundamento apostólico da igreja remonta às palavras de Jesus a Pedro em MT 16.18 e
estão refletidas em AP 21.14, conforme já vimos. Cf. Lincoln, E poesias. "Fundamento" em Ef 2.20 não se
refere à s pessoas dos apóstolos e profetas, mas à sua pregação (Sandnes, P aul, 2 27-29). Uma vez
lançado o fundam entoo, cessou a tarefa apostólica dos Doze e de Paulo, cf. F. David Fadel, “Chen Will
the Gift of Prophecy C esse:’", em Biblioteca Sacra, 150, (April-June 1993), p.188.
É preciso observar que a declaração de Jesus de que "todos os Profetas e a Lei profetizaram até João"
(Mt 11.13) significa o encerramento do ministério dos profetas do Antigo Testamento, mas não o
término d a revelação que começou a ser dada através deles. Os apóstolos do Novo Testamento - e não
os profetas do N ovo Testamento - foram os canais pelos quais esta revelação continuou a ser dada. É
neste sentido que os c onsideramos como sucessores dos profetas de Israel.
40
Às vezes escapar é considerado uma covardia. Mas as pessoas soube sabem que
frequentemente afastar-se fisicamente da tentação é o ato de valentia maior. Ao Timóteo
lhe advertiu que fugisse de qualquer coisa que produzira maus pensamentos (1Ti 6:11).
Tem tentações recorrentes difíceis de resistir? Fuja de qualquer situação que estimule
seus desejos de pecar. Saber quando afastar-se é tão importante na batalha espiritual
como saber quando e como brigar (veja-se também 1Tm 6:11).
Com seu ensino, Timóteo ajudava a aqueles que estavam confundidos a respeito
da verdade. A advertência do Paulo ao Timóteo, e a todos os que ensinam a verdade de
Deus é ser amável e gentil, paciente e cortês ao explicar a verdade. O bom ensino nunca
provoca lutas ou argumentos néscios. Seja que você ensine na Escola Dominical, guie
um estudo bíblico ou pregue na igreja, recorde escutar as perguntas que lhe exponham e
as trate em forma respeitosa, evitando discussões sem sentido. Se o fizer assim, a gente
23
que lhe opõe estará melhor disposta para ouvir o que você tenha que dizer e talvez
troquem sua atitude
Então sob esse aspecto, como mediadores de Cristo e responsáveis por anunciar
o Evangelho, todo cristão é um mensageiro enviado para proclamar as boas novas da
salvação e representar a causa de Cristo diante do mundo. Como a palavra “mensageiro”
traduz o termo apóstolo, então neste sentido, e apenas neste, sim, existem apóstolos
hoje. Esses apóstolos são todos os cristãos verdadeiros.
Por outro lado, apóstolos que exercem o ministério e o ofício apostólico sob os
quais repousam a liderança da Igreja de Cristo na terra, não mais existem.
Definitivamente Paulo de Tarso foi o último deles. Paulo, nome romano de Saulo,
nasceu em Tarso na Cilícia (Atos 16:37; 21:39; 22:25). Tarso não era um lugar
insignificante (Atos 21:39), ao contrário, era um centro de cultura grega. Tarso era uma
cidade universitária que ficava próxima da costa nordeste do Mar Mediterrâneo. Embora
tenha nascido um cidadão romano, Paulo era um judeu da Dispersão, um israelita
circuncidado da tribo de Benjamin, e membro zeloso do partido dos Fariseus (Romanos
11:1; Filipenses 3:5; Atos 23:6).
23
C. K. Barrett, A Commentary on the First Epistle to the Corinthians em Black’s New Testament
Commentari es (London: Adam ÔC Charles Black, 1968), 294; veja também Clark, “Apostleship352;
Jones, "Are There A postles Today'5”, 111.
4 TDNT, êoxotrOÇ.
41
Embora não se saiba ao certo com quantos anos Paulo saiu de Tarso, sabe-se
com certeza que ele foi educado em Jerusalém, sob o ensino do renomado doutor da lei,
Gamaliel, neto de Hillel. Paulo conhecia profundamente a cultura grega. Ele também
falava o aramaico, era herdeiro da tradição do farisaísmo, estrito observador da Lei e
mais avançado no judaísmo do que seus contemporâneos (Gálatas 1:14; Filipenses
3:5,6). Considerando todos estes aspectos, pode-se afirmar que sua família possuía
alguns recursos e desfrutava de posição proeminente na sociedade.
O apóstolo Paulo possuía cidadania romana. Sobre isso, ele próprio afirma ser
cidadão romano de nascimento (Atos 22:28). Provavelmente essa declaração indica que
sua cidadania foi herdada de seu pai. Estima-se que naquele tempo pelo menos dois
terços da população do Império Romano não possuía cidadania romana. Não se sabe ao
certo como o pai do apóstolo conseguiu tal cidadania. Algumas pessoas importantes e
abastadas conseguiam comprar a cidadania (Atos 22:28). Outras conseguiam tal
cidadania ao prestar algum relevante ao governo romano. A cidadania romana concedia
alguns privilégios, dentre os quais podemos citar: A garantia do julgamento perante
César, se exigido, nos casos de acusação. Imunidade legal dos açoites antes da
condenação. Não poderia ser submetida à crucificação, a pior forma de pena de morte
da época.
24
O livro de Atos dos Apóstolos informa que quando Estêvão foi apedrejado,
suas vestes foram depositadas aos pés de Paulo de Tarso (Atos 07:58). Defesa e morte
24
Tratou-se de uma visão e não de uma aparição de Cristo, pois João nos informa que ele "se achou em
espírito" (Ap 1.10), designação comum nos profetas para indicar o estado de êxtase em que o profeta
entrava para t er as visões, cf. Ez 2.2; 3.12; etc.
