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1 ou do cotejo de mais de um dispositive. As regras nor- Regra da flexibilizagéo. "considerada como de natureza px jspositiv AS reg tico-econdmica, .cio' deve ser admitida como um ins. sfpo o intérprete na identificagdo da norma pertinente @ relacao trumento para garantir a defesa dos direitos das partes envolvidas tea yreito Econdmico que se Ihe apresente, Como ovorre em rela- Ho a outros ramos do Direito, a norma poderd ter cardter impera- ivo, permissive ou autorizativo, quando tiver carater t6rio-punitivo, quando descumprida ides da atuagio do Estado no do- nas transagdes, Se a iniciativa couber as autoridades, esses direi devem ser por elas assegurados, compensados ow assumidos, em caso de redugdo ou desequilfbrio para uma das partes. Se decorre de acordo privado entre as partes, esses limites devem contar com a agdo tutelar da autoridade quanto as compensagGes pelas perdas negociadas""””, A flexibilizagdo deve ser admitida como instru- 5 iva como mento para defesa das partes envolvidas. Direito do Trabalho es- ‘goes normativas, a indicativa, estabelecendo a informagio sobre a ‘tuda muito, redugio da rigidez dos comandos legais sobre os agen- rientagdio que seré seguida pela politica econdmica geral. ‘Note-se que no se esté aqui a sustentar a tese ligada & Escola 08. Cuidado, porque muitos comandos compensam rios. Uma desregulamentagdo pode implicar, na re abertura da porta para a pritica do abuso do poder econé- Casa-se com a regra do rio e da liberdade de ago, Regra da subsidiariedade. "na elaboragao de suas normas, na opedo pelas decisdes e na aplicagao ou interpretagio des suas a subsidiariedade deve sempre ser levada em consideragao pelo reito Econémico, seja mediante referencia explicita, ou por recurso espontineo aos ‘valores’ juridicos, econdmicos ou politicos com- ponentes do seu objeto”, Quando se fala nesta regra, tem-se em ‘mente que, por vezes, a ordem juridica, ante a existéncia de varias | ma modalidades de solugdes possiveis e virios sujeitos passiveis de ue as solugdes possiveis para o problema juridico somente podem serem os respectivos agentes, estabelece primazia para uns em face - decorrer de uma fidelidade ao texto e da identificagdo do sentido de outros. © mais adequado ao problema, sem violentar a respectiva letra. Regras nao tém pertinéncia isolada, elas se casam umas com as outras, para o fim de se nortear a solugio dos problemas, Diferentemente da regra, a norma atinge a todos os casos a que se refere, ¢ efetivamente imputa aos fatos consequéncias determi- : nadas em termos de conduta. Pode decorrer do texto de um tinico Ifonte ~ Lei. Lembrando que hoje a Constituigao € a : © pensamento juridico nacional como fonte de todos o nio era to evidente antes de entrar em vigor a Constituigao de 1988, Se algum advogado citasse matéria constitucional como fun- damenio de uma pretensio ou defesa, tal procedimento era como ‘chicana’, porque se _ *sfera rarefeita, a da politica, longe do homem comum, que seria ~ Fontes do direito econémico ‘ado, Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris, 20 179- Souza, Washington Peluso ATbino de. Pr ‘ico. 6 ed. Sto Paulo: LTr, 2005, p. 133, ch. Merodoioga do lonal Trad, Peter Nev- ‘ato. Sio Paulo: Reviste dos Trbunas, 20 94 95 regido pelas leis provenientes do Le exclusivamente daquilo que tocasse diretamente aos seus negéci Quando se fala em politica econdmica estatal, outrossim, te se de pensar que, no Brasil, hd os seguintes entes federados dist tos, autdnomos entre si: @ Unido, o Estado-Membro, o Distrito K deral € 0 Municfpio (Constituigdo Federal de 1988, artigo 18). como 0 principio da separacdo dos poderes, o federativo se api senta como estruturante, e por isto “como toda ordem estatal, ¢ apenas parte dela, em todas as situagSes, nfo apenas em uma delas, deverd conformar-se ao seu contetido, eles nao possuem uni eficcia proviséria, prima facie, mas permanente, nem tem sua eff cAcia gradudvel ou afastivel, mas linear e resistente. Eles sempre deverdo ser observados, no podendo ser afastados por razdes cots ‘ririas?