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INTRODUÇÃO
BIBLIOGRÁFIC
A
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Inclinar-me-ei para o teu santo templo, e louvarei o teu nome pela tua benignidade, e pela
tua verdade; pois engrandeceste a tua palavra acima de todo o teu nome. (Salmos 138:2
ACF)
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ABREVIATURAS:
Em índices e citações bíblicas, é comum o uso de abreviaturas para se referir aos
textos bíblicos. Um dos formatos convencionados segue o padrão abaixo:

· Os dois pontos (:) separam o capítulo dos versos;


· O hífen (-) indica uma faixa contínua de versos;
· A vírgula (,) indica uma seqüência não contínua de versos;
· O ponto-e-vírgula (;) inicia um novo capítulo do mesmo livro ou não, se seguido de
nova abreviação.
2 Ts 2:2-12 = Segunda Tessalonicenses, capítulo 2, versículos 2 a 12
Gn 3:1-15 = Gênesis, capítulo 3, versículos 1 a
15. Rm 11:18 = Romanos, capítulo 11,
versículo 18.
Dn 9:25, 27; 11:3-43 = Daniel, capítulo 9, versículos 25 e 27; e capítulo 11, versículos 3
a 43. Mt 24-26; Ap 1:1-8 = Mateus, capítulos 24 a 26; Apocalipse, capítulo 1,
versículos 1 a 8.

CAPÍTULOS E
VERSÍCULOS:
A divisão da Bíblia em capítulos só veio acontecer no ano de 1250 A. D., pelo
cardeal Hugo de Sancto Caro, monge dominicano. Alguns pesquisadores atribuem essa
divisão também a Stephen Langton, professor da Universidade de Paris e mais tarde
arcebispo da Cantuária, em 1227.
Em 1525, Jacob Ben Hayim, na Bíblia Bomberg, em Veneza, havia dividido o Antigo
Testamento em versículos.
O Novo Testamento foi dividido em versículos em 1551, por Robert Stephanus, um
impressor de Paris, que publicou a primeira Bíblia (Vulgata Latina) dividida em capítulos e
versículos em 1555.

ALGUNS
TERMOS IMPORTANTES E SEUS SIGNIFICADOS:
Antilegômena: (significa: falar contra). São os livros bíblicos que em certa ocasião foram
questionados por alguns.
Apócrifos: (significa: escondidos ou duvidosos). Livros não-bíblicos aceitos por alguns,
mas rejeitados por outros.
Cânon = Do grego "kánon", e do hebraico "kaneh", regra; lista autêntica dos livros
considerados como inspirados.
Epístolas = Cartas
Evangelho = Caminho; boas novas
Homologoumena: (significa: falar como um). São os livros bíblicos que foram aceitos por
todos e que em momento algum foram questionados.
Paráfrase = Tradução livre ou solta, onde o objetivo é traduzir “a idéia” e não as palavras;
Pseudepígrafos: (significa: falsos escritos). Livros não-bíblicos (não canônicos) rejeitados
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por todos. Seus escritos se desenvolvem sobre uma base verdadeira, seguindo caminhos
fantasiosos; Septuaginta = LXX de Alexandria. Bíblia traduzida para o grego por judeus e
gregos de Alexandria, incluindo os livros apócrifos;
Sinóticos = Síntese. Os três primeiros evangelhos são chamados de evangelhos
sinóticos, pois sintetizam a vida de Jesus;
Testamento = Aliança, Pacto, Acordo;
Tradução = Transliteração de uma língua para outra;
Variantes = Diferenças encontradas nas diferentes cópias de um mesmo texto, mediante
comparação. Elas atestam o grau de pureza de um escrito;
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Versão = Tradução da língua original para outra língua.

CURIOSIDADES BÍBLICAS:
· Jó é o livro mais antigo da Bíblia;
· Foram usados 3 idiomas na confecção da Bíblia: hebraico, aramaico (A.T.) e grego
(N.T.);
· Foi escrita em aproximadamente 1500/1600 anos, por uns 40 autores e contém 66
livros;
· Texto áureo da Bíblia: João 3:16;
· A "Epístola da Alegria", a carta de Paulo aos Filipenses, foi escrita na prisão e as
expressões de alegria aparecem 21 vezes na epístola;
· Quem cortou o cabelo de Sansão não foi Dalila, mas um homem (Juizes 16:19); · O
nome mais cumprido e estranho de toda a bíblia é Maer-Salal-Has-Baz - filho de Isaías
(Is 8:3-4);
· Davi, além de poeta, músico e cantor foi o inventor de diversos instrumentos
musicais. (Am 6:5);
· O nome "cristão" só aparece três vezes na Bíblia. (At 11:26; At 26:28 e I Pe 4:16); ·
O capítulo 19 de 2 Reis é idêntico ao 37 de Isaías;
· O VT encerra citando a palavra “maldição”, o NT encerra citando “a graça de Nosso
Senhor Jesus Cristo”;
· O nome de JESUS consta no primeiro e último versículo do NT;
· Israel é considerada a “menina dos olhos de Deus” (Deuteronômio 32:10; Zacarias
2:8);
· A Bíblia contém cerca de 3.565.480 letras, 773.692 palavras, 31.173 versículos,
1.189 capítulos e 66 livros;
· O capítulo mais comprido é o Salmo 119;
· O mais curto, Salmo 117;
· O meio exato da Bíblia é o versículo 8 do Salmo 118;
· O versículo mais longo está em Ester 8:9;
· O versículo mais curto é: "Não matarás", Êxodo 20:13 (10 letras);
· As tábuas da lei foram feitas por Deus e quebradas por Moisés, e depois feitas por
Moisés e reescritas por Deus (Êx 34:1);
· Moisés fez o povo beber o ouro do bezerro da desobediência (Êx 32:19-20); · A arca de
Noé media 134 m de comprimento, 23m de largura e 14m de altura; sua área total nos
três pisos era de 9.250 (m²) e um volume total de 43.150 (m³); · Noé permaneceu na
arca 382 dias (Gn 7:9-11; 8:13-19);
· Davi foi ungido três vezes obtendo uma gloriosa confirmação (1 Sm 16:13; 2 Sm 2:4; 1
Cr 11:3);
· Salomão não era o único sábio, havia mais quatro sábios (1 Rs 4:29-31); ·
Salomão disse 3.000 provérbios e 1005 cânticos. (1 Rs 4:32);
· O Antigo Testamento apresenta 332 profecias literalmente cumpridas na pessoa de
Jesus Cristo;
· Paulo pregou o maior discurso descrito pela Bíblia (At 20:7-11);
· O maior profeta jamais realizou um milagre, contudo foi o pregador mais
convincente (Jo 10:41-42);
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· O "sermão do monte" poderia ser chamado de "sermão da planície" (Mt 5:1; Lc 6:17); ·
O Salmo 22 é alfabético - um versículo para cada letra hebraica; · O Salmo 119 tem, em
hebraico, 22 seções de oito versículos. Cada uma das seções
inicia com uma letra do alfabeto hebraico, de 22 letras. Dentro das seções, cada
versículo inicia com a letra da seção;
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· No livro Lamentação de Jeremias, os capítulos 1, 2 e 4 têm versículos em número de
22 cada, compreendendo as letras do alfabeto hebraico. O capítulo 3 tem 66
versículos, levando cada três deles, em hebraico, a mesma letra do alfabeto;
· A expressão "o caminho de um sábado" corresponde ao caminho permitido no dia de
sábado; a distância que ia da extremidade do arraial das tribos ao tabernáculo,
quando no deserto, isto é, cerca de 1.200 metros;
· A menor Bíblia existente foi impressa na Inglaterra e pesa somente 20 gramas. Este
fabuloso exemplar da Bíblia mede 4,5 cm de comprimento, 3 cm de largura e 2 cm
de espessura. Apesar de ser tão pequenina, contém 878 páginas, possui uma série de
gravuras ilustrativas e pode ser lida com o auxílio de uma lente;
· A maior Bíblia que se conhece, contém 8.048 páginas, pesa 547 quilos e tem 2,5 metros
de espessura. Foi confeccionada por um marceneiro de Los Angeles, durante dois
anos de trabalho ininterrupto. Cada página é uma delgada tábua de 1 metro de
altura, em cuja superfície estão gravados os textos;
· Para a leitura completa da Bíblia, são necessárias 49 horas, a saber: 38 horas para a
leitura do Velho Testamento e 11 horas para a do Novo Testamento; · Para lê-la
audivelmente, em velocidade normal de fala, são necessárias cerca de 71 horas. Se você
deseja lê-la em 1 ano, deve ler apenas 4 capítulos por dia; · Ao comparar as diferentes
cópias do texto da Bíblia entre si e com os originais disponíveis, menos de 1% do texto
apresentou dúvidas ou variações, portanto, 99% do texto da Bíblia é puro. Vale lembrar
que o mesmo método (crítica textual) é usado para avaliar outros documentos
históricos, como a Ilíada de Homero, por exemplo;
· Foi a primeira obra impressa por Gutenberg, em seu recém inventado prelo manual,
que dispensava as cópias manuscritas;
· A Bíblia foi escrita e reproduzida em diversos materiais, de acordo com a época e
cultura das regiões, utilizando tábuas de barro, peles, papiro e até mesmo cacos de
cerâmica/louças (óstracos);
· Com exceção de alguns textos do livro de Esdras e de Daniel, os textos originais do
Antigo Testamento foram escritos em hebraico, uma língua da família das línguas
semíticas, caracterizada pela predominância de consoantes;
· A palavra "Hebraico" vem de "Hebrom", região de Canaã que foi habitada pelo
patriarca Abraão em sua peregrinação, vindo da terra de Ur;
· Os 39 livros que compõem o Antigo Testamento estavam compilados desde cerca de
400 a.C., sendo aceitos pelo cânon Judaico, e também pelos Protestantes, Católicos
Ortodoxos, Igreja Católica Russa, e parte da Igreja Católica tradicional;
· A primeira Bíblia em português foi impressa em 1748. A tradução foi feita a partir da
Vulgata Latina e iniciou-se com D. Diniz (1279-1325);
· A primeira citação da redondeza da terra confirmava a idéia de Galileu, de um
planeta esférico. Bastava que os descobridores conhecessem a bíblia. (Isaías 40: 22); · A
palavra fé, no Antigo Testamento, é encontrada apenas em Hc 2: 4; · A palavra "DEUS"
aparece 2.658 vezes no V.T. e 1.170 vezes no N.T., num total de 3.828 vezes;
· Há na Bíblia 177 menções ao diabo em seus vários nomes;
· Os livros de Ester e Cantares de Salomão não possuem o nome DEUS; · A expressão
"Assim diz o Senhor" e equivalentes encontram-se cerca de 3.800 vezes na Bíblia;
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· A Vinda do Senhor é referida 1845 vezes na Bíblia, sendo 1.527 no Antigo Testamento
e 318 no Novo Testamento;
· A expressão "Não Temas!" é encontrada 366 vezes na Bíblia, o que dá uma para cada
dia do ano e mais uma para os anos bissextos!;
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· No Salmo 107 há 4 versículos iguais: 8, 15, 21 e o 31;
· Todos os versículos do Salmo 136 terminam da mesma maneira;
· Em Êxodo 3.14 Deus, pela primeira vez, revela seu nome: Eu Sou Quem Sou, ou
Yahweh (Jeová) - Este é o nome mais comum de Deus no Velho Testamento,
aparecendo cerca de 6.800 vezes na língua original, o Hebraico. Em nossa tradução
esse nome vem traduzido por "Senhor" e aparece 1.853 vezes;
· Adão - o homem no Jardim do Éden – o seu nome significa "ser humano"; · À medida
que os apóstolos levaram o evangelho pelo mundo, muitas das palavras do Senhor
e muitas reminiscências sobre Ele circulavam oralmente. Uma evidência disso
ocorre quando Paulo, ao falar aos anciãos de Éfeso, empregou uma declaração de
Jesus que não consta de parte alguma dos evangelhos (Atos 20:35).

O livro de Isaías:

· Também conhecido como “o Evangelho do Antigo


Testamento”.
· É tido como uma miniatura da Bíblia:
· Tem 66 capítulos, assim como a Bíblia tem 66
livros.
· A primeira seção tem 39
capítulos/livros e corresponde à
mensagem do Antigo Testamento.
· A segunda seção tem 27 capítulos/livros
tratando do conforto, promessa e
salvação, correspondendo à mensagem do Novo Testamento.
· Assim como o NT termina falando do novo céu e nova terra, o mesmo ocorre no
término de Isaías (66:22).
O próprio nome Isaías tem semelhança com o significado do nome de Jesus: Isaías
quer dizer Salvação de Jeová e Jesus, Jeová é Salvação.

Algo
muito

significante é que a Bíblia contém três advertências solenes contra qualquer tentativa de
acrescentar palavras ao livro inspirado de Deus e esta significação é grandemente
acentuada pelo fato de que a primeira de tais advertências foi escrita pelo primeiro de
todos os escritores da Bíblia, enquanto que a terceira foi escrita pelo último dos escritores:
MOISÉS – que teve visão, dada pelo Espírito, do passado desconhecido, escreveu a
primeira: Dt 4:2;
SALOMÃO – o homem mais sábio que já viveu, escreveu a segunda: Pv 30:6; JOÃO
– para quem foi dado tão maravilhosa revelação do futuro, escreveu a terceira: Ap
22:18-19.

De capa a capa a Bíblia é a mensagem do amor de Deus por nós. Devemos estudá-la
diligentemente todos os dias para termos
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discernimento e crescimento espiritual e vivermos no


padrão de Deus, glorificando nosso Criador e
Redentor.
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AS
LÍNGUAS E OS MATERIAIS DA BÍBLIA:

A ERA DA ESCRITA:

Parece que a escrita se desenvolveu durante o IV milênio a.C. No II milênio a.C.


várias experiências conduziram ao desenvolvimento do alfabeto e de documentos escritos
por parte dos fenícios. Tudo isso se completou antes da época de Moisés, que escreveu não
antes de mais ou menos 1450 a.C.
Já em 3500 a.C. os sumérios usavam tabuinhas de barro para a escrita cuneiforme, e
registraram, por exemplo, a descrição sumeriana do dilúvio, que teria sido gravada em
2100 a.C.
Os egípcios (em 3100 a.C.) apresentavam documentos escritos em hieróglifos
(pictografia). A partir de 2500 a.C. usavam-se textos pictográficos em Biblos (Gebal)
e na Síria. Em
Cnosso e em Atchana, grandes centros comerciais, apareceram registros gravados
anteriores à época de Moisés. Outros elementos correspondentes de meados a fins do II
milênio a.C. acrescentam mais evidências de que a escrita já se havia desenvolvido bem
antes da época de Moisés.
Em suma, Moisés e os demais autores da Bíblia escreveram numa época em que a
humanidade estava “alfabetizada”, ou melhor, já podia comunicar seus pensamentos por
escrito.

AS LÍNGUAS BÍBLICAS EM PARTICULAR:

As línguas utilizadas no registro da revelação de Deus, a Bíblia, vieram das famílias


de línguas semíticas e indo-européias. Da família semítica se originaram as línguas básicas
do Antigo Testamento, quais sejam, o hebraico e o aramaico (siríaco).
Além dessas línguas, o latim e o grego representam a família indo-européia. De
modo indireto, os fenícios exerceram um papel importante na transmissão da Bíblia, ao
criar o veículo básico que fez que a linguagem escrita fosse menos complicada do que
havia sido até então: inventaram o ALFABETO.
AS LÍNGUAS DO ANTIGO TESTAMENTO:

O aramaico era a língua dos sírios, tendo sido usada em todo o período do Antigo
Testamento. Durante o século VI a.C., o aramaico tornou-se a língua geral de todo o
Oriente Próximo. Seu uso generalizado se refletiu nos nomes geográficos e nos textos
bíblicos de Esdras 4:7 – 6:18; 7:12-26, Daniel 2:4 a 7:28. (alguns estudiosos mencionam que o
correto é Esdras 4:8 a 8:18 e incluem Jr 10:11).
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O hebraico é a língua principal do Antigo Testamento, especialmente adequada


para a tarefa de criar uma ligação entre a biografia do povo de Deus e o relacionamento do
Senhor com esse povo. O hebraico encaixou-se bem nessa tarefa porque é uma língua
pictórica. Expressa-se mediante metáforas vívidas e audaciosas, capazes de desafiar e
dramatizar a narrativa dos acontecimentos. Além disso, o hebraico é uma língua pessoal.
Apela diretamente ao coração e às emoções, e não apenas à mente e à razão.
É uma língua em que a mensagem é mais sentida que meramente pensada. É
chamada no A. T. de “língua de Canaã” (Is 19:18) e “língua Judaica” (Is 36:13; 2 Rs
18:26-28). Lê-se da direita para esquerda e o alfabeto compõe-se de 22 letras.

