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do Sétimo Dia®
Coordenação
Pr. Reginaldo Paulino de Souza
Tatiana Santos Rodrigues Penteado
Coordenação Executiva
Pr. André Henrique de Souza Dantas
Pr. Davi Roberto França
Wilian Carvalho Ferreira
Produção editorial
Pr. Gerson Cardoso Rodrigues
Colaboração
Pr. Luciano Barbosa Ferreira - Diretor AB
Pr. Vitelmo da Silva Vieira - Diretor MSe
Pr. Alexandre Ferreira de Souza - Diretor ABaC
Pr. Gleydson da Silva - Diretor ABN
Pr. Marcelo Baldoíno da Silva - Diretor MBSo
Pr. José Mário Oliveira Acácio - Diretor ABS
Designer Gráfico
Renan Martin
SUMÁRIO
O autor 4
Conheça o autor dos sermões
Prefácio 5
Profecia para o tempo do fim
Introdução 6
A lei, a profecia e o futuro da igreja
Sermão 1 | 04 de janeiro 7
“Que significam estas pedras?”
Sermão 2 | 01 de fevereiro 11
“Ensina a criança no caminho em que deve andar”
Sermão 3 | 01 de março 17
“Doce como o mel”
Sermão 4 | 05 de abril 24
“Um tesouro escondido num campo”
Sermão 5 | 03 de maio 30
“Uma só carne”
Sermão 6 | 07 de junho 38
“Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores”
Sermão 7 | 05 de julho 45
“Sobre esta pedra edificarei a minha igreja”
Sermão 8 | 02 de agosto 52
“Dar-te por escrito, [...] uma exposição [...] das verdades”
Sermão 9 | 06 de setembro 58
“Oro para que você tenha boa saúde”
Sermão 10 | 04 de outubro 66
“E estas palavras [...] as ensinarás a teus filhos”
Sermão 11 | 01 de novembro 71
“Não me envergonho do evangelho, [...] o poder de
Deus para a salvação”
Sermão 12 | 06 de dezembro 76
“Eu sei em quem tenho crido”
O AUTOR
prefácio | 5
INTRODUÇÃO
A LEI, A PROFECIA E O
FUTURO DA IGREJA
PASTOR REGINALDO PAULINO
INTRODUÇÃO
O povo de Israel estava prestes a cruzar o Rio Jordão. Deus operou o mesmo
milagre de décadas antes, quando eles cruzaram o Mar Vermelho.
Ao passarem pelo Rio Jordão, Josué pede que um líder de cada tribo levante
uma pedra do meio do Jordão, para que fosse levantado um monumento ou coluna
como “memorial aos filhos de Israel” (Jos 4:7, 20).
• “Deus conhecia Seu povo e sabia que ele logo se esqueceria das
grandes obras de libertação realizadas em seu favor, a não ser que se
tomasse alguma medida para manter esses grandes acontecimentos
em mente. Não se deveria permitir que as gerações futuras esqueces-
sem como o Senhor conduzira Israel.” (Comentário Bíblico Adventista,
vol. 2, p. 179)
I. AGRADECER É LEMBRAR
Recapitular é uma ferramenta didática para fixar aprendizagem.
• Israel costumava esquecer das bençãos de Deus.
SERMãO 1 | 7
Deus inspirou seus profetas a recapitularem a história constantemente para tra-
zerem à memória os atos de Deus.
• Moisés faz uma recapitulação da história do povo no deserto, no livro de
Deuteronômio.
• Moisés alerta para que eles não se esquecessem de Deus quando prospe-
rassem na terra prometida:
• “Guarda-te não te esqueças do Senhor, [...] Não digas, pois, no teu cora-
ção: A minha força e o poder do meu braço me adquiriram estas riquezas.
Antes, te lembrarás do Senhor , teu Deus, porque é ele o que te dá força
para adquirires riquezas; para confirmar a sua aliança, que, sob juramento,
prometeu a teus pais, como hoje se vê.” (Deuteronômio 8:11, 17-18)
• Aprender as lições
• “A história do nosso povo deve ser escrita, para o benef ício daqueles que
agora aceitam a fé [adventista]” (James White, “Permanency of the Cause,”
Review and Herald, 8/julho/1873, p. 28 [tradução livre]).
• “Quando perdemos de vista o que o Senhor fez no passado por Seu povo,
perdemos de vista a Sua atuação presente em favor deles. Os que agora
entram na obra, comparativamente nada sabem da abnegação e do sacrif í-
cio daqueles sobre os quais o Senhor depôs o fardo da obra em seu começo.
Isso lhes deveria ser contado vez após vez.” (Ellen G. White, Manuscrito 23,
1899; em Cristo Triunfante, p. 150).
SERMão 1 | 9
IV. CONCLUSÃO
Mentes pós-modernas tendem a rejeitar teorias e doutrinas, porém valorizam
histórias.
• Não devemos negligenciar as doutrinas bíblicas, mas podemos enfatizá-
las através de histórias.
• Muitos céticos a apresentações apologéticas podem estar dispostos a
ouvir uma boa história.
O propósito desta série de sermões é apresentar a história do adventismo, tendo
como base e fator de delimitação a vida da família White. Tiago e Ellen (juntamente
com José Bates), são cofundadores do movimento adventista e viveram as expe-
riências do movimento millerita, a fase do pós-millerismo de resgatar a verdade
bíblica no início do movimento adventista sabatista, e o início das principais ins-
tituições da IASD. Além disso, como um casal, eles conviveram com experiências
reais do matrimônio, educação de filhos, e as atividades de viajar constantemente
para administrar, orientar, aconselhar, e acima de tudo apresentar e conduzir as pes-
soas aos pés de Cristo.
Que Deus nos ajude a entendermos melhor nossa história e com isso apreciar-
mos mais o que Deus tem feito neste movimento profético, o qual tem uma missão
muito importante e relevante para anunciar ao mundo o breve retorno de nosso
Salvador Jesus Cristo.
INTRODUÇÃO
“Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não
se desviará dele.” (Provérbios 22:6)
“Muitos pais veem neste versículo uma sanção para forçar as crianças a seguir a
profissão ou of ício que eles acham melhor para elas. Dessa forma, acabam trazendo
sofrimento e decepção sobre si mesmos, pois o filho, depois de crescer, costuma optar
por um caminho completamente diverso. Em vez disso, o versículo aconselha os pais
a saber e ensinar o caminho em que seu filho poderá ser mais útil para si e para os
outros e no qual terá mais realização.” (Comentário Bíblico Adventista, vol. 3, p. 1151)
A Bíblia declara que os pais devem compreender que os filhos “são herança do
Senhor.” (Salmos 127:3).
O que está envolvido nesse conceito é a mordomia. Os pais são mordomos e
devem cuidar dos filhos com amor, paciência, bondade e autoridade. A autoridade
não significa uma atitude ditatorial ou opressiva, mas demonstrada por alguém que
tem interesse no bem-estar dos filhos e cuida da melhor maneira possível para que
isso seja uma realidade.
SERMãO 2 | 11
Isto só pode ser alcançado com dedicação de tempo dos pais para estarem pró-
ximos dos filhos e educá-los nos caminhos de Deus.
• “Passe tempo de qualidade com seu filho. Isso significa interagir com
ele, demonstrar afeto, conversar e fazer juntos atividades que treinem as
emoções dele.” (Annie Schulz Begle, “Crescimento na Adversidade”, Revista
Adventista/Adventist World, junho 2021, p. 21).
A obra de educar é uma escola que não conhece graduação. Os pais estão sem-
pre aprendendo enquanto fazem o melhor para educar.
“Ao educar os filhos, a mãe está numa contínua escola. Ao mesmo tempo em
que ensina os filhos, ela mesma está aprendendo diariamente.” (Ellen G. White,
Orientação da Criança, p. 135).
Tiago White
• Tiago nasceu no dia 4 de agosto de 1821, em Palmyra, uma pequena cidade
no centro do estado do Maine.
• Era uma criança frágil, e foi diagnosticado com verminose (worm fever)
quando tinha menos de três anos de idade.