42
de Estêvão (At 7.1-8.1) Preso e interrogado pelo Sinédrio, Supremo Tribunal da nação
judaica, presidido naqueles dias pelo Sumo Sacerdote, Estêvão expôs o seu caso sob a
forma de uma resenha histórica, como era costume entre os judeus. Os dois principais
temas de seu discurso são, primeiro, que a nação, a partir dos dias de Abraão, nunca se
preocupou em fixar-se num lugar da terra; uma tenda móvel, por conseguinte, servia
mais de santuário do que um edifício permanente.
Provavelmente tanto foi uma coisa como outra. Se bem que a ratificação do
Procurador fosse tecnicamente necessária para a execução, ele no momento estava em
Cesária, sua residência costumeira. Califas e Pilatos certo que se entendiam
mutuamente, em virtude do que se confiava que este último fechasse os olhos quando
isso convinha. (Era caso excepcionalíssimo um governador romano deixar o mesmo
Sumo Sacerdote no exercício da função durante todo o período de sua Procuradoria,
como Pilatos fez com Caifás). Então lhe perguntou o sumo sacerdote 1, funcionando
como presidente do tribunal.
Quando estava na Mesopotâmia, antes de habitar em Harã (2). Harã fora uma
florescente cidade na primeira metade do segundo milênio A. C., época a que pertenceu
Abraão. De acordo com o Texto Recebido de Gn 11.31, 12.5, foi depois da chegada de
Abraão a Harã que as palavras citadas aqui no vers. 3 lhe foram ditas. Porém Filo e
Josefo concordam com Estevão que Abraão recebeu uma comunicação divina antes de
se dirigir a Harã (cfr. Gn 15.7, Ne 9.7). Mas prometeu. (5). Cfr. Gn 17.8. E falou Deus
assim. (6). É citação de Gn 15.13 e seg. Quatrocentos anos (6). A exegese rabínica
contava quatrocentos anos do nascimento de Isaque ao êxodo. E me servirão neste lugar
(7). Estas palavras vêm de Êx 3.12, onde são proferidas a Moisés e onde o lugar referido
43
Até que se levantou ali outro rei que não conhecia a José 18; provavelmente é
referência a fundação da 19 a Dinastia (cerca de 1320 A. C.). Era mui formoso 20; lit.
"formoso aos olhos de Deus" como vem na Arão. A filha de Faraó o recolheu (21); isto
é, adotou-o. Eusébio chama-a Merris; Cf, filha de Ramessés II e de uma princesa hetéia.
Moisés foi educado em toda a ciência dos egípcios 22. Estêvão é mais moderado que a
generalidade dos escritores heleno-judaicos, que apresentam Moisés como fundador de
toda a ciência e cultura e até de toda a civilização do Egito. Era poderoso em palavras e
obras (22). Moisés, em Êx 4.10, negou que fosse eloqüente, mas a referência aqui pode
ser a palavras escritas. Josefo (Ant. 2.10) refere uma lenda das proezas guerreiras de
Moisés.
Quando completou quarenta anos (23). Êx 2.11 diz simplesmente "sendo Moisés
já homem". Cuidava que seus irmãos entenderiam. (25). Esta explicação do seu ato não
consta no Velho Testamento. Filo, como Estêvão, considera a defesa dos israelitas por
parte de Moisés, neste ponto de sua carreira, como habilidade política decisiva. E note-
se aqui o paralelo: Moisés apresentou-se como mensageiro de paz e livramento, mas foi
rejeitado; Jesus, no devido tempo, foi tratado do mesmo modo. Nasceram-lhe dois filhos
44
(29); isto é, Gérson e Eliézer (Êx 2.22, 18.3-4). Apareceu-lhe no deserto do monte Sinai
um anjo (30). Estêvão frisa que Deus não está preso a uma cidade ou país; apareceu a
Abraão na Mesopotâmia, e no deserto a Moisés, na terra em que este era peregrino (29).
Este anjo é o mensageiro da Presença divina, que fala como Deus (32). A este... enviou
Deus como chefe e libertador (35). O rejeitado é o salvador designado por Deus; é isto o
que se vê nos casos de José, Moisés e Jesus. Pela mão (35), isto é, com a assistência
(ARA). At-7.37
Deus vos suscitará um profeta 37. Esta citação de Dt 18.15 ver At 3.22, ajuda
ainda a estabelecer paralelo entre Moisés e Cristo. É este quem esteve na congregação
no deserto 38. Provavelmente é alusão da 18.16 (seguindo imediatamente as palavras
citadas no verso anterior), onde se faz menção do "povo reunido em assembleia heb.
qahal, LXX ekklesia em Horebe. Como Moisés esteve com a antiga ekklesia, assim
Cristo está com a nova ekklesia, sendo porém está ainda uma igreja peregrina, "a
congregação no deserto". Com o anjo que lhe falava 38. Em Êx 32.34 Deus diz a
Moisés, "o meu anjo irá adiante de ti"; mais tarde, porém, por insistência de Moisés, Ele
faz uma promessa mais pessoal, "Minha presença (isto é, "Eu mesmo", autos nos LXX,
irá contigo" (Êx 33.14). Em Jubileus At 1.27, 2.1, entretanto, um anjo fala com Moisés
no Sinai (ver o vers. 53, abaixo). Naqueles dias fizeram um bezerro (41). Ver Êx 32,
onde vem narrado este incidente. At-7.42
de Kaiuanu, nome assírio de Saturno; nos LXX (citados aqui) o nome assírio é
substituído por outro egípcio do mesmo deus planetário, aqui representado por Renfá.
