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Greijdanus, O Grego: o Texto autentico para a exegese do Novo Testamento (1940)

Greijdanus começa seu artigo com uma avaliação do artifo de prof. J. de Zwaan. Prof de Zwaan fez uma
observação sobre a suposta diferença entre as palavras gregas “phaneroun” e “apokaluptein”. De
acordo com a Teologia do NT existe uma diferença entre as duas palavras. A. Oepke fala sobre esta
questão no Vocabulário Teológico de G. Kittel. Ele comparou essas duas palavras com o velho tradução
do Aramaico do Norte, que se apresenta na Peshitta e chegou a conclusão que tanto no uso substantivo
como também no uso verbal ambas as palavras tem como raiz gla (Hebr. Galah). Paulo e seu ajudantes
pensavam na palavra básica gla e as suas associações (gelja, galjana, galjoetha, galja´ith) quando
falavam sobre “phaneroun” e “apokaluptein”. Então, não há uma diferença entre essas duas palavras,
mas são sinônimas. Paulo c.s. emprestavam seu grego não dos clássicos, mas do grego Koiné. Então,
qualquer diferença que não seja demonstrado baseado no uso do papiri ou do resto do material da
língua desses dias, seria problemático. O LXX também não ajuda. Em poucas palavras qualquer
raciocínio, que é baseado em divergências teológicas entre essas duas palavras, deve ser anulado.

G. analisou as palavras de Prof. de Zwaan e notou as seguintes coisas:

1) A observação que o NT não é um livro “grego” e que o pensamento Bíblico é diferente que o
analise abstrato. Isto deve levar ao reconhecimento que raciocínios, que acreditam na
diferença entre certas palavras gregas, devem ser verificados de acordo com a língua em que
Jesus e seus discípulos pensavam.

2) Não existe uma divergência entre as palavras “phaneroun” e “apokaluptein” que Paulo
regularmente usava, porque ambas as palavras aparecem regularmente na Peshitta e em quase
todos os casos, essas palavras têm a mesma raiz, sendo gla (Hebr. Galah);

3) Qualquer diferença que é vindicada e que não é baseado no papiri ou qualquer outra fonte da
Koiné, seria problemática.

4) Raciocínios que sugerem uma divergência entre as duas palavras baseada em observações
teológicas, deve ser cancelado;

Tudo isso leva a questão qual é o texto autentico que serve para a exegese do NT?

Esta questão do texto autentico não é nova. Qualquer pessoa que lê a palavra de Deus por meio de uma
tradução enfrenta essa questão, porque se ela encontrar um texto escuro, não basta verificar o que a
tradução está dizendo. Pode ser que isso funciona em alguns casos. Mas se existem opiniões diferentes
sobre certa palavra, ou certo versículo, ou um trecho menor ou maior da bíblia e alguém quer cavar
mais para descobrir o significado pleno, ele não pode se limitar à tradução, mas deve procurar a língua
original da Bíblia, seja Hebraico, seja Grego ou seja o aramaico.

A igreja de Roma não concorda com isso e diz que a Vulgata (que é a tradução autorizada da igreja em
Latim) é o texto decisivo. Ela não aceita que alguém procura o texto Hebraico ou Grego para avaliar a
qualidade da tradução da Vulgata. De acordo com Roma a Vulgata contem o texto autentico. Por meio
da Vulgata a Palavra de Deus vem até nós. A Vulgata é a norma que define a qualidade de qualquer
outra tradução, até os textos básicos em Hebraico ou Grego. Por meio da tradição da Igreja, que é
guiado pelo Espirito Santo na verdade, a Vulgata pode revelar o verdadeiro sentido do texto Hebraico ou
Grego. E se a questão não pode ser resolvida por meio da Vulgata, o papa decide ex cathedra loquens. O
Concilio de Trente confirmou essa opinião no dia 8 de Abril do 1546. Ela disse que a Vulgata é o texto
autentico que deve ser usado em qualquer palestra, disputo, pregação e explicação e ninguém pode
negar ou rejeita-la, baseado num desvio do texto básico do Hebraico ou do Grego. O primeiro Concilio
Vaticano confirmou isso e definiu a dogma da infalibilidade do papa ex cathedra loquens.

