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EU VOS
volume 3
ENVIO
A M I LT O N C U N H A & H E Y S S E N M A R A V Í
Amilton Cunha
Heyssen Cordero
Prefácio 5
Apresentação 7
Introdução 9
1º Dia: Eis-me aqui 11
2º Dia: Noé, enviado para salvar sua família 13
3º Dia: A menina samaritana enviada para Síria 15
4º Dia: Ester e Mordecai, enviados a resgatar 17
5º Dia: Moisés, enviado com sua Dupla Missionária 19
6º Dia: Calebe, enviado apesar da sua idade 21
7º Dia: Daniel, enviado para evangelizar Babilônia 23
8º Dia: Ezequiel, enviado a ser um atalaia 25
9º Dia: Jonas, enviado contra a sua vontade 27
10º Dia: A mulher samaritana 29
11º Dia: Maria Madalena, enviada apesar do seu passado 31
12º Dia: Filipe, enviado pelo Espírito Santo 33
13º Dia: Paulo, enviado aos gentios 35
14º Dia: Timóteo, enviado para pregar a Palavra 37
15º Dia: Lídia, enviada para transformar sua casa em um
lugar de esperança 39
16º Dia: Dorcas, enviada a ser as mãos de Jesus 41
17º Dia: João, enviado em tempos dificéis 43
18º Dia: Enviados para interceder e salvar 45
19º Dia: Enviados contra Apoliom 47
20º Dia: Enviados para resgatar 49
21º Dia: Enviados para remir o tempo 53
Referências 55
Prefácio
Eu Vos Envio
Ao longo das páginas das Escrituras Sagradas,
século após século e em todos os lugares vemos um
Deus que envia. Homens e mulheres, jovens e idosos,
adultos e crianças, em cidades, vilarejos ou lugares re-
motos, nas mais diversas circunstâncias, percebe-se
Deus enviando Seus filhos em missão (Mt 28:18-20).
Esta jornada que você tem em mãos retrata
histórias fantásticas de pessoas que foram enviadas
pelo Senhor e como elas responderam a este chama-
do. Em meio ao medo, dúvida, incertezas, riscos de
morte, em situações favoráveis ou nem tanto, veremos
o desenrolar da história de alguns personagens bíbli-
cos que foram verdadeiros missionários em seu tempo,
pois responderam positivamente à ordem do Mestre.
Como as histórias de vida destes personagens
se entrelaçam com a nossa e como as circunstâncias
de seus respectivos chamados se assemelham ao
nosso é o grande X dessa jornada em que Cunha e
Heyssen nos desafiam a respondermos da mesma
maneira que os personagens bíblicos responderam.
Em meio às muitas vozes que nos cercam numa
sociedade que não para e diante deste novo mundo
com tantos desafios, veremos em cada página desta
jornada o convite de um Senhor que Se aproxima de
nós e diz: “...assim como o Pai me enviou, também eu
vos envio a vós.” (João 20:21)
Cada um desses personagens respondeu po-
sitivamente a este chamado dizendo, EU VOU.
Qual será a sua resposta à ordem do Mestre?
Murilo Andrade
Apresentação
Herbert Boger
1º Eis-me aqui
dia
“Então ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem
enviarei, e quem há de ir por nós? Aí eu respondi:
Estou aqui, envia-me a mim” (Isaías 6: 8).
O
chamado de Isaías, bem como o de todos os missioná-
rios da Bíblia, ocorreram em circunstâncias difíceis. Tal-
vez por isso, no primeiro momento, Isaías desejou evitar
a responsabilidade de cumprir a missão, afinal, não seria nada
fácil! Porém, depois de contemplar a majestade de Deus e de
ser por Ele purificado, atendeu ao chamado imediatamente.
Em sua visão, ao contemplar a glória e a santidade de
Deus em contraste com a pecaminosidade de todo o povo de Is-
rael, Isaías concluiu que a esperança de restauração para o povo
escolhido estava prestes a se dissipar por completo.
Movido pelo Espírito Santo, como porta-voz divino,
Isaías passou a profetizar para um povo de percepção espiritual
obscurecida, insistindo para que abandonassem o pecado e bus-
cassem a santidade.
Observe que antes de lhe confiar uma missão, Deus se
revelou ao profeta Isaías, purificou a sua mente e os seus lábios
e lhe pôs no coração um senso de urgência: não há tempo a per-
der quando pessoas preciosas estão morrendo (v. 5-7).
Diante disto, Isaías não hesitou, respondeu imediata-
mente: Eis-me aqui, envia-me a mim” (v. 8). Não parou para
considerar os obstáculos e as dificuldades que teria que su-
EU VOS ENVIO
13
que as trevas cobrem a terra, e a escuridão os povos (Isaías, 60:2).
Logo, o mundo atual também carece de homens e mulheres que
tenham seus lábios tocados com a brasa viva do altar de Deus.
A boa notícia é que, se você estiver disposto a dizer como
Isaías: Eis-me aqui, Senhor, EU VOU! Deus lhe tocará com a bra-
sa viva do altar divino e encherá sua vida com o Espírito Santo e
fará, através de você, uma obra missionária extraordinária.
Desafio Missionário
CADA UM SALVANDO UM
14
2º Noé, enviado para
dia salvar sua família
“Então, disse Deus a Noé: resolvi dar cabo de
toda carne, porque a terra está cheia de violência
dos homens; eis que os farei perecer juntamente
com a terra” (Gênesis 6:13).
D
eus chamou Noé para pregar uma mensagem impopu-
lar. Enquanto construía a arca, deveria, ao mesmo tempo,
proclamar que o mundo seria destruído por um dilúvio.
Ou seja, para os estudiosos, a construção da arca era uma insa-
nidade sem suporte científico, já os religiosos viam Noé como
um mensageiro sensacionalista.
Não obstante, Noé não declinou da sua posição. Ele pre-
gou por 120 anos, mas ninguém se converteu. Seria Noé o “pior
evangelista” da história? Claro que não! Se converteu sua famí-
lia: sua esposa, filhos e noras. Também é verdade que muitos
homens acreditaram na mensagem de Noé e até o ajudaram a
construir a arca, mas eles morreram antes do dilúvio.2 No entan-
to, apenas ele e sua família entraram na arca.
A história de Noé é um claro exemplo da preocupação
de Deus com sua família. Deus quer ter você junto com toda a
sua família na pátria celestial. “Sua própria família é o primeiro
campo missionário.”3 Assim como Noé, você também foi chama-
do para pregar em um momento difícil, mas o alvo principal da
sua missão são membros da sua própria família.
Podemos e devemos anunciar o evangelho para todas
EU VOS ENVIO
15
primeiro campo missionário é a nossa própria família. Ao tomar
conhecimento da condenação e da iminente destruição da cida-
de de Jericó e da propensão de Deus em salvar os que estavam
dispostos a abandonar os seus pecados, motivada pelo amor
fraternal, Raabe anunciou a graça de Deus para os membros da
sua casa e aconteceu que seu pai, sua mãe, seus irmãos e toda
a sua parentela foram salvos da condenação (Josué 6:23-25).
Sabemos que a decisão é dependente apenas da von-
tade individual. Não podemos controlar o livre arbítrio das pes-
soas, mas devemos fazer tudo que estiver em nosso alcance
para advertir aos membros da nossa família da prestes des-
truição deste mundo e volta de Jesus. Assim como usou Noé e
Raabe, Deus também quer usar você para libertar a sua própria
família da condenação e morte eterna.
CADA UM SALVANDO UM
Desafio Missionário
Nossa Família Para Jesus.
Complemente sua lista de oração com
nomes de pessoas da sua própria família
que você reconhece está precisando de
Jesus, comece a interceder diariamente
por elas e observe atentamente a atua-
ção de Deus em favor dessas pessoas.
16
3º A menina samaritana
dia enviada para a Síria
“Um dia a menina disse à sua patroa: Senhora,
se o meu senhor procurasse o profeta que mora
em Samaria, tenho certeza de que ele o curaria
da lepra!” (2 Reis 5: 3).
