Você está na página 1de 6

ESCRITURAS ANTIGAS

Introdução
A região da Suméria ficava ao sul da Mesopotâmia de onde vieram Terá e Abraão (Ur na
Mesopotâmia ) por volta da idade do bronze.
Moisés é tido como autor dos cinco primeiros livros da bíblia. Ele descendia de Abraão e os povos
arameus da região de onde Abraão veio falavam um idioma tido com aramaico antigo. Moises
conviveu com sua mãe de sangue até por volta de 3 anos de idade até ser criado no palácio de
Faraó. Já adulto Moisés visita seus concidadãos e se comunica com eles.
Quando Moisés foge do Egito ele vive 40 anos na terra de Midiã e a língua midianita também era
uma espécie de dialeto aramaico. Moisés, então, falava o idioma egípcio antigo bem como o
aramaico e escrevia em ambas as línguas.
Assim muito provavelmente Moisés escreve a Lei em pedras no idioma aramaico antigo, assim o
texto primário de Moisés pode ter sido escrito também em tabletes de argila naquele idioma, que
mais tarde foram sendo copiados em pergaminho no idioma hebraico, idioma este, muito
semelhante ao aramaico.
Sobre a autoria de Moisés nos cinco primeiros livros, um ponto importante é que quando se estuda o
pentateuco verifica-se que embora o texto esteja hoje em hebraico, as características gramaticais e a
construção dos textos trazem uma forte influência de estilo egípcio, o que leva a concluir que
alguém com forte influência cultural egípcia escreveu o texto, assim faz todo o sentido a tradição
que atribui a autoria de Moisés para esses livros.
O Antigo Testamento foi escrito do ano 1400 a.C. ao ano 400 a.C. (o ano 400 a.C. ao ano 1 é
chamado de silêncio profético, tempo que não se dispõe da revelação bíblica)
O Novo Testamento tem seu primeiro livro escrito no ano 49 dC. Tessalonicenses foi o primeiro
livro do Novo Testamento, o Evangelho de Marcos foi o primeiro evangelho por volta de 65 d.C. /
Ultimo livro foi o Evangelho de João escrito em 96 dC, antes do livro da Apocalipse que se estima,
foi escrito entre 80 e 95 d.C.
O Antigo testamento foi escrito em hebraico com algumas passagens dos livros de Esdras, Daniel,
Jeremias, Gênesis em aramaico e o Novo Testamento foi escrito em grego koiné (grego popular)

AS FONTES

Sabemos que nenhum manuscrito original do Antigo ou Novo Testamento, chamados de autógrafos
(escritos pelos próprios autores) foi preservado até os dias de hoje. O que temos hoje é uma
diversidade de cópias, que por causa de sua natureza possuem alguns detalhes variáveis. A essas
diferenças entre as cópias chamamos de variações ou variantes, somente os originais, os autógrafos,
não possuíam erro algum.

AS CÓPIAS

Antigo Testamento
As cópias do Antigo Testamento compreendem a Torá, Profetas e Escritos – TANAKH (Torah +
Neviim + Ketuvim).
No período dos reis, somente poucas pessoas tinham acesso as escrituras, basicamente sacerdotes e
realeza, assim poucas cópias eram feitas por escribas a serviço dos sacerdotes.
Após o retorno do exílio na Babilônia, Esdras, Neemias e Zorobabel reconstroem Jerusalém e
lançam as bases da sociedade judaica baseada no cumprimento máximo da lei.
Tem início uma tradição rabínica de extremo zelo com cada rolo copiado das escrituras
Séculos afora, os escribas judeus têm aderido às seguintes pautas:
_Um rolo de Torá é desqualificado se mesmo uma única letra for adicionada.
_Um rolo de Torá é desqualificado se mesmo uma única letra é apagada.
_Um escriba deve ser um judeu erudito e devoto, que tenha passado por treino especial e
certificação.
_O escriba não pode escrever sequer uma letra num rolo de Torá de cór. Ao contrário, ele deve ter
um segundo rolo casher aberto à sua frente todo o tempo.
_O escriba deve pronunciar cada palavra em voz alta, antes de copiá-la do texto correto.
_Cada letra deve ter espaço suficiente ao seu redor. Se uma letra tocou outra em qualquer parte,
todo o rolo está invalidado.
_Um rolo de Torá no qual qualquer erro tenha sido encontrado não pode ser usado, e deve ser
consertado dentro de 30 dias, ou enterrado.
Essas normas têm assegurado a autenticidade do antigo testamento através dos séculos

