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Escatologia bíblica

Objetivos:

 Compreender o conteúdo, proposito e importância do estudo da


Escatologia Bíblica.
 Avaliar as principais escolas de pensamento escatológicos.
 Conhecer os principias eventos da Escatologia Bíblica.
 Analisar a importância do Arrebatamento da Igreja como evento
Escatológico.

Conteúdo:

 O que é escatologia?

 Qual seu conteúdo, proposito e importância

 O alcance da escatologia Bíblica.

 A importância prática da escatologia

 Os principais eventos escatológicos descrito nas Escrituras.

 Analisando as principais correntes de pensamento escatológicos.

 O Arrebatamento da igreja e suas implicações.


O que é escatologia?

Escatologia é a área da teologia sistemática que trata das últimas


coisas. “O termo deriva de uma combinação das palavras gregas
“eschatos”, que significa: “último; fim”, e “logos”, que significa: “palavra”
(o sufixo português “logia” significa “estudo, ciência ou doutrina”). A
escatologia lida com realidades extremamente pessoais, como a morte,
a condição imediatamente posterior ao arrebatamento e a glorificação.
Ela também aborda, contudo, questões mais cósmicas e gerais, como a
segunda vinda de Cristo, o Milênio, o Juízo Final, recompensas e
castigos eternos, novos céus e nova terra. A escatologia é tanto pessoal
como universal, tanto individual quanto cósmica” (LAHAYE, 2010, pp.
167,168).

Abrangência da Escatologia

Conteúdo

A escatologia é essencialmente profética, ou seja, trata exclusivamente de


predizer eventos futuros que já se cumpriram, estão se cumprindo ou irão se
cumprir (Ap 1.19). “Cerca de vinte e cinco por cento da revelação divina têm
natureza preditiva. Esse fato demonstra a importância do assunto. As teologias
mais antigas negligenciavam o assunto; mas, nos tempos modernos, à medida
que os eventos se aproximam, se desperta um interesse cada vez maior sobre
a questão” (CHAMPLIN, 2004, p. 437)
Proposito
A Escatologia tem o propósito de revelar a soberania de Deus na história e sua
presciência acerca dos eventos que estão porvir. “Na esfera da profecia, a
capacidade divina é claramente vista como alguma coisa que transcende as
limitações humanas. Deus parece ter prazer em seu poder de predizer o futuro;
ao menos, esse poder é evidentemente usado, a fim de despertar a mente
humana para as maravilhas do seu Ser. A parte da revelação divina, o homem
nada sabe do que vai acontecer. Para Deus, o fim é conhecido desde o princípio”
(CHAFER, 2003, p. 621).
Importância
Sem sombra de dúvida a importância da Escatologia se dá pelo fato de mostrar
o que acontecerá no futuro com a humanidade. O homem é por natureza
curioso com o porvir, podemos observar isso estampado na pergunta dos
apóstolos, feita ao Senhor Jesus Cristo: “Dize-nos, quando serão essas coisas,
e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?” (Mt 24.3). A mesma
ansiedade também tinha os crentes de Tessalônica (I Ts 4.1-10). A Bíblia é o
único livro que satisfaz plenamente os anseios do homem em todos os
aspectos, até quanto ao que virá a acontecer no futuro.

O alcance da escatologia Bíblica.


“A Escatologia Bíblica está relacionada com os três grupos de povos em que
Deus mesmo divide a raça humana. Os povos da terra considerados sob o
ponto de vista humano estão divididos nos mais diversos grupos étnicos, mas
Deus, considerando a humanidade sob o ponto de vista divino, divide-a em três
segmentos que são: Os judeus (Israel), os gentios, e a Igreja de Deus (1 Co
10.32):

a. A Igreja. Para com a Igreja, a descida do Senhor aos ares para ressuscitar
os que dormem e transformar os crentes vivos é apresentada como constante
expectação e esperança (1 Co 15.51,52; F1 3.20; 1 Ts 4.14-17; 1 Tm 6.14; Tt
2,13; Ap 22.20);