™® Como observa Washington Peluso Albino de Souza, certo, a cada um destes Poderes correspondem ‘competéncias” pa legislar. Nos seus diversos niveis, a politica econdmica assumed mensio correspondente, assegurando-se a sua efetivacio hartids nica a partir da propria estrutra de Poderes estabelevida pal Constituigho Federal e pelas Constituigdes Estadual E onde ganha 0 relevo 0 conceito de autonomia econémi. como capacidade de se auto-determinar, em relacdo as nec des, sem dependéncia de fontes externas. Nos Estados que adote: a forma federativa, trata-se de um dos componentes da autonort politica das entidades que os compéem’™®. Nem sempre, contuded se encontra tal conceito aliado ao de Estado Federal, porquanto 10 2006, p. 1.225 96 E> (romano era assegurada certa autonomia 20s povos con- idesde que garantida a sustentagao do fausto do sultzo, poder se encarnava por completal™, Nao se confunde rerania, porque o conceito de autonomia admite a pre- Ham poder coercitivo superior. Também se pode traduzir sto-svficiéncia”. ie caso, para se verificar acerca da validade da medida que exile por em pritica, faz-se mister observar se, pela sua ma- sia ser editado 0 ato juridico que a veicula pelo ente fe- se tenha em consideragio. "gresce de televo, na proporc&o em que as medidas de po- mica do Poder Piblico sto aptas a gerar reagBes do se~ ado, de toda natureza, receptivas ou hostis, com o que se que hé sempre um modo de ser reciproco entre as me- litica econémica pablicas e privades. jo tem como competéncias privativas, no émbito da atu- Be cininistrativa, as elencadas no artigo 21, e no ambito da atu- ativa, as elencadas no artigo 22, da Constituigio Federal -competéncia legislativa concorrente da Unido, dos Esta- thros e do Distrito Federal em relagdo as matérias elenca- “artigo'24 da Constituigo Federal, tendo o Direito Econd- expressamente mencionado denire estas (inciso I). mipeténcia dos Estados-Membros esta posta no artigo 25 Constituigaio de 1988, Jé a dos Municfpios esté posta nos 29 €:30. Hé, de outra parte, as competéncias comuns, pre- artigo 23. Restaria, entio, verificar quais dentze os incisos im destes dispositivos versariam matéria de interesse do E16 Econdmico. Gompeténcias materiais postas no artigo 21 da Constituigiio principio, estariam claramente enanciadas, arredando a iados, Distrito Federal e Municipios. . ntfetanto, podem existir zonas cinzentas que ponham o intér- Ra diivida quanto a se estar diante de matéria regulada no ou no artigo 23, o que tem gerado, por vezes, ajuizamen- AgGes diretas de inconstitucionalidade, obrigando os Tribu- ‘delimitar o Ambito de abrangéncia de um e de outro arligo. ‘France ed Quanto as competéncias legislativas do artigo 22, privativas Unido, quando muito, os Municipios tem competéncia suplemey. tar, como se verd mais adiante (artigo 30, ID. Resta saber quais seriam as matérias que comportariam suple. mentagdo e, nestas, qual a moldura fora da qual descaberia falar. suplementagdo. De outra parte, existem instrumentos que podei$ ser adotados por qualquer uma das entidades, mas cujos contornos | somente poderdo ser definidos, disciplinados, mediante lei emay nada do Poder Central. O artigo 23 prevé uma série de atribuigdes minimas das quais™ nfio € licito demitir-se o Poder Publico, de acordo com a exegese a firmada pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento da medida cautelar na agiio direta de inconstitucionalidade 2.544/RS, relatad: pelo Ministro Sepulveda Pertence. Dentre estas atribuigées, inte ressam ao