O
nome da menina escrava não foi registrado. Ela, como a
mulher samaritana anônima que Jesus conheceu séculos
depois (João 4), compartilhou sua fé antes de desapa-
recer silenciosamente das Escrituras. Seu testemunho teve um
efeito duradouro.4
A garota samaritana não foi enviada por sua própria
vontade. Ela era uma prisioneira de guerra, uma menina que ser-
via como escrava da esposa do general do exército sírio. Como
José, nunca imaginou viver como escrava em terras estranhas,
longe de sua família e em condições desfavoráveis. Não obstan-
te, ela entendeu que tinha uma missão a cumprir.
No momento oportuno, ela falou: “Ela disse à sua pa-
troa: Senhora, se o meu senhor procurasse o profeta que mora
em Samaria, tenho certeza de que ele o curaria da lepra!” São
apenas 10 palavras na língua hebraica, mas foram suficientes
para alcançar Naamã, sua família, sua nação, Israel e milhares
de leitores hoje, como você e eu.
A menina cativa, ousadamente, compartilhou sua fé
com a esposa de Naamã. Ela deve ter tido uma confiança con-
siderável para ser capaz de opinar sobre uma possível solução
EU VOS ENVIO
17
irmã trouxe um empresário e executivo de um grande banco
para uma campanha de evangelismo. Ele morava em uma área
exclusiva de Lima. Sua caminhonete se destacava entre os veí-
culos simples da irmandade. No final do sermão, a irmã se apro-
ximou e me apresentou o seu convidado.
Conversamos por um tempo e, entre várias coisas, ele
me disse: “Vim ver a igreja de Maria porque não entendo como
ela consegue trabalhar assobiando e cantando, sempre com
um sorriso largo, apesar de ser mãe de três filhos, e tendo sido
abandonada pelo marido. Trabalhar na minha casa é a única coi-
sa que ela tem”.
Depois de uma breve pausa, ele continuou: “Eu gostaria
de ter a paz e confiança que ela expressa ter, porque com meus
milhares de dólares não possuo nem uma pitada do que ela tem.
CADA UM SALVANDO UM
Estou estudando a bíblia com Maria, ela sabe mais do que o pa-
dre da minha paróquia e estou realmente impressionado com a
forma como ela me ensina todo dia. Eu nunca imaginei conhecer
os adventistas, mas Deus trouxe Maria para minha casa ...”.
Temos irmãs e irmãos, missionários que trabalham com
personalidades importantes, políticos, empresários e pessoas
que muito provavelmente nunca aceitariam a mensagem, exce-
to por seus amigos, funcionários ou parceiros. Portanto, assim
como a menina cativa na casa de Naamã, ou dona Maria na casa
do empresário, floresça você também onde estiver plantado.
Desafio Missionário
18
4º Ester e Mordecai,
dia enviados a resgatar
“Se você ficar calada numa ocasião como esta,
o socorro e o livramento virão de outra parte
para os judeus, mas você e os parentes de seu
pai morrerão. Quem sabe se não foi para uma
ocasião como esta que você foi escolhida como
rainha?” (Ester 4:14).
C
omo José no Egito e a garota samaritana na Síria, Ester
cumpriu uma missão extraordinária em Susã, capital do
Império Persa, em benefício do povo de Israel.
O oficial real Hamã estava decidido a eliminar todo um
grupo étnico que ele odiava: os judeus. Em realidade, era Sata-
nás que estava agindo através dele para exterminar o povo de
Deus em todas as províncias do Império Persa,mas Deus tam-
bém tem os seus mensageiros, Ele usou Mordecai e Ester para
salvar o Seu povo.
Tanto Mardocai quanto Ester assumiram sua missão de
uma forma espiritual. Ester sabia que “a menos que Deus traba-
lhasse poderosamente em seu favor, de nada valeria seus pró-
prios esforços”5. Então, em total dependência ao Senhor, Ester,
EU VOS ENVIO
junto com todo o povo judeu, jejuou por três dias e três noites e,
em oração, suplicaram pela intervenção divina (Ester 4: 15-17).
A resposta de Deus foi incrível: Hamã foi executado
com o decreto que ele havia feito para a destruição de Israel.
O nome de Deus foi glorificado publicamente na instituição da
festa anual de Purim, como uma celebração de paz e segurança
(Ester 9:29). E Mordecai tornou-se o segundo em todo o império
depois de Assuero (Ester 10: 3).
Nós tambem somos chamados a interceder em favor de
muitas pessoas que estão prestes a perecer por causa do Hamã
19
desta era: Satanás. Nossa missão é urgente. Não temos tempo
a perder. “Cada dia o tempo de graça de alguém se encerra, a
cada hora, milhares estão passando para além do alcance da mi-
sericórdia, e, onde está as vozes e mãos daqueles que desejam
salvar o perdido do pecado?”6
Sabemos que a oração intercessora pode mudar o des-
tino dessas pessoas. Paulo recomenda que a intercessão por
todos os homens seja a primeira tarefa do dia do cristão. O
apóstolo assegura que isso é bom e agradável perante Deus,
que deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao
pleno conhecimento da verdade (1 Timóteo 2:1-4). Portanto,
todos os dias, você precisa dedicar um tempo para interceder
pelo seu amigo de oração.
Neste momento, Deus está reunindo os leigos ao redor
CADA UM SALVANDO UM
Desafio Missionário
20
5º Moisés, enviado
dia com sua Dupla
Missionária
“Moisés e Arão entraram na presença de Faraó e
disseram-lhe: Jeová, o Deus de Israel, diz assim:
Deixe meu povo ir para celebrar a mim festa no
deserto. “(Êxodo 5: 1)
M
oisés foi chamado para cumprir uma grande missão:
libertar Israel da escravidão egípcia. Primeiro Deus
lhe apresentou o cenáro da missão: “Tenho visto a
aflição do meu povo que está no Egito e tendo ouvido o seu
choro por causa de seus opressores, pois eu conheço suas an-
gústias” (Ex. 3:7).
Logo em seguida, Deus o desafiou: “Vem, agora, e eu te
enviarei a faraó para que tires o meu povo, os filhos de Israel do
Egito” (Ex 3:10). Moisés inicialmente resistiu ao chamado, ale-
gando que era “lento para falar”. Talvez houvesse outros moti-
vos, provavelmente: medo (Êx 3:6), baixa autoestima (Êx. 3:11),
falta de credibilidade (Êx. 4:1), incapacidade (Êx 4:13).
Moisés expressou todos os seus sentimentos e Deus lhe
respondeu: Ok Moisés, mas você não irá sozinho, você irá com
sua Dupla Missionária, Arão! o que você acha? Em realidade,
EU VOS ENVIO
nunca foi propósito de Deus que, como regra, seus servos saís-
sem sozinhos ao campo missionário.
Quando Jesus enviou os doze discípulos, por exemplo,
pelas cidades e aldeias, “nenhum foi mandado sozinho, mas ir-
mão em companhia de irmão, amigo ao lado de amigo. Assim
se poderiam auxiliar e animar mutuamente, aconselhando-se
entre si, e orando um com o outro, a força de um suprindo a fra-
queza do outro. Da mesma maneira enviou Ele posteriormente
os setenta. Era o desígnio do Salvador que os mensageiros do
evangelho assim se associassem. Teria muito mais êxito a obra
21
evangélica em nossos dias, fosse esse exemplo mais estritamen-
te seguido.”7
Para um grande trabalho é necessário um grande plano,
esse maravilhoso e extraordinário plano, simples, mas divino, é
andar “dois a dois”, em DUPLAS MISSIONÁRIAS. Você já tem
alguém para te acompanhar no cumprimento da missão? Você
tem seu parceiro de discipulado para resgatar pessoas do Egito?
Não fique sozinho, vamos de dois em dois.
Não é sábio nos afastarmos do método de trabalho
que foi instituído pelo grande Mestre. Portanto, observe a sa-
bedoria que há em saírem dois juntos, visitando e pregando o
evangelho do reino, porque “melhor é serem dois do que um”
(Eclesiastes 4:9).
Que tal convidar um parceiro de oração, dentro de seu
CADA UM SALVANDO UM
Desafio Missionário
Formar uma Dupla Missionária
Se você ainda não formou com alguém uma Du-
pla Missionária, não perca mais tempo, este é o
momento!