AS LÍNGUAS DO NOVO
TESTAMENTO:
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As línguas semíticas também foram usadas na redação do Novo Testamento. Na
verdade, Jesus e seus discípulos falavam o aramaico, sua língua materna, tendo sido essa a
língua falada por toda a Palestina na época. (Mt 27:46).
O hebraico fez sentir mais sua influência mediante expressões idiomáticas, como
uma que no português quer dizer “e sucedeu que”. Outro exemplo da influência hebraica
no texto grego vemos no emprego de um segundo substantivo, em vez de um adjetivo, a
fim de atribuir uma qualidade a algo ou a alguém (1 Ts 1:3).
Além das línguas semíticas a influenciar o N. T., temos as indo-européias, o latim e
o grego. O latim influenciou ao emprestar muitas palavras, como “centurião”, “tributo” e
“legião”, e pela inscrição trilíngue na cruz (em latim, em hebraico e em grego).
No entanto, a língua em que se escreveu o N. T. foi o grego. Até fins do século XIX,
cria-se que o grego do N. T. (koinê) era a “língua especial” do Espírito Santo, mas a partir
de então, essa língua tem sido identificada como um dos cinco estágios do
desenvolvimento da língua grega.
Esse grego koinê era a língua mais amplamente conhecida em todo o mundo do
século I. O alfabeto havia sido tomado dos fenícios. Seus valores culturais e vocabulário
cobriam vasta expansão geográfica, vindo a tornar-se a língua oficial dos reinados em que
se dividiu o grande império de Alexandre, o Grande, uma língua quase universal.
O aparecimento providencial dessa língua, ao lado de outros desenvolvimentos
culturais, políticos, sociais e religiosos, ampla rede de estradas, etc, durante o século I a.C.,
fica implícito na declaração de Paulo: “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou
seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gálatas 4:4 – A.C.F.).
. O grego do N. T. adaptou-se de modo adequado à finalidade de interpretar a revelação de
Cristo em linguagem teológica. Tinha recursos lingüísticos especiais para essa tarefa, por
ser um idioma intelectual. Era um idioma da mente, mais que do coração, e os filósofos
atestam isso amplamente. O grego tem precisão técnica de expressão não encontrada no
hebraico. Além disso, o grego era uma língua quase universal.

A
verdade do A. T. a respeito de Deus foi revelada inicialmente a uma nação, Israel, em
sua própria língua, o hebraico.
A revelação completa, dada por Cristo, no Novo Testamento, não veio de forma tão
restrita. Em vez disso, a mensagem de Cristo deveria ser anunciada ao mundo todo: “...
em seu nome se pregará o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações,
começando por Jerusalém” (Lc 24:47)

OS MATERIAIS DA ESCRITA:

Os autores da Bíblia empregaram os mesmos materiais em uso no mundo antigo. O


papiro foi usado na antiga Gebal (Biblos) e no Egito, por volta de 2100 a.C. Eram folhas de
uma planta, cuja popa era cortada em tiras que eram colocadas superpostas umas às outras
de forma cruzada, coladas, prensadas e depois polidas. Eram escritas de um lado apenas.
A cor era amarelada. Foi o material que o apóstolo João usou para escrever o Apocalipse
(Ap 5:1) e suas cartas (2 Jo 12).
O velino, o pergaminho e o couro são palavras que designam os vários estágios de
produção de um material de escrita feito de peles de animais curtida e preparada para a
escrita. Seu uso generalizado vem dos primórdios do Cristianismo, mas já era conhecido
em tempos remotos, pois temos uma menção de Isaías 34:4 sobre um livro que era
enrolado.
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O pergaminho preparado de modo especial para a escrita era chamado de velo.


Tudo indica que o termo pergaminho derivou o seu nome da cidade Pérgamo, na Ásia
menor, cujo rei, Eumenes II (159 - 197 d. C.), fez uma grande biblioteca para rivalizar com a
de Alexandria no Egito. O Novo Testamento menciona esse material gráfico em 2 Tm 4:13;
Ap 6:14. O velino era desconhecido até 200 a.C., pelo que Jeremias teria tido em mente o
couro (Jr 36:23).
Outros materiais para a escrita eram o metal (Êx 28:36), a tábua recoberta de cera (Is
30:8; Hc 2:2; Lc 1:63), as pedras preciosas (Êx 39:6-14) e os cacos de louça (óstracos), como
mostra Jó
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2:8. O linho era usado no Egito, na Grécia e na Itália, embora não tenhamos indícios de
que tenha sido usado no registro da Bíblia.

A TINTA E OS INSTRUMENTOS DE ESCRITA:

A tinta utilizada pelos escribas era uma mistura de carvão em pó com uma
substância líquida parecida com a goma arábica (Jr 36:18; Ez 9:2; 2 Co 3:3; 2 Jo 12; 3 Jo 13).
Para a escrita em papiro e pergaminho, os escribas usavam penas de aves, pincéis finos e
um tipo de caneta feita de madeira porosa e absorvente. Para uso em cera utilizavam um
estilete de metal (Is 30:8).

OS TIPOS DA ESCRITA:

Alguns tipos de escrita utilizados nos manuscritos são:


a) Uncial: os mais antigos manuscritos gregos só usavam letras maiúsculas desenhadas e
sem separação entre palavras. Datam do IV século A. D. b) Cursivo: Era o tipo de escrita
onde letras minúsculas eram conectadas com espaço entre palavras. Datam do IX século A.
D.
c) Sinais Vocálicos: Mais ou menos ao redor dos anos 500 a 900 d.C., eruditos judeus
chamados Massoretas introduziram um sistema de pontos colocado acima, abaixo e entre o
texto consonantal do Velho Testamento, de forma a marcar a vocalização do texto (Além
disto eles cercaram o texto de uma série de anotações chamadas Massorá, que garantiam a
imutabilidade do texto). Estes pontos, chamados pontos vocálicos, exerceriam a função de
vogais, mas tinham a vantagem de nada acrescentar ou tirar do texto consonantal
inspirado. Este sistema preservou a pronúncia do hebraico que, nesta época, era língua dos
eruditos judeus. Foi o texto hebraico preservado por este grupo de eruditos judeus que
chegou aos dias de hoje.

OBS: É conveniente lembrar que nos manuscritos mais antigos não era usado um sistema
de pontuação.

O FORMATO DOS MANUSCRITOS (MSS):

Os manuscritos do Antigo Testamento tinham os formatos de livros (códices) e


rolos. Os códices eram feitos de pergaminho cujas folhas tinham normalmente 65 cm de
altura por 55 cm de largura. Os rolos podiam ser de papiro ou pergaminho. Eram presos a
um cabo de madeira para facilitar o manuseio durante a leitura. Era enrolado da direita
para a esquerda. Sua extensão dependia da escrita a ser feita.

O rigor com o qual os judeus transmitiram a Bíblia Hebraica até hoje pode ser visto
nas prescrições abaixo, preservadas no Talmude:
“Um rolo de sinagoga deve ser escrito sobre peles de animais limpos, preparadas
por um judeu, para o uso particular da sinagoga. Estas devem ser unidas mediante tiras
[de couro] retiradas de animais limpos. Cada pele deve conter um certo número de
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colunas, igual em toda a extensão do códice. A altura da coluna não deve ser menor do que
48 nem maior do que 60 linhas; e a largura deve ser de 30 letras. Toda a cópia deve ser
primeiro dotada de linhas; e se três palavras forem escritas nela sem uma linha, será sem
valor. A tinta deve ser preta, não vermelha, verde nem de qualquer outra cor e deve ser
preparada de acordo com uma receita definida. Uma cópia autêntica deve ser o modelo do
qual o transcritor não deve desviar-se até nos menores detalhes. Nenhuma palavra, letra e
nem ainda um yod deve ser escrito de memória sem que o escriba não a tenha olhado no
códice que está a sua frente. ... Entre cada consoante deve intervir o espaço de um cabelo ou
de um pavio; entre cada palavra o espaço será de uma consoante estreita; entre cada novo
parashah, ou
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secção, o espaço será de nove consoantes; entre cada livro, três linhas. O quinto livro de
Moisés
deve
terminar
exatamente com uma linha, mas os restantes não necessitam terminar assim. Além disto, o
copista deve sentar-se com vestimenta judia completa, lavar todo o seu corpo, não começar
a escrever o nome de Deus com a pena recentemente molhada na tinta e mesmo que um rei
lhe dirigisse a palavra enquanto estava escrevendo este nome, deve não dar atenção a ele.”
A UTILIDADE DA BÍBLIA:

“Toda escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para
a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e
perfeitamente habilitado para toda boa obra.” 2 Tm 3:16-17. Examine ainda 1
Coríntios 10:11 e Romanos 15:4.
A BÍBLIA É UM LIVRO PARA: ser buscado/examinado (Jo 5:39); crido (Jo 2:22);
lido (1 Tm 4:13); recebido (1 Ts 2:13); confirmado e aceito (At 17:11).
A BÍBLIA TEM MUITOS OBJETIVOS: avisar aos crentes (1 Co 10:11); manifestar
o cuidado de Deus (1 Co 9:9, 10); ensinar e instruir (Rm 15:4); aperfeiçoar o cristão para
toda boa obra (2 Tm 3:16-17); fazer o homem sábio para a salvação (2 Tm 3:15); produzir fé
na divindade de Cristo (Jo 20:31); produzir vida eterna (Jo 5:24).

SÍNTESE DA
HISTÓRIA BÍBLICA

1. DEUS criou o homem e o colocou no Jardim do Éden


2. O homem pecou e deixou de ser aquilo para o que Deus o tinha destinado. Foi então
que Deus pôs em andamento o plano para a salvação do homem e o fez chamando Abraão
para que fundasse uma nação, mediante a qual o plano seria executado. 3. A nação não
andou nos caminhos do Senhor e foram escravizados no Egito. Após 400 anos, sob a
direção de Moisés, o povo foi tirado do Egito de volta à terra prometida de Canaã. A nação
tornou-se um grande e poderoso reino.
4. O reino foi dividido no fim do reinado de Salomão: Israel, ao norte, 10 tribos, levada
cativa pela Assíria em 721 a. C., e Judá, ao sul, 2 tribos, levada cativa pela Babilônia no ano
600 a. C.
5. Encerra-se o Antigo Testamento. 400 anos mais tarde cumpre-se a promessa pelo
aparecimento de Jesus, o Messias, a esperança da humanidade, mediante Quem o homem
seria redimido e nascido de novo. Para realizar e consumar sua obra salvadora, Jesus Cristo
MORREU pelo pecado humano, ressuscitou e ordenou que os discípulos saíssem pelo
mundo contando a história de Sua vida e Seu
poder redentor.
6. Assim, obedecendo à ordem, a “grande comissão”, partiram os discípulos por toda
parte, em todas as direções, levando as BOAS NOVAS, alcançando o mundo civilizado
conhecido da época. Assim, com o lançamento da obra da redenção humana, encerra-se o
Novo Testamento.

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A BÍBLIA

“A Bíblia é o Livro de Deus”.


A palavra Bíblia (Livros) entrou para as línguas modernas por intermédio do
francês, passando primeiro pelo latim bíblia, com origem no grego biblos (folha de papiro
do século XI a. C preparada para a escrita. Um rolo de papiro tamanho pequeno era
chamado “biblion”, e vários destes era uma “Bíblia”. Portanto “Bíblia” quer dizer coleção
de vários livros.
No princípio os livros sagrados não estavam reunidos uns aos outros como os temos
agora em nossa Bíblia. O que tornou isso possível foi a invenção do papel no séc. II pelos
chineses, bem como a invenção do prelo de tipos móveis, em 1450 A. D. por Guttenberg,
tipógrafo alemão. Até então tudo era manuscrito como ocorria anteriormente com os
escribas, de modo laborioso, lento e oneroso.
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Com a invenção do papel desapareceram os rolos e a palavra biblos deu origem a
“livro” como se vê em biblioteca, bibliografia, bibliófilo.
A primeira pessoa a aplicar o nome “Bíblia” foi João Crisóstomo, grande reformador
e patriarca de Constantinopla, 398-404 A. D.

Teologicamente a Bíblia é a revelação de Deus para a humanidade.


Etimologicamente é uma coleção de livros pequenos, cujo autor é Deus, o Espírito
Santo é seu real intérprete e
Jesus Cristo seu TEMA UNIFICADOR, seu assunto central.

Cerca de 40 personagens se envolveram na autoria e compilação dos livros que


compõem a Bíblia Sagrada (1 Pedro 1:20-21). Foram das mais diferentes categorias:
escritores, estadistas, camponeses, reis, vaqueiros, pescadores, cobradores de impostos,
instruídos e ignorantes, judeus e gentios. Cada escritor manifestou seu próprio estilo e
características literárias.
Demoraram cerca de aproximadamente 1600 anos para escreverem. 1500 a. C.,
quando Moisés começou a escrever o Pentateuco, no meio do trovão no monte Sinai, até 97
d. C., quando o apóstolo João, ele mesmo um “filho do trovão” (Mc 3:17), escreveu seu
evangelho na Ásia Menor.
Os escritores viveram distante uns dos outros, em épocas e condições diferentes,
não se conheceram (na época a comunicação era praticamente impossível) pertenceram às
mais variadas camadas sociais, e tinham cultura e profissões muito diferentes.

Entretanto, há na Bíblia um só plano ou projeto, que de fato mostra a existência de


um só Autor divino, guiando os escritores. A Bíblia é um só livro. Tem um só sistema
doutrinário, um só padrão moral, um só plano de salvação, um só programa das eras. As
diversas narrativas ali encontradas dos mesmos incidentes e ensinamentos não são
contraditórias, mas suplementares. Não há em todo o seu conteúdo uma só contradição, e
um livro sempre dá continuidade ou complementa o outro, apesar das condições em que
foram escritos.
Em todo o seu conjunto possui uma harmonia, que só pode ser explicada como
sendo um “MILAGRE”.

A Bíblia é a coleção das exatas palavras dos 66 livros que constituem o seu CÂNON,
sendo:
· 24 livros os do cânon judaico do VT (equivalentes aos nossos 39 livros, o mesmo que
hoje é chamado de "Texto Massorético de BEN CHAYyIM" e que, depois da invenção
da Imprensa, foi impresso por Daniel Bomberg, um abastado cristão veneziano
originário da Antuérpia, em 1524-5. A edição da segunda publicação ficou a cargo
de Jacob Ben Chayyim);
· 27 livros os do cânon do NT (o mesmo que, depois da invenção da Imprensa, foi
impresso, terminando por ser conhecido pelo nome de TR, ou "Textus Receptus",
isto é, "O Texto Recebido" [recebido pelas igrejas do século I, das mãos dos homens
inspirados por Deus para escrevê-lo; e, também, recebido pela Reforma, das mãos
das pequeninas igrejas fiéis {perseguidas por Roma} e da Igreja Grega Ortodoxa]).
21

Não

confundir Ben Chayyim com Ben Asher. Não confundir o Texto Massorético de Ben
Chayyim (100% genuíno) com o falso Texto Massorético, de Ben Asher (com falsificações e
também referido como Bíblia Stuttgartensia). Não confundir a Bíblia Hebraica de Kittel
(BHK) 1ª e 2ª edição [1906 e 1912, boas, baseadas no Texto Massorético de Ben Chayyim]
com as BHK edições posteriores, más, baseadas no falso Texto Massorético, de Ben Asher.

Apesar de toda oposição, a Bíblia é o livro mais antigo, mais famoso e mais lido do
mundo. Escrito em mais de 2000 línguas e dialetos, já atravessou 3.000 anos. É também o
livro de maior circulação em todo o mundo. Em 1996 foram distribuídas 20 milhões de
Bíblias em todo o mundo; só no Brasil foram quase 7 milhões e na China circulam cerca de
3 milhões. Por tudo isso, podemos dizer, sem medo de errar que a Bíblia tem origem
sobre-humana!

Os nomes mais comuns dados à Bíblia são: Livro do Senhor (Is 34:16); Palavra de Deus

22

11
(Mc
7:13; Jo
10:35;
Hb
4:12); As
Escrituras ou Sagradas Escrituras (Mt 21:42; Lc 4:21; Jo 7:38, 42; Rm 1:2; Rm 4:3; Gl 4:30); A
Verdade (Jo 17:17; Rm 15:8); Lei (Sl 119); Lc 10:26; Mt 5:18); Mandamentos (Sl 119); A Lei e
os Profetas (Mt 5:17; Lc 16:16); A Lei de Moisés (Lc 24:44); Oráculos de Deus (Rm 3:2).

A MENSAGEM SINGULAR DA BÍBLIA

Entre a Bíblia e os outros escritos religiosos e filosóficos existe um abismo


intransponível. Certamente valores como a verdade, a honestidade, e justiça e o
altruísmo são comuns aos
melhores escritos da humanidade. Nisso a Bíblia se identifica com todos os outros. Mas o
que dizer do Deus apresentado pela Bíblia? Que contraste com a energia impessoal do
Hinduísmo ou com os frágeis e grotescos deuses dos panteões greco-romanos! Deus se
apresenta em toda a Sua majestade e grandeza: santo, justo, fiel, onipotente e onisciente;
perfeito em amor e misericórdia, imutável em todos os Seus atributos.
O próprio mistério da Trindade demonstra um Deus maior que nossa razão. O
homem, na Bíblia, é retratado no seu melhor e no seu pior estado. Enquanto na Filosofia o
homem é deificado como senhor do seu próprio destino, na Bíblia o homem é criatura de
Deus, pecador e dependente.
Enquanto em algumas crendices o homem é parte de um jogo de dados cósmicos,
joguete nas mãos de forças poderosas, na Bíblia o homem é criado por Deus com
dignidade e sentido na História.
O caminho bíblico para a salvação vai de encontro à idéia arraigada, no espírito
humano, de que cada um deve promover a sua própria salvação. Na Bíblia, a salvação é
um presente que não pode ser comprado, mas recebido com gratidão.
O perdão dos pecados não ocorre por cerimônias vazias, mas mediante a morte do
Filho de Deus na cruz, no lugar dos pecadores. O destino final, na Bíblia, não é a
aniquilação da personalidade, nem um paraíso de prazeres carnais, mas a comunhão com
Deus por toda a eternidade. E isto somente para aqueles que um dia aceitaram o caminho
oferecido por Deus.
Nenhum homem conceberia a idéia de um inferno de sofrimento eterno.