Novo Testamento

O novo testamento tem sua construção diferente, visto que são escritos cristãos, não
passaram pela regra de extremo rigor dos escribas judaicos, muitas cópias dos livros do Novo
Testamento foram feitas em vários lugares por muitas pessoas. Existem assim muitas “variantes
textuais” nos manuscritos que diferem entre si
Por isso, existe a ciência chamada Crítica Textual que busca reunir os manuscritos bíblicos
para refletir e comparar suas diferenças, com o objetivo de remontar o texto original.
Afirma-se que existem cerca de 400 mil variantes textuais do Novo Testamento. Porém, só
existe essa quantidade imensa de variantes porque temos uma quantidade imensa de manuscritos.
São cerca de 3 milhões de páginas. Assim na junção de todos, temos cerca de mais de 10 mil cópias.
Para se ter uma ideia, o segundo autor grego com o maior número de manuscritos é o texto
da Ilíada de Homero, que conta com somente 1.700 manuscritos, ou seja, a Bíblia tem uma
quantidade muito maior do que aquele que detém o segundo lugar com maior quantidade de
manuscritos em grego.
Assim os especialistas pontuam que são pouquíssimas as variantes que subsistem passíveis
de certa dúvida e mesmo essas não afetam nenhum ponto importante, seja em matéria de fato
histórico, seja em questão de fé, assim a bíblia não apenas sobreviveu em maior número de
manuscritos que qualquer outro livro da antiguidade, mas sobreviveu em forma mais pura que
qualquer outro grande livro.

Exemplos
conservem-se as mulheres caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido falar; mas estejam
submissas como também a lei o determina. Se, porém, querem aprender alguma coisa,
interroguem, em casa, a seu próprio marido; porque para a mulher é vergonhoso falar na igreja.
1 Coríntios 14:34,35
Esse texto aparece em dois lugares diferentes nos manuscritos gregos, provavelmente foi uma
anotação marginal e não seja de autoria do apóstolo Paulo, visto que é contrária a própria
recomendação do apóstolo em 1 Coríntios 11:5 “Toda mulher, porém, que ora ou profetiza com a
cabeça sem véu desonra a sua própria cabeça, porque é como se a tivesse rapada.”

Respondeu-lhes: Esta casta não pode sair senão por meio de oração [e jejum]. Marcos 9:29
O termo JEJUM não consta nos melhores manuscritos

Esperando que se movesse a água. Porquanto um anjo descia em certo tempo, agitando-a; e o
primeiro que entrava no tanque, uma vez agitada a água, sarava de qualquer doença que tivesse
João 5:4
Boa parte dos manuscritos mais tradicionais não consideram João 5:4 como parte do texto original
dos escritos do apóstolo João.
FONTES DE TRADUÇÃO

Antigo Testamento
Septuaginta
Septuaginta é o nome da versão da Bíblia hebraica traduzida em etapas para o grego koiné
(grego popular), entre o século III a.C. e o século I a.C., em Alexandria no Egito para a comunidade
judaica que não mais entendia o texto bíblico em hebraico.
A tradução ficou conhecida como a Versão dos Setenta (ou Septuaginta, palavra latina que
significa setenta, ou ainda LXX), pois setenta e dois rabinos (seis de cada uma das doze tribos)
trabalharam nela e, segundo a tradição, teriam completado a tradução em setenta e dois dias.
Foi a Bíblia utilizada por muitos dos primeiros cristãos, inclusive apóstolos e evangelistas.
Nas cartas de Paulo, por exemplo, uma de cada três citações do Antigo Testamento parece ter sido
tirada diretamente da Septuaginta