Quem é sua Dupla Missionária:
Membro 1:
Membro 2:
Meta de Estudos Bíblicos:
Meta de Batismos no ano:
22
6º Calebe, enviado
dia apesar da sua idade
“Sinto-me forte agora como quando Moisés me
enviou naquela missão. Posso sair para comba-
ter e voltar depois do combate, como naquela
época” (Josué 14:11).
C
alebe é tão famoso entre os adventistas que o mais impor-
tante Movimento Evangelístico Jovem: “Missão Calebe”,
leva o seu nome. Embora tivesse um espírito jovem, Calebe
era um homem de 85 anos (Josué 14:10). Você pode imaginar um
homem ou mulher de 85 anos que relata ter as mesmas forças de
quando tinha 40 anos?
Aos 85 anos, ele tinha o mesmo vigor, energia e paixão
para fazer as coisas. 45 anos se passaram e sua fé também era
a mesma porque ele continuou acreditando nas promessas de
Deus. É verdade quem nem todos terão o privilégio, por razões
várias, de chegar nessa idade com a mesma energia e vigor físico
de Calebe, porém, também é verdade que existem aqueles que
com idade bem inferior querem descansar no “quartel do inverno”.
Um missionário não pode viver de memórias. Existem
adultos que dizem: “No passado eu plantei igrejas, fiz campa-
EU VOS ENVIO
23
o Israel. Este lugar, de preferência a todos os outros, foi o que
Calebe, confiando na força de Deus, escolheu para sua herança”.8
Assim com Calebe, a irmã Adélia Almeida que, ao longo da
sua carreira cristã, conduziu dezenas de pessoas ao batismo, aos
100 anos de idade, completados em 2019, foi flagrada, não esca-
lando uma montanha, como Calebe, mas subindo alguns degraus
de escada para ministrar estudos bíblicos para o seu vizinho. Em
um dos seus testemunhos, ela disse: “Todo cristão, seja de qual-
quer denominação, tem essa responsabilidade de dá estudo e de
levar a mensagem àqueles que não conhecem a Jesus”.
Como ficou evidente, na obra de Deus, ninguém é con-
siderado demasiado velho para servir, nem já fez o suficiente
para ser dispensado do exército do nosso Salvador. A despei-
to da sua idade ou experiência, você é contado no exército do
CADA UM SALVANDO UM
Desafio Missionário
Trabalhando com o mais difícil.
Ao fazer a sua lista de oração, talvez você tenha
pensado acerca de algum nome: “Esse é quase
impossível que aceite a Jesus.”
Não se desanime!
Nomeie também um “mais difícil” para salvar
este ano. Comece a interceder com fé e vigor,
e, assim como Calebe, trabalhe para alcançar “o
mais difícil”, em nome de Jesus.
24
7º Daniel, enviado
dia para evangelizar
Babilônia
“O rei falou a Daniel, e disse: Certamente o teu
Deus é o Deus dos deuses, e Senhor dos reis, e
aquele que revela mistérios, pois você foi capaz
de revelar este mistério” (Daniel 2:48).
D
aniel tinha, aproximadamente, 17 anos quando o levaram
exilado com outros jovens de sua cidade para babilônia.
Ao longo do caminho, Daniel meditou profundamente
sobre os planos que Deus tinha para ele. Mesmo sem entender
completamente o que aconteceria em Babilônia, sabia que Deus
tinha um propósito maior do que ele podia imaginar.
Ao chegar em babilônia (babel “confusão”), Daniel se
manteve fiel ao seu estilo de vida saudável, e sua confiança em
Deus inabalável. Quando surgiu a oportunidade, Daniel fez uma
EU VOS ENVIO
visita evangelística para o rei Caldeu, que deu início ao processo
que resultou em sua conversão (Daniel 2 - 4).
A visitação individual é uma das partes mais importante
do evangelismo pessoal e que não pode ser negligenciada. Ela
é essencial no processo de conquista de almas para o reino de
Deus. Jesus não apenas dedicava tempo para orar pelas pes-
soas, Ele também visitava as famílias em seus lares.
Paulo é o campeão dos escritores bíblicos em enfatizar
a oração intercessora, mas o apóstolo também considerava a vi-
sitação como essencial e sempre encontrava tempo para visitar
as pessoas em suas casas (Atos 20:18-20).
Ellen G. White também tinha o hábito de visitar as
pessoas em seus lares. Ela desejava que todos, igualmente, al-
cançassem a bênção da salvação em Cristo que ela havia alcança-
do e não conseguia descansar enquanto não lhes houvesse falado
25
disto. Ia aos lares de suas amigas para com elas falar de sua expe-
riência, de quão precioso o Salvador era para ela, e, como desejava
servi-Lo e quanto desejava que elas O servissem também.9
Na visitação, além de desenvolver e fortalecer a ami-
zade, você também terá a oportunidade de interceder por seu
amigo em seu próprio lar, e ajudá-lo em suas necessidades.
Marque com antecedência um horário com o seu amigo
de oração, seja pontual e breve na visita. Ao chegar, demonstre
interesse por todos os membros da família, manifeste simpatia,
atenção, bondade e amor. Jamais visite pessoas do sexo oposto
sozinho ou critique outras religiões, nunca faça perguntas indis-
cretas e não fale demais. Aliás, “a chave para a boa visitação é
ser bom ouvinte.” Portanto, “seja tardio para falar e pronto para
ouvir” (Tiago 1:19). Finalize a visita com uma oração pelos pedi-
CADA UM SALVANDO UM
Desafio Missionário
Agende uma visita para seus amigos.
Considere a possibilidade de conseguir guias de
estudos bíblicos para presenteá-los por ocasião
da visita.
26
8º Ezequeiel, enviado
dia para ser um atalaia
“Findos os sete dias, veio a mim a palavra do
Senhor, dizendo: Filho do homem, eu te dei por
atalaia sobre a casa de Israel; da minha boca
ouvirás a palavra e os avisarás da minha parte”
(Ezequiel 3:16, 17).
O
atalaia é “um guarda que vigia” para anunciar os perigos
que assombravam sua cidade ou reino. Do alto de uma
torre de vigia, os atalaias podiam ver as ameaças fora
de seus muros e, quando enxergavam perigos, gritavam em voz
alta para chamar a atenção, para que as pessoas e o exército se
preparassem para uma batalha ou ataque.
Como atalaia de Cristo, você deve fazer sua parte fiel-
mente, seu amigo de oração não tomará uma decisão correta
a menos que esteja bem informado sobre o assunto. Portanto,
forneça o máximo de informações acerca do Evangelho para as
EU VOS ENVIO
pessoas que você deseja salvar.
O estudo bíblico é um plano idealizado por Deus para
esse fim. E qualquer pessoa, membro da Igreja, mesmo com pou-
ca instrução, poderá dar estudos bíblicos. Veja como é simples:
Antes do Estudo – Ore pedindo poder do Espírito San-
to. Seja pontual, amigável e simpático; providencie Bíblia, lição
e lápis...
Ao chegar a casa – Crie um clima agradável para o es-
tudo, demonstre interesse pessoal pelos participantes e conheça
cada um pelo nome. Convide todos os presentes para assistirem o
estudo e evite que a conversa desvie o objetivo da visita. Escolha
o ambiente ideal para o estudo - à mesa ou na sala de visitas.
Ao apresentar o estudo – Inicie com oração e recapitule
o estudo anterior. Apresente o estudo de maneira clara, lógica
27
e progressiva. Solicite que os interessados participem lendo as
passagens na Bíblia, deixe que a própria Bíblia responda as per-
guntas. Exalte a Cristo em cada estudo como o centro da nossa
esperança, cuide para não criticar as outras igrejas, não falar de-
mais. Fique dentro do tempo combinado para o estudo, o ideal é
de 30 minutos. Faça o apelo e ore pela decisão do estudante.
Depois do estudo – Confirme a data, horário e tema do
próximo estudo. De preferência, depois do estudo, não continue
conversando, a fim de que outros assuntos não tirem a impres-
são deixada pelo estudo. Se possível, retire-se imediatamente.
Continue orando diariamente pelos seus estudantes da Bíblia,
pedindo para que o Espírito Santo continue impressionando o
coração de cada um deles.