A Reforma rejeitou essa declaração que a Vulgata é o texto autentico da Bíblia. Calvino chamou esse
edito atroz no seu Acta Synodi Tridentiae cum antidoto. Moises e os profetas transmitiram as palavras
de Deus em Hebraico e os apóstolos em Grego. Ele nos deu o dom de traduzir. Quem tem conhecimento
dessas línguas e verifique a tradução da Vulgata descobrirá que há um monte de erros naquela tradução
A Reforma declarou contra Roma, que o texto autentico do AT é o Hebraico e em algumas partes o
Aramaico e o texto autentico do NT é o Grego.

Prof. De Zwaan rejeita essa ideia, porque ele acha com muitas outras pessoas que atrás certos livros do
Nt ou certas partes do NT existe um texto original em Aramaico. E existem pessoas que tentaram expor
tais supostos textos originais por meio de uma tradução do Grego para o Aramaico. J. Wellhausen, por
exemplo, diz que o evangelho de Marcos é uma tradução. Ele está convencido que o texto original de
Marcos é aramaico e que muitos elementos no texto grego que não são claros desaparecem no
aramaico. C.C. Torrey disse alguma coisa semelhante a respeito de partes dos Atos dos Apóstolos. R.H.
Charles diz a respeito do autor do Apocalipse ao João, que ele escreveu Grego, mas pensava hebraico e
muitas vezes ele transmitiu certos expressões hebraicos em Grego. E Eusébio disse, que Papias pensava
que Mateus reproduziu a “logia” do Senhor em Hebraico, ou aramaico. Muitas pessoas se perguntaram
o que Eusébio quis dizer com a palavra “logia”: o Evangelho inteiro, tanto aos atos como também as
palavras do Senhor, ou somente as palavras? O contexto indica que “logia” se refere tanto às obras
miraculosas como também à pregação. Independente disso, o que chama a atenção aqui é que Papias
disse que o Evangelho de Mateus, seja completo seja por uma parte se baseia num texto aramaico.

Isso levanta a pergunta se nós por uma parte do NT não devemos concentrar no Grego, mas no
aramaico, porque esse é o texto autentico do NT. Nós não devemos nos limitar na exegese a forma
grega do texto, mas procurar o sentido mais coreto e mais profundo na forma Aramaico. Pode ser que
essa forma não existe, mas devemos nos esforçar para construir tal forma.

Sem falar da questão se certos livros do NT ou certas partes do NT são traduções de documentos
aramaicos, nós devemos admitir que é um fato que muitas coisas que se encontram no Novo
Testamento foram originalmente faladas em Aramaico. Os narrativos dos Evangelhos são quase a
metade do NT e junto com a primeira parte dos Atos dos Apóstolos temos mais que a metade do NT!

A maioria dos discursos de Jesus foram falados em Aramaico, embora que defendi numa palestra
anterior que se falava em Jerusalém e Palestina não somente Aramaico, mas também Grego. Com
certeza houve pessoas que falavam bem e outras menos. Mas Jesus e seus discípulos foram bilingues.
Jesus falava grego com a mulher siro-fenícia; e tele falava também grego com Pilatos (João 18, 34etc);
mas provavelmente esses momentos foram extraordinários. Em geral Jesus e seus discípulos falavam
Aramaico. Porém, a pregação dos Apóstolos foi em Grego pensando nos judeus da Diáspora e os judeus
que não conheciam aramaico. Mas os habitantes de Jerusalém, Judeia e Galileia falavam na maioria
Aramaico.

Isso significa que a maioria dos narrativos dos Evangelho e a primeira parte dos Atos dos Apóstolos são
uma tradução do aramaico em Grego. Isso não significa que devemos procurar o texto aramaico quando
vamos fazer a exegese do texto do NT? O grego parece uma tradução, igual ao Latim, Cóptica, holandês
ou inglês. Só o Aramaico é o texto original e autentico.

