Você está na página 1de 9

Tema: QUATRO NÍVEIS DE ATUAÇÃO DO AGENTE DE LIBERTAÇÃO

Texto Base: At 2.42-47


Int.: A Igreja caminhando no Espírito (At 2:42-47)
Os cristãos continuaram a usar o templo como lugar de reunião e de ministério, mas também passaram a
encontrar-se nos lares de várias pessoas. Os três mil novos convertidos precisavam ser instruídos na Palavra
e ter comunhão com o povo de Deus, a fim de crescer e de se tornar testemunhas eficazes. A Igreja
primitiva não se ateve a converter pessoas, também as discipulou (Mt 28:19, 20).
Convém explicar duas frases de Atos 2:42. "Partir do pão", provavelmente, é uma referência às refeições
regulares, mas, no final de cada refeição, é bem possível que fizessem uma pausa para se lembrar do
Senhor celebrando o que chamamos de "Ceia do Senhor" ou "Santa Ceia". O pão e o vinho eram elementos
comuns sempre presentes na mesa dos judeus. O termo comunhão não significa apenas "estar juntos".
Quer dizer "ter em comum", podendo ser uma referência ao compartilhamento de bens materiais praticado
na Igreja primitiva. Por certo, não se tratava de uma forma de comunismo, pois foi um programa
inteiramente voluntário, temporário (At 11:27-30) e motivado pelo amor.
A igreja foi unificada (At 2:44), exaltada (At 2:47a) e multiplicada (At 2:47b). Seu testemunho entre os
judeus era poderoso, não apenas em função dos milagres realizados pelos apóstolos (At 2:43), mas também
pelo amor que os membros da comunidade tinham uns pelos outros e por seu serviço ao Senhor. O Senhor
ressurreto continuou a operar por meio deles (Mc 16:20), e o povo continuou a ser salvo. Uma igreja e
tanto!
Os cristãos que vemos no Livro de Atos não se contentavam em se encontrar uma vez por semana para "o
culto habitual". Encontravam-se diariamente (At 2:46), cuidavam uns dos outros diariamente (At 6:1),
ganhavam almas diariamente (At 2:47), examinavam as Escrituras diariamente (At 1 7:11) e cresciam em
número diariamente (At 16:5). A fé cristã era uma realidade diária, não uma rotina semanal. Isso porque o
Cristo ressurreto era uma verdade viva para eles, e seu poder de ressurreição operava na vida deles por
meio do Espírito.
A promessa ainda vale para nós hoje: "Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo" (At 2:21; Rm
10:13). Você já invocou o nome do Senhor? já creu em Jesus Cristo como seu Salvador?
Estabelecemos nesse material os níveis de atuação do AGENTE de LIBERTAÇÃO. Esteja pronto para viver um
novo nível de ação e trabalho.
Acreditamos que a Palavra de Deus estabelece através de Atos 2.42-47, pilares que sustentam uma
verdadeira igreja. Baseado nisso, estabelecemos os seguintes pilares para a AD Missão Itaú de Minas:
- PILAR DA PALAVRA, PILAR DA COMUNHÃO, PILAR DA ADORAÇÃO, PILAR DA LIBERTAÇÃO, PILAR DAS
AÇÕES SOCIAIS e o PILAR DOS DONS ESPIRITUAIS.
Abaixo, nos prendemos ao pilar da Libertação.

PILAR DA LIBERTAÇÃO

“Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.” V.43
O Pilar da Libertação faz parte de forma intensa da vida da AD Missão Itaú de Minas, como igreja cumprindo
o que Jesus ordenou e direcionou para o seu povo. Quando Jesus fala do seu ministério na sinagoga no
texto de Lucas que ele usa Isaías 61 para descrever o que era seu propósito:

1
“E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito: O
Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os
quebrantados do coração, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os
oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor.” Lucas 4.17-19
Jesus quando falou sobre a igreja em Mateus 16 mostrou o poder entregue à igreja e ainda traduziu isto na
grande comissão.
“Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não
prevalecerão contra ela.” Mateus 16:18
“Estes sinais hão de acompanhar aqueles que creem: em meu nome, expelirão demônios.” Marcos 16:17

O Pilar da Libertação tem como prática 4 níveis de atuação.

