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A 1ª VISÃO – Parte I CONTEXTO E

ORDEM PARA ESCREVER Apoc. 1.9-11

EDMARIO DE JESUS CORREIA


Eu, João, irmão vosso e companheiro convosco na aflição, no reino, e na perseverança em Jesus, estava na ilha
chamada Patmos por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus. Eu fui arrebatado em espírito no
dia do Senhor, e ouvi por detrás de mim uma grande voz, como de trombeta, que dizia: O que vês, escreve-o
num livro, e envia-o às sete igrejas: a Éfeso, a Esmirna, a Pérgamo, a Tiatira, a Sardes, a Filadélfia e a
Laodicéia. Apoc. 1.9-11
A 1ª parte desse importante trecho apresenta João não somente como “SERVO" de Deus ( 1.1), mas
também como PROFETA E VIDENTE. A descrição da cena e a ordem divina para escrever
LEMBRAM os chamados de Isaías 6, Jeremias 1 e Ezequiel 1-3. A voz também diz a João que
ESCREVA O QUE ELE VE ( 1.11) e não só o que ouve, passando assim para a ESFERA DAS
VISÕES APOCALIPTICAS. A visão de Cristo andando ENTRE os candelabros de ouro (1.12-16)
cumpre dois propósitos: DEFINIR OS TERMOS ESCATOLÓGICOS aquele que dá as ordens no
livro e apresentar os TEMAS CRISTOLÓGICOS que permearão as cartas propriamente ditas (2.1 –
3.22). Ela contém ecos intertextuais importantes, VINCULANDO DANIEL 7 E 10 COM A
DESCRIÇÃO DE CRISTO e também acrescentando elementos do SACERDÓCIO (a túnica e o
cinto). Ao mostrar que suas visões PROVINHA DE FONTE DIVINA, o vidente autentica tanto sua
COMISSÃO divina como a INSPIRAÇÃO deste livro profético de Apocalipse. As visões foram
cuidadosamente registradas, EM UMA COMPOSIÇÃO LITERÁRIA BEM PLANEJADA. 0 vidente
João se identifica como vosso irmão, no 9º versículo deste capitulo. E também identifica o LOCAL
onde recebeu estas visões, a saber, NA ILHA DE PATMOS. Além disso, no 10º versículo, ele
reivindica a inspiração recebida NO ESPÍRITO. Chega até mesmo a dar-nos o DIA DA SEMANA
em que suas visões tiveram inicio, isto é, NO DIA DO SENHOR.
Eu João, irmão vosso e companheiro convosco na aflição...
As palavras de abertura (“Eu, João”) enquadram o livro e OCORREM AQUI E EM 22.8 para indicar a
autoria. Essa forma é comum entre os “PROFETAS APOCALÍPTICOS” (Dan 7.28; 8.1). Em seguida, João
identifica-se com os leitores no sofrimento, referindo-se a si como, VOSSO IRMÃO E COMPANHEIRO. Nas
epístolas, era comum usar o título “APÓSTOLO”, que era mais oficial (conforme o costume de Paulo), mas
João sempre o evita, sendo que em l João ele não utiliza título algum e refere-se a si como “PRESBÍTERO” em
2 e 3 João.
E óbvio que aqui deseja demonstrar AFINIDADE E EXPERIENCIAS EM COMUM. Essa
linguagem era muitas vezes empregada POR JESUS (Mc 10.29,30) e pela igreja primitiva. OS DA
CASA DE ao longo das Pastorais em referência à igreja COMO FAMÍLIA, como “irmãos e irmãs”
uns dos outros. O autor sagrado EVITA EXALTAR A SI MESMO, a despeito de suas grandes
experiências
O título irmão sugere COMUNHÃO E RESPEITO COMUM,com Cristo.
a exaltação ao seio da família divina·, cujos membros estão
sendo transformados segundo a imagem do Irmão mais velho, os quais, por essa mesma razão chegarão a PARTICIPAR DE
SUA NATUREZA DIVINA e da plenitude de Deus. Esse titulo é usado por mais de duzentas vezes nas páginas do N .T .
João expande esse conceito ao acrescentar que eles também são “COMPANHEIROS OU PARCEIROS”, baseando-se no
conceito de κοινωνός KOINONIA enfatizado ao longo de toda a literatura do NT (entre os autores do NT, SOMENTE
TIAGO NÃO EMPREGA ESSE TERMO). Em todos os lugares em que a palavra e derivados aparecem existe a ideia de
UNIÃO COMUNITÁRIA E PARTICIPAÇÃO MÚTUA na família de Deus e Cristo. Este é o ÚNICO USO DO TERMO
EM APOCALIPSE, embora o verbo cognato ocorra em 18.4: “Saí dela, povo meu, para que não sejais PARTICIPES dos
seus pecados”. A ideia transmitida aqui é de uma experiência “COMPARTILHADA” em sofrimento e glória.
