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A Canonicidade das Cartas de Paulo.

No novo Testamento encontramos 12 epistolas que foram escritos pelo apostolo Paulo.
As epístolas de Paulo circularam desde o início entre várias igrejas, que fizeram copias e
colecionaram as epistolas num códice. Paulo mesmo exortou a igreja em Colossos a fazer isso,
dizendo: “Depois que esta carta for lida entre vocês, façam que também seja lida na igreja dos
laodicenses e que vocês igualmente leiam a carta de Laodicéia”. (Col. 4,16). A carta à Laodicéia
(Col. 4,16) é provavelmente a carta, que nós conhecemos como a carta a Éfeso. Esta carta era
uma encíclica, que foi destinada para várias igrejas na mesma área (Laodicéia, Colossos e
Éfeso). Col. 4, 16 sugere que a carta veio de Laodicéia e foi para Colossos e terminou em
Éfeso. Pode ser que a igreja de Laodicéia ficou com o original e que ela mandou copias para as
outras igrejas. Ou que ela fez uma cópia e enviou o original para Colossos, que fez também
uma cópia antes de enviar o original para Éfeso. Dessa maneira as igrejas começaram a copiar
e colecionar as cartas de Paulo.
O próprio Paulo guardou provavelmente copias das suas epistolas. Isso foi normal. A
notícia de Paulo em 2 Timóteo 4,13 sugere que Timóteo devia trazer os seus livros, e
especialmente seus livros com notícias, que eram códices. Estes códices não foram rolos como
os do AT, mas copias das suas epistolas. “Quando você vier, traga a capa que deixei na casa de
Carpo, em Trôade, e os meus livros, especialmente os pergaminhos”
Paulo sabia onde as suas cartas estavam (1 Cor. 5,7 e 2 Cor. 7,8) e ele as recomendou
às igrejas com autoridade apostólica. (Gal. 6,11 e 2 Tess. 3,17). As suas cartas serviam para
publicar as revelações que ele recebeu do Senhor Jesus. Por causa disso, elas deviam prestar
atenção (Ef. 3, 1-6) às suas palavras e aceitá-las como palavra de Deus (1 Tess. 2,13) e não
aceitar um ensino contrário (Gal. 1, 6-9).
Além disso Paulo exortou os seus assistentes Timóteo e Tito para guardar bem o
deposito que ele lhes confiou (2 Tim. 1, 12-14). Isso sugere que eles tinham acesso às cartas de
Paulo. “Desse evangelho fui constituído pregador, apóstolo e mestre. Por essa causa também
sofro, mas não me envergonho, porque sei em quem tenho crido e estou bem certo de que ele
é poderoso para guardar o que lhe confiei até aquele dia”.
Pode ser também que um dos seus alunos fez uma coleção baseado na exortação de
Paulo. Este homem poderia ter sido Lucas ou Timóteo. Provavelmente Timóteo, que recebeu
esta exortação; ele recebeu também duas cartas particulares de Paulo, e ele foi coautor de
algumas epístolas (2 Coríntios, Filipenses, Colossenses, 1 e 2 Tessalonicenses e ao Filemom).
Timóteo estava numa situação ideal de ficar com as cartas de Paulo.
Todo isso mostra que os evangelhos e as cartas de Paulo já tinham certa autoridade no
início do segundo século. Até Pedro na sua segunda carta (2 Pe. 3, 15-16) fala sobre isso. Ele
disse: “Tenham em mente que a paciência de nosso Senhor significa salvação, como também o
nosso amado irmão Paulo escreveu a vocês, com a sabedoria que Deus lhe deu. Ele escreve da
mesma forma em todas as suas cartas, falando nelas destes assuntos. Suas cartas contêm
algumas coisas difíceis de entender, as quais os ignorantes e instáveis torcem, como também o
fazem com as demais Escrituras, para a própria destruição deles.”
De acordo com o o comentário de Van Houwelingen a segunda epístola de Pedro foi
escrita mais ou menos em 62 depois Cristo. Isso ia incluir quase todas as cartas de Paulo que
foram escritas antes disso, menos a segunda carta ao Timóteo. Veja a seguinte lista.