Viu como é simples? Mas, se, ainda assim, você se sen-
CADA UM SALVANDO UM
tir inseguro, convide uma pessoa mais experiente para dar es-
tudos bíblicos ao seu amigo de oração e conduza ele para a
classe bíblica
Nossa principal ocupação como atalaias de Cristo é
anunciar. Devemos ter paixão em anunciar, pregar e evangelizar,
mas devemos lembrar que a CONVERSÃO é tarefa do Espírito
Santo. É o Espírito Santo que convence do pecado (João 16:8).
Se o pecador atende à vivificadora influência do Espírito, será
levado ao arrependimento e despertado para a importância de
obedecer aos reclamos divinos.
Desafio Missionário
Ofereça um estudo bíblico para o seu amigo de
oração.
28
9º Jonas, enviado contra
dia a sua vontade
“E ele orou ao Senhor e disse: Ah! Senhor! Não foi
isso que eu disse, estando ainda na minha terra?
Por isso, me adiantei, fugindo para Társis; pois
sabia que és Deus clemente, e misericordioso,
e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e
que te arrependes do mal” (Jonas 4: 2).
J
onas foi salvo por Deus de uma forma milagrosa, e, por cer-
to, Deus tinha um plano para cumprir através do profeta, as-
sim como Ele tem uma missão para nós. O Senhor também
nos salvou, nos resgatou do mais profundo das trevas para que
possamos ser evangelistas.
Depois de muita relutância, Jonas resolveu ir para Níni-
ve realizar o trabalho missionário que num passado recente ele
não queria fazer. Logo que chegou na cidade, Jonas começou a
EU VOS ENVIO
proclamar a mensagem de advertência: “Daqui a quarenta dias
Ninive será destruída” (Jonas 3:4).
Pela graça de Deus, todos os ninivitas, de todas as clas-
ses sociais, se arrependeram e aceitaram a mensagem do profe-
ta, até mesmo o rei. “E quando Deus viu que haviam deixado de
lado seus maus costumes, abandonou seu plano de destruir os
habitantes de Nínive” (Jonas 3: 10).
Como missionário devemos lembrar, mais uma vez,
que o trabalho do evangelismo não é humano, mas divino. Não
são as qualidades ou habilidades do pregador, mas é o Espírito
Santo que trabalha para que os corações se convertam.10
Assim com contou com Jonas, Deus conta com você
para livrar e salvar seus amigos e familiares da morte eterna.
O Senhor revelou a Ellen White a condição atual do mundo, e
ela descreveu a visão assim:
29
“Foi-me mostrado um comboio, avançando com a veloci-
dade do relâmpago. O anjo ordenou-me olhar cuidadosamente.
Fixei os olhos nesse trem. Parecia que o mundo inteiro ia em-
barcado nele. Mostrou-me então o chefe do trem, uma pessoa
formosa e imponente, para quem todos os passageiros olhavam
e a quem reverenciavam. Fiquei perplexa e perguntei a meu anjo
assistente quem era. Disse ele: “É Satanás. Ele é o chefe na for-
ma de um anjo de luz. Ele leva cativo o mundo, ... e todos vão
indo para a perdição, com a velocidade do relâmpago.”11
Jesus espera que cada cristão seja um missionário ativo
no mundo. E, “se um membro da igreja não lança mão desta obra
é porque não estar em viva conexão com Deus.”12 Porque, “toda
alma unida a Cristo será um missionário vivo junto a todos os
que o rodeiam.”13
CADA UM SALVANDO UM
Desafio Missionário
“Livra os que estão sendo levados para a mor-
te e salva os que cambaleiam indo para serem
mortos.” (Provérbios 24:11).
30
10º A mulher samaritana
dia
“Muitos samaritanos daquela cidade creram
nele, em virtude do testemunho da mulher, que
anunciara: Ele me disse tudo quanto tenho fei-
to.” (João 4:39).
N
ão conhecemos o nome da evangelista de Samaria. A
Bíblia também nos fala sobre outra mulher evangelista
samaritana, uma juvenil que evangelizou Naamã, o ge-
neral leproso da Síria, mas, também não fomos informados so-
bre seu nome, porém, a influência do trabalho missionário que
EU VOS ENVIO
elas fizeram produz resultados até hoje.
O diálogo entre Jesus e a mulher samaritana é realmen-
te impressionante. Primeiro Jesus fez com que ela visse a vida
que levava, aquela vida escura e seca pela culpa, vergonha e
pecado. Depois ele se apresentou como o Salvador, a «Água da
vida», e ofereceu para mulher pecadora a graça e o perdão. Por
sua vez, a mulher creu em Jesus e se converteu.
Ellen White destaca que “o primeiro impulso do coração
regenerado é levar outros também ao Salvador.”15 Foi assim com
a evangelista samarita, a mulher deixou seu cântaro, e foi à ci-
dade (João 4:28), ela não queria perder tempo, a mensagem que
acabara de receber deveria ser proclamada com urgência. Ela
nem mesmo sabia dar um estudo bíblico, tudo o que fez foi ir e
dizer a todos: “Venham e vejam”. Então eles deixaram a cidade,
e vieram a ele (Jo. 4: 28-30).
A última coisa que Jesus nos ordenou a fazer, antes
dEle partir, foi para que fôssemos “a todo o mundo pregando
o Evangelho a toda a criatura”. T. L. Osborn, no livro “Conquis-
tando Almas Lá Fora Onde os Pecadores Estão”, sugere que
essa é a única coisa que Ele nos deixou para fazer. Para Os-
born, esse é o trabalho vitalício de cada cristão, a sua vocação,
31
o seu propósito, o seu ministério.16
“Pregar o Evangelho”. Essa é a missão do crente para
toda a sua vida. Foi isso que a mulher samaritana fez, foi isso
que os crentes primitivos fizeram dia e noite; eles testemunha-
ram de casa em casa, nos mercados, nos poços das vilas, nas
estradas movimentadas, nas ruas, nos lugares de reuniões, nas
prisões, nos calabouços e em toda a parte. Eles compreendiam
a sua vocação.
Eles fizeram o que Cristo fez. É por isso que eles eram
chamados “Cristãos”. Hoje, porém, alguns membros da igreja
perderam esse conceito. Alguns são membros assíduos da igre-
ja, mas não testemunhas Cristo. Eles vão ao seu santuário con-
fortável, mas poucos vão aos caminhos e valados para falar aos
pecadores a respeito da salvação em Jesus.
CADA UM SALVANDO UM
Quando Cristo nos deixou, Ele não nos deu nenhum ou-
tro trabalho a fazer a não ser o de “pregar o Evangelho a toda
criatura”. Esta é a última coisa que Jesus nos ordenou a fazer.
Isso não foi uma sugestão: foi uma comissão. Precisamos, ur-
gentemente, readquirir o zelo e a paixão da Igreja Primitiva, uma
paixão que nos motive a ir lá fora onde os pecadores estão.
Podemos contar com a promessa de que Deus nos aju-
dará nesta missão. Os anjos também nos ajudarão. E, ao nos
empenharmos de todo o coração nesta obra, aproximamo-nos
um pouco mais do Céu, um pouco mais dos anjos, um pouco
mais de Jesus. Empenhemo-nos, pois, nesta obra, com todas as
nossas energias.17
Desafio Missionário
32
11º Maria Madalena,
dia enviada apesar do
seu passado
“Então, saiu Maria Madalena anunciando aos
discípulos: Vi o Senhor! E contava que ele lhe
dissera estas coisas.” (João 20:18).
M
aria foi uma das mais dedicadas seguidoras de Jesus,
era irmã de Lázaro e Marta, amigos de Jesus em Be-
tânia. No entanto, nem sempre foi assim, tendo vivido
em Magdala por um tempo, e tendo se prostituído, Maria de Be-
EU VOS ENVIO
tania tornou-se conhecida como Maria Madalena.18
Ela teve seu primeiro encontro com Jesus em uma praça
pública, quando Jesus a salvou de ser apedrejada até a morte
por adultério (Jo. 8). Então a vemos abatida pela morte de seu
irmão Lázaro (Jo 11), ungindo os pés de Cristo na casa de Simão,
(Lc. 7: 36-50), e era dito dela: “Maria, cujo nome era Madalena,
da qual saíram sete demônios” (Lucas 8: 2).
