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Aliança Noética

E disse o Senhor: destruirei tudo que criei sobre a face da terra, desde o homem até o animal,
até ao réptil e até a ave dos céus, porque me arrependo de o haver feito. Gn

6.7

Texto bíblico básico Genesis 6.8,13,14; 9. 11-17

Noé, o justo

Em meio a aniquilação e maldade generalizada daqueles dias (Gn 6.9), Deus achou em Noé um
homem que ainda buscava comunhão com Ele e que era “varão justo”

Ele se mantinha distante da iniquidade moral da sociedade ao seu redor. Por ser justo e temer
a Deus e resistir à opinião e conduta condenável do público, Noé achou favor aos olhos de
Deus (v.8; Hb 11.7). Essa retidão de Noé era fruto da graça de deus nele, por meio da sua fé e
do seu andar com Deus. A salvação no novo testamento é obtida da mesma maneira,
mediante a graça e misericórdia de Deus, recebidas pela fé cuja a eficácia conduz o crente a
um esforço sincero para andar com Deus e permanecer separado da geração ímpia ao seu
redor. Hb 11 declara que Noé foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé. O novo
testamento também declara eu Noé não somente era justo, como também pregador da justiça
(ll Pe 2.5). Nisso, ele é exemplo do que os pregadores devem ser.

ALIANÇA NOÉTICA

Esta também é uma aliança bastante negativa.

A primeira aliança mostra a situação original do homem, os privilégios, direitos e condições


que Deus tinha para ele. A segunda e terceira mostra como Deus tratou com a entrada do
pecado no mundo, como a humanidade caiu progressivamente e as condições que Deus
colocou sobre ela em consequência de seu estado. Tudo isso embora negativo e triste, precisa
ser entendido antes de começarmos a ver o plano de Deus para restaurar o homem.

Texto: Genesis 9.1-17

Participantes: Esta aliança foi feita entre Deus e Noé. Como Adão, Noé é o representante de
toda a raça humana. Como resultado do diluvio a humanidade descendeu não apenas de Adão,
mas também de Noé.
a. As palavras ou promessas da aliança (Gn 9.1-17) É aqui que temos a primeira menção
especifica da palavra aliança. Esta aliança foi feita com Noé e todas as criaturas vivas
após o diluvio. A linguagem desta aliança é muito semelhante à linguagem feita com
Adão (Gn 9.1-12 com Gn 1. 26-30). Esta também é uma aliança incondicional. As
promessas de Deus com relação à terra nunca mais ser destruída por um diluvio foram
feitas a todas as gerações.
b. O sangue da aliança (Gn 8.20,21) Noé sacrificou ao senhor ofertas e holocaustos e
todas as aves e animais limpos. Aqui é evidenciada a fé em sangue substitutivo (Hb
11.6,7). Vidas são perdidas, e o sangue de aliança se torna a evidencia da morte.
c. O selo a aliança (Gn 9.12-17) O sinal, selo, ou símbolo da aliança Noética foi o arco-íris,
o qual ainda é o selo desta aliança a todo o mundo. Quaisquer referências ao arco-íris
nas escrituras atestam o fato de que Deus é um Deus que guarda as alianças (Ap 4.3;
10.1,

Clausulas: depois da aliança adâmica, a humanidade se aprofundou cada vez mais no


pecado e suas consequências. Quando atingiu um ponto máximo de desenvolvimento (Gn
6.1-4), Deus não suportou mais e resolveu mandar um diluvio para destruir o homem.

Apenas Noé e sua família foram salvos, ” pois ele achou graça aos olhos do Senhor” (6.8).

Depois do diluvio Deus firmou uma aliança com Noé. Esta aliança reafirma as condições de
vida do homem caído conforme determinado na aliança adâmica e institui o governo
humano para reprimir a expansão do pecado, uma vez que a ameaça do juízo divino na
forma de outro diluvio havia sido removido

1. Repovoar a terra (Gn 9.1-7). No entanto, a ordem de subjugar a terra não é repetida.
Com a queda, o homem perdeu sua autoridade satanás a usurpou. Assim, ele se
tornou príncipe deste mundo. ” (Jo 12.31), e o deus deste século (ll Co 4.4)
2. O medo do homem foi posto nos animais e este o dominaria (9.2). Embora o homem
tivesse perdido a autoridade sobre a terra, ainda dominaria sobre o reino animal. O
medo posto nos animais era um meio de preservar o homem devido a próxima
clausula.
3. Os animais são inclusos na alimentação (9.3). Não há qualquer restrição no texto, o
que indica que todos os animais poderiam ser usados para alimento. Deus concedeu
isso ao homem, mas era um sintoma de sua condição e do clima que iria reinar na
criação. Agora haveria inimizade, medo e guerra entre animal e animal, entre homem
e animal e entre homem e homem
4. Proibição de comer sangue (9.4) Deus deu carne para o homem comer, mas não o
sangue, porque nele está a vida.
5. O homem se torna responsável pela proteção da vida humana através de um governo
ordeiro sobre o indivíduo (9.5,6) compare Rm13.1-7). A pena capital é, introduzida
para restringir a violência. Depois de ter matado seu irmão Abel, Caim não foi morto
porque a pena capital ainda não havia sido instituída. Esta veio com a aliança Noética e
todos os assassinos deveriam ser executados.
6. Promessa de que a raça humana não seria mais destruída por um diluvio (9.8-11). Isto
mostra a aliança Noética era universal, e não local. No futuro, haverá a destruição do
presente sistema mundial, contudo, isso não se dará por meio de um diluvio universal,
mas por fogo (llPe3.7). O diluvio foi uma figura da destruição futura do mundo, mas
não mudou o coração do homem.
7. Sinal da aliança: o arco-íris (9.12-17). Nem todas as alianças vinham acompanhadas de
um sinal, mas esta veio. Esta foi a primeira vez na história, que o arco-íris apareceu no
céu. Assim, a promessa de Deus de não voltar a destruir a humanidade por meio de
um diluvio deveria ser lembrada todas as vezes que o arco-íris fosse visto.

