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Bible C hronos D i N elson

e Timóteo; e os daÁsia, Tíquico e Trófimo. /At 19.29;^ 0.2 /; Leitura Bíblica


P essoal
21:29; 2 Tm 4:20; At27:2; CI4:7;2 Tm4:12; Tt3:12;At21:29)
Missões de Filipos a Mileto. Onde Paulo pregava até tarde e a igreja o ouvia M ês : , ____ A no :___
(12).AigrejadeTroas (At20:17-12)
01 02 03 04 05 06 07
Atos 20:5: E estes, adiantando-se, aguardavam-nos 08 09 10 11 12 13 14
emTrôade ( “Troas”). 15 16 17 18 19 20 21
Pelos idos de 57 d.C., com apartida apressada de Paulo a caminho de Trôade, 22 23 24 25 26 27 28
já na companhia de seus amigos, chegaram à casa de Carpo, um dos príncipes
da sinagoga (2 Tm 4:13). A porta que estivera fechada tempos atrás, agora
29 30 31
estava aberta (2 Co 2:12). Observe que Paulo passou rapidamente por
Filipos

Atos 20:6: E nós navegamos de Filipos, depois dos


dias dos Pães Ázimos; e depois de cinco dias encon- j
tramos com eles em Trôade, onde permanecemos por
sete dias. (A tl6:8;2Co2:I2;2Tm4:13j
Paulo estava cheio da Palavra de Deus em seu coração. Sabendo da sua
premente viagem, cada dia era como um segundo. Paulo queria aproveitar
cada segundo com denodo. Era um domingo, o último dia de culto com !
eles, conforme havia estabelecido na escola de Tirano. Já não se reuniam
em sinagogas, mas em lugares previamente estabelecidos. Sua mensagem
foi prolongada, tal era a necessidade de ensinar-lhes a Palavra de Deus. À
meia-noite, a igreja estava atenta ao ouvir falar de seu esposo. Mas nem todos
suportam um discurso tão longo assim

Atos 20:7: E no primeiro dia da semana, nós, os discí­


pulos, nos congregamos para partir o pão; e Paulo, que j
havia de sair no dia seguinte, falava com eles, e prolon­
gou a prática até à meia-noite. // c o i 6.2 ; 2:42,4 ó; ap i .-io/
Embora as luzes do cenáculo fossem muitas, os olhos de alguns estavam em
completa escuridão. Enquanto houver luzes acesas no cenáculo, haverá
revelação da Palavra. As luzes acesas inspiram o pregador. Este é o local
predileto para a igreja: onde houver muitas luzes j fj
i fei
Atos 20:8: E havia muitas luzes no cenáculo, onde j
estávamos reunidos. (Ati.-i3)
Entre as luzes e as trevas, havia alguém sentado. Êutico é tipo daquele que
ouve a Palavra e oin im igovem ea arrebata juntamente com o seu receptor, j
Êutico é tipo do ouvinte que está pronto para entrar, mas muito mais apto ; 'Sèp-fT
para sair. Êutico é tipo daquele que, diante das luzes, pesa mais para o lado j ;
das trevas e do vazio. Êutico é tipo daquele que é vencido pelo próprio ;
sono, isto é, a si mesmo se vence e transforma um momento de sono em
morte. Êutico é tipo do ouvinte da Palavra que faz da mensagem de Deus
um sonífero, ao invés de servir-lhe como um elemento de despertamento.
Êutico havia estado em um nível excelente: no terceiro andar; era para onde
Paulo elevava a igreja quando falava: ao terceiro Céu (2Co 12:1-3). Que
mensageiro, mas Êutico estava atraído ao piso, ao solo, ao chão, à baixeza
desta vida. Ele caiu do nível da revelação e das luzes e morreu. Alguns ainda
conseguem levantar os que morrem, mas, sem vida, são trabalhosos

Atos 20:9: E um certo jovem, chamado Êutico, estava


sentado na janela, e, dominado de um profundo sono,
enquanto a prática de Paulo se prolongava, caiu do
terceiro andar abaixo, de onde o levantaram morto.
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Bible C hronos - N T em ordem cronológica

O trabalho e o prejuízo que uma pessoa gera quando cai. O ministro foi Local do Estudo :
obrigado a descer ao nível dos homens. Mas Paulo cria nas diversidades
de operações, e havia de registrá-las ao escrever em sua epístola aos
Coríntios (12:5,6). Ao debruçar-se sobre o jovem, ele está usando de uma Tema:
das diversidades de operações, segundo a criatividade do ministro, ao bom
estilo de Eliseu. Paulo mostra também que a vida de uma pessoa, no mínimo, M inistrante:
pode permanecer nele o tempo que se gasta ao descer um prédio de três
andares. Mas há uma grande verdade aqui: devemos nos identificar com as
pessoas caídas, para saber se estão vivas ou mortas, antes de aceitarmos o Cap . inicial :
pré-julgamento de todos os precipitados
CAP. FINAL:
Atos 20:10: Então, Paulo desceu e debruçou-se sobre
ele e, abraçando-o ao redor, disse: “Não vos turbeis, Discípulo :
pois a sua alma ainda está nele”. <irs i7.-2i;Mt 9:23,24/
A obra de Deus não pode parar por causa de qualquer incidente. O luto e o
pesar não eram maiores do que a missão urgente de edificação da Igreja. A
mensagem traria de volta um novo amanhecer para aquela igreja. As vigílias
também são vigílias de ensinamento da Palavra de Deus
Atos 20:11: Então subiu, partiu o pão e comeu; e,
falou-lhes até o romper do dia; e logo partiu.
O jovem não voltou sem acompanhamento. Estava vivo, mas requeria
cuidados. As pessoas regeneradas precisam ser conduzidas e cuidadas. O
consolo é a sua ressurreição, mas o nosso dever é cuidar delas
Atos 20:12: E levaram o jovem vivo, e ficaram gran­
demente consolados.
Lucas volta a estar na companhia de Paulo: “nós”. Foram adiante Lucas,
Timóteo e Tito (que se reúne a ele trazendo notícias de Corinto) por uma
viagem marítima, enquanto Paulo visitava algumas outras igrejas por terra
Atos 20:13: Nós, porém, adiantando-nos ao embar­
que, navegamos para Assôs, onde devíamos receber
a Paulo, conforme ele determinara, pois ele mesmo
queria ir por terra.
As grandes viagens daqueles tempos necessitavam de m ovimentos
antecipados, pois não havia nenhuma agência que os ajudasse, senão os
próprios discípulos que se antecipavam em grandes aventuras, torcendo
que nada saísse errado com Paulo. Era uma constante luta tudo aquilo
Atos 20:14: E, assim que se juntou a nós em Assôs, o
recebemos e fomos a Mitilene;
As viagens não era diretas, e sempre contavam com dificuldades em meio às
tempestades, ventos e outras situações que os detinham em determinadas
cidades. Altas somas de dinheiro custavam aquelas viagens. Paulo não
gostava de andar só, e a companhia de seus amigos custava muito mais caro
o transporte, a alimentação, as vestimentas e as provisões
Atos 20:15: e, dali, navegando, chegamos no seguin­
te dia defronte de Quios, e, no dia seguinte, subimos
a Samos; e, detendo-nos em Trogílio, no dia seguinte,
chegamos a M ileto./At20.-i7;2Tm4:20j
Paulo estava muito desejoso de chegar aJerusalém na festa de Pentecostes.
Paulo, na festa de Pentecostes - no fim da festa das semanas. Um tipo
poderoso da vinda do Espírito Santo e da grande colheita de almas por
meio do ministério de Pedro (At 2:1-4; Lc 18:12; Mt 28:1). Muitos anos
tinham se passado desde aquele dia precioso conhecido como Pentecostes.

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Observe a decadência em que vivia a igreja de Jerusalém, que já não estava Leitura Bíblica
no avivamento dos seus primeiros dias, na liderança de Tiago, irmão de P essoal
Jesus. Qual era a ordem de Deus? Levítico 23:15: “E contareis sete semanas
completas, desde o primeiro dia depois do sábado da Páscoa, ou seja,
MÊS:...............ANO:___
desde o dia que trouxestes o ômer da oferta de movimento”. Desde o dia
da celebração da ressurreição de Cristo (23:11), até a chegada do Espírito 01 02 03 04 05 Oó 07
Santo sobre a Igreja; isto é, até o domingo do Pentecoste: dia de oferta vegetal
(ou de manjares), o maior tipo da Ceia do Senhor- celebrada no domingo; 08 09 10 11 12 13 14
justamente celebrada pela Igreja Primitiva, porque a oferta de manjares 15 16 17 18 19 20 21
nunca era apresentada independente do sacrifício animal - por isso, na 22 23 24 25 26 27 28
mesa do Senhor, temos pão (da oferta de manjar) e vinho (como memorial do 29 30 31
sangue do Cordeiro), ( I Co 16:8). Mas os irmãos da igreja de Jerusalém já não
estavam fazendo isto em comemoração à ressurreição de Cristo, na liderança
de Tiago, pois ele havia se adaptado à doutrina dos judaizantes. A igreja em
Jerusalém estava em crise. Levítico 23:16,17: “Até o dia seguinte ao sétimo
sábado, contareis cinquenta dias; então oferecereis uma nova oferta vegetal
(“de manjares”) ao Senhor Jeová. Então, de vossa morada trareis dois pães
para oferta alçada em movimento; pães cozidos com dois décimos de uma
efa (“dois litros e dois decilitros”) de flor de farinha de trigo, com levedura,
como primícias para o Senhor Jeová”. Por isso, Paulo escreveu que a sua vida DADOS ESPECIAIS
estava sendo oferecida como libação em lugar do vinho no altar do templo.
Levítico 23:18: “E juntamente com o pão oferecereis sete cordeiros sem
mancha, de um ano, um novilho e dois carneiros para holocausto ao Senhor
Jeová, acompanhados de uma oferta vegetal (“de manjar”) e uma libação
(“vinho”). Serão ofertas queimadas de cheiro agradável ao Senhor Jeová”.
Eles queriam oferecer a Paulo. Levítico 23:19: “Elogo sacrificareis um bode
como oferta de expiação pelo pecado, e dois cordeiros de um ano como
oferta de sacrifício pacífico”. Eles deveríam oferecer dons ao Senhor, mas
queriam oferecer em holocausto a Paulo. Levítico 23:20: “E o sacerdote as
levantará e os movimentará sobre o pão das primícias, como oferta alçada
diante do Senhor Jeová; mas os dois pães, juntamente com os dois cordeiros
consagrados ao Senhor Jeová, serão para os sacerdotes”. Aqueles dias eram
dias de santas convocações, mas eles estavam fazendo motim contra Paulo.
Levítico 23:21:“ E nesse dia não fareis nenhum trabalho servil, mas ele será
de santa convocação para vós. Será estatuto perpétuo para vós e para a vossa
posteridade, onde querque habitem”

Atos 20:16: Porque Paulo tinha decidido navegar ao


largo de Éfeso, para não demorar na Ásia; pois estava
fazendo todo o possível para estar em Jerusalém no dia
de Pentecostes. ím i8:w;2i:4, n : iw.i&u / c.oiô.-si
• T ex to CRONOLÓGICO CENTRAL:
• 0 3 9 1 - E m M i l e t o - A d efesa de P a u l o d ia n t e
DOS ANCIÃOS DE ÉFESO. MlLETO ERA UMA CIDADE
ANTIGA DA ÁSIA MENOR, QUE DISTAVA SESSENTA
E SEIS QUILÔMETROS DE ÉFESO. O FUNERAL DO
OBREIRO AINDA VIVO, AT 20:17-20:
Atos 20:17: E de Mileto enviou mensageiros a Éfeso e
mandou chamar os presbíteros da igreja. ím i i.soj
0 testemunho do missionário Paulo: (1) seu testemunho era visível e
conhecido de todos os presbíteros desde o primeiro dia de sua missão

Atos 20:18: E, quando eles chegaram, disse-lhes:


“Vós bem sabeis, desde o primeiro dia em que entrei
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B í BLE CHRONOS - N T EM ORDEM CRONOLÓGICA

na Ásia, como tenho me portado entre vós em todo o Local do E st u d o :

tempO, (At 18:19; 19:1,10! Tem a :


(2) O serviço do missionário - com toda a humildade e com lágrimas.
Sobrepujando as provocações e as ciladas dos judaizantes M inistrante:
Atos 20:19: servindo ao Senhor com toda humildade,
com lágrimas e tentações que nos sobrevieram pelas Cap . jnicial :
ciladas dos judeus;
CAP. FINAL:
(3) A coragem e a ousadia do missionário - não se esquivou dos desafios da
pregação do Evangelho. (4) Os métodos do missionário: (a) publicamente,
e (b) de casa em casa- o maior e mais eficaz meio de evangelismo
Discípulo :

Atos 20:20: como não me retraí de vos declarar coisa


alguma que fosse proveitosa a vossa alma, nem de vos
ensinar nas praças e de casa em casa, (At20:27 }
• T exto CRONOLÓGICO CENTRAL: DADOS ESPECIAIS

• 0392 - O CARÁTER DO MISSIONÁRIO -


SEM FAZER ACEPÇÃO DE PESSOAS E SEM
h ip o c r is ia . C h a m a n d o ju d e u s e g r e g o s
AO ARREPENDIMENTO E À FÉ EM CRISTO. POIS
AMBOS OS POVOS ESTAVAM DISTANTES DA iü
SALVAÇÃO, MESMO OS FILHOS DE ABRAÃO
- UM VIVENDO NA TRADIÇÃO DA LEI E O
OUTRO NA TRADIÇÃO DOS ÍDOLOS, At 20:21;
Rm 15:22-27,30-33:
Atos 20:21: testificando tanto a judeus como também
a gregos o arrependimento para com Deus e acerca da
fé em nosso Senhor Jesus Cristo. (At ís.s; 2:38;24:24;20: isi
• T exto co m plem enta r e c o m pa r a t iv o :
• P a u l o p e d ia o r a ç ã o em seu fa v o r ,
Rm 15:22-27,30-33:
Romanos 15:22: Por esta causa, muitas vezes, tenho
sido impedido de estar convosco. (Rm i:i3i
Quarto segredo do apostolado: saturar a região com 0 Evangelho.
Mas, e depois? O homem de Deus sabe quando a região onde se
encontra o está despedindo. Ele fica sem campo, sem motivação
e sem propósitos. Ele, como missionário, conhecia muito bem os
sintomas da renovação. Os pastores visitam os amigos do bairro
e da cidade. Os apóstolos visitam os amigos raramente, pois eles
estão espalhados entre as nações. O homem de Deus deve ter esta
sensibilidade: de sair e entrar no tempo certo. Mas, é uma honra
ministerial indizível para o homem de Deus dizer: “Enchemos
estas regiões do Evangelho”. Os pastores descansam a cada vinte
e quatro horas. Os apóstolos a cada dezena de anos! A saudade é
assustadora
Romanos 15:23: Mas agora, não tendo mais campo
nestas regiões, e tendo desejo de estar aí convosco já
faz muitos anos, (At 19:21;Rm 1:1 Ij
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Quinto segredo do apostolado: definir o tempo de sua recreação i Leitura Bíblica


com os amigos amados. Um descanso tem sempre em mente P essoal
um novo trabalho. Quando for para a Espanha (o novo campo), i
passarei por vós (Roma) para descansar um pouco. Mas, ele i
deixa claro, ali não era o seu fim, pois tinha uma jornada a fazer, j MÊS:_______ A no :___
Todavia, precisa desfrutar um pouco da companhia dos irmãos.
O que a companhia de um grupo de provedores pode fazer na 01 02 03 04 05 06 07
vida de um homem que tem investido tudo na obra missionária? 08 09 10 11 12 13 14
Renovar o que for possível: roupa, calçados, utensílios, pertences, 15 16 17 18 19 2021
instrumentos e provisão “por meio de vossa ajuda” 22 23 24 25 26 27 28
Romanos 15:24: decidi que, quando for para a Es- j 29 30 31
panha, irei ter convosco; pois, depois de vê-los de j
passagem, creio que serei encaminhado por meio de |
vossa ajuda, após ter desfrutado um pouco da vossa j
companhia. (Rm 15.M A t 15.-3j
Sexto segredo do apostolado: não é dono de seus próprios planos, j
“Quero ir à Espanha e passar por Roma, mas, agora, estou indo a
Jerusalém a serviço dos santos”
Romanos 15:25: Mas agora estou de partida para j
Jerusalém, a serviço dos santos irmãos. (At 1 9.2 1;24:27)
Quem diria? Que a perseguição que chegou a Jerusalém deixou
rastros terríveis de pobreza na igreja, e, agora, o apóstolo, motivo
de muitas desconfianças, está trazendo provisões enviadas
pelos frutos de seu trabalho missionário aos irmãos da Igreja
principal. O mundo dá muitas voltas. Os irmãos da Macedônia j
(ao Norte) e da antiga Acaia (uma província do Império Romano
que compreendia entre o Peioponeso e 0 Sul da Grécia) queriam
cooperar
Romanos 15:26: Porque os nossos irmãos da Ma- j
cedônia, e os da Acaia, desejaram contribuir com j
uma oferta generosa e dedicá-la aos santos irmãos j
mais pobres dentre todos os que vivem em Jerusalém.
(2 Co 8:1; 9:2; ITs 1:7,8!
Sétimo segredo do apostolado: bens espirituais se pagam com
bens materiais. Os gentios queriam, generosamente, enviar
os seus bens materiais aos irmãos de Jerusalém por causa de
sua maravilhosa função, pois Jerusalém era o centro de envio
missionário, em troca dos bens espirituais que haviam recebido.
Observe que bênção maravilhosa era a consideração que os
gentios tinham, pois queriam, em troca dos bens espirituais,
devolver bens materiais. Bens espirituais se pagam com bens j
materiais. A viúva de Sarepta pagou antecipadamente os bens
espirituais que Elias lhe concedeu, isto é, a prosperidade de
sua casa e a ressurreição de seu querido filho. Quando Elias
disse à viúva: “Prepara-me um bolo, primeiro para mim”, era j
o pagamento antecipado dos bens espirituais que havia de j
receber. Saul buscava um bem espiritual, isto é, o conhecimento
NT

sobrenatural a respeito da localização das mulas de seu pai. Ele


sabia que era costume em Israel servir com bens materiais, em
agradecimento pelos bens espirituais (1 Sm 9:7-9)
Romanos 15:27: Eles assim procederam porque
também lhes pareceu bem, e porque se consideram j
seus devedores; porque, se os gentios têm sido feitos
partícipes dos seus bens espirituais, por meio do j
Espírito Santo, crêem que devem lhes servir com os j
seus bens materiais, n c o ç.-iij
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Nono segredo do apostolado: o combate associado à oração da fé. Local do Estudo :


Sem este combate, o apóstolo não pode contar com a plenitude
das bênçãos, pois são muitos os levantes no mundo natural e o no T ema :
mundo espiritual. Há o amor do Pai, do Filho e do Espírito. Ele roga
pelo amor do Espírito. Em que se especializa o amor do Espírito?
(1) Nos combates pela salvação de vidas escravizadas às tradições M inistrante:
dos homens. (2) Ajuda-nos nas orações de combate. (3) Funciona
na oração de concordância Ca P. INICIAL:
Romanos 15:30: Mas rogo-vos, irmãos, por nosso
Senhor Jesus Cristo, e pelo amor do Espírito, que com­ C a p . final:
batais comigo também orando por mim a Deus, ici4:i2;
D iscípulo :
a 5:22;2 Co 1:111
A missão era levar as ofertas dos gentios aos irmãos dejerusalém.
Mas, havia um grupo de judaizantes que considerava as ofertas
imundas. O combate apostólico era com o poder da oração. Ele
pedia livramento da influência dos rebeldes, isto é, das pessoas
que formavam grupos existentes em todas as congregações e
torciam contra o sucesso daquele que se dispõe em serbênção na
obra de Deus. Onde eles estavam? Najudéia. Eles não estavam
somente emjerusalém, mas portodas as partes. Aqueles que nos
odeiam têm influência e espaço. Mas, a associação da oração ao
combate em fé é um exército poderoso nessa batalha. Este tipo de
oração confunde os rebeldes e abre corações
Romanos 15:31: a fim de que eu seja livre dos rebel­
des que estão najudéia, e que a oferta do meu serviço
aos santos dejerusalém seja bem aceita.
Décimo segredo do apostolado: chegar é uma bênção, uma
autorização, um verbo maravilhoso. Um ministro também precisa
de descanso e recreação. Uma pessoa somente pode pensar
em recrear-se entre os íntimos do ministério. Não é comum ao
apóstolo estar sempre com eles. A plenitude da bênção tem que
ser compartilhada entre os íntimos da fé e do ministério. Assim,
encontramos repouso
Romanos 15:32: Para que eu, pela vontade de Deus,
com gozo, chegue até vós, e que possa recrear-me jun­
tamente COnVOSCO. (At 18:21;Rm 1:10; 1Co 16:18:
Ele termina o livro aqui pedindo ao Deus de paz que seja com j
todos. Como o Deus de paz está com todos? Quando estamos
sendo ameaçados por nossos medos, em nossos cenáculos,
imaginando coisas vãs; pois, nesse tempo, nenhuma notícia é j
mais importante do que a presença de Cristo, o Príncipe da paz.
Em uma promessa divina, há o Sim e o Amém. O Sim é a afirmação
do Pai e o Amém, a nossa confirmação. O Sim e o Amém geram,
criam, formam, estabelecem, confirmam para sempre (2 Co 1:20).
Atrevo-me a pensar que, em uma daquelas noites de inspiração,
quando o homem de Deus fecha os olhos e dorme, lembra-se de
que faltou algo. Assim, ele escreve o capítulo dezesseis: sobre o
primeiro amém
Romanos 15:33: E o Deus de paz seja com todos vós.
Amém. (Rm 16:20; 2 Co 13:1 l;Fp4:9;Hb 13:20)

• T ex to CRONOLÓGICO CENTRAL:
• 0393 - A d is p o s iç ã o do m i s s io n á r i o de
ENFRENTAR O INVISÍVEL E O INESPERADO NA
CAPITAL DA IGREJA, DE ONDE ELE JAMAIS FOI
ENVIADO COMO MISSIONÁRIO, A t 20:22-25; Leitura Bíblica
Rm 1:1,2,5-15: P essoal

Atos 20:22: E, agora, eis que eu vou ligado em espí­ M ÊS: AN O :


rito a Jerusalém; mas não sei o que me acontecerá ali,
01 02 03 04 05 06 07
ÍAi 19:21; 20:16)
08 09 10 11 12 13 14
(7) A fidelidade do missionário que, de antemão, sabia o que o esperava, 15 16 17 18 19 20 2 1
mas continuava a fazer a obra sem temer

CO
K>
22 23 24 25 26 27
Atos 20:23: salvo o que o Espírito Santo me testifica 29 30 31
em cada cidade, dizendo que me aguardam prisões e
tribulações. (At2i:4,ii)
(8) O exem plo de fé e a convicção do missionário sendo mostrados aos
presbíteros; um ensaio das epístolas escritas a Timóteo: (a) Não ter a vida
como preciosa para si mesmo; (b) desejo de completar a sua carreira; (c)
completar o ministério que recebeu de Cristo; (d) dar testemunho do
ministério do Evangelho da graça de Deus

Atos 20:24: Mas, de modo nenhum estimo a minha


alma como preciosa para mim, contanto que comple­
te a minha carreira e o ministério que recebí do Senhor
Jesus para dar testemunho do Evangelho da graça de
DeUS. (At21:13;2Co4:16;At 1:17;2Co4:l;Gl 1:1; Tt 1:3)

(iiíüii
(9) Os obreiros, frutos de suas viagens missionárias, estão ouvindo Paulo
prever, diante deles, a sua última viagem, para a glória de Deus; (10) o
missionário deixa bem claro a todos os seus presbíteros que ele pregava o
Reino de Deus

Atos 20:25: E agora, eu sei que verdadeiramente já


não vereis o meu rosto, todos vós por quem eu passei
pregando o Reino de Deus. (At20 -.38)
• T exto c o m plem en ta r e c o m pa r a tiv o :
• P aulo d e se ja v a chegar a Ro m a ,
Rm 1:1,2,5-15:
Observe bem como ele começa sistematicamente os movimentos
do ministério: (1) servo, (2) chamado, (3) consagrado. Servimos,
somos chamados, somos consagrados para o Evangelho de Deus.
Ninguém se autoconsagra. Necessitamos ser aprovados pelo
nosso serviço para sermos chamados. A consagração para o
Evangelho de Deus depende do testemunho da congregação.
O Evangelho de Deus requer obreiros consagrados; são muitos
que se autoconsagram e jamais se submeteram à aprovação H•
ministerial da Igreja. Paulo, em cada epístola, justifica o seu UÉ
chamado por causa da atitude de Pedro na substituição de Judas,
quando estabeleceu regras com as quais Deus jamais concordou.
Eles estavam ali para orar e ser cheios do Espírito Santo, mas
acabaram usando aquele tempo para fazer política ministerial.
Esqueceram de ouvir a vontade do Espírito Santo, tal qual em
Atos 13:1-3. Assim, com as regras de Pedro (antes de ser cheio
do Espírito Santo), as portas se fecharam para novos apóstolos,
segundo a mente de um homem sem o poder do Espírito Santo.
Primeira regra: o próximo apóstolo tem de ser veterano: “...dos
varões que conviveram conosco todo o tempo em que o Senhor
______ü
1565 ü ü lü É iii^ ^ li
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BlBLE CHRONOS - N T EM ORDEM CRONOLÓGICA

Jesus andou entre nós” (At 1:21). Quem não cumprir esta regra, Local do E st u d o :
está fora. A escolha e o chamado de Deus. “Pois eu sou o menor dos
apóstolos, que nem sou digno de ser chamado apóstolo, porque Tema:
persegui a Igreja de Deus” (1 Co 15:9; Ef2:3-6,19). Paulo jamais
conviveu com eles, nunca antes os conheceu. Deus o fez apóstolo.
“Começando desde o batismo dejoão até o dia em que dentre nós M inistrante:
foi levado para cima, um deles se torne testemunha conosco da
sua ressurreição” (At 1:21). Segunda regra: “começando desde o CAP. INICIAL:
batismo dejoão”. Quem não se enquadrar a esta regra, está fora.
A regra de Deus: Paulo conhecia outro batismo, e o seu ministério CAP. FINAL:
começou no dia em que suas escamas caíram. Ele não conhecería
a verdade com aquelas escamas. “Você conheceujoão?” “Não, eu
fui chamado pelo Espírito Santo quando era membro da pequena
Discípulo :
igreja de Antioquia, serve?” Terceira regra: “até o dia em que
dentre nós foi levado para cima”. Deve ser tradicional. Deve ter
visto Jesus subir. Regra de Deus: Paulo viu Jesus descer. Quem
teve uma visão de Cristo descendo, serve? Quarta regra: “um
deles torne-se testemunha conosco da sua ressurreição”. Deve
ser testemunha da sua ressurreição. Regra de Deus: Paulo foi
testemunha de sua glorificação. Serve? “É necessário gloriar-me, DADOS ESPECIAIS
embora não convenha; mas passarei às visões e revelações do
Senhor. Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos (se no
corpo, não sei; se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) foi arrebatado
até o terceiro Céu. Sim, conheço o tal homem (se no corpo, se fora
do corpo, não sei; Deus o sabe) que foi arrebatado ao Paraíso e
ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir.
Desse tal me gloriarei, mas de mim mesmo não me gloriarei,
senão nas minhas fraquezas. Tornei-me insensato; vós a isso me
obrigastes; porque eu devia ser louvado por vós, visto que em
nada fui inferior aos demais excelentes apóstolos, ainda que nada
sou. Os sinais do meu apostolado foram, de fato, operados entre
vós com toda a paciência, por sinais, prodígios e milagres” (2 Co
12:1-5,11,12). Ele está dizendo: Estive no paraíso e conheci o
Cristo glorificado que vocês jamais viram. Vocês conheceram
o Jesus ressuscitado, mas eu conheci o Cristo glorificado. Serve
para ser apóstolo? Que é o Evangelho? O Evangelho é o ministério
da anunciação da graça de Deus aos homens revelado por Jesus
Cristo
Romanos 1:1: Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado
para ser um apóstolo, consagrado para o Evangelho de
Deus, n Co 1:I;GIl:l;At9:15;2Co 1 1:7}
O Evangelho prometido é Cristo. E Cristo é a pessoa do Evangelho.
Damos, abaixo, várias referências das palavras proféticas básicas,
sem contar os textos dos salmos messiânicos, para os quais
dediquei toda a atenção e explicação, lembrando que os Salmos
18,22 e 68 são os mais importantes, e comprovam o que Paulo iü
escreve nesses versos: (1) a Semente da Mulher (Gn 3:15); (2) o
Cordeiro da Páscoa (Êx 12:3); (3) ungido como Sumo Sacerdote
(Lv8:7-9);(4) Estrela deJacó(Nm21:8); (5) a serpente salvadora
(Nm 24:17); (6) o Profeta semelhante a Moisés (Dt 18:15); (7)
Capitão dos Exércitos (Js 5:14); (8) o Mensageiro do Senhor (Jz
2:1); (9) o Redentor (Rt 2:1); (10) Grande Juiz (1 Sm 2:10); (11) a
Semente de Davi (2 Sm 7:13); (12) o Senhor de Israel (1 Rs 8:15);
(13) Deus dos querubins (2 Rs 19:15); (14) Deus da Salvação
(1 Cr 16:15); (15) Deus dos pais (2 Cr 16:35); (16) Senhor dos
céus e da terra (Ed 1:2); (17) Deus dos mandamentos (Ne 1:5);
(18) vivo e ressuscitado Redentor (Jó 19:25); (19) o Redentor que
ressuscitaria (Jó 19:25); (20) o bom Pastor (SI 23); (21) o Rei da
glória (SI 24:7-10); (22) a Sabedoria (Pv 8); (23) o Dom (Ec 5:19);

1566
Bible C hronos D i N elson

(24} o Amado (Ct 5:10); (25) o Emanuel nascido de uma virgem Leitura Bíblica
(Is 7:14; 9:6); (26) o Maravilhoso, Conselheiro, Deus forte, Pai da P essoal
eternidade, Príncipe da paz (Is 9:6); (27)o Cordeiro mudo (Is 53);
(28)o Senhor dajustiça (Jr 23:6; 33:16); (29) a Compaixão de Deus
(Lm 3:22,23); (30)o Senhor que está presente (Êx 48:35); (31) a M ês: Ano: !g
I tf*
Rocha que destrói o poder do Anticristo (Dn 2:34); (32) o Filho de 01 0 2 03 04 05 06 07
Deus (Dn 3:25); (33) o Filho do homem (Dn 7:13); (34) o Senhor da tf
ressurreição (Os 13:9,14); (35) o Senhor da batalha (J12:11); (36) o 08 09 1 0 1 1 1 2 13 14
Provedor da plenitude do Espírito Santo (J12:28-32); (37)o Senhor 15 16 17 18 19 2 0 21
das hostes (Am 4:13); (38) o Vingador (vv. 8,15; Is 61:2); (39) o 2 2 23 24 25 26 27 28
Profeta ressurrecto (Jn 2:10; 3:11); (40) o Deus de Jacó (Mq 4:1-5); 29 30 31
(41) o nascido em Belém (Mq 5:2); (42) o Perdoador (Mq 7:18,19);
(43) o Deus zeloso (Nm 1:2); (44) o Ungido, Puro e Glorioso (Hb
1:12,13); (45) o Rei de Israel (Sf 3:15); (46) o Segundo Templo, a
segunda casa (Ag2:7); (47) o Ramo (Zc3:8); (48) o Construtor do
templo (Zc 6:12); (49) o Rei que vem triunfantemente (Zc 9:9);
(50) o Unigênito e o Primogênito (Zc 12:10); (51) o Rei da terra (Zc
14;9); (52) o Senhor da Justiça, o Sol dajustiça (Ml 4:2)
Romanos 1:2: que Deus outrora havia prometido
pelos seus profetas nas Santas Escrituras, ia i 20:6; ci3:Sj
Somente por ele recebemos a graça e a missão do apostolado. 0
O objetivo era levar os gentios a obedecerem ao Evangelho. A
autoridade para executar esta missão foi dada somente pelo seu
Nome: Jesus. A graça abre portas, a missão sustenta o objetivo e
o Nome concede autoridade para executá-lo entre os povos que
jamais conheceram este Evangelho. Hoje, ainda hoje, o termo
gentios significa povos não-alcançados
Romanos 1:5: pelo qual recebemos a graça e a missão
do apostolado, para a obediência da fé entre todos os
gentios, por amor do seu Nome; (gu :iô;m ó:/; 9.-is /
Os romanos estão incluídos entre os chamados de Jesus Cristo,
segundo o que temos no verso anterior. Lembre-se que o ato de
ser chamado não está isolado, mas ligado ao conhecimento, à
predestinação, à justificação e à glorificação, e todos estes
vocábulos completam a eleição. Paulo, recomendando a Tito,
escreve sobre a fé dos eleitos, dizendo: “Paulo, servo de Deus,
e apóstolo de Jesus Cristo, na fé dos eleitos de Deus, e o pleno
conhecimento da verdade que é segundo a piedade”. A fé dos
eleitos é credo, é doutrina.José pôde perdoare compreendertodas
as tribulações que sofreu, junto e longe de seus irmãos, porque
conhecia a fé dos eleitos: ele tinha um sonho que lhe respondia
na hora da incerteza. Ele tinha a fé do eleito. A fé do eleito é a
doutrina que segue para estabelecer seus ideais, sonhos e visões.
Ele, assim, explicou a seus irmãos na ocasião em que lhe pediam,
amedrontados, perdão. A fé dos eleitos é um conhecimento dos
planos de Deus, isto é, toda a verdade, o pleno conhecimento
da verdade que envolve a sua missão (v. 1). Na ocasião da
queda de Satanás, na presença de Deus (Ez 31:11), a Igreja foi
conhecida, chamada, predestinada. Sua justificação e glorificação
deveríam ser feitas segundo a sua fé em vida. Estas duas partes
se distinguem entre si e devem ser entendidas (Rm 8:29,30). O
conhecimento sabe que os elementos do propósito se apresentam
desorganizados. O chamado é para todos, mas nem todos aceitam a
predestinação a partir daí. Tudo é um sistema, uma continuidade.
O conhecimento, o chamado e a predestinação são vagões e a
justificação e a glorificação, as locomotivas. O conhecimento é
presciência. É Deus projetando a vida de cada um daqueles que
forma, para os quais tem planos (SI 139: 1-13). Ele nos faz nascer

