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Significado de Jó 37

Jó 37
37.1,2 — O verbo ouvi, em plural no hebraico, indica que Eliú faz um apelo a Jó e a
seus amigos, e talvez a algum ouvinte que por acaso passava por ali.

37.3,4 — A voz de Deus troveja. O termo hebraico para trovejar compara o trovoar
divino com o rugido de um leão, o majestoso rei dos animais.

37.5-7 — O verbo diz (v. 6) indica que, assim como Deus precisou apenas falar para
invocar a luz, a terra e toda forma de vida (Gn 1.3,9,14,20,24,26), agora basta somente
falar para controlar tudo o que fez (SI 147.15-18). Deus usa as tempestades invernais
para selar as mãos de todo homem, a fim de que não possa trabalhar, mas sim conheçer
a Sua obra.

37.8,9 — Eliú elogia continuamente o Deus todo-poderoso com uma série de metáforas.
Ele descreve a forma como Deus conserva o vento, a neve e a geada (Jó 38.22,23) em
recâmaras.

3 7.10 — Com uma linguagem poética, Eliú fala do sopro de Deus fazendo a geada se
formar e as águas congelarem. Tudo isso é dito com radiosa alegria, porque Eliú está
comemorando o domínio de Deus sobre o mundo.

37.11 — A expressão a nuvem da sua luz [hb. or, luz] também poderia ser traduzida
como suas nuvens de relâmpagos.

37.12 — O termo conselho, em hebraico literalmente leme ou cordames (veja o


emprego desta palavra em Provérbios 1.5) retrata Deus como o sábio Capitão que
planeja com habilidade o trajeto das nuvens, que respondem obedientes à Sua mão na
roda do leme.

37.13-17 — Deus/a? vir a tempestade por três motivos precisos: (1) castigo pela
perversidade das pessoas; (2) para regar a terra e nos dar o alimento (contexto dos v.
3,6,12) e (3) para suprir as necessidades de Seu povo. A expressão para correção
apresenta a ideia de julgamento por parte do açoite ou cetro do Senhor. A fidelidade e
lealdade de Deus à Sua promessa costumam estar ligadas à palavra beneficência. Ê o
termo que pode ser traduzido como amor leal (SI 13.5). Assim, Deus usa as tempestades
tanto para julgar a terra como para abençoar Seu povo com a chuva (Êx 15.7-10; Dt
28.12).

37.18 — Firmes como espelho fundido. Os espelhos primitivos eram firmes e


inquebráveis, pois eram feitos de bronze polido.

37.19,20 — Retomando seu papel de intercessor/intérprete, Eliú afirma (talvez com


sarcasmo): ensina-nos o que diremos a Deus; nada poderemos pôr em boa ordem
[hb. arak, arrumar (uma causa jurídica), como em Jó 13.18, porque tu nos mantiveste
nas trevas].

37.21,22 — Se as pessoas não podem ver o sol brilhante nos céus, imagine o quanto é
difícil aproximar-se de Deus, que aparece em Seu próprio esplendor de ouro e tremenda
majestade? Veja a experiência de Moisés descrita em Êxodo 34. Na antiguidade, o norte
era visto como a direção da residência de Deus, o céu (Is 14.13).
37.23,24 — As palavras conclusivas de Eliú são de louvor ao Deus vivo, que é ao
mesmo tempo Altíssimo— não podemos alcançar — e piedoso — a ninguém oprime.
Juízo implica justiça; e justiça, honradez. Por fim, Eliú usa o verbo temem para
assinalar a admiração e veneração que todas as pessoas devem ter por seu Criador
onipotente.

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