Nível 1 – DECISÃO - Aceitar a Jesus.


A mulher era grega, siro-fenícia de origem, e rogava a Jesus que expulsasse de sua filha o demônio. Ele lhe
disse: "Deixe que primeiro os filhos comam até se fartar; pois não é correto tirar o pão dos filhos e lançá-lo
aos cachorrinhos". Marcos 7.26,27
Dos trinta e cinco milagres registrados nos Evangelhos, quatro envolvem a participação direta de mulheres:
a cura da sogra de Pedro (Mc 1:30, 31); a ressurreição do filho da viúva (Lc 7:11-17); a ressurreição de
Lázaro (Jo 11); e a expulsão de um demônio relatada nesta passagem.
Jesus dirigiu-se a essa região (cerca de 64 quilômetros de Cafarnaum) para ter um pouco de privacidade,
mas uma mulher aflita descobriu onde ele estava e buscou sua ajuda. Havia muitos obstáculos em seu
caminho, mas ela venceu-os pela fé e recebeu o que necessitava.
Em primeiro lugar, sua nacionalidade estava contra ela, pois era gentia, ao passo que Jesus era judeu. Em
segundo lugar, era uma mulher numa sociedade dominada por homens. Em terceiro lugar, Satanás estava
contra ela, pois um de seus demônios havia assumido o controle da vida da filha dela. Em quarto lugar, os
discípulos estavam contra ela, pois queriam que Jesus a mandasse embora, a fim de que lhes desse sossego.
Até mesmo Jesus parecia estar contra ela! Não era uma situação fácil, mas, mesmo assim, a mulher triunfou
por causa de sua grande fé.
Quando Jesus falou, não foi à mulher, mas aos discípulos, e suas palavras pareciam excluí-la
completamente: "Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel" (Mt 15:24). No entanto,
nenhum desses obstáculos impediu que ela insistisse em sua súplica.
A mulher dirigiu-se a Jesus, inicialmente, como "Filho de Davi", um título judeu; da segunda vez, porém,
disse apenas: "Senhor, socorre-me!" (Mt 15:25). Só então Jesus falou sobre alimentar em primeiro lugar os
filhos (Israel) e não jogar a comida deles para os "cachorrinhos". Jesus não estava chamando os gentios de
"cães", como faziam muitos judeus orgulhosos. Antes, dava esperança a ela, e a suplicante gentia apegou-se
a essas palavras.
A resposta da mulher revelou que a fé havia triunfado. Não negou o lugar especial dos "filhos" (judeus) no
plano de Deus nem mostrou qualquer pretensão de usurpá-lo. Queria apenas algumas migalhas das
bênçãos da mesa, pois, afinal, "a salvação vem dos judeus" (Jo 4:22). O coração de Jesus deve ter se
enchido de alegria ao ouvi- la usar palavras que ele havia proferido como base para seu pedido! Ela aceitara

2
seu lugar, crera na Palavra e persistira em sua súplica. Jesus não apenas supriu as necessidades dela, como
também a elogiou por sua fé.
Neste primeiro nível que não se relaciona com relevância em relação aos outros o fato de entregar a vida
pra Jesus e viver sob a ressurreição do Espírito Santo, ou seja, tornar-se filho segundo a Palavra é necessário
para qualquer processo dentro deste tema de libertação. Nos encontros direcionados para esta oração e
cuidado é necessário deixar claro o quanto a bíblia é o fundamento para cada uma das ações do discípulo
para uma vida plena com Jesus.

