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Com a bênção de Deus, crescem também as igrejas nos tempos atuais. As exigências do
ministério se multiplicam. Dessa maneira, temos necessidade de presbíteros, de diáconos e da
cooperação de todos os membros. Ser Presbítero ou Diácono de uma igreja é um grande
privilégio, mas também uma grande responsabilidade. Vejamos esses ofícios à luz da Palavra
de Deus.
• Presbítero vem do grego presbiterós, que quer dizer ancião. O costume de escolher
homens mais experimentados para ajudar na liderança do povo de Deus remonta à
época em que Moisés nomeou setenta anciãos para ajudá-lo na condução do povo de
Israel, no deserto (cf. Nm 11.15-17). Posteriormente, no Judaísmo, cada Sinagoga veio
a ter os seus anciãos. Eles presidiam a congregação, repreendiam e disciplinavam
quando necessário, conciliavam os inimigos, exerciam a supervisão material e
espiritual.
• Diácono vem do grego diakonos e significa ministro ou servo. Diakonia, um termo que
aparece mais vezes no Novo Testamento, significa serviço, ministério. Não se refere
apenas ao ministério hoje atribuído aos nossos diáconos. Paulo descreve Epafras
como diakonos ou “ministro de Cristo” (cf. Cl 1.7) e a si mesmo como diakonos ou
ministro do Evangelho e da igreja (cf. Cl 1.23,25). Entretanto, o relato, em At 6, sobre a
escolha de 7 homens aprovados para supervisionarem a administração do fundo para
as viúvas, é comumente tomado como a instituição formal do diaconato. Este é o
primeiro exemplo de entrega de responsabilidades administrativas e sociais a homens
dotados de caráter e dons apropriados. Mais tarde, aquela prática se tornou um
procedimento típico nas igrejas cristãs.
(a) Pastorear o rebanho juntamente com o pastor local, que também é presbítero (cf. At 20.17-
18; 1Pe 5.1-3).
(d) Governar, presidir, liderar a igreja de Deus (cf. 1Tm 3.4-5; 5.17).
(e) Orar juntamente e pelos doentes, visitando aqueles que necessitam de acompanhamento
direto (cf. Tg 5.14).
Com respeito as funções dos presbíteros, a Constituição da Igreja Presbiteriana do Brasil diz
que eles devem:
“O diácono é o oficial eleito pela igreja e ordenado pelo Conselho para, sob a supervisão deste,
dedicar-se especialmente: (a) à arrecadação de ofertas para fins piedosos; (b) ao cuidado dos
pobres, doentes e inválidos; (c) à manutenção da ordem e reverência nos lugares reservados ao
serviço divino; (d) exercer a fiscalização para que haja boa ordem na Casa de Deus e suas
dependências”.
Em 1Pe 5.1-3, vemos que os presbíteros (incluindo os pastores) devem ser “modelos do
rebanho”. Os diáconos, conforme observamos em At 6.3-5, devem ser “homens cheios do
Espírito Santo e de sabedoria… e de fé”. Também, Paulo, em 2Tm 2.2, fala de “homens fiéis e
idôneos”. O mesmo apóstolo, nas duas passagens mais conhecidas sobre presbíteros e
diáconos, enumera cerca de vinte qualificações que esses oficiais precisam ter (cf. 1Tm 3.1-12
e Tt 1.5-9). São elas:
• Irrepreensível
• Esposo de uma só mulher
• Bom chefe de família
• Hospitaleiro
• Temperante
• Sóbrio
• Modesto
• Não dado ao vinho
• Não violento
• Cordato
• Inimigo de contendas
• Não avarento
• Apto para ensinar
• Não seja neófito (novo na fé e sem maturidade espiritual)
• Bom testemunho dos de fora
• Piedoso
Dessa maneira, a fim de nos prepararmos como igreja para a eleição vindoura de presbíteros e
diáconos, estudemos cada uma destas virtudes, consideremos os nomes dos irmãos que mais
se qualificam para o exercício desses oficialatos, oremos por eles e pela igreja e votemos com a
consciência clara de estarmos cumprindo as exigências da Palavra do Senhor. Consideremos
ainda que as virtudes necessárias aos presbíteros e diáconos não se restringem aos líderes,
mas a cada membro da igreja que deseja glorificar o Senhor Jesus por meio do testemunho
cristão.