Na aflição, no reino, e na perseverança em Jesus...
As três áreas de que eles participam são TRIBULAÇÃO, REINO E PERSEVERANÇA. Embora alguns estudiosos tentem
interpretar esses conceitos como elementos SEPARADOS E INDEPENDENTES, é nítida a correlação gramatical entre
eles.
Ao empregar essa palavra, João enfatiza que PARTICIPA, juntamente com os cristãos da Ásia Menor, das
TRIBULAÇÕES do fim dos tempos, que possivelmente consistem de EXÍLIO, ENCARCERAMENTO,
ostracismo social, calúnias, pobreza, exploração econômica, violência e a CONSTANTES AMEAÇAS
JURÍDICAS.
A reação adequada diante disso é a “PERSEVERANÇA”, a principal reação cristã no livro refere-se a ela
como “A PRINCIPAL VIRTUDE CRISTÃ que sempre a menciona em face da OPRESSÃO IMPOSTA pelos
inimigos de Deus, muitas vezes acompanhada pela ideia de OBEDIENCIA FIEL A DEUS (2.2,3,19; 3.10;
13.10; ,14.12).
Essas ideias são muito importantes e ocorre pelo menos 7 VEZES EM APOCALIPSE (1.9; 2.2,3,19; 3.10; 13.10;
14.12) e convocam à extrema FIRMEZA em face da volta iminente de Jesus e da PERSEGUIÇÃO às mãos dos
incrédulos. Em outras palavras, seu ASPECTO VERTICAL é a fidelidade a Deus, e o ASPECTO HORIZONTAL é a
persistência em meio ao sofrimento do mal. O TEMA CENTRAL DOS TRES é reino, a esfera em que deve atuar a
PERSEVERANÇA PACIENTE DOS LEITORES. Nos ensinamentos de Jesus, “reino” refere-se ao irromper do
DOMÍNIO DE DEUS que começou com seu primeiro advento, mas se cumprirá CABALMENTE APENAS NA 2ª
VINDA.
No presente somos “REINO E SACERDOTES” (1.6; 5.10) no meio dos “REINOS” do mal (17.12,17,18)
enquanto aguardamos o surgimento do “REI DOS REIS” (19.16), que visitará com ira o “REINO” da besta
(16.10) e substituirá “O REINO DESTE MUNDO” pelo eterno “REINO DO NOSSO DEUS E AUTORIDADE
DO SEU CRISTO” (11.15; 12.10). Segundo Paulo em Atos 14.22, “em meio a muitas tribulações nos é
necessário ENTRAR NO REINO DE DEUS” (cf. Mc 10.29.30; João 16.33; l Tes. 3.3; 2Tm 3.12; l Ped. 2.21).
Estava na ilha chamada Patmos por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus...
O vidente João fora banido para a ilha de Patmos, por ordem do IMPERADOR DOMICIANO; e ali, em sua solidão recebeu as visões que
constituem este livro. Patmos era uma das ilhas que fazia parte de UM GRUPO DE ILHAS DO MAR EGEU ao sul de Mileto cerca de 45 KM a
sudoeste de Samos. Atualmente essa ilha SE CHAMA PALMO OU PALOMOSA. Fica cerca de 80 KM de Éfeso. A ilha é vulcânica, com acerca de
16 KM de comprimento e 10 KM de largura, em sua porção mais larga, DE UMA ILHA ESTÉRIL E ROCHOSA, com colinas que atingem, no
máximo, 300 metros de altura. Conta com uma baía chamada La Scala, que se aprofunda pela ilha na direção do oeste, e que quase divide a ilha em
duas partes iguais, para o norte e para 0 sul. NA PORÇÃO DO SUL HÁ UMA MOSTEIRO CHAMADO “MOSTIRO DE SÃO JOÃO”, e também
uma gruta intitulada ”GRUTA DE APOCALIPSE”, onde, supostamente, foram recebidas as visões constantes deste livro de Apocalipse, EMBORA
SEJA MERA CONJECTURA.
As razões do exílio de João são explicadas com as palavras, POR CAUSA DA PALAVRA DE DEUS E DO TESTEMUNHO DE
JESUS. A vinculação dessas duas ideias (PALAVRA E TESTEMUNHO) se dá outras três vezes, uma de maneira POSITIVA (1.2)
em referência às visões proféticas e DUAS DE FORMA NEGATIVA (6.9; 20.4) em contextos de perseguição. As duas expressões
significam que João foi exilado por pregar A PALAVRA DE DEUS E POR TESTEMUNHAR A FÉ DE JESUS. Havia dois tipos
de exílio: TEMPORÁRIO E PERMANENTE; se Irineu (Contra Heresias 2.22.5) estava correto ao afirmar que João FOI
LIBERTADO E VIVEU ATÉ O REINADO DE TRAJANO, é provável que se trate de um exílio TEMPORÁRIO. Entretanto, o
exílio não era o mesmo que o encarceramento de Paulo em Cesareia ou Roma. JOÃO NÃO ESTAVA EM PRISÃO DOMICILIAR,
nem em algum calabouço. Ele tinha LIBERDADE dentro da ilha, que continha pelo menos uma pequena cidade. O exílio
significava que a pessoa ficava RESTRITA A UM LOCAL ESPECÍFICO, mas os exilados podiam levar quantos bens particulares
quisessem para o novo domicílio.