Nível 2 – Quebra de Alianças


“Muitos dos que tinham crido vinham, confessando e publicando os seus feitos. Também muitos dos que
seguiam artes mágicas trouxeram os seus livros e os queimaram na presença de todos, e, feita a conta do
seu preço, acharam que montava a cinquenta mil peças de prata.” Atos 19:18,19
O tema é tratado como fechamento de portões, porém se trata da mesma prática que foi usada por Jesus:
“Então, eles o trouxeram. Quando o espírito viu Jesus, imediatamente causou uma convulsão no menino.
Este caiu no chão e começou a rolar, espumando pela boca. Jesus perguntou ao pai do menino: “Há quanto
tempo ele está assim?” “Desde a infância”, respondeu ele. “Muitas vezes esse espírito o tem lançado no
fogo e na água para matá-lo. Mas, se podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos.” “Se
podes?”, disse Jesus. “Tudo é possível àquele que crê.” Marcos 9.20-23
Como sempre, Jesus entrou em cena para solucionar o problema.
O menino era surdo e mudo (Mc 9:1 7, 25), e o demônio estava fazendo todo o possível para destruí-lo. Só
podemos imaginar como era difícil para o pai cuidar do filho e protegê-lo! Jesus havia dado autoridade aos
discípulos para expulsar demônios (Mc 6:7, 13), e, mesmo assim, as tentativas de libertar o menino haviam
sido em vão. Não é de se admirar que Jesus estivesse entristecido com eles! Quantas vezes não se entristece
conosco também ao ver que não usamos os recursos espirituais que, em sua graça, concede a seu povo!
Uma vez que os discípulos haviam fracassado, o pai, desesperado, sequer estava certo de que Jesus poderia
ser bem-sucedido; daí suas palavras: "mas, se tu podes alguma coisa" (Mc 9:22). No entanto, o pai foi
honesto o suficiente para admitir sua própria falta de fé e pedir ao Senhor que ajudasse a ele e a seu filho.
Jesus expulsou o demônio e restaurou o menino a seu pai.
Também foi prática da igreja primitiva como o texto exemplifica acima onde em Éfeso identificam entre os
membros aqueles que tinham envolvimento anterior ao crer e aceitar a Jesus com artes mágicas e estas
alianças são rompidas queimando tudo que simbolizava a vida fora de Cristo.

Nível 3 – Cativeiros da Alma


Ele me tirou de um poço de destruição, de um atoleiro de lama; pôs os meus pés sobre uma rocha e firmou-
me num local seguro.” Salmos 40:2
Hebreus 10:5-9 cita 40:6-8 e aplica essa passagem a Jesus Cristo, fazendo desse um salmo messiânico. Há
quem veja o nascimento de Cristo no versículo 7, sua vida sem pecado algum no versículo 8 e sua morte
sacrifical no versículo 6. Porém, esse cântico é, antes de tudo, sobre Davi, suas necessidades e como Deus as
supriu. Não se sabe, ao certo, qual é seu contexto histórico, mas é possível que Davi o tenha escrito durante
os anos difíceis de exílio ou, talvez, nos primeiros anos de seu reinado. Não é comum um salmo apresentar
uma oração pedindo misericórdia logo depois de uma expressão de louvor e consagração. Mas se os