A vida de Maria Madalena teve um passado sombrio,
como a de muitos que hoje fazem parte da igreja. Homens e
mulheres que caminharam por lugares inimagináveis, longe de
Deus, e ainda assim foram alcançadas pelo poder do evangelho,
somos novas criaturas em Cristo. Podemos aprender muitas li-
ções com ela.
Como destacou o pastor Edson Choque: “Deus age na
história, de diversas maneiras, porém a forma mais comum é
agir através de seus filhos libertados das correntes do pecado.
Esse é o método de Deus. A experiência de ser instrumento
de Deus para aliviar o mal causado pelo inimigo é uma das
práticas mais impactantes de todo discípulo de Jesus. A essa
experiência a Bíblia chama de testemunhos vivos, porque o
que vimos com nossos olhos e experimentamos em nossa vida
33
podemos contar de primeira mão aos que precisam saber que
há alivio, há solução, há uma luz no final do túnel.”19
Jesus nos chama apesar do nosso passado. Jesus não
vê o seu passado perdoado. Jesus vê seu futuro glorioso. Deus
tem planos maravilhosos para você. O que você fez no passado?
Não importa. Se você se arrependeu Jesus fará de você um gran-
de evangelista.
Jesus quer que você aprenda a seus pés. A vida de um
discípulo é aprender aos pés de Jesus. Existem prioridades na
vida, mas o primeiro deve ser aprender todos os dias a seus pés.
Igual a Maria Madalena, devemos nos sentar aos pés de Jesus
todos os dias. Pregar é bom, trabalhar para Deus é a coisa mais
linda, mas primeiro, aprenda de Cristo todos os dias.
Jesus nos pede uma entrega total. O que você está
CADA UM SALVANDO UM
Desafio Missionário
Convide seu amigo de oração para uma refeição
ou algum entretenimento, com o fim de estrei-
tar a amizade e abrir portas para a pregação da
Palavra.
34
12º Filipe, enviado pelo
dia Espírito Santo
“Um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo:
Dispõe-te e vai para o lado do Sul, no caminho
que desce de Jerusalém a Gaza; este se acha
deserto. Ele se levantou e foi.” (Atos 8:26).
A
gora todos nós já aprendemos, lembramos ou confirma-
mos que o evangelismo é uma missão que depende do
Espírito Santo.21 A obra missionária não é um simples
trabalho humano, não tem nada a ver com marketing ou boa
oratória, tem a ver com a dependência do Espírito Santo.
EU VOS ENVIO
Ao ser enviado em missão pelo Espírito Santo, obedeça
prontamente como Filipe, ele não questionou porque o cami-
nho era deserto ou perigoso, ele simplesmente levantou-se e
foi, porque confiava na guia do Espírito. Sua obediência ativou o
plano de Deus. Ao chegar no local indicado pelo Espírito Santo,
Filipe descobriu que o alvo da sua missão missionária era um
etíope, eunuco, funcionário público de Candace, rainha dos etío-
pes, que cuidava de todos os seus tesouros.
“E o Espírito disse a Filipe: Aproxime-se e junte-se a
esse carro” (Atos 8:29). Deus conhecia o etíope, ele sabia de sua
necessidade espiritual e da sede que tinha de conhecer as ver-
dades das Escrituras. Sendo obedientes à voz do Espírito Santo,
Filipe correu para chegar mais perto do etíope. O evangelismo
requer “contato”. Não podemos fazer discípulos apenas através
do Zoom ou WhatsApp, precisamos atendê-los pessoalmente;
é verdade, com os cuidados atinentes a situação presente, mas
sem esquecer o contato pessoal.
Filipe era sensível à voz do Espírito Santo. Como se
faz isso? Com comunhão diária com Deus, através do estudo
da Bíblia e da oração. Por que é importante estar atento à voz
do Espírito Santo? Porque é Ele quem põe as palavras exatas:
35
“Quando Filipe chegou, ouviu-o lendo o profeta Isaías, e disse:
Mas vocês entendem o que leêm?” (v. 30). Às vezes não sabe-
mos o que dizer, mas o Espírito Santo irá guiá-lo e lembrá-lo do
que falar (João 14:26). Amém?
Agora mesmo, assim como o etíope, muitos estão no
vale de decisão, esteja atento e se deixe guiar pelo Espírito para
perceber o momento certo de fazer um apelo mais contundente
para seu amigo aceitar a Cristo através do batismo. Não tenha
receio de fazer apelos, aliás, nenhuma pregação, estudo bíblico
ou testemunho deveriam ser concluídos sem um apelo. Crie o
hábito de fazer apelos ao final de cada estudo bíblico, assim,
seu aluno aceitará com muito mais naturalidade o apelo para
o batismo quando chegar o momento. Não se preocupe com a
resposta, pois, “o poder do Espírito Santo é que concede eficácia
aos vossos esforços e aos vossos apelos.”22
CADA UM SALVANDO UM
Desafio Missionário
36
13º Paulo, enviado aos
dia gentios
“Se anuncio o evangelho, não tenho do que
gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação,
porque ai de mim se não pregar o evangelho!”
(1 Coríntios 9:16).
EU VOS ENVIO
P
aulo, ou mais precisamente Saulo, como era conhecido na
época, era um homem ilustre. Era rabino, “instruído aos
pés de Gamaliel, estritamente conforme a lei” (Atos 22:3).
Gamaliel era um dos rabinos mais respeitados naqueles tem-
pos.24 Já Saulo de Tarso era um perseguidor de cristãos, e ele
mesmo narrou sua vida passada da seguinte forma:
“Eu certamente acreditava que era meu dever fazer mui-
tas coisas contra os seguidores de Jesus de Nazaré. Então, eu
tranquei em cadeias muitos dos santos, tendo recebido poderes
de um dos principais sacerdotes; e quando eles foram mortos,
eu dei meu voto. E tantas vezes, punindo-os em todas as sina-
gogas, os obriguei a blasfemar; e extremamente enfurecido con-
tra eles, eu os persegui mesmo nas cidades estrangeiras” (Atos
26: 9-11).
Foi assim que um dia, enquanto perseguia a igreja, Jesus
o chamou no caminho de Damasco e a vida de Saulo mudou, ele
se reconciliou com Deus, tornou-se uma nova criatura e tudo
em sua vida se fez novo. Paulo foi o instrumento escolhido por
Deus para levar o evangelho para os gentios e reis da terra (Atos
9:15). Deus confiou a Paulo a palavra da reconciliação e, desta
forma, o fez um embaixador em nome de Cristo e, quando Paulo
falava, era como se Deus exortasse por seu intermédio (2 Corìn-
tios 5:18-21).
Mas não apenas Paulo, todos que fomos batizados,
também somos embaixadores de Cristo. Deus nos está utili-
zando para falar aos nossos amigos: reconciliem-se com Deus.
37
Esta é a mensagem maravilhosa que Ele nos deu para transmitir
aos outros.
No Antigo Testamento, embaixador era um mensagei-
ro enviado em uma missão especial para representar um rei ou
um governador, era um intercessor ou intérprete (Mal´ak - Ver
Isaías 30:4; Ezequiel 17:15 / Melis 2 Crônicas 32:31). No Novo
Testamento, Paulo considera todos os portadores da mensagem
do grande Rei, o Senhor Jesus Cristo, como embaixadores. Com
isso, o apóstolo destaca a nossa elevada dignidade de represen-
tar o Rei dos Céus.
O império romano possuía províncias de dois tipos: as
províncias senatoriais, constituídas de povos pacíficos, que não se
encontravam em guerra com Roma, que haviam se rendido e se
sujeitado ao imperador. E as províncias imperiais, que não eram
CADA UM SALVANDO UM
Desafio Missionário
Faça algo hoje para honrar essa confiança e cum-
prir o supremo dever de embaixador de Cristo.
38
14º Timóteo, enviado
dia para pregar a palavra
“Tu, porém, sê sobrio em todas as coisas, su-
porta as aflições, faze o trabalho de um evan-
gelista, cumpre cabalmente o teu ministério”.