b. Os judeus (Israel). Para o povo escolhido, a vinda do Senhor é predicada


para cumprir as profecias que dizem respeito ao seu ressurgimento nacional, a
sua conversão, e estabelecimento em paz e poder sob o Pacto Davídico (Am
9.11,12; At 15.14-17); e,

c. (Os gentios. A Bíblia nos mostra que para os gentios, isto é, as nações
em geral, Jesus virá como o Rei dos reis e Senhor dos senhores, e Juiz, para
julgá-las, e, após isso, reinar sobre elas com justiça (Sl 2.6-10; 96.13).
A IMPORTÂNCIA PRÁTICA DA ESCATOLOGIA
DAR ESPERANÇA. Nada proporciona mais consolo a alma do fiel que saber
que um dia Deus “aniquilará a morte para sempre, e assim enxugará o Senhor
DEUS as lágrimas de todos os rostos, e tirará o opróbrio do seu povo de toda a
terra [...]” (Is 25.8). Confira ainda (Ap 21.4). “Na natureza da fé cristã, uma firme
esperança quanto à escatologia é essencial. Um cristianismo sem futuro não
seria autêntico. Em contraste, entretanto, com a escatologia das religiões pagãs,
que pintam um quadro sombrio do futuro, a esperança do cristianismo é límpida
e brilhante, e oferece ao cristão a verdade fundamental de que, para ele, a
próxima vida é melhor que a presente (Rm 12.12; 15.4; II Co 1.7; Cl 1.5; Tt 2.13)”
EXORTA-NOS PARA UMA VIDA DE VIGILÂNCIA E SANTIDADE. A
Escatologia exorta-nos a vigilância e a santificação. “O verbo vigiar significa ficar
acordado, alerta, dar total atenção, para evitar que por negligência ou indolência
algumas calamidades destrutivas atinjam a vida de alguém (Mt 24.42; 25.13; Ap
16.15), ou ainda para evitar que alguém negue ou abandone a Cristo (Mt 26.41)
ou caia em pecado (1 Ts 5.6; 1 Co 16.13; 1 Pe 5.8; Ap 3.2)”. De igual forma a
santificação é condições indispensável para estarmos aptos à entrada nos céus
(Mt 5.8; Mc 13.33,35; Lc 21.36; Hb 12.14; I Jo 3.2). A santificação é um ato divino,
que também inclui a participação humana (Jo 17.19; Ap 22.11
PROMETI-NOS RECOMPENSA. O NT promete que os crentes fiéis receberão
galardão em reconhecimento dos seus serviços em prol do Reino de Deus.
Biblicamente esse evento é denominado de Tribunal de Cristo. A certeza dessa
volta iminente e da recompensa pelos nossos serviços nos impele a trabalhar
com afinco e incansavelmente na obra do Senhor (Rm 14.10; I Co 15.58; II Co
5.10; Hb 6.10,11).
EVENTOS ESCATOLÓGICOS SEGUNDO A CRONOLOGIA BÍBLICA

O ARREBATAMENTO DA Nos ares; antes da Grande Tribulação (I Ts 4.16,17; 1.10). Esse


IGREJA rapto dos salvos desencadeara uma serie de eventos.

Este julgamento não tem como propósito condenar nenhum


crente ao inferno, mas recompensar os que procederam de
O TRIBUNAL DE CRISTO
forma firme, constante e abundante na obra do Senhor (Rm
14.10).

Na Terra, por sete anos (Dn 9.25-27); e as Bodas do Cordeiro,


A GRANDE TRIBULAÇÃO
no Céu (Ap 19.1-9).

A VINDA EM GLÓRIA DE Em poder e glória, para a batalha do Armagedom (Zc 14.1-4; Jl

JESUS NA TERRA 3.2; Ap 16.13-16).

O FIM DO IMPÉRIO DO Na segunda fase da segunda vinda, Cristo aniquilará o iníquo

ANTICRISTO (Ap 19.19-21).

Nesta ocasião, Cristo Jesus, julgará as nações que socorreram


O JULGAMENTO DAS
ou não a nação de Israel durante o período da Grande Tribulação
NAÇÕES
(Jl 3.12-14; Mt 25.31-46).

Após a prisão de Satanás, o reinado de Cristo será implantado


O MILÊNIO na terra durante mil anos literais (Ap 20.1-6).