1567
BlBLE CHRONOS - N T EM ORDEM CRONOLÓGICA

neste mundo e nos chama. Nos predestina. A predestinação não Local do Estudo :
é um ato isolado. Faz parte de outros quatro ato linguagem do
apóstolo (Rm 8:29,30). Não é definitiva, pois a palavra em si já T ema:
diz: pré (não definitivo, antecipadamente)+destinação (destino).
Predestinação não quer dizer definição. Para isso, o predestinado
deve ser justificado (Rm 8:29,30). O vocábulo predestinado quer M inistrante:
dizer “destinar antecipadamente”. Ainda não é definitivo. Requer
um ato de escolha: precisamos confirmar a nossa predestinação Cap . inicial :
pela nossa justificação. Os vasos de honra não são vasos de honra
porque foram projetados por seu fabricante para que fossem de CAP. FINAL:
honra: eles podem ser adquiridos por um comprador que não sabe
para quais propósitos foram feitos. Quem dá destino ao vaso não
é o oleiro, mas seu comprador. O oleiro o faz para ser de honra, Discípulo :
para um fim, mas, dependendo para quem o vaso é vendido,
experimentará a honra ou não. Quem dá destino ao vaso é o seu
comprador. Agora, o vaso eleito e feito para honra, que é vendido
na loja, não pode ser resgatado se o seu comprador não o puser à
venda, isto é, se não for leiloado ou vendido. José foi vaso feito para
honra. Quem o comprou? Potifar. Na casa de Potifar, ele poderia
ser honrado, mas ainda não era aquilo que Deus havia projetado DADOS ESPECIAIS
para ele. Ele foi feito para o palácio de Faraó. Então, Deus teria que
levantar uma pequena tribulação para que ele fosse condenado e
vendido. Nessa condição, ele saiu da casa de Potifar. Agora, Deus
poderia arrematá-lo e conduzi-lo ao seu propósito original. Paulo
(At 8:1 -3) matava os irmãos e os conduzia à prisão. Qualquer um
se negaria a considerá-lo vaso feito para honra, por causa das
coisas que ele fazia. Ananias foi um deles. Mas Deus disse: “Ele é
( tempo verbal no presente) para mim vaso de bênção” (At 8:15).
O que ele precisava fazer para conduzi-lo ao seu propósito final? O
próprio Paulo escreve: “...se alguém se purificar destas coisas, seja
idôneo e santo, e preparado para ser usado para toda e boa obra”
(2Tm 2:20,21). Então, chegaráa ser vaso de honra de acordo com
o propósito visto no conhecimento! Deus não pode roubar o vaso
das mãos de quem o adquiriu; ele precisa ser posto à venda. Esta
é a fé dos chamados
Romanos 1:6: entre os quais sois também vós chama­
dos porjesus Cristo.
Então, ele conclui que os gentios romanos são amados e, agora,
chamados por Deus para serem santos. A obediência do verso
cinco se une ao chamado para a santidade
Romanos 1:7: A todos os que estais em Roma, ama­
dos por Deus e chamados santos: Graça a vós e paz,
da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.
(1 Co 1:2,3;2 Co 1:2; Gl !:3;FJ!:2;
A grande oportunidade rejeitada em Atenas, onde todos os
sábios do mundo se reuniam para conhecer as últimas novidades
da sabedoria humana. Atenas foi o lugar em que Paulo quis
apresentar o Evangelho com palavras persuasivas de sabedoria
humana. Entre os sábios de Atenas, de quem foi escondida
a grande revelação de Cristo, e Roma, Deus resolveu escolher
Roma. Os soldados romanos, atados ao corpo de Paulo na prisão,
sem dúvida alguma, conheceram o Evangelho pleno e se tomaram
verdadeiros evangelistas de Cristo. Entre os sábios e os soldados,
Cristo escolheu as coisas vis deste mundo para anunciar o seu
Evangelho. Desde a morte de Cristo e o testemunho do centurião,
o Evangelho silenciosamente invadiu as terras longínquas com
uma mensagem poderosa. Por meio das centúrias, das quais os
soldados romanos participavam, o Evangelho chegou a muitos

1568
I
Bible C hronos D i N elson
lugares quase inalcançáveis. Paulo, pela sabedoria de Deus, Leitura Bíblica
também não perderá a oportunidade de ampliar este grupo de
P essoal
pregadores imbatíveis, que eram os soldados convertidos a Cristo,
desde aquela tão gloriosa cena do Calvário. Assim, por todo o
mundo, a fé dos romanos foi divulgada M Ê S :________ A n o :___

Romanos 1:8: Em primeiro lugar, dou graças ao meu 01 02 03 04 05 06 07


Deus, mediante Jesus Cristo, por todos vós, porque em 08 09 10 11 12 13 14
todo o mundo é publicada a vossa fé. (Fp i .s -ai ió.-iqi 15 16 17 18 19 20 21
0 (1 ) testemunho de Deus, o (2) serviço de Paulo na profundidade 22 23 24 25 26 27 28
do seu espírito humano, (3) a causa maior do Evangelho de Cristo 29 30 31
e (4) o juramento que jamais esquece de mencioná-los nas suas
orações são obras do apostolado
Romanos 1:9: Porque Deus é quem testifica, pois a ele
sirvo em meu espírito, no Evangelho de seu Filho, de
que sem cessar faço menção de vós nas minhas orações,
(Fp /:8; At24:l4;F/l:lói
A oração do apóstolo: (1) fruto de um serviço no espírito; (2)
menção contínua da Igreja diante de Cristo; (3) súplica em busca
da vontade de Deus, o que é de suma importância, tal qual a oração
de Cristo Jesus no Getsêmani; e (4) uma busca de uma jornada
próspera; isto é, de uma viagem protegida e bem-sucedidaem tudo.
Estamos falando dos dias em que a viagem era, antes, uma entrega
de alma a Deus por causa do medo, da incerteza de chegada, dos
assaltos e dos constantes perigos de morte
Romanos 1:10: suplicando que, afinal, pela vontade
de Deus, se me ofereça próspera jornada quando for ter
convosco. (Rm 15:32/
O objetivo da viagem apostólica: (1) desejo ardente de ver os
irmãos; (2) vontade de comunicar (ministrar-lhes) algum dom de
Deus. Ele sabia que, pela ministração de algum dom, os irmãos
seriam (3) confirmados na sua fé
Romanos 1:11: Porque desejo muito ver-vos, para vos
comunicar algum dom espiritual, a fim de que sejais
confirmados,
Mais informações a respeito da viagem apostólica: (4) para serem
consolados mutuamente, mediante a (5) fé que lhes era comum.
Quando a fé é comum, tudo o que fazemos tem garantia dos Céus.
Quando a fé é comum? Quando dois ou três se reúnem em seu
nome; quando dois ou três concordam em seu nome; quando a
igreja resolve compartilhar dons
Romanos 1:12: isto é, para que juntamente sejamos
consolados mediante a fé que nos é comum, vossa e
minha.
Ainda sobre a sua viagem missionária e o seu desejo de ir visitar a
igreja: (6) conseguir algum fruto entre os gentios. Que fruto? (a)
Obreiros para o serviço; (b) provisões para os empreendimentos;
(c) almas parao Reino de Deus; (d) vitória sobre as obras de Satanás.
Paulo somente contava com os gentios salvos: era a sua esperança
pessoal, para que o Evangelho fosse pregado entre os gentios
Romanos 1: 13: E não quero que ignoreis, irmãos, que
muitas vezes propus visitar-vos, para conseguir algum
fruto entre vós, como também entre os demais gentios,
mas até agora tenho sido impedido, n m.-is.-Rm í 5:221
1569
BlBLE CHRONOS - N T EM ORDEM CRONOLÓGICA

O conhecim ento de Deus faz do pregador um devedor em Local do Estudo :


potencial. Todo pregador tem uma dívida impagável: comunicar
dons e colher frutos para reinvestimento na obra de Deus. Tema:
Quando esta dívida começa a ser cancelada para os romanos, ela
novamente ressurge entre os gregos, os bárbaros, os sábios e os
ignorantes M ínistrante:
R om anos 1:14: Eu sou devedor tanto a gregos como
Cap . inicial :
a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes, n c o q.-ió,-
At28:2j Cap . final :
A dívida do pregador: “Quero começar a pagar a dívida para os
romanos”. Roma era um lugar estratégico. Ela tinha o mesmo Discípulo :
poder do Areópago de Atenas: a propagação mundial, não com
a persuasão de sabedoria de homens, mas com a facilidade da
divulgação pela simplicidade do povo carente
Romanos 1:15: Por isso que, quanto a mim, estou
pronto para anunciar o Evangelho também a vós que
estais em Roma. (Rm i 2:is; i5:2o>

| • T exto CRONOLÓGICO CENTRAL:


• 0 3 9 4 - A c a r t a a o s R o m a n o s É c o n c l u íd a e ■
É ENVIADA NA ÍNTEGRA (O LIVRO DE ROMANOS
ESTÁ DISTRIBUÍDO CRONOLOGICAMENTE AO ]
LONGO DESTA OBRA, EM ORDEM DE ASSUNTO). O i
MISSIONÁRIO ESTAVA CONSCIENTE DE QUE O PESO
DO SANGUE DE CADA UM DELES NÃO CAIRÍA SOBRE
A SUA CABEÇA, PORQUE ELES TINHAM OUVIDO j
FALAR, POR MEIO DELE, A RESPEITO DO REINO DE j
D eu s e m C r is t o , A t 2 0 :2 6 - 3 8 :
Atos 20:26: Portanto, vos testifico, no dia de hoje,
que estou limpo do sangue de todos. (Ati8:ó;2Co7.-2/
(1 1 ) 0 missionário estava preparado para anunciar aos presbíteros todo o
propósito de Deus, da mesma forma como mostrou, na epístola aos Efésios,
| pelo conhecimento da doutrina da dispensação do mistério (Ef 3:9), da !
] dispensação da graça (Ef 3:2) e da dispensação da plenitude dos tempos
(Ef 1:10), isto é, a administração de Deus, que abarcava toda o conselho de
I Deus, que agora eles conheciam bem

Atos 20:27: Porque não me retraí de vos anunciar


todo o Conselho de Deus. (At20.2 1 ; 13.301
(12) O missionário honrando a hierarquia da igreja. Ali, havia presbíteros,
mas os líderes dos presbíteros, que eram também os ministros ordenados
por Paulo, ele os chamava de bispos. Na verdade, biblicamente, a hierarquia
ministerial era assim: os apóstolos eram os líderes que estabeleciam os
fundamentos e os que presidiam internacionalmente a igreja. Paulo era o
apóstolos dos gentios, e Pedro apóstolos dos irmãos judeus que estavam
espalhados em todos os lugares e líder de toda a igreja com Tiago. Os
ministros, tais como Paulo escreveu em Efésios 4:9-11: como os profetas,
os evangelistas, os pastores e os mestres eram chamados e reconhecidos
anciãos ou presbíteros das igrejas. Em cada região havia um bispo, líder j
daqueles. Assim funcionavaa igreja nos primeiros séculos: apóstolos, bispos
e presbíteros (que poderíam ser profetas, evangelistas, pastores e mestres),
depois estavam os diáconos e os cooperadores, que operavam os ministérios

1570
Bible C hronos D i N elson

de serviço como visitação, misericórdia e beneficência - sempre liderados Leitura Bíblica


por um presbítero). Os bispos eram os pastores por excelência. Paulo mostra Pessoal
que a Igreja, como Corpo de Cristo, foi adquirida porpreço de sangue e não
era propriedade dos bispos nem herança de família, mas a esposa de Cristo.
M ê s :_________A n o :___
(13) Paulo mostra a sua preocupação e o cuidado por cada um deles, mas
exorta-os que, se não cuidarem cada um de si mesmos, não poderão cuidar 01 02 03 04 05 06 07
também do rebanho. Eles deviam cuidar primeiramente deles mesmos j
08 09 10 11 12 13 14
Atos 20:28: Zelai por vós mesmos e por toda a grei 15 16 17 18 19 20 21
sobre a qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, j 22 23 24 25 26 27 28
para apascentardes a igreja do Senhor e Deus, que 29 30 31
ele resgatou por seu próprio sangue. iiPe5:2;FPui;Hb q-a2;
/ Tm4:16; 1Pe5:2; 1 Co 12:28; 1Pe 1:19/
Paulo deixou bem clara a hierarquia da Igreja e a constituição de ministros,
tarefa que pertencia à Igreja, (14) mas profetizou dizendo que muitos falsos
obreiros viriam para se constituírem donos do rebanho. O que significava
não poupar o rebanho. Em vez de usar o produto do rebanho, eles destroem
o rebanho ou os mata, sem valorizarem o preço que ele custou para o seu DADOS ESPECIAIS
verdadeiro proprietário

Atos 20:29: Porque eu sei que, depois da minha par­


tida, entrarão no meio de vós lobos vorazes, que não ||f e -
Es?
pouparão a grei, (Mt7:i5/
Paulo profetizou que se levantariam homens divisores, que, pervertendo a
doutrina, atrairíam discípulos para si mesmos, isto é, que considerariam eles
mesmos o próprio Cristo. Como eles agiriam? Falando coisas perversas

Atos 20:30: e que, dentre vós mesmos, levantar-se-


■ ão varões que, falando coisas perversas, atrairão os
discípulos após si.
(15) O missionário estava advertindo os bispos como pastores por j
excelência, mas exortando-os a vigiar como os pastores que estavam no
campo nas vigílias da noite, quando os anjos apareceram para lhes anunciar
as Boas-Novas do nascimento de Cristo. O discípulo não é maior do que o
seu mestre. Três anos de trabalho com os presbíteros, e agora eles deveríam
fazer o mesmo que ele. O missionário estava fazendo exatamente o quejesus
fez, antes de sua ascensão, diante de seus discípulos

Atos 20:31: Portanto, vigiai, relembrando-vos de que


por três anos, de dia e de noite, não cessei de admoestar
com lágrimas a cada um de vós. (Atw.-ioj
(16) O missionário relembra a principal doutrina da fé: a santificação
efetuada por Cristo mediante o pagamento de um preço incorruptível. Paulo
j mostra o poder da santificação de Cristo, que foi o ato de ele depositar o seu
sangue como resgate por nós, o qual cada um de nós devia a Deus, dívida
impagável que estava registrada em forma de Escrito de Dívida, e era contra
nós. Mas ele veio, pagando com o seu sangue aquilo que nós devíamos, e
com este preço de sangue, que foi a sua própria vida, ele nos santificou, para
vivermos neste mundo livres do poder do mal (Jo 17:15-20). Esta santificação
! não pode ser confundida com santidade. A santificação é um pagamento
(Hb 10:10,12,14), com preço de sangue, que Cristo efetuou diante do Pai
por cada um de seus irmãos. Todos aqueles que foram santificados serão
edificados e receberão herança de Deus

Atos 20:32: E, agora, irmãos, encomendo-vos a Deus


e à palavra da sua graça, àquele que é poderoso para
i 3SS35jgSBa^aBíãBssasiMMW««M«M«M«MWMiB«8B«Eaaaaa«BaHB«sa8
BffiLE CHRONOS - NT EM ORDEM CRONOLÓGICA

vos edificar e dar herança entre todos os santificados, i j local d o e s t u d o :

(At 14:23; 9:31;2ó: 18; Ef 1:18; Cl 1:12;3:24; 1Pe 1:4)


Tema:
Quem está santificado pelo preço de sangue sabe como poupar o rebanho.
Com o trabalho de suas próprias mãos, Paulo levantava o seu próprio
M inistrante:
sustento em quase todas as igrejas que fundou: Lídia, Áqüila e Priscila e
muitos outros foram testemunhas disso I
CAP. INICIAL:
Atos 20:33: Nem prata nem ouro nem vestim en­
ta: Nada eu tenho cobiçado de vós. n co9:i2;2Co7:2: CAP. FINAL:
11:9; 12:17;
Discípulo :
(17) O missionário mostra que nenhum obreiro deve esperar receber salário
do povo para iniciar uma obra. Mas deve ter uma profissão paralela, que
deverá ser usada se houver necessidade. Como grande profissional tecelão,
Paulo sempre encontrava onde trabalhar por onde passava

Atos 20:34: Vós mesmos sabeis que estas mãos me


serviram nas minhas necessidades e aos que estão j
COm igO. (At 18:3)
(18) O missionário mostra que é melhor manter a vocação, a fim de
prover necessidades urgentes por meio de suas próprias mãos, do que
esperar por uma pessoa ou instituição, enquanto os enfermos moribundos
morrem. O missionário mostra que é melhor ter o que é próprio para suprir
necessidades urgentes do que esperar receber de outros para depois
oferecer. A imagem que a maioria dos missionários hoje publicamente
expõe é a de um ministério miserável, que notavelmente mendiga ajuda. O
missionário Paulo mostrou uma imagem diferente de sua missão, naquilo
que diz respeito ao seu próprio sustento

Atos 20:35: Em tudo vos mostrei que, trabalhan­


do dessa maneira, é necessário acolher os enfermos
e recordar as palavras do Senhor Jesus: “Mais bem-
aventurado é dar do que receber”. /Kmis.-ij
(1 9 ) 0 missionário continuava crendo em Deus, ainda orava de joelhos e
fazia da oração a sua principal arma na manutenção da obra de Deus

Atos 20:36: E, tendo dito isto, pôs-se de joelhos, e


orou com todos eles. (M9:4o;2i:5)
O testemunho do Espírito Santo eranotável no meio da Igreja. Eles sabiam,
segundo o sentimento de Deus, das dificuldades de Paulo

Atos 20:37: E houve um grande pranto entre todos;


e, lançando-se sobre o pescoço de Paulo, o beijavam,
(Gn45:14j
:
Aqui está registrado um funeral de um obreiro vivo: Somente na glória eles h'-
se encontrariam, e todos juntos esperariam até os últimos frutos de sua obra,
os quais somos nós. Ao acompanhá-lo ao navio, Paulo podia ver cara a cara o
quesenteum apessoaquenos conduz à sepultura. Ao entrar no navio, Paulo
nos mostra, de forma sublime, como é a morte de um grande homem de
Deus: uma viagem, onde o esquife é o grande navio que, ao mesmo tempo,
leva muitos outros que passam desta vida em todos os lugares. Um funeral ao i
vivo de quem morrería desacompanhado de todos os seus em Roma

Atos 20:38: entristecendo-se muito, sobretudo por


causa daquela palavra que dissera: que não veriam
Bible C hronos D i N elson

mais o seu rosto. E eles acompanharam-no até ao Leitura Bíblica


n aV iO . tAt20:25; 15:3) P essoal

M ÊS:_ Ano:
• T ex to CRONOLÓGICO CENTRAL:
• 0 3 9 5 - P a u l o v ia jo u a C e sa r é ia ; ele t in h a 01 02 03 04 05 06 07
PRESSA DE CHEGAR LÁ (AT 21:1-16). PAULO EM 08 09 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
J e r u s a l é m , At 21: 1-16: 22 23 24 25 26 27 28
Atos 21:1: E aconteceu que, separando-nos deles, 29 30 31
navegamos em linha reta e chegamos a Cós; e, no dia
seguinte, a Rodes, e dali, a Pátara.
Os benditos navios que conduziam a Paulo e sua equipe eram transportes
preparados por Deus, e todas aquelas pessoas que os ajudaram nas suas
necessidades não perderão o seu galardão

Atos 21:2: E, achando um navio que navegava para


a Fenícia, embarcamos e zarpamos, (ahi.-io/
Agora não havia mais tempo de parar e rever os irmãos. Jerusalém era o
próximo destino. Paulo jamais saiu de Jerusalém para uma missão, nem
jamais aigreja dejerusalém fez algum tipo de investimento nas suas viagens
missionárias. Mas foi dali que ele foi levado preso para Roma, sob custódia
do Imperador

Atos 21:3: E, avistando a Chipre, e deixando-a à


esquerda, navegamos para a Síria, e chegamos a Tiro;
pois ali o navio havia de ser descarregado.
Paulo sabia diferenciar o espírito humano das palavras do Espírito Santo.
Ele estava acostumado a ouvir as palavras do Espírito Santo. Por outro lado,
Deus permitia essas manifestações do amor ágape dos irmãos em relação
a Paulo para prová-lo. Mas ele estava realmente disposto a enfrentar o
que o esperava em Jerusalém (Lc 9:53). Novamente, Deus há de falar
por intermédio de Ágabo sobre os problemas que Paulo enfrentará em
Jerusalém. Mas ele está decidido (21:10). Entre Tiro e Cesaréia, dois is
avisos

Atos 21:4: E, encontrando alguns discípulos, de-


moramo-nos ali sete dias; os quais diziam a Paulo,
por meio do Espírito, que não subisse a Jerusalém.
(At 21:11;20:23) ! 5^:
í $5r-
Paulo há de morrer em plena obra missionária. Nos dias de sua futura : ■
morte, não haverá testemunhas, e ele estará só. Ao ser acompanhado
pelos irmãos, Paulo recebe o carinho das famílias de Tiro. Era umaforma
de Deus dar a Paulo uma despedida da Igreja. Como um sepultamento,
onde o mar era o cemitério. O navio, o esquife. A volta do povo à vida
normal. A viagem, a morte. A praia, a vida eterna. Com uma diferença:
Paulo os assistiu, os viu e se despediu vivo

Atos 21:5: E, quando cumprimos aqueles dias ali, sa­


ímos e seguimos a nossa viagem, acompanhando-nos
todos, com suas mulheres e filhos, até fora da cidade;
e, ajoelhando-nos na praia, oramos. /At2o.-36)
Paulo há de lembrar esta linda despedida dos irmãos em Tiro. Ver sempre
os verbos usados nos registros de Lucas, sempre no plural
BEBLE CHRONOS - NT EM ORDEM CRONOLÓGICA

Atos 21:6: E nos despedimos, e embarcamos no Local do Estudo :


navio; e eles retornaram para casa. Tema:
Nova despedida, mas agora um pouco diferente da despedida dos irmãos
de Tiro M inistrante :
Atos 21:7: E quando concluímos nossa navegação de
Tiro, chegamos a Ptolemaida; e, havendo saudado os Cap . inicial :
irmãos, passamos um dia com eles. (At 12 :20; i.-isi
Cap . final :
Filipe era o evangelista, um dos sete diáconos a princípio. Filipe já não
estava em Samaria, mas em Cesaréia. A obra ali havia crescido desde
que Pedro pregou na casa de Cornélio. Talvez Cornélio já não estivesse Discípulo :
ali, pois os centuriões eram remanejados constantemente. Filipe estava
fazendo um bom trabalho ali: Paulo há de necessitar de sua ajuda, pois ali
ele ficará preso por dois anos, na fortaleza de Cesaréia
Atos 21:8: No outro dia, saímos e chegamos a Cesa­
réia; e, entrando na casa de Filipe, o evangelista, que
era um dos sete, permanecemos com ele. (At6:5;Ef4:ii; DADOS ESPECIAIS

2 Tm4:5;At8:26,40)
Apesar de as jovens serem profetisas, elas não profetizaram nada a
respeito da prisão de Paulo e que ele seria preso ali por dois anos
Atos 21:9: Este tinha quatro filhas virgens, que profe­
tizavam. (A12:17;Lc2:3Ój
Deus nos mostra a diferença entre os dons de profecia e o ministério de
profecia (Ef 4:11). O ministério de profecia traz consigo a experiência de
um ancião experimentado na obra de Deus e exato nas suas ministrações
cheias de prudência

Atos 21:10: E, permanecendo ali por vários dias,


desceu da Judéia um profeta, chamado Ágabo;
(At 11:28/
Com a diversidade de operação, ele profetizou. Profetizou usando a cinta de
Paulo. Deu detalhes de suaprisão. E mostrou a vontade de Deus de que Paulo íF
fosse a Roma, mas não tratou de sua morte. Quando Paulo saiu da fortaleza
de Antônia, em Jerusalém, às nove danoite, lembrou-se dos detalhes dessa
profecia de Ágabo

Atos 21:11: e veio até nós, e tomou a cinta de Paulo


e, atando os seus pés e mãos, disse: “Isto diz o Espírito
Santo: Ao varão a quem pertence este cinturão, os |: p
judeus, assim, o atarão emjerusalém, e o entregarão
nas mãos dos gentios”. /At2i.-33;20:23j
Os conselhos amigos não podem evitar aquilo que Deus já predeterminou.
A fuga de Paulo não agradaria a Deus, sendo que a Palavra já fora dada

Atos 21:12: E, quando ouvimos isto, rogamos-lhe,


nós e os moradores daquele lugar, que não subisse a
Jerusalém.
Paulo sabia que a palavra mais perigosa da profecia foi “ligar”, não morrer.
Mas ele estava disposto a morrer. Mas não morrería em Jerusalém. Por
isso, quando estava sendo atacado pelos judeus emjerusalém, ele sabia de
antemão que não morrería ali

1574
Bible C hronos D i N elson

Atos 21:13: Então, Paulo respondeu: “Que fazeis Leitura Bíblica


P essoal
chorando e partindo-me o coração? Pois eu não só es­
tou pronto para ser atado, mas preparado para morrer MÉS:_ .ANO:
em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus”, m
01 02 03 04 05 06 07
Paulo jamais fugiu de sua missão, m esm o não sabendo o que lhe
aconteceria, quanto mais agora que já sabe o que hão de fazer; o que foi
08 09 10 11 12 13 14
também uma resposta de Deus para ele 15 16 17 18 19 2021
22 23 24 25 26 27 28
Atos 21 : 14: E, como não foi persuadido por nós, nos 29 30 31
calamos, dizendo: “Faça-se a vontade do Senhor”.
(Mt 6:10;26:42; Lc22:42)
Em direção à casa de Mnasón, Paulo chega feliz a Jerusalém

Atos 21:15: E, depois daqueles dias, havendo feito


os preparativos, subimos a Jerusalém.
O trabalho de Pedro e de Cornélio tinha dado frutos DADOS ESPECIAIS

Atos 21 : 16: E conosco foram alguns dos discípulos


de Cesaréia, levando consigo um certo Mnasón,
cíprio, discípulo antigo, com quem havíamos de fgÓ
hospedar-nos. (At2i:3,4)

Primórdios da quarta fll


V iagem M issionária:
• T ex to CRONOLÓGICO CENTRAL:
• 0 3 9 6 - P a u l o e m J e r u s a l é m , C e s a r é ia e
R o m a (At 2 1 :1 - 2 8 : 3 1 ) . P a u l o e m J e r u s a l é m ,
At 2 1 : 1 7 - 2 6 :
Atos 21:17: E, quando chegamos a Jerusalém, os
irmãos nos receberam regozijantes. iausa
Paulo visita Tiago, na companhia de Lucas e seus colegas, discípulos que
vieram com Paulo. Um deles se chamava Trófimo (21:29)

Atos 21 : 18: No dia seguinte, Paulo entrou conosco


para estar com Tiago, e todos os presbíteros estavam |
presentes. ím i2-.i7; is.-i3j Paulo , já sob o governo
Atos 21 : 19: E, tendo-os saudado, contou-lhes, uma de N ero , fica, n o s anos
58 A 60 D.C., PRESO EM
por uma, as coisas que Deus fizera, por seu ministério, Cesaréia .
entre OSgentiOS. fAt 15:4, 12; 14:27; 1:17;20:24)
A confissão de Tiago de que os crentes de Jerusalém ainda guardavam a
Lei, sob sua autoridade apostólica. Todavia mostra tolerância para com
Paulo e lhe dá conselhos para não cair sob a fúria daqueles judeus crentes
e zelosos da Lei

Atos 21:20: E quando eles ouviram isto, glorificaram


a Deus, e disseram-lhe: “Estás vendo, irmão, quantos
BlBLE CHRONOS - N T EM ORDEM CRONOLÓGICA

milhares há entre os judeus, daqueles que crêem, e Local do Estudo :


todos eles são zelosos da Lei; (At22:3;Rmio:2o;cii:i4> Tema:
Aqueles judeus estavam em Jerusalém, especialmente os que viviam em
Tessalônica. As informações a respeito de Paulo estavam correndo de boca M inistrante :
em boca, de tal maneira que ele era a grande notícia na capital, Jerusalém.
Eram muitos os curiosos que desejavam conhecê-lo. Paulo sabia que todos
os seus inimigos estavam ali por ocasião da festa. Tiago temia por sua vida, Cap . inicial :
por isso o aconselha prudentemente
Atos 21:21: e ouviram a teu respeito: que ensinas a to­ CAP. FINAL:
dos os judeus que estão entre os gentios a apostatarem Discípulo .-
de Moisés; dizendo-lhes que não devem circuncidar
os seus filhos nem andar segundo os costumes da Lei.
,/At 21:28; 1 Co 7:18,19}
O próprio Tiago não tinha solução para o impasse. Mas, de relance,
teve uma idéia para salvar sua vida, ao mesmo tempo em que, em suas
próprias palavras, revela o pensamento doutrinário adaptado da igreja em
DADOS ESPECIAIS
Jerusalém
Atos 21:22: Que se fará, pois? Certamente a multidão
se ajuntará, pois saberão que tens chegado.
Nos dias de Tiago, os judeus zelosos da Lei ainda guardavam o rito antigo
da santificação, que havia sido abolido pela santificação feita por Cristo
em favor de todos os homens (Lv 27:1-12; Jo 17:17-19). Aqueles quatro
homens de quem Tiago falou eram judeus crentes que ainda guardavam o
rito legal da santificação que, mesclado com as tradições, consistia em estar
no santuário por sete dias e levar uma oferta equivalente a si mesmo nos
valores correspondentes, segundo a tabela de Levítico 27. Sabemos que
este rito se cumpriu em Cristo (Hb 10:10,14). Paulo, embora soubesse que
este rito se cumpriu na pessoa de Cristo, não discute com Tiago, mas aceita
o seu conselho de santificar-se segundo os ritos antigos da Lei
Atos 21:23: Faze, pois, o que te dizemos: Temos
quatro varões que fizeram voto; /At /8:/8j
Dura coisa Tiago pediu a Paulo, pois ele já não praticava aqueles ritos que,
para ele, eram apenas sombras das coisas que haviam de vir, o que ele
escreve depois aos colossenses. Paulo concorda em obedeceraos conselhos
de Tiago, com grande angústia no seu coração. Esse costume judaico,
conhecido como SANTIFICAÇÃO, era feito segundo os preceitos escritos
em Levítico 27, quando os homens eram avaliados segundo a sua idade e um
depósito em prata era feito no santuário, mostrando o verdadeiro sentido
do ato da santificação: um depósito feito no santuário equivalente à pessoa
que fazia o voto. Um tipo daquilo que Cristo fez por cada pessoa que nele crê,
isto é, o depósito do seu próprio sangue para nos santificar (Jo 17:15-20; Hb
10:10,12,14). O conselho de Tiago, certamente, será em vão; mas mostrou
de uma vez que ele, ao tomar o controle da igreja em Jerusalém, vivia sob o
poder judaizante que o comandavae o controlava (G12:12). Embora Paulo,
decepcionado, tenha aceitado o seu conselho, sabia que aquela não era a
solução. Tiago tentou impor sobre Paulo uma carga da qual ele mesmo já
estava liberto
Atos 21:24: toma-os contigo, e santifica-te com eles,
e paga por eles os gastos; e, então, rapem a cabeça; e
saberão aqueles que tudo o que foram informados a
teu respeito é falso, mas que também tu mesmo andas
em ordem e guardas a lei. /lv27.-i i i:m i8:18;21:2ó:24:18i
1576
Bible C hronos D i N elson

Tiago ainda reafirma tudo aquilo que foi concordado no primeiro Concilio Leitura Bíblica
da Igreja, ali mesmo emjerusalém P essoal
Atos 2 1 :25: Todavia, a respeito dos crentes gentios,
M ÊS:_____ A N O :___
nós já havemos escrito, determinando que se abste-
nham das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e 01 02 03 04 05 06 07
do sufocado e da fornicação”. (At 1 v /5,20,29 - 08 09 10 11 12 13 14
Jerusalém: o movimento era grande, para a Páscoa e o Pentecostes, de 15 16 17 18 19 20 21
pessoas e mercadorias. A poeira levantada pelos transeuntes era grande em 22 23 24 25 26 27 28
Jerusalém. Ainda na grande praça, conhecida como o átrio dos gentios, onde 29 30 31
hoje está edificadaa grande mesquita de Ornar. Em uma daquelas esquinas,
Herodes havia mandado construir uma pequena fortaleza com tudo o que um
palácio real tinha direito. Com um grande corredor, estava ligada ao Templo e
ao átrio dos gentios por uma escadaria, no local mais baixo, onde se chegava
à porta Formosa, com uma escadaria de 14 degraus. Depois de subir estes
quatorze degraus, chegava-se ao átrio interior, onde os judeus tinham acesso.
Naquele lugar quadrado, cheio de colunas, os sacerdotes colocavam o altar
das ofertas, também chamado de arca do tesouro, lugar preferido do Senhor
Jesus. Bem no centro estava o altar dos sacrifícios, rodeado pelas câmaras
DADOS ESPECIAIS
levíticas. Ali o povo poderia entrar, como naquele dia em que Zacarias foi
sorteado para oferecer sacrifício enquanto o povo do lado de fora orava. Dali
em diante, somente os sacerdotes tinham acesso pela grande e pesada porta
de bronze, onde havia um aviso, autorizado pelos romanos, de que qualquer
gentio que por ali passasse poderia sofrer a pena máxima. Sob o mesmo
impacto que Jesus teve ao entrar no Templo nos dias de festa, cheio de mesas
e cambistas, Paulo e seus amigos entraram já como cristãos naquele primeiro
recinto, ouvindo o mesmo tropel que Jesus costumava ouvirjuntamente com
seus discípulos

Atos 2 1 :26: Então, no dia seguinte, Paulo, tomando


consigo aqueles varões, já santificado com eles, entrou
no Templo, anunciando o cumprimento dos dias da
santificação, até que fosse feita, em favor de cada um
deles, a oferta equivalente. u.v27:i ii;At24:i8;Nmò:i3i
• T ex to CRONOLÓGICO CENTRAL:
• 0 3 9 7 - P aulo é preso e encarcerado,
A t 2 1 : 2 7 -3 6 :
Milhares de pessoas caminhavam em todas as direções, preparando-se para
entregar as suas ofertas para o sacrifício matinal. Acompanhado de Trófimo,
seu discípulo, Paulo não permitiu que ele entrasse no pátio dos judeus, sob os
olhares invejosos dos judaizantes e levitas que o conheciam de muito tempo
atrás. Os levitas trabalhavam no seu ofício segundo o modelo ordenado em
Levítico; no meio daquele grande movimento sacerdotal, onde a fumaça se
esparramava ao vento e o cheiro de carne assada enchia o ambiente, ouvia-
se ao longe os berros dos animais misturados às orações dos sacerdotes
impondo as mãos sobre a próxima vítima. Durante uma semana inteira
se intensificavam os sacrifícios. Enquanto Paulo estava no pátio interior,
seus discípulos cristãos gentios organizavam uma reunião lá fora. Mas
aconteceu algo que lançou por terra toda a prudência de Tiago envolvendo a
Paulo, e acabou conduzindo a nada os seus conselhos: os judaizantes que o
perseguiram naÁsia Menorestavam ali e um deles o reconheceu e o tumulto
começou. Como se fora um gentio que atravessara o portão principal, eles o
agarraram dentro do Templo. Estes sete dias estavam relacionados à Festa
de Pentecostes e não ao voto de Paulo

Atos 2 1 :27: E quando os sete dias estavam quase por


terminar, os judeus da Ásia, tendo-o visto no Santuário,
1577
BlBLE CHRONOS - N T EM ORDEM CRONOLÓGICA

incitaram a turba, e o povo lançou as mãos sobre ele, Local do Estudo :


(At 24:18; 26:21}
Tema:
Aqui vemos que ele estava sendo seguido de perto e que tudo estava
preparado. Agora, Paulo vai sofrerás mesmas acusações que contra Cristo
M inistrante:
foram lançadas, dando cumprimento às palavras do Senhor ditas a Ananias,
a seu respeito, quando ele foi chamado para a obra do ministério como um
abortivo. Os gregos não entraram no átrio interior, mas só até o átrio dos Cap . inicial :
gentios
Atos 21:28: gritando: “Varões israelitas, acudi. Este Cap . final :