Lista dos 27 livros do Novo Testamento com as datas de acordo com os Comentários de Jakob
Van Bruggen c.s.:
42dC A carta de Tiago1 (P20/220;P100)
48-52dC - O Evangelho de Marcus2 (P45/200
3
50dC 1 e 2 Tessalonicenses (P46/150;P30/220)
50-65dC O Evangelho de Lucas4 72dC ou 93dC (P4/175;P64/175)
52-68dC O Evangelho de Mateus5 (P4/175;P64/175)
6
55dC A primeira epistola aos Coríntios (P46/150;P15/280)
55dC A primeira carta ao Timóteo7 (P46/150
55dC A carta ao Tito8 (P46/150;P32/170)
9
56dC A epistola aos Gálatas (P46/150
57dC A segunda epistola aos Coríntios10 (P46/150
11
57dC A primeira Epistola de Pedro (P72/300
57/58dC A epistola aos Romanos12 (P46/150;P27/220)
58dC A epistola aos Colossenses13 (P46/150
14
59dC A carta ao Filemos (P46/150;P87/190)
60dC A epistola aos Filipenses15 (p46/150;P16/280)
61dC A epistola aos Efésios16 (p46/150;P49/250)
17
62dC A segunda epistola de Pedro (P72/300
63dC A segunda carta ao Timóteo18 (P46/150
61-68dC Os Atos dos Apóstolos19 75dC ou 95dC20 (P45/200;P29/220)
66-70dC A epistola aos Hebreus21 (P13/220;P12/285
70-79dC A carta de Judas22 (P72/300;P78/300)
23
90dC O Evangelho de João (P52/120;P66/160)
91dC A primeira epistola de João24 (P9/250
91dC A segunda epistola de João25
93dC A terceira epistola de João26
95/96dC O Apocalipse de João27 (P98/190;P47/250)
1
Dr. L. Floor, Jakobus, Brief van een broeder (1992), p. 17
2
Dr. Jakob van Bruggen, Marcus. Het evangelie volgens Petrus. (1988), p. 21
3
Dr. Jakob van Bruggen, Paulus. Pionier voor de Messias van Israel (2001), p. 275
4
Dr. Jakob van Bruggen, Lucas. Het Evangelie als voorgeschiedenis (1993), p. 21
5
Dr. Jakob van Bruggen, Mattheüs. Het evangelie voor Israel. (1990), p. 12
6
Dr. Jakob van Bruggen, Paulus. Pionier voor de Messias van Israel (2001), p. 275
7
Dr. Jakob van Bruggen, Paulus. Pionier voor de Messias van Israel (2001), p. 275
8
Dr. Jakob van Bruggen, Paulus. Pionier voor de Messias van Israel (2001), p. 275
9
Dr. Jakob van Bruggen, Paulus. Pionier voor de Messias van Israel (2001), p. 275
10
Dr. Jakob van Bruggen, Paulus. Pionier voor de Messias van Israel (2001), p. 275
11
Dr. P.H.R. van Houwelingen, 1 Petrus. Rondzendbrief uit Babylon (1991), p. 42
12
Dr. Jakob van Bruggen, Paulus. Pionier voor de Messias van Israel (2001), p. 275
13
Dr. Jakob van Bruggen, Paulus. Pionier voor de Messias van Israel (2001), p. 275
14
Dr. Jakob van Bruggen, Paulus. Pionier voor de Messias van Israel (2001), p. 275
15
Dr. Jakob van Bruggen, Paulus. Pionier voor de Messias van Israel (2001), p. 275
16
Dr. Jakob van Bruggen, Paulus. Pionier voor de Messias van Israel (2001), p. 275
17
Dr. P.H.R van Houwelingen, 1 Petrus. Rondzendbrief uit Babylon (1991), p. 42
18
Dr. Jakob van Bruggen, Paulus. Pionier voor de Messias van Israel (2001), p. 275
19
Dr. Jakob van Bruggen, Lucas. Het Evangelie als voorgeschiedenis (1993), p. 21
20
Dr. John van Eck, Handelingen. De wereld in geding (2003), p. 13
21
Dr. H.R. van de Kamp, Henreeën. Geloven is volhouden. (2010), p. 35
22
Dr. P.H.R. van Houwelingen, 2 Petrus & Judas. Testament in tweevoud (1993) p. 117
23
Dr. P.H.R. van Houwelingen, Johannes. Het Evangelie van het Woord (1997), p. 27
24
Dr. Pieter J. Lalleman, 1,2 em 3 Johannes. Brieven van een kroongetuige (2005), p. 42
25
Dr. Pieter J. Lalleman, 1,2 em 3 Johannes. Brieven van een kroongetuige (2005), p. 42
26
Dr. Pieter J. Lalleman, 1,2 em 3 Johannes. Brieven van een kroongetuige (2005), p. 42
27
Dr. H.R. van de Kamp, Openbaring. Profetie van Patmos (2000), p. 27
Um dos manuscritos mais antigo, que contém as cartas de Paulo é o Papiros 46 (P46). Esse
documento foi escrito mais ou menos no ano 150 dC. Outro testemunho do segundo século é
o cânon de Marcião.