(2 Timóteo 4:5)
EU VOS ENVIO
T
imóteo era um jovem pastor da igreja de Éfeso. Ele foi
chamado para pastorear e exercer seu ministério em um
tempo extremamente desafiador. Paulo estava preso em
Roma, e a perseguição aos cristãos era severa; além disso, havia
falsos mestres que estavam entrando na igreja com doutrinas
errôneas, somado a isso, a igreja passava por uma forte crise de
relacionamento e muitos dos seus membros viviam na prática
do pecado.
Paulo conhecia bem as características da igreja na Ásia,
e sabedor de tais desafios, resolveu escrever uma carta de en-
corajamento para o seu “verdadeiro filho da fé” (1 Timóteo 1: 2).
Dentre outras coisas, ele disse: “Timóteo, eu lembro de você em
minhas orações, noite e dia (2 Tim 1:3), eu sei das tuas lágrimas
(v. 4), te admoesto que reavives o dom que há em ti (v. 6), porque
Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de
amor e de moderação (v. 7).” Tais palavras encorajadoras enche-
ram Timóteo de confiança.
Paulo aproveitou a oportunidade e deu algumas dicas
extraordinárias para Timóteo, as quais servem a todos os que
são chamados a cumprir a missão em tempos difíceis:
Pregue a Palavra (2 Tim 4:2). ´Timóteo deveria se
concentrar em revelar a verdade, recusando-se a perder tempo
discutindo teorias errôneas ou refutando seus proponentes. A
pregação da Palavra deveria fortalecer as pessoas para as neces-
sidades diárias e a enfrentar a tentação.25 Portanto, esta deve
ser a atitude de todo discípulo de Cristo, pregar a Palavra.
39
Que insiste no tempo e fora do tempo (2 Tim 2:2). A
palavra episteti significa “persistir, insistir”. Não faça isso apenas
uma vez, mas constantemente, “no tempo e fora de tempo”, ou
seja, não apenas em tempos bons, mas também em tempos di-
fíceis, como os que estamos vivendo.
Você precisa estar alerta e vigilante contra todos es-
ses perigos. E não tenha medo de sofrer pelo Senhor. Leve
outros a Cristo. Não deixe por fazer nada que você deve fazer
(2 Tim 2:5). Quer melhor conselho que este? Esteja alerta e
vigilante contra todos os perigos, seja sóbrio para suportar as
aflições, para continuar a obra evangelística. Em suma, cumpra
cabalmente o teu ministério!
O teu ministério não será exatamente igual ao de Ti-
móteo, como o de Timóteo não foi igualzinho ao de Paulo, mas
CADA UM SALVANDO UM
Desafio Missionário
Cumprir a missão em tempos favoráveis e des-
favoráveis.
40
15º Lídia, enviada para
dia transformar o seu
lar em um lugar de
esperança
EU VOS ENVIO
“Depois de ser batizada, ela e toda a sua família,
nos implorou dizendo: Se julgais que eu sou fiel
ao Senhor, entrai em minha casa e aí ficai. E nos
constrangeu a ficarmos”. (Atos 16:15)
L
ídia era uma mulher de negócios em Filipos, Macedônia. Ela
veio da cidade de Tiatira, uma cidade da Ásia, famosa pela
indústria de tingimentos com púrpura, e ela se dedicava a
comercialização disso. A empresária era uma mulher de origem
pagã, mas a Bíblia nos indica que ela “adorava a Deus” (Atos
16:14); em outras palavras, ela era uma prosélita do Judaísmo
que respeitava suas doutrinas,26 mas ainda não era batizada.
Paulo chegou a Filipos pela direção de Deus e evange-
lizou Lídia. “E o Senhor abriu seu coração para que estivesse
atenta ao que Paulo dizia” (v. 14). Deus trabalhou em sua vida,
abrindo seu coração. Algumas vezes ouvimos dizer que os ricos
não se convertem ao evangelho porque eles não têm necessida-
des, mas não é assim, eles também têm necessidades; eles só
têm que encontrar o verdadeiro evangelho.
Lídia foi a primeira pessoa a se converter ao Cristianismo
no continente europeu.27 Ela não ficou apenas deslumbrada com
o evangelho como foi com o rei Agria (Atos 26:28) «Ó que bela
mensagem, tocou meu coração ... amém!”, mas, em vez disso,
tomou a decisão de ser discípula de Cristo, ela foi batizada (Atos
16:15) e, assim, passou a servi-lo com tudo o que ela tinha.
Agora, como fiel mordoma do Senhor, ela aproveitou
41
seus dons e recursos para o serviço de Deus. Paulo fala da
irmandade da igreja de Filipos, onde Lídia era, sem dúvida, a
pioneira. Nos quatro capítulos, é evidente que a igreja sempre
esteva ajudando no trabalho de Paulo (Filipenses 4:10). Nós
também podemos ser o canal de bênçãos para aqueles que
ainda não conhecem a Deus, desde nossas casas.
A casa de Lídia não era apenas um lugar onde os
missionários ficavam, era também onde se reuniam os irmãos
para adoração e culto (Atos 16:39, 40).28 A casa de Lídia trans-
formou-se em um centro de influência, ali funcionava um peque-
no grupo, um centro de avivamento e uma agência missionária,
e, mais tarde, veio a ser a igreja de Filipos.
As casas sempre foram fundamentais para a dissemi-
nação do evangelho, e vão continuam sendo. Ellen White, por
CADA UM SALVANDO UM
Desafio Missionário
Considere começar um Pequeno Grupo em sua
casa com os membros da sua Unidade de Ação.
Que tal? Você se atreve?
42
16º Dorcas, enviada a ser
dia as mãos de Jesus
EU VOS ENVIO
“Havia em Jope uma discípula chamada Tabita,
que traduzido significa, Dorcas. Era ela notável
pelas boas obras e esmolas que fazia”. (Atos 9:36)
T
abita era seu nome em aramaico e Dorcas em grego. Dor-
cas “era uma digna discípula de Jesus e sua vida foi repleta
de atos de bondade. Ela sabia quem precisava de roupas
quentes e quem precisava de simpatia, e serviu generosamente
aos pobres e aflitos. Seus dedos hábeis estavam mais ocupados
do que sua língua.”31 Uma discípula digna de Cristo! Suas obras
falavam por si mesmas.
Obviamente ela era uma mulher rica, porque isso faz o
contraste: “Serviu generosamente aos pobres e aflitos.” Ela fez
vestidos e túnicas, ela era uma espécie de costureira a serviço
dos mais necessitados. Essa mulher caridosa morreu depois de
uma doença não especificada na história. Embora a maioria dos
comentários se concentram no milagre realizado pelo apóstolo
Pedro, podemos notar algumas características da discípula de
Cristo, entre elas:
Mulher de boas obras. Já mencionamos seu trabalho
árduo em favor dos necessitados, assim como Cristo deseja de
seus filhos (Mateus 25:36). O evangelho que ela praticou não
permaneceu apenas em palavras, se traduzia em boas obras,
ações solidárias.
Mulher que fazia falta em sua comunidade. Os outros
discípulos se preocuparam com sua morte (Atos 9:38). Seus
amigos se lembraram dela pela marca que ela havia deixado
em suas vidas (Atos 9:39). Provavelmente aquelas viúvas se
vestiram graças à caridade de Dorcas. Se nós chegássemos a
ficar ausentes em nossa comunidade, nossa ausência seria no-
tada? Que tremendo!
43
Mulher que era intencional em sua missão. Podemos
pensar que Dorcas era responsável por uma “instituição de cari-
dade pública”, como muitas outras, mas não. Ela era uma discí-
pula, e um discípulo deve “Estar com Jesus e ir pregar” (Marcos
3:14). Dorcas trabalhava com intencionalidade, propósito e dire-
ção. Seu trabahlo missionário estava em plena harmonia com os
métodos de Cristo.
Observamos que unicamente os métodos de Cristo
trarão verdadeiro êxito no aproximar-se do povo. “O Salvador
misturava-Se com os homens como uma pessoa que lhes de-
sejava o bem. Manifestava simpatia por eles, ministrava-lhes
às necessidades e granjeava-lhes a confiança. Ordenava então:
“Segue-Me”32
Todos que desejam tornar-se um conquistador de almas
CADA UM SALVANDO UM
Desafio Missionário
Particpe das Campanhas da Ação Solidária
Adventista (ASA).
