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Livro de João

João (Jo)

AUTORIA – João, o apóstolo (21.24). Seu nome significa "graça de Deus". Era
judeu, pescador (Mt.4.21), irmão de Tiago, filho de Zebedeu e Salomé (Compare Mt.27.56
e Mc.15.40). Foi chamado de discípulo amado – Jo.13.23; 19.26; 21.20. Enquanto Lucas
precisou fazer uma pesquisa para escrever seu evangelho, João foi testemunha ocular da
maior parte dos fatos que escreveu (1.14; 19.35; 21.24) O registro da hora de alguns
acontecimentos destaca a presença do relator ou, em alguns casos, uma relação bem
próxima com os protagonistas (1.39; 4.6,52; 19.14). Até no momento da crucificação João
estava presente. Isso mostra sua disposição de correr risco de vida para ficar ao lado do
Mestre. Apesar de ter fugido no momento da prisão de Cristo, João voltou pouco tempo
depois.

Jesus chamou João e Tiago de boanerges, "filhos do trovão", referindo-se ao seu


temperamento indócil (Mc.3.17; Mc.9.38; Lc.9.54). A última referência mostra que naquele
tempo, aqueles discípulos apresentavam algum conhecimento das escrituras (sobre Elias),
uma grande fé, ao ponto de crer que poderiam fazer descer fogo do céus, mas nenhum
amor. Estavam prontos a usar o conhecimento e a fé para matar as pessoas. O próprio
João não mencionou esses episódios. Nota-se sua discrição diante de um episódio
vergonhoso.

Alguns dos seus discípulos foram: Policarpo, Papias e Inácio. Irineu, discípulo de Policarpo,
mencionou a autoria de João para o 4º evangelho. Disse que João estava em Éfeso quando
escreveu. Note-se a autoridade do testemunho de Irineu em virtude de sua proximidade
com fontes fidedignas. Teófilo de Antioquia (ano 170) e Clemente de Alexandria (ano 200)
também testificaram a favor da autoria de João. Clemente chega a denominar o livro como
"evangelho espiritual".

São várias as citações a respeito de João nos evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas. Seu
nome é omitido no seu evangelho (20.2; 19.26; 13.23; 21.2). A omissão do próprio nome
por parte dos autores tem sido observada com freqüência entre os escritores estudados.
Encontram-se referências ao apóstolo também em At.4.13; 5.33,40; 8.14; Gl.2.9; 2 Jo.1; 3
Jo.1; Apc.1.1,4,9. Na segunda e na terceira epístola, ele se apresenta como "o presbítero".
Podendo se apresentar como apóstolo, demonstrou humildade ao utilizar título mais
simples. Em Apocalipse, apresenta-se como "servo".

Após o exercício do seu ministério em Jerusalém, João foi pastor em Éfeso, onde morreu
entre os anos 95 e 100. Policrates (ano 190), bispo de Éfeso, escreveu: "João, que se
reclinara no seio do Senhor, depois de haver sido uma testemunha e um mestre, dormiu
em Éfeso."

OBJETIVO – João escreveu para que pudéssemos crer em Cristo e ter vida. O
conhecimento conduz à fé em Cristo e este produz vida espiritual e eterna naquele que crê
(20.31). Secundariamente, João parecia estar interessado em combater o gnosticismo. Os
gnósticos pregavam a total separação entre Deus e a matéria. Diziam que a matéria era
má. A partir desse raciocínio, uns reprimiam os desejos físicos, outros os liberavam. Eles
negavam a humanidade de Cristo, a encarnação e a ressurreição. A salvação, de acordo
com os gnósticos, seria conseqüência do conhecimento. Criam em anjos e outros seres
intermediários para se chegar a Deus. João toma a questão do conhecimento ligado à
salvação. Contudo, fala do conhecimento de Deus através do verbo encarnado, Cristo
(17.3).