- O exercício do ministério pastoral na igreja de Cristo é uma excelente função a ser almejada
pelos chamados por Deus. v. 1.
VISÃO GERAL
A conversão de Saulo de Tarso, mais tarde, apóstolo Paulo deu-se por volta do ano 37 d.C.
Atos 9.
Ainda no exercício de um ministério bem sucedido que havia se estendido até aquele
momento por vinte e sete anos, 64 d.C., o apóstolo Paulo, já sentindo em seu corpo o peso
dos anos, envia a Timóteo, filho na fé, uma primeira carta de orientação com alertas, normas e
encorajamento.
Paulo era um obreiro experiente e decidiu partilhar com Timóteo o seu próprio caráter a ser
reproduzido, conforme esperava ele, por seu filho na fé e aqueles que ele havia se
responsabilizado no preparo ao ministério pastoral. Na verdade, o apóstolo deixava
transparecer em seu caráter o caráter do Senhor Jesus que Nele vivia. Esse é o desafio e desejo
do cristão. 1
Não somente do pastor, mas de todos os cristãos que amam e por isso obedecem ao Senhor
Jesus é requerido esse mesmo caráter. É uma forma inteligente de testemunho na atração dos
não salvos a Jesus Cristo. O caráter do cristão há de ser a expressão da verdade que ele
anuncia. Nessa coerência é que se estabelece o fundamento do convencimento e da
responsabilidade de quem vê que a verdade é perfeitamente visível e vivível. .Mateus 5. 16.
FOCALIZANDO A VISÃO
Como dissemos, Paulo deixa claro que na igreja de Jesus Cristo, família de Deus, o ministério
pastoral segue os princípios de liderança estabelecidos por Deus ao instituir a família e que
foram reproduzidos pelo Senhor Jesus na escolha dos apóstolos e mais tarde por estes na
formação de líderes na igreja. A igreja contemporânea que se mantém fiel ao que as Escrituras
determinam não fogem desse parâmetro, padrão, modelo.
O pastor há de ser:
a) irrepreensível, isto é, uma pessoa que não dá margem à censura em seu caráter. É honesto
com Deus, consigo mesmo e com seus semelhantes. Um pastor irrepreensível tem autoridade
espiritual e moral para cuidar daqueles que Jesus Cristo lhe entregou para serem pastoreados;
b) esposo de uma só mulher: o pastor que tem ao seu lado uma mulher virtuosa que o auxilie
como esposa em seu ministério e com a qual divide suas cargas encontra nela uma parceira de
oração e aliada fiel para prosseguir na missão que lhe foi entregue. O pastor bem casado está
mais habilitado para tratar com os casais da igreja os conflitos conjugais atendendo de forma
adequada o homem ou a mulher que o procuram porque está identificado com eles no
projeto-família;
c) equilibrado: as emoções são inevitáveis nos relacionamentos humanos. Por essa razão a
sensibilidade é necessária a quem lida com pessoas. Só assim será possível gerar a empatia
com elas isto é, trazer o mais próximo de si o que as aflige a fim de abrir espaço para o
aconselhamento. Na vida cristã as emoções precisam ser educadas pela Graça de Deus para
que de energias ou atitudes negativas (vingança, retaliação, hostilidade, ódio, ira, rancor,
ressentimento) sejam transformadas em energias ou atitudes positivas (amor, alegria, paz,
paciência, amabilidade, fidelidade, mansidão, autodomínio). Esse é um trabalho divino
realizado pelo Espírito Santo através das Escrituras. Ao pastor cabe trazer à superfície essa
ação divina através do aconselhamento. Dependendo da situação e da gravidade, o pastor
poderá solicitar o apoio de um mentor com quem dividirá suas cargas emocionais. Essa decisão
permitirá que o pastor se recomponha e evite a manifestação de palavras ou sentimentos
precipitados ou impensados. O reconhecimento de sua insuficiência o ajudará a tratar com
pessoas que buscam no pastor a suficiência que precisam. O exercício do equilíbrio dá
qualidade aos relacionamentos e segurança ao aconselhamento. Provérbios 10. 19; 12. 25; 15.