44
17º João, enviado em
dia tempos difíceis
EU VOS ENVIO
“Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis
que o diabo está para lançar em prisão alguns
dentre vós, para serdes postos à prova, e te-
reis tribulação de dez dias. Sê fiel até a morte,
e dar-te-ei a coroa da vida”. (Apocalipse 2:10)
O
apóstolo João, irmão de Tiago, “filhos de Zebedeu”, pes-
cador Galileu que vivia em Betsaida, e Salomé, cuja tra-
dição considera que ela era irmã de Maria, mãe de Je-
sus.33 João, do grego Yohanan, significa “Jeová misericordioso” e
é conhecido como o “discípulo amado”, aquele que colocou sua
cabeça no peito de Jesus (João 13:23). João fazia parte do círculo
íntimo de Jesus e escreveu uma boa parte do Novo Testamento:
O Evangelho de João, as Três Epístolas João e o livro do Apo-
calipse. Ele esteve ao lado de Jesus em todo tempo; mesmo na
crucificação, ele ficou ao pé da cruz.
Ele se tornou o discípulo do amor, após ter sido “um filho
do trovão”. Falar de João é falar do amor de Deus. Ele usou essa
palavra cerca de oitenta vezes. No entanto, vale a pena destacar
outras palavras importantes que ele usou nos seus escritos, por
exemplo, a palavra verdade, cerca de quarenta e cinco vezes; e
testemunho, cerca de setenta vezes.34 É impressionante o lega-
do que ele nos deixou.
Após o Pentecostes, João foi um dos líderes da igreja
primitiva. No entanto, Domiciano, o primeiro imperador de Roma
(81-96 DC) que levou sua divindade a sério, solicitou que o ado-
rassem como deus, e exilou João em Patmos, sentenciando-o
ao trabalho forçado nas pedreiras, acusando-o de ser “ateu”.35
Assim, João, que estava perto do fim de sua vida, por volta de 95
d.C., recebe visões enviadas por Jesus Cristo, as quais ele regis-
trou para benefício das sete igrejas da província da Ásia: Éfeso,
45
Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia, e para
os cristãos de todas as epocas.
As igrejas, como João, estavam passando por momentos
difíceis, por causa da perseguição de Domiciano. Eles precisa-
vam de esperança. Jesus disse a João, em visões, para que ele
comunicasse o que Ele iria mostrá-lo.
João morreu por volta de 98 DC. C., durante o reinado do
imperador Trajano. Jerónimo diz em seu comentário que o velho
apóstolo João estava fraco em seus dias finais em Éfeso, que
eles tiveram que levá-lo à igreja.36 Foi assim que João morreu de
morte natural, e acredita-se que ele foi o único, todos os outros
foram mártires.
João foi chamado para ser discípulo de Cristo quando
estava no barco, em companhia do seu pai, consertando as re-
CADA UM SALVANDO UM
Desafio Missionário
Ouse ensinar a Bíblia pra alguém.
Cumpra a sua missão até o último suspiro.
46
18º Enviados para
dia interceder e salvar
EU VOS ENVIO
“Em primeiro lugar peço que sejam feitas ora-
ções, pedidos, súplicas e ações de graças a
Deus em favor de todos as pessoas. Isso é bom,
e Deus, o nosso Salvador, gosta disso. Ele quer
que todos sejam salvos e venham a conhecer a
verdade” (João 13:15)
N
o livro “Ouse Pedir Mais”,37 é relatada a incrível história
de John Hyde, também conhecido como “Hyde de ora-
ção”. Ele foi missionário na Índia no início do século 20 e
tinha uma preocupação tão intensa pela salvação das pessoas
que não parava de orar até Deus trazer mais uma pessoa; e de-
pois mais outra para a verdade.
Hyde sentiu uma convicção de que precisava orar pela
conversão de pelo menos uma pessoa por dia ao longo do ano
seguinte. Foi um desafio de oração extraordinário, e alguns até
zombavam de seu alvo, dizendo que era irracional e presunço-
so. Mas ele sentiu a paz de Deus e prosseguiu em oração – e o
Senhor respondeu. Ao final daquele ano, mas de 400 pessoas
haviam conhecido a Cristo por meio de seus esforços.
No ano seguinte, Hyde clamou ao Senhor por bênçãos
ainda maiores. Dessa vez, pediu a Deus duas almas por dia. Deus
atendeu novamente, e mais de 800 pessoas se converteram. No
ano seguinte, ele se apegou a Deus com desespero santo, su-
plicando por quatro pessoas por dia. Foram semanas de oração,
pranto e luta com o Senhor até ter a certeza confiante de que Deus
tinha ouvido e responderia. E mais uma vez Deus respondeu.
Por causa do intenso fardo e da agonia profunda que car-
regava orando pelas pessoas e por causa da forte pressão exerci-
da sobre o corpo ao passar dos dias, noites e, às vezes, semanas
em oração, seu coração se rompeu e Hyde morreu ainda jovem
47
com um coração partido pelos perdidos. O coração de Jesus
também já se rompeu por você, e agora é a sua vez de determi-
nar o sacrifício que está disposto fazer e o tempo que vai dedicar
na tarefa de ganhar seu amigo para o reino de Cristo.
Ellen White nos lembra que “foram-nos dadas, para
proclamar ao mundo, as mais solenes verdades já confiadas aos
mortais. Nosso trabalho é a proclamação dessas verdades. Deve
o mundo ser advertido, e o povo de Deus precisa ser fiel ao de-
pósito que lhe foi confiado.”38 O que você pode fazer para honrar
essa confiança e cumprir esse supremo dever?
Imagino que você já estabeleceu um tempo em sua
agenda para interceder diariamente pelos seus amigos de ora-
ção, é muito importante também manter contato regular com
esse grupo e evidar o esforço que for necessário para ministrar
CADA UM SALVANDO UM
Desafio Missionário
48
EU VOS ENVIO
19º Enviados contra
dia Apoliom
“Sabemos que somos de Deus e que o mundo
inteiro jaz no Maligno.” (1 João 5:19)
O
mundo todo ao nosso redor está sob o poder e o domínio
do Maligno (1 João 5:19). Satanás é quem dita as leis,
normas e regulamentos que regem os habitantes da ter-
ra. Ele mantém todo o globo terrestre escravizado. O próprio Sa-
tanás se apresentou como governante deste mundo. Por ocasião
da terceira tentação, ele disse a Jesus: “Eu darei a você todos
estes magníficos reinos e sua glória, pois eles me foram dados e
posso dá-los a quem eu quiser; [tudo será teu] se tão somente
você cair de joelhos e me adorar” (Lucas 4:6-7). Convém lembrar
que Satanás usurpou de Adão o domínio da terra,39 mas isso não
muda o fato dele ter se tornado o governador desse planeta,
pois, até mesmo Jesus, mais de uma vez, reconheceu o governo
de Satanás e se referiu a ele como o “príncipe deste mundo”
(João 12:31; 14:30; 16:11).
Portanto, como dizia o apóstolo Paulo, “Satanás, [é] o
deus deste mundo pecaminoso” (2 Coríntios 4:4). Ele é o chefe
dos anjos caídos, é o originador e a personificação do mal. Um
dos seus nomes é Apoliom que significa destruidor. (Apocalipse
9:11). Ele é homicida desde o princípio ( João 8:44).
O resultado do governo de Satanás é manifestado a
todos, ele transformou o mundo inteiro em uma “Grande Sen-
zala” e escravizou toda a espécie humana. Ele exerce domínio
sobre os homens e mantém uma relação de senhor e escra-
vo com a raça caída. Nos governos da terra, e até em certos
sistemas religiosos, observamos evidências da sua liderança
e direção.
Tudo no mundo jaz no poder e na escravidão do Malig-
no, nós, porém, como afirmou Jesus, não somos do mundo (João
49
17:14, 16). “Antigamente vivíamos na escuridão, mas, agora que
pertencemos ao Senhor, estamos na luz” (Efésios 5:8). Fomos
“libertos do império das trevas” (Colossenses 1:13) e salvos me-
diante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo (Tito
3:5).
Em conclusão, este é o cenário do mundo atual. Sata-
nás e seus anjos andam perambulando e rodeando toda a terra,
Apoliom mantém uma grande multidão sob seu severo domínio
e, sem considerar sexo ou idade, ele planeja exterminar a todos,
pois esse é o objetivo final do seu governo.