E há mais uma coisa para considerar. Quase todos os livros do NT foram escritos por Judeus de
Palestina. Lucas não era um judeu, mas ele conhecia bem a linguagem do LXX e conhecia bem a igreja
cristã em Palestina e com certeza falou com muitos judeus que viviam em Palestina. Paulo foi um judeu,
mas não um judeu de Palestina. Ele nasceu em Tarsis (Atos 22,3), foi criado em Jerusalém (Atos 22,3) e
era bilingue. Ele podia falar tanto o Aramaico, como também o Grego (Atos 22,2 e 21,40. Nós não
sabemos quem foi o autor da carta aos Hebreus. Mateus, Marcos, João, Pedro, Tiago e Judas eram
judeus que nasceram em Palestina e forma criados aí. A alma deles, as emoções e os raciocínios foram
do tipo dos judeus de Palestina e a língua materna era aramaico.

Todos eles são os autores secundários dos livros do NT. Pode ser que eles escreveram seus livros em
Grego, mas o Grego deles foi influenciado pelo espirito deles, como também pelo contexto deles, então
consequentemente também do raciocínio e oratório aramaico deles
Algumas pessoas acham que existem documentos em aramaico que temos hoje em dia no NT por meio
de uma tradução grega. Pode ser. Talvez existia um documento em hebraico ou aramaico que é o
Vorlage de Mateus, como Papias disse. Mas não acredito que existia um Vorlage aramaico de Marcos ou
João, que alguns cientistas “descobriram” baseados nos motivos linguísticas. E nós não sabemos quais
foram as fontes que Lucas usou para escrever o seu Atos dos Apóstolos. Ele não nos revelou as fontes,
que os cientistas hoje em dia acreditam ter encontrado.

Além disso se fala sobre a pregação do Senhor e seus apóstolos em aramaico. Isso leva algumas pessoas
a dizer que o aramaico é o texto autentico e o Grego é uma tradução. Precisamos cavar e definir o texto
aramaico para ver o que Deus disse no Novo Testamento, nos seus livros e nas suas partes e nas suas
palavras. Isso parece logico, mas existem alguns argumentos contra isso.

Em primeiro lugar, nenhum dos documentos originais em aramaico existem mais. Se existissem é um
assunto de debate. E não sabemos o que as pesquisas do futuro revelarão. A existência desses
documentos existe na mente de certas pessoas, ninguém apresentou um documento real do aramaico
que foi escrito no primeiro século. Nem o suposto Vorlage aramaico do evangelho de Mateus. Não
devemos duvidar que tal documento existia, baseado na testemunha de Paias, Irineu, Pântanos e
Orígenes. Mas isso não nos ajuda nada se não temos tal documento nas mãos. E isso vale, mutatis
mutandis para todos os outros livros do NT. As pessoas podem dizer que alguns livros ou algumas partes
tem um Vorlage em Aramaico, mas enquanto não temos o documento original que prova isso, o texto
Grego deve continuar a servir como texto autentico do NT.

Em segundo lugar podemos acrescentar o seguinte. Alguém pode dizer: certo, não temos um
documento original em aramaico, nem uma cópia, mas nós podemos criar o texto aramaico traduzindo
do Grego para o aramaico. Existem professionais que conseguem fazer. Greijdanus não acredita nisso.
Nós não conhecemos bem o dialeto do aramaico que foi falado em Palestina. Nem os professionais
sabem. Eles sabem o aramaico e os seus dialektos grosso modo, mas não detalhadamente. Até
Wellhausen admitiu isso. Alguns não concordam com isso. Eles admitem que nós não sabemos os
detalhes, mas sabemos bastante para definir o sentido aramaico. As divergências dos dialektos podem
ser resolvidos pela comparação com o aramaico oficial. Greijdanus não concorda com isso, porque para
definir exatamente o que Deus disse até os detalhes são importantes e podem ajudar a mensagem
correta e exata. Veja a discussão a respeito da expressão “Filho do Homem” H. Lietzmann (1896) disse
que Jesus nunca aplicou esse titulo a si mesmo, porque o termo não existe em aramaico. Mas G. Dalman
(1898) não concordou e disse que é um erro grosseiro e uma falta do conhecimento do aramaico, que
tem essa expressão sim sendo “bar anosji” e o Senhor usou essa expressão.