Texto Massorético
O hebraico é uma língua baseada em consoantes, às quais o leitor acrescenta os sons
vocálicos segundo o seu entendimento do contexto, a troca de uma consoante podia facilmente
alterar o sentido duma palavra, porém após a diáspora ocorrida no I e II século o hebraico tinha
deixado de ser a língua nacional e muitos judeus não mais a falavam. Os massoretas, escribas que
guardavam a tradição de copiar com exatidão as Escrituras Hebraicas, desenvolveram um sistema
de vogais representadas por pontos e traços, também chamados de sinais. Essa técnica já era
conhecida nos dias de Jesus mas a padronização completa do texto hebraico com os pontos
vocálicos foi concluída entre o século V e VII

Vulgata
Vulgata é a tradução para o latim da Bíblia, entre fins do século IV início do século V, por
São Jerônimo pelo fato de que no século IV, a língua grega já não era mais o idioma corrente do
império romano e é então que São Jerônimo traduz o Antigo Testamento para o latim. O nome
Vulgata significa que a tradução foi feita em um latim popular
O Concílio de Trento, em 1546 estabeleceu um texto único para a Vulgata a partir de vários
manuscritos existentes, após o Concílio Vaticano II, foi realizada uma revisão da Vulgata e
terminada em 1975 denominada Nova Vulgata e ficou estabelecida como a nova Bíblia oficial da
Igreja Católica.

Manuscritos de Qunram
Em 1947 dois beduínos árabes encontraram acidentalmente em Qunram no deserto da Judéia
na região do mar Morto, uma caverna contendo pergaminhos muito antigos, que historiadores
dizem se tratar de escritos produzidos por uma comunidade judaica que vivia no deserto, um ramo
do judaísmo chamado de Essênios
Os manuscritos encontrados nas 11 cavernas são datados do século III a.C. ao século I d.C.,
aproximadamente e se tratam de tratados e normas da comunidade, escritos judaicos e também rolos
de livros da bíblia, portanto quase todo o Antigo Testamento pôde ser encontrado em Qunram.
A descoberta dos manuscritos do mar morto mostraram que cópias da bíblia feitas no
terceiro século antes de Cristo correspondiam com as cópias do texto Massorético feito a mais de
400 anos depois.

Novo Testamento

Conhecem-se cerca de 5236 manuscritos (cópias) do texto original grego do Novo Testamento,
comprovados como autênticos pelos especialistas
Os manuscritos gregos são a fonte mais importante, e podem ser divididos em três categorias:
papiros, unciais e minúsculos, em vista de suas características diferenciadas.

Papiros
Foram catalogados, até agora, 141 manuscritos de textos completos ou fragmentados em papiro.
Exceto 1 e 2 Timóteo, todos os livros do Novo Testamento aparecem nos papiros, mesmo que a
maioria não se veja em sua totalidade. São as cópias mais antigas, como o manuscrito P46 datado
de 200 d.C. em que contém a maioria das cartas de Paulo e Hebreus.
O fragmento de papiro mais antigo do Novo Testamento conhecido como P52 é datado em 125 d.C.
contem partes do evangelho de João. Considerando que o Evangelho de João que foi escrito por
volta do ano 100, temos cópias muito antigas nos papiros.

Os unciais
São cópias escritas em letras maiúsculas, as letras eram grandes e arredondadas, era feito
praticamente sem espaço e pontuação, inclusive adotava-se algumas abreviações e contrações com
o intuito de economizar espaço, pois o registro era feito material mais caro e mais difícil de se
produzir, o pergaminho. O número de unciais catalogados está em 299, datam da idade média do
século V até o século XI, cobrindo cerca de sete séculos.

Os minúsculos
São os manuscritos de escrita minúscula, preparados do século IX ao XVI. A maior parte está em
pergaminho. Até hoje foram catalogados 2.911 minúsculos. Não possuem muito valor crítico, pois
são possuem muitas anotações e comentários dos copistas, o que pode sugerir adulterações no texto.

