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II. QUANTAS ERAS A HUMANIDADE E O POVO DE DEUS JÁ ATRAVESSARAM NO PONTO DE VISTA BÍBLICO?
II.1 – Dispensação Edénica ou de Inocência (Antes de Adão Pecar)
Canal ou Pessoa Representante
Nesta época a humanidade gravada em Adão enquanto vivia no Éden era santa, perfeita, sem pecado e
inocente (a exemplo de um recém-nascido, no ponto visto moral), de tudo o que se pode chamar “pecado”
(Gén 2:25). E Deus deleitava-se na perfeição do homem, razão porque se tem a percepção de que aquela
não poderia ser a única e a primeiríssima vez que Jeová vinha ter com Adão no jardim (Gén 3:8-9).
Aliança
A aliança (promessa ou voto que essencialmente é Deus a comprometer-se em beneficiar o homem e não o
homem a beneficiar Deus) desta época, consistia em autorga do domínio de Deus ao homem para que este
governasse e dominasse sobre todo o planeta sem exceção de algum ser vivo em seus limites (Gén 1:26-31;
Sal 8:3-9).
Duração
Não sabemos em que fase Moisés começou a contar os aniversários da vida de Adão, se antes ou depois de
pecar. Porém, partindo da narrativa de que Adão surgiu na mesma semana da criação; e, se a idade que a
Bíblia revela for a mesma partindo do primeiro ano de sua existência, então concluiremos, sem equívocos,
que esta Dispensação durou dêcadas de mais ou menos 100 anos (Gén 5:3-5).
Fim e Julgamento
Esta primeira Dispensação findou quando Adão pecou. O julgamento dela consistiu no estabelecimento da
morte física, da quebra da comunhão física (a expulsão do jardim) e espiritual (a visão da nudez) com Deus e
de todas as consequências futuras incluindo o sofrimento actual para se obter sucesso na terra (Gén 3, Rom
5:12).
Pessoas Representantes
Esta é a época em que após a dispersão da torre de Babel, Deus se destacou em revelar-se apenas à
linhagem de Sem, filho de Noé, por meio de seus descendentes, partindo de Abraão, Isaque e Jacó. Os
39 livros do AT, do capítulo 12 de Génises até Malaquias, são, históricamente, relato da caminhada de
Deus com estes homens e seus filhos.
Aliança
A grande aliança ou promessa feita nessa Dispensação baseiava-se na promessa que Deus havia feito a
Abraão de que ele e seus filhos seriam uma bênção para toda a humanidade (Gén 12:1-3; 26:1-6; 28:10-
17). Agora, entendemos que tal “bênção” é Jesus Cristo (Mat 1:1; Gál 3:8,16).
Duração
Esta Dispensação durou aproximadamente 1008 anos, partindo de Abraão (Gén 21:5).
Fim e Julgamento
Terminou, esta Dispensação, no fim da peregrinação dos filhos de Jacó ao Egito, logo após a travessia
do mar vermelho. O julgamento foi executado particularmente na derrota dos egipcios no mar vermelho
(Êx 12:37-51; 13-14).
Duração
A Dispensação Legislacional pode ter durado cerca de 1400 a 1500 anos partindo do Monte Sinai (Êx 19).
Fim e Julgamento
Esta Dispensação terminou logo após a vinda dos últimos profetas de Israel, o pregador João Batista (Luc
1:76) e o Salvador Jesus Cristo (Luc 7:16-23). O julgamento contra a humanidade foi executado em Cristo
que morreu crucificado como um malfeitor em lugar de muitos (Dan 9:26; Isa 53; Luc 24).
“Guardarás a Festa da Sega, dos primeiros frutos do teu trabalho, que houveres semeado no
campo, e a Festa da Colheita, à saída do ano, quando recolheres do campo o fruto do teu
trabalho” (Êxodo 23:16).
Para além de Festa da Colheita, era também chamada de Festa das Semanas; quando a semana de
Páscoa e Ásmos findava no dia 21 de Abibe, no dia 22 celebrava-se as Primícias e no dia seguinte
(23) começava a contagem dos 49 dias que correspondem a sete semanas (de 23 a 30(1s); 1 a 7(2s);
8 a 15(3s) a 21(4s) a 28(5s) a 30+5(6s) a 12(7s), daí o título das Semanas, pois, no dia cinquenta (que
calhava à 12 Junho) é que se celebrava a Festa da Colheita:
“Contareis para vós outros desde o dia imediato ao sábado, desde o dia em que trouxerdes o
molho da oferta movida; sete semanas inteiras serão. Até ao dia imediato ao sétimo sábado,
contareis cinquenta dias; então trareis nova oferta de manjares ao SENHOR (Lev. 23:15-22).
No Antigo Testamento não temos a palavra “pentecostes”, pois ele, em sua maioria, foi escrito em
hebraico. Pentecostes é uma palavra grega, que vem do termo “pentekostes”, que significa
“quinquagésimo (50º)”.
Devido a popularização da tradução do AT hebraico para o grego pelos setenta rabinos que viviam
na Alexandria, Egito, conhecida como (Septuaginta), essa festa também passou a ser chamada com
o nome de festa de Pentecostes (isto é, de cinquenta “dias”), conforme tal costume é revelado por
Lucas: “Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar”. Isto é, “no
dia em que se completaram os cinquenta...(Atos 2:1)”.
Essa festa era uma das três grandes festas onde havia peregrinações, fato que fez com que muitos
judeus e prosélitos que viviam fora de Israel estivessem ali. Pentecostes era mais um evento
religioso de maior concentração que Deus aproveitou para inaugurar a “Era do Espírito Santo”,
pelas seguintes razões:
Neste dia, havia uma santa convocatória de todos os homens a partir de 20 anos de idade para
reunirem-se na presença do SENHOR, para oferecerem dois pães movidos; os pães eram cozidos
com fermento. Junto do pão acompanhava-se sete cordeiros, um novilho, dois carneiros, um bode
para oferta pelo pecado e dois cordeiros para oferta pacífica; todos esses animais eram de um ano e
sem defeito, pois eram para expiação do pecado. Portanto, para além de se agradecer a Deus pela
colheita próspera do ano, o segundo proposito era de se ter os pecados perdoados e isso ninguém
queria perder, por isso o primeiro pentecostes da era da Igreja estava cheio de gente vindo de
longe. Esses homens não estavam em Jerusalém por causa dos apóstolos, mas por causa da
cerimónia da religião que eles já professavam; é isso que Cristo queria aproveitar, por isso havia
ordenado a discípulos que ficassem na cidade (Lev. 23:15-22; Luc 24:49; At 2:5-12).
Assim, os animais sem defeito que ofereceriam o seu sangue para a remissão dos pecadores
humanos, simbolizavam Cristo “o cordeiro que tira o pecado do mundo”; enquanto o fermento
(símbolo de corrupção) ajuntado a massa do pão tipificava a entrada dos gentios ao reino de Deus.
Resumindo, Pentecostes é a celebração do dia oficial em que se abriram as portas celestiais para a
entrada dos estranhos ao Reino de Deus e o dia em que se inaugurou a Era (ou Dispensação) do
Espírito Santo no mundo!