No meio do segundo século surgiu grande confusão causada por Marcião de Sínope. Marcião
de Sínope era o filho de um bispo na cidade de Sínope, na província Romana do Ponto (Ásia
Menor). Ele era um comerciante rico, que se tornou bispo. Lendo as Escrituras Judaicas e
também os manuscritos da igreja cristã, ele concluiu que os ensinamentos de Jesus Cristo
eram incompatíveis com o Deus dos Judeus. O Deus do Antigo Testamento, que criou tudo, era
o Deus dos Judeus, cuja Lei representaria a justiça divina e legalista. Ele puniu a humanidade
por seus pecados com sofrimento e morte. Mas o Pai de Jesus é outro Deus: um Deus cheio de
compaixão e misericórdia, que observa a humanidade e perdoa os seus pecados. Marcião
acreditava que Jesus Cristo pagou a dívida do pecado na crucificação, absolvendo a
humanidade e permitindo que ela então herdasse a vida eterna.
Marcião propôs um cânon do Novo testamento, Porém seu cânon só tinha onze livros,
sendo uma versão do Evangelho de Lucas e dez cartas do apóstolo Paulo, a quem ele
considerava como o mais correto intérprete e transmissor da mensagem evangélica de Jesus.
Mas todos os livros foram ‘purificados’. Ele fez um critica textual e tirou todos os elementos,
relacionados à infância de Jesus, a religião judaica e outros elementos que contestavam a sua
teologia dualista. Isso danificou também algumas cartas de Paulo, que foram “purificadas”. Gl.
3, 16 – 4,6 foi omitido, por causa da sua referência a Abraão e seus descendentes e 2 Ts 1, 6-8
porque Deus não está preocupado com “chamas flamejantes” nem com a punição “daqueles
que não conhecem a Deus e os que não obedecem ao evangelho do nosso Senhor Jesus”. O
Canon de Marcião tinha a seguinte ordem28:

A Carta aos Gálatas (sendo a mais importante de acordo com Marcião);


A primeira Carta aos Coríntios; (A ordem é de acordo com o tamanho das cartas)
A segunda Carta aos Coríntios;
A carta aos Romanos
A primeira carta aos Tessalonicenses;
A segunda carta aos Tessalonicenses:
A carta aos Laodicenses (Marcião chamava a carta aos Efésios assim);
A Carta aos Colossenses Junto com aquela ao Filemom (que vivia em Colossos);
A Carta aos Philipenses

Tertuliano foi um dos bispos que se levantou para atacar as heresias de Marcião.
Ele vivia em Cartago (160-220) e escreveu um livro contra Marcião, que se chama “Contra
Marcionem”. Esta obra apologética consiste em 5 livros. O primeiro livro fala sobre a teologia
de Marcião; o segundo livro defende que o Criador, O Demiurgo, é o verdadeiro e bom Deus; o
terceiro livro fala sobre Jesus Cristo, o Filho de Deus, que assumiu a natureza humana; o
quarto livro fala sobre Jesus, que é o Cristo e oferece um comentário do Evangelho de Lucas; o
quinto livro trata as epistolas do apóstolo Paulo.
Tertuliano oferece um comentário do evangelho de Lucas e manifesta que tem
conhecimento de um manuscrito que é diferente daquele de Marcião. Ele acusa Marcião, que
ele alterou o Evangelho de Lucas. O livro foi escrito no final do segundo século (190/195dC).
Ele não mostra nenhuma dúvida sobre o manuscrito dele, mas refuta claramente as alterações

28
Veja Bruce M. Metzger, The Canon of the New Testament (2009) p.94
e as ideias de Marcião; isso pode indicar que o Evangelho de Lucas era bem conhecido em
África do Norte, não somente em geral, mas também em seus detalhes.

