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Introdução ao
Evangelho de João
PARTE I
Autor, Data, Lugar, Comunidade
Estrutura do Evangelho
Mensagem Principal
PARTE II
Discipulado e Missão no Evangelho de João
Estudo do capítulo 15 – A videira verdadeira e o
Mandamento do Amor
PARTE I
Autoria do Evangelho
O Evangelho de João fala do “Discípulo Amado” (Jo
13,23ss; 19,25-27; 20,1-10; 21,20-24), deixando
entender que ele é o autor
A tradição atribuiu este evangelho ao apóstolo João,
filho de Zebedeu (Santo Irineu, que conheceu São
Policarpo, que conheceu São João...)
A análise do texto do Evangelho, porém, deixa ver que
foi escrito a “várias mãos”
O nome do apóstolo João permanece, portanto, como
um referencial
Data de Composição
O Evangelho de João foi redigido ao longo de décadas
A primeira redação pode ter sido feita por volta da
década de 50 depois de Cristo
Outros materiais só podem ter sido redigidos depois do
ano 70 (destruição de Jerusalém) e 80 (expulsão dos
cristãos das sinagogas)
A conclusão da elaboração do evangelho deve ter
acontecido por volta dos anos 95-110 dC
Lugar de Composição
Há discussões sobre onde o Evangelho de João foi
escrito
Provavelmente em Éfeso, na Ásia Menor
Ambiente da Comunidade de Jo
A comunidade do evangelho de Jo é chamada de
“Comunidade do Discípulo Amado”
Uma comunidade plural: judeu-cristãos, discípulos de
João Batista, galileus, samaritanos, estrangeiros...
pobres, ricos, doentes...
A comunidade é fruto da expansão da fé em Jesus
Cristo pelas regiões próximas da Palestina
A esse grupo acrescentaram-se alguns judeus que não
estavam ligados ao Templo e que levaram o anúncio à
Samaria
Eles começaram a apresentar Jesus como o NOVO
MOISÉS (viu a Deus, esteve com ele, recebeu sua
palavra e a transmite) – Cristologia alta, Jesus é Deus
Os judeus da sinagoga (fariseus e escribas) acusaram a
comunidade de heresia (diteísmo, cf. Jo 5,18)
Os chefes da Sinagoga expulsaram os cristãos (cf. Jo
9,22; 16,2)
Hostilidade da comunidade aos “judeus” (cf. Jo 8,44);
Jesus vem “substituir” o judaísmo
Passam a criticar os cristãos que não romperam com o
judaísmo (p.ex.: os pais do cego de nascença, cf. Jo
9,21-23 e Jo 12,42-43)
Dada a rejeição dos judeus, a chegada dos gregos foi
sinal do Plano de Deus (cf. Jo 12,20-23), o que leva
alguns a partirem em missão para a Ásia (Éfeso)
As perseguições e dificuldades levaram os membros da
comunidade a acreditar que o “mundo” se opunha a
Jesus
Não são “deste mundo”, que está sob o poder de
Satanás, o “príncipe deste mundo”
A comunidade critica os cristãos que tem uma
“Cristologia baixa” (cf. Jo 6,60-66)
Outros cristãos teriam acreditado realmente em Jesus
(simbolizados em Pedro, cf. Jo 6,67-69), mas não
teriam a profundidade espiritual deles (simbolizados no
Discípulo Amado, cf. Jo 20,6-9) – mas desejam a
unidade
O acento unilateral na divindade de Jesus e no
mandamento do amor levou, nas gerações seguintes a
desvios heréticos
Na época das cartas (1, 2 e 3Jo) houve uma divisão
profunda na comunidade (os “anti-cristos” e “filhos do
Diabo”)
Depois da divisão, os cristãos da comunidade que
acreditavam em Jesus que era divino, mas também que
apareceu “na carne”, aproximaram-se da Igreja
Primitiva, aceitando sua estrutura pastoral (cf. Jo 21)
Os outros, que exageravam a divindade de Jesus,
chegaram ao docetismo (não era humano), ao
gnosticismo (o mundo material não foi criado por
Deus) e ao montanismo (Montano é a encarnação do
Paráclito para conduzir a Igreja)
Além das perseguições dos judeus da Sinagoga, os
cristãos da comunidade do Discípulo Amado também
sofreram as perseguições do Império Romano
(Domiciano, 81-96 dC)
Despertar a Fé em Jesus
Levar à comunhão com Jesus
Dar acesso à vida plena/eterna
Temas presentes em João
A Palavra se fez carne
“E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós” (1,14)
A revelação da Trindade
A Hora de Jesus
Temas presentes em João
O Objetivo da missão de Jesus
“Pois Deus amou tanto o mundo, que entregou o seu
Filho único, para que todo o que nele crê não pereça,
mas tenha a vida eterna” (4,16)