DATA – O evangelho de João foi escrito, provavelmente no ano 95. As datações têm
variado entre 90 e 95. Nesse tempo, o autor já era idoso. Seus escritos trazem a marca da
maturidade e demonstram profundo entendimento dos assuntos tratados.

DESTINATÁRIOS – João escreve para o mundo (João 3.16). A palavra "mundo"


aparece várias vezes no livro. Nota-se que ele pensa nos não judeus ao dizer "festa dos
judeus" – 5.1; 6.4; 2.13; 18.28. Explica o significado de "rabi" e "Messias" (1.38,41), e fala
sobre a oposição entre judeus e samaritanos: 4.9. Tudo isso seria desnecessário se seus
destinatários fossem especificamente os judeus.

TEXTO CHAVE – 20.31 – "Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o
Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo tenhais vida em seu nome."

PALAVRA CHAVE – crer

RELAÇÃO DE JOÃO COM JESUS – A relação de Jesus com as pessoas se dava em vários
níveis: Ele falava a grandes multidões. Dentre estas, ele separou 82 discípulos (Lc.6.13 -
menciona os 12; 10.1 menciona outros 70), muitos dos quais abandonam-no depois (João
6.66). Entre os 82, 12 eram especiais. Tinham uma missão especial. Entre os 12, 11 se
destacavam por sua sinceridade. Nesse ponto, Judas fica para trás. Entre os 11, havia 3
que eram chamados em particular em determinados momentos: Pedro, Tiago e João
(Mt.17.1/ Mc.5.37/ Mt.26.37). Observe-se que o próprio João, numa atitude de humildade,
não mencionou esses episódios particulares. Dentre os três, João tinha o mais íntimo
relacionamento com o Mestre. Foi chamado de "o discípulo a quem Jesus amava". Durante
a última ceia, reclinou-se no peito do Senhor (João 13.25). Ouviu e registrou a oração
sacerdotal de Jesus (17). Foi o 1º a voltar para o acompanhar o Mestre após a sua prisão.
Assiste o julgamento e a crucificação de Cristo (João 18.16; 19.26). Recebe a incumbência
de cuidar da mãe de Jesus (João 19.27). Foi o 1º discípulo a chegar ao túmulo após a
ressurreição (João 20.4). Devido à sua proximidade constante com o Mestre, alguns relatos
do seu evangelho são exclusivos. Em alguns momentos, só ele viu, só ele ouviu, só ele
teve informações para escrever. Seu exemplo deve nos servir como estímulo para uma
comunhão íntima com o Senhor, condição essencial para que recebamos suas revelações.
Afinal, "revelação" é o significado de "Apocalipse". E quem poderia tê-lo escrito, senão o
próprio João?

APRESENTAÇÃO DE JESUS NO EVANGELHO DE JOÃO

João apresenta Jesus de uma forma bastante rica e diversificada. Utiliza figuras de
linguagem, busca conceitos importantes para os filósofos da sua época e também
linguagem teológica, o que seria bastante significativo para os judeus. Vemos assim a
diversidade de destinatários que o livro alcança. Apresentamos os termos associados à
pessoa de Cristo separando por sentido figurado e sentido literal. É interessante que
analisemos tudo isso separadamente, apesar de que, em alguns casos, fica difícil dizer a
que classe determinado termo pertence.

Apresentação figurada ou conceitual - Ao utilizar termos diversos para se referir a


Cristo, o evangelho vai ampliando a revelação cristológica. Isso vai, ao mesmo tempo,
aumentando o entendimento de alguns e servindo de choque para outros. (Observe João
6.51-66). Na maioria das vezes, João apresenta Jesus através da citação das próprias
palavras do Mestre iniciadas pela declaração "Eu sou" (João 4.26; 8.24,28,58; 18.6). Tal
expressão, que nos lembra o nome de Deus dito a Moisés (Êx.3.14), aparece diversas
vezes no evangelho. Isto tem sido entendido como um indicativo da divindade de Jesus,
que vai se apresentando através de palavras que expressam o suprimento de toda
necessidade do ser humano. Ele fala de conceitos simples, como pão, porta, pastor, e
também de conceitos filosóficos como a verdade e a vida. Ele vai tomando idéias já
conhecidas e dando-lhes um novo sentido, uma nova aplicação e, em alguns casos,
mostrando que ele é o único sentido real para idéias discutidas inutilmente pelos sábios da
época. Isso foi um escândalo para muitas pessoas, como não poderia deixar de ser.