A
unidade
da Bíblia
é sem
paralelo. Nunca em qualquer outro lugar, se uniram tantos tratados diferentes, históricos,
biográficos, éticos, proféticos e poéticos, para perfazer um livro. Assim como todas as
pedras lavradas e as tábuas de madeira compõem um edifício ou, melhor ainda, como
todos os ossos, músculos e ligamentos se combinam em um corpo, assim é com a Bíblia.

A Bíblia se opõe a
certos conceitos
filosóficos do
mundo, e
refuta-os:

1) Ateísmo
2) Politeísmo
23
3) Materialismo
4) Panteísmo
5) A eternidade da matéria (Gn 1:1).
24

12

DIVISÃO DOS LIVROS: Nós, cristãos (igreja), agrupamos os 39 livros do Antigo


Testamento em:

· 5 da Lei (Gn, Ex, Lv, Nm, Dt), formando o Pentateuco;


· 12 históricos (Js, Jz, Rt, 1 e 2Sm, 1 e 2Rs, 1 e 2Cr, Ed, Ne, Et);
· 5 poéticos (Jó, Sl, Pv, Ec, Ct);
· 5 profetas maiores (Is, Jr, Lm, Ez, Dn);
· 12 profetas menores (Os, Jl, Am, Ob, Jn, Mq, Na, Hc, Sf, Ag, Zc, Ml). A

Tanakh (o A. T. dos judeus) e a divisão de Flávio Josefo (Lc 24:44)

TEXTO MASSORÉTICO FLÁVIO JOSEFO - 22 livros


(a distribuição é hipotética)
TORÁH Gn, Ex, Lv, Nm, Dt = 5 Gn, Ex, Lv, Nm, Dt = 5 (A Lei)
NEBI'IM Profetas anteriores - Js, Jz, Sm, Rs = 4 Js, Jz-Rt, Sm, Rs. Is, Jr-Lm, Ez, XII, Dn,
Profetas posteriores - Is, Jr, Ez, XII =
(Profetas) 4 Ec, Es-Ne, Et, Cr = 13

KEThUBhIM Poesia e sabedoria - Sl, Jó, Pv = 3 Poesia e sabedoria - Sl, Pv, Jó, Ct = 4
(Escritos) Gr. "Megilloth" - Rt, Ct, Ec, Lm, Et = 5
Hagiograph
a História - Dn, Ed-Ne, Cr = 3

OBSERVAÇÕES:

a) Os Profetas e os Escritos também eram conhecidos pelos nomes dos seus primeiros
livros, “Isaías” e “Salmos”, respectivamente.
b) Profetas Posteriores porque exerceram o ministério no período compreendido entre os
cativeiros Assírio e Babilônico até o retorno dos judeus à Palestina, após 70 anos sob o
domínio babilônico.
c) Os livros históricos são de autores que não eram profetas oficiais, mas que possuíam o
dom de profecia.
d) O Rolo dos Doze – XII inclui os livros de: Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias,
Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias.
e) Os Cinco rolos (Megilloth) são cada um usado na ocasião de uma festa específica:
Cantares na
Páscoa; Rute no Pentecostes; Lamentações no dia 9 do mês Abibe (no aniversário da
destruição de Jerusalém); Eclesiastes na Festa dos Tabernáculos; Ester na Festa de Purim.
f) O primeiro livro da Escritura hebraica é Gênesis e o último Crônicas (Mt 23:35; Gn 4:8; 2
Cr 24:20-22).
25

g) No Cânon hebraico, como no nosso Cânon, os livros não estão em ordem cronológica. h)
São 24 livros, visto que os seguintes livros são assim considerados: Samuel (engloba 1 e 2
Sm), Crônicas (engloba 1 e 2 Cr), Reis (engloba 1 e 2 Rs), Os Doze (são contados como um
só livro), Esdras (inclui Neemias).
i) Flávio Josefo, historiador judeu reduziu os 24 livros para 22 livros, em correspondência
às 22 letras do alfabeto hebraico, combinando Rute com Juizes e Lamentações com
Jeremias.
j) O Novo Testamento menciona uma divisão tripla do Antigo Testamento: "A Lei, os
Profetas e os Salmos" (Lucas 24:44).
k) Jesus Cristo mencionou estas 3 divisões do V. T. em Lc 11:49-51, Lc 24:44 e Mt 23:34-36.
26

13
l) O livro de Eclesiástico (apócrifo), escrito em cerca de 130 antes de Cristo fala em "a lei, os
profetas e os outros escritos". Confira Mateus 23:35 e Lucas 11:51 que refletem o arranjo da
Bíblia Hebraica.

“O Novo Testamento está no


Antigo Testamento ocultado, e o
Antigo Testamento, no Novo Testamento revelado”.

Os 27 livros do Novo Testamento são:

· (BIOGRAFIA) 4 Evangelhos (Mt, Mc, Lc, Jo);


· (HISTÓRIA) 1 histórico (At);
· (DOUTRINA) 21 epístolas. São elas:
a) 9 a igrejas locais (Rm, 1 e 2 Co, Gl, Ef, Fp, Cl, 1 e 2 Ts);
b) 6 pastorais (1 e 2 Tm, Tt, Fm, 2 e 3 Jo);
c) 6 universais (Hb, Tg, 1 e 2 Pe, 1 Jo, Jd).
· (PROFECIA) 1 profético (Ap).

Os crentes anteriores a Cristo olhavam adiante com grande expectativa (1 Pe

1:11-12), ao passo que os crentes de nossos dias vêem em Cristo a concretização


dos planos de Deus.

DIVISÃO
CRISTOCÊNTRICA

A Bíblia pode ser dividida na estrutura geral e cristocêntrica. Isso se baseia nos
ensinos do próprio Jesus, cerca de cinco vezes no Novo Testamento (Mt 5:17; Lc 24:27; Jo
5:39; Hb 10:7).
Sim, Cristo é o centro e o coração da Bíblia, porque o Antigo Testamento descreve
uma nação e o Novo Testamento descreve um HOMEM. Toda a Bíblia se converge para
Cristo, como deixa claro João 20:31.
CRISTO é a nossa Palavra Viva (Apocalipse 19:13) que percorre todas as páginas
das Sagradas Escrituras. Examine ainda Lc 24:44. Considerando CRISTO como o tema
central da Bíblia, toda ela poderá ficar resumida assim:

ANTIGO TESTAMENTO:

LEI: Fundamento da chegada de Cristo.


HISTÓRIA: Preparação para a chegada de Cristo.
POESIA: Anelo pela chegada de Cristo.
PROFECIA: Certeza da chegada de Cristo.

OBS: de uma forma geral, todo o A. T. trata da preparação para o advento de Cristo.
27

NOVO TESTAMENTO:

EVANGELHOS: Manifestação de Cristo ao mundo, como


Redentor. ATOS: Propagação de Cristo, por meio da igreja.
EPÍSTOLAS: Explanação, interpretação e aplicação de Cristo. São os detalhes da
doutrina. APOCALIPSE: Consumação de todas as coisas em Cristo.

OBS: O N. T. trata da manifestação de Jesus Cristo.


28

14
Desta forma, tendo CRISTO como TEMA CENTRAL, podemos resumir todo o Antigo
Testamento numa frase: JESUS VIRÁ, e o Novo Testamento noutra frase: JESUS JÁ VEIO
(é claro, como Redentor). Assim, as Escrituras sem a pessoa de JESUS seriam como a física
sem a
matéria e o matemático sem os números.
Já imaginou um cristão sem a Bíblia?

BREVE ANÁLISE DOS LIVROS DA BÍBLIA

I - ANTIGO TESTAMENTO:

TRÊS
PENSAMENTOS
BÁSICOS DO
ANTIGO
TESTAMENTO:

1. A
Promessa
de Deus a
Abraão -
“todas as nações seriam abençoadas” 2. O Concerto de Deus com a Nação Hebraica - Se O
servissem fielmente, prosperariam. Em estabelecer a nação hebraica, o objetivo FINAL de
Deus foi trazer CRISTO ao mundo. O objetivo IMEDIATO de Deus foi estabelecer, em terra
idólatra, em preparação para a vinda de Cristo, a idéia de que há UM só Deus vivo e
verdadeiro.A bênção dessa nação se comunicaria ao mundo.
3. A Promessa de Deus a Davi - “que sua família reinaria para sempre...”

PORTANTO, CONCLUÍMOS QUE:

1. A nação hebraica foi estabelecida para que, por ela, o mundo inteiro fosse
abençoado: A nação messiânica.
2. O meio pelo qual a benção da nação hebraica se comunicaria ao mundo seria a família
de Davi:
A família messiânica.
3. O modo pelo qual a bênção da família de Davi se comunicaria ao mundo seria o grande
Rei que nasceria dela: O MESSIAS.

O ANTIGO TESTAMENTO É DIVIDIDO EM QUATRO PARTES:

1 – Pentateuco, Livros da Lei ou Torah – são 5 livros:

Gênesis – Como a palavra bem indica, é o livro dos princípios: do céu e da terra, das ilhas
e dos mares, dos animais e do homem. Com Abraão, temos o começo de uma raça, um
povo, uma revelação divina particular e finalmente uma igreja.
Êxodo – Relata o povo de Deus escravizado no Egito e a grande libertação divina, usando
a instrumentalidade de Moisés.
Levítico – Leis acerca da moralidade, limpeza, alimento,
sacrifícios, etc. Números – Relata a peregrinação de Israel,
quarenta anos pelo deserto. Deuteronômio – Repetição das leis.

2 – Livros Históricos – são 12 livros:


29

Josué – Trata da conquista de Canaã. O milagre da passagem do rio Jordão, a queda das
muralhas de Jericó, a vitória sobre as sete nações Cananéias, a divisão da terra prometida
e, finalmente, a morte de Josué com cento e dez anos.
Juízes – Várias libertações através dos quinze juízes.
Rute – A linda história de Rute, uma ascendente de Davi e de Jesus Cristo.
30

15
1 e 2 Samuel – Relatam a história de Samuel, da implantação da monarquia, sendo Saul o
primeiro rei ungido por Samuel. Samuel como o último juiz e a história de Davi. 1 e 2 Reis
– Relatam a edificação do Templo de Jerusalém, a divisão do reino. Ministério de Elias e
Eliseu. Ainda em II Reis está relatado o cativeiro do Reino do Norte pelos exércitos
assírios, e do Sul com o poderio Caldeu de Nabucodonossor. 1 e 2 Crônicas – Registram os
reinados de Davi, Salomão e dos reis de Judá até a época do cativeiro babilônico.
Esdras – Relata o retorno de Judá do cativeiro babilônico com Zorobabel e a reconstrução
do templo de Jerusalém.
Neemias – Relata a história da reedificação das muralhas de Jerusalém. Ester – Relata
a libertação dos judeus por Ester e o estabelecimento da festa de Purim.
Divide-se em
quatro períodos
da História de
Israel:

a) Teocracia (Juízes)
b) Monarquia (Saul, Davi, Salomão)
c) Divisão do Reino e Cativeiro (Judá, Israel)
d) Período pós-cativeiro

3 – Livros Poéticos – são 5 livros:

Jó – Sofrimento, paciência e libertação de Jó.


Salmos – Cânticos espirituais, proclamações, poemas e orações.
Provérbios – Dissertações sobre sabedoria, temperança, justiça,
etc. Eclesiastes – Reflexões sobre a vida, deveres e obrigações
perante Deus.
Cantares de Salomão – Descreve o amor de Salomão pela jovem sulamita, simbolizando o
amor de Jesus pela igreja.

4 – Profetas – são 17 livros:

a) Profetas Maiores – são 5 livros:

Isaías – Muitas profecias messiânicas. É considerado o profeta da redenção. O livro contém


maldições pronunciadas sobre as nações pecadoras.
Jeremias – Tem por tema a reincidência, o cativeiro e a restauração dos judeus. Jeremias é
considerado “o profeta chorão”.
Lamentações – Clamores de Jeremias, lamentando as aflições de Israel. Ezequiel – Um
livro que contém muitas metáforas para descrever a condição, exaltação e a glória futura
do povo de Deus.
Daniel – Visões apocalípticas.

b) Profetas Menores – são 12 livros:

Oséias – Relata a apostasia de Israel, caracterizada como adultério espiritual. Contém


muitas metáforas que descrevem os pecados do povo.
Joel – Descreve o arrependimento de Judá e as bênçãos. “O Dia do Senhor” é enfatizado
31

como um dia de juízo e também de bênçãos.


Amós – Através de visões, o profeta reformador denuncia o egoísmo e o
pecado. Obadias – A condenação de Edom e a libertação de Israel.
Jonas – Relata a história de Jonas, o missionário que relutou para levar a mensagem de
Deus à cidade de Nínive. O mais bem sucedido dentre os profetas. Um dos profetas que
pregou o arrependimento ao povo. O povo arrependeu-se e o profeta ficou triste e desejou
a morte.
32

16
Miquéias – Condição moral de Israel e Judá. Também prediz o estabelecimento do reino
messiânico.
Naum – A destruição de Nínive e a libertação de Judá da opressão assíria. Habacuque –
O grande questionamento do profeta a Deus. Como pode Deus ser justo e permitir que
uma nação pecadora oprima Israel. Contém uma das mais belas orações da Bíblia.
Sofonias – Ameaças e visão da glória futura de Israel.
Ageu – Repreende o povo por negligenciar a construção do segundo templo e promete a
volta da glória de Deus.
Zacarias – Através de visões, profetiza o triunfo final do reino de Deus. Zacarias ajudou a
animar os judeus a reconstruírem o templo. Foi contemporâneo de Ageu. Malaquias –
Descrições que mostram a necessidade de reformas antes da vinda do Messias.

SÃO OS LIVROS PROFÉTICOS DE ACORDO COM AS


DUAS GRANDES CRISES DO POVO JUDEU:
CRISE CRISE DURANTE APÓS
ASSÍRIA BABILÔNICA CATIVEIRO CATIVEIRO
BABILÔNICO BABILÔNICO

Joel Sofonias Daniel Ageu


Amós Habacuque Ezequiel Zacarias Jonas Jeremias Malaquias Oséias
Lamentações
Isaías Obadias
Miquéias
Naum

Terminamos o Velho Testamento com a palavra "maldição". Até aqui Cristo foi
prometido, mas não visto. A Esperança era prevista, mas não obtida.

Por quase 400


anos, Deus não
chamou nenhum
profeta para dizer "assim diz o Senhor". Em todo este tempo (de 397 a. C.
até 6 a. C.),
nenhum escritor inspirado apareceu. Por isso este tempo é chamado: "Os
Anos Silenciosos". “O Período Intertestamentário” ou "O Período Negro".

II - NOVO TESTAMENTO:
33

O Velho Testamento mostra o problema, mas não revela completamente a solução;


Já o Novo Testamento dá a resposta ao problema e aponta a solução:
JESUS CRISTO!
O NOVO TESTAMENTO TAMBÉM TEM QUATRO DIVISÕES:

1 – Os Evangelhos ou Biográficos:

· Mateus, Marcos, Lucas e João - Tratam do nascimento, vida, obra, morte,


ressurreição e ascensão de Um Homem chamado Jesus, O Filho de Deus, O Messias
Prometido a Israel.
34

17
A questão central é a carreira terrena de Jesus Cristo.

 Os temas e as datas dos Evangelhos:

Mateus: O Prometido está - veja as


Suas qualificações
Marcos: Assim Ele trabalhou - veja
o Seu poder
Lucas: Assim Ele era - veja a Sua natureza
João: Assim Ele é - veja a Sua divindade

Mateus (40-55 d. C.): foi escrito para os JUDEUS . Faz conexão com o Velho Testamento (as
Escrituras Hebraicas). Revela o Messias como o REI prometido do Velho Testamento aos
Judeus,
O soberano que veio ordenar e reinar (autoridade Mt 1:1; 16:16-19; 28:18-20). O Novo
Testamento é o cumprimento do Velho - note logo no começo do Novo Testamento o que
diz Mateus 1:22. É por isso que Deus diz em Mateus: "Este é o meu amado Filho em quem
me comprazo: escutai-O" (17:5). É o evangelho que mais traz profecias.