SERMÃO 2 | 13
• A febre afetou seus olhos e quase destruiu sua visão, deixando-o vesgo,
fraco e parcialmente cego.
• Após anos de trabalho duro, ele fortaleceu sua saúde geral, aos dezesseis anos
seus olhos melhoraram, e pela primeira vez, ele podia ler com liberdade.
• Durante aqueles dias de trabalho árduo, Tiago entregou sua vida a Jesus.
• Aos quinze anos foi batizado na igreja Conexão Cristã (James White, Life
Incidents, p. 15).
Ellen Harmon
• Ellen nasceu no dia 26 de novembro de 1827, em Gorham, uma pequena
cidade no Maine, mas passou sua infância e juventude em Portland, a maior
cidade do Maine, localizada no litoral sul do estado.
• Ela e sua irmã gêmea, Elizabeth (“Lizzie”) eram as filhas mais novas de Robert
F. Harmon (1786–1866), fazendeiro e fabricante de chapéus, e Eunice Gould
Harmon (1787–1863), dona de casa, que já tinha quatro filhas e dois filhos.
• Quando Ellen tinha cerca de nove anos ela sofreu um acidente que afetou
toda a sua vida. Uma colega de classe “zangada” atirou uma pedra que a atingiu,
quebrando seu nariz e nocauteando-a. Ela acordou pouco depois, coberta de
sangue, muito fraca e incapaz de andar, foi carregada para sua casa.
• Durante algumas semanas ela não se lembrava de nada, portanto não fazia ideia
da causa de sua fraqueza. Pela gravidade do choque, perda de sangue, respiração
inadequada e falta de atividade física, ela ficou reduzida a “quase um esqueleto”.
• Em seu desespero, ela começou a orar pelo perdão dos pecados e prepara-
ção para a vida eterna, o que lhe trouxe “paz de espírito”.
• O primeiro encontro com o seu pai (que viajando estivera ausente durante
a primeira fase de seu infortúnio) após o acidente a deixou ainda mais devas-
tada, pois quando ele retornou não a reconheceu.
• Ela foi “forçada a aprender a amarga lição” de que a aparência pessoal fazia uma
grande “diferença nos sentimentos de muitos”. Seu orgulho foi “ferido” e ela sentiu
um fardo pesado em seu coração. (Ellen G. White, Life Sketches Manuscript, p. 6-7).
• Durante sua fase de pré-adolescência ela teve que conviver com uma saúde
bastante comprometida, deformação na aparência f ísica, perda de aceitação
social por parte de algumas amigas, e a mais forte de suas frustrações, aban-
donar os estudos.
• “Foi a mais forte luta de minha juventude, ceder à fraqueza e decidir que deve-
ria abandonar os estudos e renunciar a toda esperança de instruir-me” (Ellen G.
White, Testemunhos para a Igreja, vol. 1, p. 13).
SERMÃO 2 | 15
• Esses infortúnios a levaram a perder a expectativa de uma vida normal.
No meio dessa frustração, ela, inconformada com sua “sorte”, “às vezes, mur-
murava contra a providência de Deus por assim afligir-me” (Ellen G. White,
Testemunhos para a Igreja, vol. 1, p. 13).
IV. CONCLUSÃO
Ouvir, procurar entender e mostrar disposição para abraçar e ajudar os juvenis e
adolescentes deve ser um alvo de todos nós cristãos.
Educar filhos sempre foi um desafio, e nestes últimos dias o quadro não é ame-
nizado.
Paulo declarou que “nos últimos dias sobrevirão tempos terríveis, [...] [filhos]
desobedientes aos pais, [...] sem amor pela família” (1 Timóteo 3:1-3).
Os pais devem clamar ardentemente a Deus por sabedoria, pois “A restauração e
reerguimento da humanidade começam no lar. A obra dos pais é a base de toda outra
obra. A sociedade compõe-se de famílias, e é o que a façam os chefes de família. [...]
A felicidade da sociedade, o êxito da igreja e a prosperidade da nação dependem das
influências domésticas. (Ellen G. White, Ciência do Bom Viver, 349).
Talvez você não tenha as melhores memórias de sua infância, mas o Senhor
quer refazer a sua vida, e quer te preparar para que, ao você formar o seu lar, seja um
pedaço do céu na terra.
O desafio é imenso, mas lembre-se, Jesus prometeu aliviar o cansado (Mateus
11:28-30), conceder misericórdia e graça na necessidade (Hebreus 4:16), e conceder
sabedoria a quem humildemente e confiantemente pede (Tiago 1:5-8).
Sem Jesus nada podemos, mas com Ele tudo é possível (João 15), portanto, nos
firmemos em Sua promessa.
I - INTRODUÇÃO
Apocalipse 22:20
3
O apóstolo João conclui o livro de Apocalipse com as palavras de Jesus,
“Certamente, venho sem demora.” E João exclama: “Amém! Vem Senhor Jesus.”
E encerra o livro abençoando a povo, “A graça do Senhor Jesus seja com todos”
(Apocalipse 22:21).
Esta é a oração dos cristãos durante todas as épocas.
• Essa promessa foi confirmada pelos anjos quando Cristo ascendeu ao Céu
(Atos 1:11), trazendo conforto aos discípulos, e é repetida cerca de 300 vezes
no Novo Testamento.
SERMãO 3 | 17
III. A SEGUNDA VINDA DE JESUS NA HISTÓRIA
• “Pouco depois da morte de Constantino, ‘desenvolveu-se a ideia de que a
Terra, em seu estado atual’, era “o território do reino profetizado; que a pre-
sente dispensação’ era ‘o tempo de sua realização; e que o estabelecimento da
igreja terrena por mãos humanas’ era ‘o modo do cumprimento. Foi assim que
passou a se afirmar que a regra hierárquica da igreja era, de fato, o predito
reino de Cristo sobre a Terra” (LeRoy Froom, Prophetic Faith of Our Fathers,
vol. l, p. 373; citado em Tratado de Teologia, p. 1012).
• Essa mensagem também não é bíblica, pois a Bíblia afirma que só após
a vinda de Jesus, o milênio inicia (Apocalipse 19, 20).
IV. O MOVIMENTO MILLERITA
• O movimento millerita surge em um momento de despertamento reli-
gioso e um avivamento na mensagem do advento de Cristo.
DANIEL APOCALIPSE
Parte do livro foi selado até
o fim do tempo
• Nos próximos anos, quase por uma década, 1823-1831, Miller entendendo
a proximidade do tempo, clamou a Deus para que enviasse pregadores, pois
ele não se sentia apto para pregar.
• Desde 1831 até 1844, Miller pregou mais de 4.500 sermões em público,
para cerca de 500.000 pessoas, além de vários outros pregadores itinerantes
envolvidos com o Millerismo.
• Após doze semanas de árduo estudo, dezoito horas por dia, ele recebeu
um certificado que o qualificava para ensinar leitura, escrita e aritmética.
• Em uma visita aos seus pais, foi aconselhado a ir a uma reunião millerita, o
qual ele não tinha nenhuma simpatia. Mas atendendo o pedido da mãe, foi.
SERMÃO 3 | 21
• Tiago White, Minha História no Contexto do Grande Movimento Adventista
(Adventist Pioneer Library, 2018), p. 10-102.
Ellen Harmon
• Guilherme Miller visitou Portland, Maine, em 1840 e apresentou suas
palestras sobre a segunda vinda de Jesus. As pessoas em Portland foram
receptivas às palestras de Miller e cerca de 200 pessoas se converteram.
• Ellen aceita a mensagem, mas em seus conflitos juvenis, ela começa a ter
sentimentos de que não merecia a compaixão e misericórdia de Deus.
• Sem coragem de dividir seus sentimentos com sua mãe ou qualquer outra
pessoa, ela passa a viver “na escuridão e no desespero”.
• Ellen finalmente abre o coração a sua mãe que a aconselha ir conversar com
Levi Stockman, um fiel pastor metodista que também tinha abraçado a mensagem
22 | SERMONÁRIO QUARTAS PROFÉTICAS
millerita.
