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Introdução
Definições
A palavra diá cono vem da palavra grega diákonos, (δια´Κoνoς), que é encontrada
cerca de 30 vezes no Novo Testamento. Diákono significa: servo, serviçal, garçom,
atendente ou servente. É uma palavra composta que também significa “fazer a poeira
subir”.
A imagem é de alguém que está se movendo tã o rapidamente para cumprir suas
obrigaçõ es, que seus pés, quando passa, fazem a poeira levantar e rodopiar. Havia tanto
para os diá conos fazerem que eles nã o podiam parar, nem conversar trivialidades, nem se
demorar muito em suas funçõ es.
Palavras semelhantes sã o diakonia (ministério ou diaconato) e diakoneo (servir
ou ministrar). A mesma palavra descreve empregados e obreiros voluntá rios. A ênfase
bíblico-teoló gica, no entanto, nã o está na posiçã o ou cargo hierá rquico da pessoa, mas em
relaçã o ao seu TRABALHO.
O sentido da palavra na Bíblia inclui: servos domésticos (Jo 2:5-9), e governantes
(Rm 13:4), além do uso mais comum de servos de Cristo e da Igreja. Jesus usou a palavra
para descrever seus discípulos, um em relaçã o ao outro (Mt 23:11). Paulo usou a mesma
palavra freqü entemente para descrever evangelistas ou pregadores da palavra (1 Co 3:5;
Ef 6:21). Estes termos, no uso geral, descrevem tanto homens como mulheres (Lc 10:40;
Rm 16:1). Todos os cristã os devem servir uns aos outros (1 Pe 4:10).
A palavra: servo, “doulos” (δoυλoς), inclui o sentido de ESCRAVO. Conforme a
afirmaçã o de Paulo em Romanos 1:1, é aquele que nã o tem direitos, nã o dispõ e de sua
pessoa, nem bens, está obrigado a servir.
Jesus empreende nova compreensã o à s relaçõ es de serviço no Reino de Deus: “Já
nã o vos chamo servos, ‘doulos’ (δoυλoς), porque o servo nã o sabe o que faz o seu senhor;
mas tenho-vos chamado amigos, ‘fhilous’ (Φι´λoυς) porque tudo quanto ouvi de meu Pai
vos tenho dado a conhecer.” (Jo 15:15)
Nã o é que Paulo tentasse revogar a percepçã o de Cristo quanto ao assunto, mas
trata-se do apó stolo dramatizar e salientar ainda mais sua SUBMISSÃ O a Cristo, o que
deveria ser nossa disposiçã o voluntá ria à soberania e ao governo de Cristo.
A palavra: diá cono empresta leveza ao tema, pois se tem em mente o servir com
prazer, zelosa e diligentemente; ajudar seu superior na execuçã o de trabalhos. Nesse
sentido o servo considera-se um INSTRUMENTO e dá toda a gló ria a seu Senhor.
Qualidades do Diáconos
Semelhantemente, quanto a diá conos, é necessá rio que sejam respeitá veis, de uma
só palavra, nã o inclinados a muito vinho, nã o cobiçosos de só rdida ganâ ncia, conservando
o mistério da fé com a consciência limpa. Também sejam estes primeiramente
experimentados; e, se se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o diaconato. Da mesma
sorte, quanto a mulheres, é necessá rio que sejam elas respeitá veis, nã o maldizentes,
temperantes e fiéis em tudo. O diácono seja marido de uma só mulher e governe bem seus
filhos e a pró pria casa. Pois os que desempenharem bem o diaconato alcançam para si
mesmos justa preeminência e muita intrepidez na fé em Cristo Jesus.
1Tm 3:8-13
I Tm 3:11. As mulheres sã o elegíveis para esse ofício. Elas devem ter qualificaçõ es
inerentes. Nã o devem ser maledicentes porque boa parte do seu serviço inclui VISITAÇÃ O.
Por causa do grande nú mero de mulheres convertidas (At 5:14; 17:4), as mulheres
atuavam na á rea de visitaçã o, discipulado e auxiliavam no batismo. Em Rm 16:1-2, lemos
que Paulo elogiou Febe por ser uma ajudadora no serviço da igreja de Cencréia. Outra
abordagem possível é a de que esta passagem refere-se à s esposas dos diá conos.
Em Rm 12:8 e I Tm 3:4-5 encontramos outras qualidades desejadas ao diá cono
comuns aos demais ministros.
A Instituição do Diaconato
Em geral, as qualificaçõ es dos diáconos para sua funçã o incluem as exigências para
as funçõ es ministeriais dos demais ministros, além de suas especificidades. A seguir
apresenta-se um quadro com estas referências.
Em relação a Deus
Em relação a si mesmo
A Diaconia de Cristo
Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele,
subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus;
antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em
semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se
humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também
Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome,
para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da
terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.
Fil. 2:5-11
Como foi dito no princípio, a diaconia deve ser legitimada nã o somente como uma
funçã o cristã , mas como o modo de ser da igreja. Deus foi o primeiro diácono ao se
esvaziar de sua inteira completude para que houvesse a CRIAÇÃ O. Jesus Cristo se esvaziou
de sua gló ria para que houvesse SALVAÇÃ O. O Espírito Santo se esvazia no derramamento
e plenitude de sua açã o dentro de nó s para que haja SANTIFICAÇÃ O.
Qual, portanto, deve ser o papel do cristã o e da igreja diante do exemplo trinitá rio de
esvaziamento e serviço?
Ninguém pode entrar inteiro em uma relaçã o. A vida cristã é baseada em comunhã o
e relacionamentos. Cabe a cada um de nó s crentes no Senhor Jesus a tarefa de nos esvaziar
através do serviço, da cumplicidade, do amor para que haja COMUNHÃ O.
A comunhã o e o amor dos crentes é o que mostrará o amor de Deus à humanidade. A
diaconia é o amor em açã o. Um profundo compromisso com as necessidades uns dos
outros mostra um alto nível de autenticidade do cristianismo vivido entre nó s.
Sobretudo, a diaconia é um ato de doaçã o e partilha, de prazer e alegria. É um ato da
Graça Divina a ser refletido na vida dos cristã os. A diaconia como doaçã o e partilha é o
ato/efeito de se esvaziar da necessidade do TER através do serviço para se alcançar o SER.
O ser cheio de graça “karis” (χα′ρις), alegria, riso, gozo, satisfaçã o, contentamento. É o
transcender por meio do sentir-se ú til ao Reino de Deus.
Conclusão: