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Outubro 2015 Ano 22 IGREJA CASA DE ORAÇÃO CEHAB

CLASSE

UNS AOS OUTROS - I


EBD - CASA DE ORAÇÃO CEHAB

Aluno: _________________________________________

Professor: ______________________________________
Aula 01
FAZENDO A MINHA PARTE
“Assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo,
mas individualmente somos membros uns dos outros.” (Rm 12.5)
Introdução:
Como andam os relacionamentos na vida da nossa Igreja? O texto
acima nos afirma que somos um só corpo em Cristo e individualmente
membros uns dos outros. O conceito bíblico é que vivamos desenvolven-
do bons relacionamentos. É através da comunhão e mutualidade cristã
que a Igreja será vista de forma saudável na Terra.
Antes de entrarmos, especificamente, no mandamento “uns aos
outros”, precisamos pensar nas definições de “comunhão” e
“mutualidade cristã”.
O conceito bíblico de comunhão
A palavra grega para comunhão é “koinonia”, palavra que signifi-
ca parceiro, companheiro ou participante. Podemos traduzir também a
palavra comunhão por “união comum”. A Igreja foi chamada para viver a
prática da comunhão.

A mutualidade cristã
Apesar dessa palavra não ser mencionada na Bíblia, vemos, de
forma clara, a prática da mutualidade dentre outros, na vida da Igreja pri-
mitiva (Atos 2. 42-46). Esse é um termo da Língua Portuguesa que usa-
mos para descrever o dever que cada cristão tem para com o outro e, em
especial, no contexto da família de Deus. O texto de Romanos 12.5 mos-
tra, de forma clara, a expressão “mutualidade cristã”.
Essa expressão indica a reciprocidade que deve haver entre os
servos de Deus, no que diz respeito ao cuidado cristão. A ideia é a da vida
cristã em comum, onde um apoia e ajuda o outro mutuamente, promo-
vendo a saúde na vida da Igreja local.
AMAI-VOS UNS AOS OUTROS
Horas antes de Jesus ser preso, julgado e crucificado, Ele deu aos dis-
cípulos um importante mandamento: “O meu mandamento é este: que
vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei” (João 15.12).
Há outros textos que falam desse mandamento, de forma mais ampla:
Rm 12. 9,10; 13. 8-10; Gl 5.14; I Ts 3.12; 4. 9-10; Tg 2.8; I Pe 1.22; 3.8; I
Jo 3.11,23; 4.7, 11-12, 21; II Jo 1.5-6.
Observações importantes desse mandamento
Amar é uma ordem
Jesus diz: “O meu mandamento...” Mandamento aqui tem o peso de
uma lei. É uma ordem divina (Lv. 19.18). Vemos, dessa forma, que amar
não é uma opção ou sentimento, mas um dever de todo aquele que é nas-
cido de Deus. Se, como cristãos, não estamos amando, então, estamos
pecando por ação e omissão (Tg 4.17).
Amar é uma ordem para todos
A ordem para amar é dada por Cristo a todos. Normalmente, quere-
mos ser amados, respeitados, considerados e nos colocamos numa posi-
ção de cobrança frente ao outro. Contudo, de forma clara, Cristo nos
afirma que devemos amar uns aos outros. Todo o Corpo de Cristo é
convocado para a prática verdadeiro amor cristão (Rm 12.10).
Amar como Deus nos amou
“Assim como eu vos amei”. Temos aí um modelo, um padrão do
amor que precisa ser vivenciado. Jesus é o nosso referencial. Ele nos
amou com o amor “ágape”, amor divino e sobrenatural. A Palavra de
Deus nos mostra que, em obediência e submissão ao Senhor, podemos
amar como Cristo nos amou (Rm 5.5; I Jo 4.10).
Amar é o registro de identidade do Cristão
A Palavra de Deus nos mostra em João 4. 7-8 que Ele é amor. Logo
todo aquele que é nascido de Deus pratica o amor. O registro de identi-
dade do servo de Deus é o amor (I Jo 2. 7-11).
ACOLHEI-VOS UNS AOS OUTROS (Rm 15.7)
Acolher significa aceitar o outro como ele é. Quando aceitamos ao
outro, não o julgamos em assuntos que não são considerados pecado (Rm
14. 1-3). O acolhimento mútuo nos faz suportar as debilidades dos mais
fracos (Rm 14. 20-21; 15.1). A Igreja que se acolhe mutuamente não faz
acepção de pessoas (Rm 12.16; Tg 2.1).

SAUDAI-VOS UNS AOS OUTROS (Rm 16. 1-16)


Na carta de Paulo aos Romanos no capítulo 16, nós o vemos saudan-
do vinte e seis pessoas com alguma palavra de apreço e carinho. Ao final
das saudações, no versículo 16, Paulo encerra com o mandamento:
“Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo. Todas as igrejas de
Cristo vos saúdam” (Rm 16.16).

Vemos também a mesma recomendação nos escritos de Paulo e Pe-


dro: I Co 16.20; II Co 13.12; I Ts 5.26; I Pe 5.14.

Não vemos nos referidos textos Paulo e Pedro se preocupando com


o tipo de saudação (beijo, aperto de mão, “paz do Senhor”), mas que a
saudação fosse “santa”. A saudação deveria ser uma expressão santificada
do verdadeiro amor cristão. Isso requer que, quando nos saudemos, este-
jamos atestando a verdade de que somos um em Cristo. Somos a família
de Deus na Terra.
CUIDAI-VOS UNS DOS OUTROS (I Co 12. 24-25)

O texto nos mostra cuidado mútuo que deve haver na vida da igre-
ja. Paulo faz uma comparação da Igreja com o corpo humano. Ele mostra
a graciosidade do cooperativismo, que é visto nos membros do corpo,
quando maravilhosamente se ajudam mutuamente e, dentro desse contex-
to, ele nos revela que, como membros do corpo de Cristo, precisamos
cuidar uns dos outros.
A Igreja precisa entender que o cuidado mútuo gera crescimento,
amadurecimento.... Esse é o estilo de vida que revela a prática do verda-
deiro amor.

Conclusão:

A pergunta que não quer calar é: “Estou fazendo a minha


parte?” Se em cada cristãos da nossa igreja houver a compreensão bíblica
de que precisamos viver a prática do amor, se nos acolhermos, se nos
saudarmos e cuidarmos uns dos outros, uma revolução divina será instau-
rada na vida da nossa igreja local. Deixaremos de ser uma igreja fria, apá-
tica, nos lançaremos numa maravilhosa aventura com Deus e seremos
vistos como Igreja de Cristo que faz a diferença na Terra.

Pr. Waldyr do Carmo


Igreja Casa de Oração Cehab
Aula 02
RELACIONAMENTOS SAUDÁVEIS
“No qual todo o edifício é ajustado e cresce para tornar-se um san-
tuário santo no Senhor. Nele vocês também estão sendo edificados
juntos, para se tornarem morada de Deus por seu Espírito.” ( Ef 2.
21,22)
Introdução
O texto base para nossa lição de hoje nos afirma que a Igreja é
comparada a um edifício que é ajustado e que cresce para se tornar um
santuário no Senhor. O texto também nos afirma que em Cristo somos
edificados juntos, para que sejamos morada de Deus por seu Espírito.
Estamos edificados em Cristo juntos. Essa expressão revela-nos a
verdade dos relacionamentos que precisam ser saudáveis na vida da igreja.
Talvez devêssemos nos perguntar: “Como andam os relaciona-
mentos na vida da nossa igreja? Temos desenvolvido relacionamentos
saudáveis? Estamos crescendo, de fato, sendo edificados em Cristo? Na
lição de hoje, estaremos observando que para desenvolvermos relaciona-
mentos saudáveis na vida da igreja, precisamos praticar o “uns aos ou-
tros”.
Para desenvolvermos relacionamentos saudáveis na igreja...
I – Precisamos sujeitarmo-nos uns aos outros;
Sujeitem-se ou submetam-se uns aos outros, é um mandamento
divino para todos os cristãos. Não há exceções. Todos que professamos a
Cristo como Senhor de nossas vidas, precisamos nos sujeitar uns aos ou-
tros (I Pe 5.5; Hb 13.17; Tt 2.9; Ef 6.5; Rm 13.1; I Pe 2.13).
A prática da sujeição na igreja nos faz submissos à autoridade dos
irmãos, atendendo em amor aos desejos, instruções e pedidos deles. O
ato de nos sujeitarmos ou nos submetermos em Cristo aos irmãos é es-
pontâneo e manifestado através do Espírito, na vida do cristão.
II – Precisamos suportar uns aos outros
Muitas vezes nos perguntamos: “Por que temos que aguentar e
conviver com pessoas tão difíceis na igreja?” Aprendemos, através da Pa-
lavra, que as pessoas são convertidas através do Espírito, mas continuam
imperfeitas. Isso, porque somos humanos e trazemos em nós a natureza
adâmica (pecaminosa). Aquele que creu é livre da pena do pecado origi-
nal, mas enquanto humano, enfrenta as batalhas da carne e nisso pode
estar suscetível aos complexos, históricos familiares que foram difíceis,
baixa autoestima e outros fatores que farão dessa pessoa alguém difícil de
conviver. Por essas razões, a Bíblia nos ensina a suportar ou sofrer com
resignação (Ef 4. 1-3 e Cl 3. 12-14).
Suportar, então, é aguentar e tolerar, de forma amável, os irmãos
que, com atitudes e palavras desagradáveis ou ofensivas, sempre estão
minando a paz e o bom convívio da igreja. Suportar é um ato de amor!
Suportar é praticar sempre que necessário o perdão.
III – Não podemos ter inveja uns dos outros
“Não nos deixemos possuir de vanglória, provocando uns aos
outros, tendo inveja uns dos outros” (Gl 5.26). As relações humanas es-
tão repletas de inveja. Não deveria ser dessa forma, mas, infelizmente,
essa realidade está presente até mesmo no seio da igreja.
A definição mais simples e objetiva para “inveja” segundo
Aurélio é "desgosto ou pesar pelo bem ou felicidade de outrem -
desejo violento de possuir o bem alheio - objeto de inveja." A inveja
é pecado. É uma “obra da carne” (Gl 5. 19-24). O crente que se deixa
dominar pela inveja está tendo em si um traço do caráter de uma pessoa
que não conheceu a Cristo (Rm 1.29; Tt 3.3; I Pe 2.2).
Aspectos importantes que precisam ser observados pela igreja,
no tocante ao mandamento de não termos inveja uns dos outros.
 O descontentamento e a ingratidão fazem parte da vida do cristão
invejoso;
 O crente invejoso comete o os pecados de orgulho e vaidade;
 O crente invejoso, vê o outro como competidor. Ele manifesta
sempre atitudes de competição no seio da igreja;
 O crente que é dominado pela inveja, abre em sua vida brechas pa-
ra ser usado por Satanás;
 Há, no contexto da vida do cristão invejoso, um processo de auto-
destruição e, consequentemente, a destruição dos outros também.
O caminho para a libertação da inveja é viver o texto de Mateus 22.
37-39. Ao amar a Deus com todas as forças, alma e entendimento, o
domínio de Cristo será real nessa vida. O amor verdadeiro, que é Cristo,
não é invejoso. Logo a inveja irá desaparecer dessa vida, dando lugar à
prática do amor cristão (I Co 13.4).
IV – Não podemos nos morder e devorar uns aos outros
“Toda a Lei se resume num só mandamento: “Ame o seu próximo
como a si mesmo”. Mas, se vocês se mordem e se devoram uns aos ou-
tros, cuidado para não se destruírem mutuamente” (Gl 5.14-15).
A ideia texto é a de uma convivência conflituosa. “Morder e devo-
rar” é o processo de uma disputa que é instaurada na igreja, onde os cren-
tes se atacam mutuamente, usando de hostilidades, críticas e palavras que
primam por denegrir a imagem do outro, a fim de se obter vantagens ao
atacante. É a igreja vendo que, quando os membros se atacam mutua-
mente, são comparados a animais irracionais, pois são eles que se mor-
dem e devoram. Tais atitudes não condizem com a vida do ser humano e
muito menos com aqueles que professam ser Igreja de Cristo na Terra.
Conclusão
À luz do que pudemos estudar hoje, não há dúvida de que, como
Igreja, podemos desenvolver relacionamentos saudáveis. Sim, a Igreja de
Cristo foi chamada para ser a expressão do querer e caráter de Cristo na
terra. Portanto, se sujeitarmo-nos uns aos outros, suportarmo-nos
uns aos outros; se não tivermos inveja uns dos outros e vivermos
uma vida prática de mansidão, o milagre dos bons e saudáveis relacio-
namentos serão reais na vida da nossa igreja. Que o Senhor nos abençoe
e cumpra em nós o Seu querer.
Pr. Waldyr do Carmo
Igreja Casa de Oração Cehab
Aula 03

CONTROLANDO A LÍNGUA
“Assim também a língua é um pequeno membro, e gloria-se
de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo in-
cendeia.” (Tg 3.5)

Introdução
Uma das grandes bênçãos que Deus deu ao homem, sem dúvida,
foi a capacidade de se comunicar através da fala. Basta você olhar para
uma pessoa muda e verá que Deus nos presenteou com um dom maravi-
lhoso, o da comunicação. Contudo muitos estão usando a língua, não co-
mo bênção, mas sim como maldição. Tiago traz um alerta muito grande
aos crentes, a fim de que estejam avaliando a forma como estão usando a
língua, e assim se empenhem em fazer dela um canal de bênçãos na famí-
lia cristã e também diante de uma sociedade que precisa nos ver como luz
e não trevas.
I – Não vos queixeis uns dos outros

Ao lermos Tiago 5.9, encontramos uma ordem: “Irmãos: não


vos queixeis uns dos outros, para não serdes julgados. Eis que o
juiz está às portas.” A queixa e a murmuração são a mesma coisa.
Aprendemos, na Palavra de Deus, que a murmuração nunca agradou ao
Senhor (Nm 16.41...).
O crente que vive se queixando, murmurando contra os irmãos,
comete pecado contra o outro e contra Deus. O queixume, no meio da
igreja, além de ser pecado, cria feridas nos corações dos cristãos, e o re-
sultado será o de uma igreja enferma, que não frutifica. Em nome de Je-
sus, que clamemos pelo perdão do Senhor e abandonemos a murmura-
ção. Esse é o caminho para a vitória da Igreja.
II – Não falem mal uns aos outros

Aquele que fala mal do irmão, na verdade, está fazendo um julga-


mento acerca do outro. E quando julgamos, estamos tomando o lugar
do juiz (Tg 4.11,12). A ordem bíblica é para pararmos de julgar os ou-
tros.
Tiago nos mostra que tanto o falar mal como o julgar o irmão,
são transgressões do princípio básico. Somente Deus é o legislador e o
juiz do seu povo. Aquele que fala mal e julga, está se colocando no lugar
do Justo Juiz que é Deus. Quando falamos mal do irmão, nós o torna-
mos desacreditado, desonrado, menosprezado ou desprezado, quanto ao
caráter ou às ações (III João 1. 9-10).

Implicações do Mandamento “não falar mal dos outros”

 Quando falo mal de alguém, estou dizendo, sem palavras, que sou
melhor que ele. Fica claro que já quebrei o mandamento de não jul-
gar o irmão.

 Quando falo mal do irmão, desprezo a Deus que criou esse irmão,
conforme a sua imagem e semelhança e o resgatou através do San-
gue de Cristo, perdoando-lhe os pecados (Tg 3.9; Rm 8. 28-29).

 Ainda que um irmão esteja errando e sendo encontrado em pecado,


como membro do Corpo de Cristo, minha atitude não pode ser a de
falar mal do irmão, mas sim de ensiná-lo à luz da Palavra e condu-
zindo-o ao caminho do arrependimento e cura.
III – Não mintais uns aos outros

Leiamos Colossenses 3. 9-10 e Efésios 4. 25

Mentir e contar ao outro, como verdadeiro, aquilo que sabemos


que é falso. Mentimos também quando fazemos qualquer distorção da
verdade. Aquele que mente, apresenta uma falsa imagem de si mesmo ou
de contextos, com o objetivo de enganar (I Jo 2.4; At 5. 1-9; Rm 16.
17,18).
A Bíblia nos afirma em João 8.44 que o Diabo é o Pai da Mentira.
Logo entendemos que o cristão que mente está trabalhando para o Dia-
bo. Isso é muito sério, pois tal atitude dominando a vida do crente, revela
trevas e não luz. Precisamos falar a verdade e andar na verdade que é
Cristo (Jo 8.32).

IV – Não julgueis uns aos outros

Em Romanos 14.13 lemos: “Não nos julguemos mais uns aos ou-
tros”.
Algumas implicações que são vistas na vida daqueles que
cometem o pecado do julgamento

 Aquele que julga o faz através da soberba que é gerada em seu co-
ração por se sentir superior ou melhor que o outro (III João 9.10);

 Aquele que julga está indevidamente tomando o lugar de Deus o


Justo Juíz (Tiago 4.12);

 Aquele que julga está se esquecendo que é humano e como tal su-
jeito a falhas e contextos muitas vezes piores do que tais que estão
sendo objeto do seu julgamento (Mateus 7.1-5).
Conclusão

No texto de Tiago capítulo 3, ele faz algumas perguntas que nos


levam a profundas reflexões e direções no contexto do uso da nossa
língua. Ele diz: “De uma mesma boca procede bênção e maldição.
Meus irmãos, não convém que isto se faça assim. Porventura dei-
ta alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amar-
gosa? Meus irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas,
ou a videira figos? Assim tampouco pode uma fonte dar água sal-
gada e doce” (Tg 3. 10-12).

À luz desta Palavra tão profunda e corretiva, que sejamos encon-


trados quebrantados e arrependidos no altar do Senhor. Que nossa lín-
gua possa produzir bênção e não maldição. Que nossas palavras, ações e
atitudes possam refletir o caráter de Cristo por onde andarmos.