• Ela luta com a timidez, mas criando coragem começa a orar em público e
dar testemunho quando aberta a oportunidade. Ela também passa a incenti-
var outros colegas adolescentes.
• Ellen descreve esse período entre 1843 e 1844, “Esse foi o ano mais feliz
de minha vida. Meu coração transbordava de alegre expectativa” (Ellen G.
White, Testemunhos para a Igreja, vol. 1, p. 54)
V. CONCLUSÃO
• “Doce como o mel” é a mensagem de esperança da volta de Jesus para os
que O aguardam.
• Que a graça de Deus nos sustente, anime, empolgue, e encha o nosso cora-
ção de alegria e esperança na volta de nosso Senhor Jesus Cristo.
Referência
1
“Sistema de pensamento que defende a religião natural e a existência de Deus com base na razão
humana e nas leis da natureza, em vez da revelação e dos ensinos de uma igreja” (Tratado de Teologia,
p. xxii). Os deístas pregam que Deus ou um Ser superior possivelmente esteve envolvido na criação da
Terra, mas a humanidade foi abandonada por Deus, e que ficou entregue a si mesma. Portanto, Deus
não mais se envolve nos processos da história, sendo ineficiente a oração, a Bíblia não é inspirada por
Deus, e a morte é o fim de todas as coisas.
SERMÃO 3 | 23
SE R M ÃO 4 | 0 5 D E A B R I L 202 3
I. INTRODUÇÃO
Ler Mateus 13:44
Na antiguidade era comum as pessoas esconderem seus tesouros na terra para
evitar roubos.
Havia sempre a possibilidade de o dono do tesouro morrer, ou ser levado cativo,
ou de alguma maneira se distanciar do tesouro e nunca mais poder retornar. Quem
o descobrisse, portanto, seria o novo dono.
A parábola conta a história na qual um homem arrenda um terreno para o cul-
tivar, e, descobre um tesouro escondido.
Ele, então, sabendo do valor do tesouro, volta para casa, vende todos os seus
bens, com o intuito de levantar o valor para adquirir o campo com o tesouro.
Seus amigos e família, não sabendo o que ele sabia, o considera como um insen-
sato. Afinal, o terreno não parece ter o valor da empolgação que ele faz para com-
prar o mesmo.
“Essa parábola ilustra o valor do tesouro celestial e os esforços que devem ser fei-
tos para assegurá-lo. O descobridor do tesouro no campo estava disposto a privar-se
de tudo quanto possuía, disposto a empenhar-se em trabalho árduo para alcançar
as riquezas encobertas. Assim também o descobridor do tesouro celestial não terá
nenhum trabalho por demasiado grande, nem sacrifício algum por demasiado cus-
toso, para obter os tesouros da verdade.” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 47).
Na ilustração, Jesus demonstra que o campo que contém o tesouro, representa
as Escrituras, e, portanto, o tesouro, é a verdade do evangelho contida unicamente
na Palavra de Deus.
SERMãO 4 | 25
III. FRAGMENTAÇÃO DO MILLERISMO
Após algumas semanas, o millerismo se dividiu em alguns grupos.
Alguns abandonaram a fé no pré-milenismo e retornaram as suas antigas igrejas.
Um bom número de milleritas, denominados como “espiritualizadores”, passa-
ram a pregar que Jesus tinha retornado em outubro de 1844 de forma espiritual.
Portanto, eles diziam que já estavam no Céu. Desde que este ensino não é bíblico,
o grupo se alastrou em fanatismo, como perfeccionismo (se já estavam no céu de
forma espiritual não podiam mais pecar), não querer trabalhar, andar engatinhando
como as crianças, etc.
Os líderes principais uniram-se para combater os fanáticos espiritualizadores.
Porém, esses líderes também passaram a pregar que os cálculos estavam sujeitos a
erros, e passaram a marcar outras datas para o fim da profecia.
Porém, outro grupo, inicialmente o menor e constituído de pessoas que estavam
espalhados por vários estados americanos rejeitaram os 2 grupos mencionados acima:
• Grupo dos líderes milleritas – negava a validade da profecia e a data do
cumprimento em 1844.
Tiago White
• Após o desapontamento, embora abatido pela angústia e desapon-
tamento, Tiago não abandonou sua fé, mas mergulhou no estudo para
encontrar conforto e respostas bíblicas. Ele continuou pregando de forma
itinerante, e apesar das dificuldades não abandonou a confiança na Bíblia
e nas profecias.
• A princípio cria que Jesus voltaria em 1845, mas abandonou a crença, acei-
tando que a Bíblia não aprova marcação de tempo fixo para a volta de Jesus.
Livrou-se, portanto, de outro desapontamento, e passou a pregar veemen-
temente contra doutrinas não bíblicas, incluindo qualquer tentativa de fixar
um tempo/data para a Segunda Vinda.
• Uniu-se ao grupo que entendeu que o santuário da profecia de Daniel 8:14 era
o celestial, e aceitou o ministério de Cristo no lugar santíssimo desde 1844. Com-
preendeu também que se Jesus está no santíssimo, Ele está diante da arca que
contém a Lei de Deus, incluindo o mandamento do sábado como o sétimo dia.
SERMÃO 4 | 27
Ellen Harmon
Em dezembro de 1844, Ellen White (ainda Harmon) recebeu sua primeira visão.
• A visão não respondeu qual era o cumprimento da visão de Daniel 8:14,
mas foi importante para destacar a importância e validade da mensagem
profética que o movimento millerita tinha pregado; e se quisessem viver
eternamente com Jesus, tinham que trilhar o caminho com os olhos sempre
fixos em Cristo, autor e consumador da fé.
V. CONCLUSÃO
Ler Apocalipse 10:11.
A história não termina com o desapontamento, mas aponta para uma nova mis-
são que engloba pregar uma mensagem eterna (Ap. 14:6) a todo o mundo.
A Bíblia contém o tesouro precioso da história da salvação, a história de Jesus Cristo.
Este é o evangelho eterno, Jesus, Sua salvação, e Seus ensinos que norteiam uma vida de
santificação, isto é, crescimento diário no conhecimento e na imitação de Cristo.
Como é confortante e animador entendermos que os pioneiros do movimento
sabatista encontraram as respostas para suas inquietações doutrinárias e das profe-
cias por intermédio de intenso estudo da Bíblia.
E nós? O que significa a Bíblia para nós?
Referências
1
O termo “caraítas” deriva do hebraico “Karaim”, o qual significa “seguidores da Escritura”.
2
“Prefácio à edição em língua portuguesa,” in Tratado de Teologia, xi.
SERMÃO 4 | 29
SE R M ÃO 5 | 0 3 D E M A I O 202 3
“Uma só carne”
GÊNESIS 2:24
I. INTRODUÇÃO
Ler Gênesis 2:21-24
O casamento foi instituído no Éden, e é uma instituição divina estabelecida por
Deus, e fez parte da criação a qual Deus declarou, “E viu Deus tudo quanto tinha
feito, e eis que era muito bom” (Gênesis 1:31).
“O casamento, assim instituído por Deus, é um relacionamento monogâmico e
heterossexual entre um homem e uma mulher.” (Manual da IASD [2015], 159)
2. O Princípio da Interdependência
• “Os cônjuges cristãos não devem esquecer o apoio f ísico e moral recebido
do círculo exterior de parentes e amigos; a Escritura ordena, porém, que
dependam de maneira mais profunda e permanente do estímulo e consolo
que compartilham entre si.” (Tratado de Teologia, 807)
3. O Princípio da Endogamia
• “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis” (2 Coríntios 6:14)
4. O Princípio da Monogamia
• 1 esposo + 1 esposa
5. O Princípio da Permanência
• “Instituído para ser uma união vitalícia”
6. O Princípio da Privacidade
• É intenção de Deus que o par casado funcione sem a interferência ate
mesmo de parentes bem-intencionados.
7. O Princípio da Exclusividade
• Marido e mulher pertencem exclusivamente um ao outro.