Mas a melhor notícia é que o propósito da missão de
Deus é libertar a todos os reféns do cativeiro do pecado. Jesus
deu a sua vida, na cruz do calvário, para emancipar a humani-
dade toda da escravidão literal e espiritual (João 3:16; 8:36). Os
CADA UM SALVANDO UM
Desafio Missionário
Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para
poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo
(Efésios 6:11).
50
EU VOS ENVIO
20º Enviados para
dia resgatar
“Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar
o perdido” (Lucas 19:10).
H
á circunstâncias na vida das quais é impossível sair sem
auxílio externo. Foi o que aconteceu com os 33 mineiros
que ficaram soterrados na mina de San José, no Deserto
de Atacama, no Chile. Por 70 dias, ficaram isolados do mundo,
nas entranhas da terra, a quase 700 metros de profundidade,
dependendo exclusivamente de um resgate extraordinário, eles
viveram um drama que palavra alguma é capaz de descrever. A
expectativa do resgate é o que mantinha viva a esperança deles.
Enquanto eles estavam aprisionados nas trevas do abis-
mo, um grande esquema de resgate, que denominei de Opera-
ção 33, foi montado para salvá-los. Milhões de dólares foram
investidos, especialistas de todo o globo foram convocados e le-
vados ao Chile com o objetivo de encontrar a melhor maneira de
retirar os 33 mineiros, ainda com vida, daquela mina de cobre.
Depois de muitos estudos e duro trabalho, no dia 13 de
outubro de 2010, os mineiros foram trazidos de volta à super-
fície, com a ajuda da chamada cápsula Fênix II, projetada pela
Nasa. As cenas foram vistas ao vivo por milhões de pessoas ao
redor do globo. Esse foi o maior resgate, nesse tipo de salva-
mento, que se tem notícia no mundo. O sucesso da Operação
33 fez o mundo explodir de euforia e muitas faces, incluindo a
minha, foram banhadas pelas lágrimas de alegria e emoção.41
Neste momento, uma outra Mega Operação Resgate
está em curso, até mesmo entre os seres celestiais, à apreensão
e expectativa são notáveis. Apoliom, o anjo do abismo (Apo-
calipse 9:11; Isaías 14:15), aprisionou os habitantes do mundo
nas profundezas da terra, ali, os mantém reféns nas algemas do
51
pecado, presos nas correntes dos vícios, do ódio, da maldade,
da imoralidade, da incredulidade e da indiferença. Ele ameaça
destruir a todos.
Deus, porém, tem um plano extraordinário para tirar
todos os seus filhos das garras do príncipe das trevas. Nosso
Senhor, mais do que qualquer outra pessoa, reconhece a impos-
sibilidade humana de prover para si mesmos a libertação. Ele
conhece profundamente a nossa condição e necessidade de sal-
vação. A nossa única esperança é a manifestação da Sua graça e
do Seu poder salvador.
Jesus garantiu o meio de livramento das algemas do
pecado, Ele ofertou a todos a sua maravilhosa graça, Ele é o
Salvador da humanidade, unicamente, por meio Dele seremos
resgatados deste mundo tenebroso. O Espírito Santo também
CADA UM SALVANDO UM
nos tem auxiliado (João 16), é Ele que guia nossos passos no
caminho até Jesus, afinal, o inimigo cegou a visão de todos para
que não enxergassem o caminho de volta para casa. O Consola-
dor, incansavelmente, busca convencer a todos da maldade do
Maligno e do amor de Deus. Em verdade, a divindade está unida
para resgatar o homem das garras do pecado.
E, por incrível que pareça, como apontou Jiri Moskala,
Deus também conta com você nessa missão de salvamento.
Deus, “em seu método de trabalho, utilizará seres humanos
para realizar Seu objetivo (Gênesis 12:1-3; Êxodo 19:4-6).”42 A
Bíblia registrou a importância dos agentes humanos na missão
divina de resgatar o homem do abismo do pecado, e, agora,
Deus quer também lhe usar para resgatar e salvar do pecado a
presente geração.
Quando Deus escolhe um instrumento para realizar uma
missão especial, Ele enche e habilita essa pessoa com o Espírito
Santo. Foi assim com Moisés, com Josué e não será diferente
com você (Êxodo 31:1-5; 35:31; Josué 27:18; Atos 1:8).
Toda a humanidade é alvo dos esforços missionários da
divindade, “Deus amou tanto o mundo que deu o seu Filho único
para que todo aquele que crer nele não pereça, mas tenha vida
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EU VOS ENVIO
eterna” (João 3:16). O interesse supremo de Deus é a salvação
do mundo, Ele está em busca dos perdidos e, para realizar o seu
propósito, faz uso de pessoas comuns. Ele escolheu Jonas, a mu-
lher samaritana, Raabe e decidiu eleger você como um agente
especial da Sua missão missionária. É isso mesmo que você en-
tendeu, Deus está contando com você para resgatar os perdidos.
Desafio Missionário
Faça uma autoavaliação da sua atividade mis-
sionária até aqui.
No final de cada capítulo deste manual, você
se comprometeu fazer uma série de atividades
práticas. Você fez ou fará o que disse que fa-
ria, quando disse que faria, da melhor maneira
possível?
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CADA UM SALVANDO UM
EU VOS ENVIO
21º Enviados para remir
dia o tempo
“Portanto, sejam cuidadosos no seu modo de
proceder; os dias atuais são difíceis. Não sejam
insensatos; sejam sábios; aproveitem ao máxi-
mo cada oportunidade que tiverem de fazer o
bem. Não procedam imprudentemente, mas
procurem descobrir e fazer tudo o que o Senhor
quer que vocês façam.” (Efésios 5:15 a 17)
U
ma alma tem um valor infinito, o Calvário assim nos reve-
la. Uma alma ganha para a verdade será um instrumento
para conquistar outras, e haverá um resultado sempre
crescente em bênçãos e salvação. Portanto, persevere firmemen-
te na obra que Deus lhes deu para fazer. Permaneça firme sob
a bandeira da mensagem do terceiro anjo, combatendo o bom
combate da fé, de maneira perseverante e vitoriosa, confiando
não em sua própria sabedoria, mas na sabedoria de Deus.
Talvez você esteja, como boa parte dos cristãos, sem
tempo para fazer a obra de Deus (trabalho, estudos, complexos
afazeres domésticos, entretenimentos, engarrafamentos, encon-
tros, reuniões, cultos, etc.). O dia termina, e, simplesmente, não
sobra tempo. Considere que o talento do tempo é um precioso
presente. Cada dia ele nos é confiado, e seremos chamados a
dar conta dele a Deus. Devemos vigiar, trabalhar e orar como se
este fosse o último dia concedido a nós.
Dedique uma parte do seu tempo a cada dia para me-
ditar, orar, estudar as escrituras e para testemunhar de Cristo
aos seus amigos de oração. Permita, todos os dias, nas primei-
ras horas da manhã, que Cristo encha o seu coração do intenso
desejo de salvar almas. E, então, gaste o seu tempo e a sua for-
ça, no cumprimento da missão, pois seus amigos precisam ouvir
as verdades que levaram à sua própria alma tamanha alegria,
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paz, satisfação e salvação.
Remir o tempo significar aproveitá-lo ao máximo. A bre-
vidade da vida é um forte argumento para que se faça o me-
lhor uso possível das oportunidades que Deus dá. Pregue o
evangelho para seus amigos enquanto há tempo. Ore perseve-
rantemente por eles, plante a semente do evangelho em seus
corações, trabalhe, lute, ore ainda mais, e, no devido tempo, a
bênção virá. Façamos todas as tentativas possíveis com vistas
a salvação daqueles que nos cercam. Ademais, “seja qual for a
vocação de uma pessoa na vida, seu primeiro interesse deve ser
ganhar almas para Cristo.”43
A conquista de almas é um serviço que traz grande
benefício à pessoa que a ele se consagra. O homem que vela
por uma alma, ora em seu favor, elabora planos para ganhá-la,
CADA UM SALVANDO UM
Desafio Missionário
Continue seguindo os passos do projeto Cada
Um Salvando Um, esboçados na contra-capa
do livro.
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Referências