23.
e) respeitável: nas Escrituras o pastor aprende que Deus zela pelo Seu Nome porque Nele está
expresso o Seu caráter para que seja reconhecido, reverenciado e adorado. De sua parte, o
pastor tem esse mesmo cuidado a fim de que as pessoas ao ouvirem o seu nome o associem a
alguém digno de honra. Assim como Deus, o pastor deve deixar bem claro que só é
responsável pelo que diz pessoalmente ou por alguma manifestação escrita de sua parte e não
pelas palavras que atribuem a ele. Entre a honra e a desonra há uma tênue e quase
imperceptível linha que as divide. Por isso a vigilância e a oração, como recomendou Jesus,
devem ser contínuas. Mateus 26. 41. Ao ser honesto no relacionamento com Deus e consigo
mesmo, o pastor será reconhecido como pessoa digna de respeito diante daqueles que o
cercam. Uma pessoa honesta é confiável e está qualificada para lidar com o interior das
pessoas que nele confiam como servo de Deus e depositário das riquezas e do conselho divino.
Essa era a atitude do povo de Israel quando procurava o homem de Deus. 1 Samuel 9. 6.
f) hospitaleiro: o pastor além de líder na igreja que dirige é também pessoa pública. Nessa
condição, por ser reconhecido socialmente, toma para si a responsabilidade de criar um
ambiente acolhedor e reservado para o atendimento de quem o procura. Nem sempre esse
ambiente será a casa onde reside com a família porque a realidade atual desaconselha essa
disponibilidade. Ao visitar ou receber visitas do rebanho sob sua responsabilidade procura
criar um ambiente favorável ao diálogo. É no ambiente familiar que a fé é mais exigida para ser
vivida em sua simplicidade e autenticidade.
Deus.
j) amável: o verdadeiro pastor à semelhança do Bom Pastor - Jesus Cristo ama as ovelhas que
lhe foram entregues para cuidar. Esse amor as ensina a amar e ativa nelas a vontade de amá-
lo. Como resultado o pastor se torna amável porque ama e se deixa amar pelas ovelhas. É visto
como pessoa simpática, atenciosa, gentil, afável e cortês. É com essas virtudes que influencia
profundamente aqueles que o cercam.
k) pacífico: o verdadeiro pastor não é passivo, mas pacífico ou construtor da paz onde está.
Sabe que a falsa paz é construída com acordos ou acomodação de interesses que mais cedo ou
mais tarde eclodirão em novo conflito. A verdadeira paz é construída nos princípios
inamovíveis da Palavra de Deus e por isso a anuncia em sua integridade e ensina as ovelhas a
vivê-la na vida comum. O fato de adotar essa postura não o isentará das crises, mas em todas
será vitorioso porque está do lado de quem é vitorioso – Jesus Cristo. .
l) não ganancioso: o verdadeiro pastor dedica-se ao ministério que o Senhor lhe entregou e é
fiel a sua missão. Cuida dos interesses do Reino de Deus e não o Reino de Deus para cuidar dos
seus interesses. Jamais usa o Evangelho para auferir lucros ou o transforma em máquina de
fazer dinheiro. Aqueles que tratam com irreverência o Evangelho e o Nome do Senhor Jesus
serão cobrados no dia inevitável da prestação de contas. Mateus 7. 21 – 23. A prudência do
pastor o leva a afastar-se da administração pessoal das finanças da igreja para que não seja
atraído às ciladas do Diabo que usa o dinheiro para prender as pessoas a si ou torná-las reféns
de sua vontade. O alerta de Jesus ainda soa em nossos dias com alta voz: “...Ninguém pode
servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o
outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro”. Mateus 6. 24. (NVI). Daí deriva o
provérbio: “O dinheiro é bom servo, mas mau senhor”. Ananias e Safira perderam a vida
porque desconsideraram as palavras do Senhor Jesus. Atos 5. 1 – 11. Pastores que
administram a igreja visando à acumulação de bens materiais se comportam como falsos
profetas que alteram o sentido das palavras de Deus, acrescentam ou sonegam ao seu
conteúdo colocando na Palavra de Deus a sua palavra para agradar seus patrocinadores. Não
foi sem motivo que o apóstolo Paulo alertou Timóteo: “Pois o amor ao dinheiro é a raiz de
todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se
atormentaram com muitos sofrimentos”. 1 Timóteo 6. 10. (NVI). O clássico mau exemplo de
Judas Iscariotes há de ser permanentemente lembrado pelos maus obreiros.