3
versículos 1 a 5 descrevem seu livramento do perigo nos anos de exílio e os versículos 6 a 10 falam de sua
consagração como o novo rei, então os versículos 11 a 1 7 podem ser um registro de sua oração pedindo
perdão pessoal (v. 12; ver 38:3-5 e 39:8, 9) e vitória sobre os inimigos depois de sua coroação. Tudo indica
que o versículo 16 é uma oração de Davi como rei pedindo as bênçãos de Deus sobre a nação. Encontramos
os versículos 13 a 17 repetidos de forma modificada no Salmo 70. Quaisquer que tenham sido as
experiências que o levaram a escrever este salmo, Davi aprendeu algumas lições preciosas. e nos apresenta
algumas instruções importantes para tempos de dificuldade.
Não importam quais são nossos problemas ou tribulações, é sempre bom olhar para trás e lembrar a
bondade de Deus. Davi se recorda de quanto esperou para o Senhor livrá-lo de seus inimigos e de Saul, até
que, no devido tempo, Deus inclinou o seu ouvido (31:2), escutou seu clamor e o tirou da cova. Davi
aprendeu pelo menos uma coisa nos anos de exílio: que o sucesso final depende da fé no Senhor e da
paciência, enquanto ele opera de modo providencial (5:3; 33:20; 37:34;38:15; Hb 6:12). Não devemos
entender a descrição do "poço de perdição" (lama, lodo, barro) de modo literal, mas sim de maneira
figurativa, como um retrato daqueles anos difíceis que Davi teve de suportar.
Como a corça anseia por águas correntes, a minha alma anseia por ti, ó Deus. A minha alma tem sede de
Deus, do Deus vivo. Quando poderei entrar para apresentar-me a Deus? Minhas lágrimas têm sido o meu
alimento de dia e de noite, pois me perguntam o tempo todo: "Onde está o seu Deus? " Salmos 42:1-3
Fica claro que o autor era um levita exilado no meio dos gentios (43:1) que o oprimiam e questionavam sua
fé (42:3, 10; 43:2). Era um líder espiritual que havia conduzido grupos de peregrinos a Jerusalém para as
festas prescritas (84:7; Êx 23:14-17; 34:18-26; Dt 1 6:1-1 7). Era tempo de fazer essa jornada novamente,
mas ele não podia ir; seu coração estava entristecido por sentir que o Senhor havia se esquecido dele
(42:9;43:2). No Salmo 42, o autor usa as designações El ou Elóim vinte vezes e o nome jeová (Senhor)
apenas uma vez (42:8). São cânticos extremamente íntimos, contendo mais de cinqüenta pronomes
pessoais, e nos quais se pode observar o salmista oscilando entre a fé e o desespero em seu conflito com o
Senhor. Questiona o Senhor 11 vezes e se pergunta por que o Senhor não faz alguma coisa por ele. Podemos
vê-lo passar por três estágios antes de chegar à vitória e à paz.
1. O anseio por Deus (Sl 42:1-5)
Durante um período de seca, o autor viu uma corça arquejando e se esforçando para chegar até a água e
saciar sua sede (Jl 1:20); essa imagem o fez lembrar de que ansiava pelo Senhor e desejava participar da
peregrinação para Jerusalém. O Deus vivo era o Deus de sua vida (v. 8; ver 84:2), e ele não poderia viver
sem o Senhor. Observe como o salmista cita os elementos mais essenciais da vida física: ar (suspirar), água
(v. 2) e alimento (v. 3), mas sem a adoração (v. 4), a vida não faz sentido para ele. A fome e a sede são
imagens usadas com frequência para a busca pela comunhão com Deus e a satisfação que ela traz (36:8, 9;
63:1; Mt 5:6; Jo 4:10-14; 7:37-39; Ap 21:6; 22:1 7). Dia e noite (vv. 3, 8), ele sentia a dor causada pela
separação do santuário de Deus e pela zombaria constante das pessoas a seu redor. Alimentava-se de sua
tristeza (uma atitude nada sábia) e de suas lágrimas. Seu choro era tão frequente quanto, em outros
tempos, haviam sido as refeições.
Mas, então, confronta a si mesmo (v. 5) e se admoesta a não ficar abatido, mas a esperar no Senhor. A
repetição dessa admoestação (v. 11; 43:5) indica que o autor estava tendo "altos e baixos" ao lutar consigo
mesmo e com as circunstâncias a seu redor. Somente no Senhor encontraria consolo, não na natureza (vv. 1,
6, 7), nem nas memórias (v. 4), nem alimentando sua tristeza (v. 3). Suas esperanças haviam sido

4
despedaçadas, suas orações não foram respondidas, seus inimigos expressavam- se livremente, e ele não
conseguia lidar com seus sentimentos, mas Deus ainda estava assentado em seu trono. A presença de Deus
era com ele, e ainda teria a alegria de adorar ao Senhor em Jerusalém. Essa era a promessa de Deus em sua
aliança (Dt 30).
Nos atendimentos de libertação e cura a AD Missão Itaú de Minas crê, prega e incentiva a libertação ao
nível de alma, cumprindo o que o texto bíblico acima ensina. Jesus levou cativo o cativeiro (Efésios 4.8,9) e
o ensino da palavra e a oração são elementos usados para que os membros caminhem para uma vida plena
e sejam libertos dos cativeiros que impedem o usufruir desta verdade.
Cativeiros gerados em traumas, histórias, palavras e situações cotidianas são confessados, tratados e
profeticamente em oração liberados para uma alma sem feridas e marcas infernais de destruição. É um
processo de oração e orientação bíblica.