Após os dois tomarem tempo orando, buscando a direção divina, Ellen aceitou a
proposta, e eles uniram-se em casamento no domingo, 30 de agosto de 1846.
Embora fossem jovens, eles já tinham basicamente resolvido as duas maiores
decisões de suas vidas:
1. Sua religião seria seguir a direção de Deus com base em uma leitura responsá-
vel da Bíblia e obediência a mesma
2. O que fariam pela vida, a missão de pregar o evangelho.
SERMÃO 5 | 33
lutar entre comprar “leite para três manhãs” ou roupas para Henrique, a
jovem mãe decidiu “comprar o pano para um avental para cobrir os braços
nus” de seu filho. O fardo era tão grande que Ellen às vezes era tentada a
perguntar se Deus os havia abandonado.
• Em 1852, a família mudou para Rochester, New York, uma cidade mais cen-
tral e mais bem desenvolvida para ser o centro da propagação do adventismo.
• “Mas, oh, quando nosso nobre Henrique morreu, com dezesseis anos de
idade; quando nosso doce cantor desceu ao túmulo, e não mais ouvimos
seus cânticos matutinos, nosso lar ficou vazio. Meu marido, eu e meus dois
filhos restantes, sentimos de modo muito agudo o golpe. Mas Deus con-
fortou-nos em nosso luto, e com fé e ânimo retomamos a obra que Ele nos
havia dado, com a esperança de reencontrar nossos filhos, então tragados
pela morte, em um mundo onde a doença e a morte não existirão.” (Ellen
White, Testemunhos para a Igreja, vol. 1, p. 103).1
SERMÃO 5 | 35
trabalhar na causa de Deus. Sabíamos que podiam cuidar melhor de Henri-
que do que nós poderíamos enquanto em viagem, e que era para seu bem-
-estar ter um lar permanente e uma boa disciplina. Foi-me penoso partir sem
meu filho. Seu rostinho triste no dia em que o deixei, estava dia e noite diante
de mim, contudo, na força do Senhor, consegui retirá-lo de minha mente
e procurar fazer o bem a outros. A família Howland cuidou de Henrique
durante cinco anos. (Ellen White, Testemunhos para a Igreja, vol. 1, p. 86-87)
O casal White não teve uma vida isenta de dificuldades. Em 1865, Tiago White
sofreu um AVC e durante o resto de sua vida até 1881, ele sofreu outros (vamos
falar sobre isto em outro momento). O casal também teve problemas matrimoniais
que são comuns em todos os casamentos.2 A felicidade e o sucesso de um casa-
mento não é a isenção de problemas, mas como o casal pela graça de Deus enfrenta
e supera as dificuldades.
Houve momentos de desânimo e sofrimento, mas à medida que passavam por
eles, tanto o relacionamento entre si quanto o vínculo com a obra e missão se for-
taleceram.
O relacionamento do casal White teve sucesso porque eles sempre se enco-
rajavam e passavam longos períodos em oração. Quando um James deprimido
disse: “Esposa, não adianta mais tentar lutar”, sua esposa estava lá para encora-
já-lo. Quando Ellen questionou o cuidado de Deus, Tiago estava lá para profe-
rir: “Silêncio, o Senhor não nos abandonou. Ele nos dá o suficiente para nossas
necessidades atuais.”
Embora sua fé tenha sido várias vezes “tentada ao máximo”, seu relacionamento
foi consolidado por sua união em propósito e missão e seu cuidado mútuo, comuni-
cado em palavras encorajadoras e expressões de esperança.
V. CONCLUSÃO
Tiago e Ellen eram seres humanos normais, de carne e osso, e, portanto, carre-
gavam limitações, fraquezas, e as dificuldades que nós também temos. Se Deus os
ajudou, Ele também está muito disposto e pronto a nos ajudar, no nosso relaciona-
mento conjugal.
Jesus prometeu: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.”
(João 10:10). Isso inclui felicidade em nosso matrimônio e vida pessoal.
Gostaria você de mais uma vez entregar seu lar, seu casamento, sua família, a
Jesus?
Confie! Ele te ama, quer te ver feliz, quer te abençoar.
“Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto
36 | SERMONÁRIO QUARTAS PROFÉTICAS
pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, a ele seja a gló-
ria, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!”
(Efésios 3:20, 21).
Referências
1
ara uma relevante e detalhada descrição da breve vida e morte de Henrique, veja Adelia P. Patten,
P
“Brief Narrative of the Life, Experience, and Last Sickness of Henry N. White,” online https://m.
egwwritings.org/en/book/1280.45#45
2
ara mais detalhes sobre alguns desafios que o casal White enfrentou no relacionamento matrimo-
P
nial, veja o apêndice E, “O relacionamento entre Tiago e Ellen White,” em Ellen G. White, Filhas de
Deus (CPB), p. 210-222. Para uma análise psicológica abordando alguns momentos dos desafios que
o casal enfrentou, veja Demóstenes Neves da Silva e Gerson Rodrigues, “O Casamento de Tiago e
Ellen G. White: Significados Construídos pelo Casal,” em Ellen G. White: Seu Impacto Hoje (UNAS-
PRESS, 2017), p. 69-118.
SERMÃO 5 | 37
SE R M ÃO 6 | 07 D E J U N H O 202 3
I. INTRODUÇÃO
Provavelmente a epístola aos Romanos foi escrita durante a terceira viagem mis-
sionária (Atos 20:1-3), enquanto Paulo esteve três meses em Corinto, por volta do
inverno de 57/58 d.C.
Martinho Lutero, um monge que não encontrava paz por sentir-se um grande
pecador, encontrou nas palavras inspiradas de Paulo, paz e salvação. Para Lutero,
a epístola aos Romanos era “o mais puro Evangelho”, e o cristão deveria “ocupar-se
com ela diariamente, como se fosse o pão diário da alma”, e mesmo fazendo isto seria
impossível ler ou meditar o suficiente que esgotasse as ricas verdades ali apresentadas.
(Prefácio à Carta de São Paulo aos Romanos de Martinho Lutero [https://www.ccel.
org/l/luther/romans/pref_romans.html]).
John Wesley (1703-1791), o fundador do metodismo na Inglaterra, também
encontrou a alegria da salvação por intermédio dessa carta. Após um período
como missionário nos Estados Unidos, sentindo-se vazio espiritualmente, ao
voltar para Londres, em 1738, Wesley teve sua própria experiência religiosa.
• “Em uma reunião da Sociedade Morávia de Londres, foi lida uma declara-
ção de Lutero, descrevendo a mudança que o Espírito de Deus opera no cora-
ção do crente. Ao ouvi-la, acendeu-se a fé na alma de Wesley. ‘Senti o coração
aquecido de maneira estranha’, disse ele. ‘Senti que confiava em Cristo, Cristo
somente, para a salvação; e foi-me concedida certeza de que Ele tirara meus
pecados, sim, os meus, e me salvara da lei do pecado e da morte.’ (Vida de
João Wesley, de Whitehead, pág. 52)” (Ellen White, Grande Conflito, p. 255).
• Somente o próprio Deus pode fornecer um remédio, e isso Ele fez pelo
sacrif ício de Seu Filho. Tudo o que se exige do ser humano caído e que
exerça fé, tanto para aceitar as provisões constituídas para cobrir seu passado
pecaminoso como para aceitar o poder oferecido para leva-lo a uma vida de
retidão. (Comentário Bíblico Adventista, vol. 6, p. 510)
• Ela continua, “Por diversas semanas não pude sentir o aperto de mão,
nem a água mais fria despejada sobre a cabeça. Ao levantar-me para andar,
amiúde cambaleava e às vezes caía ao chão. Nesta condição comecei a
escrever o Grande Conflito. A princípio, eu não podia escrever senão uma
página por dia, descansando depois por três dias; mas, à medida que ia
avançando, minhas forças aumentavam [...] e antes de eu terminar aquele
trabalho [Spiritual Gifts, vol. 1 (1858)], o efeito do ataque me havia deixado
por completo. (Ellen White, Spiritual Gifts, vol. 2, p. 271-272; em Mensagens
Escolhidas, vol. 3, p. 99-100).