m) que governe bem sua casa: a coerência há de estar presente na vida do pastor quer no
anúncio, no ensino e na vivência da Palavra. Graças a Sua coerência o Senhor Jesus foi
reconhecido em Sua autoridade espiritual e moral até por aqueles que se fizeram seus
inimigos. Antes de pastorear a igreja, o pastor exerce seu ministério diário na família com a
esposa e os filhos. Uma vez sendo bem sucedido nesse pequeno rebanho, mesmo em meio aos
conflitos inerentes ao relacionamento entre pessoas sadias, recomenda-se como pessoa
confiável para pastorear as famílias que compõem a igreja e se torna reconhecido em sua
autoridade espiritual e moral. Quer queira quer não, a família do pastor torna-se instrumento
de influência para as demais famílias da igreja. Cabe à igreja apoiá-la e ajudar seus membros
para que se sintam encorajados a prosseguir na missão que recebeu do Senhor. É bom que se
diga que o pastor e sua família estão sujeitos aos mesmos deslizes de qualquer família e por
isso são carentes das orações e da compreensão de todos. Não caiamos na insensatez e na
hipocrisia de exigir dos outros o que
n) não deve ser um recém-convertido: não é pelo fato de possuir qualificações técnicas ou
teológicas, dominar uma boa oratória e ter a capacidade de atrair a atenção das pessoas sobre
si que alguém se qualifica para exercer a liderança numa igreja. Mesmo tendo muitas
qualidades é necessário que o candidato ao ministério da Palavra seja assistido, orientado e
provado por um bom tempo para que de forma gradativa assuma a liderança de uma igreja.
Pastores imaturos e que se deixam contaminar pelo egoísmo, soberba e vaidade levam o caos
para dentro das igrejas. O bom senso recomenda que só devem ser encaminhados para o
preparo ao exercício do ministério pastoral aqueles que por sua conduta e fidelidade ao
Senhor se empenham nos ministérios da igreja, no relacionamento com os irmãos e na vida
em família. É importante que se diga que ser ministro da Palavra não é sinônimo de status
elevado sobre os demais, posição a ser conquistada para destaque pessoal, mas encargo,
missão, responsabilidade diante de Deus e das pessoas. Uma igreja que desconsidera a Palavra
de Deus na indicação de ministros causa danos a si e as demais igrejas que terão um líder
imaturo em sua direção. Esses são alguns cuidados que a igreja deve tomar quando convida
alguém para liderá-la. A prudência é antídoto contra dores. .
o) respeitado como pessoa digna pelos que ainda não fazem parte da igreja: o pastor de uma
igreja tem influência natural sobre a comunidade onde a igreja atua. Seu caráter na igreja
será conhecido da comunidade. Se for obreiro que honra ao Senhor e Sua igreja será honrado
por aqueles que ainda não fazem parte da mesma fé evangélica. Cabe ao pastor ser uma
pessoa honesta nos seus relacionamentos com os não crentes para que seja reconhecido em
sua autoridade espiritual e moral.
ENQUADRANDO-SE NA VISÃO
- As virtudes cristãs a serem cultivadas pelo pastor são estendidas àqueles que ele lidera
porque no Reino de Deus a maior ou menor responsabilidade não os diferencia na obediência.
.
DETALHES
APLICAÇÃO
PENSAMENTO
O líder chamado por Deus é capacitado para exercer com excelência as virtudes cristãs que lhe
foram dadas para viver.
ORAÇÃO