Marcos (57-63 d. C.): foi escrito para o povo ROMANO. Representa o Messias como o
SERVO Fiel e Obediente de Deus, Aquele que veio servir e sofrer (Mc 10:45). Não traz
genealogia, pois para o servo, isso não conta. Marcos é um Judeu-Gentio (João Marcos),
cujo nome faz conexão com o judeu e o gentio. Relata mais milagres, pois os romanos se
interessavam mais por ações que palavras.

Lucas (63 d. C.): foi escrito para os GREGOS. Relata o Messias como o homem perfeito, o
FILHO DO HOMEM, Aquele que veio repartir e compadecer-se (Lc 19:10). Os gregos
gostavam de tudo detalhado. Lucas tem genealogia, mostrando que Jesus é perfeito.
Mesmo tentado na carne, Ele continuou perfeito. Lucas era um médico e um gentio.

João (90 d. C.): foi escrito para TODO O MUNDO, com o propósito de levar o homem a
Cristo. João apresenta Jesus como o FILHO DE DEUS, Aquele que veio revelar e redimir
(Jo 1:1-4; 20:31). Tudo no evangelho de João ilustra e demonstra seu relacionamento com o
Pai. É onde Jesus trata mais a Deus como Pai (Abba Pai).

Os sinópticos diferem, do Evangelho de João, nas seguintes maneiras:

Mateus, Marcos e Lucas João


Os fatos da vida exterior de Cristo A vida intima de Cristo Os aspectos
da sua vida humana A vida divina de Cristo Os seus discursos públicos
Os discursos pessoais O ministério na Galiléia O ministério na Judéia

Assim, os quatro relatam os tipos mostrados em Ezequiel 1.10 e em Apocalipse


4.6-8, ilustrando os quatro animais "no meio do trono, e ao redor do trono" com a
semelhança de:
· leão (Mateus - rei),
35

· bezerro (Marcos – servo),


· rosto como de homem (Lucas - filho do homem) e
· semelhante a uma águia voando (João - filho de Deus).

A crítica
está cada
vez mais
voltando
ao ponto
de vista tradicional quanto à data e autoria de diversos livros. Há razão para crermos que
os Evangelhos Sinóticos foram escritos na ordem: Mateus, Lucas e Marcos. Orígenes
freqüentemente os cita nessa ordem e Clemente de Alexandria, antes dele, coloca os
Evangelhos que contêm genealogias primeiro, com base na tradição que ele
36

18
recebeu dos “antigos antes dele”. De acordo com Euzébio, H. E., Vi. Xiv. Esta opinião é
reforçada
pela

consideração de que os Evangelhos surgiram das circunstâncias e ocasiões da época.


(Palestras em Teologia Sistemática, Henry Clarence Thiessen (Ed. Batista Regular, pág 58).
2 – Histórico:

 Atos dos Apóstolos - Propagação do Evangelho. Trata dos resultados da morte e da


ressurreição de Jesus Cristo, com a propagação das “Boas Novas”, por impulso e
liderança do Espírito Santo, começando em Jerusalém, Judéia, Samaria e até os
confins da terra.

3 – Epístolas:

Os

fundadores das igrejas, freqüentemente impossibilitados de visitá-las pessoalmente,


desejavam entrar em contato com seus convertidos no propósito de aconselhá-los,
repreendê-los e instruí-los. Assim surgiram as Epístolas.
(Circulação das epístolas: 1 Ts 5:27; Cl 4:16; 1 Pe 1:1-2; 2 Pe 3:14-16; Ap 1:3)

· Epístolas Paulinas – a) 9 dirigidas a igrejas: Romanos, 1 e 2 Coríntios, Gálatas,


Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 e 2 Tessalonicenses; b) 4 dirigidas a indivíduos: 1
e 2 Timóteo, Tito, Filemom.
· Epístolas Gerais – a) 1 dirigida a um povo: Hebreus; b) 7 universais: Tiago, 1 e 2
Pedro, 1, 2 e 3 João, Judas.

OBS: Fp, Ef, Cl e


Fm são chamadas
epístolas da prisão,
escritas em Roma.

As cartas apresentam a teologia para a Igreja. A essência do que Deus tem para a Igreja
está nas Cartas. Elas foram escritas para orientar, instruir e exortar os crentes a viverem
uma vida cristã plena, frutífera, operosa, abundante, VITORIOSA. Leia! Medite !!!

4 – Profético:

Apocalipse – Revelação, Consumação e Juízo de Deus. Um novo Céu e uma nova


Terra.

Cada
livro da Bíblia deve ser estudado convenientemente para que o seu ensino seja
aprendido, retido na mente e no coração, colocando os princípios em prática.

A BÍBLIA É INSPIRADA SIGNIFICADO DA INSPIRAÇÃO:


37

O Espírito de Deus de tal modo guiou e superintendeu os escritores da Bíblia,


mesmo fazendo uso das suas características pessoais, que os seus originais (e os Textos
Massorético e Texto Recebido, miraculosamente preservados por Deus sem nenhuma
falha, e traduzidos fielmente na Almeida Original e na Trinitariana) são a única e
completa, plena, verbal, infalível e inerrável, autoritativa corporificação de TUDO o que
Deus quis comunicar ao homem. Assim, cada palavra da Bíblia é literalmente de Deus e
é a única base para doutrina.
38

19
Inspiração é o poder estendido pelo Espírito Santo, mas não sabemos exatamente
como esse poder operou. É limitado aos autores da Escritura Sagrada. Isto EXCLUI todos
os outros livros “sacros” por não serem inspirados; também nega autoridade final a todas
as igrejas, concílios eclesiásticos, credos e clérigos.
É essencialmente “orientação”. Isto é, o Espírito Santo supervisionou a seleção dos
materiais
a serem usados e das palavras a serem empregadas por escrito. Finalmente, Ele preservou
os autores de todos os erros e omissões.
Temos na Bíblia, portanto, a Palavra de Deus verbalmente inspirada.
Talvez a
melhor
definição
de
inspiração seja a de L. Gaussen: “aquele inexplicável poder que o Espírito divino estendeu
antigamente aos autores das Sagradas Escrituras, para que fossem dirigidos mesmo no
emprego das palavras que usaram, e para preservá-los de qualquer engano ou omissão”.

O mais próximo que conseguimos chegar da inspiração é chamando-a de


“orientação”. Observamos, além disso, que a inspiração se estende às palavras, não
simplesmente aos pensamentos e conceitos. Se se estendesse simplesmente aos últimos,
ficaríamos sem saber se os escritores entenderam exatamente o que Deus disse, se se
lembraram exatamente do que Ele disse, e se eles tinham capacidade para expressar os
pensamentos de Deus com exatidão.

A Bíblia
é um
livro
divino-humano: humano porque, escrito por homens, manifesta sentimentos e
pensamentos humanos, às vezes em desacordo com os de Deus (ver, por exemplo, os
discursos dos amigos de Jó); divino, porque é obra de homens a quem a Palavra de
Deus foi revelada.

Isso se deu naturalmente, de modos diversos: ora os escritores simplesmente


registravam fatos históricos; ora registravam as mensagens que profetas e apóstolos
recebiam de Deus; ora refletiam intimamente sobre coisas de Deus e Este usava seus
pensamentos para levar Sua mensagem aos homens; ora eram guiados por Deus a escrever
palavras revestidas de sentido mais profundo do que eles próprios sabiam (1 Pe 1:10-12; cf.
Dn 8:15; 12:8-12).

Embora a Bíblia seja inspirada por Deus (2 Pe 1.20-21; 2 Tm 3.16-17; Ap 1.1-3), a


participação do homem na recepção da revelação assumiu várias formas: ocasionalmente,
o escritor bíblico recebeu um “ditado” divino para escrever (Lv 26.46); outras vezes o
escritor teve que estudar antes de escrever (Dn 9.2; Lc 1.1-4); eles se utilizavam de outros
livros inspirados ou não (Nm 21.14; Js 10.13; 2 Sm 1.18; 1 Cr 29.29; etc); ocasionalmente
descreviam visões, sonhos ou aparições que testemunharam (Is 6, Jr 24; Dn 7-12; Ap 1-22);
vários autores puderam escrever seu testemunho pessoal, pois foram testemunhas oculares
dos eventos que relatam (Josué 24.26. João 19.35; 21.24; 1 Jo 1.1-4; 2 Pe 1.16-18); também
citaram documentos antigos, que tinham à sua disposição (Daniel 4; 2 Crônicas 36.23;
Esdras 1.2-4; 7.11-26; etc); compuseram, como artistas, poesia e outras manifestações da
sabedoria (Salmos, Provérbios, etc).
39

O
Deus que soprou o fôlego de vida nos seres viventes é o mesmo que soprou Sua
Palavra nas consciências dos Seus profetas.

Assim a Bíblia, obra de autores humanos, é, contudo, de natureza divina e isso num
sentido mais elevado do que o que se dá ao fazer referência a outras obras que se
costumam dizer “inspiradas”. É-lhe aplicado em 2 Tm 3:16 um adjetivo que significa
<<insuflado por Deus>> (cf. Gn 2:7); seus escritores são chamados <<homens impelidos
(ou “carregados”) pelo Espírito Santo>> (2 Pe 1:20-21; cf. Ap. 19:9; 22:6; 2 Sm 23:2).
Os profetas estavam tão cônscios da responsabilidade de entregar a mensagem de
Deus que muitas vezes pediam a Deus que os poupasse desse peso.
40

20
Os escritores do Novo Testamento também reconhecem ter sido guiados pelo
Espírito Santo para registrar novas revelações de Deus. De acordo com a promessa do
próprio Jesus, o Espírito Santo lembraria de tudo o que Ele havia ensinado e os guiaria a
toda a
Verdade
(Jo
16:13).

A aceitação da Bíblia como Palavra de Deus não é matéria de prova científica e sim de
fé. Isso não quer dizer que tomamos atitude irracional ou sem fundamento. Antes,
nossa atitude se baseia no testemunho de Jesus, a respeito do Antigo Testamento.

De certo modo, podemos compará-la à nossa fé em Jesus Cristo como Filho


unigênito de Deus, a qual não depende, em última análise, de provas humanas de Sua
divindade, e sim, de um ato de fé.
A experiência cristã tem confirmado que de fato Deus se revela aos homens através
de TODA a Bíblia, ainda que o faça com maior nitidez em certas partes (João, por
exemplo) do que em outras que são, por assim dizer, periféricas em relação à suprema
revelação em Jesus Cristo.
Cremos que Deus inspirou alguém a registrar palavras de homens que estavam
enganados, como por exemplo, dos consoladores de Jó, cujos argumentos o próprio Deus
refutou. Não é que o Evangelho segundo João seja <<mais inspirado>> do que Eclesiastes,
por exemplo; antes, é que, naquele, Deus estava concedendo a João a mais suprema e plena
revelação de Deus; ao passo que, em Eclesiastes, fornecia o registro das últimas tentativas
humanas para conseguir a felicidade <<debaixo do sol>>.
Outrossim, mesmo que algumas partes da Bíblia pareçam não trazer mensagem de
Deus para nós, em nossa situação atual, é muito possível que tenham falado, ou que ainda
venham a falar, a outras pessoas em situações diferentes.
Basta lembrarmos, por exemplo, como o livro do Apocalipse tem revivido, vez após
vez, para cristãos que sofriam de perseguição.
Devemos lembrar também, que a própria Bíblia não nos autoriza a dividi-la em
partes, mas, antes, considerá-la um todo orgânico, tendo cada livro um papel a
desempenhar na obra total (2 Tm 3:16).
A própria Bíblia clama ser a Palavra de Deus. O termo “inspiração” é o termo
teológico tirado da Bíblia que expressa a verdade que a Bíblia é a Palavra de Deus. Para
entendermos a inspiração, devemos olhar para dois versículos clássicos das Escrituras:

“Toda a
Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para
corrigir, para instruir em justiça;” (2 Tm 3:16)

É
importante frisarmos que a Bíblia é inspirada e não os escritores. Se fosse o contrário,
tudo
aquilo que eles escrevessem, de uma forma geral, seria Bíblia...

A palavra inspiração é “theopneutos”, que significa “theo” = Deus, e “pneutos” =


assoprar. A palavra Hebraica é “nehemiah” e é usado somente uma vez no Velho
Testamento em Jó 32:8. O versículo está dizendo que Deus assoprou nos escritores da Bíblia
que escreveram assim as próprias Palavras de Deus.
A próxima passagem é:
41

“Porque
a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de
Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” (2 Pe 1:21)

Literalmente o que o versículo está dizendo é que a inspiração é o processo pelo


qual o Espírito Santo “se moveu” ou dirigiu os escritores das Escrituras para que o que eles
escrevessem não fossem suas palavras, mas a própria Palavra de Deus. Deus nos está
dizendo que Ele é o Autor da Bíblia, e não o homem.
42

21
Será que cada palavrinha da Bíblia é inspirada?
O que Jesus disse acerca deste assunto? Vamos lá ver, o que nosso Senhor falou:

“Ele,
porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de
TODA a palavra que sai da boca de Deus.” (Mt 4:4)

Que sublime afirmação do Mestre, onde Ele claramente nos diz que TODAS (não
somente algumas, não somente as que constam nos “melhores e mais antigos
manuscritos”, nem as que têm certa preferência da crítica textual), mas sim que todas as
palavras que saem da boca de Deus são alimento para o homem. Ou que dizer acerca do
cumprimento cabal da lei, declarado por Jesus:

“Porque em
verdade vos
digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da
lei, sem que tudo seja cumprido.” (Mt 5:18)

Ora aqui Jesus nos diz que TUDO o que está na lei, será cumprido. Existem
versículos que claramente proíbem acrescentar, ou diminuir, o que quer que seja – Ap
22:18-19 (lembre-se que uma vírgula numa frase pode alterar totalmente o sentido da
mesma).
Se o próprio Espírito Santo supervisionou a entrega e o registro da revelação, Ele,
sendo Deus onipresente, onisciente e onipotente, garantiu que isto seria feito sem erros. De
imediato, as pessoas dizem que a Bíblia é um livro de homens. Em outras palavras, falha e
imperfeita. Por mais sinceros, eruditos e criteriosos que fossem os profetas, eles ainda
estavam sujeitos às limitações da sua época e do seu conhecimento. Como poderiam
deixar de errar?
É natural, assim, esperar que a Bíblia apresente erros gritantes em questões
filosóficas, científicas, literárias ou históricas. Os milagres, por exemplo, são vistos como
lendas da Antigüidade, tão verdadeiros e históricos quanto Branca de Neve e os Sete
Anões.
De fato, tais conclusões seriam inevitáveis se o fator sobrenatural fosse descartado.
Mas, se o Espírito Santo, sendo o mesmo Deus, estava por trás da produção da Bíblia,
então é perfeitamente admissível que homens falhos fossem instrumentos para transmitir
informações infalíveis. E foi exatamente isso o que ocorreu.

Note:

- Inspiração é um mistério.
- Inspiração é essencialmente proteção contra erros, como se Deus dissesse “As verdades
que Eu quero transmitir, você as escreverá com as suas palavras, mas Eu vou guiá-lo para
você não deixar de escrever toda e só a verdade que Eu quero que seja escrita, e não errar
nem sequer uma letrinha ou o menor sinal de acentuação.”
- Plenária significa palavra por palavra, e não apenas os pensamentos principais.
- Verbal significa palavra por palavra, e não apenas os pensamentos principais.
43

- Toda a Bíblia é igualmente inspirada, mas não igualmente importante (Jo 3:16
versus Jz 3:16).
- Cada palavra é inspirada, mas só é autoritativa: a) no seu contexto; b) quando é de Deus
[diretamente ou pelos Seus profetas] e não o registro (inspirado, infalível!) das mentiras do
Diabo, demônios, ou homens.
- Inspiração não exclui o uso de fontes extra-Bíblicas: At 17:28; Tt 1:12; Jd 14-15. -
Inspiração não exige mesmos detalhes no relato de um mesmo evento: Mt 27:37 +
44

22
Mc 15:26 + Lc
23:38 + Jo 19:19.
- A inspiração está
terminada: Ap
22:18-19. E só abrangeu a Bíblia.

Distinção
entre
inspiração
e

autoridade:

Algo deve ser dito a respeito da distinção entre inspiração e autoridade. Geralmente
as duas são idênticas, de modo que aquilo que é inspirado, tem também autoridade com
respeito ao ensino e à conduta, mas, ocasionalmente, não é isso o que acontece. Por
exemplo: o que Satanás disse para Eva foi registrado por inspiração, mas não é a verdade
(Gn 3:4-5); o conselho que Pedro deu a Cristo (Mt 16:22), a declaração de Gamaliel ao
concílio (At 5:38-39); textos retirados do contexto, que assumem um significado totalmente
diferente de quando inseridos no contexto, etc.

A BÍBLIA, REGISTRO MERECEDOR DE CONFIANÇA

A Bíblia é uma revelação de Deus absolutamente fidedigna. Essa afirmativa


baseia-se na atitude de Jesus para com o Antigo Testamento e no testemunho da Bíblia a
Seu próprio respeito (Mt 5:17-18; Mc 7:1-13; 12:35-37; Jo 5:39-47; 10:34-36; 1 Co 14:37-38; Ef
3:3).
A Bíblia não tem a pretensão de ser uma enciclopédia infalível de informações sobre
todos os assuntos e, por isso, não nos fornece a resposta a todas as perguntas que
possamos fazer a respeito do mundo a nosso redor. (NEM TUDO NOS É REVELADO!).