Nível 4 – Iniquidade
“Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.” Salmos 51:5
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda
injustiça.” 1 João 1:9
1. Podemos tentar encobrir os pecados (1 Jo 1:5, 6, 8,10; 2:4)
"Deus é luz, e não há nele treva nenhuma" (1 Jo 1:5). Quando fomos salvos, Deus nos tirou das trevas e nos
trouxe para sua luz (1 Pe 2:9). Somos filhos da luz (1 Ts 5:5). Os que fazem o mal odeiam a luz (Jo 3:19-21).
Quando a luz brilha, revela a verdadeira natureza da pessoa (Ef 5:8-13).
A luz gera vida, crescimento e beleza, mas o pecado é treva; as trevas e a luz não podem coexistir. Se
estivermos andando na luz, as trevas não poderão permanecer. Se nos apegarmos ao pecado, a luz não
permanecerá. Tratando-se do pecado, não há meio-termo nem penumbra.
De que maneira nós, cristãos, tentamos encobrir os pecados? Contando mentiras! Primeiro, mentimos a
outros (1 Jo 1:6). Queremos que nossos amigos cristãos pensem que somos "espirituais", de modo que
mentimos sobre nossa vida e tentamos causar uma boa impressão. Queremos que pensem que andamos na
luz quando, na verdade, andamos nas trevas.
Uma vez que se começa a mentir para outros, mais cedo ou mais tarde mentimos a nós mesmos, e é sobre
isso que trata esta passagem (1 Jo 1:8). O problema, agora, não é enganar a outros, mas enganar a si
mesmos. É possível um cristão viver em pecado e, ainda assim, ter certeza de que tudo está bem entre ele e
o Senhor.
Talvez um exemplo clássico seja o rei Davi (2 Sm 11 e 12). Primeiro, Davi desejou Bate-Seba. Então, cometeu
adultério. Em vez de admitir abertamente que havia cometido adultério, tentou encobrir seu pecado.
Procurou enganar o marido de Bate-Seba, embebedou-o e, depois, ordenou que fosse morto. Mentiu a si
mesmo e tentou prosseguir com as responsabilidades do trono como de costume. Quando o profeta Natã, o
"capelão da corte", confrontou o rei com uma situação hipotética semelhante, Davi condenou o homem da
história, apesar de ele próprio não se sentir condenado. Uma vez que se começa a mentir para outros, logo
se começa a crer nas próprias mentiras.
Mas o declínio espiritual fica ainda pior: o passo seguinte é tentar mentir para Deus (1 Jo 1:10). Tendo-se
tornado mentiroso, depois também se procura transformar Deus em mentiroso! Contesta-se a Palavra
divina, segundo a qual "todos pecaram", declarando-se uma exceção a essa regra. Aplica-se a Palavra de