Após o Milênio, o Inimigo será solto por pouco tempo, pois logo
A REVOLTA DO DIABO E
ele – em última instância – e suas hostes serão julgados (Ap
SEU JULGAMENTO
20.7-10; Jo 16.8-11; Rm 16.20).

A este julgamento serão submetidos os mortos ressuscitados, na


O JUÍZO FINAL consumação de todas as coisas (Ap 20.11-15).

Nesse momento a terra será completamente restaurada de todo


NOVOS CÉUS E NOVA
mal decorrente do pecado e da influência de Satanás (Ap 21-22;
TERRA
2 Pe 3.7).

Principais correntes de pensamento escatológicos.


 A Escola Pós-tribulacionista. Ensina que o Arrebatamento acontecerá no
final da Grande Tribulação. “Ela diz que a igreja continuará na terra até a
segunda vinda, no final desta presente era, e será levada às nuvens para
encontrar o Senhor que veio pelos ares, vindo do céu no segundo
advento, para retornar imediatamente com Ele.”
 A Escola Midi-tribulacionista. “De acordo com essa interpretação, a
Igreja será arrebatada ao final da primeira metade (três anos e meio) da
septuagésima semana de Daniel, ou seja, na metade da tribulação. A
Igreja suportará os acontecimentos da primeira metade da tribulação, que,
segundo os mesotribulacionistas, não são manifestações da ira de Deus.
Ela (a Igreja) será transladada, todavia, antes que comece a segunda
metade da semana, que, segundo essa teoria, contém todo o
derramamento da ira de Deus. Afirma-se que o arrebatamento ocorrerá
junto com o soar da última trombeta e a ascensão das duas testemunhas
de Apocalipse capítulo 11.
 A Escola Pré-tribulacionistas. Os que aceitam este ponto de vista, creem
que o arrebatamento da Igreja ocorrerá antes da Grande Tribulação (1Ts
1.10; 5.9; Ap 3.10). “A igreja, o corpo de Cristo, em seu todo, será, por
ressurreição e por transferência, retirada da terra antes de começar
qualquer parte da septuagésima semana de Daniel”.
O Arrebatamento da igreja
 A palavra arrebatamento deriva da palavra no grego “harpazo”, significa:
“raptar”, “levar com ímpeto”, “arrancar”, “resgatar”, “tirar”. “retirar um
objeto com força e rapidez inesperada”. O Arrebatamento será a retirada
da Igreja, de modo brusco, sobrenatural e sem prévias. Escrevendo aos
Tessalonicenses (I Ts 4.13-18), o apóstolo Paulo apresenta a sequência
do arrebatamento:

 1º) O Senhor descerá do céu;

 2º) Os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro;

 3º) Os salvos que estiverem vivos serão arrebatados.


 portanto, o Arrebatamento da Igreja é o momento glorioso em que Jesus
irá levar a Sua Igreja para junto de Si (At 1.11; Hb 9.28; I Co 15.51,52; I
Ts 4.13-17).
Sinais da Vinda de Cristo!
 O aparecimento dos falsos “Cristos” (Mt 24.5; Mc 13.6; Lc 21.8);

 O aparecimento de nação contra nação (Mt 24.7; Mc 13.8; Lc 21.10);

 O aumento de fomes e grandes misérias (Mt 24.7; Mc 13.8; Lc 21.11);

 O aumento de guerras e rumores de guerras (Mt 24.6; Mc 13.7; Lc 21.9);

 O aumento de terremotos (Mt 24.7; Mc 13.8; Lc 21.11);

 O aumento de epidemias; coisas espantosas e sinais nos céus (Lc 21.11).


QUEM PARTICIPARÁ DO ARREBATAMENTO?
 A Bíblia descreve alguns personagens desse evento, especialmente em
dois textos que dão destaque ao Arrebatamento (I Co 15.51-54 e I Ts 4.13-
18). Esses personagens são:

 JESUS CRISTO. Como disse Paulo: “o mesmo Senhor... descerá do céu”


(1 Ts 4.16). É certamente o cumprimento da promessa que o Senhor nunca
nos deixará sós, mas que virá em breve nos buscar (Mt 28.20; At 1.11).