As
coisas
encobertas pertencem ao SENHOR nosso Deus, porém as reveladas nos
pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as
palavras desta lei. (Dt 29:29).

Ela é escrita na linguagem do povo e não com a terminologia e exatidão científicas


do nosso século. De fato, seria tolice esperar que o fosse, e se, por algum milagre, isso fosse
conseguido, o livro se tornaria incompreensível para a maioria de nós, para todos os que
nos precederam e, dentro de pouco tempo, se tornaria arcaica.
A Bíblia registra uma revelação progressiva de Deus através de muitos séculos e a
povos vários. Não devemos, portanto, tomar suas afirmações isoladamente, mas
considerá-la à luz do todo. Não podemos basear nossas crenças em versículos isolados,
destacados de seu contexto.

LEMBRE-SE: Texto fora de contexto é pretexto para heresias!

É inegável que a moderna ciência da Arqueologia muito tem feito no sentido de


confirmar a exatidão da história registrada na Bíblia. Muito raramente, e em assuntos de
pequena importância, põe um ponto de interrogação ao lado do registro bíblico.
Uma vez que a Bíblia registra uma revelação que se deu através da história,
podemos sentir satisfação em saber que o esboço histórico apresentado na Bíblia é capaz
45

de tanta confirmação arqueológica.


Muitos problemas que se alegam existir na Bíblia, devem-se à nossa falta de saber
interpretá-la corretamente. Às vezes procuramos, por exemplo, informações literais em
passagens que devem ser tomadas como poéticas.

Através
de uma
compreensão integral da Bíblia, podemos descobrir que muitas discrepâncias
desaparecem ou são de somenos importância, no que se refere à verdade da Bíblia,
vista como um todo.
46

23
TERMOS RELACIONADOS COM A INSPIRAÇÃO:

A) A REVELAÇÃO DE DEUS:

“REVELAÇÃO É AQUELE ATO DE DEUS PELO QUAL ELE MESMO SE


DESCERRA E COMUNICA VERDADE À MENTE, MANIFESTANDO ÀS SUAS
CRIATURAS AQUILO QUE NÃO PODERIA SER CONHECIDO DE NENHUM
OUTRO MODO”.

 A NECESSIDADE DA REVELAÇÃO:

Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo
aos seus servos, os profetas. (Amós 3:7)

Será possível ao homem, finito e limitado como é, em sua capacidade e em seu


entendimento, compreender a grandeza do Deus infinito?
Por si mesmo, é evidente que não. A não ser que Deus se revele ao homem, este não
pode conhecê-Lo.
Chega-se, portanto, à conclusão de que Deus se revelou às suas

criaturas. · A REVELAÇÃO DE DEUS DIVIDE-SE EM GERAL E

ESPECIAL:

• Revelação geral de Deus: É endereçada e acessível a TODA criatura inteligente, e tem


por objetivo persuadir a alma a buscar o verdadeiro Deus. Ela ocorre:

· Na Natureza: JÓ 12:7-9; SL 8:1, 3; 19:1-3; IS 40:12-14, 26; AT 14:15-17; RM 1:19-23,


2:14-15. SUA FINALIDADE É INCITAR O HOMEM A BUSCAR O DEUS
VERDADEIRO, PARA RECEBER MAIS LUZ. DEIXA O HOMEM INESCUSÁVEL,
MAS É INSUFICIENTE PARA SALVAÇÃO. ALGUMAS VERDADES CONTIDAS
NAS RELIGIÕES PAGÃS DERIVAM-SE DESSA FONTE DE REVELAÇÃO. É,
CONTUDO, INSUFICIENTE. SE REVELA A GRANDEZA, A SABEDORIA E O
PODER DE DEUS, NADA DIZ DO INTERESSE QUE ELE TEM NO HOMEM
PECADOR, NEM SE ESTE PODE SE SALVAR.
· Na História DE NAÇÕES TAIS COMO O EGITO, ASSÍRIA, ETC. EMBORA DEUS
POSSA USAR UMA NAÇÃO MAIS ÍMPIA PARA CASTIGAR UMA MENOS
ÍMPIA, AO FINAL TRATARÁ A MAIS ÍMPIA COM MAIOR SEVERIDADE (HC
1:1-2:20). E, MUITÍSSIMO MAIS, NA ESPANTOSA HISTÓRIA DA “PULGUINHA”
ISRAEL. DT 28:10; SL 75:6-8; PV 14:34; AT 17:2-4; RM 13:1. ESSE POVO
ACREDITAVA QUE DEUS, A QUEM CONHECIA POR NOME DE JAVÉ OU
JEOVÁ, AGIA NA SUA VIDA INDIVIDUAL E NACIONAL (SL 78); QUE LHE
FALAVA POR MEIO DE PROFETAS (1 SM 3; IS 6; OS 1; AM 7:14-17),
REVELANDO-LHES QUE SEU CARÁTER ERA DE JUSTIÇA E AMOR (IS 6:3; AM
47

5:6-27; DT 7:8; JR 31:3; OS 11:1); QUE ISRAEL ERA SEU POVO ESCOLHIDO (DT
7:7-26; JR 7:23; 13:11) E QUE DELE DEUS RECLAMAVA NÃO SÓ O CULTO,
COMO TAMBÉM A JUSTIÇA E O AMOR EM SUA VIDA SOCIAL E NACIONAL
(AM 5:21-24; IS 1:27; MQ 6:8). ESSE DEUS ERA SENHOR DA CRIAÇÃO (IS 40; 42:5;
AM 5:8) E REI MORAL DA HISTÓRIA (DT 28; JZ 2; AM 5:14). HAVERIA, UM DIA,
DE JULGAR O MUNDO E ESTABELECER UM REINO DE JUSTIÇA. SEU
PROPÓSITO FINAL PARA OS HOMENS ERA, PORTANTO,
48

24
A SALVAÇÃO E, PARA ESSE FIM, ESCOLHERA A ISRAEL PARA SEU SERVO, O
QUAL DEVERIA LEVAR TODOS OS HOMENS À RELIGIÃO VERDADEIRA.
COMO, PORÉM, ISRAEL ESTAVA PREJUDICADO PELO SEU PECADO, PARA
EXECUTAR A TAREFA, DEUS PROMETERA LEVANTAR, FUTURAMENTE, UM
LIBERTADOR, CHAMADO, ORA DE REI, NA SUCESSÃO DE DAVI, ORA DE
SERVO DO SENHOR (IS 2:1-4; 9:1-7; 42:1-9; 49:1-6; 50:4- 9; 52:13; 53:12; JR 31:31-40;
33:14-16; EZ 34:37). ESTA REVELAÇÃO JÁ É MAIS EXPLÍCITA E INFORMATIVA
DO CARÁTER PESSOAL DE DEUS, DO QUE A REVELAÇÃO ATRAVÉS DA
NATUREZA. CONTUDO, É TAMBÉM INCOMPLETA.
 Na Consciência: A Lei gravada nos corações,"uma espiã de Deus em nosso peito,"
"uma
embaixadora de Deus em nossa alma," como os puritanos costumavam chamá-la.
Rm 2:14-16. É a presença no homem desta ciência do que é certo e errado, deste algo
discriminativo e impulsivo que constitui a revelação de Deus. Não é auto-imposta,
como fica evidenciado pelo fato de que o homem freqüentemente se livraria de suas
opiniões se pudesse; é o reflexo de Deus na alma. Na nossa consciência temos outra
revelação de Deus. Suas proibições e ordens, suas decisões e impulsos não teriam
qualquer autoridade real sobre nós se não sentíssemos que na consciência temos de
alguma forma a realidade, algo em nossa natureza que, todavia, está acima dessa
natureza. Em outras palavras, ela revela o fato de que há uma lei absoluta do certo e
do errado no universo e de que há um Legislador Supremo que encarna esta lei em
Sua própria pessoa e conduta.

• Revelação especial de Deus: ABRANGE OS ATOS DE DEUS PELOS QUAIS ELE SE


FEZ CONHECER E À SUA VERDADE, EM OCASIÕES
ESPECIAIS E A PESSOAS ESPECÍFICAS, MAS QUASE SEMPRE PARA O BENEFÍCIO DE
TODOS.
É NECESSÁRIA PORQUE O HOMEM NÃO RESPONDEU À REVELAÇÃO
GERAL. RM 1:20-23,25; 1 CO 1:21; 2:8. ELA OCORRE:

 Em Jesus Cristo, A SUPREMA REVELAÇÃO DE DEUS (CL 1:15; 2:9; HB 1:3),


NECESSÁRIA PORQUE O HOMEM NÃO RESPONDEU ÀS OUTRAS HB 1:1-3.
CRISTO É A MELHOR PROVA DA: EXISTÊNCIA, NATUREZA, E VONTADE DE
DEUS! A vinda de Jesus Cristo foi a manifestação suprema e o pleno cumprimento
da Revelação que Deus começara a fazer de Sua Pessoa, na vida de Israel. Jesus
afirmou expressamente que Ele era Aquele de quem os profetas falavam (Mt 5:17; Lc
24:44). Referia-se a Si mesmo como o Filho de Deus (Mt 11:25-27) e atribuía às Suas
próprias palavras a autoridade de Deus (Mc 2:1-12; 13:31; 14:62). Além das Suas
palavras, o caráter e as ações de Cristo deviam ser considerados manifestações de
Deus aos homens. Disso eram sinais: Seus milagres e Suas obras poderosas (Lc
12:54-56; Jo 3:2; 14:11). Toda a Sua vida demonstrara o amor que caracteriza a Deus
(Mc 2:17; 10:21, 45; Lc 19:1-10; Jo 3:16). Sua morte coroou Sua vida de abnegação em
favor dos homens (Mc 14:22- 24) e Sua ressurreição e ascensão declararam que Deus
se agradara da obra de Seu Filho e O tinha exaltado (At 3:14-26; Rm 1:4). Seus
discípulos passaram o restante de suas vidas anunciando-O como Aquele que
verdadeiramente revelava Deus aos homens e lhes restabelecia a relação adequada
com Ele. As provas impressionantes de Sua influência nas vidas humanas, a partir
49

de então, são outras tantas confirmações de Sua pretensão de revelar Deus aos
homens. Essa Revelação, na qual Deus se fez homem, na Pessoa de Seu Filho Jesus
Cristo, é uma Revelação pessoal, perfeita e que não se repete. No sentido mais
completo, Jesus Cristo é a PALAVRA DE DEUS aos homens (Jo 1:1-18; Hb 1:1-2). É
evidente, portanto, que ninguém pode conhecer a Deus, senão por Jesus Cristo (Jo
1:18; Mt 11:27).

 Nas Experiências Pessoais de Certos Homens: Enoque e Noé andaram com Deus
(Gn 5:21-24; 6:9); Deus falou a Noé (Gn 6:13; 7:1; 9:1); a Abraão (Gn 12:1-3); a Isaque
(Gn 26:24); a Jacó (Gn 28:13; 35:1); a José (Gn 37:5-11); a Moisés (Êx 3:3-10; 12:1); a Josué
(Js 1:1); a Gideão (Jz 6:25); a Samuel (1 Sm 3:2-4); a Davi (1 Sm 23:9-12); a Elias
50

25
(1 Rs 17:2-4); a Isaías (Is 6:8), etc. Da mesma maneira, no N. T. Deus falou a Jesus
(Mt 3:16-17; Jo 12:27-28); a Pedro, Tiago e João (Mc 9:7); a Felipe (At 8:29); a Paulo
(At 9:4-6; 18:9); e a Ananias (At 9:10). Nas experiências de nós, crentes da
dispensação da graça.
· EM MILAGRES: eventos fora do usual e natural, realizando uma obra útil, revelando
a presença e poder de Deus, visando trazer homens a Cristo (Jo 20:30-31). Êx 4:2-5
(Deus transformou vara em cobra) contraste Êx 7:1-2 (imitação, desmascarada).

Milagres podem ser:

a) de intensificação (exemplo: dilúvio) ou “tempo exato” (terremoto na crucificação) de


fenômenos naturais (praga de saraiva e fogo); a força de Sansão, etc. b) de alteração das
leis naturais (multiplicação dos pães, florescimento da vara de Arão, obtenção de água da
rocha, cura dos doentes, ressurreição de mortos).

Se
alguém
quiser
contestar
a
existência de milagres, lembre- lhe que a pergunta certa é “as testemunhas são
absolutamente confiáveis?” e não “o evento é naturalmente possível?”. Demonstre a
historicidade da ressurreição de JESUS CRISTO. Mostre que se ele crer na
ressurreição e no Ressurreto Homem-Deus, aceitará todos os milagres da Bíblia. Fale
de respostas às orações.
· Em Profecias-predição de eventos, só possível pela comunicação direta da parte de
Deus Is 44:28-45:1 (Ciro). Se alguém quiser contestar a existência de profecias,
mostre-lhe que se ele crer no Profetizado Emanuel, aceitará todas as profecias da
Bíblia.

Mostre-lhe as profecias cumpridas em Cristo:

· Ele deveria ser nascido de uma virgem (Is 7:14; Mt 1:23);


· da semente de Abraão (Gn 12:3; Gl 3:8);
· da Tribo de Judá (Gn 49:10; Hb 7:14);
· da linhagem de Davi (Sl 110:1; Rm 1:3);
· deveria nascer em Belém (Mq 5:2; Mt 2:6);
· ser ungido pelo Espírito (Is 61:1-2; Lc 4:18-19);
· entrar em Jerusalém montado em um asno (Zc 9:9; Mt 21:4-5);
· ser traído por um amigo (Sl 41:9; Jo 13:18);
· ser vendido por trinta moedas de prata (Zc 11:12-13; Mt 26:15; 27:9-10); ·
ser abandonado por seus discípulos (Zc 13:7; Mt 26:31, 56);
· ter suas mãos e pés traspassados, mas não ter nenhum osso quebrado (Sl 22:16; 34:20;
Jo 19:36; 20:20, 25);
· os homens iriam dar-lhe fel e vinagre a beber (Sl 69:21; Mt 27:34);
· repartir Suas vestes e lançar sortes sobre Sua túnica (Sl 22:18; Mt 27:35); ·
Ele seria abandonado por Deus (Sl 22:1; Mt 27:46);
· enterrado com os ricos (Is 53:9; Mt 27:57-60);
51

· Ele iria surgir dos mortos (Sl 16:8-11; At 2:27);


· subir às alturas (Sl 68:18; Ef 4:8);
· e se assentar à mão direita do Pai (Sl 110:1; Mt 22:43-45).

Será que não temos nestas predições que já foram cumpridas uma forte prova do
fato que Deus Se revelou por profecia? E se Ele o fez nestas predições, o que nos impede de
crer que O fez em outras também?
52

26

 Em profecias-enunciação de verdades “assopradas” pelo Espírito Santo” 2 Tm 3:16;


2 Pe 1:20-21.
· Nas Escrituras, QUE REÚNEM TODA A REVELAÇÃO QUE DEUS QUIS QUE
FICASSE INERRANTEMENTE CORPORIFICADA, SENDO A BASE PARA TODAS
AS DISCIPLINAS DA TEOLOGIA.
Se a suprema revelação de Deus é Jesus Cristo, surge o problema: como então pode
Deus revelar-se a nós, que vivemos dois milênios depois de Cristo? Não estando
Jesus visivelmente entre nós, ficamos privados da possibilidade de alcançar a plena
revelação de Deus?
A resposta a essas perguntas é que existe ainda outra forma de revelação. É que o
Espírito de Deus capacitou homens a darem testemunho escrito da revelação que
receberam, de modo a poderem interpretá-la e transmiti-la às gerações posteriores.
Assim, podemos chegar ao conhecimento da revelação de Deus na Natureza, na
História, etc, e em Jesus Cristo, através do registro que dela temos em mãos, na
BÍBLIA, e pelo qual Deus fala hoje aos homens.
Desse modo, Jesus Cristo se revela ainda aos homens. Ele não é uma extinta Figura
do passado, mas o FILHO VIVO DE DEUS, de maneira que os cristãos que vivem
em eras posteriores à Sua crucificação podem afirmar que O conhecem e têm
comunhão com Ele.

Uma vez que é


a Bíblia o meio
pelo qual
seguramente
Deus se revela hoje aos homens, devemos examinar com algum cuidado seu
caráter, sua suficiência e a confiança que merece como revelação de Deus
(2 Tm 3:15; Hb 1:1).

 MÉTODOS DE REVELAÇÃO:

POR ANJOS GN 18 (3 ANJOS, ABRAÃO, SODOMA); COM VOZ ALTA GN 3:9-19


(PUNINDO A QUEDA); COM VOZ SUAVE 1 RS 19:11, 12 (A ELIAS); SL 32:8; PELA
NATUREZA SL 19:1-3; POR UM JUMENTO NM 22:28 (BALAÃO); POR SONHOS GN
28:12 (ESCADA DE JACÓ); EM VISÕES GN 46:2; AT 10:3-6 (PEDRO E CORNÉLIO);
LIVRO DE APOCALIPSE; CRISTOFANIAS ÊX 3:2 (O ANJO NA SARÇA).