5
Deus a outros, mas não a si mesmo. Participa-se dos cultos e estudos bíblicos da igreja, sem ser tocado
pelos preceitos das Escrituras. Os cristãos que chegaram a esse nível são extremamente críticos em relação
a outros cristãos, mas mostram forte resistência, quando se trata de aplicar a Palavra à própria vida.
O retrato do coração humano inspirado pelo Espírito Santo é arrasador! O cristão mente sobre sua
comunhão (1 Jo 1:6); sobre sua natureza - “eu jamais seria capaz de fazer uma coisa dessas!" (1 Jo 1:8); e
sobre seus atos (1 Jo 1:10).
É impressionante como o pecado propaga-se de maneira mortal.
O que uma pessoa assim perde?
Em primeiro lugar, perde a Palavra. Deixa de "[praticar] a verdade" (1 Jo 1:6); a verdade não está mais nele
(1 Jo 1:8); e logo ele a transforma em mentiras! (1 Jo 1:10). Jesus disse: "A tua palavra é a verdade" (Jo 1 7:1
7); mas uma pessoa que vive uma mentira perde a Palavra. Um dos primeiros sintomas de que se está
andando nas trevas é a privação das bênçãos da Bíblia. É impossível fazer uma leitura proveitosa da Palavra
andando nas trevas.
Além disso, a pessoa desonesta perde a comunhão com Deus e com o povo de Deus (1 Jo 1:6, 7). Em
decorrência disso, sua oração torna-se vazia. Sua adoração é uma rotina enfadonha e, logo, essa pessoa
começa a criticar outros cristãos e se afastar da igreja: "que comunhão, da luz com as trevas?" (2 Co 6:14).
É o caso, por exemplo, do marido apóstata: ele anda em trevas espirituais, sem comunhão com Deus, e,
portanto, não tem como desfrutar a plena comunhão com a esposa cristã que anda na luz. O casal pode ter
um companheirismo superficial, mas a verdadeira comunhão espiritual é impossível. Essa incapacidade de
compartilhar experiências espirituais causa diversos problemas pessoais dentro dos lares e entre os
membros da igreja local.
Um dos problemas da desonestidade é que manter o controle de todas as mentiras e fingimentos é um
trabalho de tempo integral! Abraham Lincoln costumava dizer que, se um homem deseja ser mentiroso, é
melhor ter boa memória! Quando uma pessoa gasta todas as energias fingindo ser algo, não lhe restam
forças para viver, e a vida torna-se superficial e insípida. Quem finge não se priva apenas da realidade, mas
também do crescimento; sua verdadeira identidade é sufocada pela falsa.
A terceira perda decorre das duas primeiras: o cristão perde seu caráter (1 Jo 2:4). Começa contando
mentiras e acaba se transformando em mentiroso! Sua desonestidade ou falta de autenticidade é, a
princípio, apenas um papel que ele desempenha. Mas não demora a deixar de ser apenas um papel e se
tornar a própria essência de sua vida. Seu caráter é corroído. Ele não é mais um mentiroso porque conta
mentiras; agora, mente porque é um mentiroso inveterado.
2. DEVEMOS CONFESSAR OS PECADOS (1 Jo 1:7, 9)
João usa dois títulos interessantes para Jesus: Advogado e Propiciação (1 Jo 2:1, 2). É importante
compreendermos esses dois títulos, pois eles representam dois ministérios que o Senhor realiza.
Comecemos com a Propiciação. Consultando um dicionário, pode-se acabar tendo uma idéia errada do
significado do termo. O dicionário diz que propiciação é "uma ação com que se busca agradar a alguém
para obter seu perdão, seu favor ou boa vontade ou aplacar sua ira". Se essa definição for aplicada a Cristo,
tem-se uma imagem horrível de um Deus irado, preste a destruir o mundo, e de um Salvador amoroso
entregando-se para apaziguar a fúria desse Deus e essa não é a imagem bíblica da salvação! Sem dúvida,
Deus se ira contra o pecado, pois é um Deus infinitamente santo. Mas a Bíblia garante que "Deus amou [não
odiou] ao mundo" (Jo 3:16, grifos nossos).

