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A bíblia de Jerusalém
Bíblia de Jerusalém
Mutos me perguntam, qual é a melhor versão bíblica. Existem muitas bíblias de
estudo e com excelentes rodapés, mas a melhor versão na minha opinião é a bíblia
de Jerusalém. Não existe uma tradução fiel da bíblia, por mais que se queira pelas
diferenças linguisticas.
linguisticas. O hebraico, idioma em que foi escrito o antigo testamento
testamento é
muito complexo, e existem palavras que não existem nos demais idiomas, então as
bíblias utilizam similares, como Elohim, por exemplo. Elohim tanto é traduzido como
Deus, como deuses, anjos e até juizes. Pois não tem nos demais idiomas e no
hebraico, esta simples palavra tem diversos significados. Já o novo testamento,
testamento,
apesar de termos os manuscritos em grego, nós não temos os originais, isto é, os
autógrafos. O manuscrito mais antigo de Marcos, por exemplo, não é o mesmo que
o próprio Marcos escreveu, mas uma cópia do livro de Marcos. E como existem
várias cópias, elas diferem entre sí. Não existem dois manuscrit
manuscritos
os iguais, pois
sempre haverá palavras e expressões diferentes.
diferentes. Isto se deve aos copistas, ou por
erro ou por tendenciosidade.
Se para os cristãos e parte dos judeus a Bíblia foi escrita por homens sob inspiração
divina, para um não-cristão, um ateu ou um agnóstico, a Bíblia pode servir como
referência literária, já que se trata de um dos mais antigos conjuntos de livros da
civilização.
Quase sessenta anos depois, em 1956, foi publicada pela primeira vez, em francês,
em um só volume, a Bíblia da Escola de Jerusalém, contemplando uma tradução que
levava em consideração o progresso das ciências. Para tanto, foram convidados
para a colaboração os mais diversos pesquisadores: historiadores, arqueólogos,
lexicógrafos, lingüistas, teólogos, exegetas, cientistas sociais, geógrafos e
cartógrafos. Atribui-se que foi a diversidade de colaboradoras que garantiu
traduções acuradas, em temas que cada qual conhecida com profundidade. Mas, em
contrapartida, a Bíblia não tinha homogeneidade de texto. Cada qual escrevia no seu
estilo.
Contextualização
Por exemplo, o tradutor de Levítico, Números e Josué, Samuel Martins Barbosa, foi
pastor da IPB, tendo passado posteriormente para a IPUB
(http://www.mackenzie.com.br/10188.html).
O tradutor de Juízes, 1 e 2 Samuel, Marcos e Tito, Jorge César Mota, foi pastor da
IPB e capelão do Mackenzie
(http://www.ultimato.com.br/pg=show_artigos&artigo=252&secMestre=194&sec=213
&num_edicao=275)
Em relação às Escrituras gregas, ela evidentemente usa o Texto Crítico e sempre faz
comparações com o texto receptus, e com as demais versões gregas, como o
sinaiticus.
Outra versão igualmente diferente que corrige certos erros do grego é a versão
peshitta, traduzida do aramaico, onde vemos que alguns termos gregos foram
revisados em sua época. Por exemplo, Mt26,6 onde o grego diz que Jesus estava na
casa de Simão o leproso, indo contra a lei judaica e a cultura da época, a peshitta
diz, Simão o oleiro. Também é uma excelente versão. Mas como não existe apenas
uma pesshitta hoje em dia, recomendo que não utilizem algumas versões falsas e
tendenciosas que tem circulado por ai.
Shalom!
CONTEXTUALIZAÇÃO
Os exegetas apontam que o grande diferencial da Bíblia de Jerusalém é que, além da tradução
dos originais do hebraico, aramaico e grego, existe a contextualização histórica, dentro do
ambiente físico, ambiental e cultural relativo à época em que cada livro foi escrito. Trata-se de
uma obra que representara "a união do monumento e do documento", de acordo com Lagrange,
criador da Escola Bíblica de Jerusalém, unindo assim "a arqueologia, a crítica histórica e a
exegese dos textos".
A Bíblia de Jerusalém é considerada atualmente, pela maioria dos linguistas, como um das
melhores bíblias de estudo, aplicável não apenas ao trabalho de teólogos, religiosos e fiéis, mas
também para tradutores, pesquisadores, jornalistas e cientistas sociais, independente de
serem católicos, protestantes, ortodoxos ou judeus, ou mesmo de qualquer outra religião ou
crença.