O que aqui mais se salienta, porém, NÃO É O CRIME DE DOMICIANO em face da idade do profeta, MAS A FIRMEZA
E A CERTEZA deste na “palavra de Deus” e no “testemunho de Jesus Cristo”, a ponto de, com alegria e resignação, sofrer
tremendas crueldades e privações, em sua velhice, EM DEFESA DESTES SAGRADOS DIREITOS. Vemos assim que o
Apocalipse foi dado à igreja cristã ATRAVÉS DE PERSEGUIÇÕES E SOFRIMENTOS, pelo que devemos prezá-lo,
aceitá-lo e vivê-lo. O exemplo de João em sofrer valentemente pela causa da verdade, DEVE CONTAGIAR TODO
CRISTÃO a também sofrer, se necessário for, EM CATIVEIRO OU NÃO, em defesa da “palavra de Deus” e do
“testemunho de Jesus Cristo”.
Recebeu a visão no dia do Senhor – vers. 10
João recebeu a visão NO DIA DO SENHOR, expressão encontrada somente aqui em todo o NT. Alguns creem que
pode haver 3 POSSIBILIDADES quanto ao sentido da expressão: (1) pode ser uma referência ao DIA
ESCATOLÓGICO DO SENHOR, de modo que João está sendo transportado PARA O TEMPO DO ESCATON (2)
Outros creem que pode ser uma referência ao DOMINGO DE PÁSCOA como sendo o dia da parúsia como parte da
liturgia da Páscoa (3) E muitos (A IGREJA EVANGÉLICA EM PESO) crê que é provável que a expressão seja uma
ALUSÃO AO DOMINGO, dia escolhido pela igreja do 1º século, com base no DOMINGO DA RESURREIÇÃO
A construção da sentença – DIA DO SENHOR –COMO DIA
do grego: DE CULTO.
κυριακη ημερα “Kuriakē hēmera”, não deixa dúvida alguma de
que o profeta REFERE-SE A UM DIA DE PROPRIEDADE DO SENHOR. O vocábulo κυριακη Kuriakē É UM
ADJETIVO POSSESIVO que está determinando o substantivo ημερα hēmera, dia, COMO UMA POSSE. Em outros
termos, João faz alusão a um dia semanal que, antes da visão, ele considerava como “dia do Senhor”, PROPRIEDADE DO
SENHOR.
O “dia do Senhor” não é qualquer dia que o cristianismo QUEIRA DETERMINAR, mas é aquele que o Senhor JÁ TEM
DETERMINADO. Quando o Senhor fundou o mundo e deu a Sua lei ao primeiro homem BEM COMO À
HUMANIDADE, definiu nela qual seja o “dia do Senhor”, nestes termos: “Mas o sétimo dia é o Sábado do Senhor TEU
DEUS”. Êxodo 20.10.
Duas coisas são no NT PROPRIEDADES DO SENHOR: Uma é o SÁBADO – Kuriakē hēmera — “dia do
Senhor”. E a outra é a SANTA CEIA – Kuriakē deipnon – “Ceia do Senhor”. Ambas as declarações contêm A
FORMA GREGA POSSESSIVA e exprimem – propriedade do Senhor. Em toda a Bíblia não existe texto
algum que faça menção do “primeiro dia da semana” ou domingo, COMO DIA DO SENHOR. Mateus,
Marcos, Lucas e nem João dão qualquer TÍTULO SAGRADO ao “primeiro dia da semana”. Paulo, que é o
único dos outros escritores do NT que fala no “primeiro dia da semana”, NÃO LHE DÁ IGUALMENTE
TITULO SAGRADO.
O que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas
A ordem para escrever em 1.11 É A PRIMEIRA DE DOZE EM APOCALIPSE. Além da ocorrência
no capítulo 1, HÁ OUTRAS NAS SETE CARTAS (cap. 2 e 3) e mais QUATRO no restante do livro
(1.19; 14.13; 19.9; 21.5), sempre com o IMPERATIVO AORISTO γράφω graphō, escreve).