Para além da Babilônia (43). Estêvão tem o cativeiro babilônico em mente, como era
natural a quem falava em Jerusalém, e por isso diz "para além da Babilônia", em lugar
de "para além de Damasco", como diz Amós, referindo-se ao princípio do cativeiro
assírio. At-7.44 O tabernáculo do testemunho (44), assim chamado porque encerrava o
"testemunho" que Deus dera a Israel, consistindo nas tábuas da Lei-vindo dai chamar-se
a arca, que as abrigava, "arca do testemunho" (por ex. Êx 25.22).
Após esse episódio da morte de Estêvão, Paulo de Tarso assumiu uma posição
importante na perseguição aos cristãos. Ele recebeu autoridade oficial para liderar as
perseguições. Além disso, na qualidade de membro do concílio do Sinédrio, ele dava o
seu voto a favor da morte dos cristãos At 26:10.
é de uma beleza incomum, como convinha ao seleto auditório. Por certo quanto ao que
diz Nicodemus (2014 p 64) O que convinha que ele passasse no caminho.
vers. 22 e 23, como fazem Nestle e Moffatt. Entre vós é outra vez enfático: "entre vós
judeus". A esperança de Israel estava vinculada à ressurreição de Cristo.
Quando os matavam (10). Como no caso de Estêvão (At 8.1). Obrigando -os.
(11); melhor, "procurava compeli-los." (tal é a força do imperfeito grego). A blasfemar
(11); a dizer "Jesus é anátema" (1Co 12.3), ou outra coisa do mesmo sentido. Cidades
estranhas (11); isto é, cidades fora da Palestina, como Damasco. Caindo todos nós por
terra (14). Nas outras versões do incidente apenas se diz que Paulo caiu. Em língua
hebraica (14); isto é, em aramaico, sua língua materna. Dura coisa recalcitrares contra
os aguilhões (14). A figura é a de um boi resistindo ao ferrão o que só lhe causa maior
sofrimento. A expressão é proverbial e pode encontrar equivalentes em diversos países.
Essas palavras lançam considerável luz na situação mental de Paulo, especialmente
(sem dúvida) depois do apedrejamento de Estêvão. Os vers. 16-18 sintetizam as
comunicações que Paulo recebeu do Senhor no caminho de Damasco, por intermédio de
Ananias na casa de Judas, e mais tarde no templo de Jerusalém. A quem refute a ideia
para diz tratar de da visão de Paulo como uma simples visão não qualifica ninguém ao
oficio apostolo note citação Samuel Waldron nos explica 2014 p 65.
25
Firma-te sobre os teus pés (16). Cfr. Ez 2.1, onde a comissão recebida pelo
profeta contém tais palavras. Ezequiel também caiu por terra quando teve as primeiras
"visões de Deus". Tanto das coisas em que me viste. (16); melhor, "das visões que de
mim tiveste e ainda terás". Livrando-te. (17). Cfr. Jr 1.8, onde Jeremias ouve palavras
semelhantes ao receber sua comissão profética. Para lhes abrir os olhos (18). Cfr. Is
25
Tratou-se de uma visão e não de uma aparição de Cristo, pois João nos informa que ele "se achou em
espí-
rito" (Ap 1.10), designação comum nos profetas para indicar o estado de êxtase em que o profeta
entrava para t er as visões, cf. Ez 2.2; 3.12; etc.
49
42.7. Paulo é chamado para continuar a missão do Servo obediente, inaugurada por seu
Senhor (cfr. At 13.47).
26
As muitas letras te fazem delirar (24). Festo ficou completamente desorientado
e só pôde concluir que Paulo, embora extremamente culto, fora levado pelo seu saber a
26
Paulo se refere uma vez à aparição como “a visão celestial" (At 26.19), mas aqui o sentido não é de
uma experiência subjetiva, como um êxtase. Paulo quer dizer apenas que ele viu a manifestação de
Jesus vindo d os céus.
4 Samuel Waldron, T o Be Continued? (Amityville, NY: Calvary, 2007), 27. Cf. ainda posição idêntica de
Wayne G rudem, já que ninguém hoje pode preencher esta qualificação de ter visto o Cristo ressurreto
com seus propósitos.
“p rios olhos, não há mais apóstolos hoje” (Systematic Theology [Grand Rapids: Zondervan, 1994], 911).
50
transpor a tênue linha que faz separação entre a erudição e a insânia. "Muita gente
educada sustenta hoje o mesmo parecer a respeito da escatologia, mas a história levanta-
se contra essas pessoas e contra Festo, provando que, seja verdadeira ou falsa a
esperança escatológica, o certo é que esta não é prova de insanidade mental" (Lake and
Cadbury). Nada se passou aí, nalgum recanto (26); frase proverbial conhecida.
Por isso diz, "Em suma, você procura persuadir-me a fazer o papel de cristão"
-este é o verdadeiro sentido de suas palavras no vers. 28. Paulo replica (29): "A suma
disto é, oxalá tu e todos os que estão aqui fossem tais qual eu sou, exceto estas cadeias"
(mostrando a mão agrilhoada). Este homem nada tem feito passível de morte ou de
prisão (31). Lucas sublinha outra vez este testemunho oficial da índole do Cristianismo
e de seus pregoeiros, de respeito à lei. Este homem bem podia ser solto, se não tivesse
apelado para César (32). Mas, uma vez feita a apelação, esta havia de prosseguir, de
acordo com a lei. Não precisamos, como fez J. V. Bartlet, sentir uma nota sinistra nesta
cláusula condicional "se não tivesse apelado
Sendo portador de uma comissão da parte do Sinédrio, Paulo deveria pregar nas
sinagogas de Damasco, e foi isso mesmo que ele fez, utilizando as sinagogas como as
5 "Discrepâncias aparentes como estas, nas diferentes narrativas da mesma cena no mesmo livro de
Atos, nos d ão forte confimação tanto dos fatos em si como do livro que os registra” (Jamieson, C
ommentary, At 9.7).