6
Cristo é Sacrifício pelos pecados do mundo todo, mas só é Advogado para os cristãos. "[Nós cristãos] temos
um Advogado junto ao Pai". Jesus terminou sua obra aqui na Terra (Jo 17:4) - a obra de entregar a vida
como sacrifício pelo pecado. Hoje, realiza outra obra no céu. Ele representa os homens diante do trono de
Deus. Como Sumo Sacerdote, entende as fraquezas e tentações humanas e dá graça (Hb 4:15, 16; 7:23-28).
Como o Advogado, ajuda o cristão, quando peca. Ao confessar os pecados a Deus, ele perdoa por causa do
ministério de Cristo.
Tudo o que ele pede é que confessemos os pecados quando caímos.
O que significa "confessar" o pecado? É muito mais do que simplesmente "admitir" o pecado. Na verdade,
esse termo significa "dizer algo [sobre]". Confessar um pecado é dizer sobre ele a mesma coisa que Deus
diria sobre tal transgressão.
Confessar não é apenas fazer uma bela oração, inventar desculpas piedosas ou tentar impressionar Deus e
outros cristãos. A verdadeira confissão requer a especificação dos pecados: chamá-los pelo mesmo nome
que Deus chama: inveja, ódio, lascívia, dissimulação ou seja o que for. Confessar significa, simplesmente, ser
honesto consigo mesmo e com Deus e, se houver outras pessoas envolvidas, também ser honesto com elas.
É mais do que admitir o pecado. É julgar o pecado e encará-lo de frente.
Deus promete perdoar quem confessar seus pecados (1 Jo 1:9); mas sua promessa não é um "amuleto
mágico" que facilita a desobediência!
Mas Deus também deseja purificar o pecador interiormente. Como Davi orou: "Cria em mim, ó Deus, um
coração puro" (SI 51:10). Quando a confissão é sincera, Deus purifica (1 Jo 1:9) o coração por meio de seu
Espírito e de sua Palavra (Jo 15:3).
O grande erro do rei Davi foi tentar encobrir seus pecados em vez de confessá-los. Durante quase um ano,
Davi levou uma vida dissimulada e derrotada. Não é de se admirar que tenha escrito, no Salmo 32:6, que
um homem deve orar "no tempo da descoberta" (literal).
Quando se deve confessar o pecado? Assim que o descobrirmos! "O que encobre as suas transgressões
jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia" (Pv 28:13). Ao caminhar na luz,
somos capazes de ver a "sujeira" em nossa vida e tratar dela imediatamente.
Isso leva à terceira forma de lidar com os pecados.
Deus deseja e merece o amor exclusivo de seu povo (Êx 34:14; Dt 4:24; 5:9; 6:15). Deus leva tão a sério a
exclusividade da adoração e o amor dedicados a ele que castiga os que se recusam a lhe obedecer; Deus
não castiga os filhos e netos pelos pecados de alguma outra pessoa (Dt 24:16; Ez 18:4), mas as tristes
consequências dos pecados dos antepassados podem ser transmitidas de geração em geração, e crianças
inocentes podem sofrer por causa daquilo que seus pais ou avós fizeram. Nos tempos bíblicos, não era
incomum haver quatro gerações vivas na mesma família e, assim, existia a possibilidade ainda maior de um
influenciar ou afetar o outro.
Ao mesmo tempo, a piedade dos antepassados pode ajudar a trazer bênçãos para as gerações
subsequentes. A fé de Abraão trouxe bênçãos aos seus descendentes, e o ministério de Davi ainda continuou
sendo proveitoso mesmo tempos depois de ele haver falecido. Meu bisavô orava para que houvesse um
pregador do evangelho na família, e Deus respondeu à oração dele!
A Igreja AD Missão Itaú de Minas leva os seus membros à confissão de pecado como Neemias fez por seu
povo, assumindo um lugar de intercessão pelos pecados cometidos em nível pessoal, familiar e geracional.

7
O impacto da promessa feita à Abraão que refletiu em Isaque e Jacó e toda a sua descendência evidencia o
reflexo das alianças geradas espiritualmente com Cristo e fora d’Ele na vida e cultura.