é o homem que por todas as partes ensina a todos Discípulo :


contra o povo, contra a lei, e contra este lugar; e ainda
introduziu os gregos no Santuário, contaminando este j
santo lugar”. (At24:5,6)
Trófimo não entrou no Templo. Mas eles o acusaram falsamente de ter feito
isso, de tê-los introduzido no átrio dos judeus
Atos 21:29: Porque tinham visto a Trófimo ( “filho j
adotivo de Éfeso, com ele, e pensavam que Paulo o
introduzira no Santuário. <M20:4; is.-ioi
O povo voltou a juntar-se, e isto era perigoso para os correligionários i
romanos. Uma acusação de sedição em qualquer província romana
seria o fim de seus governadores. Quando Paulo saiu do átrio, os levitas
rapidamente fecharam a porta do Templo. As trombetas do Templo soaram j
parapôrfim ao sacrifício, que foi suspenso durante aquele dia, e muitos dos
sacrifícios foram feitos à porta fechada
Atos 21:30: E toda a cidade ficou alvoroçada, e houve
grande ajuntamento de povo; e, agarrando a Paulo,
arrastaram-no para fora do Santuário, e imediatamen- j
te as portas se fecharam.;At20:211
Anotícia chegou à fortaleza de Antônia, que Herodes havia construído para
vigiar qualquer tipo de sedição ou ajuntamento suspeito. Os soldados saíram
rapidamente e o tumulto se generalizou por toda aJerusalém
Atos 21:31: Enquanto eles procuravam matá-lo, su­
biram ao comandante da coorte e 0 avisaram de que
Jerusalém estava em grande confusão;
Paulo estava sofrendo uma réplica do sofrimento de Cristo (Cl 1:24), sem
nenhum tipo de julgamento. Havia caído nas mãos dos homens. Sua cabeça
raspada estava em sangue vivo. Os soldados chegaram e ainda assistiram
aquela cena, enquanto os judeus, por medo, pararam de espancá-lo. Quase
vinte e cinco anos atrás, Jesus também foi espancado por eles; Paulo sentiu-
se alijado da sua pátria (Ef 2:12)

Atos 21:32: o qual, tomando consigo soldados e cen- j


turiões, desceu correndo até eles; e, quando viram o
comandante ( “tribuno”) e os soldados, cessaram de {
espancar Paulo. (At23.-27i
O que não passou pela mente daquele comandante? O que procurava saber
no meio daquela gritaria? As respostas eram desencontradas
Atos 21:33: Então, o comandante aproximou-se,
prendeu-o e mandou que fosse atado com duas ca-
Bible C hronos D i N elson

deias; e indagava quem era ele e o que havia feito. Leitura Bíblica
:At20:23; 21:1 lj P essoal
A multidão estava como os anjos diante do trono de Deus nos dias de
M ÉS: _A N O :„
Semaías. Paulo, então, foi conduzido à fortaleza de Antônia. Com dois
tipos de correntes, Paulo, ferido, pesava e não podia subir a escadaria
que o levaria à Fortaleza de Antônia. Alguns novos “cireneus” romanos o
01 02 03 04 05 06 07
ajudaram; não carregaram a cruz, mas o crucificado: “Já estou crucificado 08 09 10 11 12 13 14
com Cristo, e a vida que agora vivo, vivo-a pela fé do Filho de Deus” 15 16 17 18 19 2021
: 22 23 24 25 26 27 28
Atos 21:34: E, do meio da turba, uns gritavam de 29 30 31
um modo, e outros de outro; mas, como ele não podia
saber a razão daquele alvoroço, então mandou que o
conduzissem à fortaleza. (At 19:32;21 .-37)
Que precioso é o conhecimento revelador, pois naquele mesmo lugar,
Estêvão, há quase vinte anos, foi apedrejado e as suas roupas colocadas
aos seus pés. Ele relembrou cada detalhe daquele acontecimento, pois
seus inimigos não sabiam ao certo o lugar onde o matariam, antes de o
comandante romano Lísia chegar DADOS ESPECIAIS

Atos 21:35: E aconteceu que, chegando às escadas,


ele foi carregado pelos soldados, por causa da violên­
cia da turba;
A multidão pedia o m esm o que pediu contra Cristo: mata-o! Isso
correspondia à mesma crucificação, pois era o método de martírio romano i llp
mais comum

Atos 21:36: pois a multidão 0 seguia, gritando: “Ma­


ta-o!” (Lc23:18;Jo19:15)
• T ex to CRONOLÓGICO CENTRAL: It e
•I í£.l í v. .
• 0 3 9 8 - P a u l o a p r e s e n t a a su a d e f e s a . P e r t o i Só.,.
DO COMANDANTE, PAULO FALOU EM GREGO, POIS
ESTA LÍNGUA AINDA ARDIA, DEPOIS DE TANTOS
! f:
ANOS NA MACEDÔN íA E ÁSIA MENOR; AS LÍNGUAS
II
GENTIAS ERAM MENOS DEPRIMENTES NAQUELE
MOMENTO EM QUE ESTAVA SENDO LEVADO AO
MARTÍRIO PELAS MÃOS DE SEU PRÓPRIO POVO,
At 2 1 :3 7 -2 2 :2 9 :
Atos 2 1 :37: E, quando estava para ser introduzido
na fortaleza, Paulo disse ao comandante: “Lícito é-me
II
féL
dizer-te alguma coisa?” E ele lhe disse: “Conheces 0
gregO? (At21:34)
Observe a notícia que o comandante recebeu a seu respeito. Sendo ele um
benjamita, de cidadania romana, conhecido nas fofocas como um egípcio
rebelde. O comandante se frustrou, pois já anunciava a prisão do egípcio
Z
dissidente. Sentiu que estava diante de um homem culto e cheio de ousadia.
Ele o havia confundido com o líder do grupo extremista e separatista de
H
zelotes judeus, que tentaram expulsar os romanos e simpatizantes da
Judéia, dias antes, usando facas curtas, conhecidas como adagas

Atos 21:38: Não és, porventura, 0 egípcio que há


poucos dias fez uma sedição e levou ao deserto quatro
1579 |Sͧ
BlBLE CHRONOS - NT EM ORDEM CRONOLÓGICA

mil varões dos sicários ( “hom ens da adaga ”)? ” (At5 :36; loc a l d o e s t u d o :

M t24:26)
Tema:
Paulo queria identificar-se com o povo, e antes de sua última palavra, queria
falar ao povo sob a guarda do comandante romano. Naquele lugar em que se
M in /strante:
estreitava a voz de um homem, ela ecoava como em um amplificador
Atos 21:39: Mas Paulo lhe disse: “Certamente eu C a p . INICIAL:
sou judeu, natural de Tarso, cidade célebre da Cilícia;
e rogo-te que me permitas falar ao povo”. (M22-.3; ç.-i n C a p . final :
Sob a guarda romana, tendo pedido permissão em grego, dirigiu-se ao povo
em hebraico. Este era verdadeiramente um vaso de bênçãos. Com o sangue Discípulo :
escorrendo desde a cabeça, com suas roupas rasgadas, suas mãos feridas
pelas pedras quando foi chutado e arrastado, ele ainda tinha forças para falar
do amor de Cristo. Que pregador diferente! Não estava em Atenas, mas em
Jerusalém. Lá o trataram com mais dignidade. Levantando as mãos com
dificuldade, tendo as correntes atadas pelos braços, cheio de hematomas,
ele acena ao povo. Entreolham-se os antigos amigos da escola de Gamaliel;
eles baixam o rosto. Faz-se silêncio e ele, nas escadarias feitas de púlpito, em
auditório pronto para lançar pedradas, apresenta seu discurso
Atos 2 1 :40: E, depois que o comandante lhe permi­
tiu que falasse, Paulo, em pé na escada, fez sinal ao
povo com a mão; e, sendo feito um grande silêncio,
comunicou-lhes em língua hebraica, dizendo: (AU2:i7;
22:2; 2b: 14)
Toda aquela nação conhecia, por meio dos salmos, que Deus tinha o
propósito de abençoar as nações pela semente de Abraão (Gn 12:3). Mas
eles não queriam compreender. O espírito do preconceito de Jonas estava
sobre aquele povo, naqueles dias. Estêvão foi morto por outra razão. Paulo
estava ali para ser morto por causa do ministério
Atos 22:1 : “Irmãos e pais, ouvi a minha defesa que
agora faço diante de vós”. (At7:2)
Ele falava a língua do povo, mas o seu povo não conhecia o Verbo principal
Atos 22:2: E quando ouviram que lhes comunicava j
em língua hebraica, guardaram maior silêncio. Então,
disse: (At2i:40)
Paulo mostra a sua origem. Criado em Jerusalém. Conhecedor de cada
detalhe daquela cidade. Ali, com seus compatriotas, corria na sua infância
por aquelas escadarias. Havia testemunha. Gamaliel já não estava entre
eles para testemunhar o afinco de seus melhores alunos. Mas havia alguns
colegas que conheciam a precisão de seu serviço e temoraDeus. Mas Paulo
diz que era zeloso para com Deus, e não unicamente para com a Lei

Atos 22:3: “Eu sou judeu, nascido em Tarso, na Ci­


lícia, mas educado nesta cidade, aos pés de Gamaliel j
( “recom pensa de D eu s”), instruído conforme o rigor
da Lei de nossos pais, sendo zeloso de Deus, assim
como VÓS 0 sois no dia de hoje. (.At 5:34; Cl 1:14; At 21:39; 20:4;
Lc 10:39;At 26:5; 21:20)
Muitos daqueles que ali estavam, entre eles, o sumo sacerdote, ainda
lembravam como e quando ele lhes pediu cartas para perseguir os membros
da igreja do Caminho e de quantas pessoas trouxe algemadas aJerusalém
Bible C hronos D i N elson

Atos 22:4: E perseguia este Caminho até à morte. Leitura Bíblica


Manietando e metendo nos cárceres tanto a homens P essoal
como a mulheres, (At8:3;26:Q / i;r:p3:ó; 1 m i:i3j
M ÊS: A n o :—
Aquele mesmo conselho que estava ali consentiu na morte de Estêvão.
Atos 7:57- 8:1: “Então eles gritaram com grande voz, taparam os ouvidos, 01 02 03 04 05 06 07
e arremeteram unânimes contra ele. E, lançando-o fora da cidade, 08 09 10 11 12 13 14
o apedrejaram. E as testemunhas depuseram as suas vestes aos pés de
um mancebo chamado Saulo. Apedrejaram, pois, a Estêvão que orando, 15 16 17 18 19 20 21
dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito. E, pondo-se de joelhos, clamou 22 23 24 25 26 27 28
com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. Tendo dito isto, 29 30 31
adormeceu. E Saulo consentia na sua morte. Fez-se naquele dia uma grande
perseguição contra aigreja que estavaem Jerusalém, e todos foram dispersos
pelas terras dajudéia e de Samaria, exceto os apóstolos”
Atos 22:5: como também o sumo sacerdote me dá
testemunho, e todo o Conselho dos anciãos, dos quais
também recebi cartas para os irmãos, e marchei para
Damasco, a fim de trazer manietados a Jerusalém DADOS ESPECIAIS
aos que ali estivessem, para serem castigados. ímq-.i,?.;
Lc22:66;At4:5;26:10,12)
Em Atos 9:3, ele não fala a hora. Aqui ele revela a hora da revelação de
Cristo. Atos 9:3: “Mas, seguindo ele viagem e aproximando-se de Damasco,
subitamente o cercou um resplendor de luz do céu ”
gs-::
Atos 22:6: E aconteceu que, quando eu caminhava e
já me aproximava de Damasco, ao meio-dia, de repen­
te, relampejou do céu uma grande luz ao meu redor. r
{At9:3;26:12,13)
Qualquer homem chamado desde o ventre de sua mãe cai diante da luz da
sua Salvação; qualquer homem chamado ouve uma voz que o chama pelo fè ■
seu nome revelando o seu ato rebelde, contrário ao seu propósito (At 9:4b).
Triste momento aquele em que se deu conta de que havia pedido carta para
perseguir a Cristo! Ele teve de aprender cedo que aquele que persegue a
Igreja de Deus está perseguindo a Cristo. Atos 9:4: “Então, caindo por terra,
ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?”
Atos 22:7: Então, caí por terra e ouvi uma voz que
me dizia: Saulo, Saulo ( “dem andado”), por que me
persegues?
Quando o homem se coloca na posição de ataque às coisas de Deus, este
começa a tratá-lo como a um cavalo (At 9:5). Ele soube bem cedo que §s
somente o Senhor tinha poder para lançá-lo ao chão, e que Cristo é a cabeça
da Igreja, embora o seu corpo esteja ainda em parte na terra. Atos 9:5: “Ele
perguntou: Quem és tu, Senhor? Respondeu o Senhor: Eu soujesus, a quem
tu persegues”. Aqui Lucas acrescenta: “O nazareno”
NI

Atos 22:8: E eu respondí: Quem és, Senhor? E


ele me disse: Eu sou Jesus, o Nazareno, a quem tu
persegues.
A salvação é individual e não coletiva (At 9:7). As pessoas que estão próximas
daquele com quem Deus está tratando ouvem a voz, mas não podem
entendê-la. Ela é individual. Há testemunho de outros, mas a experiência
é apenas de uma só pessoa. Atos 9:7: “Os homens que viajavam com ele
permaneceram emudecidos, ouvindo, na verdade, a voz, mas não vendo
ninguém”

1581
BlBLE CHRONOS - N T EM ORDEM CRONOLÓGICA

Atos 22:9: E os que estavam comigo viram, em ver- local do estudo :


dade, a luz, mas não entenderam a voz Daquele que
falava comigo. Tema:
Aqui Lucas revela que Paulo perguntou o que fazer. A confirmação do MINISTRANTE:
atendim ento ao chamado da Salvação requer resposta: tremor, e I
reconhecimento do senhorio de Cristo (At 9:6). Atender ao chamado
requer do homem que se humilhe e se submeta a este senhorio e obedeça Cap . inicial :
às instruções, imediatamente. O processo da salvação imediata começa
com a disposição de estar de pé e (a) levantar-se; (b) entrar na cidade - há j CAP. FINAL:
uma cidade que nos espera, há um corpo que nos cuidará; (c) obedecer ao
que há de ser dito para sua conveniência. Levantar-se, entrar e obedecer, Discípulo :
imediatamente. Quanto mais rápido obedecemos, mais rápido Deus conclui j
a obra. Atos 9:6: “Mas levanta-te e entra na cidade e, então, lá te será dito o
que te cumpre fazer”
A tos 22:10: Então eu disse: Que farei, Senhor? E o
Senhor me disse: Levanta-te e vai a Damasco; e ali te
será dito tudo o que te foi ordenado fazer. fAtió.m
Atos 9:8: “Saulo levantou-se da terra e, abrindo os olhos, não via coisa
alguma; e, guiando-o pela mão, conduziram-no a Damasco”. Deus quer
saber se temos disposição de nos separarmos para ele com jejum (At 9:9).
Ele começou logo a jejuar. Nestes três dias, ele seria preparado por Deus para
realizar uma obra urgente entre os gentios. O fato de os discípulos terem
permanecido em Jerusalém causou um atraso grandioso na obra missionária
mundial. Se eles tivessem ido à Galiléia dos gentios, teriam alcançado toda
aquela igreja dispersa que ficou na região do Lago de Genesaré. Atos 9:9: “E
esteve três dias sem ver, e não comeu nem bebeu ”
A tos 22:11: E, como eu não podia ver, por causa da
glória daquela luz, fui conduzido pelas mãos daqueles
que estavam comigo, e cheguei a Damasco. [Atm
Paulo evita uma série de informações que poderia complicar a sua situação.
Atos 9:12-14: “Eviu um homem chamado Ananias entrar e (1) impoMhe as
mãos, para que recuperasse a vista. Respondeu Ananias: Senhor, a muitos
ouvi acerca desse homem, quantos males tem feito aos teus santos em
Jerusalém; e aqui tem poder dos principais sacerdotes para prender a todos j i
os que invocam o teu nom e”
A tos 2 2 :1 2 : E aconteceu que, um certo Ananias,
varao piedoso segundo a Lei, que tinha bom teste­
munho da parte de todos os judeus que ali residiam,
(AtQ:17; 10:22)
Atos 9:15: “Disse-lhe então, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim
um vaso escolhido, para levar o meu nome perante os gentios, e os reis, e os
filhos de Israel; pois eu lhe mostrarei quanto lhe cumpre padecer pelo meu
nome”. Aqui, novamente, Paulo evita revelar as palavras de Deus a respeito
de sua escolha por Deus como vaso de honra
A tos 22:1 3 : veio até mim, e pôs-se de pé diante de
mim, e disse-me: Irmão Saulo, recobra a vista. Naque­
la mesma hora, recobrando a visão, eu o vi.
Estas palavras não foram ditas em Atos 9. Apenas Lucas revelou que Deus o
considerava como um vaso escolhido. Mas aqui, ele revela o mistério de ser
um vaso escolhido. Antecipadamente, ele responde às cláusulas fechadas j
que foram determinadas por Pedro antes do Pentecostes, e lhe promete que
ele veria e ouviria a Cristo (2 Co 12:1 -4)
Bible C hronos D i N elson

Atos 22:14: E ele disse: O Deus de nossos pais te pre­ Leitura Bíblica
P essoal
determinou para que conheças a sua vontade, e vejas
aquelejusto, e ouças a voz dasuaboca. (M3:i3;5:3o; 9:i5; j M ÊS:_________A N O :____
26:16; 1 Co 9:1; 15:8;At 7:521
01 02 03 04 05 06 07
Paulo revela a profecia ainda mais completa proferida por Ananias a respeito
08 09 10 1112 13 14
do ministério dele aos gentios
15 16 17 18 19 20 21
Atos 22:15: Porque serás sua testemunha a todos os 22 23 24 25 26 27 28
homens do que tens visto e ouvido. /.At20.-ió;23:111 29 30 31
Partiu Ananias e entrou na casa. Então, impondo-lhe as mãos, disse: “Irmão
Saulo, o Senhorjesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, enviou-
me para que tomes a vere sejas cheio do Espírito Santo. Logo lhe caíram dos
olhos como que umas escamas, e recuperou a vista: então, levantando-se, j
foi batizado”

Atos 22:16: E agora, por que tardas? Levanta-te, ba-


tiza-te e lava-te dos teus pecados, invocando 0 nome
do Senhor. (At2:38;Hbl0:22;At9:14;Rm 10:13)
Este estágio da mente humana, em momentos de jejum e profunda oração,
era comum na Igreja primitiva. O mesmo aconteceu com Pedro. Então,
Paulo viu novamente aquele que se manifestou no caminho, agora como o
seu Senhor e Mestre

Atos 22:17: E aconteceu que, retornando a Jerusa­


lém, ao orar no Templo, estive em êxtase, (At 9:26; w-.io)
Otestemunho de que os judaizantes e alguns líderes não receberíam o seu
testemunho. Paulo saiu de Jerusalém, a liderança apostólica recusou-se a
sair a tempo. Aquilo que foi ordenado aos apóstolos: “Ficai em Jerusalém
até que do alto sejais revestido de poder”, foi desobedecido, mas Paulo não
foi desobediente à visão celestial, como testemunha mais tarde

Atos 22:18: e vi aquele que me dizia: Apressa-te e sai


rapidamente de Jerusalém; porque não receberão o
teu testemunho acerca de mim.
Algumas circunstâncias locais nos impedem de realizar o ministério
desejado na própria terra, mas Deus usa as mesmas para nos impulsionar
ao alto mar, onde grandes obras Deus há de fazer

Atos 22:19: E eu disse: Senhor, eles sabem que eu |


encarcerava e flagelava pelas sinagogas aqueles que
criam em ti, (At22:4;8:3;26:ll;Mtl0:l7)
Entre aquelas capas, estava a capa de Estêvão, a qual foi um instrumento \
de transmissão da unção de Deus sobre a sua vida, mediante a rejeição
daqueles que não receberam o seu testemunho

Atos 22:20: e, quando se derramava o sangue de í


Estêvão, tua testemunha, eu também estava ali, e,
consentindo na sua morte, guardava as roupas dos j
que Omatavam. (At 7:58; Lc / 1:48;At 8:1;Rm 1:32)
A palavra gentio gerou uma nova confusão, agora diante do comandante j
romano, que entendeu por que estavam molestando a Paulo era uma
disputa religiosa; enfim, ele não era de fato o egípcio que procurava
BlBLE CHRONOS - NT EM ORDEM CRONOLÓGICA

Atos 22:21: E ele me disse: Anda, porque eu te envia­ Local do Estudo :


rei para longe, aos gentios”. iai q:is; Tema:
Em outras palavras, mas com o mesmo fim: destruam-no! Mas eles não
tinham poder para tocá-lo enquanto as profecias de Ananias não se
M inistrante:
cumprissem e ele não tivesse cumprindo o seu testemunho (Ap 11:7). Mas
o mundo não era digno dele
Cap . JNICÍAL:
Atos 22:22: E o escutaram até esta palavra, e levanta­
ram a voz, dizendo: “Tira da terra tal homem, porque CAP. FINAL:
não convém que viva”. /At2i.3ó;2S:24!
D iscípulo :
Estavam prontos para matá-lo, tal qual fizeram com Estêvão, ao tirar as
capas, colocando-as aos pés de Saulo (At 7:58; 22:20). A serpente maligna
queria pó, queria morte. Eles estavam ávidos por matar. Mas não podiam
determinar nada sobre aquela vida

Atos 22:23: E eles gritavam e tiravam de si as capas,


e lançavam pó para o ar; /At7-58;2 sm10:131
Com uma certa semelhança ao julgamento de Cristo, ele voltará pela
segunda vez para ser julgado pelo poder religioso, diante do comandante
romano

Atos 22:24: então 0 comandante mandou que Paulo


fosse levado para dentro da fortaleza; e ordenou que
fosse interrogado sob 0 tormento de açoites, para que
se descobrisse por que motivo gritavam contra ele.
(At 2 l:34j
O que eles fizeram contra Cristo, agora já não poderíam fazer contra Paulo.
Quando já preparavam a vara onde estavam bem presas duas bolas de
chumbo, Paulo perguntava a si mesmo se esta seria a hora para usar da
mesma autoridade que usou em Filipos

Atos 22:25: E, quando já 0 estendiam para açoitá-lo


com as correias, Paulo disse ao centurião que estava
presente: “É lícito a vós açoitar um cidadão romano,
sem ser condenado? ” /At 16:37/
Nahora certa, ele revelou o seu grande trunfo: a cidadania romana

Atos 22:26: E, quando 0 centurião ouviu isto, foi ter


com 0 comandante e 0 avisou, dizendo: “Averigua 0
que estás para fazer, pois este homem é romano”.
O comandante, assustado com aquilo, saiu e veio para ver a Paulo
novamente, cheio de medo e curiosidade. Naquele mesmo lugar, Herodes
perguntou quem ele era. Ali mesmo, Jesus foi escarnecido. Puseram um
manto real, uma cana como cetro, bem como uma coroa de espinhos. Paulo
sabia que se estivesse blefando sobre a sua cidadania, poderia enfrentar
uma pena de morte

Atos 22:27: Então, vindo 0 comandante, disse-lhe:


“Dize-me: tu és romano?” Ele disse: “Sim”.
Paulo era o homem certo para operar a metamorfose dos judeus e gentios na
igreja de Cristo. O comandante encheu-se de medo, porque estava diante
de um cidadão romano por nascimento

1584
Beble C hronos D i N elson

Atos 22:28: E o comandante lhe respondeu: “Por Leitura Bíblica


P essoal
uma grande soma eu adquiri esta cidadania”. E Paulo
disse: “Eu, porém, o sou de nascimento”. M ê s :_________A n o :____
Atos 22:29: Imediatamente, pois, apartaram-se dele 01 02 03 04 05 06 07
aqueles que o haviam de interrogar. E o comandante 08 09 10 11 12 13 14
ficou temeroso quando soube que Paulo era romano, 15 16 17 18 19 20 21
porque o havia manietado. iat22:24,25i 22 23 24 25 26 27 28
29 30 31
• T ex to CRONOLÓGICO CENTRAL:
• 0 3 9 9 - Pa u lo c o m pa r ec e à f o r ç a d ia n t e d o
SiNÉDRio, A t 2 2 : 3 0 - 2 3 : 1 1:
O julgamento diante do Sinédrio. O mesmo tribunal que antes havia julgado
a Cristo e a Estêvão, e a ambos matou. O sumo sacerdotes e mais setenta
e um membros formavam o Conselho. Agora, eles não iriam espancá-lo
diante da escolta do comandante. Deus estava ali, guardando a vida de
DADOS ESPECIAIS
Paulo. O Conselho reuniu-se fora de seu local de costume por causa da
presença do comandante e sua guarda. O novo sumo sacerdote estava à
frente do interrogatório. Caifás já não mandava ali, mas Ananias era da
família de Anãs. Ananias era conhecido por sua perversidade. Como Paulo
jáestava fora dali por mais de vinte anos, a nova geração de levitas e os novos
membros do Sinédrio já não o conheciam bem
Atos 22:30: E, no dia seguinte, querendo conhecer,
ao certo, o motivo pelo qual ele estava sendo acusado
pelos judeus, soltou-lhe de suas prisões, e ordenou
que os príncipes dos sacerdotes e todo o Sinédrio se
reunissem; e, trazendo Paulo, o pôs diante deles.
!At23:28; 21:33)
Os olhos de Paulo pairaram sobre cada um daqueles homens, com os quais
jáhavia passado noites planejando perseguições contra o Caminho. Alguns
deles foram seus colegas de classe, quando estudara nos jardins suspensos,
aos pés de seus mestres, tais como Gamaliel, imitando o velho estilo grego
de Alexandria. Ali estavam os sacerdotes amigos que, antes, davam-lhe
cartas para que, livremente, prendesse os santos por todas as partes

Atos 23:1: Paulo, fitando os olhos firmemente no


Sinédrio, disse: “Varões irmãos, tenho me conduzido
diante de Deus, até o dia de hoje, com toda a retidão de
consciência”. ÍAt24:16;2 Tm 1:3;Hb 13:18;22:30;24:16;2Co 1:12)
Aquele sacerdote ambicioso e perverso atacou a boca de Paulo, pois sem ela
ele não poderia falar, e a sua oratória era a oratória do Espírito Santo, ao qual
ninguém podia resistir. Quando o profeta é irresistível, os falsos ministros
de Deus querem-no ferir a boca. O pregador que fita os olhos em seus
ouvintes não vacila. O alto clero estava reunido juntamente com as raposas
políticas, com as quais pregavam o liberalismo, sentindo-se ameaçados,
novamente, porum só homem. Ferirasua bocaerasilenciaravoz que agora
não clamava somente no deserto, mas nos seus palácios

Atos 23:2: Mas o sumo sacerdote, Ananias, ordenou


aos que o assistiam que o ferissem na boca. uo 18:22,:
A palavra profética de Paulo cumpriu-se anos depois, quando Ananias foi
assassinado. Como Jesus os havia chamado, Paulo volta a relembrá-los que
BIBLE CHRONOS - N T EM ORDEM CRONOLÓGICA

eles andavam de branco como verdadeiros sepulcros, para lembraras suas Local do Estudo :
obras, pois eles levantavam os sepulcros sobre as vitimas de seus pais, os
profetas que eles mataram, concordando com as suas obras Tema:
Atos 23:3: Então Paulo lhe disse: “Deus te ferirá, pa­
M inistrante:
rede branqueada. Tu, em virtude da Lei, senta-te aqui
como juiz, e contra a mesma Lei ordenas que eu seja Cap . inicial :
ferid 0 ? ” (Mt23:37;Lv 19:35;D(25:i,2;Jo 7:5lj
O caráter do sumo sacerdote foi visivelmente manifestado, sem vestimentas CAP. FINAL:
de sumo sacerdote, que o identificasse, foi confundido
Discípulo :
Atos 23:4: E os que estavam ali disseram: “Injurias o
sumo sacerdote de Deus?”
O sumo sacerdote se comportava como guerrilheiro, e não como um sumo
sacerdote. O seu comportamento era manifestado pela postura incerta vista
naquele Sinédrio, acostumado a dar legalidade aos seus atos de corrupção

Atos 23:5: Paulo respondeu: “Não tinha conheci­ DADOS ESPECIAIS


mento, irmãos, de que ele fosse o sumo sacerdote;
porque está escrito: Não amaldiçoarás o príncipe do
teu povo”. ÍÊX22 :28 ; i fe"
No testemunho anterior (22:1-20), uma parte do mesmo Sinédrio, da
qual faziam parte os fariseus, ria altas gargalhadas das palavras de Paulo
que incluíam ressurreição, espírito e anjo. Mas aquelas gargalhadas fife
incomodaram os fariseus. A ridicularização da ressurreição de Cristo, da sua
manifestação no caminho de Damasco e do chamado do anjo transportou o
grupo dos fariseus para o lado de Paulo. Neste momento, Paulo aproveitou
a divisão teológica que havia entre eles e os lançou uns contra os outros
IpF.
Atos 23:6: E, sabendo Paulo que uma parte era com ­ ID
posta de saduceus e outra de fariseus, exclamou no
Sinédrio: “Varões irmãos, eu sou fariseu, filho de fari­
seu; e é por causa da esperança e da ressurreição dos
mortos que estou sendo julgado”. (At26:5,8;Fp3.:5; 20=0,7;
£ •
fk
1
24:21;At24:15,16}
Assim, os acusadores se tornaram defensores. Ao tentar contrariar os
saduceus, os fariseus indiretamente concordavam com as visões de Paulo
e indiretamente concordavam com a possível ressurreição de Cristo. Foi
uma grande armadilha de Deus sobre eles, e eles caíram, reconhecendo a
ressurreição de Cristo, no mesmo lugar onde o condenaram

Atos 23:7: E, quando ele disse isto, estalou uma dis- 3 í--"|
sensão entre os fariseus e os saduceus; e a multidão se w f
dividiu.
Atos 23:8: Pois os saduceus dizem que não há res­
surreição, nem anjo, nem espírito; mas os fariseus
confessam uma e outra coisa, m 22 :23;úci 2 -.i8;ic20=27) É fc iÉ É
Assim, os acusadores tomaram-se defensores de Paulo. O comandante o
retirou dali à força. A diferença entre Paulo e Cristo é que o sofrimento de
Cristo abdicou da defesa, porque era redentor e em favor de toda a raça
humana, e o sofrimento de Paulo era apenas uma réplica diante dos olhos
de seus atormentadores, para que eles confessassem a ressurreição dele
com a sua própria boca
Bible C hronos D i N elson

Atos 23:9: Então houve grande vociferação; e, levan­ Leitura Bíblica


tando-se alguns da parte dos escribas e dos fariseus, re­ P essoal
batiam, dizendo: “Nenhum mal achamos contra este j M ÊS: Ano:
homem; e, se de fato algum espírito ou anjo lhe falou,
01 02 03 04 05 06 07
não resistamos contra Deus”. tAt2 0 3 i;s:39;2525 ;22:7, 17,ísi j
08 09 10 11 12 13 14
A conclusão do comandante Lísias. Na mesma cadeia onde Pedro estivera
15 16 17 18 19 20 21
preso, agora Paulo estava. Mas Deus não enviou nenhum anjo para libertá-
lo. Nenhuma igreja orou por ele. Seus amigos não estavam ali com ele. Por 22 23 24 25 26 27 28
que estava passando por aqueles momentos? Ele estava experimentando 29 30 31
pessoalmente um pouquinho daquilo que Cristo sofreu no mesmo lugar.
Somente Lucas, Tito e Trófimo, com a sua família, oravam, em algum lugar,
pelo seu amigo e mestre

Atos 23:10: E, como havia grande discussão, 0 co­


mandante, temendo que Paulo fosse despedaçado por
eles, mandou que os soldados descessem e 0 retiras­
sem do meio deles, a fim de 0 levarem para a fortaleza.
:At21:34j
Depois que a noite chegou, o silêncio imperou. Paulo perdeu o sono e uma
profunda tristeza veio sobre ele. Ele se lembrou de todas as suas viagens, e i
de um por um de seus colaboradores. Orou por eles, porque ia tomar a maior i
decisão que jamais havia imaginado tomar. Vai apelar para ser julgado em
Roma. Afastado de seu povo, apelou para a jurisdição de Roma, pensando
que 0 seu ministério havia acabado, e com ele a sua obra missionária. Mas
algo muito especial estava por acontecer: a fundação da igreja de Roma, algo
que ele sempre anelou. (13} A igreja de Roma: sua origem é desconhecida, e
foi onde Áqüila e Priscila trabalharam (Rm 16:3-5). Paulo menciona muitos
amigos feitos nesta igreja, 26 deles podem ser contados em Romanos 16.
Ali podemos encontrar mais de vinte tipos de crentes de nossas igrejas.
Assim como o Senhor havia se manifestado no Caminho de Damasco, agora
apresenta-se novamente. Desta vez, para felicitá-lo pelo seu testemunho
em Jerusalém. Isto prova que muitas de nossas obras são apenas testes
divinos para algo muito maior adiante de nós. Agora deveria dar o mesmo
testemunho em Roma. A maioria de nossas obras é feita de degraus na
escalada de grandes montanhas, em cujo topo nos espera um prêmio. Deus
iria satisfazer ao seu desejo e financiar os seus sonhos. Tudo até agora havia
sido apenas um tempo de preparação. O melhor ainda estava porvir

Atos 23:11: E, na noite seguinte, o Senhor apresen­


tou-se a ele, dizendo: “Não temas, Paulo, porque assim j
como deste testemunho de mim em Jerusalém, assim ;
também é necessário que dês testemunho em Roma”. j
(At 18:9; 19:21;28:23!