Em terceiro lugar. Até quando conhecemos o aramaico e seus dialetos em detalhes, e até quando
conseguimos construir um texto em aramaico baseado na tradução do grego para o aramaico, nós não
poderíamos dizer que aquele texto é o texto autentico do NT, porque nós não temos condições para
avaliar a qualidade daquele texto. O texto não é o resultado do trabalho dos autores secundário, mas é
o resultado do trabalho dos cientistas. Como avaliar esse trabalho? Pela comparação ao texto grego?
Então, quer dizer que o texto Grego é o texto básico, o texto autentico?! Aquele texto aramaico não
poderia servir como texto básico e autentico para qualquer outra tradução. Porque não temos a certeza,
nem a garantia que o Senhor e seus apóstolos falaram exatamente de acordo com aquele texto que foi
criado por cientistas. Serias igual a um projeto para traduzir o texto do Staten Vertaling do holandês
para o Grego. Quem ia nos garantir que o resultado seria igual à edição de Neste-Aland? Aquela
tradução artificial serviria como texto autentico? Com certeza não. Por causa disso, devemos dar graças
a Deus, que na sua Providencia nos deu o texto Grego como texto básico e autentico do Novo
Testamento. E aceitamos com gratidão o apoio dos poucos profissionais que dominam o aramaico e
seus dialetos para que possam nos ajudar a interpretar certas partes do texto grego de uma maneira
melhor.

Então, a respeito do Novo testamento somos dependentes do texto grego como texto autentico. Uns se
alegrarão sobre isso e outros lamentarão, mas isso não mudará esse fato. Deus não nos deu o NT em
aramaico; as palavras aramaicas do Senhor e dos apóstolos não foram guardadas, nem existem
documentos que foram escritos no primeiro século, nem temos pleno conhecimento do aramaico e seus
dialetos.

Outra coisa que devemos observar é a situação da igreja cristã em Jerusalém depois da ressurreição de
Cristo. Essa congregação cristã tinha por uma parte judeus que falavam grego, os chamados helenistas
(Atos 6). A diferença de língua causou problemas, porque as viúvas dos helenistas não receberam o
apoio diário. Foram escolhidos sete diáconos que deviam resolver essa situação. O evangelho foi
provavelmente pregado em grego aos helenistas. Devemos contar também com a multidão de judeus
que vieram da Diáspora (Atos 2, 5-10) visitando Jerusalém. Pedro provavelmente pregou em Grego
(Atos 2,14) para que pudessem entender o que ele estava dizendo. A pregação do Evangelho foi em
grego desde o dia de Pentecostes, quando os apóstolos saíram de Jerusalém para procurar as pessoas
até aos confins da terra. Uma consequência disso era que a pregação de Jesus e dos apóstolos em
aramaico servia bem para os judeus de Palestina, mas deveria ser traduzida para os judeus da Diáspora.
Esse trabalho dos apóstolos e dos evangelistas foi feito com o apoio do Espirito Santo que ia guia-los na
verdade. Então, pela providencia de Deus recebemos o testemunho de jesus e dos apóstolos em grego
de uma maneira pura.

Portanto, uma grande parte do NT não tem como base a pregação aramaica. As cartas de Paulo e as
outras cartas foram feitas em grego e não traduzidos do aramaico. Nem a carta aos Hebreus.
Antigamente existia o pensamento que a carta aos Hebreus era de Paulo e foi escrito em aramaico e
depois disso traduzido por Lucas em grego. A última parte dos Atos dos Apóstolos também não tem um
Vorlage aramaico. Nem o Apocalipse ao João. Então, não seria cientificamente correto de traduzir o
texto desses livros do Grego para o Aramaico, porque o resultado seria uma coisa inédita, que nunca
tinha existido. O texto autentico desses livros é simplesmente o Grego.