SENTIDO REFERÊNCIA
TERMO
Pão Provisão de necessidades, 6.35,48,51
satisfação para a alma.
Luz Conhecimento 8.12
Porta Acesso ao Pai, 10.7
oportunidade, solução,
refúgio, saída.
Pastor Orientação, cuidado 10.11
Ressurreição Esperança, nova vida 11.25
Vida Novo nascimento, vida 11.25; 14.6.
espiritual; vida eterna.
Videira Compromisso, comunhão, 15.1
nossa dependência em
relação a Cristo, vida cristã
produtiva, crescimento.
Caminho Desenvolvimento, 14.6
progresso
Verdade Oposição à mentira 14.6

Apresentação literal:

Verbo - Logos – a palavra – Esta expressão fazia sentido tanto para judeus quanto para
gregos e cristãos, embora seu significado fosse um pouco diferente ou muito diferente
dependendo do destinatário. De qualquer forma, João utiliza o termo centralizando-o na
pessoa de Cristo, eliminando assim qualquer entendimento distorcido que o mesmo poderia
ter (João 1.1). Observe-se a importância de uma introdução que chama a atenção de
vários tipos de leitores, criando interesse para o exame da obra.

Messias – 1.41; 4.29; 11.27; 20.31

Filho do Homem – 3.14; 5.27; 3.13; 9.35; 12.23,34 – João aborda a natureza humana
de Cristo, embora este não fosse seu principal objetivo. Ele mostra que o homem Jesus
nasceu, viveu na Palestina, bebia água (João 4), se alimentava (João 4), sofreu e morreu
(João.19).

Filho de Deus – 1.14,18,34,49 ; 3.16; 19.7; 5.19-29; 11.27;

Jesus é apresentado como Deus (1.1; 20.28; 5.18; I Jo.5.20) – e nos torna filhos de
Deus (1.12). Mateus apresentou o divino Rei-Messias. Marcos apresentou o divino servo.
Lucas escreveu sobre o divino homem. João foi o mais ousado. Apresentou Jesus como
sendo o próprio Deus (João 1.1,18; 10.30,38; 14.10,11; 17.21). Jesus é então mostrado
como "objeto de fé", ou seja, aquele em quem devemos depositar a nossa fé (João.3.16),
pois é o próprio Deus.

PALAVRAS E TEMAS EM DESTAQUE

Colocamos também algumas referências à primeira epístola de João devido à grande


identificação de seu conteúdo em relação ao evangelho.

A igreja - é referenciada mas não por este nome. Podemos vê-la no evangelho
representada pelo rebanho do Bom Pastor (cap.10), pela videira (cap.15) e pelos próprios
discípulos.

Amor – É de João a célebre declaração: "Deus é amor" – 1Jo.4.8. É também de sua


autoria aquele que, provavelmente, seja o mais conhecido versículo sobre o amor de Deus:
Jo.3.16. O "amor" é um dos temas preferidos do apóstolo. Ele fala do amor apesar das
perseguições da época e sua prisão em Patmos. O amor estabelece as relações entre o Pai,
o Filho e o Espírito Santo e também deve ser a base da relação entre os discípulos, ou seja
é a base para a igreja. Outros elementos podem estabelecer relações humanas ou com
Deus: medo, sentimento de dever, etc. Contudo, o amor é o vínculo desejável.
(João.13.1,34; 14.21,23,24; 16.27; 21.15-17).

Luz – Jo.1:5-10; 3.19-21; 8.12; 1Jo.1.9 – João explora a contraposição de conceitos, luz x
trevas e outros, conforme se vê no quadro a seguir. Em outras palavras, ele está
confrontando a nova realidade da vida em Cristo com o estado pecaminoso do homem.