51
Só Paulo emprega esse título em Atos (13:33), não sendo mero acidente que tal
título tenha tão grande importância nas suas cartas (p.e., Romanos 8:3; Gálatas 4:4;
Colossenses 1:15-20) e apareça em seu próprio relato de seu chamado para ser apóstolo
(Romanos 1:1-4; Gálatas 1:16). Com respeito a isto é também digno de nota que o
verbo perseguia (v. 21, gr. porthein) não se encontra em nenhuma outra passagem no
Novo Testamento, exceto em Gálatas 1:13 e 23, com referência à mesma questão
mencionada neste versículo. Observe-se de novo a descrição dos cristãos como "os que
invocavam este nome" (veja a disc. sobre o v. 14).
O verbo grego (lit., "colocar juntos", "comparar") que ECA traduz por "provar",
sugere que a pregação de Paulo consistia principalmente de comparações que ele fazia
entre o Antigo Testamento e os eventos da vida de Jesus, a fim de comprovar ser ele o
Messias (quanto a outra observação relacionada à técnica de Paulo em pregar, veja a
disc. sobre 17:3). Isto sugere que Paulo estava familiarizado com a vida de Jesus. De
modo algum é este fato algo que nos surpreende. Até mesmo quando era um
perseguidor da igreja, Paulo teria sabido muita coisa a respeito do Senhor mediante
controvérsias e inquéritos judiciais, se é que já não tivesse agora informações de
52
primeiríssima mão. E a partir de sua conversão, talvez Paulo tivesse estado sob a
instrução de Ananias e outros Paulo perseguia e assolava a Igreja de Deus (Gálatas
1:13). Ele fazia isso acreditando que estava servindo a Deus e preservando a pureza da
Lei.
O jato de luz apareceu a Saulo perto do meio-dia (22:6; 26:13), mas a luz era
mais forte do que a luz do sol. A voz que vinha do meio da luz falou a Saulo em
hebraico, ou aramaico (26:14). Embora a maioria dos judeus da Dispersão falasse o
grego, os pais de Saulo falavam o aramaico e ensinaram-lhe essa língua (Fl. 3:5). Essa
era a língua usada nas escolas rabínicas de Jerusalém. A voz informou Saulo que ao
perseguir os cristãos ele perseguia a Cristo. A princípio Saulo não entendeu o
significado dessa experiência. Pediu que a voz se identificasse. Senhor no grego
significa, muitas vezes, pessoa de respeito (16:30; 25:26); mas aqui indica uma resposta
reverente e respeitosa. A voz identificou-se como a do Jesus glorificado. As palavras
Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões, conforme está na ERC, não se encontram
nesta passagem nos textos gregos mais antigos, mas foram aqui introduzidas de 26:14.
A experiência diz Nicodemus que Paulo teve do Senhor diz Nicodemus Lopes
(2014p 65) Paulo estar em pé de igualdade com os demais apóstolos, além dos mais de
quinhentos que viram o Senhor.
Ele apareceu a Cefas e, depois, aos doze. Depois, foi visto por mais
de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria
sobrevive até a gora; porém alguns já dormem. Depois, foi visto
por Tiago, mais tarde e, por todos os apóstolos e, afinal, depois de
todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de
tempo (Ico 15.5-8).
54
27
Nada sabemos sobre Ananias exceto o que nos conta esta passagem. O versículo 13
indica que talvez ele residisse em Damasco e não sendo refugiado de
27
A situação linguística da Palestina no século I tem sido motivo de debate entre os estudiosos,
especialmente.
t e sobre a prevalência do aramaico ou hebraico como língua comum dos judeus naquela época.
Entendemos q UE as evidências favorecem o aramaico. Cf. “Aramaico” em Allen C. Myers, T he
Eerdmans Bible Dictionary
(Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1987). Veja mais detalhes do debate em Robert H. Gundry, “The
linguagem milieu of first century palestine" em J ournal of Biblical Literature, 83/4 (1964), 404ss.
7 Tem sido argumentado que os quinhentos irmãos que viram Jesus depois na ressurreição teriam sido c
onsiderados apóstolos. Jamieson, por exemplo, sugere que Andrônico e Júnias (Rm 16.7) estavam entre
e stes 500 irmãos e por isto eram apóstolos ( C ommentary , in loco). Todavia, ter testemunhado uma
aparição d o Cristo ressurreto não os constituía, por si só, apóstolos. Faltava-lhes outros requisitos que
aparecem nos E vangelhos e nos relatos de Atos, além do comissionamento direto do Senhor aos doze e
Paulo
55
messiânico, pois Atos 9:22 diz que a pregação de Saulo provava que Jesus era o
Messias (que aquele era o Cristo). A transformação de Saulo deixou seus ouvintes
muito admirados. Demonstrando. Literalmente, juntando; isto é, juntando as profecias
do V.T. com seu cumprimento para mostrar que Jesus era o Messias (o Cristo).
Saulo escapou com vida apenas por causa da ajuda de seus irmãos cristãos, que o
levaram ao porto da Cesaréia, de onde ele navegou para Tarso, sua cidade natal, na
Cilícia. Agora perdemos Saulo de vista até 11:25; mas sem dúvida esteve ocupado em
Tarso pregando o Evangelho, embora não haja registro desse ministério.