• “‘Deus é amor’ é a frase que fornece o contexto para sua narração da vasta histó-
ria do grande conflito.” (Knight, “Principais Temas dos Escritos de Ellen White”).
No livro mais traduzido de Ellen White, Caminho a Cristo, ela inicia com a
seguinte frase, “A Natureza e a Revelação dão testemunho do amor de Deus”.
Em 1888, quando na assembleia da Associação Geral, o assunto principal foi a
justificação pela fé, no qual é demonstrado o amor de Deus em justificar o pecador
arrependido, enquanto o assunto era novidade para muitos, Ellen escreveu sobre
ela e o esposo:
• “Meu marido entendia esse assunto da lei, e conversamos noite após noite
até que nenhum de nós conseguia dormir. [...] Ora, eu tenho apresentado
a você nos últimos quarenta e cinco anos – os incomparáveis encantos de
Cristo. [...] Quando o irmão Waggoner apresentou essas ideias em Minne-
apolis, foi o primeiro ensinamento claro sobre esse assunto de quaisquer
lábios humanos que eu ouvi, exceto as conversas entre mim e meu marido”
(Ellen White, Manuscrito 5, 1889).
SERMÃO 6 | 41
• E para os presentes na assembleia (Tiago faleceu em 1881), ela disse: “Minha
preocupação durante a reunião era apresentar a Jesus e Seu amor perante meus
irmãos” (Ellen White, Manuscrito 24, 1888; Mensagens Escolhidas, vol. 3, p. 171).
https://adventistreview.org/magazine-article/the-way-of-life/
Porém, Tiago logo ficou incomodado, pois a Lei e a Cruz estavam tendo a mesma
ênfase na gravura. Ele, então, trabalhou para fazer outra modificação, e escreveu para sua
42 | SERMONÁRIO QUARTAS PROFÉTICAS
esposa o que tinha em mente, “Eu tenho um esboço ... da nova imagem, ‘Eis o Cordeiro
de Deus’. Isso difere do Way of Life nesses particulares: A árvore da lei é removida. Cristo
na cruz é ampliado, e colocado no centro.” (Tiago para Ellen, Carta, 31 de março de 1880).
Tiago não teve tempo de concretizar seu sonho, pois faleceu em agosto de 1881.
Porém, sua esposa, fielmente seguiu adiante, e conseguiu um artista que realizasse o
que Tiago tinha em mente. O resultado da nova gravura concluída em 1883 foi este:
https://adventistreview.org/magazine-article/the-way-of-life/
V. CONCLUSÃO
“O conhecimento da lei condenaria o pecador e esmagaria a esperança em
seu peito, se não visse a Jesus como seu substituto e fiador, pronto a perdoar-lhe
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a transgressão e o pecado”1 e “por meio da justiça de Cristo estaremos perdoados
diante de Deus, e como se nunca houvéssemos pecado.”2
“Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós,
sendo nós ainda pecadores.” (Romanos 5:8)
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para
que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16). Qual
será a sua atitude diante de tão grande amor?
Referências
1
Ellen White, Review and Herald, 21 de agosto de 1888; Fundamentos da Educação Cristã, p. 135.
2
Ellen White, Manuscrito 1, 1892; Mensagens Escolhidas, vol. 3, p. 140.
I. INTRODUÇÃO
“Do princípio ao fim, a Bíblia manifesta interesse no propósito de Deus em criar
um povo para Si, um povo que Lhe corresponderia com fé e obediência e que seria
uma fonte de bênçãos para todos os povos. O chamado de Abraão, Isaque e Jacó
se destinava a formar esse povo (Gênesis 17:1-8; cf. 12:1-3; 15:1-6). (Tratado de
Teologia, 599).
Quando a nação israelita, eleita por Deus, afastou-se de Deus, Ele se voltou para a
criação de um remanescente (Isaías 37:31; Miquéias 2:12; 5:7, 8; Sofonias 3:13)
SERMãO 7 | 45
Deus, ou a confissão disso, seja o fundamento sobre o qual a igreja esta
edificada.” (Tratado de Teologia, 601).
Jesus “contava com o surgimento de uma comunidade de discípulos após Sua
partida. Ele direcionou Suas declarações e seus ensinos para a formação de uma
sociedade visível”. (Tratado de Teologia, 602).
É interessante notar que embora haja entre a igreja e o reino de Deus “uma rela-
ção inseparável, a igreja não e o reino”.
• “O reino e o governo de Deus. A igreja, em contraste, e a comu-
nidade humana que vive sob o governo de Deus. Criada em res-
posta ao chamado do evangelho do reino, a igreja da testemunho
do reino. O reino e a atividade redentora de Deus em Cristo no
mundo; a igreja e o agrupamento dos que foram chamados a sair do
mundo, que são redimidos e pertencem a Cristo. A igreja e a mani-
festação do reino ou reinado de Deus. Como órgão ou instrumento
desse reino, a igreja e chamada a confessar Jesus como Cristo e pro-
clamar o evangelho do reino ate os confins do mundo”. (Tratado de
Teologia, 603-604).
• Apocalipse 12, registra Deus protegendo Sua igreja, e que no fim dos tem-
pos um remanescente seria erguido para defender e pregar a verdade com-
pleta (Apocalipse 12:17; cf. 10:11; 14:6-12).
“Nos anos que decorreram entre 1850-1861, foi adotado o plano de que, aos minis-
tros que tinham confirmado seu dom, dando evidentes indicações de serem aprovados
pelo Senhor, e estivessem em harmonia com a totalidade da obra, fosse concedido um
cartão que os recomendassem à comunhão com o povo de Deus em toda parte, sim-
plesmente declarando que haviam sido aprovados na obra do ministério evangélico.
Estes cartões foram datados e assinados por dois dos principais ministros [Tiago White
e José Bates], conhecidos entre nosso povo como líderes na obra”. (John Loughborough,
O Grande Movimento Adventista [Centro de Pesquisas Ellen G. White, 2013], 306).
Como resultado de muitos anos de oração, debates e bom senso, os sabatistas
definiram critéris para a organização na década de 1860:
• 1860 – Escolhido o nome “adventista do sétimo dia”
SERMÃO 7 | 47
aumentar o número de participantes nas decisões administrativas e delegar
responsabilidades locais, ao invés, de tudo ser resolvido pela Associação Geral.
• Mais uma vez o princípio foi o mesmo: fazer com que a igreja realize de
forma mais eficiente a obra do Senhor em pregar o evangelho eterno a todos
os habitantes do mundo.
Apesar da IASD ser uma instituição que enfrente desafios e problemas, seja
“débil e defeituosa, precisando ser repreendida, advertida e aconselhada”, o casal
White nunca apoiou nenhum movimento dissidente, ou qualquer indivíduo que
quisesse fragmentar a igreja organizada ou acusar o povo de Deus de ser Babilônia
e estar em aberta apostasia.
Na década de 1870, Ellen White repreendeu alguém com tendências para inde-
pendência individual:
• “Você está constantemente inclinado à independência individual. Não
reconhece que independência é algo pobre quando o leva a ter excessiva
confiança em si mesmo e a confiar no próprio discernimento em vez de
respeitar o conselho e valorizar altamente o discernimento de seus irmãos,
especialmente daqueles nos escritórios, os quais Deus designou para a
salvação do Seu povo. Deus investiu Sua igreja com especial autoridade
e poder, por cuja desconsideração e desprezo ninguém se pode justificar,
pois aquele que assim procede despreza a voz de Deus”. (Testemunhos para
a Igreja, vol. 3, p. 417).
SERMÃO 7 | 49
• “O Senhor não vos deu uma mensagem para chamar os adventistas do
sétimo dia Babilônia, e chamar o povo de Deus a sair dela. … Sei que o
Senhor ama Sua igreja. Ela não deve ser desorganizada ou esfacelada em áto-
mos independentes. Não há nisto a mínima coerência; não existe a mínima
evidência de que tal coisa venha a se dar. Aqueles que derem ouvidos a essa
falsa mensagem e procurarem fermentar outros, serão enganados e prepa-
rados para receber mais avançados enganos, e virão a nada”. (Carta 16, 1893;
Mensagens Escolhidas, vol. 2, p. 63, 68-69).