Direito Beonémico: a do inciso III (referente a protegac dos documentos, obras ¢ outros bens de valor histérico, artistico 4 cultural, os monumentos, as paisagens naturais notaveis e os sitios arqueolégicos), a do inciso IV (impedir a evasao, destruigdo e de: caracterizacao de obras de arte e de outros bens de valor histérico, artistico ou cultural), a do inciso V (proporcionar os meios de. acesso & cultura, a educagio, a ciéncia), a do inciso VI (proteger 0. meio ambiente e combater a poluigdo em qualquer de suas formas), ado inciso VII (preservar as florestas, a fauna e a flora), ado inciso 3 VIII (fomentar a produgdo agropecuaria organizar 0 abastecis mento alimentar), a do inciso IX (promover programas de constru- ga de moradias e de melhoria das condigdes habitacionais e de | saneamento bésico), a do inciso X (combater as causas da pobreza € os fatores de marginalizagio, promovendo a integragao social dos setores desfavorecidos), a do inciso XI (registrar, acompanhar € fiscalizar as concessdes de direitos de pesquisa e exploragao de re- cursos hidricos ¢ minerais em seus territérios). Claro que estas peténcias sAo consideradas pela doutrina como sendo de caré- ter administrativo, e, de fato, 0 sao. Entretanto, cabe a cada um dos entes, até mesmo tendo em vista que um dos principios que devem ser observados pela Administragdo Publica é o da legalidade — ar- tigo 37, caput, da Constituigao Federal — disciplinar 0 procedi- mento pelo qual cada uma destas competéncias é exercida, no ém- bito de cada entidade da federacao 98. jatérie do inciso IIT interessa ao Direito Econdmico por v- igeses: quer pelo plexo de atividades econdmicas voltadas 20 0 mimisculo Municipio de Piracuruca, no interior do Pi- sui um poderoso atrativo nas formagdes rochosas com ins- Gees rupestres a que se dé o nome de “Parque Nacional de Sete 5°", quer pelo plexo de atividades voltadas 20 mercado de = simbélicos — 0s proprios livros didéticos nfo teriam como ser feccionados sem que se tivesse acesso aos bens cuja preserva~ -dispositivo constitucional comete as trés esferas federadas -, ‘pelo plexo de atividades voltadas a servigos de restauracdo. =A matéria do inciso IV toca diretamente ao mercado de bens sAlicos, por um lado, por implicar o estabelecimento de restri- |ivre circulagao de obras de arte, assim como toca direta- “ic 4 um amplissimo plexo de atividades voltadas & preservaga0 ‘objetos, como, por exemplo, a construciio e manutencdo de sus, como se pode verificar inclusive em pequenas cidades io Iguape, no interior do Estado de Sao Paulo. Hé todo um plexo avidades econdmicas que também se forma em tomo dos mu- : bibliotecas piblicas etc. Por outro lado, hé também a possi- dade do estimulo a formagao de estabelecimentos privados vol- ss estas atividades. Também se coloca a questo das medidas folladas a impedir que o desenvolvimento de certas atividades ve~ /a descaracterizar ou destruir obras de arte ou outros bens de IGE historico, artistico ou cultural, como, por exemplo, 0 tomba- is, = Nu competéncia posta no inciso V tem-se aberta a possibili- le da criagdo e manutencio de estabelecimentos piblicos volta~ fs 8 difusdo da cultura, da educacdo e da ciéncia. A organizagao Is feiras de exposigdes, como € 0 caso da Feira do Livro, tradicio- fimente levada a cabo ao final do ano em Porto Alegre, € um ¥emplo eloquente. Propiciar meios de acesso pode significar, tam- Mi, a aquisiglio de bens culturais para o fim de tomé-los mais flo. Pode, ainda, dizer respeito a concessao de nha de crédito para alunos carentes cursarem escolas privadas. “ouco importando, aqui, qual seja a valoragdo que se faca concre- famente em face do dado econdmico, nao resta diivida que o dispo- 'Yo em questio se mostra relevante para o fim de se verificar a Ossibilidade de adogio de medidas de politica