 O ARCANJO. Certamente Miguel participará desse evento, pois ele é


mencionado nas Sagradas Escrituras (I Ts 4.16). Assim como o nascimento
de Cristo foi anunciado por anjos, assim será também na sua segunda
vinda.
 OS MORTOS em Cristo tanto do AT como do NT. Os mortos em Cristo
de todas as épocas ressuscitarão em corpos gloriosos e serão
semelhantes ao de Cristo quando ressuscitou.

 OS VIVOS EM CRISTO. As palavras do apóstolo Paulo: “Depois nós, os


que ficarmos vivos, seremos arrebatados” (I Ts 4.17). “Nem todos
dormiremos (ou seja, morreremos), mas todos seremos transformados” (I
Co 15.51).
ELEMENTOS ATRELADOS AO ARREBATAMENTO
De acordo com as profecias bíblicas, o Arrebatamento da Igreja será repentino,
muito rápido e invisível ao mundo, como veremos a seguir:
 HAVERÁ UMA SURPRESA. Textos como Mt 24.36, 42-44; 25.13 e Tt 2.13
mostram que esse evento será uma surpresa. As exortações para com a
vigilância não fariam sentido sem o elemento “surpresa”.

 HAVERÁ UMA VELOCIDADE. No texto de I Co 15.52, Paulo usa a


expressão: “o abrir e fechar dos olhos” (I Co 15.52) mostrando a velocidade
desse acontecimento (Mt 24.27).

 HAVERÁ UMA INVISIBILIDADE. As expressões gregas para definir esse


evento, como a própria palavra arrebatamento, dão a entender que teremos
o elemento da invisibilidade.

As profecias Bíblicas sobre o Arrebatamento


 Jesus falou aos discípulos: “E, se eu for e vos preparar lugar, virei
outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver
estejais vós também” (Jo 14.3).

 Paulo escreveu aos coríntios: “Eis aqui vos digo um mistério: Na


verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados [...]
os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados”
(1Co 15.51-52).

 Aos tessalonicenses: Porque, se cremos que Jesus morreu e


ressuscitou, assim também aos que em Jesus dorme, Deus os tornará a
trazer com ele [...] depois, nós os que ficarmos vivos, seremos
arrebatados [...] a encontrar o Senhor nos ares [...]” (1Ts 4.14,17).
 Jesus advertiu: “Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para
que ninguém tome a tua coroa” (Ap 3.11).

 E ainda: “E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para
dar a cada um segundo sua obra” (Ap 22.12). O salvos terão, além de
um novo corpo, uma premiação que o acompanhará para sempre.
Conclusão.

Deus, em seu infinito conhecimento, deixou-nos em Sua Palavra o registro dos


acontecimentos futuros a fim de que entendamos que Ele é soberano sobre a
história e que, no tempo certo, tudo convergirá para que o seu eterno propósito
seja estabelecido por meio de Jesus Cristo, Seu Filho. Tal esperança nos trás
consolo de que um dia o mal terá seu fim, e o bem será estabelecido para
sempre. Maranata! Ora, vem Senhor Jesus!

A Grande Tribulação.

O que é a grande tribulação?

 Será o período de maior angústia da história humana, na qual os ímpios


serão obrigados a reconhecer quão terrível é cair nas mãos do Deus vivo.
Nesse período, os homens desmaiarão de pavor (Lc 21.26); morderão a
língua de dor (Ap 16.10) e as potências do céu serão abaladas (Mc 13.25).

 A Grande Tribulação recebe as seguintes denominações na Bíblia: Dia do


Senhor (Sf 1.14); Dia da Angústia de Jacó (Jr 30.7); e, Dia da Ira do Cordeiro
(Ap 6.15-17)”. A Grande Tribulação terá um período de sete anos: a 70ª
Semana de Daniel, conforme (Dn 9.27) e ocorrerá em duas fases de três
anos e meio

 A PRIMEIRA METADE. Será marcada pela ascensão do Anticristo que


surgirá no cenário mundial como um pacificador (Ap 6.1,2; 13.1-10), que se
assentará no Templo em Jerusalém (II Ts 2.3,4) e será reconhecido pelos
judeus como sendo o Messias, e pelos gentios como sendo o salvador. Este
período abrange os capítulos 6-9 do Apocalipse.