Alguém poderia raciocinar da seguinte maneira: certo, essas cartas e esses livros e partes desse livros
foram escritos em Grego e nunca existiram em nenhuma foram na língua aramaica, porém os seus
autores, menos Lucas, foram judeus, e na maioria judeus de Palestina, incluindo Paulo que era um
Hebreu dos Hebreus (Filip 3,5, 2 Cor. 11,22), então a língua materna deles foi o aramaico. O modo de
raciocinar foi de acordo com o aramaico de Palestina. Eles foram criados e moldados num ambiente
judaico de Palestina O Grego era a segunda língua deles. Não foi a língua materna como o aramaico.
Então o Grego deles é deficiente e não foi dominado por eles nos detalhes, mas foi afetado pelo modo
aramaico de Palestina. O grego deles é um vestido grego, que é modelado de acordo com o homem
aramaico, que o vestiu. A forma pode ser grega, o conteúdo é aramaico. E por causa disso devemos
voltar do Grego para o Aramaico, no sentido de que não precisamos explicar o discurso pelos
caraterísticos do Grego, mas pelos caraterísticos do aramaico.

Isso seria um raciocínio incorreta e até perigoso. Porque para saber o que alguém diz e para saber o que
é o objetivo das suas palavras, devemos considerar cuidadosamente o que ele diz e como ele fala. Nós
não podemos interpretar o interior de alguém, sem considerar a auto revelação dele em palavra,
aparência e comportamento. Se conhecemos alguém muito bem, nós podemos chutar como ele reagirá,
ou até entender o que ele quer dizer se ele falou alguma coisa incorretamente. Mas isso é só possível se
o conhecermos muito bem. E nem sempre funciona assim, porque facilmente erramos. Porque qual dos
homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito, que nele está (1 Cor. 2,11). Porém os
autores secundários dos livros do NT já faleceram faz quase dois séculos. Nós nunca os encontramos,
nem falamos com eles. Não temos um conhecimento íntimo. A única maneira de conhecer seus
pensamentos e personalidades é pelos escritos deles ou quando uma terceira pessoa fala sobre eles. E
nós temos os escritos deles somente em Grego.

Se nós queremos nos afastar desse Grego, nós agimos incorretamente, porque nós só podemos
conhecer os seus pensamentos e intenções por meio dos escritos gregos. Se queremos fazer isso de uma
outra maneira entramos num caminho perigoso. Ate conhecendo o aramaico perfeitamente, incluindo
seus dialetos palestinos, nós ainda não sabemos até onde o SEU conhecimento do aramaico se estendia.
E qual foi o tamanho do grego DELES, nem se eles sentiam e entendiam bem as distinções e nuanças
finas pelos sinônimos e mudanças de construção da frase. Também não sabemos em que sentido a sua
existência grega ou aramaica funcionava positivamente ou negativamente no uso da língua. Nós
somente podemos chutar nessas coisas e devemos ter MUITO cuidado tirando qualquer conclusão sobre
o conhecimento deles a respeito de certas distinções, nos baseando numa comparação do grego com o
aramaico, que não tem as mesmas distinções e nuanças, que o grego tem. Neste caso o fator SUJETIVO
receberá um papel perigoso na exegese da Palavra de Deus. Nós não íamos mais usar regras objetivas
para explicar o texto, mas nós íamos explicar os textos deles de acordo com o NOSSO conhecimento do
vocabulário e da ortografia deles, tanto em grego como em aramaico. Nós não temos bastante
conhecimento dessas coisas e por causa disso acredito que tal exegese subjetiva é incorreta e até
perigosa.

Nós somos amarrados aos textos gregos do NT; esse é o texto autentico para a nossa exegese. Esse é o
texto básico do NT. Não é o Grego de Platão ou Aristóteles, nem de Plutarco ou Philo e Flavio Josefo,
nem o g5ego do LXX ou do papiri, mas o Grego do NT. Claro que o grego do NT tem muito em comum
com os outros tipos de Grego, especialmente o do LXX e do papiri. Mas não tudo é o Grego da Ática e
nem tudo é o Grego Koiné. O grego do NT é Koiné, e a Koiné se desenvolveu do Grego ático. Então Koiné
tem os caraterísticos do grego ático, mas a Koiné sofreu também da influência dos outros dialetos e
línguas, como o Hebraico e Aramaico. Quem quer interpretar o texto do NT deve contar com essas
influencias. O aluno deve ter certo conhecimento do aramaico.

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