OS CÓDICES
Os códices bíblicos coletâneas de manuscritos reunidos durante os últimos dois milênios
pelos cristãos Alguns contêm a Bíblia completa, outros somente um dos testamentos, outros ainda
contêm alguns livros bíblicos e alguns somente fragmentos com trechos bíblicos.
São manuscritos reunidos e organizados em sequência e costurados, o que deu origem ao
moderno formado dos livros que são diferente dos rolos.
São exemplos codex conhecidos: Codex Aleppo, Codex Alexandrinus, Codex Amiatinus,
Codex Vaticanus

Texto Recebido X Texto Majoritário X Texto Crítico

Textus Receptus
O Textus Receptus é uma compilação do Novo Testamento completo em grego, compilado com
base em textos bizantinos, que eram os textos mais usados nas cópias do Novo Testamento do
século XV. Foram levados pelos eruditos do oriente para o ocidente enquanto fugiam da ocupação
islâmica que dava início ao Império Otomano perseguindo os cristãos.
A compilação do Textus Receptus foi realizada através destes Textos Bizantinos de forma a compor
um único texto em grego no Novo Testamento completo. Ela foi realizada pelo um padre católico
Erasmo de Roterdão, em 1516.
Foi usado como texto base para tradução da Bíblia King James, a Bíblia de Lutero e usado para a
maioria das traduções em português depois da reforma protestante, inclusive usada para as
traduções de João Ferreira de Almeida em 1681.
Essa compilação de manuscritos é considerada por muitos protestantes através dos tempos como
sendo a preservação fiel e inerrante dos originais, porém a crítica textual mostra que ele não deve
ser tido como infalível.
Algumas traduções baseadas no Textus Receptus: King James Fiel 1611, Almeida Corrigida Fiel da
Sociedade Bíblica Trinitariana e a Almeida Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil;
essa última, porém, não se baseou 100% no TR.
Texto Majoritário
O Texto Majoritário é um conjunto de manuscritos que faz uso de um número maior de
documentos para reconstruir o Novo Testamento, reúne somente os textos que aparecem na maioria
dos manuscritos gregos, do século V em diante, conhecidos como Bizantinos. Com isso alguns
trechos, até muito conhecidos, ficaram de fora por não aparecerem em um número maior de
manuscritos, como uma parte do diálogo do Senhor com Paulo em Atos 9.
Difere do Textus Receptus, pois esse foi baseado em poucas cópias selecionadas originalmente por
Erasmo de Roterdão. Existe uma corrente da manuscritologia que advoga que o Texto Majoritário é
o melhor e mais fiel texto do Novo Testamento.
A única tradução do Texto Majoritário para a língua portuguesa é O Novo Testamento Interlinear
Analítico Grego-Português, de Paulo Sérgio Gomes e Odayr Olivetti. A obra traz o texto original
em Grego e a sua correspondência em Português

Texto Crítico
Texto Crítico refere-se aos textos utilizados nas traduções do Novo Testamento mais recentes.
Também é chamado de texto eclético ou texto minoritário por ser baseado fundamentalmente na
minoria dos manuscritos do Novo Testamento atualmente existentes, são poucas cópias utilizadas,
privilegiando os documentos mais antigos tanto em papiros quanto nos códices unciais, bem como o
tipo textual utilizado em manuscritos egípcios copta . Estes agrupamentos textuais datam do século
II, III e IV, sendo assim os grupos mais antigos de textos do Novo Testamento Grego.

Algumas traduções baseadas no texto crítico: Nova Versão Internacional (NVI) e a Nova Tradução
na Linguagem de Hoje (NTLH), Almeida Revista e Atualizada (ARA), e a Nova Almeida
Atualizada (NAA).

TRADUÇÕES ATUAIS

Existem duas abordagens feitas à tradução, que foram os importantes métodos usados pelos
tradutores bíblicos para converter a Bíblia para outros idiomas – a Equivalência Formal e a
Equivalência Dinâmica.
Não existe a forma correta ou a forma errada, o que existe são estas duas formas diferentes de
traduzir, ambas são focadas na fidelidade dos textos.

Equivalência dinâmica: Neste método o tradutor evita se prender à estrutura gramatical do texto
original, se permitindo usar textos que não seriam traduzidos palavra por palavra, mas objetivando
priorizar uma forma mais natural para o idioma alvo, transmitindo uma melhor e mais confortável
legibilidade.
A fidelidade do original, palavra por palavra, não é necessariamente a maior prioridade, mas sim
procurar uma palavra para a tradução que seja equivalente, ou seja, que se adapte mais à língua para
a qual o texto está sendo traduzido.