• T ex to c r o n o l ó g ic o c e n t r a l :
NT

• 0400 - O TRASLADO DE PAULO A CESARÉIA,


At 23:12-35:
Traslado a Cesaréia. Fora dos domínios do Sinédrio, havia uma corja de
fanáticos que agiam como independentes. Eram vários grupos diferentes.
Os fariseus, os saduceus, os judaizantes crentes da circuncisão, de forma
independente, procuravam a sua morte. E um desses grupos resolveu
juntar forças e mais de quarenta homens fizeram um voto de jejum sob
juramento
A tos 23:12: E, quando já era dia, alguns dos judeus Local do Estudo :
fizeram juramento, sob pena de maldição, dizendo Tema:
que não comeríam nem beberiam enquanto não ma- j
tassem Paulo, lAt 9:23;23:21,30;25:3j M inistrante:
Quarenta hom ens juraram matar Paulo, mostrando que o Sinédrio j
continuava igual: corrupto Cap . INICIAL:
A tos 23 :13: E eram mais de quarenta os que fizeram j Cap . final :
esta conjuração.
Como eles se auto-amaldiçoavam. Nossos inimigos se matam a si mesmos D iscípulo :
sob o poder de seu próprio ódio e inveja. Este foi um voto parecido ao feito
por Saul e seus soldados em relação a Davi, o qual foi quebrado por Jônatas,
por ignorá-lo

A tos 23:14: Eles foram ter com os príncipes dos sacer­


dotes e anciãos, e disseram: “Tornamo-nos a nós mes- j
mos anátemas, sob pena de maldição, se provarmos :
qualquer coisa antes de matarmos Paulo. iAt23:2n
As manobras do Sinédrio e os seus grupos continuaram mais de vinte anos
depois, enquanto, na prisão, Deus estava falando com Paulo cara a cara.
Enquanto Hamã fazia a forca, Deus estava preparando Mardoqueu para
governar

A tos 2 3 :1 5 : Agora, pois, vós, pelo Sinédrio ( “con ­


selho m aior”), rogai ao comandante que o desça até
vós, como se quisésseis examinar com mais exatidão j
a respeito de sua causa; e nós, antes que ele chegue, j
estaremos prontos para matá-lo”. (At22-30)
O sobrinho de Paulo conseguiu entrar na Fortaleza, para avisar Paulo sobre
as manobras do Sinédrio. Se ele saísse da Fortaleza, seria morto. Seus j
parentes estavam com ele
ÍÉ á M :,'
A tos 23:16: Mas 0 filho da irmã de Paulo, tendo rece- j
bido informações da cilada, veio e entrou na fortaleza |
e 0 anunciou a Paulo. (At2i:34;23:ioj
O tribuno teve conhecimento dos planos dos religiosos do Conselho, em j
comum acordo com quarenta homens sob juramento de maldição

A tos 23:17: E Paulo, chamando a um dos centuriões,


disse-lhe: “Leva este jovem ao comandante, porque
tem algo a comunicar-lhe”.
Ninguém sabe o nome desse moço, sobrinho de Paulo, mas ele entrou
na História da igreja como um herói desconhecido dos hom ens, mas
que certamente será conhecido em toda a eternidade. Por sua causa, o
cristianismo continuaria para sempre. Para o centurião, Paulo era um
simples preso

A tos 23:18: Tomando-o, pois, 0 levou ao comandan­


te, e disse: “O prisioneiro Paulo, chamando-me a si,
rogou-me que trouxesse este jovem à tua presença,
pois tem algo a comunicar-te”. /e/3:h
1588
Bible C hronos Di N elson

0 fato de tomá-lo pelas mãos dá a entender que era apenas um menino Leitura Bíblica
P essoal
Atos 23:19: E o comandante, tomando-o pela mão,
e retirando-se à parte, perguntou-lhe: “O que tens a M Ê S :______ A no :___
comunicar-me?”
01 02 03 04 05 06 07
Omenino tinha dom de mensageiro, daqueles exatos, que nada acrescentam
nasua mensagem; algo não muito comum nos mensageiros
08 09 10 1 1 12 13 14
15 16 17 18 192021
Atos 23:20: E, ele disse: “Os judeus concertaram 22 23 24 25 26 27 28
entre si para rogar-te que amanhã autorizes que Paulo 29 30 31
desça ao Sinédrio, como havendo de inquirir com mais
exatidão a respeito de sua causa. (At2, 3 -.1 4, isj
Ainformação é sumamente importante no ministério

Atos 23:21 : Tu, pois, não te deixes persuadir por eles;


porque mais de quarenta homens, dentre eles, arma- j
ram-lhe ciladas, os quais a si mesmo juraram, sob pena
de maldição, a não comerem nem beberem, até que 0
tenham morto; e agora já estão prontos, esperando a
tua promessa”. (At23 :12, uj
Grandes trabalhos para a humanidade alguns jovens desconhecidos fizeram,
tais como o jovem que conduziu Sansão às colunas do templo dos filisteus,
como a menina que indicou Eliseu a Naamã e como este menino que salvou
avida de seu tio Paulo

Atos 23:22: Então 0 comandante despediu 0 jovem, j


ordenando-lhe: “Não digas a ninguém a respeito do j
que tens me comunicado”.
Deus queria nos mostrar o valor de um homem que o serve com fidelidade;
queria mostrar como um só homem é merecedor de uma guarda que
simboliza aquilo que acontece no mundo espiritual, mas torna-se invisível,
fato somente visto pelos olhos da fé: As cavalarias de Deus | i
£§ I
Atos 23:23: E, chamando a dois centuriões, disse:
“Aprontai para irem a Cesaréia, à terceira hora da noite
(“vinte e uma horas”), duzentos soldados de infanta­
ria, setenta de cavalaria e duzentos lanceiros; /At23 .2 3 >
Acostumado a pagar sua própria cavalgadura, Paulo agora está sendo cuidado
pela mais alta guarda romana, e, financiado pelo Imperador, chegará a Roma.
Se cumprirmos os sonhos de Deus, Ele cumprirá o nosso. Toda aquela noite,
até ao amanhecer, eles caminharam em direção a Cesaréia, cortando os
campos férteis dajudéia, em direção ao Mediterrâneo

Atos 23:24: e aparelhai cavalgaduras para que, mon­


tados sobre elas, conduzam a Paulo salvo até 0 gover­
nador FéÜX”. (At24:l;3,10;25:14}
Esta carta será um documento especial nas mãos de Félix nos dias do
julgamento de Paulo

Atos 23:25: E escreveu-lhe uma carta que tinha estes


termos:
1589
BffiLE CHRONOS - N T EM ORDEM CRONOLÓGICA

Hipocrisia entre os vários comandos era uma prática antiga Local do Estudo :
Atos 23:26: “Cláudio Lísias, ao excelentíssim o j Tema:
governador Félix, saúde! (At24:3;i5:23j
A mentira do comandante: ele não revela a verdadeira história. Ele soube M inistrante:
que Paulo era romano depois de algum tempo, e o arrebatou porque pensava
que era um rebelde egípcio Cap . INICIAL:
Atos 23:27: Este varão foi preso pelos judeus, e estava
CAP. FINAL:
a ponto de ser arrebatado por eles, quando eu, acudin- j
do com o exército, o livrei depois que entendi que era Discípulo :
romano. (At2 1 :32,33;22 :25-291
O estilo de Pilatos: relutante, duvidoso e sem autoridade. Ele, porsi mesmo,
conhecia a verdade, mas tinha medo dos judeus, e não queria comprometer
a sua posição na Fortaleza

Atos 23:28: E desejando conhecer a causa por que


0 acusavam, 0 conduzi perante 0 Sinédrio deles,
(At22:30)
Na verdade, ele cria que Paulo era um trunfo para uma futura promoção, mas
ficou decepcionado ao saber quem era verdadeiramente Paulo (A t21:31)

Atos 23:29: quando achei que estava sendo acusado


a respeito de questões relacionadas à sua lei, e que não
tinham acusação de nenhum crime pelo qual fosse
digno de morte ou prisão. (Ati8:i5;26:3i;25:i9)
Depois da informação do menino, ele foi informado verdadeiramente da
emboscada que os judeus haviam preparado. Uma das poucas verdades de
sua pequena carta

Atos 23:30: Mas, havendo-me informado de que


armavam uma cilada contra este homem, no ato o
enviei a ti, intimando também a seus acusadores que
manifestem diante de ti o que tenham contra ele.
Passar bem”. (At23=20,2 u24-. iq;25:101
Começa a sua viagem a Roma

Atos 23:31: Os soldados, pois, segundo 0 que lhes


fora ordenado, tomando a Paulo, 0 levaram de noite a
Antipátride.
Não tendo mais o que temer, os soldados e os flecheiros regressaram
a Jerusalém, para a Fortaleza de Antônia. Em Cesaréia estava o grande
procurador Félix, a quem a carta de Lísias foi entregue em mãos
Atos 23:32: E, no dia seguinte, os da cavalaria con­
tinuaram com ele; mas os da infantaria e os lanceiros
retornaram à fortaleza; (At23:231
Apenas uma pequena guarda prosseguiu na condução de Paulo a Cesaréia,
que era a base militar do Império naquela região, onde um grande esquadrão
de cavalaria era mantido, financiado pelos impostos dos judeus, onde a
residência do procurador era uma maravilha diante daquele grande
mar; ali estava o pretório de Herodes, para onde os presos ilustres eram
conduzidos
Bible C hronos D i N elson

Atos 23:33: aqueles, logo que entraram em Cesaréia, Leitura Bíblica


e entregaram a carta ao governador, também puseram j P essoal
diante dele a Paulo. íAt23.-23,24,20)
MÊS:_ _AnO:-
Se a província onde Paulo tivesse nascido não fosse imperial, Paulo não
poderia ter sido levado para lá. Pois as províncias dirigidas pelo Senado 01 02 03 04 05 06 07
eram tratadas com outros cerimoniais 08 09 10 11 12 13 14
Atos 23:34: E, após ler a carta, 0 governador pergun­ 15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
tou de que província ele era; e quando soube que era ;
29 30 31
da Cilícia, im21:3Q}
Paulo era da Cilícia e o direito penal romano dizia que os acusadores
deveriam estar presentes para ouvi-lo
Atos 23:35: disse-lhe: “A tua causa ouvirei quando
os teus acusadores também tiverem chegado; e or­
denou que fosse guardado no pretório de Herodes”.
ÍAt24:19; 25:16;24:27!

• T ex to c r o n o l ó g ic o c e n t r a l :
• 0 4 0 1 - A DEFESA DE PAULO EM CESARÉIA: DIANTE
DE FÉLIX, A t 2 4 : 1 -2 7 :
A defesa de Paulo em Cesaréia. Paulo perante Félix. Aquela prisão vai
durar quase dois anos. Deus queria castigar os acusadores de Paulo. Onde
estariam aqueles quarenta homens? Deveriam estar vivendo sob a dura
maldição promovida por suas próprias bocas. Ananias não falava por si
mesmo; sua maneira descontrolada de ser, como são todos os ministros
feitos sacerdotes sem conhecimento de causa, por herança e imposição
familiar; precisava de um orador para falar em seu lugar. Aquele não era o
seu ponto forte: falar em público

Atos 24:1 : E, depois de cinco dias, 0 sumo sacerdote


Ananias desceu com alguns anciãos e um certo orador,
Tértulo, os quais apresentaram, diante do governador,
acusação contra Paulo, jAt23 :2,30,35}
Oorador de Ananias falava bem, como todos os grandes oradores de Roma.
Como um orador da escola de Roma e com a hipocrisia dos fariseus, ele era
umgrande entusiasta, advogado iniciante, que ainda estava lendo a cartilha
e prestando os seus serviços ao sacerdote. Mas estava sendo avaliado e
provado

Atos 24:2: Sendo este citado, Tértulo começou a


sua acusação, dizendo: “Já que, graças a ti, nós temos
alcançado muita paz, e que por tua providência são
feitas melhorias a esta nação,
O que os políticos têm de suportar quando já estão assentados na sua
cadeira? Tanto Félix como Ananias devem ter dado um sorriso de
desaprovação àquelas palavras que ambos sabiam não condizer com a
realidade, pois não havia paz, não havia marcas de reformas e o povo
não estava agradecido. Félix tinha um outro irmão mais ilustre do que
ele e, graças à sua influência, estava exercendo o seu poder ali. Tendo
sido adotados por Antônia, a mãe do imperador Cláudio, Palas se tornou
primeiro-ministro de Cláudio e, por algum tempo, na mesma posição,
serviu como tal a Nero. Mas Félix jamais perdeu as características de um

1591
BlBLE CHRONOS - NT EM ORDEM CRONOLÓGICA

escravo. Exercia o seu poder, mas ainda era um escravo. Do ano 52 a 60 d.C. Local do Estudo :
foi o procurador da Judéia e era odiado pelos j udeus
Tema:
Atos 24:3: e o aceitamos em todo o tempo e em todas
as partes, ó excelentíssimo Félix, com toda gratidão. M inistrante :
(At23:26;26:25j
Observe como o orador direcionou as palavras: excelentíssimo Félix, e esta Cap . inicial :
peste, referindo-se a Paulo
Cap . final :
Atos 24:4: Mas, para que não te detenhas demasia­
damente, rogo-te que, conforme a tua eqüidade, nos Discípulo :
escutes por um breve m om ento.
As três acusações que eram passíveis da condenação de morte: (1) Líder
de sedição. Com isso, levantava-se contra a segurança e a paz estatal. (2)
Líder de uma seita não autorizada. (3) Profanador de templos. As leis do
império autorizavam a pena de morte aos delinquentes enquadrados nesses
artigos

Atos 24:5: Pois, achando que este varão é uma peste e


promotor de dissensões entre todos os judeus do mun­
do, e chefe da seita dos Nazarenos; /At ió:2 o; 17 ^,-2 1 :28)
Atos 24:6: o qual também tentou profanar o Templo; |
por isso nós também o prendemos, e segundo a nossa
lei o quisemos julgar; /M2 i:28)
Tertúlo, advogado mentiroso, usando de palavras falsas e tentando mudar
o foco do governador, acusou o próprio Lísias de usar de violência, quando, j
na verdade, ele livrou a Paulo de ser assassinado em suas mãos. Félix leu
a carta de Lísias, na qual constava a verdade: “Este homem foi preso pelos
judeus, e estava a ponto de ser morto por eles quando eu acudi com a tropa
e o livrei ao saber que era romano” (At23:27)

Atos 24:7: mas, chegando Lísias, o comandante, o


tirou de nossas mãos com grande violência,
Félix conhecia bem a história daquele sacerdócio e de suas tramas, por meio
de sua mulher, que tinha dupla nacionalidade, como o próprio Paulo

Atos 24:8: ordenando a seus acusadores que se apre­


sentassem a ti. E tu mesmo, ao interrogá-lo, poderás
certificar-te a respeito de tudo isto, e conhecer de que
nós o acusamos”.
Félix já estava farto das palavras daquele orador e o cortou sem aviso prévio,
dando a palavra a Paulo. Este não fez cerimônias e começou a falar
Atos 24:9: E os judeus que assistiam também con- j
cordavam na acusação, confirmando aquelas coisas.
(1Ts2:l6j
Paulo não o elogia, e vai direto ao assunto, mostrando não estar com medo,
mas cheio de ânimo, em toda aquela circunstância adversa

Atos 24:10: E, quando o governador fez um sinal


para que falasse, Paulo respondeu: “Sendo eu sabedor
que por muitos anos tens sido juiz sobre esta nação, de
bom grado faço a minha defesa. /At23:24)
Bible C hronos D i N elson

Paulo não veio aJerusalém para sacrificar, mas para adorar. Em dias de festa, Leitura Bíblica
eles cometeram várias abominações contra as leis dos dias de Pentecostes P essoal
Atos 24:11: Podes averiguar que não passa de doze
MÊS: ___ANO:
dias que subi para adorar em Jerusalém, (At2 1 :20>
Quem adora não amotina o povo, mas louva a Deus 01 02 03 04 05 06 07
08 09 10 11 12 13 14
Atos 24:12: e que não me acharam no Templo discu­ 15 16 17 18 192021
tindo com alguém, nem amotinando 0 povo, nem nas 22 23 24 25 26 27 28
sinagogas nem na cidade. (At25.-8;28:i7/ 29 30 31
Um dos mais perfeitos códigos de justiça da História estava em poder dos
judeus, mas prova de acusação era algo que aqueles judeus não tinham nem
precisavam, pois ignoravam a justiça escrita de Deus para satisfazerem os
seus próprios preceitos carnais
Atos 24:13: Nem podem apresentar provas das coisas
de que agora me acusam. (At25:7)
Aconfissão de Paulo diante dos homens. Cristo Jesus o confessará diante dos
anjos do Pai. O Salmo 102 diz que Deus levantaria este povo (SI 102:18)
Atos 24:14: Mas te confesso que, segundo o Cami­
nho ao qual eles chamam seita, assim sirvo ao paterno
Deus de nossos pais, crendo naquilo que na Lei e nos
Profetas escrito está; (At9:2;24:5;3:13;26:22;28:23}
Isaías 26:19; Daniel 12:2: a primeira ressurreição será para os justos e tem
várias etapas e tipos. (1) Os tipos: Enoque (trasladado para não ver a morte),
Moisés e Elias (trasladados para não verem a morte). (2) Cristo e os que
reviveram no momento de sua morte. (3) Os mortos em Cristo na ocasião do
arrebatamento da Igreja. (4) Os mortos da grande tribulação, incluindo os
eleitos de Israel, com as duas testemunhas e os mártires. Estes últimos serão
ressuscitados no fim do Armagedon, terminando a primeira ressurreição. A
segunda ressurreição será após o julgamento dos ímpios, depois do Trono
Branco, quando serão lançados no Lago de Fogo (Inferno)
Atos 24:15: tendo esperança em Deus, a mesma que
estes também aguardam: a saber, que haverá ressur­
reição dos mortos, tanto dos justos como dos injustos.
iAt23:6;28:20; Dn 12:2;Jo 5:28,29)
Aconsciência do missionário e homem de Deus está limpa diante de Deus e
dos homens. Sua consciência limpa era o motivo da ação da consciência suja
deles. Quanto m ais sujas, mais sujas se faziam ainda

Atos 24:16: Por isso eu mesmo trabalho para ter sem­


pre uma consciência irrepreensível diante de Deus e
dos homens. ím23:1)
Paulo mostra sua devoção à sua nação e ao Templo
NT

Atos 24:1 7 : E, depois de vários anos, vim trazer as


minhas contribuições aos do meu povo, e apresentar
OS meus votos; (Ai 11:29,30;Rm 15:25-28;2 Co8:74: G12-.10)
Paulo contesta a acusação sem provas dos judeus

Atos 24:18: e nisto alguns judeus da Ásia me acha­


ram, já santificado no templo, não com turba, nem
com tumulto, (At2 1 :20,271
1593
BlBLE CHRONOS - N T EM ORDEM CRONOLÓGICA

Paulo critica os seus acusadores que não compareceram diante de Félix, mas Local do Estudo :
pagaram a um advogado romano para acusá-lo na presença do sacerdote
Ananias, homem bem conhecido das autoridades romanas T em a :
Atos 24:19: os quais deveríam comparecer diante
M/nistrante:
de ti para acusar-me, se tivessem algo contra mim;
(At21:27;23:30/ Cap . INICIAL:
Mas, onde estava o Sinédrio? Eles não compareceram nem enviaram uma
procuração CAP. FINAL:
Atos 24:20: ou que estes mesmos digam que mau
Discípulo :
procedimento acharam, quando comparecí perante
o Sinédrio,
A doutrina da ressurreição travava os romanos e os sacerdotes, pois eles
tinham algo em segredo (Mt 28:11 -15). Muitos daqueles soldados nos dias
da ressurreição de Jesus, agora estavam no comando. Aquele assunto era
perigoso (Mt28:14)

WUí,..
Atos 24:21 : a menos que seja acerca desta única pa­ DADOS ESPECIAIS

lavra que falei em voz alta, estando no meio deles: Por


causa da ressurreição dos mortos é que estou sendo
julgado hoje por vós”. (At23.-6j
As informações de Félix eram suficientes para dar fim àquela audiência.
Lísias jamais desceu. Nunca compareceu ali para tratar daquele assunto

Atos 24:22: Então Félix, já sendo um conhecedor


a respeito do Caminho, suspendeu o juízo, dizendo:
“Quando o comandante Lísias vier, então tomarei uma
decisão a respeito da vossa causa”. ! v-
Os centuriões tinham grandes experiências com Cristo, especialmente
Comélio. Onde ele estaria naqueles dias? Deus sabe por que Lucas escreveu
a respeito da salvação de Comélio logo após o registro da salvação de Paulo.
Deus sabe por que começou a sua obra entre os gentios com Comélio,
justamente na cidade de Cesaréia. Deus sabe como preparar o caminho
tortuoso para os seus servos passarem

Atos 24:23: E ordenou ao centurião que o detivesse,


mas que fosse tratado com indulgência, e que nenhum
dos seus fosse proibido de visitá-lo ou de servi-lo.
(At23:35;28:16;23:16;27:3j
Félix era considerado um homem sensual, e havia tido duas mulheres,
sendo uma delas neta de Cleópatra. Naquele tempo, sua mulher era Drusila,
que, aos quatorze anos de idade, casou com Aziz Emesa, mas separou-
se dele e casou com o governador da Judéia, Félix. Neta de Herodes, o
grande. Mais uma geração dos Herodes estava tendo a oportunidade de se
converter. Paulo lhes falou da fé em Cristo Jesus: em que consistia a fé da
qual falou ao casal? Ele lhes falou abertamente do nome de Jesus. Mesmo
sabendo que era quase impossível o arrependimento daquela sociedade,
Paulo ainda se apresentava diante deles com um só objetivo (2 Co 5:20).
A curiosidade de Drusila, judia, de conhecer aquele famoso pregador que
agora pregava a mesma mensagem que João Batista, famoso no seio de sua
família, era imensa. Filha do Herodes que mandou matar a Tiago, uma das
sobrinhas de Antipas, que mandou decapitar a João Batista, agora queria
ouvir a respeito de Jesus Cristo. Sua alma estava farta dos dramaturgos, das
apresentações mágicas, dos cantores, dos filósofos e coisas do gênero, cujos

1594 ■V.;:
Bible C hronos Di N elson

artistas enchiam e movimentavam o átrio do palácio para oferecer-lhes uma Leitura Bíblica
noite divertida. Sua alma queria conhecer a Cristo naquela noite. Ela tentava P essoal
atrairoseu marido ànova vida

Atos 24:24: E, depois de alguns dias, vindo Félix com M ês :_______ A n o :___

asua mulher, Drusila, que era judia, mandou chamar a 01 02 03 04 05 06 07


Paulo, e o ouviu com respeito a fé em Cristo Jesus. 08 09 10 11 12 13 14
Afé emjesus Cristo para aquele político consistia em (1) justiça-que ele não 15 16 17 18 19 20 21
estava executando corretamente; (2) domínio próprio - o que os acertava ! 22 23 24 25 26 27 28
em cheio, em função da vida sensual que levavam; (3) juízo vindouro - i I 29 30 31
do trono branco, quando Deus julgará a todos os homens da terra. Logo,
ele estava falando da obra do Espírito Santo que nos convence do pecado
(sobre o domínio próprio), da justiça e do juízo vindouro. Eles não puderam
suportar as suas palavras e deixaram a sua salvação para depois, como todos
os Herodes. Esta ocasião que Félix esperava jamais aconteceu. Sua mulher
e seu filhinho Agripa morreríam soterrados pelo vulcão Vesúvio, e ele seria
deposto. O juízo pronunciado por Paulo se cumpriu

Atos 24:25: E ele, discorrendo sobre a justiça, o domí­


nio próprio e o juízo vindouro, Félix ficou atemorizado j
e disse: “Por agora, podes ir; em ocasião favorável,
certamente te chamarei”. (ct5:23;Atw:42)
A avareza de Félix revelava a sua vida de injustiças. Paulo perdeu dois
anos de seu precioso tempo preso inocentem ente, quando os próprios
judeus que o acusavam já o haviam esquecido na prisão. Josefo nesse tempo
tinha aproximadamente 23 anos de idade, e havia começado uma luta para
libertar alguns sacerdotes que estavam presos no mesmo lugar onde Paulo
estava. Somente em 64, com aajuda de Pompéia, esposa de Nero, é que ele j
conseguirá a absolvição desses sacerdotes. Eles foram vítimas de Félix, aos F in s d e 5 8 D.C., F élix
quais ele não conseguiu extorquir. Ali permaneceram como Paulo. Depois ESPERAVA QUli PAULO
do julgamento diante de Festo, Paulo seguiu para Roma, e anos mais tarde LHE DESSE DINHEIRO PARA
deve ter tido mais contato com Josefo, o qual regressou ajerusalém quando SOLTÁ-LO
estava para ser invadida pelo então general Tito

Atos 24:26: Esperava também ao mesmo tempo que


\I
Paulo lhe desse dinheiro; pelo que, freqüentemente,
omandava chamar para conversar com ele.
Dois anos e Paulo continuava preso. Para um homem cheio de visão
missionária, cheio do Espírito Santo, aquele lugar era uma dupla prisão. As
palavras ditas acima pelo advogado de Ananias eram uma grande mentira.
Félix era odiado pelo povo judeu, e um dos piores procuradores de Roma
naquela região. Governava com a alma de um escravo, tal como tinha sido na
j fgi;
I &*■;;-
sua infância e juventude, não fosse a bondade da mãe de Cláudio dedicada
àquele grego que se sentia superior. Nos dias em que mantinha Paulo preso, : h-: :
I|
querendo extorqui-lo, alguém o acusava em Roma de mau condutor dos SÈÍ..
negócios de Nero em Cesaréia. Foi exonerado, mas Paulo continuou preso
ali. Assim como Cristo, agora Paulo se tornou instrumento de satisfação
NT

política. Mas esses anos preso em Cesaréia resultaram em grandes obras.


Os grandes amigos de Paulo estavam em Cesaréia, onde tinham completa
liberdade para visitá-lo. Dali, ele ainda pôde orientarincursões missionárias
pelo Mediterrâneo. Fisicamente melhor, e estando em segurança, junto
com a moderação do ódio de seus inimigos, em função da sua prisão, lhe
trouxeram certa confiança. Assim, acompanhado de seu médico, Lucas,
Paulo o influenciou a escrever a vida de Cristo. Assim, eles podiam levar
o Evangelho às igrejas da Ásia e a outros lugares onde o grego koinê era
conhecido. Mas, para um empreendimento como este, Lucas precisava
visitar os amigos, parentes e testemunhas oculares dos acontecimentos que

1595
BlBLE CHRONOS - N T EM ORDEM CRONOLÓGICA

envolveram o ministério de Cristo. Até que um dia, ali mesmo em Cesaréia, Local do Estudo :
Lucas conheceu um certo homem chamado Teófilo, o qual se dispôs a pagar
todos os gastos daquele empreendimento. Em aramaico, Mateus já havia Tema:
escrito a história do ministério de Cristo aos judeus cristãos. Desde que
Marcos havia saído com Bamabé para Chipre, o seu livro, que narrava a
história de Jesus, fora terminado. Agora era a vez de Lucas. Em Cesaréia, M inistrante:
o local era estratégico! Baseado em duas outras narrativas, Lucas poderia
ordená-las, e, procurando as testemunhas oculares, certamente faria um CAP. INICIAL:
trabalho melhor (Lc 1:4). De Cesaréia tinha como viajar a Éfeso, e falar com
Maria e dar detalhes que nem Mateus nem Marcos puderam registrar. Com a CAP. FINAL:
ajudade Teófilo, ele pôde então escrever um relato histórico perfeito. Tendo
estado com Tiago, Pedro, Maria e os parentes dejesus, poderia deixar como
legado a grande e maravilhosa história da vida de Cristo. Ninguém melhor
D iscípulo :
do que Maria e Elizabete para narrarem os acontecimentos que mudaram a
Historiada humanidade. Benditos dois anos! (Lc2:19).Nos relatos de Lucas,
Paulo se inspirou ao escreveraos Gálatas (4:4). Observe que quando Paulo
chegou a Cesaréia, Filipe já estava morando ali. Certamente os dois, Lucas e
Filipe, tiveram grandes conversas sobre o assunto, e isto deu origem a outro
livro: Atos dos Apóstolos

Atos 24:27: Mas, quando cumpriu-se um biênio,


Félix foi sucedido por Pórcio Festo; e querendo Félix
agradar os judeus, deixou a Paulo preso. /At 12:3;25:1,4,9, i4;
23:35I

• T ex to CRONOLÓGICO CENTRAL:
• 0402-A d efesa de P a u lo em C esa réia : D ia n t e
de F e s t o , A t 2 5 :1 - 1 2 :
Paulo perante Festo. Mesmo tendo passado mais de dois anos, o rancor dos
judeus contra Paulo ainda perdurava. Era espantoso para os gentios, a quem
os judeus consideravam pagãos, aquele ódio entre os próprios irmãos. Seu
nome Pórcio Festo: descendente de senadores da grande Roma, homem 59 D.C., Festo torna -se
nobre, firme. Depois de seu descanso merecido, foi a Jerusalém, onde GOVERNADOR DA JüDÉtA E
muitos assuntos pendentes o esperavam da Gauléia e comparece
diante de A gripa II. Paulo
Atos 25:1 : Tendo, pois, Festo entrado na província, parte para Roma

depois de três dias, subiu de Cesaréia a Jerusalém.


A liderança civil e a liderança religiosa queriam a morte de Paulo. Este
estava preso sem ter sido julgado. Deus, nas mãos dos gentios, o guardava
seguro, comojudá em Babilônia. Quem eram aqueles que se queixavam?
Segundo a História, o novo sacerdote nomeado seria Ismael, filho de Fabi,
nomeado pelo rei Agripa II. O ódio contra Paulo ainda perdurava depois ! p'
de dois anos. Esperavam que o governador lhes desse uma prova de I: ffF;
amizade: a remessa de Paulo a seus tribunais. Segundo o direito romano, i >
a causa de um tribunal imperial não podia ser remetida para outro tribunal í?
sem o consentimento do acusado

Atos 25:2: Os príncipes dos sacerdotes e os ju­


deus mais em inentes, apresentando-se diante
dele, fizeram-lhe queixa contra Paulo, rogando-lhe
(At24:l;25:5j
Em Cesaréia, Paulo lembrou-se do que escreveu à igreja de Tessalônica
e naquele momento as orações da igreja estavam sendo respondidas
a tempo. 2 Tessalonicenses 3:1-3: “Finalmente, irmãos, orai por nós,
para que a palavra de nosso Senhor seja difundida livremente e seja
glorificada, tal como sucedeu entre vós; e para que sejamos livres dos

1596
Bible C hronos D i N elson

homens perversos e malignos; porque a fé não é de todos os homens, Mas Leitura Bíblica
fiel é o Senhor, que vos confirmará e vos livrará do maligno” P essoal
Atos 25:3: e pedindo-lhe como favor contra ele que o
MÊS: A n o :_
reenviasse a Jerusalém, armando ciladas para arrebatá- j
lo pelo caminho. (At23:12, 15 / 01 02 03 04 05 06 07
Este acontecimento é uma prova de que Deus está no controle de todos
08 09 10 11 12 13 14
os poderes e de todas as instituições, as quais são usadas segundo o 15 16 17 18 19 20 21
seu propósito. Observe que os príncipes dos sacerdotes mentiam, e os 22 23 24 25 26 27 28
romanos falavam a verdade 29 30 31
Atos 25:4: Mas Festo, em verdade, respondeu que
Paulo estava detido em Cesaréia, e que ele mesmo em j
breve partiría para lá. (At24:23)
A nova convocação para o julgamento final de Paulo, antes de sua ida a
Roma, será uma ocasião em que Paulo será declarado inocente; mas ele
já havia apelado a César, com o objetivo de chegar à realização de seu
grande sonho

Atos 25:5: “Portanto, disse ele, aqueles que dentre j


vós tem procuração, desçam comigo, e se houver nes- j
se homem algum crime, acusem-no”.
0 tempo determinado por Deus chegou, e os acontecimentos em Roma j
preparam a sua chegada, razão pela qual Deus o fez esperar dois anos na
prisão de Cesaréia. Ou Paulo estava adiantado no seu trabalho, ou Deus
ainda preparava ocasião para a sua chegada em Roma. Mas Deus estava
provando que somente ele comanda o destino do sistema do mundo. Jesus
previu esse tipo de circunstância quando os seus servos comparecessem
diante dos tribunais

Atos 25:6: E tendo-se demorado entre eles não mais


de oito ou dez dias, desceu a Cesaréia; e, no dia se­
guinte, sentando-se no tribunal, ordenou que trou­ f ii
xessem a Paulo.
0 espírito que atuou nos dias de Cristo era o mesmo que, quase trinta anos
depois, ainda reinava najudéia. Parecia uma reconstituição dos mesmos ig
crimes que cometeram contra Cristo: graves acusações sem provas

Atos 25:7: E, comparecendo ele, os judeus que ha­


gafei
viam descido de Jerusalém puseram-se ao seu redor,
alegando contra ele muitas e graves acusações, que
nãO p o d i a m p rO V ar. (Mc 15:3;L c23:2, 10;At 24:5,13)
Nem contra a lei cumprida em Cristo, nem contra o templo, hoje em ruínas,
nem contra César, que hoje é apenas um personagem polêmico da História,
nem contra Deus, ele havia pecado. Paulo, como Cristo, considerava o
Sinédrio desautorizado por Deus para avalizar a sua doutrina

Atos 25:8: Mas Paulo respondeu em sua defesa:


“Nem contra a Lei dos judeus, nem contra 0 Santuá­ H
rio, nem contra César tenho cometido pecado algum”.
I (Ató: 13;24:12;28:17)
Paulo lembrou-se de seu sobrinho e dos avisos de seus familiares sobre as
emboscadas que os judeus lhe preparavam, e apelou para César. O que eles

1597
i À
BffiLE CHRONOS - NT EM ORDEM CRONOLÓGICA

queriam que ele fizesse em Jerusalém, Jesus já havia feito por ele. Mesmo na | Local do Estudo :
presença de Pilatos, Jesus foi morto. Aida de Paulo a Roma era inegociável
Tema:
Atos 25:9: Festo, porém, querendo ganhar favor dos
judeus, respondendo a Paulo, disse: “Queres subir a M inistrante:
Jerusalém, e ser julgado ali, perante mim, a respeito
deStaS COiSaS?” (At24:27;25:20) | CAP. INICIAL:
Ao apelar para César, sua viagem para Roma estaria garantida. Nunca mais
os judeus o veriam ali. Festo, tal como Pilatos, sabia que ele era inocente. Ca P. FINAL:
Ao entregá-lo ao tribunal de César, Festo estava cumprindo os desígnios de
Deus em favor dos gentios Discípulo :
! Atos 25:10: Paulo lhe disse: “Diante do tribunal de
César estou, onde convém que eu seja julgado; ne- |
nhum mal fiz contra os judeus, como tu também o
sabes melhor do que ninguém.
A falta de provas da acusação dos judeus o liberou para ser julgado como um
cidadão romano, e não como um filho de Israel, diante da qual ele estava
limpo. Paulo escreve, em 2 Coríntios 6:3, que devemos viver “sem darmos,
em coisa alguma, nenhum motivo de tropeço, para que o nosso ministério j
não seja desacreditado”. Quais são os motivos de créditos do ministério, para
que a graça não seja em vão? Em (1) muita paciência - a paciência é o tempo
da geração do discípulo; (2) em aflições - são as provações que premiam
a perseverança do discipulado; (3) em necessidades - são os motivos que
provam a confiança no Deus provedor e não no homem; (4) em angústias - as j
angústias mantêm a necessidade de oração e comunhão com Deus quando o
obreiro relaxa na sua intimidade espiritual; (5) em açoites - (injustamente) j
são as marcas emocionais ou físicas que mostram a capacidade de perdoar
do ministro; (6) em prisões - são os tempos de total dependência da justiça
e da operação divina, quando os homens pensam que estamos nas mãos
da justiça humana, mas que verdadeiramente estamos nas mãos de Deus;
(7) em tumultos - (por causa da pregação) são os motivos pelos quais nossa
obra se torna conhecida e chega a todos os cidadãos, razão pela qual Deus
divulga a sua obra; (8) em trabalhos pesados - quando o obreiro não quer
ser motivo de escândalo para os ricos que crêem que o ministério não é um
trabalho digno, como Paulo experimentou em Tessalônica; (9) em vigílias
| - o jejum da alma do ministro; (10) em jeju n s-o jejum do corpo em relação
às iguarias deste mundo, a fim de (a) soltar as ligaduras da impiedade; (b)
desfazer as ataduras do jugo; (c) despedaçar o jugo; o jejum do ministro
é alimento do necessitado (Is 58:6,10). O jejum correto biologicamente j
deve começar às sete da noite e terminar às sete da noite do outro dia, pois o
relógio biológico começa com o processo de alimentação às onze da manhã
e vai até as sete da noite. O processo de absorção começa às sete e termina j
às três da manhã; daí começa o processo de eliminação, que vai até as dez
da manhã. Quando um ministro deixa de comer pela manhã e “entrega” o
seu jejum ao meio-dia, não faz jejum, mas se alimenta corretamente; (11)
com pureza - é a manifestação exterior daquilo que o ministro vive nas suas
quatro paredes; é a ausência completa de malícia com todo o discernimento;
(12) com ciência - é o maior depósito que o ministro leva consigo, o qual
ninguém pode arrebatar-lhe, pois o leva consigo e gera compreensão na hora
da provação; (13) com longanimidade - é o amor ministerial do ministro j
sendo alongado diante de seu inimigo; (14) com mansidão - é o amor do
ministro respondendo às ofensas; (15) com o Espírito Santo - é a prova da
humilhação do eu ministerial, para que o Espírito Santo seja manifestado
plenamente, sem bloqueios; é o senhorio que habita em nós e que por ele
todas as decisões são tomadas e todos os propósitos que glorificam a Deus
são executados, por quem todos os dons são dados e manifestados; por
quem todos os prodígios são aprovados, em nome de Jesus; (16) com amor
não fingido - é o amor sacrificial disposto a tudo por amor a uma alma ou
a um corpo eclesiástico; é o amor que se dá sem esperar retorno, que ama

1598
Bible C hronos D i N elson

incondicionalmente e comprova a ausência total de hipocrisia; (17) com a Leitura Bíblica