56
28
Após o encontro que teve com Cristo, o apóstolo Paulo chegou a Damasco e
recebeu a visita de Ananias. Foi Ananias quem o batizou (Atos 9:17,18). Também foi
ali, naquela mesma cidade, que Paulo começou sua obra evangelística. Não há
informações detalhadas sobre os primeiros anos de seu ministério. O que se sabe é que o
apóstolo Paulo pregou rapidamente em Damasco e depois foi passar um tempo na
Arábia (Atos 9:20-22; Gl 1:17). Falta de Contato Anterior com os Apóstolos em
Jerusalém. 1:18-24. Para se dizer a verdade, não foi uma ausência completa, como
Paulo francamente admite, mas os contatos foram breves, pessoais e quase acidentais.
Quanto desses três anos pertencem à Arábia e quantos a Damasco não sabemos, mas o
intervalo fortalece a alegação de Paulo. Se ele não tivesse recebido o Evangelho em sua
conversão, não leda esperado tanto tempo para ser informado sobre ele.
Para avistar-me com Cefas. O verbo avistar (no grego) está em contraste
deliberado com consultei (1:16), pois este último dá a entender uma consulta com a
intenção de ser esclarecido sobre algum assunto, enquanto que aquele se refere a travar
conhecimento com uma pessoa ou coisa. Às vezes tem sido usado em relação à urna
28
A ARC traduziu Kcd oí ayioi Kaí oí àiróoTOÀoi Kaí oi Ttpocpfjxcíi (Ap 18.20) como “santos apóstolos e
profetas" mas a repetição do KCU oi estabelece uma distinção entre santos e apóstolos, “santos” sendo
uma r eferência aos mártires cristãos
Esta noção do fundamento apostólico da igreja remonta às palavras de Jesus a Pedro em Mt 16.18 e
estão r efletidas em Ap 21.14, conforme já vimos. Cf. Lincoln, E phesians. "Fundamento" em Ef 2.20 não
se refere à s pessoas dos apóstolos e profetas, mas à sua pregação (Sandnes, P aul , 2 27-29). Uma vez
lançado o funda-
m ento, cessou a tarefa apostólica dos Doze e de Paulo, cf. F. David Famell, “When Will the Gift of
Prophecy C ease:’", em Bibliotheca Sacra, 150, (April-June 1993), p.188.
Depois" (4 vezes em lCo 15.5-7) é a tradução de ETtEixcc ou £ÍTCC,‘um ponto no tempo seguindo outro
p onto” (Louw & Nida).
1 8 Kistemaker (1 C orinthians, 533) concorda que em lCo 15.7 “todos os apóstolos" significa os doze (v.
5), m as a expressão pode ser mais ampla, mesmo se Tiago, que não fazia parte dos doze, não for
incluído (cf. H erman Ridderbos, P aul: An Outline of His Theology [Grand Rapids: Eerdmans, 1975], 449,
n. 61). Nesta
58
excursão para ver os pontos turísticos de uma localidade. A visita foi breve (quinze
dias).Paulo não se avistou com outro apóstolo além de Tiago, o irmão do Senhor. Este é
o Tiago que se tomou o líder da igreja de Jerusalém (cons. Atos 12:17). O apóstolo
declara-se desejoso de jurar que está dizendo a verdade. Nenhum judeu teria coragem de
fazê-lo se estivesse para dizer uma mentira, pois seria o equivalente a convidar Deus a
derramar a Sua ira sobre ele.
29
A profunda solenidade das declarações de Paulo é a medida da desconfiança
que os judaizantes semearam nos corações dos seus convertidos. O próximo passo de
Paulo, levado pela oposição à sua pregação em Jerusalém (Atos 9:29, 30), foi à Síria e
Cilícia. Obviamente ele não teve nessas áreas remotas nenhuma oportunidade de receber
alguma instrução dos apóstolos. Provavelmente o apóstolo mencionou as igrejas da
Judéia a fim de fortalecer seu argumento.
itinerante através da Judéia, pregando aos cristãos que foram espalhados pelas diversas
cidades. Seria muito interessante termos um registro completo do ministério de Pedro.
Em Lida, encontrou um grupo de cristãos que provavelmente fugiram para lá na
dispersão causada pela perseguição em Jerusalém. Filipe já tinha evangelizado essa
região (8:40). Aqui Pedro curou o paralítico Enéias. A história da cura de Enéias
espalhou-se por toda a cidade de Lida e através da planície de Sarona, que ficava junto
ao mar, resultando na conversão de muita gente.
Esta área era parcialmente habitada pelos gentios; Lucas está acompanhando o
desenvolvimento da igreja desde a comunidade judia em Jerusalém até os convertidos
gentios. Jope. Uma cidade costeira, cerca de dez milhas a noroeste de Lida. Tabita. Uma
palavra aramaica que quer dizer gazela. Dorcas. A mesma palavra no grego. Era muito
amada pelos cristãos por causa de suas boas obras e atos de caridade. As leis
cerimoniais judias da purificação exigiam lavarem o morto. Era colocado em um
cenáculo antes do sepultamento. Viúvas, que se encontravam entre as pessoas mais
necessitadas do mundo antigo, foram objeto particular da caridade de Tabita.
Provavelmente estavam usando as roupas feitas por Dorcas para elas.