econémica atinen- Fes matéria, 99 A protego do meio ambiente (inciso VI) pode dizer tanto res. peito a atuago do Poder Pablico restringindo a atuagao do parti. = cular quanto a estimulos & utilizago de residuos como matéria. | prima para outros bens, como € 0 caso da reciclagem, De qualquer ; sorte, & matéria ndo se mostra estranha ao Direito Econdmico, no. sentido de que também a prote¢do do meio ambiente pode consti: 4 tuir contetido de politica econdmica, Quanto ao inciso VIL, articula-se, evidentemente, com o ante: rior, embora se volte, com efeito, a um aspecto que pode dizer tanto. respeito A preservago dos recursos para possibilitar, mais tarde, a sua utilizaglio sem o perigo de pronto esgotamento, como também com a propria preservagdo, por exemplo, de bens de interesse tus ristico — 0 caso das Cataratas do Iguacu, diante do desaparecimenta de Sete Quedas, é bem ilustrativo «. © inciso VIII, ao tocar nos programas de fomento agricola e abastecimento alimentar, versa tranquilamente matéria concer: nente 4 politica econémica, aparecendo dbvio ser seu contetido reito Econémico. O inciso LX, ao tratar de programas de construgio de moradias € melhoria das condigdes habitacionais, toca na propria politica de ‘ocupagaio do solo, em um de seus us0s possiveis, isto ¢, a habitagao, 4 O inciso X tem como principal idéia-forga a necessidade de adogdo de medidas aptas a fazer desaparecer a exclusio social, po- dendo-se colocar a politica econdmica concemente ao trabalho: como reportada diretamente a tal desiderato. Quanto ao inciso XI, é de se observar que ele nao se confunde, evidentemente, com a competéncia para legislar sobre minas, mas sim diz respeito ao registro, acompanhamento e fiscalizagao da pesquisa de recursos hidricos minerais nos territérios dos Muni- cipios, dos Estados-Membros e da Unio. Com relago ao modo de exercer as competéncias postas nes: tes incisos, nfo resta divida que 0 Municipio pode legislar, ‘mesmo por decorréncia do principio da legalidade da agdo admi- nistrativa, O que resta saber é se, na ina do modo de exercer tais competéncias, nfo extrapolara a moldura constitucionalmente tracada, versando matérias que competiria somente ao Poder Cen- tral tratar stigo 24, I, ao estabelecer competéncia legislative con- Fe entre Unio, Estados-Membros e Distrito Federal para le~ in sobre matéria de Direito Econdmico, abre, modo certo, a igade de os Manicipios legislarem sobre a materi em ea P iplementar, como esta posto no inciso II do artigo 30 4 Federal de 1988. Fe mort, para estes fins, a competéacia concorente gpislar sobre produglo e consumo, posta no inciso V, sobre jo ao meio ambiente, posta no inciso VI, sobre protego 20 Faonio historico, cultural, attistico, turistico © paisagistico, Sobre responsabilidade por dano ao meio am- ‘0 consumidor, aos bens e direitos de valor artistico, e Histérico, turistico e paisagistico, posta no inciso VIII, inte- Gao social das pessoas portadoras de deficiéncia, posta no inciso Jao ar ‘0 Municfpio, quando pretenda suplementar a legislagdo fede- sii estadual, no exercicio da competéncia posta no inciso II do fap 30 da Constituicio Federal, esti sujeito aos efeitos e limites Enormas gerais, editadas pela Unido com lastro no § 1° do artigo da Constituigfio Federal. . “cpervenincia de normas gerais do Poder Central paralisa, Ehido, a cficécia de normas municipais que disponham em sentido Eturirio, como ocorre com as estaduais, tendo em vista 0 disposto “4° do artigo 24 bas na aesbncia de normas geris do Poder Cental, o Estado- bro detém competéncia plena para editar, por si, normas ge- {como se pode ver do § 3° do mesmo artigo 24 FA superveniéncia destas poderia render ensejo tanto a que se fatasse haver a anulagdio das normas municipais como a que $e ntasse haver a suspensio de eficécia. Como a regra, ein sede