• “Os que se põem a proclamar uma mensagem sob sua responsabilidade pes-
soal, e que, ao mesmo tempo que declaram ser ensinados e guiados por Deus,
constituem sua obra especial derribar aquilo que Deus durante anos tem estado
a erguer, não estão cumprindo a vontade de Deus. [...] não tenhais comunhão
com sua mensagem por muito que eles citem os Testemunhos e atrás deles
busquem entrincheirar-se. Não os recebais; pois Deus não os incumbiu dessa
obra. O resultado de semelhante obra será incredulidade nos Testemunhos, e
nos limites do possível, tornarão sem efeito a obra que por anos tenho estado a
fazer.” (Review and Herald, 12 de setembro de 1893; Testemunhos para Ministros
e Obreiros, 51).
• “Deus tem na Terra uma igreja que é Seu povo escolhido, que guarda os
Seus mandamentos. Ele está guiando, não ramificações transviadas, não um
aqui e outro ali, mas um povo”. (Testemunhos para Ministros e Obreiros, p. 61).
V. CONCLUSÃO
Vimos hoje que Deus instituiu uma igreja com o propósito de apresentar o plano
da salvação a todas as pessoas.
De acordo com o livro de Apocalipse, Deus tem um movimento que guarda
Seus mandamentos, e tem a fé de Jesus, isto é, aceita o sacrif ício de Jesus como nossa
única segurança e salvação.
O casal White dedicou a vida para erguer, desenvolver e expandir a obra de
Deus na terra por intermédio de Sua igreja visível. Tiago White tinha um grande
carinho pelas instituições adventistas, as quais ele fundou quase todas nos seus 35
anos de ministério na IASD:
• “Minha vida tem sido empregada em erigi-las. [...] Elas são como meus
filhos e não posso separar meus interesses dos delas. Essas instituições são ins-
trumentos do Senhor para realizarem um trabalho específico. [...] Eu desejaria
antes morrer do que viver para ver essas instituições mal administradas ou
Deus nos chama para nos unirmos a este movimento com nossas habilidades,
tempo, recursos, orações e ações. Vamos ouvir o apelo de Deus?
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SE R M ÃO 8 | 02 D E AG O S TO 202 3
I. INTRODUÇÃO
Leia Lucas 1:1-4
Lucas e Paulo são os dois contribuintes mais prolíficos do Novo Testamento, isto
é, os que mais contribuíram com a pregação da mensagem em forma escrita.
Lucas não foi um dos doze, mas esteve bem próximo de alguns deles, e escreveu seu
evangelho baseado em relatos de fontes primárias e pessoas que estiveram com Jesus.
“Lucas mostra Jesus em íntimo contato com as necessidades das pessoas, enfati-
zando o aspecto humano de Sua natureza, e O apresenta como o amigo da humani-
dade” (Comentário Bíblico Adventista, vol. 5, p. 728).
• O que os apóstolos falaram foi muito importante para os que os ouviram,
mas o que eles escreveram, ou foi escrito sobre eles, chegou até nós. Este é o
diferencial da página escrita ou impressa; alcança além do que é apenas falado.
• Jó também desejou que suas palavras fossem gravadas ou escritas para que
perdurassem com o passar do tempo (Jó 19:23-27).
• Depois da visão, ela disse ao seu esposo, Tiago: “Tenho uma mensagem
para você. Você deve começar a publicar um pequeno jornal e envia-lo ao
povo. Que seja pequeno a princípio, mas, quando as pessoas o lerem, man-
darão recursos para imprimi-lo, e será um sucesso desde o início. A partir
desse pequeno começo, foi-me mostrado ser como torrentes de luz que cir-
cundam o mundo” (Ellen White, Vida e Ensinos [CPB, 2014], 95).
• Embora a mensagem fosse clara e uma resposta às orações (eles estavam deba-
tendo se era mais eficiente publicar livretos ou um periódico), os desafios eram
enormes. A profecia de que este humilde início iluminaria o mundo era “impres-
sionante para ser apresentada a um punhado de pioneiros dominados pela
pobreza” (C. Mervyn Maxwell, História do Adventismo [CPB, 1982], p. 101]).
• No verão (do hemisfério norte) daquele ano, seis meses após a visão de
novembro de 1848, Tiago estava convencido de que chegara o momento
de escrever o periódico, mas a falta de recursos o encheu de dúvida. Desa-
nimado, ele procurou “um campo de feno para trabalhar na colheita”. Mas,
quando Tiago se despediu de Ellen e saiu para trabalhar, Ellen relata:
VI. CONCLUSÃO
Como podemos participar no ministério de publicações de forma mais ativa e
vibrante?
Lembre-se, esse ministério de entrega ou venda de literatura adventista estava
no coração dos pioneiros deste movimento, e a história mostra o quanto Deus o
usou para expandir a mensagem.
SERMÃO 8 | 57
SE R M ÃO 9 | 0 6 D E SE T E M B R O 202 3
I. INTRODUÇÃO
As Escrituras declaram que Deus esta interessado em nós, em nossa condição
f ísica e deseja que desfrutemos da saúde.
“Como resultado do pecado, a doença e a morte representam anomalias no Uni-
verso de Deus, anomalias que devem ser temporariamente enfrentadas, mas que
estão destinadas a ter um fim com o triunfo vindouro do reino de Cristo.” (Tratado
de Teologia, 833).
“Durante Seu ministério, Jesus dedicou mais tempo a curar os enfermos do
que a pregar. Seus milagres testificavam da veracidade de Suas palavras, de que
não veio a destruir, mas a salvar.” (Ellen White, Ciência do Bom Viver, 18).
• “O ministério de Jesus reflete uma cura mais ampla, que liberta as pes-
soas não só fisicamente, mas também do pecado e da culpa.” (Tratado de
Teologia, 846).
• Mateus 4:23 – “Percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, pre-
gando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre
o povo.”
• Dan Buettner, The Blue Zones: 9 Lessons for Living Longer From the People
Who’ve Lived the Longest, 2nd ed. (National Geographic, 2012)
• “Rede CNN entrevista adventistas para série sobre longevidade”, Revista Adven-
tista online, 27 de fevereiro de 2015 [https://www.revistaadventista.com.br/da-reda-
cao/noticias/rede-cnn-entrevista-adventistas-para-serie-sobre-longevidade/]
SERMãO 8 | 59
• 1829 – Desenvolveu a Dieta Graham, baseada em alimentos integrais,
frutas, vegetais, evitar carnes, chá, café, vinho, e fumo.
• Incentivava o vegetarianismo e uso de água.
“Numa época em que os cristãos em geral viam as doenças como uma punição
divina pelo pecado, os reformadores da saúde indicaram que as doenças geralmente
eram causadas pelo próprio homem. Eles haviam adotado o princípio racionalista
de causa e efeito.” (P. Gerard Damsteegt, “Health Reform and the Bible in Early
Sabbatarian Adventism,” Adventist Heritage, vol. 5, no. 2, (1978).
“Os adventistas do sétimo dia passaram a se interessar em saúde no fim dos anos
1850 e início dos anos 1860, em grande parte devido à influência de Ellen G. White”
(Tratado de Teologia, 864).
Principais visões que Ellen White recebeu contendo aspectos relacionados com
reforma de saúde (Herbert Douglass, Mensageira do Senhor [CPB, 2003], 280-285, 304):
• Visão de 1848 – apresentou os malef ícios do fumo, chá, e café.
• Dieta sem carne é a mais saudável; primeira referência clara contra o uso
de carne de porco para alimentação.
• Oito remédios da natureza: “Ar puro, luz solar, abstinência, repouso, exer-
cício, regime conveniente, uso de água e confiança no poder divino — eis os
verdadeiros remédios.” (Ellen White, Ciência do Bom Viver, 127)
• Visão de dezembro de 1865 – A IASD deveria ter sua própria instituição de saúde.