Palavra da verdade - é a medida correta de todas as conexões universais da P essoal
fé; sem ela a heresia se manifesta; é o guia-mestre por onde o Espírito Santo
nos conduz; são os estatutos perpétuos de Deus que devem ser guardados,
obedecidos, cumpridos, amados e meditados; é o único meio de prosperar MÊS:_____ _ANO:____
sem traumas, sem decepções, sem frustrações ministeriais; (18) com poder
de Deus - são os sinais que seguem o trabalho do ministro após a pregação 01 02 03 04 05 06 07
do Evangelho, é a comprovação da presença de Deus no seu ministério; (19) 08 09 10 11 12 13 14
por meio das armas da justiça, à direita e à esquerda- são aquelas armas de 15 16 17 18 19 20 21
defesa e de ataque que estão disponíveis na armadura de Deus: tais como 22 23 24 25 26 27 28
a espada do Espírito e o escudo da fé (esquerda e direita); (20) por honra -
com reconhecimento, com atenção, com hospitalidade, com assistência, 29 30 31
com previdência, com preeminência, com privacidade, com justiça, com
dobrado salário, com direitos satisfeitos, com acessos, com consideração,
com gratidão, com cidadania; (21) por desonra - sem reconhecimento,
sem atenção, sem hospitalidade, sem assistência, sem previdência, sem
preeminência, sem privacidade, sem justiça alguma, com injusto salário,
sem nenhum direito satisfeito, sem acesso, sem consideração, sem gratidão,
sem cidadania; (22) por infâmia- é o meio usado por Deus para nos divulgar;
(23) por boa fam a- que não toma o lugar de Cristo; (24) como enganadores-
é o último adjetivo com o qual nos brinda o invejoso, (25) porém verdadeiros
- esta é a verdadeira imagem que os domésticos da fé têm de nós; (26)
como desconhecidos - dos homens; (27) porém, bem conhecidos: dos
fiéis, dos anjos de Deus, de Deus, de Satanás e de seus demônios; (28)
como moribundos - “como” sem sê-lo, com propósitos bem dirigidos e
específicos; (29) mas eis que vivemos - guardados, cheios de saúde, em
contraste àqueles que vivem regaladamente mas enfermos e quase mortos;
(30) como castigados - por uma causa nobre (não por pecado), em lugar
ou em favor de outros; (31) mas não mortos - a prova de que Deus está no
controle da vida do ministro e que ninguém pode tirar a sua vida, se a sua
missão não estiver concluída; (32) como pesarosos-por causa dos desafios,
da continuidade do trabalho, das más notícias, das aparentes derrotas, das
desistências, de todas as palavras negativas vividas e descritas neste texto;
(33) mas sempre regozijantes- na esperança de um galardão na eternidade;
(34) como pobres - na condição de pobres, as idéias são sem interesse, os
gastos são menos, a humildade tem oportunidade de fazer a sua obra; (35)
mas enriquecendo a m uitos- ajudando outros a crescerem, a prosperarem,
servindo e produzindo, sendo os próprios idealizadores e produtores, mas
sem nenhum direito, sendo servos; (36) como não tendo nada - neste
mundo; (37) mas possuindo todas as coisas-em todos os lugares, usufruindo
de lugares, cidades, situações, alimentos, posições, etc., pelos quais muitos
milionários pagariam fortunas para desfrutá-los. Paulo mostra que sempre
está disposto a falar, a pregar, a aconselhar, a revelar. O coração dilatado
era o campo que a igreja de Corinto tinha para habitar: um campo de afeto
apostólico. Não lhes faltaria revelação, não lhes faltaria afeto sincero (2 Co
6:1-10). Como o acusado também podia valer-se do recurso de apelação
durante o próprio processo, Paulo apelou a César. Este ato retirava o poder
daquele tribunal em Cesaréia de sentenciar-lhe qualquer condenação ou
absolvição. Restava a Festo conduzir Paulo a Roma sob custódia militar, mas
estava envergonhado porque Paulo percebeu que queria o favor dos judeus
àsua custa

Atos 25:11: Se, pois, sou malfeitor, ou tenho com e­


NT

tido alguma coisa digna de morte, não recuso morrer;


mas se nada há daquelas coisas que estes me acusam,
ninguém pode entregar-me a eles querendo o seu fa­
vor; apelo para César! (At20:32,-28.-iq;25 :25,1
Embora Festo tenha se sentido grandemente ofendido pela apelação de
Paulo, que, depois de mais de dois anos vivendo a indecisão das autoridades
romanas, acabava declarando a incapacidade de Félix e de Festo em resolver
aquele assunto, por capricho político; ao apelar a César, tanto os líderes

1599
BlBLE CHRONOS - N T EM ORDEM CRONOLÓGICA

religiosos como os políticos ficaram frustrados. Como cidadão romano, Local do Estudo :
ele tinha o direito de apelação a César. Esta frase se tornou um provérbio
conhecido em toda a História Tema:
A tos 25:12: Então Festo, depois de ter consultado
M inistrante:
o Conselho, respondeu: “Apelaste para César; para
César irás”. C a p . INICIAL:

• T ex to CRONOLÓGICO CENTRAL: Cap . final :


• 0 4 0 3 - A DEFESA DE PAULO EM CESARÉIA: DlANTE
Discípulo :
d e F e st o e A g r ip a , A t 2 5 : 1 3 -2 7 :
( 1 ) 0 fato de Paulo estar preso por dois anos lhe pesava duramente. Com o
mesmo tempo dedicado à obra missionária, pensava, poderia fazer muito
mais ainda pelo Evangelho em outras regiões. Mas Deus o estava guardando,
pois estava a ponto de ser morto pelos judaizantes, que o perseguiam de
perto. Às vezes, o ministro super ativo não percebe o carinho de Deus por
ele e pelos seus discípulos amados! Sob a guarda de Roma, em frente àquele
lindo mar, Deus o mantinha quieto, onde estava sendo bem cuidado pela
sua provisão como nenhum outro apóstolo de seu tempo. Este Herodes
Agripa II (27-100 d.C.), irmão de Drusila, tinhaumairmã chamada Berenice.
Quando o seu pai morreu, ele foi levado para Roma para ser educado na
coorte real. Ele recebeu de Cláudio o principado de Cálcis, no Líbano, e
não nas províncias que somavam o reino de seu pai. Depois Nero interveio
para que ele aumentasse os seus domínios ao norte. Berenice era uma
mulher frustrada, depois de várias aventuras sentimentais. Vivia à custa de
seu irmão. Sua reputação de mimada, dada ao luxo e de esperta cortesã era
conhecida portodos. (2) A chegada do rei Herodes Agripa 11, em sua visita ao
novo procurador porele mesmo indicado, de grande influência em Roma, foi
de grande ajuda naquele assunto. Embora Festo fosse judeu de nascimento,
era romano na cultura. Era de sua competência nomear o sumo sacerdote e j
tinha o direito de supervisionar o tesouro do templo. Fato que levou muitos
sacerdotes à prisão em Cesaréia nos dias de Félix, seu antecessor. Berenice
havia abandonado o seu marido, Polémon, e, desde então, vivia à custa de
seu irmão, sob os mais diversos rumores. Estavam visitando o palácio onde
sua parenta Drusila vivera com Félix, e onde o seu pai morrera comido por
|í-■
vermes
i §|~V
A tos 2 5:13: Passados alguns dias, o rei Agripa e Be- {
renice chegaram a Cesaréia, em visita de saudação a
Festo.
Estando no palácio real de Herodes, Paulo não podia deixar de testemunhar
tantos acontecim entos marcantes. Até então os romanos não faziam
diferença entre cristianismo e judaísmo. Somente a partir de Nero, e j
definitivamente (confirmado até os dias de Domiciano), é que o Cristianismo {'
começará a ser oficialmente perseguido, por volta de 65 d.C. Paulo foi
deixado por Félix porque este quis agradar os judeus depois de um confronto
entre gregos e judeus, quando os judeus tiveram as suas casas incendiadas.
A liberação de Paulo naqueles dias aumentaria a rixa entre as autoridades
romanas e os judeus; ainsatisfação dos judeus havia chegado a Roma e este
acontecimento custou a destituição de Félix (60 d.C.). Festo, no meio de suas
conversações com o rei Agripa II, acabou compartilhando o motivo da sua
grande preocupação: Paulo

A tos 25:14: Como se detiveram ali muitos dias, Festo


expôs ao rei o caso de Paulo, dizendo: “Há um certo
homem que foi deixado nas prisões por Félix, (At24:27j
Bible C hronos D i N elson

Festo põe o rei Agripa II em dia com os últimos acontecimentos Leitura Bíblica
P essoal
Atos 25:1 5 : a respeito do qual, estando eu em Jeru­
salém, os príncipes dos sacerdotes e os anciãos dos ju­ MÊS:. _ANO:__
deus compareceram diante de mim, pedindo sentença 01 02 03 04 05 06 07
contra ele; (At24:i;25:2) 08 09 10 11 12 13 14
Festo confirma a sua confiança na ética do direito penal romano 15 16 17 18 19 20 21
Atos 25 :1 6 : aos quais contestei, pois não é costume 22 23 24 25 26 27 28
29 30 31
dos romanos condenar a nenhum homem por favor,
antes que o acusado tenha diante de si a seus acusa­
dores, e tenha tido oportunidade de se defender da
acusação. (At25:4,5)
Asuspeita de Festo foi frustrada segundo o seu próprio testemunho

Atos 25:17: E, reunindo-se, pois, aqui, sem demora, f


sentei-me no tribunal no dia seguinte e mandei que DADOS ESPECIAIS

trouxessem o homem; (At2S:6, io>


Atos 25:1 8: contra quem, levantando-se os acusado­
res, não trouxeram acusação alguma dos delitos que
eu havia suspeitado;
Neste ponto, Agripa II se interessou. Herodes Agripa II fazia parte de uma
dinastia de reis que matou inocentes, degolou um profeta, matou um
apóstolo, injuriou a Cristo e agora detinha a Paulo. Ao ouvir falar que Paulo
estava associado a Jesus, seu interesse foi despertado

Atos 25:19: senão que tinham contra ele certas ques­


tões a respeito da sua própria religião, e concernente
a um tal Jesus, já morto, a quem Paulo afirmava estar
vivo. (At 18:15; 23:29)
Festo não sabia que um novo motim seria preparado pelos judeus

Atos 25:2 0 : E estando eu perplexo a respeito da in- j


vestigação de tais coisas, perguntei se não queria ir a
Jerusalém, e ser julgado ali sobre estas coisas. (At2s.-ç)
Do mesmo modo como nos dias do julgamento de Jesus Cristo, um rei
Herodes agora Agripa II estava curioso para conhecê-lo

Atos 25:2 1 : Mas, fazendo Paulo apelação para que


fosse reservado ao juízo do Imperador, mandei que
fosse guardado até que o enviasse a César”. (At25-.11 , 12,1
Paulo se tornou motivo de cortesia entre Festo e Agripa. Como aconteceu
NT

com Herodes, que estava curioso para conhecer a Jesus, o rei Agripa não
escondia a sua ansiedade por ouvir a Paulo

Atos 25:22: Então Agripa disse a Festo: “Eu bem qui­


sera ouvir esse hom em ”. Então, disse-lhe: “Amanhã 0
OUVirás” . (At9:15j
Não seria uma audiência, mas uma grande festa social em homenagem ao rei,
no salão nobre do palácio, na qual as autoridades civis, judiciais e militares
estariam presentes. Todos vestidos conforme a sua nobreza, especialmente

1601
/
BlBLE CHRONOS - N T EM ORDEM CRO

Berenice, em meio às outras divas, diante de um simples homem vestido Local do Estudo :
discretamente e atado às correntes em um dos soldados da coorte romana
de Cesaréia Tema:
Atos 25:23: No dia seguinte, pois, vieram Agripa e M inistrante:
Berenice, com muita ostentação, e entraram na audi­
ência com os chefes militares e varões de excelência CAP. INICIAL:
da cidade; então, por ordem de Festo, trouxeram a
Cap . final :
PaUlO. {At25:13;26:30';
Festo, justificando-se naquela noite de gala, onde os nobres estavam Discípulo :
reunidos diante de um simples e inocente prisioneiro, trata de mostrar
antecipadamente a sua sentença diante de todos, revelando a todos a razão
porque Paulo estava ali

Atos 25:24: Então, Festo disse: “Rei Agripa, e todos


varões que estais presentes conosco, vedes a este,
acerca de quem toda a multidão dos judeus dirigiu-se
a mim, tanto em Jerusalém como aqui, clamando que
não convinha que ele vivesse mais. iai22:22 -,25 :2,3,7)
Festo mostra que deu a sua sentença, mas não revela que a sua decisão foi
tomada depois que Paulo apelou para César

Atos 25:25: Eu, porém, achei que ele não havia


praticado nada digno de morte; mas, havendo ele
mesmo apelado ao Imperador, determinei enviar-lho.
f/\t23:9,29;20:31,32!
A anuência de Agripa II, em conjunto com Festo, será de grande ajuda na
redação da carta a ser enviada ao Imperador

Atos 25:26: A respeito do qual não tenho nenhuma


coisa certa a escrever a meu senhor. Por isso 0 tenho
apresentado diante de vós, maiormente diante de ti,
ó rei Agripa, para que, depois de feita a investigação,
tenha alguma coisa que escrever.
Até agora Paulo estava diante de seus magistrados, e depois de dois anos
ainda não havia nenhuma acusação contra ele. Ao ser enviado a César, Festo
certamente contaria na redação do parecer com a ajuda de Agripa II

Atos 25:27: Porque não me parece razoável enviar um


preso, sem notificar as acusações que há contra ele”.
• Texto cronológico central:
• 0404 - A DEFESA DE PAULO EM CESARÉIA: DlANTE
de Agripa, At 26:1-32; Rm 15:28,29:
Paulo perante Agripa. Na sala oval do palácio de Herodes, onde grandes
acontecimentos da História se desenrolaram, Paulo era o pregoeiro da
justiça. Sentados diante dele, os representantes de Roma (At 9:15). O
ambiente era requintado, onde os servos serviam o melhor que havia da
culinária e, depois de alguma música, entrou o prisioneiro, a estrela da
festa. Agripa levantou a mão e a música cessou, e o rei autorizou Paulo a
iniciar a sua defesa. Paulo, vestido conforme a ocasião, segundo o conselho
KB8
Bible C hronos D i N elson

dos serviçais da prisão, levantou as mãos e as correntes fizeram o seu Leitura Bíblica
barulho peculiar. Ele se ajeitou, adaptou-se a elas arrastando-as com os pés; P essoal
osoldadoorase aproximava, ora se distanciava, e ele começou a falar diante
dos olhos curiosos da platéia
MÊS: ANO:_
Atos 26:1 : E Agripa disse a Paulo: “Tens permissão 01 02 03 04 05 06 07
para falar em tua defesa”. Então Paulo, estendendo a 08 09 10 11 12 13 14
mão, começou a sua defesa: (At9:is;25:221 15 16 17 18 192021
Ele olhou para as correntes, depois de levantar as mãos, e fez-se silêncio. 22 23 24 25 26 27 28
A primeira palavra: “Considero-me feliz”. Ele haveria de terminar o seu 29 30 31
sermão usando as correntes como sinal de bom humor, apesar de tudo

Atos 26:2: “Considero-me feliz, ó rei Agripa, que


diante de ti possa fazer hoje a minha defesa a respeito
de todas as coisas de que sou acusado pelos judeus;
Paulo, naqueles dias, sabia que Lucas já tinha concluído o seu evangelho
e sonhava concluir o livro de Atos. Paulo deixa claro aos ouvintes quem é
Agripa. Revela a todos que ele não ignorava as palavras que iria falar. Quem DADOS ESPECIAIS
ouve a Palavra de Deus pela primeira vez, precisa de paciência, mas quem já
aexperimentou, não necessita de paciência, necessita de mais tempo

Atos 26:3: maiormente, porquanto és versado em


todos os costumes e questões que há entre os ju­
deus; pelo que te rogo que me ouças com paciência.
(At 6:14; 25:19; 26:7}
Paulo relata quem é; revela detalhes de sua vida pessoal desde a sua
mocidade, apelando para quem quiser investigar a verdade, sobre a qual
ele testemunha entre o seu povo em Jerusalém, onde tinha vários parentes
e onde foi criado. Em outro testemunho, ele disse: “eu sou judeu, nascido
em Tarso da Cilícia, mas criado nesta cidade. Então, instruído aos pés de
Gamaliel, conforme a precisão da Lei de nossos pais, sendo zeloso para com
Deus, assim como o sois todos vós no dia de hoje” (At 22:3)

Atos 26:4: A minha vida, em verdade, desde a juven­


tude, como desde o princípio observei entre a minha
nação, e emjerusalém, todos os judeus a conhecem,
(G11:13,14;Fp 3:5)
Roga que procurem conhecer se de fato viveu como fariseu, dizendo de si
mesmo que uns são, e outros vivem como tal, até que conheçam a Verdade.
Diz que conhece a respeito daquilo que versa, e que não é um curioso sem
fundamento

Atos 26:5: os quais têm conhecimento desde o prin­


cípio, se quiserem dar testemunho, que segundo a
mais severa seita da nossa religião, eu vivi fariseu.
(At23:6; 22:3; Fp3:5)
z
Paulo revela por que está sendo julgado: por causa da promessa messiânica
feita a seus pais, coisa que Agripa conhecia; pois viveu ali, antes de ser
enviado à corte romana para ser educado segundo a realeza
H
Atos 26:6: E agora me apresento para ser julgado
por causa da esperança da promessa dada por Deus a
nOSSOS paiS: (At23:6; 13:32;Rm 15:8; Tt2:13)

: • 1603
■ H
BffiLE CHRONOS - N T EM ORDEM CRONOLÓGICA

A promessa é também a mesma esperança das doze tribos de Israel, não


somente um privilégio dos judeus. Se eles m esmos tentam impedir esse
privilégio aos seus irmãos já dispersos pelo mundo, quanto mais não ofariam
contra os gentios, a fim de que também não alcançassem a graça de Deus

Atos 26:7: a qual as nossas doze tribos, servindo fer­ M inistrante:


vorosamente a Deus, dia e noite, esperam alcançar;
Cap . ÍNiCIAL:
é quanto a esta esperança, ó rei, que eu sou acusado
pelos judeus, pg i-.i; 1 ts3.-io; i ms-.sj Cap . fjnal:
Que promessa? Que esperança é essa? A ressurreição dos mortos. E isto
mexia com Festo, pois, como amigo dos saduceus, era aristocrata. Não cria D iscípulo :
nem em anjo nem em ressurreição. Ele estava inquieto, movia-se, bebia, j
e queria dar um grito. Paulo olhou para ele, e Agripa baixou o olhar. Então,
Paulo perguntou:
Atos 26:8: Por que se estima como algo incrível entre
vós que Deus ressuscite os mortos?
Paulo demonstrou que não valia a pena levantar-se contra Jesus. Ele disse
que assim como ele, outrora, eles também poderíam converter-se a Cristo.
Paulo aprendera muito das duras lições de sua pregação em Atenas. Ele
estava tendo a oportunidade de provar que o pregador pode melhorar sua
mensagem
Atos 26:9: Eu, verdadeiramente, pensava comigo
mesmo que devia fazer muitas coisas contrárias ao
nome de Jesus, o Nazareno; /jo 16.-2,-1 m i:\3-jo is:2 i)
Ele se lembrou daqueles dias vergonhosos, como algo necessário, pois eles
estavam vivendo no mesmo estágio, e desse ponto poderíam ser redimidos.
Ele também justificou a prisão de muitos sacerdotes que com ele também
estavam presos no mesmo lugar. Fato que levou Josefo a seguir para Roma,
a fim de absolvê-los. Muitos daqueles sacerdotes estavam presos e não
sabiam o motivo. Paulo sabia. Paulo revela como se pode perder um voto, e
lembra-se de Estêvão novamente. Atos 22:4,5: “E persegui este Caminho j
até a morte. Então, algemando e metendo em prisões tanto a homens como
a mulheres, do que também o sumo sacerdote me é testemunha, e assim j
todo o conselho dos anciãos; e, tendo recebido destes cartas para os irmãos, j
seguia para Damasco, com o fim de trazer algemados a Jerusalém aqueles
que ali estivessem, para que fossem castigados”

Atos 26:10: o que eu também fiz em Jerusalém, en- j


cerrando a muitos dos santos nos cárceres, depois de j
ter recebido autorização da parte dos príncipes dos sa- j
cerdotes; e, quando era para arrebatá-los, eu também
dava o meu voto contra eles; (At8:3;a ui3;AtQ:i4,2p
Paulo estava contrito em meio a todas as circunstâncias. Não se entregava a
elas. Ocupava-se de todas as formas para servir a Deus, a fim de compensar,
pela pregação do Evangelho, o seu erro. Em outro lugar, ele testemunhou
que muitos como ele estão no erro, pensando que estão fazendo um serviço
a Deus. Ele diz que a essas pessoas, Deus lhes dará um meio de escape, afim
de que conheçam a verdade mediante a sinceridade no coração deles

Atos 26:11 : e por todas as sinagogas, muitas vezes,


castigando-lhes, obrigava-os a blasfemar; e, sobrema­
neira enfurecido contra eles, perseguia-os até nas ci­
dades vizinhas.
Bible C hronos D i N elson

Paulo declara, indiretamente, aos seus ouvintes aquilo que somente os Leitura Bíblica
governadores sabiam a respeito dos sacerdotes. Pois, como a discussão P essoal
entre o governador, o rei e os sacerdotes tinha como motivo principal o
abastado tesouro do templo, as palavras de Paulo colocavam mais e mais
M Ê S :______ ANO:___
combustível naquela luta que acabaria finalmente com a vinda do general
Tito 01 02 03 04 05 06 07
Atos 26:12: Na mesma comissão, indo a Damasco, 08 09 10 11 12 13 14
após receber procuração dos príncipes dos sacerdotes, 15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
iAt 9:3;22:6j
29 30 31
Paulo também viu o Cristo transfigurado que Pedro, Tiago e João viram.
Em Atos 9:3, ele não revela o momento. Aqui, ele revela o momento da
revelação de Cristo. Atos 9:3: “Mas, seguindo ele viagem e aproximando-
se de Damasco, subitamente o cercou um resplendorde luz do céu”. Aqui
ele acrescenta que aqueles que estavam viajando com ele foram cercados
pelo esplendor. Observe o que ele disse em Atos 22:6: “Aconteceu, porém,
que, quando caminhava e ia chegando perto de Damasco, pelo meio-dia, de
repente, do céu brilhou ao meu redor uma grande luz”. Esta luz excedia o
resplendor do sol. Atos 22:9: “E os que estavam comigo viram, em verdade,
a luz, mas não entenderam a voz daquele que falava comigo”

Atos 26:13: ao meio-dia, pelo caminho, ó rei, eu vi


uma luz do céu, mais resplandecente do que o sol,
brilhando ao redor de mim e dos que iam caminhando
comigo.
Qualquer homem chamado desde o ventre de sua mãe cai diante da luz da
sua Salvação; qualquer homem chamado ouve a voz que o chama pelo seu
nome, revelando o seu ato rebelde, contrário ao seu propósito (At 9:4b).
Triste momento aquele em que se deu conta de que havia pedido cartas para
perseguir a Cristo! Ele teve de aprenderbem cedo que aquele que persegue
a Igreja de Deus está perseguindo a Cristo. Atos 9:4: “Então, caindo por
terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?”. O
acréscimo. Aqui, Deus o estava tratando como a um cavalo
Atos 26:14: E, como todos caíram por terra, ouvi
uma voz dizendo-me em língua hebraica: Saulo, Sau­
lo, por que me persegues? Duro é para ti recalcitrar
contra os aguilhões. ím 9:7;2 í m
Atos 9:4: “Então, caindo porterra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo,
porque me persegues?”. Em Atos 22:7, temos: “Caí por terra e ouvi uma voz
que me dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?”. Quando o homem se
coloca na posição de ataque às coisas de Deus, Ele começa a tratá-lo como a
um cavalo (At 9:5). Ele soube bem cedo que somente o Senhor tinha poder
para lançá-lo ao chão, e que Cristo é a cabeça da Igreja, embora o seu corpo
estivesse ainda, em parte, na terra. Em Atos 9:5: “Ele perguntou: Quem
és tu, Senhor? Respondeu o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues”.
Lucas, em Atos22:8, acrescenta: “O Nazareno”. Atos22:10: “Então disse
NT

eu: Senhor que farei? E o Senhor me disse: Levanta-te, e vai a Damasco,


onde se te dirá tudo o que te é ordenado fazer”. Atos 9:8: “Saulo levantou-
se da terra e, abrindo os olhos, não via coisa alguma; e, guiando-o pela mão,
conduziram-no a Damasco”
Atos 26:15: Então eu disse: Quem és, Senhor? E o Se­
nhor respondeu: Eu sou Jesus, a quem tu persegues;
Acréscimo com promessa. Aqui Lucas registra palavras que não foram
escritas nos outros textos (At22:9-1 lj.Pauloevitaumasériede informações j
que poderíam complicar a sua situação. Atos 9:12-14: “E viu em visão
BlBLE CHRONOS - N T EM ORDEM CRONOLÓGICA

um homem chamado Ananias entrar e (1) impor-lhe as mãos, para que Local do Estudo :
recuperasse avista. Respondeu Ananias: Senhor, a muitos ouvi acerca desse
homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém; e aqui tem Tema :
poder dos principais sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu
N om e”
M inistrante:
A tos 26:16: mas, levanta-te e põe-te em pé, porque
para isto te apareci, para te constituir ministro e tes­ Cap . inicial :
temunha, tanto das coisas em que me tens visto, bem
CAP. FINAL:
como das coisas nas quais te aparecerei; (M22:i5;Ez2:i;
Dn 10:111 D iscípulo :
Atos 9:15: “Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é paramim um vaso
escolhido, para levar o meu Nome perante os gentios, e os reis, e os filhos de
Israel; pois eu lhe mostrarei quanto lhe cumpre padecer pelo meu N om e”, i
Aqui, novamente, Paulo evita revelar as palavras de Deus a respeito de sua j
escolha por Deus como sendo vaso de honra

má:
Atos 26:17: livrando-te do povo e dos gentios, aos
quais eu te envio, uri:8,Q;At22:2 1 /
Os benefícios do Evangelho completo: (1) olhos abertos; (2) conversão à luz;
(3) libertação do poder de Satanás ao poder de Deus; (4) recebimento de
remissão de pecados; (5) santificação pormeio de Cristo para recebimento
de herança - mais uma referência clara a respeito da obra de santificação, j
cujo depósito foi o sangue de Jesus; (6) pela fé, mediante a pessoa do
pregador. Jamais Herodes, o tetrarca, que foi rei sobre a Galiléia nos dias
de João e dejesus, também chamado Herodes Antipas, sequersonhou que j
uma de suas sem entes daria uma festa no seu palácio somente para ouvir
um prisioneiro falar do amor dejesus. O doutor Menaém, já velho, algum
dia deve ter lhe falado sobre este Jesus, pois havia sido criado com o tetrarca,
mas agora fazia parte do povo de Deus e servia, na ausência de Paulo, em
Antioquia (At 13:1)

Atos 26:18: para lhes abrires os olhos, a fim de que


se convertam das trevas para a luz, e da potestade de j
Satanás para Deus; para que recebam remissão de
pecados, e herança entre aqueles que são santificados j
mediante a fé em mim. (1Pe2:9;Lc 1:77;/s 35:5;42:7;E/5:8;Cl 1:13; j
Lc24:47;A t 2:38;20:32)
Uma palavra indireta a Herodes. Se o doutor e profeta Menaém estivesse ali,
ficaria orgulhoso de Paulo (At 13:1). Ele queria dizer que assim como Jesus
se revelou para ele, agora estava se revelando porm eiode Paulo para todos,
especialmente para ele. Mas apelava para que não fosse desobediente à
visão da salvação

Atos 26:19: Pelo que, ó rei Agripa, não fui desobe­


diente à visão celestial,
Ele cumpriu a ordem dejesus registrada em Lucas 24:46-49: “E disse-lhes:
Assim está escrito, e assim era necessário que o Cristo padecesse, e que j
ressuscitasse, ao terceiro dia, dentre os mortos; e que em seu Nome fosse
pregado a todas as nações o arrependimento e a remissão dos pecados,
começando por Jerusalém. E vós sois testemunhas destas coisas. E eis que
eu envio sobre vós a promessa de meu Pai; mas, permanecei na cidade de
Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder que vem do alto”. Não
é coerente dizer que Cristo é o Senhor se não praticamos obras dignas de
arrependimento. Hoje, são muitos que se fazem cristãos e, com vergonha

1606
Bible C hronos D i N elson

de declarar o nome Evangelho, se dizem “gospels”, porque entre ser fiel Leitura Bíblica
à doutrina de Cristo e ser “gospel” há muita diferença. Agripa queria um P essoal
evangelho mais “light”
MÊS:_______ A no :___
Atos 26:20: mas, antes, anunciei primeiramente
aos de Damasco, e depois em Jerusalém, e por toda a 01 02 03 04 05 06 07
terra da Judéia, e depois também aos gentios, que se 08 09 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
arrependessem e se convertessem a Deus, praticando ! 22 23 24 25 26 27 28
obras dignas de arrependimento. (Atq: iq -2q; 22: 17 -20; i3.-4ó; 29 30 31
9:15; 3:10; Ml 3:8; l.c3:8j
A reação do rei Herodes diferiu da reação dos outros judeus e judaizantes.
Estes o queriam morto. Paulo não estava falando a Festo, mas a Herodes, i
que sabia qual era a diferença entre a doutrina de Cristo e a doutrina dos
judeus. Não fosse a apelação de Paulo, estaria livre naquela noite. Paulo, no
decurso de seu processo, apelou a César, e isto tirava o poder de qualquer
outro tribunal condená-lo ou absolvê-lo

Atos 26:21: Por causa disto, os judeus me prenderam


no Templo e procuravam matar-me. /At 2 12 0 ,31 )
Paulo fala de sua perseverança e de seu testemunho diante de todas as
classes sociais, nada declarando além daquilo que os profetas já haviam
anunciado, e Herodes Agripa II conhecia muito bem do que Paulo estava
falando

Atos 26:22: Tendo, pois, recebido ajuda que vem


de Deus, permaneço firme até ao dia de hoje, tes­
tificando tanto a pequenos como também a gran­
des, sem dizer coisa alguma fora das coisas que os j
Profetas e Moisés disseram que havia de acontecer;
(Al28:23; Lc24:27,44; 24:14j
Paulo também proclama, por meio dos profetas, a doutrina da ressurreição.
Isto mexia com Festo, amigo dos saduceus aristocratas. Paulo disse que a luz j
revelada em Cristo deveria alcançar não somente os judeus, mas também
os gentios. Isto queria dizer que ambos os povos estavam nas trevas: uns na
tradição da Lei cumprida em Cristo e outros na mitologia do paganismo

Atos 26:23: isto é, que o Messias ( “Cristo "Jhavia de


padecer, e ele seria o primeiro que, depois da ressur­
reição dos mortos, havia de anunciar a luz ao povo
e também aos gentios”. (Lc24 -20 ; ai.-i8;M t2ó:24; 1 co 1520 ,- j
An 1:5; Lc 2:321
As palavras de Paulo a Agripa atingiam a Festo. Este cria mesmo que as
letras podiam fazer os homens delirarem. A esta altura, o vinho mexia com
0 temperamento prudente de Festo, tomando-o mais extrovertido, a ponto
de fazê-lo gritar no salão de festas do palácio

Atos 26:24: E, alegando deste modo em sua defesa,


Festo disse em alta voz: “Estás louco, Paulo; as muitas j
letras te fazem delirar”. (2 Rsq:ii;jo1020 ; 1 co 12 3 ,1
Em outras palavras: “Eu não estou bebendo nada”. Naturalmente, Paulo
observava os servos do palácio servindo, de quando em quando, vinho para
seus senhores

1607
BlBLE CHRONOS - N T EM ORDEM CRONOLÓGICA

Atos 26:25: Mas Paulo disse: “Não deliro, ó excelen­ Local do Estudo :
tíssimo Festo, antes apregoo palavras de verdade e em Tema:
perfeito juízo. IAt23:2Ó;24:3j
Herodes estava envolvido com a sabedoria das palavras de Paulo. Este M inistrante:
exaltava a liberdade que lhe concedia e o conhecimento que o rei tinha do
assunto
Cap . inicial :
Atos 26:26: Porque o rei, diante de quem falo com
liberdade, bem sabe estas coisas. Estou persuadido de Cap . final :

que nada disso ignora; porque estas coisas não aconte­ Discípulo :
ceram em qualquer rincão.
Ao perguntar se Herodes cria, ele mesmo responde que sim. Esta é a
condição de muitos: (1) crêem; (2) e o “quase”. Como judeu, Agripa não
poderia responder publicamente que não, mas no seu coração, o judaísmo
era algo secundário para ele. O seu silêncio revelou que sim. Mas Paulo o
ajudou. O caminho alternativo que vai do ouvido ao coração é longo quando
o coração bloqueia a via principal B§ vá
DADOS ESPECIAIS
Atos 26:27: Crês tu nos Profetas, ó rei Agripa? Eu sei
que crês”.
Herodes sabia a diferença que os romanos ainda não sabiam, até que a
mulher de César se converteu. Herodes sabia em que consistia a doutrina
h
dos judeus e a doutrina de Cristo. As grandes conseqüências que advêm da
fé exigem preparo físico e espiritual; aqueles nobres e gordos aristocratas
som ente sabiam aplaudir os gladiadores, porque admiravam a sua
persistência. Baseado em eventos como este, Paulo escreveu aos Romanos
(cap. 7): “As coisas que quero fazer, estas não as faço”. Ele falava da luta
contínua que há em nós, entre a carne e o espírito, para não fazer o que
queremos”

Atos 26:28: Disse Agripa a Paulo: “Um pouco mais,


e me persuadirias a fazer-me cristão”.
Paulo profetiza e declara que seja por pouco ou por muito, aquilo que se
pregar a respeito da verdade do Evangelho tem poder para transformar
todos os seus ouvintes. Pois ele não era o único privilegiado: mas todos. Ele
rogava que todos pudessem converter-se como ele. Menos as correntes,
pois elas só estavam nos braços de Paulo e no coração dos aristocratas ali
presentes, e elas não fazem parte do Evangelho

Atos 26:29: E Paulo disse: “Por um pouco ou por mui­


to, rogaria a Deus que, não somente tu, mas também
todos quantos hoje me ouvem, se tornassem tal qual
eu também sou - salvo estas cadeias”.
O grande pregador triunfou. Atenas foi apenas uma fase. Roma o esperava. O
Evangelho havia chegado ao topo do Império e já fazia os nobres meditarem.
Paulo iria dormir e descansar, mas eles passariam uma noite pensando
Atos 26:30: E levantou-se o rei, e o governador, e Be­
renice, e os que com eles estavam sentados; iAt25:33j
Então, eles começaram a confidenciar entre si, assim como Pilatos em
relação a Cristo. Mais uma declaração de inocência. As declarações de
inocência o faziam mais digno do altar

Atos 26:31 : e, ao se retirarem, falavam uns com os


outros, dizendo: “Este homem não fez nada que m e­
reça a morte ou a prisão”.
1608
Bible C hronos D i N elson

Mais uma vez, esclarecemos que o acusado, no transcurso de seu processo, Leitura Bíblica
poderia apelar a César, sendo um cidadão romano, o que tornava qualquer P essoal
outro tribunal incapaz de absolvê-lo ou condená-lo

Atos 26:32: Então Agripa disse a Festo: “Podia-se dar MÊS:__ — A no :


a este homem a liberdade, se não houvesse apelado 01 02 03 04 05 06 07
para César”. iAt25.-n,-28:/8; 08 09 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
• T exto c o m plem en ta r e c o m pa r a tiv o : 22 23 24 25 26 27 28
• P aulo é levado a Ro m a : A s tribulações da 29 30 31
VIAGEM, Rm 1 5 :2 8 ,2 9 :
• A ESPERANÇA DE PAULO EM ROMANOS
1 5 :2 8 ,2 9 SE CUMPRIRÍA:
Oitavo segredo do apostolado: há missões inadiáveis que envolvem
a vida humana do missionário. Aquela era uma grande missão na
qual Paulo estava envolvido: levar os bens materiais aos irmãos
necessitados de Jerusalém
Romanos 15:28: Assim que, quando tiver cumprido
esta missão e houver-lhes consignado este fruto, irei à
Espanha, passando por vós.
Paulo esperava que os irmãos cuidassem de todas as coisas
relacionadas à sua estadia ali. Ele merecia. A plenitude da bênção
é quando chegamos fartos das virtudes de Deus e satisfeitos
materialmente. O Evangelho de Cristo não nos apresenta apenas
angústias e tribulações. Por um ciclo de tempo assim o é, mas
também chegam os tempos das vacas gordas. Que bom é quando
sabemos reconhecer este tempo, embora não nos ocupemos
somente em desfrutá-lo, pois, muitas vezes, nos esquecemos
até de lutar por este fim; mas quando nos ocupamos das coisas
de Deus, Deus se ocupa das nossas. Jesus viveu a plenitude das
bênçãos no seu ministério. Paulo esperava fazer aquela viagem
nesta condição. Os irmãos gentios sabiam reconhecer o trabalho
e o ministério de seu apóstolo. Sobre a sua viagem à Espanha,
devemos lembrar que, entre os anos 1 e 5 d.C., Paulo nasceu,
sob o governo do imperador Augusto. Entre os anos 33 e 34 d.C.,
ocorreu o martírio de Estêvão e a conversão de Paulo, já no governo
de Tibério. Nos anos 34 a 36 d.C., Paulo esteve na Arábia, nos dias
do imperador Calígula. Entre os anos 36 e 37 d.C., aconteceu a
primeira viagem a Jerusalém. Entre os anos 37 e 42 d.C., esteve
em Tarso. Em 42 d.C., Paulo chegou à Antioquia. Em 44 d.C., no
ano da grande fome, Paulo viajou a Jerusalém para trazer ajuda
aos irmãos. Nos anos 45 a 48 d.C., ele fez a sua primeira viagem
missionária. Entre 48 e 49 d.C., houve o Concilio dos Apóstolos
em Jerusalém. A seguir, aconteceu um conflito entre Pedroe Paulo
em Antioquia, já no governo de Cláudio. Entre os anos 49 e 52
d.C., Paulo fez a sua segunda viagem missionária. Entre 49 e 50
d.C., ele permaneceu em Filipos. Entre 50 e 51 d.C., Paulo esteve
em Tessalônica e Beréia. Entre 51 e 52 d.C., ele esteve em Atenas
e Corinto, onde escreveu as duas epístolas aos tessalonicenses.
Em 53 a 58 d.C., empreendeu a sua terceira viagem missionária.
Esteve em Éfeso entre 54 e 57 d.C. Entre 54 e 55 d.C., escreveu a
epístola aos gálatas. Em 56 d.C., produziu a primeira epístola aos
coríntios. Em 57 d.C., teve que fugir de Éfeso, onde havia escrito a
segunda epístola aos coríntios, quando fezsua viagem à Ilíria. Entre
57 e 58, passou o inverno em Corinto, onde escreveu a epístola
aos romanos. Em 58 d.C., regressa, fazendo a sua última viagem

1609
BlBLE CHRONOS - NT EM ORDEM CRONOLÓGICA

aJerusalém. Já sob o governo de Nero, fica, nos anos 58 a 60 d.C., Local do Estudo :
preso em Cesaréia. Entre 60 e 61 d.C., faz a sua quarta viagem
missionária para Roma. Passou os anos 61 a 63 d.C. em Roma. Ali, Tema:
escreveu as famosas epístolas da prisão. Foi liberto e, nos anos 63
a 66 d.C., fez duas viagens missionárias pelo Oriente. A quinta
M inistrante:
viagem: (1) Paulo declarou a Timóteo que gostaria de estar em
Éfeso novamente (1 Tm 4:13), na região onde Timóteo estava. Dali,
passou porCreta, Mileto, Colossos, Filipos e Corinto. De Corinto, C ap . inicial :
Paulo convocou Tito para encontrar-se com ele em Nicópolis (hoje
Bulgária - Trácia e Macedônia, Tt 3:1), provavelmente depois de C ap. final:
uma rápida viagem à Espanha. Na sexta viagem missionária (2 Tm
4:20), ele foi dali para Trôade (2 Tm 4:13), depois a Corinto (2 Tm Discípulo :
4:20). Em Corinto, Paulo foi preso, pois uma parte daquele grupo
de judeus que o ouviu em Roma (At 28:29) o denunciou. Em 66-
67 d.C., Paulo regressou da sua última viagem, tendo passado o
inverno em Nicópolis. Em 67 d.C., foi preso em Corinto e levado
para o seu segundo cativeiro em Roma, onde terminou a segunda
epístola a Timóteo, depois do primeiro “amém” (2 Tm 4:18),
quando foi martirizado
DADOS ESPECIAIS
Romanos 15:29: E sei que, quando eu for ter con-
vosco, irei na plenitude da bênção do Evangelho de
Cristo.