hhetmendutica, & preservar 0 mais possivel a validade dos atos licos que sejam praticados, e a ineficécia ¢ um minus em face Eanulacio, e como o efeito da superveniéncia das normas da en~ fe maior seria apenas o de suspender a eficécia, sem revoger M anular as normas locais vigentes, a melhor solugao hermenéu- a pareceria a que rendesse ensejo @ que a superveniéncia de nor- itadas pelo Poder Estadual nao tivesse outro efeito ipais que lhes fossem antagGnicas, de proceder spensdo de eficdcia 101 O artigo 25, caput, da Constituicdo Federal de 1988 determi arenes que 05 Estados-Membros se rejam, além do disposto na Carta iq suicipal torma-se oommnecessidade de se prever tini= Repiblie, peas expectvas ConstingGes. os ns de interesse especifico do Municfpio, Estas, por sua vez, conformam o ordenamento juridico de cad lak para Pie maniestagao de peo menos ined om i fe esta disposigao have E : ier go eleitorado. E evidente qu Geers Constituigao Federal, iodo el ota, também, as cusulas dere Assim, a competéncia municipal para a formulagao e execu yretada an 61, § 1°, da Constituigao Federal, e que, das medidas de politica econdmica ter de observar como refer: pastas mo aE rocante diplomas legislativos concer- ciais tanto a Constituig&o Federal como a Constituigo Estadual. zess INC politica econdmica, como se pode Neer! ot ‘A competéncia legislativa residual dos Estados, prevista n or eta de inconsttucionalidade 2.296/RS, 1° do artigo 25 da Constituigio da Repiiblica, nfo exclui a compe ceaane eda Pertence. Mas, por téncia suplementar dos Municipios prevista no inciso II do artigas Ba a ate que pode as- 30 da mesma Constituigao. ido, chat : 0 Estado-Membro, ainda, tem a competéncia suplementar ertag P artigo 30, balizadas relagio a edigdo de normas gerais - § 2° do artigo 24 da Constituic§ smo argo 9, temos a casa ide : ossibi- fio Federal - 4 ‘cpeculiar interesse”, prevista no inciso I, € & po: As normas gerais baixadas com base neste dispositivo, por 6624 do pec po que couber, @ legislagdo federal &e ta vio, terdo de ser observadas pelos Munieipios que se acharem 10! to av irs esesico do Di territério do Estado-Membro, Mas deve, outrossim, ser evitado fo, organizagao © supressdo de dis- : {condmico, temos a criagdo, org! ° pelo legislador estadual extrapolar os limites do que se possa en: Econdmico, temo* h citos estabelecidos em lei estadual, posta tender como norma geral, porque, se adentrado 0 campo discip! anes nizagdo fs prestagio de servigos publicos de in- nado pela Unido, com lastro no § 1° do artigo 24 da Constituig: eee! reas mediante o regime de concessfo 0 permis Federal, a consequéncia é, meramente, a suspensao de eal, o, no que caiba, do es - fento € controle do us0, : Eamento territorial mediante planejamento ¢ contOrs 77 4 autonomia municipal, a consequncia afeat eceupeto do sol wbsno, pos Se rae! constitucionalidade. q oe trimonio hist6rico-c\ al, O artigo 29 da Constituigdo Federal contém uma inovagio si a federal cestadual. nificativa, no que tange ao tratamento da Lei Orgénica de cada Mu- 4 ermitem concluir com Giovani niefpio como lei fundamental deste. Submetida ao que estatuido. | fe legslar nas matérias eoncorrentes tanto na Constituigdo Federal como na Constituigao Estadual, 0 que (Get. 30 da CE) da Care Magna, s sua mis interessa, no tocante a este artigo, que estabelece 0 contetido F fac saminiseauvarnene nas comuns (at, 23 da CF). A sua mis: nimo da Lei Orginica, sfo os incisos XII ¢ XUL | slegstaiva fico clara, sobretado, quando ma competenes coe O primeiro, no que tange 4 participagao das associagées repre~ be i mto de matérias, o Direito sentativas no planejamento municipal, sem que isto verha a desca- racterizar a atuacio dos Poderes constituidos. O que importa, aqui, € a imposigdo de que se assegure o espago para manifestago, que