Pr. Waldyr do Carmo

Igreja Casa de Oração Cehab


Aula 04
UMA IGREJA SARADA
“Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus,
e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por
ela muitos se contaminem.” (Hb 12.15)

Introdução

Como anda a saúde da nossa igreja local? Podemos afirmar que so-
mos uma igreja sarada? O texto em foco nos alerta para termos cuidado
em nossos relacionamentos, para que não sejamos privados da graça de
Deus e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, seja perturbação no
seio da igreja contaminando a muitos.

Como igreja, podemos ser encontrados saudáveis diante do Pai. Este


é o querer de Deus: usar membros saudáveis na proclamação do nome de
Cristo aos perdidos.

No contexto de uma igreja sarada...

I – Os crentes não provocam uns aos outros (Gl 5. 25-26)

Quando, na vida da Igreja, há a provocação, o contexto gerado é


o de uma disputa, onde, no ato da provocação, o que se percebe é a críti-
ca pejorativa, difamação, acusações, que visam rebaixar quem está sendo
provocado e elevar a situação do desafiador (II Co 10.12, 13-16; I Co 3. 3
-4; Ne 6. 1-14, 19). A provocação tem como alvo expor falhas do irmão
com o objetivo de envergonhá-lo. Essa atitude não agrada a Deus e é pe-
cado.
Implicações vistas no contexto da provocação no seio da igreja

 Para cada crente Deus tem preparado pelo menos um dom para ser
usado na edificação do Corpo de Cristo. Se há vidas, no contexto
da igreja, primando pela provocação, isso releva descontentamento
desse irmão para com o querer do Espírito em sua vida. Com certe-
za, uma vez se entregando de forma plena ao controle do Espírito,
não haverá espaço para provocações, e sim para o amor e a edifica-
ção do Corpo de Cristo.

 Aquele que vive provocando o irmão, na verdade, está revelando


dar mais valor a si próprio do que ao Senhor Jesus, que nos ensina
o amor ao próximo e a unidade na vida da Igreja (Jo 13.35; 17.20-
21).

 Se observamos os ensinamentos que são trazidos no livro de Gála-


tas, veremos, claramente, que a provocação no seio da igreja revela
o domínio da carne e não o fruto do Espírito.

II – Os crentes confessam seus pecados uns aos outros (Tg 5.16)

De forma clara e objetiva, Tiago nos afirma: “Portanto confessem


os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem cura-
dos” (Tg 5.16).

Quando confessamos os pecados uns aos outros, isso revela, de


forma linda e maravilhosa, que o domínio de Cristo é real em nós. Revela
o quando queremos mudança em nossa vida e o quanto desejamos a re-
conciliação com o irmão que foi prejudicado. A confissão mútua de peca-
do na igreja é valiosa para gerar cura e restabelecer relacionamentos que-
brados. A Igreja cresce e se fortalece.
III – Os crentes se perdoam uns aos outros (Ef 4. 31-32)

A atitude de perdoar é manifestada sem impedimentos, na vida da-


quele que reconhece que estava perdido e foi alcançado pela graça de
Cristo. Éramos inimigos de Deus, em razão do pecado e formos reconci-
liados com Ele através da morte e ressurreição de Cristo.

“Quanto mais eu medito nesse perdão e o valorizo, mais aprendo a ofe-


recer perdão àqueles que me tenham prejudicado” (Revista Segredos da
Comunhão Cristã – Vol. 35, Pág. 25).

Quando tomamos a atitude de perdoar àquele que nos ofendeu, tal


atitude revela que saí da cadeira do juiz, que até então eu me encontrava,
julgando e condenando o ofensor e, dessa forma, terei compaixão dessa
pessoa, abrindo mão de todo o desejo de vingança. Isso é perdoar!
O Ato de perdoar é agir segundo o coração de Cristo, que é o mai-
or exemplo de perdão.

Conclusão

A Igreja de Cristo não foi chamada para viver ferida e sem vida.
Ela é o Corpo de Cristo na Terra, e nós somos membros desse Corpo.
Portanto entendemos que, para o cumprimento dos maravilhosos pro-
pósitos de Deus, precisamos ser encontrados sarados diante do Pai. Pa-
ra vivermos essa grande maravilha, não podemos nos provocar, precisa-
mos confessar os pecados uns aos outros e nos perdoar mutuamente.
Esse é sem dúvida o caminho da vitória!

Pr. Waldyr do Carmo

Igreja Casa de Oração Cehab

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