• Mudaram não apenas o que comiam, mas também como e quando se ali-
mentavam.
Durante 1866 e 1867, Ellen White resolveu deixar de lado muitas de suas respon-
sabilidades e dedicou-se quase inteiramente a restaurar seu marido. Tiago também sus-
pendeu seus trabalhos públicos. Durante este período em que suas vozes silenciaram
por um tempo, alguns extremistas da reforma pró-saúde, incluindo artigos no Health
Reformer prejudicaram o movimento de temperança entre os adventistas.
Quando Tiago recuperou-se, além de ser presidente da Associação Geral, ele
também assumiu responsabilidades no Centro de Saúde da IASD que estava pas-
sando por dificuldades financeiras, e tornou-se o editor da revista de saúde, que
também estava à beira da falência.
Durante esse período tanto ele quanto Ellen dedicaram-se a trazer equilíbrio na
mensagem de reforma de saúde:
• “Devemos ir ao encontro do povo onde ele se acha. Alguns dentre nós
levaram muitos anos para chegar à posição em que se encontram agora, na
questão da reforma de saúde. É obra lenta efetuar uma reforma no regime ali-
mentar. … Em matéria de reformas, é melhor ficar um passo aquém da meta
do que avançar um passo além. E se houver algum erro, seja do lado mais
favorável ao povo.” (Ellen White, Testemunhos para a Igreja, vol. 3, p. 20, 21)
SERMÃO 9 | 63
• “A reforma de saúde está intimamente ligada à obra da mensagem do ter-
ceiro anjo, mas não é a mensagem em si. Nossos pregadores deveriam ensi-
nar a reforma de saúde, entretanto, sem fazer dela o tema principal na ordem
das mensagens.” (Ellen White, Testemunhos para a Igreja, vol. 1, p. 559)
Tiago acreditava na mensagem de saúde. Para ele, a mensagem era bíblica e era
uma verdade presente a ser anunciada. Também fazia parte da preparação para a
Segunda Vinda. Além disso, foi uma bênção para todos que adotaram o estilo de
vida mais saudável. A reforma da saúde beneficia seus seguidores espiritualmente,
moralmente, fisicamente, materialmente e socialmente.
Uma das razões pelas quais alguns abandonam a reforma de saúde é porque eles
fazem mudanças muito rápido. Tiago, reconhecendo esse fato, aconselhou as pessoas
a fazerem mudanças gradualmente. (cf. Tiago White, “Health Reform—No. 6,” Health
Reformer, Abril de 1871.
O livro mais completo sobre saúde escrito por Ellen White, foi publicado em
1905, Ciência do Bom Viver.
Apesar da recuperação de Tiago, ele voltou aos mesmos excessos no trabalho e na
tensão mental, o que resultou em outros derrames menores. A sequência de quatro
ou cinco derrames durante seus últimos quinze anos afetou seu humor e compor-
tamento, levando-o à depressão, frustração, irritabilidade e demandas de atenção.
E embora Tiago continuou ativo e deu uma grande contribuição ao adventismo, a
doença o afetou, e ele poderia ter sido mais útil se não tivesse se excedido em longas
horas de trabalho e tensão mental.2
V. CONCLUSÃO
A Bíblia mostra a resposta para a pergunta “por que sofremos?” e apresenta o fim
do sofrimento por ocasião da volta de Jesus. “A plena cura em todos os sentidos só
acontecerá na vinda de Jesus.” (Tratado de Teologia, 855).
Na misericórdia de Deus, Ele que entende exatamente qual o melhor para nós,
deu instruções à Sua igreja de como viver melhor, mais saudável, e ter mais disposi-
ção para ajudar outros e pregar as boas novas da salvação.
64 | SERMONÁRIO QUARTAS PROFÉTICAS
A mensagem de reforma de saúde é uma benção para todos que a adotam. Não
é um pacote no qual todos fazem exatamente o mesmo, mas é um conjunto de ins-
truções para serem aplicados na vida diária. Os remédios naturais de Deus estão à
disposição de todos.
Quer você hoje demonstrar gratidão a Deus pelo que Ele tem colocado a dis-
posição e fazer um compromisso de estudar qual a melhor maneira de ser saudável
para honra e glória de Deus.
“Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo
para glória de Deus” (1 Coríntios 10:31).
Referências
1
Para uma excelente abordagem sobre a história da saúde no meio adventista do sétimo dia, veja Her-
bert Douglass, Mensageira do Senhor (CPB, 2003), 278-342; e Dores Eugene Robinson, Revolução na
saúde: origem e desenvolvimento da obra médico-missionária adventista (CPB, 2018).
2
ara um bom resumo histórico desses últimos 15 anos (1865-1881) de vida de Tiago, o empenho de
P
Ellen em sua recuperação, os problemas no relacionamento conjugal dos White, em grande parte por
conta do comportamento de Tiago derivado de sua condição f ísica, veja Demóstenes Neves da Silva
e Gerson Rodrigues, “O Casamento de Tiago e Ellen G. White: Significados Construídos pelo Casal,”
em Ellen G. White: Seu Impacto Hoje (UNASPRESS, 2017), p. 69-118.
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SE R M ÃO 1 0 | 0 4 D E O U T U B R O 202 3
I. INTRODUÇÃO
Deus estabeleceu o Jardim do Éden como o lar e o local de nossos primeiros pais
serem ensinados. O Éden era uma escola ideal.
• Educação integral
Abraão foi chamado para ordenar aos filhos guardarem o caminho do Senhor
(Gênesis 18:19).
A Moisés foi dada a ordem de anunciar aos hebreus a necessidade de educar os
filhos nos caminhos do Senhor (Deuteronômio 6:6-7).
• Pais deveriam ser os educadores das crianças se eles não pudessem ter
professores.
SERMãO 9 | 67
A partir de 1869 Tiago White começou a trabalhar mais intensamente para fun-
dar uma escola oficial da IASD.
Ellen White recebeu uma visão em 1872, na qual foi revelada as diretrizes de
uma verdadeira educação (Testemunhos para a Igreja, vol. 3, p. 131-160).
• Necessidade de uma educação equilibrada.
• “Por outro lado, ela [Ellen White] não seguiu os falsos exemplos teóricos
educacionais que construíram em parte sobre conceitos bíblicos de educa-
ção e em parte sobre aqueles herdados do pensamento grego e romano. Em
outras palavras, a harmonia que ela compartilhava com reformadores educa-
cionais de sua época não era cega. Ela estava bastante disposta em concordar
com aqueles aspectos das reformas que se harmonizavam com os princípios
IV. CONCLUSÃO
A IASD tem como missão pregar as três mensagens angélicas a todo o mundo
(Apocalipse 10:11; 14:6).
Um dos meios de expandir o conhecimento do amor de Deus e Sua Lei é pelas
escolas adventistas espalhadas ao redor do mundo.
Ore por esse empreendimento para que milhares de crianças, juvenis, adoles-
centes e jovens conheçam o verdadeiro Deus, e se tornem testemunhas para revelar
a outros o evangelho.
Faça tudo que puder para ajudar nossos jovens terem a oportunidade de educa-
ção no sistema educacional adventista. Isso foi orientado por Deus.
Referências
1
Para uma breve apresentação da filosofia e história da educação na IASD, veja Herbert Douglass,
Mensageira do Senhor, 344-361.
“Não me envergonho do
evangelho, [...] o poder
de Deus para a salvação”
ROMANOS 1:16
I. INTRODUÇÃO
Paulo, um dos maiores missionários da história do cristianismo sentia-se deve-
dor a todos (Romanos 1:14). Assim como Jesus o tinha alcançado (Atos 9) e trazido
a verdadeira alegria da salvação ao seu coração, Paulo não podia conter essa alegria
sem anunciar a todos os quais ele tinha oportunidade.