Os judeus consideravam imundo o negócio de curtir peles, uma vez que envolvia
o manejamento de corpos mortos. É significativo que Pedro, bom judeu que era, ficasse
hospedado com um homem ocupado em tal ofício. A Bíblia não esclarece o que ele fez
ali, nem mesmo qual o lugar específico da Arábia em que ele ficou. Depois, o apóstolo
Paulo retornou a Damasco, onde sua pregação provocou uma oposição tão grande que
ele precisou fugir para salvar sua própria vida (2 Coríntios 11:32,33). Para Mody. A
defesa de Paulo baseia-se em sua vida e obra (2Co 11.16-12.11)
Passa agora o apóstolo a defender-se narrando outra vez as agruras pelas quais
passou. Reconhece que o que vai fazer não é segundo o Senhor (17). Nisto, não vai de
encontro a qualquer coisa fundamental, porém apenas não está de acordo com o
procedimento costumeiro dos cristãos, os quais não andam se gabando. De boa mente
tolerais os insensatos (19). Possivelmente o apóstolo, com delicadeza, está sendo irônico
neste versículo. Gente superior pode usar de um pouco de condescendência com os de
baixa classe! Mas, diz ele no vers. 20, estais vendo o que esses falsos apóstolos vos
fazem com o vosso consentimento. Paulo está sugerindo, outra vez com ironia, que ele
60
não ousara avançar tanto, e que os tais lançavam-lhe em rosto tamanha fraqueza. Então,
prossegue comparando suas próprias qualificações, como apóstolo, com as dos outros
mestres deles, ao narrar de novo suas experiências como ministro de Cristo. Da
narrativa apresentada nos Atos colhemos bastante informação que nos possibilita
identificar alguns dos incidentes referidos nos vers. 23-27. 2Co-11.23.Como fora de
mim (23). O apóstolo considera esta espécie de argumento como tolice, inconveniente
para um cristão; mas forçam-no a isto.
30
A preocupação com todas as igrejas (28). Os labores estupendos de Paulo por
Cristo estão indicados nesta frase. Era um obreiro infatigável, tanto fisicamente (viajava
sempre) como mentalmente (escreveu numerosas epístolas) e espiritualmente. Seu
exemplo é um estímulo para todos quantos empreendem trabalho missionário. Nos vers.
32 e 33, alude à sua fuga emocionante de Damasco, narrada em At 9.24-25. O apóstolo
menciona Aretas (32) por nome. Este seria Aretas IV, rei dos Árabes Nabateus. É o
único lugar onde se diz que ele também dominava sobre Damasco. A história secular
não regista este fato. Naquela ocasião ele fugiu para Jerusalém (Gálatas 1:18). Nesse
tempo havia completado cerca de três anos de sua conversão. Paulo tentou juntar-se aos
discípulos, porém estavam todos receosos com ele. Foi então que Barnabé se dispôs a
apresentá-lo aos líderes dos cristãos. Entretanto, seu período em Jerusalém foi muito
rápido, pois novamente os judeus procuravam assassiná-lo.
Por conta disso, os cristãos decidiram despedir Paulo, uma decisão confirmada
pelo Senhor numa visão. Segundo o que ele próprio afirma em Gálatas 1:18, ele ficou
somente quinze dias com Pedro. Essa informação se harmoniza com o relato de Atos
22:17-21. Paulo acabou deixando Jerusalém antes que pudesse se encontrar com os
demais apóstolos, e também antes de se tornar conhecido pessoalmente pelas igrejas da
Judeia. Porém, os crentes de toda aquela região já ouviam as boas-novas sobre Paulo. E
não era conhecido de vista das igrejas da Judéia, que estavam em Cristo; mas somente
tinham ouvido dizer: Aquele que já nos perseguiu anuncia agora a fé que antes destruía.
(Gálatas 1:22,23)
30
Veja Clark, “Apostleship," 357, que também argumenta em favor desta posição.
2 3 Cf. G. Bornkamm, p UGtqpiOV, e m TDNT, 4:821. Cf. também as observações de Brown (Raymond B
rown, T he Semitic Background of the Term “Mystery” in the New Testament. FBBS, 21, ed. J. Reumann
[Phil adelphia: Fortress Press, 1968], 44): "O que é de particular interesse aqui [ICo 4.1] é que Deus
designou os a póstolos como oikonomoi [despenseiros] dos mistérios de Deus”.
61
Logo depois o apóstolo Paulo foi enviado à sua cidade natal, Tarso. Ali ele
passou um período de silêncio de cerca de dez anos. Embora esses anos sejam
conhecidos como o sendo o período silencioso do ministério do apóstolo Paulo, é
provável que ele tenha fundado algumas igrejas naquela região. Estudiosos sugerem que
as igrejas mencionadas em Atos 15:41, tenham sido fundadas por Paulo durante esse
mesmo período. É certo que Barnabé, ao ouvir falar da obra que Paulo estava
desempenhando, solicitou a presença do apóstolo em Antioquia na posição de um
obreiro auxiliar. O objetivo era que Paulo o ajudasse numa promissora missão
evangelística entre os gentios.
31
O trabalho evangelístico do apóstolo Paulo abrangeu um período de cerca de
dez anos. Esse trabalho aconteceu principalmente em quatro províncias do Império
31
Cf. Robertson, W ord Pictures, At 21.18; Polhill, A cts, 446.
1 4 "Quando Paulo deu, pela primeira vez, o relato do seu ministério bem sucedido no concilio de
Jerusalém, e ncontrou o silêncio como resposta. Mas, agora, seu relatório foi recebido com maior
entusiasmo" (Polhill, A cts, 446).
1 5 A orientação dos presbíteros de Jerusalém para que Paulo participasse no voto dos quatro crentes
judeus, b em como a concordância de Paulo em submeter-se ao ritual, tem provocado intensas
discussões entre estu-diosos. Robertson ( Word Pictures, At 21.26) corretamente observa que o alvo de
Paulo era desfazer as calúnias l evantadas contra ele pelos judaizantes. Veja ainda os comentários úteis
de Polhill, Acfs, 448. Já Lange, argumen-t a que o texto não está dizendo com certeza que Paulo fez o
voto e todo o ritual, cf. Lange, A cts, 390.