 A SEGUNDA METADE. Terá início quando o Anticristo proibir a oferta de


manjares (Dn 9.27; Mt 24.15). O sofrimento será ainda maior, pois, além
das catástrofes que ocorrerão na terra provocadas pelos anjos de Deus,
haverá perseguição por parte do Anticristo, aqueles que se converterão
(judeus e gentios) neste período (Ap 7.9-14; 11.7; 13.7). Ela abrange os
capítulos 11-18 do Apocalipse.

Os propósitos da grande tribulação.

 CASTIGAR OS ÍMPIOS. Assim como Deus puniu a terra por intermédio do


dilúvio (Gn 7.17-24); e destruiu as cidades de Sodoma e Gomorra (Gn
19.24-30; II Pe 2.4-8), exercerá também juízo sobre a humanidade nos sete
anos de tribulação, através da abertura de sete selos (Ap 6.1-8.5); do toque
de sete trombetas (Ap 8. 6-11.19) e do derramar dos sete cálices da ira
divina (Ap 16.1-21) que são eventos distintos. Os ímpios reconhecerão que
as catástrofes que ocorrerão no mundo nesse período será por causa da ira
divina (Ap 6.15-17).

 LEVAR OS HOMENS A SE ARREPENDEREM DOS SEUS PECADOS.


Embora o período da Grande Tribulação seja marcado pelo juízo divino, os
homens ainda terão oportunidade para se arrependerem dos seus pecados,
mas nem todos se arrependerão (Ap 9.20,21; 16.9,11). A Bíblia diz também
que aqueles que se converterem nesse período serão perseguidos e mortos
(Ap 6.9-11; 7.9-14; 13.7).

 PREPARAR O POVO JUDEU PARA RECEBER O MESSIAS. Os judeus


rejeitaram a Cristo (Jo 1.11) e ainda estão esperando o Messias. Por isso,
serão facilmente enganados pelo Anticristo (II Ts 2.1-4). Porém, Deus
usará o sofrimento da Grande Tribulação para preparar a nação de Israel
(Dt 4.30, Jr 30.7; Ez 20.37; Dn 12.1; Zc 13.8,9). Deve-se destacar também
que, através do testemunho dos 144 mil e das duas testemunhas, que
pregarão a Jesus Cristo, na segunda fase de Sua Segunda Vinda (Zc
12.10).
Os personagens da grande tribulação.

 OS 144 MIL. São judeus, doze mil de cada tribo de Israel (com exceção
da tribo de Dã - Ap 7.4-8). Oriundos de todas as tribos de Israel, estes
judeus serão os primeiros a rejeitarem o Anticristo como o seu Messias e
se transformarão em missionários que levarão a mensagem ao povo
judeu para receberem a Cristo como Salvador e rejeitarem o plano de
governo do Anticristo. “Enquanto o Anticristo estiver ocupando seus
planos políticos, o Espírito Santo, por meio dos 144 mil alcançará o
coração de milhões de pessoas, que serão levadas a um conhecimento
salvífico de Jesus Cristo, ocasionando a maior colheita de almas da
história da humanidade” (Ap 7.9,10).
 AS DUAS TESTEMUNHAS. São dois profetas que serão levantados por
Deus no período da Grande Tribulação (Ap 11.3-14) para se opor ao
governo do Anticristo e a religião do Falso Profeta. “O ministério
sobrenatural destas duas pessoas dirige-se a Jerusalém e à nação de
Israel, a quem elas fornecem um testemunho especial do programa do
juízo divino”. Quando elas terminarem o seu testemunho, ou seja,
cumprirem a sua missão, Deus permitirá que elas sejam mortas em
Jerusalém, e seus corpos fiquem expostos em praças pública. Mas, no
terceiro dia elas ressuscitarão milagrosamente na presença de todos e
serão levadas ao céu (Ap 11.7-13).