NVT No princípio, aquele que é a Palavra já existia. A Palavra estava com Deus, e a Palavra era
Deus. João 1:1

Equivalência formal: Já neste método, o tradutor se restringe fielmente à estrutura gramatical do


idioma original, priorizando ao máximo traduzir os textos com a maior precisão possível. Indicado
para traduções de textos que exige fidelidade textual total, tradução feita verbo por verbo,
substantivo por substantivo etc.
Desta forma, o texto muito embora possa ficar difícil de compreender devido à diferença de
idiomas, culturas e épocas, é necessário que se transmita o que realmente foi escrito pelo autor. Já
que o leitor está lendo séculos depois, que faça uso de um dicionário ou pesquisas para
compreender o que o escritor realmente quis dizer.

ACF No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. João 1:1

Temos mais próximo da equivalência formal as traduções como Almeida Corrigida, que utiliza as
palavras de forma mais literal, e mais próximo da equivalência dinâmica a Bíblia na Linguagem de
Hoje, que utiliza de maior dinamismo das palavras.
Mais ou menos no meio, buscando equilíbrio entre esses dois espectros, temos a Almeida
Atualizada, NVI, NVT, Almeida 21 e Nova Almeida. São traduções que buscam utilizar de maneira
mais constante as duas formas de equivalência, com algumas diferenças em contextualização da
linguagem

O Cânon da Bíblia
Cânon é uma palavra grega que quer dizer vara de medir, regra. Um livro da bíblia é dito canônico
quando ele é inspirado, sagrado, um livro inspirado por Deus.
O Processo da formação do Cânon foi gradual os livros não foram escolhidos, eles foram
reconhecidos
O Antigo Testamento foi sendo reconhecido pela comunidade israelita no decorrer da sua formação,
Flavio Josefo, um historiador judeu nascido no ano 37 já falava que existiam 22 livros considerados
sagrados para os judeus, considerando a separação judaica do A.T. (Reis e cronicas era um livro só
I e II Samuel, Esdras e Neemias também) percebe-se que quando Jesus nasceu o Cânon do A.T. já
era bem conhecido
Os livros históricos de Tobias, Judite, I Macabeus, II Macabeus, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico
e Baruque foram traduzidos para o grego junto ao cânon da Septuaginta. O judaísmo não os
considerou canônicos, são portanto livros apócrifos. São rejeitados porque ensinam uma doutrina
contrária à de Moisés, além disso, nem Cristo nem os Apóstolos os citam.
Para os católicos romanos, são considerados Deuterocanônicos (canônicos tardios), e durante o
Concílio de Trento em 1545, a Igreja Católica pôs esses livros apócrifos com o mesmo nível de
igualdade dos outros livros inspirados da Bíblia.

Para o Novo Testamento, o processo seguiu a mesma lógica do A.T. , os livros foram reconhecidos
pela igreja muito antes do famoso conselho de Nicéia ocorrido em 325 e convocado pelo imperador
Constantino e que algumas pessoas afirmam que nesse concílio foi onde os livros do N.T. foram
“escolhidos”.
Um exemplo que refuta essa tese é a existência do Cânon muratoriano, uma lista contendo já a
maioria dos livros do Novo Testamento, esse documento é estimado como sendo do ano 170, já
nessa época os livros cristãos canônicos eram quase todos reconhecidos pela igreja.
Os ditos evangelhos apócrifos como o Evangelho de Tiago, Evangelho de Judas, Apocalipse de
Pedro, Evangelho de Tomé, Evangelho Árabe da Infância, são obras fantasiosas e foram escritas
tardiamente, feitos em Alexandria no Egito e rapidamente refutados pela igreja como falsos.

Em 1594 é concluída a divisão em capítulos e versículos. Com início por volta de 1220 com o
Cardeal Stephen Langton que divide os textos em capítulos e finalizada por Robert Estienne
Stephanus, um tipógrafo protestante que concluiu a divisão em versículos.

Você também pode gostar