A Revelação de Deus no Antigo Testamento é uma revelação com as seguintes


características:

a) É uma revelação autoritária - Jo 5:39; Lc 19:19-31.


b) É uma revelação verídica - Jo 10:35; Is 34:16.
c) É uma revelação progressiva - Hb 1:1, 2.
d) É uma revelação parcial - Hb 1:1, 2; Cl 2:17; Hb 10:1.

B. A ILUMINAÇÃO:

“É AQUELE MÉTODO USADO PELO ESPÍRITO SANTO PARA DERRAMAR LUZ


53

DIVINA SOBRE TODO O HOMEM QUE O


BUSQUE, AO SER ESTE HOMEM EXPOSTO À
PALAVRA DE DEUS.”

• A iluminação se faz necessária por causa das cegueiras: natural 1 Co 2:14; induzida pelo
Diabo 2 Co 4:3-4; induzida pela carne 1 Co 3:1; Hb 5:12-14; 2 Pe 1:19.

• Só com a iluminação é que pecadores são salvos (Sl 119:30; 146:8) e crentes são
fortalecidos (Sl 119:105; 1 Co 2:10; 2 Co 4:6).
54
27
• Antes de iluminar, o Espírito Santo procura por sinceridade do homem (Dt 4:29; Hb 11:6)
e diligente estudo do crente (At 17:11; 2 Tm 2:15; 1 Pe 2:2).

• O Espírito Santo sempre tem que usar um crente (que O tem) para iluminar o descrente
(que não O tem) At 8:31.

C. COMPARAÇÃO REVELAÇÃO-INSPIRAÇÃO-ILUMINAÇÃO:

Revelação: comunicação da verdade.


Inspiração: registro da verdade.
Iluminação: entendimento da verdade.

---inspiração--- >
DEUS ---revelação---> Homem BÍBLIA
<--- iluminação---

Podemos
ter

revelação sem inspiração , como tem sido o caso de muitas pessoas piedosas no passado e
como fica claro pelo fato de João ter ouvido as vozes dos sete trovões, apesar de não lhe ter
sido permitido escrever o que eles disseram (Ap 10:3-4).
Podemos também encontrar inspiração sem revelação, como quando os escritores
registram o que viram com seus próprios olhos e descobriram pela pesquisa (1 Jo 1:1-4; Lc
1:1-4).
A iluminação geralmente acompanha a inspiração ou está incluída nela, mas nem
sempre, conforme pode ser visto em 1 Pe 1:11-12.

TEORIAS
ANTIBÍBLICAS SOBRE A INSPIRAÇÃO

A) TEORIA MECANISTA, OU DO DITADO = “Deus usou homens como meros


amanuenses”.

Esta teoria ignora diferenças de estilo entre os escritores; ignora que Deus não usou
robôs inanimados nem psicografistas (“pneumografistas”) talvez até inconscientes do que
escreviam, mas usou, sim, homens com personalidades distintas; e ignora que a Bíblia é
ambos 100% divina e 100% humana, respeitando a personalidade e estilo de cada escritor!
2Pe 1:21.
Deus usou as personalidades e modos de expressão peculiares a cada escritor:
“somente” os protegeu do menor erro, desvio, omissão, e excesso.
Inspiração é basicamente essa proteção.
B) TEORIA DA INSPIRAÇÃO NATURAL = “a inspiração da Bíblia é só momentos de
superioridade do homem natural, como Beethoven na “Sinfonia Inacabada”. 2 Pe 1:20-21.
55

Assim, cometem o erro de pensar que: “o Salmo 23 não é mais inspirado que o
grande hino ‘Rude Cruz’; o Sermão do Monte não é mais inspirado que ‘Pecadores nas
Mãos de um Deus Irado’, de Jonathan Edwards; a História do Filho Pródigo não é mais
inspirada que ‘O Peregrino’, de John Bunyan, etc.”

C) TEORIA DA INSPIRAÇÃO PARCIAL, dinâmica = “A Bíblia só é inspirada no


espiritual e essencial, não na História, Ciência, etc. e no que achamos ‘secundário’.” 2 Tm
3:16; Jo 3:12.
56

28

O que é essencial? aquilo que você gosta??!!! Isto é puro subjetivismo louco! Como
crer o maior (o espiritual, invisível, eterno) de quem não creio o menor (material, tangível,
efêmero)?
(Jo 3:12).

“A teoria dinâmica não explica, nem mesmo tenta explicar, como os escritores poderiam
estar

possuídos de conhecimentos sobrenaturais ao registrarem uma sentença e serem


rebaixados a um nível muito inferior na seguinte. Ela não nos dá a psicologia daquele
estado de espírito que pode se pronunciar infalivelmente sobre matérias de doutrina,
enquanto que se desvia a respeito dos fatos mais simples da história. Ela não tenta analisar
a relação existente entre as mentes Divina e humana, que produz tais resultados.” (Marcus
Dods, em A Bíblia: Sua Origem e Natureza, 1912, pág. 122)

D) TEORIA DA INSPIRAÇÃO SÓ DO PENSAMENTO PRINCIPAL, Não das palavras


em si (Sl 138:2; Mt 5:18; 1 Co 2:13; 2 Tm 3:16).

E) TEORIA DO “ENCONTRO MÍSTICO” = “AQUELES QUE TIVERAM ‘ENCONTROS’


(EXPERIÊNCIAS EMOCIONAIS) COM DEUS ESCREVERAM A VERDADE SEM A SUA
PROTEÇÃO, MUITO MISTURADA COM MITOS E IMAGINAÇÕES. HOJE, A BÍBLIA
NÃO É, MAS CONTÉM A PALAVRA DE DEUS, QUE EU DESCUBRO QUANDO, NUM
‘ENCONTRO’ (» NIRVANA), PERCEBO O QUE DEUS TEM POR BAIXO DOS MITOS
BÍBLICOS. SÓ ENTÃO, ELA TORNA-SE A SUA PALAVRA, PARA MIM.”
ISTO É PURO SUBJETIVISMO LOUCO, LEVANDO ÀS MAIS DISPARATADAS
CONCLUSÕES! 2 Tm 3:16

PROVAS DA
INSPIRAÇÃO PLENÁRIA, VERBAL, INFALÍVEL

A Bíblia é inspirada (“assoprada para dentro do homem”) por Deus: Ver a seção: “A
Bíblia é a corporificação da revelação de Deus”.

· ESTA INSPIRAÇÃO É:

a) Por Deus (!): At 1:16; 2 Tm 3:16-17; Hb 10:15-17; 2 Pe 1:20-21.


b) Verbal (= palavra por palavra, e não apenas os pensamentos principais): Sl 138:2; Mt
4:4-5; 5:17-18; 22:32; 1 Co 2:13; Gl 3:16.
c) Plenária (= toda ela, de capa a capa, sobre todo e qualquer assunto): 2 Tm 3:16-17. d)
Infalível e inerrável (= não contém nenhum erro, é incapaz de errar e de falhar): Mt 5:18; Jo
10:35b.

· A NATUREZA DA INSPIRAÇÃO PLENÁRIA, VERBAL E INFALÍVEL DA BÍBLIA


É ASSEGURADA POR:

a) O caráter de Deus: IRIA O DEUS PERFEITO, ETERNO E IMUTÁVEL, CONSENTIR


57

QUE AS SUAS REVELAÇÕES FOSSEM EXPRESSAS IMPERFEITA E FALIVELMENTE


PELOS SEUS PROFETAS? ISTO É INIMAGINÁVEL!

b) O caráter e declarações da Bíblia:

b.1) (Ver: “O caráter transcendente da Bíblia”). A BÍBLIA TEM UNIDADE, CONTEÚDO E


PADRÃO MORAL, INCOMPARAVELMENTE SUPERIORES A TODOS OS OUTROS
LIVROS.
58

29
b.2) (Ver: “Declarações da Bíblia sobre si mesma”). A BÍBLIA É ABSOLUTAMENTE
CONFIÁVEL EM TUDO O QUE PODE SER CHECADO, ENTÃO DEVEMOS ACEITAR O
QUE DIZ DE SI MESMA:

b.3) A Bíblia clama ser a plenária, verbal e infalível Palavra de Deus:

· Explicitamente em Sl 138:2; 2 Tm 3:16; 2 Pe 1:20-21.


- As peculiaridades do sistema mosaico ficam claras à luz de uma revelação progressiva. A
Lei a Graça e a doutrina do Espírito Santo estão interligadas ao propósito dispensacional
de Deus.
· Mais de 3800 vezes em frases diretas como “Assim diz o Senhor” no V. T.: Êx 14:1; Is
43:1; Ez 1:3.
· No reconhecimento de um escritor/livro por outro: 2 Rs 17:13; Sl 19:7; 33:4; 119:89; Is
8:20; Gl 3:10; 1 Pe 1:23; At 1:16; 28:25; 1 Pe 1:10-11. Pedro reconheceu a inspiração
dos escritos de Paulo 2 Pe 3:15-16. Pedro e Paulo reconhecem a inspiração de todo o
restante das Escrituras. 2 Tm 3:16; 2 Pe 1:20.

Cristo
ensinou
que a
Bíblia é infalivelmente inspirada (Jo 10:35b; Mt 4:4; 5:17- 18; 22:32) e também eterna e
perfeitamente preservada por Deus (Mt 4:4; 5:18; 24:35 [= Lc 21:33]; Lc 16:17)

OBJEÇÕES À INSPIRAÇÃO PLENÁRIA E VERBAL:

A) ALEGAM QUE HÁ “RECONHECIMENTO DE NÃO INSPIRAÇÃO”: BASTA UM BOM


EXAME DO CONTEXTO (OU UM PERFEITO ENTENDIMENTO DOS IDIOMAS E DOS
MANUSCRITOS PELOS QUAIS DEUS PRESERVOU INFALIVELMENTE SUA PALAVRA:
TEXTO MASSORÉTICO E TEXTO RECEBIDO). EXEMPLO: EM 1 CO 7:12, 25. PAULO,
QUE ESTAVA SÓ REPETINDO MT 5:31-32; 19:3-9 (DIVÓRCIO), AGORA INTRODUZ UM
MANDAMENTO IGUALMENTE INSPIRADO (COMPARE: 1 CO 7:40).

B) ALEGAM QUE HÁ “CITAÇÕES EXPRESSANDO ERROS”: SÃO SÓ CITAÇÕES (FIÉIS!)


DE ERRADOS E/OU MENTIROSOS HOMENS (SL 10:4) OU DO DIABO (GN 2:4-5).

C) “ERROS HISTÓRICO-CIENTÍFICOS”: BASTA LEMBRARMOS QUE: • Assim como os


cientistas usam expressões “pôr-do-sol”, “quatro cantos da terra” (por serem referenciais
cômodos, de fácil entendimento), a Bíblia usa a linguagem das aparências, em certas
passagens, etc.; Ademais, a Bíblia é 100% exata, mas não é formal, matemática.
• A Bíblia só relata fragmentos da verdade Jo 20:30-31.
• Relatos distintos podem se complementar (CONTRADIZER!) OU PODEM ENFATIZAR
DIFERENTES ASPECTOS DOS EVENTOS OU DOUTRINAS.
• A Bíblia foi por Deus infalivelmente inspirada e preservada (através do Texto
Massorético e do Texto Recebido), palavra por palavra, til por til, mas os tradutores mais
fiéis e tremendamente cuidadosos podem aqui e acolá ter sido algo menos que perfeitos...
• A verdadeira ciência se limita a fatos da observação ou experimentação (a Teoria da
59

Evolução, das Camadas Geológicas, da Astrofísica, etc., não o fazem, resultam de meras
suposições loucas!).
•Cientistas hoje admitem que a luz apareceu antes do sol.

D) “APARENTES CONTRADIÇÕES”: SEMPRE TÊM EXPLICAÇÕES, SE PRESTARMOS


MUITA ATENÇÃO. EXEMPLOS:
· NM 25:9 VERSUS 1 CO 10:8 (DIFERENTES NÚMEROS DE MORTOS PELA PRAGA):
NM NÃO SE LIMITOU A 1 SÓ DIA!
· LC 6:17 VERSUS MT 5:1 (O SERMÃO FOI NO MONTE OU EM LUGAR PLANO?): 2
SERMÕES, SENDO 1 PARA OS DISCÍPULOS, OUTRO PARA O POVO. OU 1 SERMÃO,
EM
60

30
LUGAR PLANO NO MEIO DO MONTE? A PLANURA EM LC 6:17 ERA
PROVAVELMENTE NA MESMA MONTANHA MENCIONADA EM MT 5:1.  MT 20:29
VERSUS MC 10:46 + LC 18:35 (1 OU 2 CEGOS? NA ENTRADA OU SAÍDA DE
JERICÓ?): 2 CEGOS NA ENTRADA, 1 NA SAÍDA. PROVAVELMENTE, FORAM OS 2
CEGOS CURADOS ENTRE JERICÓ VELHA E JERICÓ NOVA, SENDO QUE MC E LC
MENCIONAM SOMENTE O MAIS NOTÁVEL.
 MT 8:5-13 VERSUS LC 7:1-10: CENTURIÃO DE CAFARNAUM COM SERVO
MORIBUNDO: OUVIU FALAR DE JESUS -> ENVIOU ANCIÃOS JUDEUS PARA
CHAMÁ-LO -> ENVIOU AMIGOS -> FOI ELE MESMO -> CREU -> VOLTOU ->
CONSTATOU MILAGRE.

OBS: 2 Rs 8:26
versus 2 Cr 22:2
1 Rs 4:26 versus 2 Cr 9:25 – (Apresentar estudo mostrando que não são erros)

E) “ERROS EM PROFECIAS”: ESSES APARENTES ‘ERROS’ SÃO MÁS


INTERPRETAÇÕES DAS PROFECIAS, OU PROFECIAS AINDA A SEREM CUMPRIDAS
(DN 2, 7, 9, 11, 12; ZC 12-14; A MAIOR PARTE DO LIVRO DE APOCALIPSE). NEM
PAULO, NEM TIAGO, NEM PEDRO ENSINARAM QUE CRISTO VIRIA
IMEDIATAMENTE, MAS SIMPLESMENTE, QUE ELE PODERIA VIR A QUALQUER
HORA (II CO 5:4; I TS 4:15-17; TG 5:9; 2 PE 3:4, 8, 9).

F) “IMPOSSIBILIDADE CIENTÍFICA DE MILAGRES”: (VER O ITEM “A REVELAÇÃO


ESPECIAL DE DEUS”). QUANDO A EXISTÊNCIA DO DEUS TODO-PODEROSO É
ACEITA, ENTÃO NÃO HÁ PROBLEMA EM SE ACEITAR A SUA INTERVENÇÃO
SOBRENATURAL (E COERENTE CONSIGO MESMO): SE, QUANDO, COMO, E ONDE
ELE O DESEJE.

G) “ERROS NA CITAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE SI PRÓPRIA”: Às vezes, os escritores


do Novo Testamento simplesmente expressam suas idéias com palavras emprestadas de
uma passagem do Velho Testamento, sem a pretensão de interpretar a passagem (Rm
10:6-8, cf. Dt 30:12-14). Às vezes eles destacam um elemento típico em uma passagem que
não tem geralmente sido reconhecido como típico (Mt 2:14, cf. Os 11:1). Às vezes, dão
crédito a uma profecia mais recente, quando eles realmente estão citando uma forma mais
antiga da mesma (Mt 27:9, cf. Zc 11:13). Às vezes eles combinam duas citações em uma só,
e atribuem o todo ao autor mais proeminente (Mc 1:2-3). ADEMAIS, O AUTOR (O
ESPÍRITO SANTO) DE TODA A BÍBLIA TEM TODO O DIREITO DE RE-EXPRESSAR-SE
E RE-EXPLICAR-SE CONFORME SEU DESEJO SOBERANO.

H) “IMORALIDADE DOS HOMENS”: É REGISTRADA; HONESTAMENTE (!); MAS


NUNCA É SANCIONADA. Ex: a bebedeira de Noé (Gn 9:20-27), o incesto de Ló (Gn
19:30-38), a falsidade de Jacó (Gn 27:19-24), o adultério de Davi (2 Sm 11:1-4), a poligamia
de Salomão (1 Rs 11:1-3, cf. Dt 17:17), a severidade de Ester (Et 9:12-14), as negações de
Pedro (Mt 26:69-75).

OBS: APARENTES SANÇÕES À IMORALIDADE SÃO SANÇÕES SÓ A UMA VIRTUDE


61

ACOMPANHANTE:

EXEMPLOS:

I) DIVÓRCIO (DT 24:1 VERSUS MT 5:31-32 + 19:7-9), ETC: FORAM


TOLERADOS/DISCIPLINADOS COMO UM BEM RELATIVO, NUNCA
RECOMENDADOS COMO UM BEM ABSOLUTO.