João prossegue e ENUMERA OS DESTINATÁRIOS dessa epístola apocalíptica, as sete igrejas da província
da Ásia. A ordem das cidades é importante, pois elas FORMAM UMA TRAJETÓRIA CIRCULAR do
portador da carta, começando em ÉFESO e passando primeiro por ESMIRNA E PÉRGAMO no norte, depois
voltando-se para TIATIRA no sudeste, SARDES no sul, FILADELFIA no leste e, por fim, LAODICEIA NO
SUDESTE.
Além disso, é preciso perguntar por que essas cidades ESPECÍFICAS FORAM ESCOLHIDAS. Trôade e
Colossos eram centros IMPORTANTÍSSIMOS no NT, e Magnésia e Trales eram cidades MAIS
PROEMINENTES que Filadélfia ou Tiatira. Com exceção de Tiatira, todas tinham TEMPLOS
DEIDCADOS AOS IMPERADORES, todas tinham sacerdotes e altares imperiais, EXCETO
FILADELFIA E LAODICEIA.
As sete igrejas constituem a primeira SÉRIE DE SETES no Apocalipse. Também há 7 Espíritos (vers. 4), 7
candeeiros (vers. 12), 7 estrelas (vers. 16), 7 lâmpadas de fogo (Apoc. 4.5), um livro com 7 selos (Apoc. 5.1), os 7
chifres e os 7 olhos do Cordeiro (Apoc. 5.6), 7 anjos com 7 trombetas (Apoc. 8.2), 7 trovões (Apoc. 10.4), um dragão
com 7 cabeças e 7 coroas (Apoc. 12.3), uma besta com 7 cabeças (Apoc. 13.1), 7 anjos com 7 taças contendo as 7
últimas pragas (Apoc. 15.1, 7) e a besta escarlate com 7 cabeças, que também são 7 montes e 7 reis (Apoc. 17.3, 9,
10). É RAZOÁVEL CONCLUIR que o Senhor escolheu as 7 IGREJAS aqui mencionadas por serem típicas da
CONDIÇÃO DA IGREJA COMO UM TODO, tanto nos tempos apostólicos quanto POR TODA A ERA CRISTÃ.
Cada igreja apresentada tinha uma MARCA DIFERENCIADA: amor,
sofrimento, verdade, santidade, realidade, oportunidade e dedicação:
ÉFESO, a igreja dedicada, perseverante e ortodoxa, mas que havia deixado o 1º AMOR. O que Cristo disse a
ela serve para nós, que podemos ser zelosos no serviço e na doutrina, mas esfriar na devoção ao Senhor. Sua
mensagem é oportuna, pois não é tão difícil deixar de amor ao Senhor servindo ao Senhor. ESMIRNA, a igreja
SOFREDORA E FIEL. Ela nos ensina que o sofrimento não é algo anômalo ao cristão, antes uma marca, pois
seguir a Cristo é uma vocação contra cultural e ser contra cultural traz consigo um preço, porém não devemos
temer o sofrimento, pois Jesus está no controle e ele é bom. PÉRGAMO, a igreja fiel e perseverante, mas que
TOLERAVA OS FALSOS ENSINOS. A exortação do Senhor Jesus é clara, não podemos ser contra a verdade,
mas a favor da verdade e a verdade é o que Deus diz, o evangelho. Não podemos ser condescendentes com o
falso ensino, quando este fere temas centrais da fé cristã. TIATIRA, a igreja do amor, da fé, do serviço e da
perseverança, MAS TOLERAVA A IMORALIDADE SEXUAL. O Senhor da Igreja é santo, e nós devemos sê-
lo como ele é santo. Uma tarefa impossível para nós, mas não para ele, que não descarta nosso esforço e
dedicação em obedecê-lo. SARDES, a igreja que vivia de aparências, mas tinha um REMENACENTE FIEL.
A crítica de Cristo a ela nos lembra que a HOPOCRISIA não convém ao cristão, mas a realidade, pois não
andamos em trevas, mas na luz do Senhor. Logo é preciso preservar e fortalecer o grande repertório que a fé
cristã nos legou. FILADELFIA, a igreja fraca, mas que Deus honrou com UMA PORTA ABERTA. Ela nos
ensina que a força de uma igreja não está nela mesma assim como o brilho da lua não está nela, mas no sol que
a alumia. A igreja é forte por causa de Cristo e QUANDO ESTA DEPENDE DESTE, fiel é ela mesmo em meio
as tentações e adversidades. LAODICEIA, a igreja morna, mas que o Senhor amava. A MENSAGEM DE
CRISTO É DURA, pois ao contrário de Filadélfia, esta igreja tinha uma visão exagerada de si, daí sua
derrota, pois ainda que fosse rica, o Senhor a via como pobre, cega e nua. A quem ele estaria vomitando,
porém por amá-la, A CHAMOU AO ARREPENDIMENTO, dando-lhe uma nova chance.

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