62
32
A primeira viagem missionária de Paulo está registrada em Atos 13:1-14:28).
Não se sabe exatamente quanto tempo durou essa primeira viagem. Sabe-se apenas que
ela deve ter ocorrido por volta de 44 e 50 d.C. O ponto de partida foi Antioquia, um
lugar que havia se tornado um tipo de centro do Cristianismo entre os gentios.
32
Thomas R. Schreiner, 1, 2 Peter, Jude, vol. 37, Th e New American Commentary (Nashville: Broadman
& H olman Publishers, 2003), 231.
63
33
A terceira viagem missionária de Paulo está registrada em Atos 18:23-21:16.
Essa viagem ocorreu entre 54 e 58 d.C. O apóstolo Paulo atravessou a região da Galácia
e Frígia e depois prosseguiu em direção a Ásia e à sua principal cidade, Éfeso. Ali o
apóstolo ficou por um longo período, cumprindo a promessa anteriormente feita (Atos
19:8-10; 20:3).
É provável que todas, se não pelo menos a maioria das sete igrejas da Ásia,
tenha sido fundada durante esse período. Parece que antes de Paulo escrever a Primeira
Epístola aos Coríntios, ele fez uma segunda visita à cidade de Corinto, regressando logo
depois para Éfeso. Então, mais tarde, ele escreveu 1 Coríntios. Quando deixou Éfeso,
Paulo partiu para a Macedônia. Foi ali, talvez em Filipos, que ele escreveu a Segunda
Epístola aos Coríntios. Depois, finalmente o apóstolo Paulo passou pela terceira vez em
Corinto. Antes de partir dessa cidade, provavelmente ele escreveu a Epístola aos
Romanos (cf. Romanos 15:22-25).
34
O debate do apóstolo Paulo com Pedro Em um determinado momento, devido
ao crescente número de gentios na Igreja, questões a respeito da Lei e dos costumes
judaicos sugiram entre os cristãos. Muitos cristãos judeus insistiam que os gentios
deveriam observar a Lei Mosaica. Eles queriam que os crentes gentios se enquadrassem
nos costumes judaicos, principalmente em relação à circuncisão. Para eles, só assim
33
Thomas R. Schreiner, 1, 2 Peter, Jude, vol. 37, Th e New American Commentary (Nashville: Broadman
& H olman Publishers, 2003), 231.
34
John Calvin and William Pringle, C ommentaries on the Epistles of Paul the Apostle to the Philippians ,
C olos sians, and Thessalonians (Bellingham, WA: Logos Bible Software, 2010), 23.
65
Por isso ele se posicionou claramente contra essa situação. Diante dessas
circunstâncias, o apóstolo Paulo repreendeu Pedro publicamente (Gálatas 2:14). Pedro
havia se separado de alguns crentes gentios, a fim de evitar problemas com certos
cristãos judaizantes. Esse também foi o pano de fundo que levou o apóstolo Paulo a
escrever uma epístola de advertência aos Gálatas. Nessa epístola ele apresenta com
grande ênfase o tema da salvação pela graça mediante a fé.
Podemos dizer que esse acontecimento foi a primeira crise teológica da Igreja.
Para que o problema fosse solucionado, Paulo e Barnabé foram enviados a uma
conferência com os apóstolos e anciãos em Jerusalém. O concílio decidiu que, de forma
geral, os gentios que se convertessem não estavam sob a obrigação de observar os
costumes judaicos.
35
Existe muita discussão em relação ao número de prisões que o apóstolo Paulo
sofreu. Essa discussão de dá, principalmente pelo fato de o livro de Atos não descrever
toda a história do apóstolo Paulo. Além disso, provavelmente o apóstolo Paulo foi preso
algumas vezes por um período muito curto de tempo, como por exemplo, em Filipos
(Atos 16:23). Ao falar sobre suas próprias prisões, o apóstolo Paulo escreve o seguinte:
São ministros de Cristo? (Falo como fora de mim) eu ainda mais: em trabalhos, muito
mais; em açoites, mais do que eles; em prisões, muito mais; em perigo de morte, muitas
vezes. (2 Coríntios 11:23)
Considerando apenas as principais prisões do apóstolo Paulo, sabe-se que ele foi
preso em Jerusalém (Atos 21), e para impedir que fosse linchado, ele foi transferido
35
Oosterzee, 1 & 2 Timothy, 53.
5 Eusébio d iz na sua História Eclesiástica (3.11) que Timóteo, bispo de Éfeso, morreu martirizado ali.
6 Seria pretensão tentar esgotar aqui os argumentos contra e a favor da sucessão apostólica por meio
de bispos, uma discussão que dura desde o tempo da Reforma até nossos dias, e que tem gerado uma
vasta literatura. Meu alvo é apenas mostrar os argumentos de ambos os lados e porque eu creio que os
argumentos c ontra a sucessão apostólica por meio de bispos são mais convincentes.
7 Como defende Jamieson, C ommentary, na Introdução às Pastorais.
8 Citado por Oosterzee, 1 & 2 Timothy, 11.
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para Cesareia. Nessa cidade Felix, o governador romano, deixou o apóstolo Paulo na
prisão por dois anos (Atos 23-26). Festo sucessor de Felix, sinalizou que poderia
entregar Paulo aos judeus, para que por eles ele fosse julgado. Como Paulo sabia que o
resultado do julgamento seria totalmente desfavorável a sua pessoa, então na qualidade
de cidadão romano, ele apelou para César. Depois de um discurso perante o rei Agripa e
Berenice, o apóstolo Paulo foi enviado sob escolta para Roma. Após uma terrível
tempestade, o navio a qual ele estava naufragou, e Paulo passou o inverno em Malta.