Um outro documento que testifica da autoridade das cartas de Paulo é o Cânon de Muratori 29.
Muratori foi o homem que encontrou este documento e o publicou em 1740. O Códice, que
contém a lista dos livros canônicos é do século VIII, mas provavelmente copiou um ouro
documento mais antigo (provavelmente do ano 170dC). A lista desse Cânon fala sobre os
Evangelhos e as cartas de Paulo, mas não menciona a carta aos Hebreus (!). A respeita das
cartas Paulinicas esse diz: “Quanto às epístolas de Paulo, por causa do lugar ou pela ocasião
em que foram escritas elas mesmas o dizem àqueles que querem entender: em primeiro lugar,
a dos Coríntios, proibindo a heresia do cisma; depois, a dos Gálatas, que trata da circuncisão;
aos Romanos escreveu mais extensamente, demonstrando que as Escrituras têm como
princípio o próprio Cristo.
Não precisamos discutir sobre cada uma delas, já que o mesmo bem - aventurado
apóstolo Paulo escreveu somente a sete igrejas, como fizera o seu predecessor João, nesta
ordem: a primeira, aos Coríntios; a segunda, aos Efésios; a terceira, aos Filipenses; a quarta,
aos Colossenses; a quinta, aos Gálatas; a sexta, aos Tessalonicenses; e a sétima, aos
Romanos.
E, ainda que escreva duas vezes aos Coríntios e aos Tessalonicenses, para sua
correção, reconhece - se que existe apenas uma Igreja difundida por toda a terra, pois da
mesma forma João, no Apocalipse, ainda que escreva a sete igrejas, está falando para todas.
Além disso, são tidas como sagradas uma [epístola] a Filemon, uma a Tito e duas a Timóteo;
ainda que sejam filhas de um afeto e amor pessoal, servem à honra da Igreja Católica e à
ordenação da disciplina eclesiástica. Correm também uma carta aos Laodicenses e outra aos
Alexandrinos, atribuídas [falsamente] a Paulo, mas que servem para favorecer a heresia de
Marcião, e muitos outros escritos que não podem ser recebidos pela Igreja Católica porque
não convém misturar o fel com o mel”.

A ordem da lista é interessante e é questionado hoje em dia, mas não vou entrar nessa
discussão. Basta registrar que todas as cartas de Paaulo, que nós conhecemos hje em dia são
mencionados e ainda mais duas: uma carta aos Laodicenses e outra aos Alexaqndrinos, mas
logo o autor fez uma correção, dizendo que aqueleas cartas foram falasamente atribuidas a
Paulo.

Então, ao final do segund século começam aparecer listas que apontam os livros que podem
ser lidaos nas igrejas. Também Origen, que vivia nessa epoca, mencionou varios livros nos seus
comentarios. No primeiro volume do seu comentario sobre Mateus ele mencionou Mateus,
Marcos, Lucas e João sendo “os únicos evangelhos indisputaveis” e no quinto volume do seu
comentario sobre João30 ele fala de varios livros de Paulo.