II) A MATANÇA DOS CANANEUS (DT 7:1-2; 20:16-18), OS SALMOS IMPRECATÓRIOS


(35, 69, 109, 137), ETC: MOSTRAM UM DEUS SOBERANO, SANTO, E JUSTO, QUE PODE
USAR HOMENS PARA EXECUTAR SEUS DESÍGNIOS.
62

31
Strong diz que os salmos imprecatórios são “não a ebulição de ódio pessoal, mas a
expressão de indignação judiciosa contra os inimigos de Deus”, e que a destruição dos
cananitas “foi simplesmente cirurgia benevolente que amputou um membro pútrido, e
assim salvou a vida religiosa da nação hebraica e do mundo posterior”.

A
BÍBLIA É A CORPORIFICAÇÃO DA REVELAÇÃO DE DEUS:

DECLARAÇÕES DA PRÓPRIA BÍBLIA:


A Bíblia é absolutamente genuína e confiável em tudo que podemos checar com fatos (ver
seções “genuinidade” e “confiabilidade da Bíblia”)!

Portanto, como é natural até nas relações diplomáticas e comerciais, somos


justificados em aceitar o que ela diz de si mesma, declarando-se no V. T. (mais de 3800
vezes: Êx 14:1; Is 43:1; Ez 1:3) e no N. T. (1 Co 14:37; Gl 1:11-12; Hb 2:1-4; 2 Pe 3:2; 1 Jo 5:10;
Ap 22:18-19) como a corporificação da revelação de Deus. 2 Tm 3:16-17; 2 Pe 1:20-21.

ARGUMENTOS:

a) ARGUMENTO “A PRIORI” (prova que tem que haver uma Bíblia Divina, mas ainda
não prova que é a nossa):
O homem é depravado e não pode ir a Deus. Deus é bom, amor, misericórdia,
graça, ...
Portanto, esperar-se-ia que Deus se revelasse e corporificasse Sua revelação.

b) ARGUMENTO DA ANALOGIA : (EXIGE HAVER UMA BÍBLIA DIVINA, MAS


AINDA
NÃO PROVA QUE É A NOSSA):
HOMENS ± “BONS” COMUNICAM VERDADES AOS QUE A NECESSITAM.
DEUS É INFINITAMENTE BOM AT 14:15-17. PORTANTO, SEGURAMENTE DEUS SE
REVELOU E CORPORIFICOU SUA REVELAÇÃO.

c) A SINGULAR E ESPANTOSA INDESTRUTIBILIDADE DA BÍBLIA :

O tempo
não afeta
Bíblia. É
o livro
mais
antigo do
mundo e ao mesmo tempo o mais moderno. Em mais de 20 séculos o homem não pôde
melhorá-la. Se a Bíblia fosse de origem humana em 20 séculos ela já estaria superada, ou
seja, desatualizada.
Uma vez que o homem moderno se farta de tanto saber, era de se esperar que já
tivesse produzido uma Bíblia melhor! Para o salvo isto é uma evidência da Bíblia como a
Palavra imutável de Deus.

Mesmo sob a mais tenaz/variada, violenta/sutil perseguição já vista, a Bíblia nunca


foi destruída! Portanto ela tem que ser divina.
(“Os malhos se amassam-despedaçam, mas a bigorna permanece”).
O ataque satânico contra a palavra de Deus remonta o Jardim do Éden. A primeira
63

intervenção de Satanás na História foi adulterando e pondo dúvida na Palavra de Deus:


nascia a primeira Bíblia na Linguagem de Hoje! O primeiro pecado de Eva foi o de aceitar
a suposta palavra de Deus "modernizada" da boca do Diabo.

"ORA, a
serpente era
mais astuta
que todas as
alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim
que Deus disse?: Não comereis de toda a árvore do jardim?"
(Gn 3:1 - ACF)
64

32
Repare que quem fica a ganhar com esta controvérsia Bibliológica, é o pai da
mentira; e não o povo de Deus.
Séculos mais tarde, Satanás recorreu novamente às Escrituras para tentar o Mestre
Jesus em Mateus 4:1-11.
Os imperadores romanos descobriram que os cristãos baseavam sua crença nas
Escrituras. Conseqüentemente, buscaram suprimi-las ou exterminá-las. O mais notável foi
Dioclécio que, através de um decreto real em 303 A. D., ordenou que todos os exemplares
da Bíblia fossem queimados. Ele havia matado tantos cristãos e destruído tantas Bíblias
que, quando os cristãos ficaram quietos por algum tempo e permaneceram escondidos, ele
achou que havia realmente conseguido eliminar as Escrituras. Ele fez com que em uma
medalha fosse gravada a seguinte inscrição: “A religião cristã está destruída e o culto aos
deuses restaurado”. Entretanto, não demorou muito para que Constantino subisse ao trono
e fizesse do cristianismo a religião oficial. O que diria Dioclécio se pudesse voltar a terra e
ver como a Bíblia tem prosseguido em sua missão mundial!
Durante os dois séculos em que o Papado teve poder absoluto na Europa Ocidental
(1073-1294), os estudiosos passaram a colocar o credo acima da Bíblia. Enquanto que a
maioria deles ainda procurava o apoio das Escrituras para o credo, alguns deles se
apegavam a revelações posteriores, transmitidas apenas pela tradição, e não tão
dependentes nos ensinamentos da Bíblia. Fisher diz que durante este período: “a leitura da
Bíblia por parte dos leigos ficou sujeita a tantas restrições, especialmente após a ascensão
ao poder dos Valdenses, que, se não era absolutamente proibida, era vista com graves
suspeitas”. (George P. Fisher, História da Igreja Cristã, pg. 219).
Muitos meios foram usados para que a Bíblia ficasse restrita ao pequeno círculo dos
sacerdotes, padres, bispos e papas. Dentre as medidas para conter o avanço da Palavra de
Deus, estão as seguintes:
1) Em 1229, o Concílio de Toulouse (França), o mesmo que criou a diabólica
Inquisição, determinou: “Proibimos os leigos de possuírem o Velho e o Novo Testamento...
Proibimos ainda mais severamente que estes livros sejam possuídos no vernáculo popular.
As casas, os mais humildes lugares de esconderijo, e mesmo os retiros subterrâneos de
homens condenados por possuírem as Escrituras devem ser inteiramente destruídos. Tais
homens devem ser perseguidos e caçados nas florestas e cavernas, e qualquer que os
abrigar será severamente punido.” (Concil. Tolosanum, Papa Gregório IX, Anno Chr. 1229,
Canons 14:2). Foi este mesmo Concílio que decretou a Cruzada contra os albigenses. Em
“Acts of Inquisition, Philip Van Limborch, History of the Inquisition, cap. 08, temos a
seguinte declaração conciliar: “Essa peste (a Bíblia) assumiu tal extensão, que algumas
pessoas indicaram sacerdotes por si próprias, e mesmo alguns evangélicos que distorcem e
destruíram a verdade do evangelho e fizeram um evangelho para seus próprios
propósitos... (elas sabem que) a pregação e explanação da Bíblia são absolutamente
proibidas aos membros leigos”.
2) No Concílio de Constança, em 1415, o santo Wycliffe, protestante, foi
postumamente condenado como “o pestilento canalha de abominável heresia, que
inventou uma nova tradução das Escrituras em sua língua materna”.
3) O Papa Pio IX, em sua encíclica “Quanta cura”, em 8 de dezembro de 1866, emitiu
uma lista de oito erros sob dez diferentes títulos. Sob o título IV ele diz: “Socialismo,
comunismo, sociedades clandestinas, sociedades bíblicas... pestes estas
65

devem ser destruídas através de todos os meios possíveis”.


4) Em 1546 Roma decretou: “a Tradição tem autoridade igual à da Bíblia”. Esse
dogma está em voga até hoje, até porque existe o dogma da “infalibilidade papal”. Ora, se
os dogmas, bulas, decretos papais e resoluções outras possuem autoridade igual à das
Sagradas Escrituras, os católicos não precisam buscar verdades na Palavra de Deus.
5) O Papa Júlio III, preocupado com os rumos que sua Igreja estava tomando, ou
seja, perdendo prestígio e poder diante do número cada vez maior de “irmãos separados”
ou “’cristãos
novos” ou “protestantes” (apesar dos massacres), convocou três bispos, dos mais sábios, e
lhes confiou a missão de estudarem com cuidado o problema e apresentarem as sugestões
cabíveis. Ao final dos estudos, aqueles bispos apresentaram ao papa um documento
intitulado “DIREÇÕES CONCERNENTES AOS MÉTODOS ADEQUADOS A
FORTIFICAR A IGREJA DE ROMA”. Tal
66

33
documento está arquivado na Biblioteca Imperial de Paris, fólio B, número 1088, vol. 2,
págs 641 a 650. O trecho final desse ofício é o seguinte:
“Finalmente (de todos os conselhos que bem nos pareceu dar a Vossa Santidade,
deixamos para o fim o mais necessário), nisto Vossa Santidade deve pôr toda a atenção e
cuidado de permitir o menos que seja possível a leitura do Evangelho, especialmente na
língua vulgar, em todos os países sob vossa jurisdição. O pouco dele que se costuma ler na
Missa, deve ser o suficiente; mais do que isso não devia ser permitido a ninguém.
Enquanto os homens estiverem satisfeitos com esse pouco, os interesses de Vossa
Santidade prosperarão, mas quando eles desejarem mais, tais interesses declinarão. Em
suma, aquele livro (a Bíblia) mais do que qualquer outro tem levantado contra nós esses
torvelinhos e tempestades, dos quais meramente escapamos de ser totalmente destruídos.
De fato, se alguém o examinar cuidadosamente, logo descobrirá o desacordo, e verá que a
nossa doutrina é muitas vezes diferente da doutrina dele, e em outras até contrária a ele; o
que se o povo souber, não deixará de clamar contra nós, e seremos objetos de escárnio e
ódio geral. Portanto, é necessário tirar esse livro das vistas do povo, mas com grande
cuidado, para não provocar tumultos” - Assinam Bolonie, 20 Octobis 1553 - Vicentius De
Durtantibus, Egidus Falceta, Gerardus Busdragus.
Durante a época da Reforma, quando a Bíblia foi traduzida para a língua do povo, a
igreja Católica Romana impôs severas restrições à sua leitura, alegando que as pessoas
eram incapazes de interpretá-la. Tinha-se que obter permissão para lê-la, mas mesmo
quando essa permissão era dada, era com a condição de que o leitor não tentasse
interpretá-la por si só. Muitos deram suas vidas pela simples razão de serem seguidores de
Cristo e colocarem sua confiança nas Escrituras.
Newman diz: “Um esforço persistente foi feito pelos romanizantes para eliminar a
Bíblia inglesa. Em 1543, um decreto foi passado proibindo terminantemente o uso da
versão de Tyndale, e qualquer leitura das Escrituras em assembléias, sem a permissão
real”. (A. H. Newman, Um Manual da História da Igreja, pág. 262). A princípio, foram
feitas tentativas de proibir a impressão de sua Bíblia; e quando ele finalmente publicou seu
Novo Testamento em Worms, teve que despachá-lo para a Inglaterra em engradados de
mercadorias. Quando os livros chegaram à Inglaterra, foram comprados em grandes
quantidades pelas autoridades eclesiásticas e queimados em Londres, Oxford e Antuérpia.
Dos 18.000 exemplares que se estima terem sido impressos entre 1525-1528, sabe-se que
apenas dois fragmentos restaram.
É interessante notar, com respeito ao que foi acima citado, que Voltaire, o famoso
infiel francês que morreu em 1778, predisse que em 100 anos, a partir de sua época, o
cristianismo estaria extinto. Mas, em vez disso, apenas 25 anos após sua morte, a Sociedade
Bíblica Inglesa e Estrangeira foi fundada, e as mesmas impressoras que haviam imprimido
a literatura infiel de Voltaire têm sido usadas, desde então, para imprimir a Bíblia!
Como se pode ver, nem decreto imperial, nem restrições papais, nem destruição
eclesiástica, conseguiram exterminar a Bíblia. Quanto maiores os esforços feitos para levar
a cabo tal destruição, maior tem sido a circulação da Bíblia.
Todos esses maléficos expedientes usados para eliminar, alterar ou suprimir as
Sagradas Escrituras não conseguiram êxito. A Bíblia é o livro mais vendido e mais lido em
todo o mundo e está traduzido para quase 2.000 línguas e dialetos. Só no Brasil são
67

vendidos por ano mais de quatro milhões de bíblias, afora uns 150 milhões de livros com
pequenos trechos (bíblias incompletas).
Os reflexos desses expedientes, ou seja, as tentativas de algemar a Palavra de Deus,
ainda hoje são sentidos. No Brasil são poucos os católicos que se dedicam à leitura da
Bíblia. Regra geral, se contentam “com o pouco que lhes são oferecido na missa”, e
enquanto se contentam com esse pouco (como sugeriram aqueles bispos ao papa, item 5
retro) continuam errando. “ERRAIS, NÃO CONHECENDO AS ESCRITURAS, NEM O
PODER DE DEUS”. (Mateus 22.29)
Com o passar dos séculos, o ataque satânico ficou mais bem elaborado, usando
supostos crentes e sociedades Bíblicas. Nasciam as "versões", com textos manipulados e
com técnicas de tradução traidoras do texto original como é o caso da equivalência
dinâmica. Veremos porque a versão King James, conhecida como a “Versão do Rei Tiago”
(e sua equivalente no português – A Almeida Corrigida FIEL) é muitíssimo superior às
versões modernas as quais devem ser rejeitadas pelos crentes sérios.
68

34
A mais recente tentativa de roubar a autoridade da Bíblia é o esforço modernista
para degradá-la até o nível de todos os outros antigos livros religiosos. Se a Bíblia tem que
estar em circulação, então tem que ser demonstrado que ela não tem autoridade
sobrenatural. Os crentes verdadeiros, entretanto, reconhecem logo este estratagema de
Satanás, e apesar de tudo que é feito para enfraquecer as Escrituras, a Bíblia é hoje
encontrada em mais de 1000 línguas no mundo. O fator da indestrutibilidade da Bíblia
pesa fortemente em favor de ser ela a incorporação de uma revelação divina.

“Eu sei
que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar, e nada se
lhe deve tirar; e isto faz Deus para que haja temor diante dEle.” (Ec 3:14 - ACF)

Pink diz:
“Quando

pensamos no fato da Bíblia ter sido objeto especial de infindável perseguição, a maravilha
da sua sobrevivência se transforma em milagre... Por dois mil anos, o ódio do homem pela
Bíblia tem sido persistente, determinado, incansável e assassino. Todo esforço possível tem
sido feito para corroer a fé na inspiração e autoridade da Bíblia, e inúmeras operações têm
sido levadas a efeito para fazê-la desaparecer. Decretos imperiais têm sido passados
ordenando que todas as cópias existentes da Bíblia fossem destruídas, e quando essa
medida não conseguiu exterminar e aniquilar a Palavra de Deus, ordens foram dadas para
que qualquer pessoa que fosse encontrada com uma cópia das Escrituras fosse morta. O
próprio fato de ter a Bíblia sido o alvo de tão incansável perseguição, nos faz ficar
maravilhados diante de tal fenômeno”. (Arthur W. Pink, The Divine Inspiration of the
Bible – págs. 113/114.

No
tempo
de
Esdras,
parecia que todas as Bíblias tinham sido destruídas, mas logo se acharam 2 cópias,
preservadas por Deus, e logo havia incontáveis Bíblias! Na casa do ateu Voltaire, que
apregoava: “Deus morreu”, hoje funciona grande impressora de Bíblias! Etc.

TRANSCENDENTE CARÁTER

a) O padrão moral da Bíblia é tão inatingível e condenador, que não pode ser, senão
Divino (Êx 20; Lv 20:7; Mt 5:21-22, 27-28 [ou 20-48]; Tg 2:10). Contraste com
outros “livros sagrados” (Os deuses grego-romanos, os dos egípcios, cananeus,
tupis-guaranis...!

b) A unidade única e perfeita da Bíblia prova: seu autor é Deus.


Embora escrita por uns 40 homens, de umas 19 ocupações diferentes, em 11 países,
durante pelo menos 1500 anos, em uns 10 gêneros literários, escritores não conhecendo
muitos ou todos os outros, a Bíblia é clara e espantosamente UM livro!
Que contraste com os “outros livros sagrados”, que essencialmente são coleções de
material heterogêneo, sem começo, meio ou fim, inúmeras vezes discordantes!
69

OBSERVAÇÕES:

1) O sentido de cada palavra ou conceito é sempre o da sua primeira menção (“amor” Gn 22:2
+ Jo 3:16); Os “tipos” ou “sombras” do V. T. casam perfeitamente com o “Corpo” no N. T.
(serpente de bronze Nm 21:6 + Jo 3:14-15; Cordeiro pascal)!
2) O 1o e o último livro da Bíblia se encaixam de modo assombroso !!!:
70

35

GÊNESIS APOCALIPSE
Gn 1:1 céu e terra,
temporários Ap
21:1 novo céu e
nova terra, eternos
1:27-28 primeiro
Adão (com esposa,
no21:9 último Adão
(com a noiva, na
cidade de Deus),
jardim do Éden), reina sobre a
terra reina sobre universo
1:10 mares 21:1 “e o
mar não mais existe”
1:5, 16 sol e lua, dia e
noite 21:23 nenhum
sol, lua, nem noite; o
Cordeiro é o eterno

sol, luz, dia!