LAÇOS DE ALMA
Laços de Alma são prisões em que nossa alma se estabelece com outras pessoas ou até mesmo objeto, ou
ações. São uniões, que na maioria dos casos ocorre fora dos laços da Palavra de Deus.
Uniões são alianças, e alianças são: “s. f. 1. Ato ou efeito de aliar(-se). 2. Acordo, pacto (Ajuste, contrato,
convenção entre duas ou mais pessoas). 3. União pelo casamento.”
Alianças representam pactos, que são associações mútuas, de perdas ou ganhos entre as partes envolvidas.
Tudo o que é de alguém passa a ser de outrem.
Tomemos o exemplo do casamento: “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua
mulher, e serão ambos uma carne.” *Gn 2:24
O Casamento é uma ligação entre dois seres, que mais do que física (em termos sexuais), é espiritual, e de
alma. Quando a Palavra de Deus diz, que ambos se tornarão uma só carne, eles se tornarão um só espírito e
uma só alma.
A união entre dois corpos que acontece no ato sexual, estabelecendo e fixando a aliança do casamento,
tem muitas implicações no reino espiritual. Se o ato sexual ocorre no casamento, está debaixo da bênção
do Senhor. Agora se houve ato sexual pré-conjugal, ou extraconjugal, houve uma aliança entre as almas,
estabelecida no ato do sexo.
“Ou não sabeis que o que se ajunta com a meretriz, faz-se um corpo com ela? Porque serão, disse, dois
numa só carne. Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo Espírito.” 1Co 6.16-17.
Se uma pessoa tem ato sexual outra, fora do casamento, ela está ligando a sua alma com alguém que não
foi estabelecida nos padrões celestiais. No casamento há essa ligação de almas, só que esta está dentro de
uma aliança divina, assim, abençoada por Deus.
O que constitui um Laço de Alma?
Um laço de alma é constituído na vida de uma pessoa através de Relações Sexuais Ilícitas como, fornicação,
prostituição, adultério, incesto, pedofilia, masturbação, lascívia, sensualismo e toda gama de sexolatria.
Outra coisa que constitui um laço de alma é abuso e molestação sexual.
Palavras, ações, relacionamentos não-resolvidos, agressões, podem constituir laços de alma.
Lembrando que tudo isto num aspecto espiritual, e não místico. Não estamos falando de “fusão de almas”,
nunca, mas sim de ligações, de elos, de amarras que mantêm pessoas presas umas nas outras.
Como no caso de pessoas que não liberam perdão sobre as outras, elas ficam “Amarradas”. Essas amarras
são laços de alma.
Nos casos de ato sexual, o que manteve as pessoas presas umas as outras foi na certa resultado de pecados
sexuais e inobservância da Palavra de Deus.
Como identificar um laço de alma
Identificamos um laço de alma na vida de alguém quando nós identificamos as áreas na vida dela que
poderiam gerar laços de alma:
1. Checar área sexual (Relacionada a pecados sexuais e uniões sexuais ilícitas);
2. Checar se a pessoa não sofreu nenhum tipo de abuso sexual, físico ou emocional;
3. Checar área emocional (Relacionamentos mal-resolvidos, quando nota-se uma profunda ligação entre as
pessoas no relacionamento);
4. Checar se a pessoa possui mágoas de alguém e não consegue liberar perdão;

8
5. Checar se a pessoa possui algum tipo de ligação exagerado com algum objeto pessoal, ou de valor
sentimental;
6. Um luto muitíssimo demorado;
7. Depressão pode revelar laços de alma;
8. Alguma lembrança muito vívida na memória da pessoa como um olhar, um toque, uma situação, uma
sensação;
9. Passividade e/ou falta de controle da Vontade revela algum laço de alma;
10. Relacionamento “pessoal” com entidades demoníacas.
Ministração para quebrar Laços de Alma
A pessoa deve se arrepender de ter praticado algum tipo de pecado que a tenha envolvido em um laço de
alma, identificar esse pecado e pedir perdão por ter cometido o mesmo. Deve renunciá-lo.
Se o pecado ou a situação envolver pessoas, ela deve orar, com o ministrador, no sentido:
“...Em nome de Jesus, eu me arrependo de ter feito uma aliança errada com ... e agora, eu devolvo todos os
pedaços da alma dessa pessoa e pego de volta os pedaços de minha alma.”
Se a pessoa tiver sido influenciada por outra pessoa ele deve liberar perdão na vida desta pessoa, e se, ela
tiver influenciado, ela deve pedir perdão ao Senhor de ter cometido tal prática.
Casos como os de homossexualismo e lesbianismo sempre deixam laços de alma. A pessoa deve liberar
perdão na vida de quem a influenciou e listar os nomes de seus antigos parceiros.
E de suma importância que a pessoa liste os nomes de pessoas com quem se envolveu em atos sexuais, até
mesmo nos casos de homossexualismo. Nesta hora, pode acontecer algum tipo de bloqueio na memória da
pessoa. Deve se orar então para a memória da pessoa ser liberada e para o Espírito Santo trazer a memória
todos os nomes das pessoas envolvidas, mas se, mesmo assim, a pessoa não se lembrar, liste apenas o que
forem lembrados e que ela mencione:
“...E todos os demais que não me lembro, mas que o Senhor conhece, eu os libero de minha vida de minha
alma, pego de volta todos os pedaços de minha alma e devolvo os pedaços das suas almas em nome de
Jesus.”
Notar-se-á uma mudança visível, quase instantânea após a ministração.
Em casos de aborto a mãe fica ligada a alma da criança e isso deve ser quebrado.
Gesner Menezes
Pastor Presidente

Você também pode gostar