Outro testemunho dos livros Canonicos é o bispo de Cesareia: Eusebio (260-340) Ele escreveu
seu “Historia Eclesiastica” no início do sécuo IV. Ele deu muita atenção aos livros Canonicos da
sua epoca e fala sobre isso em Hist. Ecl. III, xxv, 1-7. Ele classificou os livros todos os livros
apostolicos e pseudo apostolicos em três grupos: 1) Os livros quais autoridade e autenticidade
foram confirmadas por todas as igrejas e por todos os autores que ele conhecia (ele os
chamava “os homologoumena”. (Foram 22 livros); 2) Os livros a respeito dos quais todos
concordavam que deviam ser rejeitados. “Os athetousin”; 3) Os livros disputados. “Os
antilegomena”.
As cartas de Paulo faziam parte da primeira categoria. De acordo com Hist. Ecl. III, 111,
5 Eusebio declarou o seguinte: “No tocante a Paulo evidentemente dele prové as catorze
29
Bruce M. Metzger, The Canon of the NT (1987, reprint 2009) p. 191-201;
30
Eusebius, Hist. Ecl. VI, 7-9
cartas. Não seria justo deixar de reconhecer que alguns, no entanto, rejeitam a carta aos
Hebeus, assegurando não ser recbida (antilegesthai) pela igreja de Roma, por não ser da
autoria de Paulo. Sobre o assunto, explanarei oportunamente o que disseram maus
predecessores31. Eusebio aceitava a autoria de Paulo a respeito da carta aos Hebreus (em
concordancia com os Alexandrinos, menos Origen). Ele considerou a carta aos hebreus da
cunha de Paulo, aceitando a teoria de Clement de Alexandria que disse que a carta foi
originalmente escrita em Hebraico e traduzida pelo evangelista Lucas ou Clemente de Roma 32

Da mesma epoca de Eusebio vem os codices famosos: o Codez Vaticano (320 dC) e o Codex
Vaticano (325 dC). Ambos os codices são da região de Egito e provavelmente serviam para
fazer a leitura da Bília no monasteiro. Ambos os codices contém as cartas de Paulo.

Nessa época vivia também o Bispo Atanásio de Alexandria (AD 295-373). Num documento de
367 ele fez uma lista de 27 livros, que são os livros do Novo Testamento, justamente para tirar
as dúvidas com relação aos deutero canônicos do Novo Testamento: a epístola aos Hebreus, II
Epístola de Pedro, Apocalipse, epístola de Tiago, II e III João e a epístola de Judas. A respeito
das cartas Paulinas ele disse: “Existem 14 epistolas de Paulo, que foram escritas nesta ordem: a
primeira carta é aquela aos Romanos, depois dessa duas aos Corintios, a carta aos Galatas,
outra aos Efésios, mais uma aos Filipenses, depois dela a carta aos Colossenses, mais duas aos
Tessalonicenses, lém dessa uma aos Hebreus, as duas ao Timoteo, mais uma ao Tito e
finamente a carta ao Filemom”.

A lista dos 27 livros canonico que podiam ser lidas nas igrejas foi finalmente autorizado pelo
terceiro Concilio de Cartago (AD 397). Esse Canon menciona as 13 cartas de Paulo e mais uma
do mesmo aos Hebreus33.

Assim foi o Canon do NT durante a idade Media. A Reforma não mudou o Canon do NT.
Lutero tinha certas duvidas aos deutero canonicos A Carta aos Hebreus, As cartas de Tiago e
Juda e a Revelação aos João. Portanto não a respeito das cartas de Paulo.

Calvino acreditava que a autoridade das escrituras não estava baseadanas decisões eclesiasticas,
mas no Testemunho Interno do Espírito Santo. (Instituts I vii, 2). Ele incluiu a carta aos
Hebreus, mas baseado na filologia chegou a conclusão que a carta não era de Paulo. A confissão
Galicana menciona as treze cartas de Paulo e uma aos Hebreus, porém a confissão Belga, que
foi feito por Guido de Brés (um aluno de Calvino) que usou a confissça Galican como exemplo,
fala dos 14 cartas de Paulo, incluindo a carta aos Hebreus. O Sínodo de Kampen (1975) das
Igrejas Reformadas na Holanda revisaram o texto da confissão Belga e naquela ocasião
mudaram o texto e registram 13 cartas de Paulo e além disso a carta aos Hebreus.

NB. Talvez seja interessante escreer um anexo que fala sobre a terceira carta de Paulo aos
Corintios e a questão se o Canon já está fechado ou ainda está aberto.

31
Eusebio, Hist. Ecl. III, iii, 5
32
Eusebio, Hist. Ecl. III, xxxviii, 2 .
33
Bruce M. Metzger, The Canon of the NT (2009) p. 314

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