CONCEITO NEGATIVO ALGUMAS


CONCEITO POSITIVO REFERÊNCIAS
Luz (8x) Trevas (4x) João 3.19; I João 1.9
Verdade (17x) Mentira (2x) João 8.32,44; 14.6,17;
17.17; 18.37.
Vida (15x) Morte (6x) João 11.25
Fé (crer e derivados: 11x) Incredulidade (não crer) João 3.16,18

A palavra "verdade" só não aparece nos capítulos 2, 7, 9, 11. A palavra "luz" ocorre nos
capítulos 1,3,5,8,9,11,12,16. A palavra "vida" só não ocorre nos capítulos 2,7,9,16,19,21.
Embora o número de ocorrências possa variar em virtude da versão utilizada, a observação
dessa freqüência nos chama a atenção para a importância que determinados temas têm
para o autor e que, portanto, devem também ser cuidadosamente estudados por nós.

Comunhão – É também um tema importantíssimo para João no evangelho, assim como


na primeira epístola (João 14.11; 15.4,12; 17.21; I Jo.1.3,6,7). A comunhão ocorre
basicamente em 3 níveis:

● Comunhão entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Comunhão celestial.


● Comunhão entre os discípulos e a trindade, tendo Cristo como elo de
ligação. Comunhão individual com Deus. Ligação entre o céu e a terra.
● Comunhão dos discípulos entre si, tendo Cristo como elo de ligação.
Comunhão entre os irmãos na igreja.
Novo nascimento – 3.3,5 e 1.12

Conhecimento – 8.55; 14.17; 17.3,7,8,23,25,26

Glória – 1.14; 5.44; 7.18; 8.54; 11.4,40; 17.1,4,5

Obra – 4.34; 5.36; 6.28,29; 8.39; 9.3; 10.25,32,37,38

Sinal – 2.11,18,23; 3.2; 4.48,54; 6.2,14; 9.16

Juízo – 5.22,24,30; 7.24; 8.10,15,26; 12.47-48; 16.8,10,11.

Consolador – João enfatiza mais que os outros evangelhos a pessoa do Espírito Santo e a
trindade como um todo. (7.39; 14.16-17,26; 16.7,8).

Testemunho – Estão em evidência diversos testemunhos a respeito de Jesus: o auto-


testemunho -18.37; testemunho da multidão - 12.17; dos discípulos - 15.27; das pessoas
que assistiram à crucificação - 19.35; testemunho do próprio João - 21.24; testemunho da
escrituras - 5.39; testemunho do Pai - 5.37; testemunho dos sinais - 10.25; testemunhos
de João Batista – 1.19,29,32. O objetivo do testemunho: fé para a salvação (4.39; 5.34;
20.31).

CARACTERÍSTICAS

Estilo simples – pensamento profundo.

Mais íntimo – pessoal.

Fatos exclusivos – 14 a 17 – discurso no cenáculo.

Sem parábolas, sem profecias escatológicas.

Discursos diferentes dos sinóticos. Vinculados aos milagres, explicando-lhes o sentido


espiritual.

Os milagres: São relatados 8, inclusive o 1º. 6 são exclusivos.

Os não exclusivos: Multiplicação dos pães e o andar sobre as águas.

Os exclusivos: transformação da água em vinho, a cura do filho do centurião, a cura do


homem que estava enfermo há 38 anos, a cura do cego de nascença, a ressurreição de
Lázaro, a pesca maravilhosa. Milagres para os alegres, moribundos, enfermos, famintos,
fiéis, cegos e mortos.