Deus se arrepende?
(Gn 6.6) Deus se revela, já nesses primeiros capítulos da bíblia como um Deus pessoal para
com o ser humano, e que é passivo de sentir emoção, desagrado e reação contra o pecado
deliberado e a rebelião da humanidade. Aqui a expressão “ arrependeu-se” significa que
por causa do trágico pecado da raça humana, Deus mudou a disposição para com as
pessoas; sua atitude de misericórdia e longanimidade passou à atitude de juízo. A
existência de Deus, Seu caráter e seus eternos propósitos traçados permanecem imutáveis
(lSm15.29; Tg 1.17), porem Ele pode alterar seu tratamento para com o homem,
dependendo da conduta deste. Deus altera sim. Seus sentimentos, atitudes, atos e
intenções conforme as pessoas agem diante da sua vontade (Êx. 32.14; ll Sm 24.16; Jr18.7-
10). Essa revelação de um Deus como um Deus que pode sentir pesar e tristeza, deixa claro
que Ele, com relação a sua criação, age pessoalmente como no recesso de uma família.

Ele tem um amor intenso pelos seres humanos e a solicitude divina ante a penosa situação
da raça humana (Sm 139.7-18).

A ARCA: SÍMBOLO DE PRESERVAÇÃO DA VIDA

A palavra hebraica aqui traduzida por arca, significa um objeto apropriado para flutuar e
ocorre somente aqui e em Êxodo 2.3,5 (onde a mesma palavra refere-se ao cesto flutuante em
que o bebê Moisés foi colocado).

A arca de Noé era uma barcaça de tamanho colossal. Sua capacidade de carga corresponde à
de mais de 300 vagões ferroviários. Calcula-se que a arca podia comportar mais de 7.000 tipos
de animais. Hebreus 11,7 assinala a arca como um tipo de Cristo, aquele que é o meio de
salvação do crente, para livrá-lo do juízo e da morte (I Pe 3.20,21). Deus mediante seu pacto
prometeu a Noé que este seria salvo do julgamento que iria ocorrer através do dilúvio. Noé
correspondeu ao pacto de Deus crendo Nele e na Sua palavra. Sua fé foi demonstrada quando
ele temeu, e quando construiu a arca e entrou nela.

DILÚVIO: SIMBOLO DO JUÍZO DIVINO

O dilúvio foi o castigo divino universal sobre um mundo ímpio e impenitente. O apóstolo Pedro
refere-se ao dilúvio para relembrar aos seus leitores que Deus outra vez julgará o mundo
inteiro no fim dos tempos, mas agora por fogo (II Pe 3.10). Tal julgamento resultará no
derramamento da ira de Deus sobre os ímpios como nunca houve na história. Deus conclama
os crentes atuais assim como Ele fez com Noé na antiguidade para avisarem aos não-salvos
sobre esse dia terrível e instar com eles para que se arrependam dos seus pecados e se voltem
para Deus por meio de Cristo e assim sejam salvos.

Dois eventos cataclísmicos precipitaram o dilúvio: a implosão dos imensos reservatórios de


águas subterrâneas, talvez causadas por terremotos e maremotos, produziu ondas gigantescas
em série, geradas nos oceanos, além das chuvas torrenciais que caíram sobre a terra por 40
dias.

(1) Em consequência disso, todos os seres viventes fora da arca que normalmente viviam na
terra seca, morreram, tanto homens como animais (Gn 7.16,17;21,22).

(2) A água elevou-se a ponto de cobrir "todos os altos montes que havia debaixo de todo o
céu" (v 19,20). A terra inteira foi coberta pelas águas. Isto significa um dilúvio universal, e não
apenas uma inundação local, confinada a uma pequena porção de terra. Foi somente depois
de 150 dias que as águas começaram a baixar (v.24). A arca finalmente repousou numa das
montanhas de Arará (na Armênia), a uns 800 km de onde começou o dilúvio (8.13,14). (3) A
terra enxugou, Noé desembarcou da arca 377 dias depois de iniciado o dilúvio. (4) Em II Pedro,
está escrito que o mundo antediluviano "pereceu". Esta palavra sugere que devido às
tremendas convulsões ocorridas na terra, sua topografia antediluviana foi grandemente
modificada, tanto física quanto geologicamente, em relação à terra que agora existe (II Pe
3.7a).

E lembrou- se Deus de Noé.


Deus não falara a Noé por 150 dias. Sua fé estava sendo provada porque ele não tinha a
mínima ideia de quando as águas baixariam, nem de quando Deus interviria naquela situação
novamente. E então Deus agiu, em virtude do seu amor para com Noé e sua família. Os
diversos modos de Deus agir com Noé estão registrados para fortalecer, em todo o povo fiel a
Deus, a esperança e a confiança nos seus caminhos. Se há muito tempo Deus não age ou não
se manifesta na sua vida, poder ter confiança de que Ele agirá de novo, manifestando o seu
amoroso cuidado contigo. Enquanto isso, tens o dever de buscar ao Senhor e continuar em
tudo obediente à sua palavra e ao Seu Espírito (Pv 3.5,8; 16.3; Fp 2.13).

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