 O ANTICRISTO: a besta que emerge do mar (Ap 13.1). Do grego “anti”


que significa “contra” ou em “lugar de”; e “christos”, que significa “ungido”.
Será o opositor de Cristo e o maior representante de Satanás, no futuro.
O Anticristo será um homem comum, nascido de mulher; mas, revestido
de um poder satânico, que terá uma capacidade demoníaca
extraordinária (Ap 13.2,4), de modo que exercerá uma poderosa
influência sobre a humanidade com seus discursos (Ap 13.5). Ele será um
homem personificando o diabo, porém, apresentando-se como se fosse
Deus (Dn 11.36). Sua sabedoria e capacidade serão sobrenaturais, pois,
além da ação diabólica em seu apoio, outros fatores contribuirão para a
implantação de seu governo, tais como: poder político (Dn 7.8,25) e
comercial (Dn 8.25; Ap 13.16,17).

 O FALSO PROFETA: a besta que emerge da terra (Ap 13.11). Será um


líder religioso, auxiliar do Anticristo. Ele é identificado pelo apóstolo João,
como tendo “dois chifres, parecendo cordeiro, mas falava como dragão”
(Ap 13.11). Os dois chifres fala do seu poder político aliado ao seu poder
religioso. Sua aparência será de um cordeiro: manso, inofensivo; mas, o
seu interior será como um dragão destruidor. Ele promoverá um
incomparável movimento religioso mundial, unindo todos os credos, seitas
e igrejas numa espécie de ecumenismo, formando uma super. igreja
mundial (Ap 13.11). Ele promoverá adoração ao Anticristo (Ap 13.12); irá
operar sinais e milagres (Ap 13.13) e ordenará a morte dos que se
recusarem a adorar o Anticristo (Ap 13.15).

O juízo divino na grande tribulação

1º) Ascensão do Anticristo (Ap 6.1,2).

2º) Guerras (Ap 6.3,4).


3º) Fome e escassez de alimentos (Ap 6.5,6).
4º) Morte de 25% da população Mundial (Ap 6.7,8).
5º) Perseguição e morte dos servos de Deus (Ap 6.9-11).
6º) Terremotos e catástrofes no céu e na terra (Ap 6.12-17).
7º) Trovões, relâmpagos e terremotos (Ap 8.1-5).

1ª) A terça parte da terra é queimada (Ap 8.7).

2ª) Morte da terça parte das criaturas do mar (Ap 8.8,9).


3ª) As águas se tornam amargas e os homens morrem de sede (Ap
8.10,11).
4ª) Trevas na terra. O sol, a lua e as Estrelas escurecem (Ap 8.12).
5ª) Aparecem gafanhotos gigantes Para ferir os homens (Ap 9.1-12).
6ª) Guerras. A terça parte dos homens são mortos (Ap 9.13-19).
7ª) Trovões, terremotos e saraiva na terra (Ap 11.15-19).

Conclusão:
Após o Arrebatamento da Igreja, terá início aqui na terra o período da Grande
Tribulação, onde Deus exercerá seu juízo sobre o mundo, através dos sete
selos, das sete trombetas e dos sete cálices da ira divina. Nesse período,
surgirá um líder político, o Anticristo; e um líder religioso, o Falso profeta, que
atuarão no mundo influenciados por Satanás. Então se levantarão 144 mil
judeus que, juntamente com as duas testemunhas, irão se opor ao governo do
Anticristo e a religião mundial implantada pelo falso profeta. Muitos judeus e
gentios hão de se converter, mas, também serão perseguidos e mortos. E, no
final dos sete anos de Tribulação, o Senhor Jesus descerá sobre as nuvens do
céu, com poder e grande glória, para destruir o império do Anticristo e implantar
o Seu Reino Milenial aqui na terra.

Bibliografia:

 A GRANDE TRIBULAÇÃO; EDITORA BEREÍA SAULO SOARES DA


SILVA
 TEOLOGIA SISTEMATICA PENTECOSTAL -CPAD
 TEOLOGIA SISTEMATICA EURICO BERGSTENS- CPAD
 ENCICLOPEDIA DE TEOLIGIA POPULAR TIM LAHEYE - CPAD

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