A Quarta V iagem Entre 60 e 6 1 d.C., faz asua


QUARTA VIAGEMMISSIONÁRIA
M issionária: para Roma. Passou os anos
6 1 a 6 3 d.C. f.m R oma .
A li, escreveu a s famosas
• T ex to CRONOLÓGICO CENTRAL: EPÍSTOLAS DA PRISÃO. FOI
LIBERTO E, NOS ANOS 63 A
• 0 4 0 5 - A QUARTA VIAGEM MISSIONÁRIA: SOB
66 D.C., FEZ DUAS VIAGENS
OS CUIDADOS E GASTOS DO IMPERADOR, PAULO MISSIONÁRIASPELOORIENTE.
FAZ A SUA VIAGEM MISSIONÁRIA MAIS CHEIA DE A QUINTA VIAGEM: (1) PAULO
DECLAROU A TIMÓTEO QUE
AVENTURA, EM QUE FOI ENVIADO A UMA ILHA GOSTARIADEESTAREMÉFESO
c h a m a d a M a l t a , o n d e e v a n g e l iz o u 276 NOVAMENTE (1 TM 4:13),
NA REGIÃO ONDE TIMÓTEO
PESSOAS COM UM PODEROSO TESTEMUNHO,
estava . Dali, passou por
At 27:1-26: Creta, M ileto, Colossos,
A unidade gerada nesta viagem entre os soldados, prisioneiros e tripulação F il ip o s e C o r in t o .
foi tão grande que, já a caminho de Roma, depois de terem permanecido três D f. C o r in t o , Pa u lo
meses em Malta, onde o Senhor fez grandes obras por meio de Paulo e seus c o n v o c o u Tit o para
companheiros, eles ainda ficaram sete dias na cidade de Régio (At 28:14). ENCONTRAR-SE COM ELE EM
O embarque até Roma: O inverno ameaçava e os prisioneiros perguntavam N icópolis (hoje B ulgária
onde iriam invernar, pois o caminho era longo. Sob o medo da viagem sem - Trácia e M acedônia ,
bússola, quando as nuvens cobriam o céu pelas noites, quando os tufões TT 3 :1) , PROVAVELMENTE
eram esperados, os presos, pouco a pouco, foram transferidos para o navio DEPOIS DE UMA RÁPIDA
mercante que, ancorado ali, preparava-se para partir para Andramento, viagem À Espanha.
Mísia, região da ÁsiaMenor, lugar bem conhecido de Paulo. Todos a bordo
comentavam sobre a possibilidade de encontrar outro navio que fosse direto
para a Itália

A tos 27:1: E, como se decidiu que navegássemos


para a Itália, entregaram sob custódia a Paulo e al­
guns outros prisioneiros a um centurião cujo nome
era Júlio, da coorte augusta ( “exército im perial”).
(At25:12,25; 10:1/

1610
Bible C hronos D i N elson

0 cais foi tomado naquela tarde de setembro de 60 d.C. pela polícia imperial, Leitura Bíblica
com suas lanças, elmos e escudos ao redor de dezenas de prisioneiros P essoal
políticos, divididos entre rebeldes, líderes de bandos, e bandidos que eram
esperados em Roma para digladiarem com a morte que vivia na boca feroz
M É S:_ ANO:_
dos animais do grande Coliseu. Entre eles, Paulo de Tarso, que, por sua
suposta liberdade, era atado com uma branda cinta de couro que, ligada a 01 02 03 04 05 06 07
uma corrente, facilitava os seus movimentos. Pois, na última hora, antes de
saírem para o cais, faltou corrente, então o ataram no seu próprio cinto. Paulo 08 09 10 11 12 13 14
se lembrou da profecia de Ágabo. Ali estava o grande Aristarco, companheiro 15 16 17 18 192021
de Paulo, um dos motivos da grande acusação dos judeus em Jerusalém, 22 23 24 25 26 27 28
razão pela qual Paulo foi preso e levado para Cesaréia, e Lucas, o médico. 29 30 31
No início da viagem, Paulo observou o grande e belo palácio de mármore de i
Herodes, onde havia estado preso portantos dias, desaparecendo diante de
seus olhos no horizonte. Ali, napequena Cesaréia, nascería futuramente um
novo centro administrativo da igreja na Palestina

Atos 27:2: E, embarcando em um navio de Adramí-


tio, que estava prestes a navegar por diferentes lugares
costeiros da Ásia, zarpamos, estando acompanhados DADOS ESPECIAIS
por Aristarco, que era m acedônio de Tessalônica.
(At 19:29; 16:9; 17:1)
Depois de um dia de viagem, quando os prisioneiros contavam vantagens de
sua vida e previam uns aos outros o fim de cada um na arena do Coliseu, Paulo
lembrava-se do que havia proposto para si mesmo na sua grande batalha
missionária (F13:14). Paulo não estava bem. De repente, algum sintoma o i feSv-
perturbou. Como tinha conhecidos ali, Lucas interveio em favor de Paulo e
Júlio concedeu que ele fosse levado à casa de algum irmão que cuidasse dele.
Júlio tinha a mesma nobreza dos melhores centuriões, tais como Cornélio

Atos 27:3: No dia seguinte chegamos ao porto de


Sido; e Júlio, tratando a Paulo bondosamente, permi- j
tiu-lhe ir ver a seus amigos e receber a atenção deles. |
■:At24:23; 28:10}
Diante da tripulação e dos prisioneiros, Paulo recebeu os irmãos para a
grande despedida. Os ventos davam os primeiros sinais da grande batalha
que travariam contra aquele barco. Seria uma luta desigual se o homem da
armadura de Deus não estivesse ali a bordo. Seria uma luta desigual se ali,
em lugar de Paulo, estivesse um Jonas. Seria uma luta desigual se em lugar ife r
de amor pelas almas houvesse o preconceito racial de quem se julgava povo
exclusivo de Deus. Naverdade, os ventos não esperavam encontrar um forte !# t?
lutador treinado no combate contra hostes, dominadores, principados e
potestades celestiais. Alguns ventos são contrários, porque são levantados
por Satanás e precisam ser repreendidos; outros são ventos contrários para
provar a nossa fé e dar direção correta; estes não são repreendidos, pois
n
servem apenas como provação de nossa fé. Alguns ventos são contrários i
para levar de volta ao campo missionário os enviados de Deus, como Jonas,
que navegam diametralmente opostos ao chamado de Deus e aumentarão se
NT

os tais não abandonarem a embarcação. Alguns ventos contrários apenas se


levantam para tirar o sossego de quem descansa no Senhor, como Cristo no
lago de Genesaré, e precisam ser repreendidos. Ventos contrários existem
para provar o nosso discernimento espiritual. Ventos contrários, quando
não compreendidos, tornam-se em tempestades (Jn 1:11 -13). Esta primeira j
parte da viagem durou quinze dias

Atos 27:4: E, navegando dali, fomos a sotavento j


[“afavor do ven to ”) à costa de Chipre, por causa dos
ventos contrários. (At27:4)
- '- . 1611
Bible C hronos - NT EM ordem cronológica

Mirra foi o lugar onde a palavra do profeta não foi ouvida. Aos olhos de Paulo, Local do Est u d o :
uma viagem para Roma, mas para Deus era a quarta viagem missionária! E
esta era a principal. Quando Paulo começou a sua quarta viagem missionária, Tem a :
a Igreja gozava de uma preciosa paz e crescimento pelo mundo inteiro.
Àquelas cidades, o apóstolo e discípulos foram enviados, mas agora, almas M inistrante:
viajavam com ele e precisavam de libertação literal. O navio conseguiu
ladear Chipre observando as correntes marítimas e aproveitando os ventos
até chegara Mirra, o grande porto para onde os egípcios enviavam o seu trigo CAP. INICIAL:
para comercializá-lo
CAP. FINAL:
Atos 27:5: E, tendo atravessado os mares da Cilícia e
Panfília, chegamos a Mirra, na Lísia. (acó.-q; D isc ípu lo :
Eles jamais pensaram que aquela seria a última viagem daquele navio
que se abastecia de toneladas de trigo em Mirra, porto onde os egípcios
comercializavam o seu trigo. Júlio, centurião das forças da polícia imperial,
assumiu o comando de tudo. Estavam no fim do outono, e o frio começava
a dar seus fortes sinais. Paulo, Timóteo, Aristarco e Lucas estavam
apreensíveis. Sentindo que aúltima viagem daquele navio apenas começava,
por horas ele se lembrava da sua primeira aventura acompanhado pelo
grande Barnabé. O centurião da polícia imperial pôde embarcar os seus
prisioneiros e soldados, totalizando o número de passageiros em 276
pessoas. Alexandria era uma das cidades comerciais mais importantes do
mundo, sendo fundada em 331 a.C., por Alexandre, o Grande. Foi também
capital do Egito durante mil anos, até sua conquista pelos mulçumanos. Era
conhecida como uma das sete maravilhas do mundo antigo: pelo Farol de
Alexandria, e também pela maior biblioteca do mundo antigo
Atos 27:6: Ali, o centurião achou um navio de Ale­
xandria que navegava para a Itália e nos embarcou í
nele. (Atn;27:ij
Vento e frio eram dois chicotes que os impediam de navegar livremente.
Os ventos estavam trabalhando para honrar a Paulo naqueia embarcação.
Naquele tempo, não havia bússola, e o sol, a lua e as estrelas deviam ser
observados. Os ventos alcançaram os primeiros resultados: fazê-los navegar
vagarosamente por muitos dias. Júlio não esperava que aquela seria uma
viagem tão longa, mas ali havia um prisioneiro especial, de quem Deus
mesmo cuidava pessoalmente. A vontade de Deus estava atuante sobre
aquele barco: não podiam ir mais longe. Embora os chineses tivessem tido
algumas experiências com o magnetismo da terra, a bússola ainda não era
usada como instrumento de navegação. A tripulação necessitava ver, a céu
aberto, as estrelas. Três semanas depois de terem saído de Cesaréia, eles
apenas tinham avançado até Cnido. Deus estava atrasando a viagem para
tornar Paulo o grande herói da tripulação, dos prisioneiros e do comandante,
a fim de que fosse tratado com honra em Roma. A ilha de Creta é como uma
muralha contra os grandes ventos
Atos 27:7: E, navegando lentamente por muitos dias,
chegamos com dificuldade defronte de Cnido, não !
nos permitindo o vento ir mais adiante, de Creta na­
vegamos a sotavento ( “afavor do vento ) à altura de
Salmone; (At27:4,12,131
Bons Portos é o símbolo do lugar seguro para esperar o tempo certo de
partir

Atos 27:8: e, costeando-a com dificuldade, chegamos j


a um certo lugar chamado Bons Portos, perto do qual
estava a cidade de Laséia.
Bible C hronos D i N elson

0 tempo de jejum foi lembrado e se referia aos dez dias do sétimo mês que Leitura Bíblica
deviam ser guardados, por causa do dia da expiação. A qualquer momento, P essoal
aembarcação podería chocar-se com um recife. A advertência de Paulo era a i
voz de Deus. EntreJ onas e Paulo havia grandes diferenças. Jonas era o motivo
MÊS:________ ANO: _
da tempestade, mas, quanto a Paulo, a tempestade o protegia

Atos 27:9: E, como se perdera muito tempo, a nave­ 01 02 03 04 05 06 07


08 09 10 11 12 13 14
gação tornou-se insegura (e o tempo de jejum já havia 15 16 17 18 19 20 21
passado), e Paulo os advertia, av23:272 oj 22 23 24 25 26 27 28
Naquele tempo, a maioria das pessoas pagãs cria que uma pessoa que 29 30 31
morresse no mar jamais teria repouso; por isso, as pessoas evitavam
as viagens pelo mar. A teimosia, o orgulho profissional e a avareza do
proprietário eram o “Jonas” do barco. Jonas estava sendo o grande motivo
para o prejuízo dos navegantes, mas Paulo estava prevendo o pior e, com
isso, desejava que todos fossem salvos. Para enfrentar o vento ocasionado
por Deus, não basta ser um experiente marinheiro de muitas viagens. É
necessário ter uma bússola no coração, indicando o tempo e o local propício
para direcionar a proa de nossa embarcação. Se estivermos dispostos a .
perder a carga, o navio e a própria vida, avancemos!

Atos 27:10: dizendo-lhes: “Senhores, vejo que a na­


vegação será com avaria e muita perda, não só para a i
carga e 0 navio, mas também para as nossas almas”.
(At27:2!)
Uma ilustração de como muitos líderes tomam suas decisões pondo em
risco a vida de muitas pessoas, por causa do orgulho profissional. Os votos
da presunção venceram os conselhos de Paulo. Um relatório especial
da viagem, a partir do segundo navio, faz-nos entender que Deus estava
atrasando a viagem para tornar Paulo um herói. Roma recebia somente j
heróis. Paulo deveria chegar ali como o grande herói, salvador de vidas. E
isso seria um grande benefício para ele e para a liberdade do Evangelho em
Roma

Atos 2 7: 11: Mas 0 centurião demonstrava mais con­


fiança no piloto e no dono do navio do que nas palavras
ditas por Paulo.
A ilha de Creta possui quase 200 quilômetros de comprimento e os
marinheiros foram ladeando-a de perto, mas com medo

Atos 2 7 : 1 2: E não sendo cômodo o porto para inver-


nar, os demais aconselharam que navegassem dali,
para ver se de algum modo podiam chegar a invernar
em Fênix, um porto de Creta, que olha ao nordeste e
ao sueste, para ali invernar.
Resultados da insensatez de lutar contra os ventos de Deus: (1) Navegando
vagarosamente por muitos dias - a provisão, a resposta de Deus e o atraso
de Deus detém o precipitado. Somente Ele faz o esperto, o dono de si
mesmo, aquele que se sente invencível e rebelde andar devagar (At27:7);
(2) havendo chegado com dificuldade defronte de Cnido - as dificuldades
na viagem poderíam servirde impedimento para os seus intentos, mas eles
se mostravam irredutíveis diante da vontade absoluta de Deus, que queria
que todos se salvassem. Paulo era um homem cheio de amor. Ele nunca
quis desfrutar do privilégio da salvação sozinho. Ele sempre pensava nos
outros. Em Filipos, todos os prisioneiros ficaram livres juntamente com
ele e Silas. Agora, ele pedia por todos: prisioneiros, tripulação e soldados;
BlBLE CHRONOS - N T EM ORDEM CRONOLÓGICA

as dificuldades fizeram Paulo orar; (3) o vento não lhes permitiu ir mais Local do Estudo :
adiante-o verdadeiro Deus estava se mostrando à altura em que os pagãos
podiam entender - pelos ventos; (4) navegaram a sotavento, isto é, na Tema:
direção para onde sopra o vento (At 27:7) - Deus lhes dera margem de
sobra e uma grande chance para saberem que estavam em perigo. Ao M inistrante:
caminharem contra o vento, morreríam; então não havia escolha: deveríam
navegar segundo a vontade de Deus. Deus sabia que para derrotar o orgulho
dos experientes, dos sábios segundo os seus próprios olhos, é ainda mais CAP. INICIAL:
trabalhoso do que convencer um insensato a deixar a sua loucura. Cada vez t í
que vamos perdendo o controle da embarcação, Deus vai sendo glorificado; CAP. FINAL:
(5) costeando-a com dificuldade - esta é a oportunidade que Deus dá para
aquele que desobedece: costear, com a oportunidade de parar no próximo Discípulo :
porto; é um ato de humilhação para aquele que está acostumado em alto-
mar, que acha que não há um Deus acima das nuvens; (6) a providência
de Deus se transforma em grande tribulação quando é rejeitada diante da
aparência dos homens. “O lugar chamado Bons Portos, perto do qual estava
a cidade” era a última chance de os homens se renderem (At 27:8). (7)
Havendo decorrido muito tempo - o tempo de nossa teimosia equivale três
vezes ao lucro perdido de nossa obediência; (8) tendo-se tomado perigosa a
navegação (At 27:9) - quando aquilo (o barco) que era um grande benefício
torna-se em fonte de grandes problemas e enfermidades, devemos meditar
e agir em obediência; (9) a viagem seria com avaria e muita perda não só
para a carga e o navio, mas também para as vidas (At 27:10) - isto é, uma
viagem onde a honra de cada soldado não valia nada; onde o lucro de seu
proprietário não servia para salvar as suas vidas; onde as toneladas de trigo
não serviam para saciar a fome nem para prover o bem tão precioso que é a
graça de voltar a salvo para casa. Depois de perceber que eles não obedeciam
ao vento, às correntes, nem ao profeta, Deus lhes preparou uma grande
armadilha, fazendo o vento soprar brandamente. Eles foram como um rato
para a ratoeira-supondo que játinham alcançado o que desejavam, mesmo
ariscos, saíram costeando as montanhas de Creta
Atos 27:13: E como o vento sul soprava suavemente,
eles creram ter alcançado o propósito desejado, então
levantaram a âncora, e iam costeando Creta mais de
p e r t O . (At27:7,12)
Ventos, correntes, ventos novamente, ventos brandos. Enquanto não
obedecemos, ventos vão se transformando em tempestades e tempestades
em tufões. O médico Lucas tinha muito trabalho a bordo com homens
enfermos e em pânico, gritarias, desespero. O ambiente da desobediência
é cruel
Atos 27:14: Mas, não muito depois, desencadeou-se
ao lado da ilha um tufão de vento: o conhecido euro-
aquilão; (Mc4:37)
Ondas furiosas lançaram o navio para cima e para baixo, na ressaca. O mar
furioso cuspia o navio. As velas foram enroladas e o leme recolhido. O barco
apoiado sobre a sua parte central, pesado, surrado pelo mar, ameaçava
partir-se ao meio. Agora entra um novo estágio. Até então, eles ainda tinham
um certo controle do navio. Daqui em diante, (10) o navio seria arrebatado,
cedendo à força do vento. Então, os homens se renderam - deixando-se
levar

Atos 27:15: E como o navio foi arrebatado, não po­


dendo navegar contra o vento, cedemos à sua força e
nos deixamos levar.
(11) Ainda havia uma esperança: o batei, a maior das embarcações pequenas
que serviam ao navio para qualquer emergência ou contato, era a esperança

1614
Bible C hronos D i N elson

de fuga de toda a tripulação. Um tipo da esperança vã sobre qualquer outra Leitura Bíblica
chance de sobrevivência ou escape no momento de fuga. Eles ainda o P essoal
tinham

Atos 27:1 ó: E, correndo a sotavento de uma pequena M ÈS:______ Ano:

ilha chamada Clauda, pudemos com dificuldade segu­ 01 02 03 04 05 06 07


rar o batei salva-vidas, o qual recolheram; 08 09 10 11 12 13 14
Então, com um cabo bem forte o cingiram. (12) O primeiro sinal de 15 16 17 18 19 20 21
arrego: “Nos deixávamos levar”. O vento estava conseguindo triunfar 22 23 24 25 26 27 28
sobre o orgulho do proprietário, do piloto e do comandante. Os aparelhos 29 30 31
dispensáveis foram lançados ao mar e o navio, carregado de trigo, foi
reforçado para não se partir ao ser lançado pelas ondas

Atos 27:17: e logo usaram cordas, meios disponíveis


para cingir o navio, a fim de reforçá-lo; e, temerosos
que fossem lançados na Sirte, arriaram os aparelhos e
se deixaram levar. (At2.7:20,2 qí
(13) Aesperança de sobrevivência: a carga de alimentos foi lançada no mar.
Sem saber agora a que direção estavam indo, sem leme e sem norte, temiam
encalhar a qualquer momento em bancos de areia. Então, os equipamentos
como âncoras flutuantes, foram lançados para diminuir a velocidade do
navio na tempestade. Todos estavam sem esperança de sobreviver e todas
as cargas começaram a ser lançadas no mar

Atos 27:18: Como fomos furiosamente açoitados


pela tempestade, no dia seguinte começaram a jogar a
carga ao mar. (jnu5;At27:38)
(14) As armas e os aparelhos de sobrevivência: remos, vergas, mós de pedra,
ferramentas diversas, armas, armamentos - tudo foi lançado no mar. A
dependência completa de Deus é vista aqui - quando ohom em tem de lançar
toda a sua esperança humana

Atos 27:19: E, ao terceiro dia, com as próprias maos


lançaram os equipamentos do navio.
Sem o sol e sem as estrelas, o navio seguia sem rumo, tendo rejeitado a
bússola de Deus no navio: Paulo. Lucas escreve a fé de todos os 276
passageiros: “Fugiu-nos toda a esperança de sermos salvos”. Os ventos
deram lugar à tempestade

Atos 27:20: E, não aparecendo nem sol nem estre- j


las por muitos dias, e estando sobre nós uma grande
tempestade, perdemos toda a esperança de sermos
salvos.
0 profeta toma a autoridade e assume o controle do navio

Atos 27:21 : E, tendo eles passado muito tempo sem


comer, Paulo pôs-se em pé no meio deles, e disse: “Se­
nhores, devíeis ter seguido o meu conselho, e não ter
navegado de Creta, a fim de evitar esta avaria e perda”.
(At27:10,7,12,13)
(a) Os corações estavam completamente solapados e castigados, prontos
para um grande quebrantamento; nesse ponto, poderíam ouvir a Palavra de
Deus pela boca do profeta

I
BIBLE CHRONOS - N T EM ORDEM CRONOLÓGICA

Atos 27:22: Mas agora vos exorto a que tenhais bom local do estudo :
ânimo; porquanto vida alguma se perderá entre vós, a .
não ser o navio. íaí27:25,3ó) EMA'
(b) A garantia de Paulo. A visão celestial e a representatividade do ministério MíNlSTRANTE:
de Paulo: servo de Deus

Atos 27:23: Porque esta noite apareceu-me um CAP. INICIAL:


anjo de Deus, de quem eu sou, e a quem sirvo, (At23:ii;
CAP. FINAL:
5:19;Rm1:9)
Todas aquelas lutas levavam a um objetivo: entregar a autoridade de tudo DISCÍPULO:
nas mãos de Paulo. Ele não podería chegar a Roma como saiu de Cesaréia. !
Entre Cesaréia e Roma, Deus pode fazer muita coisa

Atos 27:24: que dizia: Não temas, Paulo, é necessário |


que compareças diante de César; e eis que Deus te
agraciou, dando-te a todos os que navegam contigo.
!At23:11;27:44}
O único combustível para o homem em momentos de tribulação é o ânimo i

Atos 27:25: Portanto, senhores, tende bom ânimo;


pois creio em Deus, que há de acontecer assim como !
me foi dito. (At27:22,30;Rm4:20,2 1 )
Não importava se a ilha era atraente. Com o orgulho ferido e lançado por
terra, sem ferramentas, sem carga e sem navio, eles estavam na completa
dependência de Deus

Atos 27:26: Mas é necessário que sejamos lançados


em determinada ilha”.
• T ex to CRONOLÓGICO CENTRAL:
• 0406 - As TRIBULAÇÕES DO NAUFRÁGIO,
At 27:27-44:
Terra à vista! Que grito, que notícia! O ânimo voltou a todos

Atos 27:27: E, quando chegou a décima quarta noite, j


e estávamos sendo impelidos de um lado a outro pela
tempestade no mar Adriático, pela meia-noite os mari- ;
nheiros suspeitaram a aproximação de alguma terra;
A cada instante, as braças diminuem. Quando cooperamos na rendição,
Deus começa a cooperar dando o livramento

Atos 27:28: e, lançando a sonda, acharam vinte bra­


ças; passando um pouco mais adiante, lançaram a
sonda novamente, e acharam quinze braças.
Era a última noite. Todos estavam rendidos em um só sentimento, diante
de uma só esperança. Ninguém dormiu. Todos, sem pedidos, fizeram uma
grande vigília, tentando frear o navio

Atos 27:29: E, temerosos de ir contra algum rochedo,


lançaram da parte traseira do navio quatro âncoras, e
esperaram ansiosos que chegasse a luz do dia.
1616
Bible C hronos D i N elson

(15) A esperança no batei insuficiente para todos. A tripulação armava os Leitura Bíblica
planos do dia: fugir pela nau - o batei salva-vidas atado por cabos ao grande P essoal
navio que cambaleava sob as ondas. Deus percebia os seus olhos sobre o
batei salva-vidas. Ainda havia alguma esperança humana nas coisas terrenas. MHS:__ _A n o :^
Paulo percebeu o intento deles. Deus lhe deu o controle de tudo ali. O
novo comandante estava ligado diretamente ao seu Deus. Os marinheiros 01 02 03 04 05 06 07
mentiam nas atitudes. Estavam prontos para deixar o navio como bons 08 00 10 1112 13 14
covardes 15 16 17 18 19 20 21
Atos 27:30: Tentando os marinheiros fugir do navio, e 22 23 24 25 26 27 28
já tendo arriado o batei ao mar, sob o pretexto de lançar 29 30 31
uma âncora pela parte dianteira do barco, !At27:iòi
A revelação de Deus nos indica que, embora sob grandes tempestades, a
tripulação do ministério não deve abandonar o navio sob qualquer pretexto;
a tripulação não deve abandonar o navio de sua fé: a obra de Deus, sob pena
de morte no grande e enfurecido mar. A experiência dos marinheiros era
fundamental, e sem eles os navegantes não teriam como se salvar

Atos 27:31 : Paulo disse ao centurião e aos soldados:


“Se estes homens não permanecerem no navio, não
podereis salvar-vos”.
Foram quatorze dias até que, enfim, cortaram os cabos da nau e voltaram aos
remos. Quanto tempo perdido para obedecer! Ao ver o batei distanciar-se do
navio em meio às ondas que o fizeram desaparecer mar afora, Deus estava
sendo honrado, sem que o soubessem. Estava quase na hora de Deus agir,
mas ainda faltavam algumas coisas. Ainda tinham algo em que confiar: no
trigo, nas âncoras e no leme. “Deixa o cabo da nau, toma os remos nas mãos
e navega com fé em jesus...”.

Atos 27:32: Então, os soldados cortaram os cabos do


batei e o deixaram cair ao mar.
Como era possível aos ímpios ser fiéis a seus deuses, cumprindo à risca o
seu jejum, e ainda fazerem novo e extra jejum? Como é difícil para os servos
de Deus cumprirem um dia de jejum! Que exemplo, que lição para todos.
Devido ao longo tempo da viagem, os judeus que trabalhavam no barco
estavam fazendo o grande jejum que, segundo a sua tradição, era feito antes
do grande dia da expiação, que acontecia no mês de setembro de nosso
calendário. Como esse tempo havia passado, Paulo rogava a todos que
comessemu A tribulação era tamanha, que agora o jejum se tornara em voto

Atos 27:33: Enquanto amanhecia, Paulo rogava a


todos que tomassem algum alimento, dizendo: “Hoje
completa o décimo quarto dia que estais aguardando,
e ainda permaneceis em jejum, sem provar nada.
Paulo previa que eles necessitariam de energia para atravessar a nado até
a ilha prometida. Paulo os convidou a comer do trigo que ali havia, pois
deveríam lançá-lo ao mar

Atos 27:34: Portanto, eu vos rogo que tomeis algum


alimento: porque disso depende a vossa saúde; pois
nem um cabelo se perderá da cabeça de qualquer um
d e v ó s ” . (1 Rs 1:52;M t 10:30;Lc 12:7;21:18)
Que plenitude de fé, pois um homem, tendo assumido o controle do navio,
ainda teve tempo para realizar a Ceia do Senhor em plena tempestade! U m

1617
h
BlBLE CHRONOS - N T EM ORDEM CRONOLÓGICA

exemplo maravilhoso de fé e esperança. “Por que comerse vamos morrer?”, j Local do Estudo :
cada um daqueles homens devia pensar
Tema :
Atos 27:35: Havendo dito isto, tomou o pão, deu
graças a Deus na presença de todos e, partindo-o, co­ M inistrante:
meçou a comer. USm9:13;Mt 15:36;Mc8:6;Jo6:11; / Tm4:3,4)
Ao sentarmos à mesa onde Deus serve o alimento, recobramos forças que CAP. INICIAL:
serão importantes para uma nova etapa de nossa vida
Cap . final :
Atos 27:36: Então, todos se animaram e também
puseram-se a comer. Discípulo :
Havia bastante trigo para 276 homens! O proprietário do navio, agora,
já não se importava com nenhuma perda material. Em quatorze dias,
Deus lutou com eles para que se rendessem. Ao escrever esta frase, Lucas
homenageava a unidade de todos, mesmo com o último intento da tripulação
em querer abandonar o barco. Era necessário que ficassem unidos e, para
isso, precisavam cortar os cabos do batei, pois ele não era suficiente para

im Ê Ê IÊ Ê Ê k,
todos; daqueles 276, apenas um estava em seu pleno juízo: Paulo

Atos 27:37: Éramos, ao todo, no navio, duzentas e


setenta e seis almas.
(16) A penúltima esperança estava sendo lançada às águas

Atos 27:38: E, já saciados com a comida, aliviaram o


navio, lançando o trigo ao mar. (At27.-i8j
Nada estava bem claro ainda: havia algo no navio do que deveríam se
desfazer: As âncoras, as amarras do leme e a vela. O controle estava nas
mãos de Deus. Nenhum controle havianas mãos dos homens

Atos 27:39: E, quando amanheceu, não reconhe­


ciam a terra; mas divisavam uma baía que tinha praia,
e discutiam se poderiam encalhar o navio ali. (At28 -.ii
Assim poderiam ser levados como Noé, sem motor, sem vela e sem leme.
Deus era o grande comandante. Ele conhecia bem aquelas terras.

Atos 27:40: E, cortando as cordas das âncoras, deixa­ sj.»r?


ram-nas no mar, soltando, ao mesmo tempo, as amar­ l §l i y| |i s
ras do leme, levantaram a vela dianteira do barco em Ife si
direção do vento, e navegaram para a praia. im27:2qi
A proa se desfazia para deixar claro: a direção certa vem de Deus. As ondas
destruíram o elemento principal da direção que os norteava. A água invadia
o navio pela proa afundada na areia, nocauteando o orgulho humano.
Não fosse o orgulho da tripulação, eles ainda teriam o batei. Que lição de
humanidade! As duas correntes do mar se encontravam. Ali era o lugar
onde Deus queria que estivessem, pois ambas as forças concordavam em
um só propósito

Atos 27:41: E, dando em um lugar onde duas cor­


rentes se encontravam, encalharam o navio; e a proa,
encravando-se, permaneceu imóvel, mas a popa se
desfazia pela violência das ondas. pco i 1:25/
À medida que a terra aparece, os soldados voltam a ser soldados; os
proprietários voltam a sentir-se herdeiros de tudo; nas altas ondas do mar, os
homens tomam-se iguais, mas se esquecem que, no meio das tempestades,
Bible C hronos D i N elson

a humanidade e a caridade afloram e dominam o homem. Qualquer um que Leitura Bíblica


matasse a um só prisioneiro ali tornar-se-ia como o assassino de si mesmo. P essoal
Entre o dever marcial e a humanidade, triunfou a última

Atos 27:42: Então, entre os soldados, houve um pa­ MÊS:_ A N O :_

recer segundo o qual os presos deveríam ser mortos, 01 02 03 04 05 06 07


para que nenhum deles, escapando a nado, fugisse. 08 09 10 11 12 13 14
[Atl2:lQj 15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
Asalvação dependia de um ato: nadar. Era tudo o que eles precisavam fazer.
Alguns sabem como ouvir, crer, arrepender-se e converter-se. Outros não 29 30 31
sabem nadar. Ao desatar os prisioneiros, os soldados estavam pregando
o Evangelho na prática. Esta era a verdade: soltem a todos e que todos
comecem a nadar! Mesmo entre Roma e o amor do centurião, venceu o
amor!