3:22 a árvore da vida é negada aos caídos 22:2 folhas da árvore da vida darão saúde e cura
às
nações
3:17 “maldita é a terra” 22:3 não existirá mais maldição 3:1 aparece Satanás, para
atormentar o20:10 desaparece Satanás, para ser atormentado ele
homem, temporariamente mesmo, para sempre.
7:12 a antiga terra foi punida pelo dilúvio 21:1 (+2Pe 3:6-12) a nova terra será purificada
pelo
fogo
2:10 lar à beira de rio 22:1 lar eterno à beira de rio
19 Deus retira cidade terrestre, Sodoma, do21:1 Deus traz cidade celestial, a Nova
Jerusalém, dos
solo céus
23:2 Abraão chora por esposa, morta 21:4 Deus enxugará todas lágrimas da noiva (cada
salvo, eternamente vivo)
50:1-3 Gn termina com um crente, morto,21:4 Ap termina com todos crentes, vivos, de pé na
jazendo no Egito, num caixão eternidade, reinando para sempre.

c) A precisão histórica da Bíblia é única e perfeita!

No final do século XIX alguns pseudo-cientistas ridicularizaram a Bíblia, afirmando


que continha “centenas de disparates históricos”. Mas, com o extraordinário avanço da
Arqueologia, os zombadores têm sido sufocados por cada pá dos escavadores.
Tem sido comprovado,
por exemplo:
·A
universalidade
da crença num
dilúvio
universal
(Épico de
Gilgamesh;
nativos da
Nova Guiné,
etc.);
· A existência e súbita destruição (2000 a. C.) das populosas Sodoma e Gomorra (sob
o Mar Morto?);
· Os tijolos sem palha e a morte dos primogênitos, no Egito;
· Os muros de Jericó caídos para fora (!);
· Um arrependimento para monoteísmo em Nínive;
· A existência de Dario;
· A seqüência dos reis das nações citadas; etc.
71

SUPERNATURAL PRECISÃO CIENTÍFICA:

A Terra é um esferóide Is 40:22 suspenso no vazio Jó 26:7.


A primeira Lei da Termodinâmica Hb 4:3, 10 e a segunda das mais universais leis da
ciência Sl 102:26 (serão abolidas Ap 21:1-5); Vida só vem de vida, e do mesmo tipo Gn 1:21.
(Vide quadro abaixo).
72

36
Integridade
topográfica e
geográfica:

As

descobertas arqueológicas provam que os povos, os lugares e os eventos


mencionados nas Escrituras são encontrados justamente onde as escrituras os
localizam no local exato e sob as circunstâncias geográficas exatas, descritas na
Bíblia.
“O Dr. Kyle diz que os viajantes não precisam de outro guia além da Bíblia quando
descem pela costa do mar vermelho, ao longo seguido no Êxodo, onde a topografia
corresponde exatamente à que é dada no relato Bíblico”.

OBSERVAÇÕES:
a) O objetivo de Deus na Bíblia não foi o de nos dar um livro texto científico perfeito e
completo, abrangendo Física, Astronomia, Biologia, etc. Mas sempre que o Criador fala da
Sua criação, o faz de modo infalível e perfeito.

Alguns exemplos:

Texto na Bíblia Fato científico implicado 540 a. C.: um grego conjeturou; foi
pela rejeitado. 15?? Magalhães demonstrou.
Bíblia

Is 40:22 A Terra é esférica A Terra


1687 Newton explicou como a gravidade
do sol
paira no era equilibrada pela força centrífuga
da rotação da
terra
.
Ciência do homem:

Jó 26:7 Gn “há exatamente 1056


estrelas”. Outros erraram,
mas cada vez

15:15As estrelas são


incontáveis
espaço

150 d. C. Ptolomeu errou:


(Jr 33:22; Hb chegam
11:12) mais perto de reconhecer o que Deus disse.
no18
2Sm 22:16; Jn 2:6 Há 80 Oceanografia surgiu, chumbadas
montanhas e canyons
leito do mar descobriram.

Gn 7:11; 8:2;Há fontes d’água no leito do1948 Batiscafos descobriram Pv 8:28


mar
Há correntes, caminhos no
Sl 8:8 da Marinha americana, movido pela Bíblia,
mar 186? Matthew Fontaine Maury, ministro
73

descobre
correntes, premiando quem achasse
garrafas
semeadas por navios.
“ciclo17??
Cien
Jó 26:8; 36:27-28;A água segue entend
37:16; 38:25-27;hidrológico” Sl
135:7; Ec 1:6-7
(mar®nuvem®chuva®rio®ma
r)
Gn 1:21; 6:19 Vida só vem de vida. E mesma espécie.
mesma
espécie
da1862 Pasteur mostrou que moscas não
se
“geravam espontaneamente”: vida só vem
devida.
1865 Mendel provou: vida só vem da

Lv 17:11 a carne está no sangue 18?? Abandonou-se o conceito de que “sangue


excessivo é a raiz de todas
as doenças”, que matou
milhões de pessoas (por
exemplo: George
Washington), com
sangrias!...
Gn 2:1-3; Sl 33:6-“No universo, nada se cria,177? Lavoisier formula a 1ª Lei da

9; 102:25; Hb nada se perde. Tudo apenas


74

37
seTermodinâmica, uma das 2 leis mais universais
da
Lv 13, 14 pre
Há contágios. A

total quarentena

iso
passageiras) e

(doenças como a lep


4:3,10 transforma” ciência
Sl 102:26; Rm“E
8:18-23; Hb m tudo há aumento Dt 23:12-13 Isolar e dar rapidíss
1:10- sumiçoaté
12 entropia, da degrad aos excrementos
caos, da morte do
universo”

Lv 7:22-27 Evitar certas carnes


65:17; 2ª Lei da Termod
Is
66:22;A tendência à degrad
2P existirá na nova cria Lv 15:7, etc. Purificação
d 3:13; Ap assim, será perfeita (meticulosa!) pelaaté
21:1-5 eternamente perfeit
água

75
Gn 17:12 Circuncisão ao 8º dia 1946: descobriu-se que circuncisão controla
câncer cervical. Depois, que, até o 5º dia de
vida, a
criança não produz vitamina K, e a circuncisão
traria perigosa hemorragia. Do 7º dia em diante
a produção de vitamina K normaliza-se. No 8º
dia, o
nível de protombina alcança o máximo de toda
a vida. O dia ideal.

b) Contraste com os disparates da falsa ciência:

1. A
Biblioteca do Louvre tem 7 km de livros científicos obsoletos! 99,99...% de todos os livros
científicos com mais de 50 anos estão estufados de erros, hoje unanimemente
reconhecidos.
2. Em 1861, a Academia Francesa de Ciência listou 51 “fatos científicos
indiscutíveis que fazem a Bíblia inaceitável.”. Hoje, esses 51 “fatos” é que são
ridicularizados pela própria ciência!

c) Contraste com os inúmeros disparates científicos presentes em todos os outros livros


ditos sagrados:

1. O livro dos Vedas ensina: a Lua está 50000 léguas mais alta que o Sol, e brilha por sua

própria luz; ... ; a Terra é chata, triangular, e composta de 7 camadas: a 1ª de mel, a 2ª de


açúcar, a 3ª
76

38
de manteiga, a 4ª de vinho, etc., tudo sobre as cabeças de incontáveis elefantes, os quais, ao
tropeçarem, provocam terremotos!!!
2. Livro dos Egípcios: um gigantesco ovo foi chocado, mas tendo asas, fugiu, e
depois dividiu-se, redividiu-se, etc., formando o universo. O sol é um mero reflexo da luz
da Terra. Os homens surgiram de vermezinhos brancos que pululam no lodo deixado pela
inundação do Nilo.

ASSOMBROSA (!) PRECISÃO PROFÉTICA


(para mim [o autor deste estudo], este é o argumento esmagador): A Bíblia é singular - tem
muitas centenas de profecias detalhadas e “impossíveis”, mas todas as que deviam ser
cumpridas o foram literalmente! Is 46:9-10; 2 Pe 1:19:

a. Profecias sobre centenas de nações: Exemplos: Tiro destruída Ez 26:4-5, 14, mas Egito só
humilhada, rebaixada Ez 29:15; tão minuciosas são as correspondências de Dn 11 (534 a.C.)
com a História, que anti-supernaturalistas, sem prova nenhuma, o picham como mera
História, escrita após 168 a.C., relatando fatos que já teriam ocorrido “no passado” !!!...
b. Profecias sobre o milagre da indestrutibilidade de Israel: (TODAS AS OUTRAS
NAÇÕES ESPALHADAS DESAPARECERAM!) Gn 12:1-3; 15:5 versus Jr 30:11; Lv 26:44; Is
11:11-12; Jr 31:35-36; 46:28; Ez 37:21; Mt 24:34; Rm 11:1-5; 25-32.
c. Profecias sobre a História de Israel: Israel teve profetizada sua dispersão (Lv 26:33; Dt
28:15, 64-65 (ou 15-68); Jr 15:4; 16:13; 24:9; Os 3:4; 9:17). Primeiro seria dispersa só a parte de
Israel (1 Rs 14:15; Is 7:6-8; Os 1:6-8). Depois, Judá seria dispersa (Is 39:6; Jr 25:9- 12). 70
(Setenta) anos depois, Judá seria parcialmente restaurada (Mq 1:6-9 versus Jr 29:10-14). Até
o nome de Ciro, o rei Persa que restauraria Judá, foi previsto com 120 anos de antecedência
!!! (Is 44:28-45:1).
d.Profecias sobre a seqüência dos impérios mundiais (Dn 7);
e. Profecias sobre a 1ª vinda de Cristo, todas (mais de 90 explícitas) literalmente
cumpridas!: montado num jumento (Zc 9:9-10), entrada em Jerusalém em “6 de Abril de
32” (Dn 9:24-26 +
calendário). Por exemplo: Em cerca de 538 a. C. ( Dn 9:24-27), Daniel, o profeta, predisse
que Jesus viria como o Salvador e Príncipe prometido para Israel exatamente 483 anos
depois que o imperador persa desse aos judeus permissão para reconstruir a cidade de
Jerusalém que estava em ruínas nesta época. Essa profecia foi clara e definitivamente
cumprida no tempo exato; espantosos detalhes da crucificação (Sl 22:14-18); ossos (Sl
34:20); fel (Sl 69:21); transpassado (Is 53:4-6; Zc 12:10); ressurreição (Sl 16:10; 30:3, 9; 40:1-2;
Is 53:1; Os 6:2).
f. Profecias sobre os últimos dias [do domínio dos gentios sobre o local do templo Lc
21:24]:
Uniformitarianismo evolucionista 2 Pe 3:3-4. Tremendas: multiplicação das viagens e
ciência Dn 12:4; disparidade e tensão sócio-econômica Tg 5:1-6; degradação moral Lc 17:26-
37; 2 Tm 3:1-7; apostasia religiosa 2 Pe 2:1; 3:3-4; 2 Tm 3:7; 4:4; demonismo Mt 24:24; 1 Tm
4:1. OS SINAIS DE: CATACLISMAS E TRIBULAÇÕES Mt 24:3-8; o progresso do
conhecimento e das viagens nos últimos tempos (Dn 12:4); CONFEDERAÇÃO DE DEZ
DEDOS-NAÇÕES REVIVENDO O IMPÉRIO ROMANO Dn 7:19-24; RUSSOS E ÁRABES
JUNTANDO-SE CONTRA ISRAEL Ez 28:1-6; ENORME EXÉRCITO ORIENTAL, CONTRA
77

ISRAEL Ap 16:12.

g.Análise probabilística:

probabilidade composta de apenas (!) as profecias do primeiro advento (nascimento de


Jesus Cristo) terem se cumprido por acaso é muitíssimo menor que 1/10300, comparável a
um macaco, brincando, por acaso (!) acertar na primeira tentativa o número telefônico do
presidente de cada país no mundo !!!
A probabilidade de Mq 5:2 ter acertado o local do nascimento de Jesus Cristo por
acaso é de (1/12 tribos) x (1/200 cidades em Judá) = 1/2.400; tomemo-la apenas como
1/2.000. A probabilidade de Dn 9:24-26 ter acertado a data de entrada de Cristo em
Jerusalém por acaso é de 1/(2.500 anos x 365 dias) =
78

39

1/900.000. A probabilidade composta desses 2 eventos é de (1/2.000) x (1/900.000) =


(1/1.800.000.000).
A BÍBLIA É GENUÍNA (Autêntica)

(cada livro foi escrito pela pessoa e na época que lhe são tradicionalmente atribuídos, não
foi falsificado, não é espúrio, forjado, corrompido)

OBS: Tradição firme entre os fiéis e conservadores judeus e os crentes: (tradição indisputada
quanto à genuinidade e quanto aos autores, conforme abaixo indicados. Só há variação
quanto a alguns pouquíssimos anos da data exata de alguns dos livros):

A LEI – O PENTATEUCO (Torah) FOI ESCRITA POR MOISÉS (SÉCULO XV a. C.):


Gn (1491
a.C.), Ex (1491 a.C.), Lv (1490 a.C.), Nm (1451 a.C.), e Dt (1451 a.C.), foram escritos por
Moisés.

Possibilidade: já na época de Hammurabi se escrevia; Moisés pode ter recebido todo


o livro de Gênesis por revelação direta de Deus; ou ter compilado os tabletes escritos
diretamente por Deus (a partir de 1:1), e aqueles, divinamente inspirados, escritos por
Adão (a partir de 2:4), Noé (de 5:1); Sem (10:1); Abraão (11:10); Isaque (25:12); Jacó (37:2); e
José (50:6).

PROVAS:

· NO PENTATEUCO: Êx 17:14 + 24:4; 34:27-28.


· NO V. T.: Js 8:31; 23:6; 1 Rs 2:3; 2 Rs 14:6; Ne 13:1; Dn 9:11.
· POR CRISTO: Mt 8:4; Lc 16:29; 24:27; Jo 5:45-47.
· NO N.T.: At 15:21; 1 Co 9:9; Hb 9:19.

O AUTOR, OBVIAMENTE, FOI TESTEMUNHA OCULAR DO ÊXODO. COSTUMES


E PALAVRAS SÃO DO EGITO, 2000 a. C.

A descendência abençoada de
Noé - seu filho Sem:

Noé tinha três filhos:


Sem, Cão e Jafé, que
depois de deixarem a
arca, foram para
diferentes regiões.
Sem permaneceu na
Ásia, Cão foi para a
África e Jafé para a
Europa. De Sem
nasceu um povo que
continuou explorando
as terras imediatas ao
berço da civilização. Desse povo é que descende o grande amigo de Deus – Abraão, “o pai
dos hebreus”.
Sem foi o INTERMEDIÁRIO: nasceu 120 anos antes do dilúvio, conheceu a Noé, seu
pai, a Lameque, seu avô (que conviveu com Adão 50 anos) e a Matusalém, seu bisavô (que
conviveu com Adão por 250 anos).
Noé viveu até ao tempo de Abraão e Sem chegou a alcançar o tempo de Jacó. Esses
79

fatos demonstram a maneira pela qual os conhecimentos históricos do princípio da raça


foram comunicados às gerações posteriores.
80

40
OS PROFETAS (NEBHIIM = “Isaías”):

Josué. Js 24:26. Eleazar ou seu filho Finéias podem,


Js 1427 a.C. ter concluído 24:29-33.
inspirados,
Jz 1080! a.C., tempoSamuel. Jz 19:1; 21:25 // 1:21; 2 Sm 5:6-8. de Saul
Samuel. 1 Cr
1 Sm 1-24 1060 a.C. 29:29
1 Sm 25, 2 Sm1018 a.C. Natan + Gad. 1 Cr 29:29
fim
1 Rs 1-11 1004 (ou, menosCronistas (ou, menos conservador, Jeremias ou seu conservado
r, contemporâneo), selecionados por Jeremias ou seu Jeremias, 590) a.C.
contemporâneo.
1 Rs 12-fim 897 (ou, menosCronistas (ou, menos conservador, Jeremias ou seu conservado
r, contemporâneo), selecionados por Jeremias ou seu Jeremias, 590) a.C.
contemporâneo.
conservador, Jeremias ou seu conservador,
2 Rs Is contemporâneo), selecionados por
Jeremias ou seu Jeremias, 590) a.C.
contemporâneo. 698 a.C. Isaías. 2 Cr 32:32
// 2 Cr 26:22 // Is 1:1 // Mt 8:17 + Is 53:4;
Lc
4:17-19 + Is 61:1; Jo
12:38-41 + Is 53:1 +
6:10. Cristo atestou a
genuinidade de Is.

1004 (ou, menosCronistas (ou, menos


Jr 588 a.C. Jeremias. Jr 30:2; 51:60; Baruque foi seu amanuense Jr 36 + 45:1.
Ez 574 a.C. Ezequiel. 24:2; 43:11
Hc 626 a.C. Habacuque. 2:2
Os 740 a.C. Oséias
Jl 800 a.C. Joel
Am 787 a.C. Amós
Ob 587 a.C. Obadias
Jn 862 a.C. Jonas
Mq 750 a.C. Miquéias
Na 713 a.C. Naum

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