poder ou nio ser acolhida, mas terd, necessariamente, de ser con- siderada, abrindo caminho expresso para a adogdo da economia combinada no campo municipal. O que seria facultative nos outros je de suplementar, E jrevista no inciso TL. Quai [24 da CF) e nas exclusives 103 102 Econdmico, além da produgiio e do consumo, abrindo, ent&o, a pos. 4 itulo VII da CREB ¢ fonte do direito econdmico, por. 4 que todas as disposigdes ali presentes sfo balizamentos para a po. | litica econémica. Mesmo 0 artigo 181, que contém disposigio nnente ao Processual ¢ ao Direito Internacional, ao estabele. cer a necessidade de autorizagio do Poder competente para o aten. dimento de requisigao de autoridade estrangeira referente a docu- ‘mento contendo informacao comercial, nao deixa de versat mater concemente ao grau de acessibilidade das informagées concernen. tes aos agentes econdmicos, com suas repercussées tanto na con. quista de mercados como no prdprio enfrentamento da concorrén- cia, As leis infraconstitucionais também sto fonte, até porque é por meio delas que as medidas de politica econdmica, em cada contexto espago-temporal definido, vém ao mundo. As vezes, emergem modificagdes que desconfiguram a ideo! gia original da CRFB. Ex: EC 6/1995 que suprimiu o art. 171 da CREB, que incorporava a di presa bra |, além das leis permissivas, obrigatérias e proibitivas. O planejamento ¢ indicative para o setor privado. Nao obriga, mas indica o obje tica econdmica naquele cor responsabilidade do Estado se a pol Em relagdo aos atos legisla ito, vale a observacdo referente ao Direito francés quanto a se fazer “necessério verificar 0 papel preponderante do Executivo na sua elaborago""™*, Em certos casos, hé problemas que ndo permi- tem o debate legis! lade de urgéncia do tempo. D: , de que si0 exemplo universalmente conhecido os deeretos-leis, presentes, no 5 10:p.158, cuvdes 2005, Constituigdes de 1937 ¢ 1967, e nos Atos Ins- — tema das leis delegedas, em que 0 Legis- jonsi® suntos previamente delimitados, transfere ao Execu- 80, ore miss40 do proprio Legislativo, o poder de legislar. Tal cia esta prevista ainda na Constituigo, embora nao vtili- no Ambito federal. O Estado de MG ‘usa-as com ae tj as Medias Provistias sf a expresso do poder legife- a :xecutivo. Subst 4 “Se, 4 eae 62 da Constituigdo de 1988, cuja redago é a fo do artigo 77 da Constituigio da Repiblica da Italia de i a0 adotadas em casos de urgéncia ¢ relevancia elo Chefe Me seutivo'®”. Embora a respectiva eficdcia seja limitada no 0, conforme a matéria, os efeitos podem ser irrever vamente impondo a respectiva converséo em lei, como ocorreu, ‘eempio, com as mudancas de padrdo monetario. ‘om Outra possibilidade é a loi-cadre, a ypadro. ‘Nela se cont ymandos bem genéricos que atribuem competéncia norm: Pea rgios administrativos. Lei 4595/64. A denominada capacidade ormativa de conjuntura consiste na possibilidade dea ae gio Publica, a partir do estabelecido por normas abertas de nivel jierérquico superior, atender, mediante atos normativos, a0s pro- lemas econdmicos que dentandem solugdes mais céleres que as le yor atos legislativos stricto sensu 7 . fe cada setor. O direito administrativo vai ver se eles esto fort ‘thente adequados. Para o direito econémico, cabe verificar se ° to efetivamente no vai se confrontar com a provi- a econémica autorizada legislativamente. Eles se fomplementam, nao se excluem. 