O evangelho de João completa os sinóticos. Quando o quarto evangelho foi escrito, os


outros já deveriam estar circulando há muito tempo entre os cristãos, sendo, naturalmente,
do conhecimento do apóstolo João, o qual não achou necessário repetir o que os outros já
tinham escrito. Por isso, seu evangelho vem acrescentar o que faltava nos demais. Os
trechos que constituem repetições de conteúdo são poucos e, quando ocorrem, vêm
seguidos de um discurso de Cristo que os outros escritores não haviam relatado.
João enfatiza a pessoa de Cristo e não seus milagres, parábolas ou ensinamentos. Enfatiza
também a nova vida do crente e a rejeição de Cristo pelo mundo (1.10; 3.19) e não apenas
pelos judeus (1.11).

ESBOÇO COMENTADO

I - Prólogo - 1.1-14 – Apresentação de Jesus – Divindade – O verbo era Deus.

Genealogia espiritual – Jo.1.1 – Sua visão foi além dos outros evangelistas. Sentido mais
profundo.

Humanidade – O verbo se fez carne.

Sua missão – tornar os crentes filhos de Deus – 1.12.

II - Ministério público na Judéia e arredores. (Revelando-se ao mundo) (narrativa


exclusiva).

1º período – 6 meses – (em 27 d.C.) 1.15 a 4.42 – O testemunho de João Batista –

Início ministério PÚBLICO de Jesus – Bodas, Nicodemos, a mulher samaritana.

Os trechos que relatam o encontro de Jesus com Nicodemos e com a samaritana destacam
o valor de uma alma para Deus. Jesus não mandou que voltassem no dia seguinte junto
com a multidão, mas deu-lhes toda a atenção, revelando-lhes maravilhas do plano de
Deus. Jesus atendeu tanto a um homem importante como Nicodemos quanto a uma
mulher marginalizada como a samaritana, mostrando assim o valor da pessoa humana e
não da sua posição social.

III - Ministério público na Galiléia (Revelando-se ao mundo).

2º período – 2 anos e ½ - (de 27 a 30 d.C.) – 4.43 a 7.9 – Milagres – Declaração de ser


Filho de Deus – Pão da Vida – Confissão de Pedro. – Cresce a revelação, cresce a fé e
cresce a oposição. A chuva faz crescer o trigo e a erva daninha. Cada solo reage de uma
forma. Existe o solo resistente e o solo receptor.

IV - Ministério público na Judéia (Revelando-se ao mundo).

3º período – 6 meses – (em 30 d.C.) – Disputa com fariseus. Jesus fala sobre sua missão,
declara ser o Bom Pastor, ressuscita Lázaro. Os fariseus decidem matar Jesus. (7.10 a
11.57).

V - Ministério oculto junto aos discípulos. (Revelando-se aos discípulos).

4º período – Uma semana (+ ressurreição) – (em 30 d.C.) – Jerusalém e arredores –


Últimas instruções, oração, morte, ressurreição. 12a21.

OBSERVAÇÕES

Ao falar sobre a relação de João com Jesus, vimos a progressiva intimidade entre Jesus e
um número cada vez menor de seguidores. O mesmo raciocínio pode ser aplicado sobre o
esquema do evangelho de João. Jesus vai se revelando cada vez mais para um grupo cada
vez mais seleto. A partir de certo ponto do livro, Jesus se oculta das multidões e passa a se
revelar exclusivamente aos discípulos (12.36). Em certo momento, Judas Iscariotes sai da
cena íntima (13.30), só encontrando-se com o Mestre novamente para dar-lhe o beijo da
traição. No Getsêmani, só Pedro, Tiago e João estão próximos a Jesus, enquanto ele ora.
Ao ser preso pelos soldados, Jesus é abandonado por todos os discípulos (16.32). Depois,
só João volta para perto do Mestre (19.26).

Algumas partes do evangelho de João têm sido questionadas quanto à sua autenticidade.
Isto se deve à presença desses blocos em alguns manuscritos e à sua ausência em outros.
São eles: 7.53 a 8.11; 5.4; e capítulo 21. Esses textos aparecem entre colchetes em
algumas versões indicando sua ausência em algumas fontes. O questionamento do
capítulo.21 é agravado pelo fato de que 20.31 parece uma conclusão.

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