Jesus foi o Missionário por excelência. Ele é o caminho, a verdade e a vida (João
14:16), e Ele tornou-se um de nós para viver uma vida perfeita, sem pecado, e mor-
rer em nosso lugar (Hebreus 4:15), anunciar e preparar outros para anunciarem a
salvação encontrada unicamente NEle (Atos 4:12).
Jesus preparou seus discípulos para anunciarem o evangelho inicialmente ao
“povo de Israel” (Mateus 10:5-8; Atos 1:8), e depois a todas as nações (Mateus 24:14;
28:18-20; Atos 1:8).
Ao remanescente é dada a ordem de ir a todo o mundo (Apocalipse 10:11; 14:6).
V. CONCLUSÃO
Em 1892, enquanto estava na Austrália, Ellen White escreveu as seguintes palavras,
“É minha oração que eu possa [...] ser uma cooperadora de Jesus na salvação de minha
própria alma, que ele comprou com seu precioso sangue, e que todos os dias eu possa
aprender sua mansidão e humildade, que ele possa usar o frágil, agente indigno para tra-
zer almas das trevas para a luz” (Review and Herald, 16 de fevereiro de 1892).
Não desejaria você fazer a Deus o mesmo pedido?
74 | SERMONÁRIO QUARTAS PROFÉTICAS
Referências
1 E
ntre as melhores apresentações que já foram publicadas sobre a chegada do adventismo ao Brasil,
temos Floyd Greenleaf, Terra de esperança: o crescimento da Igreja Adventista na América do Sul
(CPB, 2011); Michelson Borges, A Chegada do Adventismo ao Brasil (CPB, 2020).
2 A
daptado de John Skrzypaszek, “Ellen G. White’s Ministry in the South Pacific”, Encyclopedia of
Seventh-day Adventistas; online https://encyclopedia.adventist.org/article?id=17VN
3 A
rthur G. Daniells, “Life Sketch of Sister E. G. White,” Review and Herald, 5 de agosto de 1915, p.
8; citado David J. B. Trim, “Ellen G. White e a missão adventista”, em Alberto R. Timm e Dwain N.
Esmond (org.), Quando Deus fala: o dom de profecia na Bíblia e na história (CPB, 2017), p. 395, 396.
4 A
daptado e traduzido de Ronald Graybill, Mission to Black America, ed. rev. (2013); Ellen G. White Estate
(https://ellenwhite.org/people/110); e R. Steven Norman III, “James Edson White: A ‘No Limit’ Man,”
Southern Tidings (https://www.southerntidings.com/feature/james-edson-white-a-no-limit-man/).
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SE R M ÃO 1 2 | 0 6 D E D E Z E M B R O 202 3
I. INTRODUÇÃO
Esta e a última epístola de Paulo, escrita da prisão, quando ele imaginava morrer
dentro de pouco tempo (2 Timóteo 4:6).
No ano de 64 d.C., Nero mandou incendiar boa parte de Roma, e para desviar
as suspeitas das pessoas de que ele tinha sido o mandante do crime, ele acusa os
cristãos e os persegue ferozmente.
Paulo e Pedro provavelmente alguns poucos anos mais tarde, foram encarcera-
dos como resultado dessa perseguição.
Na época em que escreveu 2 Timóteo, Paulo prevendo que seria condenado
à morte, escreve ao seu filho na fé, e por extensão a todos os crentes, para for-
talecer a fé de seu jovem discípulo e adverte “a todos os outros crentes cristãos
contra as heresias que entrariam na igreja depois de sua morte, para que todos
se mantivessem firmes na Palavra inspirada e se conservassem fiéis ao Senhor
ate Seu segundo advento” (Comentário Bíblico Adventista, vol. 7, p. 339).
A Segunda Vinda de Cristo é a bendita esperança do discípulo de Jesus Cristo.
O anseio pela segunda vinda de Jesus esta presente por todo o Novo Testamento, e
se relaciona com:
• “A esperança da justiça” (Gálatas 5:5)
Anos após a morte de Tiago White, Ellen recordando a vida do esposo afirmou,
“Quando costumávamos ficar perplexos, meu marido dizia: Devemos nos levantar
e orar sobre isso. [...] Como sabemos que influência será exercida sobre as mentes
humanas? oremos para que o Senhor nos dê a vitória. [...] Não poderíamos dormir
até que tivéssemos evidência de que nosso Deus estava trabalhando em nosso favor
para trazer almas ao conhecimento da verdade” (Ellen White, Manuscrito 78, 2 de
abril de 1910).
Pouco antes de morrer, Ellen enfatizou a dedicação de Tiago em tomar tempo
para oração. “Cerca de duas semanas antes de sua morte”, ela escreveu, “meu marido
muitas vezes me pedia para acompanhá-lo ao bosque, perto de nossa casa, para
orar com ele. Eram momentos preciosos.” (Ellen White, “A Sketch of Experience,”
In Memoriam: A Sketch of the Last Sickness and Death of Elder James White, p. 46).
Após a morte de Tiago, Ellen ao passar pelas montanhas do Colorado, relembrou
a vida de oração do casal: “Em anos anteriores, meu marido e eu fizemos deste bosque
nosso santuário. Entre essas montanhas, muitas vezes nos prostrávamos juntos em ado-
ração e súplicas. (Ellen White, Review and Herald, 1 de novembro de 1881)
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Sentindo a necessidade de trilhar o caminho da santificação, Tiago reconhecia suas
fraquezas e limitações e no fim de sua vida apresentou um coração com disposição de
reconciliação:
• Em 1879 ele confessou: “É minha natureza retaliar quando pressionado
acima da medida. Eu gostaria de ser um homem melhor.” (Tiago White para
Guilherme [William] C. White and Mary K. White, 27 de fevereiro de 1879).
• No ano seguinte, ele ciente de sua fraqueza, clamou por ajuda novamente:
“Onde eu errei, ajude-me a estar certo. Eu vejo meus erros e estou tentando me
recuperar.” (Tiago White para Guilherme [William] C. White, 5 de julho de 1880)
IV. CONCLUSÃO
Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém. Ora vem,
Senhor Jesus.
A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós. Amém. (Apocalipse
22:20, 21).
• NOTA: Durante este ano, nós estudamos a Palavra de Deus, e apresentamos
flashes da história do adventismo com partes da história do casal Tiago e Ellen
White. Eles não eram perfeitos, mas Deus usou este casal (assim como outros
também) para animar e confortar Seu povo após o grande desapontamento.
Deus também quer nos usar como Seus instrumentos para anunciar o evange-
lho, animar e confortar outros. A Palavra de Deus é nossa única regra de fé e
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prática, e a nossa história nos anima ao vermos como Deus atuou e continua
atuando neste movimento adventista do sétimo dia para cumprir uma missão.
Para facilitar e orientar com detalhes nestes últimos dias, Deus conferiu a Sua
igreja o dom profético, e cremos que Deus chamou sua serva, Ellen White, para
trazer mensagens oportunas para o tempo em que vivemos. Essas mensagens
não substituem as Escrituras, nem adicionam conteúdo como se a Bíblia fosse
incompleta. Pelo contrário, esses escritos dados por intermédio de Ellen White,
exaltam a Bíblia e chamam com grande voz a atenção do povo de Deus a retor-
nar as Escrituras, e afirmam claramente que “Deus terá sobre a Terra um povo
que mantenha a Bíblia, e a Bíblia só, como norma de todas as doutrinas e base
de todas as reformas. As opiniões de homens ilustrados, as deduções da ciência,
os credos ou decisões dos concílios eclesiásticos, tão numerosos e discordantes
como são as igrejas que representam, a voz da maioria — nenhuma destas coisas,
nem todas em conjunto, deveriam considerar-se como prova em favor ou contra
qualquer ponto de fé religiosa. Antes de aceitar qualquer doutrina ou preceito,
devemos pedir em seu apoio um claro — A ‘ ssim diz o Senhor’”. (Ellen White,
Grande Conflito, p. 595).
Referências
1
Gerson Rodrigues, “Inovador e Incansável, Revista Adventista, agosto de 2021, p. 27.