759, die 1995. Finn de CVM ~ Comistode Valo Mobiles © ais. Revista de Direito Piblico. Sio Paulo, v. 2. n. 8, 9.25 ir, fst Lulz Conrado. Novo regulamento do capt ean- ©. Revisra de Divetto eo Mercado de Capitais, Sio Paulo, v.18, 105 2* Costume. Vencida a questo da blema do costume. Costume é muito importante para o drei presarial, Para 0 econémico, existe menor importancia, ene crescendo com a globalizagzo.Verfia-se um esforgo pela pat substituiggo dos ordenamentos jj icos postos pelo estadc sea priticasnegociis das empresas que atuam no meroado interme nal ~ a ressurreigdo da lex mercatoria (leis dos mercadores) em. bora se vena a reconhecer a dificuldade de sue aplicagao, sobre. ‘tudo em paises integrantes do sistema romano-germanico'™, Con tume acaba assumindo importancia em sede de direito econémico, 0, também, 20 gue diz respeto is prin do meread na Hao de argem do “iuero razodvel”™, A generalizagzo da arbi : smereé de seu ca ee + valorizar come font do dito ceoxdmic,ocosune lurisprudéncia. O papel da jurisprudé it ; jencia no direito econd- ico, Mts veze, os confit de interest envlver a eke sas mets de dito ceobmico, Cena decises podem er ese vecat pare toe ads a wesc oae ae ae Sua to, e que, a rigor, nfo deixa de se reportar @ uma para a solugto de problemas sociais concretos!". Embora nfo restem diividas de que, muitos casos, examinados em outra oportunidade, seja possivel 159 - Basso, Maite. Contras nora wee tonsa do comet, Post Alege temactoal Pada : orienta Ss Pol’ Reva ds rote 1088 922 Melo Jato Si. Conneosnernatonal lau ashy Sto asi A "srs 2009, 37-9 Hue, Hemes Marcelo, Dirito nee Law Schools americane. iano: Giufité, 1962, v. 1, p. $23. car Juisprudéncia apta a, dentro dos limites constitucionsis pata o Judicidio, construir medidas de politica cond so Fotar que hi ura efera que, no nosso sistema, de ci nord juiz entrar™, Nao restam dtvidas, de qualquer sore * iaiencia de certa margem de decisio que o juiz tem, com a pode se fazer consirugaes que vio noricas 8 ‘economia. Si aim 96 do Supremo Tribunal Federal € exemplo: @ Jei de usura ise aplica as instituicdes financeiras. 5 eudring, Terao mesmo papel que nos outros ramos do di or fein carder persuasive, mas no obrigatdrio, uma vez que ‘de esclarecer, nao o de impor, estabelecendo, racio- | Bape os criterios para a solugdo dos problemas juridicos, “Tde- ‘Saberia A doutrina a tarefa de sistematizar, filtrar, explici . ofientando refletidamente a sua aplicaglo, Nos 1 law, 0 papel de orientacdo da doutrine ¢ tradicio- ‘dos pela forte ligacdo do Direito com @ definigo dos © termos da |, a forga mais Sdente da doutrina, nestes termos vinculantes, em sede de Direito Econdmico, fez-se sentir na condenagao da usura, "Nos paises europeus, @ bibliografia em torno da construgio teérica do Direito Econémico foi mais rica em 1950, 60, 70 ¢ 80. = Hoje surgem escritos enfatizando temas especificos, como repre “so ao abuso do poder econdmico, concorréncia, moeda, interven- go do Estado, privatizagio ete. econémica. Muito usa ae ‘def pre a “Religifio, da pela andlise econdmica do @ fonte auxiliar, ou seja, ela comparece para o fim 1 na interpretagdo do texto norinativo e no para o fim de | substituiro referencial a ser empregado na solusiio do problema jutidico, A identificagao, pot exemplo, da ocorténcia do agambar- ‘Camatgo, Ricardo Antonio Lucas Direito Econdmlco aplicagaoe efiesla Alegre: Sergio Antonio Fabris, 2005, ins-Costa, Judith Hofmeister Pluses, Di experiéncia ~ u. Sio Paulo: Malheires, 2013, 2, ja, Antonio, Forma. sostanze d camento, que é considerado crime contra a economia popul tas vezes nilo prescinde ao auxilio a ser prestado pelo pi campo do conhecimento, ‘Vencido, em linhas gerais, para efeitos da exposigio, o tema ‘© passo seguinte serd a iden a0s denominados fundamentos do Direito Econémico. 4.6. FUNDAMENTOS DO DIREITO ECONOMICO econdmica, como se sabe, vise atingir out seja, a satisfagdo de uma necessidade, inacdo de uma sensagio dolorosa de auséneia de alguma cial. Qualquer Seja 0 respectivo sujeito, “indi existird uma necessidade espect io, de mer atisfagio imediata ou de se lade apresente ~ isto 6, 12a, Washington Peluso jo: LT, 2005, p. 155. ed 108

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