Finalmente o apóstolo Paulo chegou a Roma na primavera. Na capital do Império ele
passou dois anos em prisão domiciliar. Apesar disso ele tinha total liberdade para
ensinar sobre o Evangelho (Atos 28:31). É exatamente nesse ponto que termina a
história descrita no livro de Atos dos Apóstolos.
A tradição cristã conta que a morte do apóstolo Paulo ocorreu junto da estrada
de Óstia, fora da cidade de Roma. Ele teria sido decapitado. Talvez o texto que mais
defina a biografia do apóstolo Paulo seja exatamente esse: Combati o bom combate,
acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual
o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os
que amarem a sua vinda. (2 Timóteo 4:7,8)
36
Romanos I Coríntios II Coríntios Gálatas Efésios Filipenses Colossenses I
Tessalonicenses II Tessalonicenses I Timóteo II Timóteo Tito Filémon Embora Paulo
não tenha pertencido ao grupo original dos Doze, ele também foi comissionado pelo
próprio Cristo ressurreto, visto que o encontro pessoal com Cristo era a qualificação
elementar para o apostolado (1 Coríntios 9:1; 15:8). Mas em nenhum momento ele
tentou se incluir nesse grupo. Ao contrário disto, ele próprio admitiu ser um abortivo,
isto é, um escolhido fora do tempo (1 Coríntios 15:8). Então isso significa que não é
possível que existam apóstolos na atualidade nesse sentido mais estrito da palavra. Se
Paulo diz ter sido o último dos apóstolos, e alguém hoje advoga ser um apóstolo
legítimo, então alguém está mentindo, ou Paulo, ou o apóstolo moderno.
Particularmente prefiro acreditar em Paulo. Além disso, como já foi dito, o apostolado
tinha um propósito fundamental.
Considerações Finais
Para edificarmos uma igreja autêntica, temos que nos levantar acima da pregação
da igreja, e pregar o reino, que é a pessoa gloriosa e o domínio do Rei. É a sua Glória
que devemos buscar, não a nossa, como todo venho apostólico outra vez. Assim como a
Igreja Primitiva, a igreja apostólica dos últimos dias pode esperar que a pior perseguição
viesse daqueles que clamam ser cristãos, os quais clamarão o mais veementemente
possível que os preletores da verdade. O bom tem sido sempre o pior inimigo do ótimo,
e aqueles que se contentam com uma coisa boa ficarão muito ofendidos quando vier
algo melhor. Este perseguição ajuda a separar o joio do trigo.
Isso significa que seu papel serviu apenas ao período de fundação da Igreja
Cristã. Essa verdade exclui completamente a possibilidade de haver apóstolos
36
A. E Walls, "Apostle," em Wood, N ew Bible Dictionary, 59-60. Para uma discussão da importância da o
rigem apostólica de um livro ou tradição oral para o reconhecimento do cânon, veja Riemer Roukema,
"La t radition apostolique et le canon du Nouveau Testament," em A. Hilhorst, ed., T he Apostolic Age in
PatristicT hought (Boston: Brill, 2004), 86-103.
1 0 Philip Schaff and David Schley Schaff, History of the Christian Church, vol. 1 (New York: Charles Scrib-
n er’s Sons, 1910), 570-573.
L. Berkhof, S ystematic Theology (Grand Rapids, MI: Wm. B. Eerdmans publishing co., 1938), 585.
2 Robert W. Funk, “The Apostolic Parousia: Form and Significance" em C hristian History and
Interpretation :Studies Presented to John Knox , ed. William Farmer (Cambridge: Cambridge University
Press, 1967), 249-268.
3 Oscar Cullmann, E arly Christian Worship (Westminster Press: Philadelphia, 1953), 24.
4 Grant I. Lovejoy, Biblical Hermeneutics: A Comprehensive Introduction to Interpreting Scripture (B&H
Publishing Group, 2002), 333
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modernos. Para que houvesse um apóstolo legitimo hoje, a Igreja Cristã precisaria ter
sido um fracasso, e uma nova Igreja precisaria ser estabelecida, para que esses novos
apóstolos pudessem lançar novamente o fundamento dessa Igreja. É verdade que alguns
círculos do cristianismo defendem a contemporaneidade dos apóstolos, ou pelo menos a
transmissão de sua autoridade e função. Guardemos os nossos corações, humilhando-
nos com a realidade de quão longe estamos da estatura bíblica da Igreja. Temos que nos
levantar acima dos nossos próprios pequenos ministérios se vamos fazer parte da
edificação da Igreja verdadeira.
Algumas pessoas até alegam que a autoridade desses apóstolos está relacionada
aos seus dons e carismas. Por mais esses tipos de pensamentos não possuem qualquer
fundamentação bíblica. Até mesmo os legítimos apóstolos não tinham autoridade em si
mesma. Toda autoridade que possuíam derivava inteiramente daquele que os enviou (cf.
Mateus 10:1-40; João 20:21; Romanos 1:1; 2 Coríntios 10:13). Como já foi dito, o
apostolado foi um ofício de alicerce, e a própria existência da Igreja hoje, proclamando
o Evangelho e esperando o retorno do Senhor, prova que não há mais a necessidades de
apóstolos além dos originais. O ofício apostólico nunca precisou de uma suposta
renovação, pois o testemunho dos apóstolos genuinamente comissionados por Cristo
permanece vivo até hoje. Esse testemunho não se gastou, e está preservado de maneira
acessível nas páginas do Novo Testamento.8.3.Papel que desempenhavam os Apóstolos
69
SUMARIO.
70
apostolado? ...........................................................................................2
Bibliografia
GRUDEM,Wayne,TheGift of Prophecy in 1
Corinthians(Washington:U niversity Press of America, 1982).