Atos 27:43: Mas o centurião, querendo salvar a Pau­


lo, estorvou-lhes o parecer; e ordenou àqueles que
pudessem nadar fossem estes os primeiros a lançar-se
ao mar e alcançar a terra; (At27:3)
0 navio é tão bom que, mesmo despedaçado, ainda serve para salvar. Fora
dele, há morte. Por mais que o navio esteja em pedaços, é tão bom que os i
seus pedaços ainda salvam vidas. Paulo sentia muito a falta de algo: dos seus
papiros do Antigo Testamento; mas algo o satisfazia: a Palavra estava no seu
coração. Mesmo tendo a sensação de perseguição, ele sabia que estava sendo
guardado no centro das mãos de Deus. Até hoje, naquele lugar, a “baía de São j
Paulo”, o profeta de Deus é homenageado. O mesmo bravo mar transforma
uns em heróis e outros em covardes

Atos 27:44: e os demais que se salvassem, uns em I


tábuas e outros em quaisquer objetos do navio. E assim j
aconteceu; e todos chegaram a terra salvos. (At27:22,3ij
• T ex to CRONOLÓGICO CENTRAL:
• 0407- A c h e g a d a a M a lta e a o b r a d e D eus
NAQUELE LUGAR, A t 28:1-7; Rm 10:14-21 ; 1- 13; -
15:7-21:
Os tripulantes do navio não quiseram permanecer em Bons Portos, onde
havia uma cidade, sob o conselho de Paulo, e enfrentaram uma grande
tempestade. Agora, terão que esperar em Malta. Tendo perdido tudo, todos
estavam socialmente nas mesmas condições: precárias. Dependiam uns
dos outros. Soldados, tripulantes e prisioneiros foram se tornando amigos.
A influência do Evangelho de Paulo já estava sobre eles. Ali ficariam por
três meses convivendo com Paulo, observando a sua vida, ouvindo suas j
mensagens e aprendendo a glorificar a Deus

Atos 28:1: Estando já salvos, souberam então que a |


ilha se chamava Malta, (m 27:20,3Q)
Um exemplo de impacto para uma tripulação e um grupo legalista de
soldados que não conheciam o que era humanidade. Eles demonstraram a i
sua hospitalidade (1) pelo calor humano, simbolicamente, e (2) ao fazer uma
fogueira, literalmente. O frio e a chuva tinham sido inseparáveis companhias
daqueles 276 homens durante muitos dias. Hospitalidade é demonstração
de calor diante do frio social

1619 'u-

* ;
Bible C hronos NT EM ORDEM CRONC

Atos 28:2: E aqueles bárbaros usaram conosco de Local do Estudo :


muita humanidade; pois acenderam uma fogueira, e Tema:
nos recolheram a todos por causa da chuva que caía, e
por causa do frio. (Rmi.-h -i co i4:ii; ci3:i n M inistrante:
Paulo percebeu que o fogo não pega em grandes toras sem o auxilio dos
gravetos. Pessoas simples são gravetos nas mãos de Deus, são instrumentos CAP. INICIAL:
pelos quais Deus prende fogo em grandes toras. Paulo conhecia este segredo
e foi em busca dos gravetos. Mas os gravetos estavam sob o domínio de uma Cap . final :
víbora que habitava entre aqueles excelentes combustíveis. Na libertação
dos gravetos, a víbora se manifesta. Mas Paulo sabia que os gravetos eram Discípulo :
importantes para manter o fogo sobre as toras. Os grandes homens de Deus
sabem o que é necessário para que as grandes toras sejam acesas

Atos 28:3: E tendo Paulo recolhido uma porção de


gravetos, ao lançá-los ao fogo, uma víbora saiu, fugin­
do do calor, e apegou-se-lhe à mão.
Grandes homens vivem segundo a opinião dos demais. Paulo não. Ele sabia
que a opinião dos homens é vulnerável. A mesma multidão que aplaude
também joga pedras. A mesma pessoa que emite uma opinião de homicídio
proclama outra ainda mais descabida

Atos 28:4: E quando os bárbaros viram o réptil pendu­


rado na sua mão, disseram uns aos outros: “Sem dúvida
este homem é homicida; pois, ainda que tenha escapa­
do do mar, a Justiça não lhe permite viver”. a.c i3:2,4i
As pessoas são usadas. Por trás de toda multidão existe uma opinião
manipulada por uma serpente, por uma idéia. Paulo sabia disso; entendia
que a nossa luta não é contra a carne e o sangue, mas, sim, contra principados
e potestades (Is 27:1). Como mudar o ambiente influenciado por opiniões
malignas? Lançando a serpente no fogo! O ataque da serpente às mãos de
Paulo procurava impedi-lo de escrever e de tecer. Mas a serpente morreu,
porque, com o mesmo graveto sobre o qual reinou, ela foi queimada

Atos 28:5: Mas ele, sacudindo o réptil no fogo, não


experimentou mal nenhum, wc ió.-is)
A opinião do povo esperara que o homem de Deus inchasse. Mas ele
permaneceu humilde. A opinião de outros esperava que caísse morto. Mas
ele viveu. A opinião dos outros esperava sempre o anormal, profetizava
sempre o mal. Mas ele era do bem e Deus estava com ele. A opinião dos
homens mudou rapidamente com a morte da serpente. Agora, ele não era
mais um homicida, mas um deus. Observe como a opinião dos homens não
pode ser a diretriz de ninguém

Atos 28:6: E eles aguardavam que Paulo inchasse ou


caísse morto de repente; mas tendo esperado muito
tempo e vendo que nada de anormal lhe acontecia, mu­
daram de parecer e diziam que era algum deus. (At m.-i n
A hospitalidade era uma contradição à impressão que os visitantes tinham
daqueles seres humanos a quem Lucas chamou de bárbaros, de quem se
esperava somente barbaridades. A demonstração de amor, carinho e calor
humano era um sinal de que estava pronto para conhecer o amor de Deus

Atos 28:7: E nos arredores daquele lugar havia umas


terras que pertenciam ao homem principal da ilha, que
Bible C hronos D i N elson

se chamava Públio: o qual nos recebeu e nos hospedou Leitura Bíblica


P essoal
com benevolência por três dias.
MÊS: ANO:
• TEXTO COMPLEMENTAR E COMPARATIVO:
• O MOTIVO DAS MISSÕES ENTRE OS GENTIOS, 01 02 03 04 05 06 07
08 09 10 11 12 13 14
Rm 10:14-21: 15 ló 17 18 19 20 21
Todas as pessoas sinceras no que fazem, pensando estarem certas
naquilo que fazem, terão a sua oportunidade e o seu meio para
22 23 24 25 26 27 28
aceitar ou rejeitar a salvação. Não haverá nenhuma só pessoa 29 30 31
inescusável diante de Deus. A rainha de Sabá julgará aqueles que
ouviram que havia um Deus poderoso, mas não vieram procurá-
lo, ejesus julgará aqueles que deveríam ir, mas não foram pregar o
Evangelho. No verso 16, temos mais informações a respeito disso
Romanos 10:14: Mas como invocarão aquele em
quem jamais creram? E como crerão naquele de quem
não ouviram falar? E com o ouvirão, se não há um r-
DADOS ESPECIAIS
4
pregador?
O grande avivamento que ocorrerá dias antes do arrebatamento
da Igreja dará cumprimento à profecia dejoel, que levará a Igreja
a desenvolver o seu dom e a evangelizar de forma emergencial
(Rm 9:28), porque o Senhor terá pressa. Quando Pedro se
levantou para explicar à multidão aquele acontecimento inverso
de Babel, em Jerusalém, quando o povo de Deus era reunido em
torno de uma linguagem, ele citou o texto dejoel: “Eu derramarei
do meu Espírito sobre toda a carne” (At 2:17), mostrando que .fü
L J
a plenitude deste derramamento ainda não chegou, pois “do”
(parte) meu Espírito não é o mesmo que “o ” (plenitude) meu
Espírito. Este derramamento ainda acontecerá e nós o esperamos >aC-
momentos antes do rapto da Igreja. Com este avivamento, a
Igreja experimentará todos os sinais do avivamento de Atos dos
Apóstolos, pois o arrebatamento não será uma surpresa para a
Igreja (1 Ts 5:4); sinais acontecerão antes do arrebatamento, entre
eles, está o principal, que é a ressurreição dos mortos em Cristo e
o grande avivamento que traz de volta os sinais apostólicos: (1) a
ausência de medo das autoridades contrárias a Deus (At4:7); (2) a
entrega dos bens aos apóstolos, para que o Evangelho seja pregado
(At 5:1); (3) operações angelicais sobrenaturais de livramentos
de cadeias e prisões; (4) a volta aos valores da boa reputação e do
enchimento do Espírito Santo como prerrogativas para o ministério
(Átó:3); (6) pregadores cheios de ousadia, cujos rostos são como
anjos de Deus (At 7:56-60); (7) a visão literal de Cristo na glória
do Pai (At 7:56); (8) transportação física extraordinária para
pregar o Evangelho (At 8:38-40); (9) perseguições (At 9:1 -2); (10)
necessidade dos dons de misericórdia (At 9:38-39); (11) volta ao
Cenáculo (At 9:39); (12) visões literais de anjos de Deus (At 10:1);
(13) arrebatamento dos sentidos e revelação audível da vontade
de Deus (At 10:9,10); (14) fome nas multidões que se reunirão
para ouvir coisas novas (At 10:27); (15) atos de fé sem acepções
de nacionalidade e raças (At 10:34); (16) a manifestação literal da
mão do Senhor (At 11:21); (17) livramento sobrenatural (At 21:7);
(16) a multiplicação da revelação da Palavra de Deus (At 12:16);
(17) movimentação geral entre os excluídos da fé (At 13:1 -2); (18)
o enchimento do Espírito Santo (At 13:52), entre outros. Todos
estes acontecimentos levarão os pés formosos a trazer muitas
almas a Cristo
Romanos 10:15: E como pregarão, se nao forem en­
viados? Como a Escritura diz: “Quão formosos são os

1621
n
BffiLE CHRONOS - N T EM ORDEM CRONOLÓGICA

pés daqueles que anunciam o Evangelho da paz, dos Local do Estudo :


que anunciam boas-novas! fis52:7;Na i .-isi
Tema:
A pregação do Evangelho é a grande missão da Igreja. É a ordem
fundamental de Cristo. Ide e pregai. Cada pessoa salva para Cristo
é cumprimento da ordem dejesus. O discipulado é a segunda parte M inistrante:
desta instituição. Pregar e fazer discípulos em todas as nações. As
duas peças do átrio são vistas. Salva-se pela mensagem do altar de CAP. INICIAL:
holocausto, a cruz, e batiza-se na bacia de bronze, que representa
o batismo e o discipulado. O que acontecerá com as pessoas que
nunca ouviram do Evangelho? Todas as pessoas sinceras naquilo CAP. FINAL:
que fazem, como se fizessem a Deus, terão uma oportunidade
de salvação em vida. Para todas as pessoas que estejam no erro, Discípulo :
fazendo as suas obras religiosas, crendo que estão prestando um
serviço a Deus, como Saulo, terão uma oportunidade, mesmo que
estejam longe de um local propício para ouvirem o Evangelho de
Cristo. Esta oportunidade não é a salvação, pois deve-se aceitar
os meios que Deus provê para a salvação. Estas pessoas têm um
meio e uma oportunidade para serem salvas, mas depende delas o
crere o rejeitar. Observe o caso de Paulo, de Cornélio e do etíope.
Saulo prendia os membros da Igreja em nome de Deus, pensando DADOS ESPECIAIS
que prestava um serviço a Deus. Jesus apareceu a Saulo, mas
não lhe pregou o Evangelho. Trabalhou em sonhos e visões, e o
enviou a Ananias. Dependia dele o crer e o não crer. Ele creu. A
sinceridade obriga Deus prover um meio e uma oportunidade. Ele
usa qualquer circunstância para cumprir a sua vontade. Cornélio
dava esmolas e estas permaneciam como memorial diante de
Deus. Ele servia a Deus com sinceridade, mas isto não bastava. Ele
precisava reconhecer e crer no Evangelho. Um anjo lhe apareceu,
mas não pregou o Evangelho. Este poder já havia sido dado à
Igreja. Deus falou em visão a Pedro, e este, depois de certa luta,
obedeceu. O meio era o anjo, a oportunidade era Pedro. O mesmo
aconteceu com o etíope. Ele estava lendo o livro de Isaías, no
capítulo cinquenta e três, e nada entendia. Este era o meio de
sua salvação. Mas ele precisa de uma oportunidade. O etíope
representa os povos não-alcançados que põem a sua fé em objetos
e ídolos, e muitos deles pensam estar agindo corretamente,
indo ao encontro do Deus verdadeiro, mas estão no caminho da
perdição, mesmo atuando com sinceridade. O etíope teve o seu
meio e a sua oportunidade. A sua oportunidade lhe foi dada de
forma sobrenatural: o evangelista Filipe. Os três creram, foram
i i
salvos e batizados. A responsabilidade para com o evangelismo: o
Evangelho é ir-e-vir, isto é, alguns serão julgados porque ouviram
falar do Evangelho e não vieram, outros serão julgados porque não
foram levar o Evangelho. A rainha de Sabá julgará os que ouviram
a respeito do Evangelho e não vieram, ejesus julgará a Igreja que
não levou o Evangelho. O batismo nas águas é a segunda parte da
pregação. A pregação ainda não estará completa se não houver o
batismo da pessoa que creu. O discipulado não é preparação de
batismo, mas preparação para a vida cristã, para entendê-la, a fim
de tornar-se um novo ganhador de almas. O batismo é um só. A
ordem de batizar é imperativa, pois é em nome do Pai, do Filho
e do Espírito Santo. A pessoa é batizada na ordem imperativa da
divindade. A Igreja de Atos usou, algumas vezes, o batismo pelo
nome dejesus, porque nós somos batizados no corpo dejesus no
momento em que imergidos nas águas, isto é, nós somos imersos
no corpo dejesus, e não no corpo do Pai, nem no corpo do Espírito
Santo, porque há um só corpo na divindade, o corpo de Cristo j
Jesus
R o m anos 10:16: Mas nem todos obedeceram ao
Evangelho; pois Isaías diz: “Senhor, quem deu crédito
à nossa pregação?”. (Is53:1;Jo 12:38;Hb4:2)

1622
Bible C hronos D i N elson

A Igreja é edificada pela Palavra revelada de Deus por intermédio Leitura Bíblica
do Pai que está no Céu. Jesus disse: “Não foi carne nem sangue que i P essoal
te revelou, mas o meu Pai que está no Céu. (...) Eu te digo que sobre
esta pedra eu edificarei a minha igreja” (Mt 16:17,18). Que pedra é M ÊS:_________A n o :___
esta? A revelação da Palavra. Esta revelação exclui histórias, ditos,
chocarrices, brincadeiras. Esta revelação vem com seriedade, 01 02 03 04 05 06 07
com preparação, com temor e responsabilidade daquele que é 08 09 10 11 12 13 14
o instrumento dos oráculos de Deus. A fé do ouvinte tem muitos
inimigos: as aves do céu, as pedras e a terra rasa, os espinhos que
15 16 17 18 19 20 21
crescem rapidamente e abafam a Palavra recebida. Mas a Palavra 22 23 24 25 26 27 28
de revelação afofa a terra, prepara os corações. A mensagem que 29 30 31
causa mais impacto na edificação da Igreja é a palavra revelada. Os
ouvintes acompanham o texto e se regozijam, mas, para isso, se
requer preparo, seriedade e muita responsabilidade
R om anos 10:17: Assim que a fé flui pelo ouvir e o
ouvir vem pela pregação da Palavra de Deus. i a 3:2,5;
03:16)
Em verdade, o arrebatamento não está condicionado à pregação
do Evangelho em todo o mundo. Se assim fosse, seria uma bênção.
Jesus disse que o Evangelho seria pregado a todo o mundo para
testemunho de todas as nações. Isto é, de cada nação ou tribo
haveria um salvo. A segunda vinda, literalmente, começará depois
da pregação do Evangelho a todo o mundo; e isto acontecerá em
um espaço determinado de sete anos após o arrebatamento. O
Evangelho será pregado nos quatro cantos da terra; eis as vantagens
que levaram ao cumprimento de Mateus 24:14: a queda do
autoritarismo deixará um vazio muito grande no coração de mais de
24 nações. Este povo não estava acostumado aos sinais e maravilhas
operados nesse tempo da parte de Deus. Este povo não cria na
ressurreição dos mortos, mas com os seus próprios olhos a verão
(Ap 11:11; 14:ó)e crerão em Deus. O texto de Romanos 10:13,14
será cumprido em escala universal, graças aos enviados de Deus
nesse tempo (Ap 14:6,7; Rm 10:13-18). A pregação do Evangelho
será feita pelos anjos (Ap 14:6,7). O ato da queda da Babilônia (Ap
17.8) trará muita alegria àqueles que sofreram perseguição por
meio desta falsa Igreja (Ap 17.6). A queda da grande Babilônia
será um testemunho a favor da fé de muitos homens (Ap 14:8).
A pregação dos anjos fortalecerá a fé daqueles que não aceitarão
recebera imagem da Besta (Ap 14:13). O testemunho daqueles que
se recusarem a aceitar as ordens do Anticristo e do Falso Profeta
, receberá a morte como resposta. Os sinais de Deus nesse tempo
serão maravilhosos. Estes santos mortos serão parte dos salvos que
ressucitarão no fim da Grande Tribulação (Ap 20:1-5). Estes são
os “escolhidos” de Jesus em todo o mundo. Morte e ressurreição
não serão palavras estranhas na Grande Tribulação, pois os santos
passarão por este processo maravilhoso para testemunho de todas
as gentes. As almas dos santos vistas em glória (Ap 7:9-17), que
representam todas as nações, tribos e línguas, são salvas nesse
período. Todos trazem vestiduras brancas, recordando o tempo
NT

de prova pelo qual passaram, pois tal promessa alcançou também


os arrependidos laodicenses (Ap 3:18-22). Alguns asseguram
que a última Igreja do Apocalipse é uma Igreja apóstata. Mas isto
é radicalismo. Não podemos confundir os santos salvos desse
período com os remanescentes (Ap 7:6-8). Os 144 mil judeus
têm uma relação íntima com a nação de Israel durante a Grande
Tribulação. Mas o Evangelho será pregado até o fim. O Evangelho
eterno é o mesmo Evangelho que pregamos, por causa de seu
alcance e resultados. Não há outro Evangelho, a não ser este, pelo
qual todos podemos ser salvos. Há outra frase de Paulo: “Segundo

1623
BlBLE CHRONOS - N T EM ORDEM CRONOLÓGICA

o meu Evangelho”, que é semelhante ao “Evangelho Eterno”, Local do Estudo :


expressão que aparece em Apocalipse 14:6. Este Evangelho será
o mesmo na Grande Tribulação e será pregado pelos anjos. A Tema:
Igreja não estará na terra por um momento; mas uma porta muito
grande será aberta e muitos serão salvos. Se esperarmos que todo
M inistrante:
o mundo venha a ouvir o Evangelho antes do arrebatamento,
correremos o risco de não vermos cumprida a promessa. Mas
nem todos obedecem ao Evangelho. Muitos que o encontram, às Cap . inícíal :
vezes, não o valorizam (Rm 10:20); Romanos 10:1 -21 é um relato
histórico da rejeição de Israel e da aceitação da Igreja. Mas o relato Cap . final:
profético ainda não terminou. Muitos estão recebendo a Cristo.
A rainha de Sabá será um grande testemunho contra aqueles que Discípulo :
se escondem em justificativas: “Por mim não perguntavam”. Em
certo sentido, aqueles que crêem que a vinda de Jesus somente
será possível se houver uma pregação total do Evangelho a todas
as gentes, estão certos. Mas o arrebatamento da Igreja não está
condicionado a isto. Quem pregará o Evangelho antes do fim?
Haverá salvação durante a Grande Tribulação porque haverá
santos ressuscitados depois da Grande Tribulação, junto com as
duas Testemunhas. Serão aqueles que testificaram de Cristo e não DADOS ESPECIAIS
aceitaram o compromisso com a marca da Besta (Ap 13:15; 14:18-
13). Eles deverão escutar o Evangelho.Por meio de quem? Dos
anjos (Ap 14:6-7). Alguns acham isto inacreditável. Os próprios
anjos já atuaram no Velho Testamento como transmissores de
Boas-Novas, inclusive no início do Evangelho, quando não havia
testemunhas do Evangelho entre os homens. Podemos ver os anjos
anunciando as Boas-Novas e salvando Ló, juntamente com suas
filhas, da destruição de Sodoma (Gn 19). Muitas vezes, eles foram o
único meio de comunicação de Deus com os Patriarcas no meio de
nações perversas, quando não havia outras testemunhas. Depois
do derramamento do Espírito Santo, eles não se ocuparam mais
com o anuncio das Boas-Novas, porque essa é uma tarefa da Igreja.
Ainda que o Senhor não tenha permitido que os anjos pregassem
o Evangelho, eles podem indicar onde estão os que necessitam
escutá-lo. No caso de Cornélio, o anjo revelou a Pedro onde havia
um homem necessitado (At 10.3-6). Porque os anjos? Em primeiro
lugar, a Igreja não estará presente na terra. Na Dispensação do
Mistério, os anjos marcaram a sua presença de alguma forma.
Somente na Dispensação da Graça algumas pessoas não crêem
no precioso ministério dos anjos. Muitos crentes são verdadeiros
saduceus. Os saduceus não crêem nestas coisas. A Dispensação
da Graça teve como primícias o derramamento do Espírito Santo
(Ef 1:10; 3:2; 3:9). Os anjos indicam, mas não pregam. Deve haver
alguma razão muito especial para isso. Foi nesta dispensação que
o Espírito Santo foi dado de forma completa. Os anjos atuaram de
forma completa quando atuaram de forma invisível. O Espírito
Santo nos ajuda em nossas necessidades espirituais, mas os anjos
nos ajudam em nossas necessidades materiais (At 1:14). Isto
ocorre porque o principal enviado do Senhor nesta dispensação é
o Espírito Santo, mas isto não anula a obra dos anjos. Nos dias de
Jesus, ele foi cheio do Espírito Santo, foi guiado pelo Espírito Santo
e também foi alimentado por anjos, dependeu deles (João 1:51).
Com isto, podemos compreender uma das principais ocupações
dos anjos, depois do arrebatamento da Igreja (na Dispensação da
Plenitude dos Tempos), como pregadores do Evangelho; pois o
Espírito Santo é o grande responsável para que a operação do erro
não avance (2 Ts 2:6-7). No arrebatamento da Igreja, o Espírito
Santo será tirado do meio dos homens, ainda que se manifeste
nos dias da tribulação, esporadicamente, por meio das duas
Testemunhas. Isto significa que, nos dias da Grande Tribulação,

1624
Bible C hronos D i N elson

alguns anjos terão funções já encomendadas antes por Deus. Pois,


em verdade, estes serão três anos que proclamarão o Evangelho
no tempo do derramamento do juízo de Deus na terra. Resultados
da pregação dos anjos: uma grande multidão no Céu (Ap 19:1-2).
O Senhor fará vingança a favor dos santos que morreram nesse
tempo. Muitos não adorarão a Besta (Ap 20:4) e reinarão com
Cristo. A grande prostituta se enfurecerá contra as testemunhas
de Jesus (Ap 17.6). Muitos sairão vitoriosos sobre a Besta, ainda
que tenham que passar pela morte (Ap 15:2-4). Muitos terão
escutado a pregação dos anjos e esperarão pacientemente a
morte, e entrarão na eternidade como bem-aventurados. Eles
aparecem no Apocalipse (Ap 14:6-13) com os santos de Deus,
tanto judeus com gentios. O Anticristo fará guerra contra eles
(Ap 12.17). Satanás perseguirá os santos e as testemunhas de
Jesus. A visão dos mártires na Grande Tribulação será grande (Ap
7: 9-17). Muitos morrerão por amor à Palavra de Deus. (Ap 6:9-
11). Ainda que todos passem pela morte, todos serão salvos. (Ap
7:9,10). “Ao que vencer, dar-lhe-ei que se assente comigo no meu
trono... ” (Ap 3:21). As Bodas do Reino incluem os três elementos
do Reino: servirão para introduzir os elementos redimidos no
Reino. Mas nenhum destes elementos poderá ser introduzido
no Reino sem experimentar a glória e o poder deste Reino. O
milênio será um tempo em que as nações experimentarão este
poder e a sua glória
R om anos 10:18: Mas digo: Não a ouviram? Claro
que sim. “Por toda a Terra se fez ouvir a voz dos seus
arautos, e as suas palavras, até aos confins do mundo”.
jS! 19:4; Cl 1:6,23; lTs!:8)
No Salmo 102:12-28, estão incluídas as três medidas de farinha
descritas em Mateus 13: Jerusalém (v. 13), as nações (v.15) e a
Igreja, o povo que haveria de ser criado. Este povo foi edificado
por Cristo (Mt 16:18) e profetizado por Ezequiel (31:11). A igreja
deveria assumir o lugar do querubim Luzeiro, depois que este foi
expulso do Éden Celestial, e executar a sentença lançada: “Um
povo, dentre as mais poderosas das nações, te dará o trato que
tu m ereces”. Eis o motivo da criação da Igreja! Imediatamente,
após a rebelião dos anjos, Deus elegeu um povo substituto para
louvor da sua glória, o qual é a Igreja; é o mesmo povo que foi
incumbido de executar esta sentença, isto é, “a mais poderosa
dentre as nações”. Por isso, a Igreja foi eleita antes da fundação
do mundo (Ef 1:6). Depois, ela assumiu o Sacerdócio Universal.
O Sacerdócio Universal era para ser cumprido por meio de
Israel, entre as nações (Êx 19:5,ó), mas foi negligenciado, pois,
nos dias de Samuel, Israel quis imitar as nações ao pedir um rei
para si, deixando de lado o chamado que o conduzia ao reino de
sacerdotes. O propósito universal era especial e já havia sido
revelado a Abraão (Gn 12:1 -3), pois, por este sacerdócio, todas as
famílias da terra seriam abençoadas. Por causa desta negligência,
o propósito foi mudado no dia em que Israel construiu um bezerro
de ouro com os recursos que trazia do Egito, os quais deveríam ser
usados para a construção do Tabernáculo. O sacerdócio nacional,
instituído por Moisés no Sinai, tornou-se inferior ao propósito
original. O propósito original estabelecia, nas primeiras pedras
quebradas, um sacerdócio internacional, por meio do qual as
nações seriam tratadas da mesma forma como as tribos de Israel
quando estas recebiam o serviço sacerdotal levítico. A nação de
Israel faria o papel sacerdotal de Arão, e as nações serviríam como
as tribos. Mas, depois da mudança, Levi tomou o papel da nação
sacerdotal e tornou-se uma pequena tribo sacerdotal, e as famílias
da terra foram abandonadas nos seus pecados. Originalmente, a

1625
BffiLE CHRONOS - NT EM ORDEM CRONOLÓGICA

tribo escolhida paraliderar este propósito foi Judá, mas, na ocasião Local do E sti
em que Moisés fez o chamado, em Êxodo 32, somente os Ievitas
obedeceram ao convite de Moisés. Assim, Deus elegeu a tribo de T ema :
Levi, pois aproveitou a oportunidade. Assim, o propósito universal i
ficou vacante; então, Deus escolheu a Igreja para executar este
sacerdócio entre as nações até a manifestação da obediência i M ínistrante:
de Israel. Pedro, sendo líder da Igreja em Jerusalém, ainda
com resquícios de legalismos, entendeu isto perfeitamente, e j Cap . inicial :
escreveu: “Por isso, na Escritura se diz: Eis que ponho em Sião uma
principal pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não
será confundido. Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real,
CAP. FINAL:
a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as grandezas
daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós Discípulo :
que outrora nem éreis povo, e agora sois de Deus” (1 Pe 2:9,10)
Romanos 10:19: Também digo: Porventura Israel
não conheceu isto? Foi Moisés quem, primeiramente,
disse: “Eu vos provocarei com ciúmes levantando um
povo que não é povo; e com um povo que não tem co- j
nhecimento lhes provocarei à ira”. (Dt3?.:2URm n.-nj
O que Israel deixou de ser antes (Êx 19:5,6), a saber, uma nação
sacerdotal, Deus o cumpriu por intermédio de Cristo, por meio
da Igreja: Por esta causa, a Igreja não tem herança nesta terra,
assim como a tribo de Levi, pois também é uma nação sacerdotal.
A Igreja tem sido bênção para todos os povos, mas Israel ainda
espera o cumprimento da promessa. Assim, a Igreja é um reino
de sacerdotes. Mas Levi ainda será aperfeiçoado por causa do
templo profético, visto por Ezequiel, a ser levantado durante o
governo do Messias na terra. Embora Levi não seja uma tribo real,
Judá é, e dela vem o Reino. E de onde Judá herdará a sua missão
sacerdotal? Judá herdará a sua vocação sacerdotal do sacerdócio
de Melquisedeque, porque o sacerdócio de Melquisedeque foi
instituído na capital dejudá, Jerusalém, onde Melquisedeque foi
rei e sacerdote. Sabemos que Jesus não é originário da tribo de
Levi, mas da tribo dejudá, e, ainda assim, foi sacerdote. Jamais se
falou, antes, dejudá como tribo sacerdotal, porque o sacerdócio de j
Melquisedeque foi esquecido; porém, Jesus o restaurou durante i
o seu ministério. Por isso, Davi pôde ministrar diante da arca e do j
altar, conforme era o seu desejo (SI 42,43); por isso ele comeu do
pão sagrado, vestiu-se com o éfode e ministrou como um sacerdote.
Por seu ato profético, ele uniu o ministério sacerdotal de Levi ao
ministério sacerdotal e real dejudá. Davi teve experiência como
rei, como sacerdote e como profeta; devemos saber por que a
Escola de Profetas de Samuel foi de grande influência na sua vida i
Romanos 10:20: E Isaías disse, atrevidamente: “Fui
achado pelos que não me buscavam; e me manifestei j
aos que não perguntavam a respeito de mim ”, (isós.-i; j
Rm 9:301
O objetivo do Senhor Deus, quando levantou Israel como nação,
não foi para que este povo, ao ser eleito, se autoproclamasse
como o único privilegiado nessa escolha. Esta nação foi chamada
para abençoar as outras nações. Mas Israel esqueceu-se de sua
incumbência e do ofício fundamental dessa escolha, e apegou-se
ao seu privilégio e cometeu muitos erros. O mesmo que acontece
com as denominações, aconteceu com Israel: o surgimento
dos preconceitos exclusivistas, o orgulho e o afastamento dos
propósitos divinos. Deus escolheu aquela nação para uma grande
missão, mas ela esqueceu-se do serviço que lhe foi incumbido
pelo Senhor. Embora Israel tenha falhado, a sem ente desta
mulher não falhou (Ap 12:3-5; Gn 3:15). Esta semente foi um

1626
Bible C hronos D i N elson

homem eleito que substituiu a nação eleita, e o propósito de Leitura Bíblica


Deus não deixou de ser efetuado por esse judeu obediente e Pessoal
humilde (Jo 5:19). Esse judeu humilde não se tornou soberbo pelo j
privilégio de ser o primogênito dos mortos ou o crucificado, ou o
M ÊS:__ __ A N O :___
“Unigênito de Deus”. Ele simplesmente esva2iou o seu coração
de toda usurpação (Fp 2:5-8) e apegou-se à incumbência da cruz; 01 02 03 04 05 06 07
ele estava interessado em chegar ao Calvário, da mesma forma
como Paulo queria chegar a Roma. Assim Jesus restabeleceu o 08 09 10 11 12 13 14
sacerdócio universal esquecido por Israel. Este era o desejo do 15 16 17 18 19 20 21
coração de Deus: que Israel, como nação sacerdotal, fosse o que 22 23 24 25 26 27 28
Levi representou para toda a nação. Com a mudança de rumo, 29 30 31
Levi tornou-se apenas um modelo nacional daquilo que poderia
ter sido o sacerdócio universal para Israel e para todas as nações.
Assim, Israel, ao desobedecer às prerrogativas divinas, deixou de
ser, temporariamente, uma bênção para todas as famílias da terra,
e o sacerdócio universal foi posto de lado. Deus precisava tratar,
inicialmente, com a nação de Israel e “organizar a casa”, a fim
de que, futuramente, esta “casa” assumisse a função sacerdotal,
segundo o que já havia sido predito. De qualquer forma, o
propósito estava estabelecido. Quando Israel saiu do Egito, Deus
lhe prometeu: “Agora, pois, se atentamente ouvirdes a minha
voz e guardares o meu Pacto, vós me sereis um reino sacerdotal e
nação santa” (Êx 19:5,6). Uma nação sacerdotal não poderia ter
a sua própria herança, sendo uma tribo sacerdotal. O sustento da
nação sacerdotal equivalia ao sustento próprio de Deus, pois ele
era o possuidor de tudo! (1) Santidade era a exigência divina para a
nação sacerdotal, isto é, ela deveria ser um exemplo internacional!
Para tal, fazia-se necessária (2) a obediência aos mandamentos de
Deus. Esta obediência deveria ser demonstrada na (a) ministração
da expiação, (b) no cumprimento das leis do sacerdócio, (c) no
cuidado dos móveis do Tabemáculo, (d) no zelo pelo cumprimento
dos deveres das nações, (e) no direito à parte dos dízimos das
nações e (f) no desempenho da obra da santificação (àsemelhança)
efetuada pelo sacerdócio nacional levítico (Nm 3:5-10). No final de
tudo, o que Deus desejava era estabelecer o seu propósito original.
Assim como Levi ministrava, Israel também deveria atuar em favor
de todas as famílias nacionais, isto é, de todas as nações (na casa de
oração para todos os povos). Isto exigiría um sacerdócio universal
para a casa de oração pára todos os povos
Romanos 10:21: Mas, acerca de Israel, diz: “Todo o
dia estendi as minhas mãos a um povo desobediente e
contradizente”. tis 65:2}
• C omo alcancar os gentios?
Rm 10:1-13:
Romanos 10:1: Irmãos, o anelo do meu coração e a
minha oração a Deus é para que Israel seja salvo.
“Isto, como eu, Paulo”. Paulo andou fazendo o mal contra os
cristãos porque pensava que estava certo. E aqui está a bênção
da oportunidade: a sinceridade. Deus vê a sinceridade de nossos
corações e provê uma oportunidade e um meio pelos quais
dizemos sim ou não à salvação que nos oferece. Paulo, o mesmo
que perseguia a Igreja, é um poderoso tipo de Israel, e da urgência e
rapidez com que Deus fará justiça segundo asua Palavra com Israel.
Todos os que começam com o batismo nas águas e recebem o
batismo com o Espírito Santo são discipulados, recebem imposição
de mãos, têm visões, ouvem a voz de Deus, são ordenados e
começam a fazer discípulos. Todos estes eventos acontecem
BlBLE CHRONOS - N T EM ORDEM CRONOLÓGICA

em seqüência. Mas, com Paulo, foi diferente: a última parte do Local do Estudo :
evento da suasalvação foi o batismo nas águas! Ele começou tendo
visão, viu a Cristo literalmente, teve uma experiência pessoal, foi Tema:
discipulado por discípulos, estabeleceu-se no caminho direito,
teve sonhos, teve visões, suas escamas caíram, recebeu imposição M inistrante:
de mãos, foi cheio do Espirito Santo e, por fim, batizado nas águas
em três dias! Em seguida, vemos Paulo pregando a Palavra com
ousadia. A nação de Israel receberá todas estas bênçãos em pouco Cap . inicial :
tempo (Rm 9:28), porque Deus tem tempo e age com pressa!
Romanos 10:2: Porque eu lhes dou testemunho de Cap . final :

que eles têm zelo por Deus, mas não de acordo com o
Discípulo :
entendimento correto. íM2 i:20!
A justiça era mediante a fé e a ressurreição mediante o
cumprimento da Lei. Eles confundiram. Na confusão, rejeitaram
a justificação pela fé e inventaram targuns e, por meio deles,
estabeleceram a justiça própria pelas obras de suas próprias leis.
Com isso, não se sujeitaram à justiça de Deus
Romanos 10:3: Porquanto, ignorando a justiça de
Deus e procurando estabelecer a sua própria justiça,
não se sujeitaram à justiça de Deus. mm i.-izFp.w/
A Lei foi estabelecida, emergencialmente, porque Deus havia se
arrependido de ter feito o homem na face da terra. Os homens
foram todos condenados em Adão. Após este acontecimento,
por causa de uma única ofensa (Rm 5), todos os homens foram
condenados à morte, até mesmo aqueles que não pecaram IR
à semelhança dos pecados de Adão. Com isso, os pecados
||
individuais dos homens não tinham sentença, pois todos já haviam
recebido a sentença capital em Adão. Assim, seus pecados não
eram tomados em conta, porque todos pecaram. Com isso, o
mundo tomou-se um caos, sem justiça, porque não havia lei. Deus,
I
então, estabeleceu a Lei. Como a condenação que os homens
receberam foi a morte, porque todos pecaram, a Lei trazia uma
prerrogativa que dizia: quem cumprir a Lei viverá por ela (Rm 10:5; ft'
Lv 18:5). Isto quer dizer que se Cristo alcançou o seu objetivo de I f-'
guardar e cumprir a Lei no seu coração e em vida de forma cabal,
ele vencería a morte pela ressurreição. Ele não quis desfrutar dessa
vitória só, mas a compartilhou com todos os que creram na sua
I
obra. A obra de Cristo cumpriu a Lei, pois ele tinha amor. As tábuas
mantidas no interior da arca representam a lei inquebrantável
mantida no interior de Cristo, o seu cumpridor (Mt 5:17). Isto
significa que a Lei de Deus deve estar no coração daquele que
deseja cumpri-la pelo amor, pois somente o amor cumpre a Lei; ela
não pode estar no coração natural do homem carnal (1 Co 3:2-3).
Também prefigura o tempo em que esta Lei será estabelecida no
coração do povo de Israel a partir do Reino messiânico (Jr 31:33).
A Lei de Deus cumprida com amor, agora, tornou-se na lei do
Espírito e Vida dada à Igreja. Esta éamesmaleipelaqualnós somos
justificados mediante a fé, a Graça e o sangue (Rm 4:27), assim
como Abraão. Por que a Igreja não se sujeita aos mandamentos
da Lei mosaica? Porque o fim da Lei é o amor. Por causa do amor
por Deus, por nós mesmos e pelo próximo, não matamos, não
roubamos, não cobiçamos, não adulteramos, não damos mau
testemunho. E, poroutro lado, o nosso sacerdócio não é o mesmo
sacerdócio nacional de Levi. Hebreus 7:12 nos diz que, quando há
mudanças na Lei é porque houve mudanças no sacerdócio. Nosso
sacerdócio é real e universal, celestial (Ap 1:5,6; 1 Pe 2:9,10).
Embora aqui e ali houvesse mudanças específicas, a Lei, que foi
dada e estabelecida (Rm 3:31), deve ser resumida em: “Amar a
Bible C hronos D i N elson

Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, em Leitura Bíblica


vez de “olho por olho e dente por dente”. Jesus fez esta mudança P essoal
porque seu sacerdócio é superior (Hb 7:1 -12). O seu sacerdócio
é de acordo com a ordem de Melquisedeque. Antes de submeter-
MÊS: A no :
nos a esta Lei, ele submeteu-nos à lei de Espírito de Vida; isso
quer dizer que, somente com a ajuda do Espírito Santo, somos 01 02 03 04 05 06 07
capazes de submeter-nos à lei da segunda milha, à lei da outra
face, estabelecida por Cristo e, somente pelo amor, podemos 08 09 10 11 12 13 14
cumpri-la; todos estes servos do Novo Testamento estão agora sob 15 16 17 18 19 20 2 1
a lei da Graça, que é mais difícil de se cumprir (Mt 5:39,40) 22 23 24 25 26 27 28
Romanos 10:4: Porque o fim da lei é Cristo, para 29 30 31
justiça de todo aquele que crê. (ci3:24;Rm7:i 4./
Aqui está o verso mais importante do livro, onde está contida
a razão pela qual Jesus venceu a morte, e porque a morte não
pôde detê-lo na sepultura nem no Hades. A justiça da Lei era
estabelecida sobre aquele que a cumprisse: o homem que
praticasse esta justiça revivería por ela. A ressurreição é anunciada
aqui de forma gloriosa. Ele venceu a morte e a morte sabia que ele : È-- '
não podia ser detido, pois ele cumpriu a Lei. Ele triunfou porque DADOS ESPECIAIS
cumpriu a Lei. Segundo a profecia de Moisés. Ele também foi
um protótipo de Cristo (Rm 5:14). Por isso, ele apareceu vivo na
transfiguração e Satanás saiu à procura de seu corpo. O poder
de Cristo fez que ele entrasse na sepultura baseado na glória
do seu ato ao cumprir a Lei. O “homem” aqui é um só: Cristo!
Não há outro. Outros são apenas tipos. Ele foi selado pelo Pai
(Jo 6:27). Ele nasceu do Espírito, gerado pelo Espírito. E todos
aqueles gerados pelo Espírito Santo a morte não tem poder de ■v .
separá-los do amor de Deus! O poder da morte era visto pela
separação que ela estabelecia entre os filhos dos homens e Deus, 11
eternamente. Mas, quando a justiça de Cristo é anunciada pela
nossa fé, advinda pelo arrependimento das obras mortas e pelo
testemunho público do batismo que, por sua vez, declara que
estávamos nele na ocasião de sua morte, começamos a usar o
direito de triunfar sobre a morte. A sentença dada sobre Adão,
a pena capital, chegava livremente a todos os homens, mesmo
sobre aqueles que não pecassem à semelhança de Adão. Ao
cumprir a Lei, Jesus triunfou sobre esta sentença
:|
Romanos 10:5: Porque desta justiça, que é pela lei,
Moisés profetizou assim: “O homem que cumprir
estes juízos viverá por eles”, nv is& az-iz-N e 0:29,-1* 20:1 h
13:21;Rm 7:10}
Os homens pensaram a respeito da promessa de Deus em Gênesis
3:15, e concluíram: então, somente há um que poderia triunfar
cumprindo a Lei e, ao mesmo tempo, vencendo a morte: Cristo!
Mas também surgiría uma pergunta: “Quem traria do Céu este
Homem?”. Como se isto fosse impossível, e como se ele também
viesse com toda a sua capacidade divina. Pois, foi o contrário, ele
se esvaziou de sua capacidade, abstendo-se de sua divindade,
NT

sendo cem por cento homem e triunfando sobre o pecado, sendo


irrepreensível na Lei
Romanos 10:6: Mas a justiça que é pela fé diz assim:
“Não digas em teu coração: Quem subirá ao Céu, isto
é, para trazer de lá Cristo? ídc3ú.-i2 u ;
Ele também deveria morrer, pois esta era a sentença sobre todos
os homens e, como homem, deveria se submeter à morte, pois
era homem, mesmo sendo justo (Rm 5:14); mas quem desceria
ao Hades para levantá-lo? Que precioso ensinamento de Paulo

1629
BlBLE CHRONOS - N T EM ORDEM CRONOLÓGICA

sobre o poder da ressurreição de Cristo. A resposta é esta: “Ele Local do Estudo :


mesmo, pelo poder do Espírito Santo, voltaria da morte”, pois não
era possível que fosse retido por eia (At 2:24). Paulo faz a aplicação ! Tema:
da revelação registrada em Deuteronômio 30:12,13
Romanos 10:7: ou: Quem descerá ao Hades, isto é, M inistrante.-
para reviver a Cristo dentre os mortos?”, m i3:20j
Isto é, está em teu espírito e em tua mente. Se está no coração, C ap . INICIAL:
está no espírito. O coração é o centro da vida espiritual. A mente f
é o centro da vida psíquica e a boca é o seu arauto eficaz. A boca Cap . final :
também é o canal por onde o coração esvazia os seus desígnios. A
palavra está perto da boca, dentro do coração. O melhor pregador Disc Ipulo :
não é aquele que tem a melhor oratória, a melhor postura, nem
beleza física. O melhor pregador é aquele que tem a mensagem
perto de sua boca e no seu coração, porque ele guarda a Palavra
de Deus no seu coração e está pronto para falar do Evangelho.
O melhor pregador é aquele que tem a mensagem que flui do
Espírito. Embora tenha estudado, ou tenha se preparado, ou tenha
sido instruído, a mensagem é guardada primeiro no seu coração
e faz o seu efeito. Dali, parte para a pregação. A palavra da fé é
produzida no Espírito. A palavra da fé flui mente abaixo e chega
ao coração do necessitado. De coração para coração. Quando a j
mensagem procede da mente ao coração, não funciona. Ela deve
fluir do coração ao coração. O coração é o centro de união entre a !
alma e o espírito, e a mente é o centro de unidade entre a alma e o
corpo. O coração é o centro de comando do espírito humano, e a
mente é o centro de comando da alma, do ser psíquico
Romanos 10:8: Mas que diz a Escritura? “Perto de ti
está a Palavra, em tua boca e em teu coração”. Esta é a ;
palavra da fé que pregamos. (Dt30:i4j
Da mesma forma que o pregador anuncia a palavra da fé e deixa
fluir a mensagem de seu coração, passando pela sua boca, esta
mensagem chega ao coração da pessoa; assim, a sua boca anuncia
com sucesso a pregação. Ela confessa em fé. O trabalho da
mensagem é chegar aos ouvidos. A fé é ministrada sobre aquele
que ouve. A boca confessa, e o coração, imediatamente, crê.
Depois, o processo é feito ao contrário. Agora, a boca e o coração
atuam de formas diferentes: a boca confessa que Jesus Cristo é o
Senhor. E o coração crê que Jesus Cristo foi levantado dentre os j
mortos, isto é, que ele ressuscitou. Ocorre a salvação. Primeiro, a
boca confessa. Depois, o coração crê. Muitos crêem como Satanás.
Crêem, mas não confessam. Ele quer que confessemos para que
creiamos
Romanos 10:9: Porque, se confessares com a tua
boca ao Senhor Jesus Cristo, e creres em teu coração j
que Deus o ressucitou dentre os mortos, serás salvo. I
(At 8:37;Mc16:16;Mt 10:32; Lc 12:8;At 16:31)
Quando a pessoa crê, recebe a mesma justificação de Abraão. Eu
creio com o coração e confesso com aboca.Ésimples.A salvação é
simples, não é por obras, para que nenhum homem se glorie
Romanos 10:10: Pois com o coração se crê para
a justificação, e com a boca se faz confissão para a j
salvação.
Se crermos, nos será imputada a justificação mediante a nossa j
obediência e fé. A fé propicia a nossa justificação em Cristo. A
imputação da justiça acontece quando cremos que Cristo cumpriu
Bible C hronos D i N elson

todos os requisitos legais para que fôssemos absolvidos do poder Leitura Bíblica
da Lei, que é a sentença de morte P essoal
Romanos 10:11: Com efeito, a Escritura diz: “Todo
aquele que nele crê não será envergonhado. //., 28:iò; MÊS: A no : —
Rm 0:33; 01 02 03 04 05 06 07
Temos por quê invocar, onde invocar, e sabemos por quê invocar 08 09 10 1 1 1 2 13 14
o seu Nome. Assim como em Adão não houve diferença de raças,
quando uma única ofensa nos trouxe o legado da morte, também 15 16 17 18 19 20 21
na aquisição da salvação, mediante as obras do segundo Adão, que 22 23 24 25 26 27 28
é Cristo, não há diferença. O Senhor é o mesmo Senhor de todas 29 30 31
as nações. Agora, Cristo chama a sua casa de”Casa para todas as
Nações”, mostrando o seu desejo de reunir em Cristo todas as
coisas, tanto as que estão nos Céus como as que estão na terra
Romanos 10:12: Porque não há diferença entre ju­
deu e grego, pois um só é o Senhor de todos, rico e
generoso para com todos os que o invocam”, i a 3:28; j
Rm3:22,29; Gl3:28;Al 10:36)
DADOS ESPECIAIS
A invocação é a prova da fé do coração e a confissão a prova de
confiança da boca. A casa de Deus é chamada casa de oração para
todos os povos! Isso faz sentido
Romanos 10:13: Porque: “Todo aquele que invocar
o nome do Senhor será salvo”. (ji2:32;M2:2i)
• T exto COMPLEMENTAR E COMPARATIVO:
• A Igreja é formada de judeus e gentios,
Rm 15:7-21: í~
Romanos 15:7: Portanto, recebei-vos uns aos outros
em comunhão, como também Cristo nos recebeu para
glória de Deus. (Rmi4:ij
A circuncisão foi um mandamento dado a Abraão pelo Senhor
Deus, quando ele já havia feito de tudo na vida, embora já
envelhecido, mas sem ter alcançado nem realizado, efetivamente,
nada. Abraão ainda permanecia sem descendência e sem futuro
quando oSenhor lhe ordenou que cortasse a ponta do seu prepúcio,
isto é, a carne que cobre o órgão genital masculino, deixando-o
descoberto. Aquela dor insuportável de três dias significa o novo
nascimento, a regeneração e a crucificação da vontade pessoal, a
fim de que sejamos preparados para dar frutos segundo a vontade
de Deus. Cristo, submetendo-se ao serviço da circuncisão, cumpre
também a Lei, em lugar de todos os que nele crêem, deixando
os gentios e os judeus na mesma condição: devem crer no único
que cumpriu a Lei e venceu a morte (juízo declarado sobre todos
os homens). O maior cumprimento da circuncisão é a morte de
Cristo na cruz
Romanos 15:8: Pois eu vos digo que Jesus Cristo foi
constituído ministro da circuncisão por causa da ver­
dade de Deus, para confirmar as promessas feitas aos
patriarcas; (Mt 15:24;At3:25,26;Rm3:3;2Co 1:20)
Este é o cumprimento da profecia sobre o tabernáculo caído de
Davi, o qual será levantado para que os gentios venham louvar o
Senhor (At 15:15,16). Logo, os gentios são devedores do louvor
e da adoração, em espírito e em verdade, que exalta e dignifica
Deus pelo seu amor demonstrado ao enviar o seu Filho, Jesus
Cristo, para nos posicionar nesta condição de adoradores. Mas,

1631
BlBLE CHRONOS - N T EM ORDEM CRONOLÓGICA

veja a condição desta frase paulina: um israelita canta no meio dos Local do Est u d o :
gentios e um filho de Davi canta ao nome do Senhor, no meio dos
gentios alcançados pela circuncisão de Cristo
TEMA:
Romanos 15:9: e para que os gentios glorifiquem a
Deus pela sua misericórdia, como está escrito: “Cele­ M inistrante:
brarei louvores a ti, entre os gentios, e cantarei ao teu
nome”. IS!/S:4Q;2Sm22:501 CAP. INICIAL:
Esta frase está diretamente ligada à promessa feita pela boca do
profeta Davi sobre o tabernáculo que levantou em Moriá, onde CAP. FINAL:
sonhava que todos os povos viessem para adorar Deus naquele
lugar. A função profética de todos os tabernáculos é evidente no Discípulo :
livro dos Hebreus, mas nenhum tabernáculo é tão parecido com
o tabernáculo de Davi senão a Nova Jerusalém. O tabernáculo
de Davi é aberto para a adoração de todos os povos. O povo de
Israel ainda não estava preparado para compreender o significado
profético daquele tabernáculo levantado por Davi e que será
levantado novamente no governo de Cristo na terra. Baseados j
no que vimos anteriormente, podemos, agora, responder por
que o tabernáculo de Davi existiu: porque Davi teve uma visão
profética do tabernáculo segundo a visão neotestamentária,
revelada pelo autor de Hebreus (Hb 9). Porque Davi percebeu
em seu espírito que o tabernáculo celestial não possuía véu,
nem altar de holocausto, já que o Messias morrería uma só vez.
Também não possuía bacia de bronze, porque nenhuma pessoa
suja pelo pecado entraria no Céu. Ele mesmo profetizou: “Só os
limpos de mãos e puros de coração” sobem ali. O que representa o
tabernáculo de Davi? O governo de Cristo na terra, visível e aberto
a todos os povos (Ez 43:1 -5). O tabernáculo de Davi era uma cópia
fiel do tabernáculo celestial com os seus vinte e quatro turnos de
sacerdotes, os quais eram tipos dos vinte e quatro anciãos. Era
aberto e sem cortina, estava diante do adorador (Hb 10:19). Assim
foi o tabernáculo de Davi (2 Cr 16:2). Era aberto, a fim de que todos
os homens de todas as nações comparecessem diante de Deus
para regozijar-se (SI 100). Uma tipologia de quando o trono de
Deus descerá à terra, quando todos os povos se alegrarão diante
de seu Deus (Ez43:1-5)
Romanos 15:10: E outra vez, diz: “Alegrai-vos, ó j
gentios, com o seu povo”. 0x 32-/,3 >
Esta promessa está baseada na glória dos ensinamentos do
tabernáculo de Davi e no cumprimento da promessa feita a Abraão,
o pai da circuncisão, que, por sua vez, profetizou a produção
de multidões de nações, o mesmo que engrandecimento pelo
pacto que une os gentios à promessa de Deus, pois foi feito pai de
multidão de nações, as quais se reunirão ao redor do tabernáculo
de Davi para a adoração do Filho de Deus (At 15:16). Esta é a visão
fundamental de todos os salmos do reino messiânico
Romanos 15:11: E outra vez: “Louvai ao Senhor
todos os gentios, e magnificai-o todas as nações”.
iSa 17:1}
Este será o grande rei dos gentios, sob quem as nações depositarão
a sua completa confiança, sem nenhum tipo de recomendação, j
Ele fala do Reino literal e messiânico. O Reino milenar de Cristo
será visto segundo as virtudes e características do governo de
Salomão, que, por causa de sua paz e de suas alianças, foi sendo
engrandecido. O Reino milenar de Cristo será a restauração
sucessiva de todos os anos sabáticos que a terra não guardou sob
os sete mil anos da civilização humana. O reino milenar de Cristo
é tipificado pelo período em que Israel era guiado e governado
por Deus, sob a nuvem de glória e de fogo; quando Deus era o
Bible C hronos D i N elson

seu livramento, o seu governo, a sua indicação, a sua direção, Leitura Bíblica
cuja glória era visível sobre o Tabernáculo, quando todas as tribos P essoal
lhe traziam ofertas de louvor. E essas ofertas tipificam os reis da
terra que virão até o Senhor Jesus para glorificá-lo e lhe trazer o
“desejado das nações ”, isto é, o melhor de suas terras MÊS:_______ ANO:___

R om anos 15:12: E outra vez, diz Isaías: “Surgirá a 01 02 03 04 05 06 07


raiz de Jessé. É aquele que se levanta para reger as 08 09 10 11 12 13 14
nações. Por isso os gentios confiarão nele”. í/s u -.u j 15 16 17 18 19 20 21
M l 12:21;Ap 5:5; 22:1 ój 22 23 24 25 26 27 28
Mais uma vez, Paulo se refere à Palavra de Deus como única 29 30 31
fonte desse gozo e dessa paz com fé. Isto é, devemos ter paz
crendo, porque a paz sem fé é desconfiança, é omissão. O Deus
de esperança trabalha esta paz e este gozo mediante o poder do
Espírito Santo, do qual não podemos jamais nos afastar
R om anos 15:13: E o Deus de esperança vos encha de
gozo pleno e paz com fé, para que abundeis na esperan­
ça pelo poder do Espírito Santo, /rim i4:i7; i rs i.si
O grande resultado da Palavra de Deus pregada e ensinada: encher
os irmãos de bondade e de pleno conhecimento, a fim de que sejam
capazes de admoestaruns aos outros
R om anos 15:14: Porque eu estou convencido acerca
de vós, irmãos meus, de que estais cheios de bondade e
plenos de todo o conhecimento, e de que sois capazes j
de admoestar-vos uns aos outros. /2 Pe i:i2; i Co8:i;7:ioj
Desta parte em diante Paulo, tratará do seu direito de lavrador: o
poder de ser o primeiro a gozar dos frutos de seu trabalho. Para
isso, todo lavrador precisa ter (1) um pouco de atrevimento, pois
são muitos os que estão calculando os seus frutos, invejando a
sua ousadia. (2) O poder de relembrar. São muitos aqueles que
esquecem do seu dever de contribuir, pois querem apenas o
“venha a nós o vosso reino”. (3) A autoridade para revelar que o
seu ministério é fruto da graça de Deus; isto é, uma concessão de
Deus a Paulo, o qual também foi dado à Igreja, como um dom
R om anos 15:15: Mas vos escrevi, irmãos meus, com
um pouco de atrevimento, para que recordeis em vossa
mente acerca da graça que me foi concedida por Deus, I
(11/3:7,8; Rm 12:3)
As ofertas dos gentios eram consideradas pagãs pelos judaizantes
e não deviam ser aceitas, segundo seu puritanismo e exclusivismo.
Deus disciplinou fortemente os muitos membros da igreja em
Jerusalém, de tal maneira que chegaram a passar por muitas
necessidades, até que, finalmente, consideraram as ofertas dos
irmãos gentios uma bênção, e Pauío era o canal destas bênçãos.
Paulo resolve lembrar que nenhum dos apóstolos se preocupou
em pregar aos gentios, a não ser Filipe, quando esteve entre
os samaritamos e com aquele etíope eunuco. Pedro recusou o
ministério dos gentios que lhe foi apresentado três vezes num
lençol. Relutando, recuou e ficou apenas com o fruto da casa
de Cornélio. Mas, foi repreendido, por sua hipocrisia, pelo
próprio Apóstolo. Mas, foi Paulo quem assumiu o ministério dos
gentios com o verdadeiro fim de dar cumprimento às promessas
registradas pelos salmistas. Agora, Paulo está fazendo-os lembrar
do seu ministério único e da sua ministração genuína do Evangelho,
m esm o sabendo que o raio X da vida moral dos gentios era
semelhante àquele que ele revela no capítulo três

1633 S M IlIM íllililI


BffiLE CHRONOS - N T EM ORDEM CRONOLÓGICA

Romanos 15:16: para ser ministro de Jesus Cristo Local do Estudo :


aos gentios, ministrando-lhes o Evangelho de Deus,
para que as ofertas dos gentios sejam aceitáveis, como Tema:
santificação por meio do Espírito Santo. (At9:i5;Rm i
Fp2:17j
M inistrante:
Paulo, sabendo da existência do esbofeteador, reconhece que
não pode se gloriar (2 Co 12:1-6), mas que a glória pertence a CAP. INICIAL:
Cristo Jesus, pela misericórdia de Deus. Pois os sinais são muitos
e a eficácia de sua obra é notável. Mas, são muitos irmãos que CAP. FINAL:
mostram outras razões para o nosso sucesso, entre as quais não
está registrada a nossa dedicação voluntária, em muitas aflições, D iscípulo :
porque são muitos os que justificam o sucesso de seu líder pela
escola em que estudou, pelos obreiros que o ajudam, pelo dinheiro
que ganha, pela educação que recebeu e pelo discipulado que
teve, sem jamais reconhecer a atitude voluntária e desprendida
do obreiro dedicado
Romanos 15:17: Tenho, pois, de que me gloriar em
Cristo Jesus, nas coisas que a Deus pertencem. iFpi-S;
At 2:17; 5: li
No verso aseguir, veremos que os atos são sinais e prodígios feitos
pelo poder de Deus! Então, ele se coloca como instrumento de
Deus para os gentios; um instrumento que se dedicou plenamente,
de coração, e não somente com palavras. Com atitudes e sem
demagogia. Alcançar a reverência dos judeus era fácil. Alcançar ■i
a atenção dos gregos curiosos era ainda mais fácil. Mas alcançar a
obediência dos gentios, que estava dedicada obrigatoriamente a
César, era muito difícil. E, para isso, Paulo entregou a sua vida por
! JSs.
eles. A obediência se alcança com atitudes, não com palavras. Se
não houver atitudes que causem impacto no coração dos gentios,
não haverá obediência. Neste particular, Tiago estava certo: a fé
sem obras é morta. Quando a fé está morta? Quando há muito
palavreado, muita demagogia e pouca atitude
Romanos 15:18: Porque não ousaria falar senão da­
quilo que Cristo tem feito através de mim, para alcan­
çar a obediência dos gentios, não somente de lábios,
mas com obras. (At 15:12;21:19;Rm 1:5; 16:26; Ip
Os sinais seguiam este homem. O Espírito de Deus estava
respaldando o seu ministério. Deus lhe deu um espaço de
trabalho e ele o cumpriu em pouco tempo. Ele usou estratégias:
a filosofia dos gregos não serviu, mas a entrada dos romanos em ggp
todos os lugares foi fundamental. Posteriormente, inclusive,
ele fará da penitenciária romana um quartel-general, onde ele
jg i
adestrará os soldados romanos para a divulgação da mensagem
do Evangelho. Pois, quando estes eram recrutados e transferidos,
depois de aceitarem a Cristo nas cadeias de Paulo, tornavam-se
em sementes vivas do Evangelho. Na verdade, Roma foi melhor
do que o areópago de Atenas. Agora, Paulo deixa claro que o seu
ministério estava ligado ao corpo apostólico, mesmo que aqueles
não fizessem caso dele. Faz questão de revelar onde está a origem
e a base de seu ministério
Romanos 15:19: Com poder, sinais e prodígios, no
poder do Espírito de Deus; de maneira que, desde Je­
rusalém e por todas as circunvizinhanças até ao Ilírico,
tenho divulgado o Evangelho pleno de Cristo Jesus.
(At 19:1 l;2Co 12:12)
Bible C hronos D i N elson

Primeiro segredo do apostolado: o proselitismo deve ser rejeitado. Leitura Bíblica


Aqui, ele estabelece a sua honestidade ministerial. “Pregar onde P essoal
o nome de Cristo já houvesse sido proclamado”. O fundamento
de Paulo era Cristo (1 Co 3:10). Ele se responsabilizava pelo
MÉS:_ ANO:_
seu trabalho. E era digno de honra. Isto quer dizer que onde há
outro fundamento semelhante à doutrina e à ordem às quais 01 02 03 04 05 06 07
pertencemos, devemos ser éticos e responsáveis
08 09 10 11 12 13 14
Romanos 15:20: E desta maneira me esforcei em 15 16 17 18 19 20 21
pregar o Evangelho, sendo diligente em não pregar 22 23 24 25 26 27 28
onde o nome de Cristo já tivesse sido proclamado, para 29 30 31
não edificar sobre fundamento alheio; a c o to-.is, iój
Segundo segredo do apostolado: os sinais são muito importantes
para ganhar almas. Percebeu que o verbo ver aparece antes
do verbo ouvir? O anúncio foi manifestado pelos sinais e o
entendimento correspondido foi a conseqüente instrução, isto é, j
o discipulado. Ele sabia o segredo. Ver e entender. Como veriam
o Evangelho? Como o entenderíam?
Romanos 15:21: senão, como está escrito: “Aqueles
a quem nunca foi anunciado a respeito dele, verão; e
os que dele nunca ouviram, entenderão”. //s52:isj

• T ex to CRONOLÓGICO CENTRAL:
• 0408 - P a u l o a l c a n ç a n d o os g e n t io s ,
At 28:8-14;R m 16:1-27:
Havia um calor indesejável naquela ilha: a febre. Este calor era ilegal e
estava fora de lugar. Deveria ser expulso. A visita de Paulo, como a visita de
qualquer outro evangelista, sempre gera grande lucro para o Reino de Deus:
salvação de vidas. A visitação doméstica ainda é o maior meio de operação
dos grandes milagres de Deus
Atos 28:8: E o pai de Públio estava acamado, enfermo
de febre e disenteria; e Paulo foi visitá-lo, e, havendo
orado, impôs-lhe as mãos, e o curou. rigs.-M, i5;Mc5.-23,
O Médico dos médicos estava ali, operando curas. Deus amava aquela
gente. O grande trabalho de Deus para trazê-lo ali foi recompensado com a
salvação de muitas vidas í !? ■

Atos 28:9: E feito isto, os demais enfermos da ilha


também vieram e foram curados;
O suprimento d eD eu séa devolução abastada de nossa obediência. O trigo
lançado no mar não era tudo o que eles precisavam. Eles tinham outras
necessidades, e Deus sabia disso. A bondade de Paulo era de grande valor;
e a gratidão daquele povo abençoou a todos os viajantes

Atos 28:10: os quais também nos atenderam com


muitas honras; e, quando embarcamos, puseram a j
bordo as coisas necessárias para a nossa viagem.
Como o mundo helenisto de então cria, na mitologia grega, Castor e Pólux
ItesgasÉEíÈsÉÉiiaÉiiiiieti

eram os filhos gêmeos de Leda. Kastor é o nome grego para “Castor”, e


Pólux significa “docíssimo”. Naturalmente, aquela ilha os venerava; isto
chamou a atenção de Paulo, porque ele sabia que, por trás dos ídolos, havia
demônios. Antigos papiros de Elefantina registraram que a comunidade
judia se instalou em Alexandria depois da tomada de Jerusalém, em 586
a.C., por Nabucodonosor, mas que existiam dados de assentamento judaico

1635
BffiLE CHRONOS - NT EM ORDEM CRONOLÓGICA

mesmo depois da libertação do povo do Egito, por Moisés. Os judeus na Local do Estudo :
Diáspora se estabeleceram na cidade de Alexandria, atraídos pelo Museu, ao
se sentirem protegidos pela tolerância do mundo pagão por sua diversidade Tema:
religiosa. E criaram ali um centro de estudos hebraicos. Em Alexandria, os
judeus gozavam de todos os direitos civis, como os cidadãos gregos, mas M inistrante:
mantinham as prerrogativas concedidas pelos reis persas, que fizeram deles
uma comunidade política autônoma, antes subordinada aos Ptolomeus e,
depois, aos romanos. Os judeus eram liderados portrês grupos que regiam Cap . inicial :
as comunidades da Diáspora: (1) Os arcontes, que dirigiam os assuntos
administrativos e judiciais; (2) os arqui-sinagogos, que administravam os CAP. FINAL:
serviços de culto; (3) os etnarcas, sob cujos ombros pesava grandes poderes
civis, os quais mediavam entre os judeus e os funcionários do Egito ou do Discípulo :
Império Romano. Assim, os judeus se constituíram em um grupo apartado
da população de Alexandria, isolado linguística, econômica e culturalmente,
fato que concorreu para a conservação de sua raça e da tradição de seus
ancestrais. Profissionalmente, os judeus comandavam o porto, a pesca e
diversas empresas marítimas. Por isso, eram a maioria na embarcação,
pois o navio havia saído de Alexandria. Os alexandrinos os criticavam, os
escritores gregos os acusavam de exclusivismo, pois o Império Romano
lhes concedia grande tolerância. Os próprios romanos viviam descontentes DADOS ESPECIAIS
com eles. Em Alexandria, o escritor Apião produziu cartas anti-semíticas
que resultaram na morte de milhares de judeus. Mas, graças à Escola de
Alexandria, Flávio Josefo e Fílon foram grandes defensores dos judeus
diante do Imperador. Foi em Alexandria que, entre os séculos III e II a.C., a
Bíblia hebraica foi traduzida para o grego, a conhecida Septuaginta. Aristeu
e Demétrio foram grandes escritores ligados a esta grande cidade. Com o
fim do inverno, já no ano de 61, embarcaram no navio que chegou a Malta
apenas para levá-los. Tendo passado pelo estreito de Messina, chegaram a
Siracusa. O navio levava a insígnia de um deus composto de gêmeos
Atos 28:11 : Depois de três meses, navegamos em um
navio de Alexandria que havia invernad o na ilha, cuj a
insígnia era”Castor e Pólux”. (M27-.6)
Tendo chegado à linda Siracusa, ao sudoeste da Itália, na Sicília, todos
estavam ansiosos para chegar ao destino que parecia inalcançável: Roma
Atos 28:12: E, chegando ao porto de Siracusa, perma­
necemos ali três dias;
Putéoli (Pozzuoli) foi uma colônia grega de Dicaearchia. A colônia romana
foi fundada em 194 a.C. Putéoli era o grande empório de grãos trazidos pelos
navios alexandrinos e de todo o mundo. Ele também foi o principal porto
de exportação das seguintes mercadorias: vidro, mosaicos, ferro forjado
e mármore. A base naval de Roma era guarnecida ali. De Régio a Putéoli
aproveitaram os ventos favoráveis. Nápolis ficava ao norte e o grande golfo
de Putéoli mostrava as grandes mansões de verão dos senadores romanos.
Ao aportar, o navio alexandrino era um dos poucos que conseguiram chegar
trazendo o necessário trigo para a Itália. Trazia também a Palavra de Deus,
o pão vivo de nosso Deus. As cartas de Paulo chegaram ali primeiro, e Paulo
já era conhecido por sua causa, mas sua chegada não passaria em branco.
Deus estava preparando-lhe uma grande homenagem na terra: a chegada
dos irmãos, frutos de sua mais importante carta. Putéoli era um cidade
cosmopolita, onde orientais e judeus faziam grandes negócios
Atos 28:13: e dali, costeando, subimos a Régio; e,
depois de um dia, soprando o Austro ( “vento sul ),
chegamos no segundo dia a Putéoli,
Quando todos aqueles hom ens chegaram ali, a fé já reinava entre os
soldados, tripulação e prisioneiros. Daqui em diante, a viagem seria por

M )IÍllllÍfe ; 1636
Bjble C hronos D i N elson

terra. Roma ficava a mais de duzentos e dez quilômetros. Tendo atravessado Leitura Bíblica
aquela região de vinhas e oliveiras, tomaram a viaÁpia, a rainha das estradas P essoal
romanas. Por ali desfilaram heróis e prisioneiros. Os irmãos de Roma
vieram ao seu encontro como os italianos faziam quando os seus guerreiros
MÊS:__ _ _ANO:
vitoriosos regressavam de grandes batalhas. Este foi o grande motivo de
ânimo de Paulo, que somente ele podia descrever 01 02 03 04 05 06 07
Atos 2 8 :1 4 : onde, achando alguns irmãos, fomos 08 09 10 1 1 12 13 14
convidados a permanecer com eles sete dias; e assim 15 16 17 18 19 20 2 1
nos dirigimos a Roma. (At i.-isj 22 23 24 25 26 27 28
29 30 31
• Texto COMPLEMENTAR E COMPARATIVO:
• Quais os irmãos que foram ver Paulo na
SUA CHEGADA, NA ITÁLIA? OS MESMOS QUE ELE
SAUDOU NA SUA CARTA ESCRITA, ANTES, AOS
Romanos, Rm 16:1 -27:
Paulo, como um grande líder, sempre terminava as suas obras de
forma exemplar, exaltando a cooperação de todos os irmãos que
conviveram com ele, fato tão importante que, se ele não tivesse
sido um exemplo nesta área, jamais iríamos conhecer um pouco
de sua humanidade, solidariedade e comunhão plena gerada por
um ministério agradecido. A diaconisa deveria ser como o diácono
Filipe, cheia de fé e de sinais de prodígios! Ele recomenda, como
era costume nas igrejas de Deus. Ele recomenda a diaconisa,
exaltando o tipo de serviço que ela presta em várias igrejas da
Cencréia, quebrando o dogma de que a diaconia é um ministério
que deve ser reconhecido apenas no local onde serve o diácono;
mas não devemos esquecer que Paulo trata de uma mulher, uma
diaconisa que trabalha entre várias igrejas da mesma fé e ordem
Romanos 16:1: Recomendo-vos, ademais, a nossa
irmã Febe ( “brilhante ”), a qual é diaconisa na igreja que
está em Cencréia, im is .-is)
Compensação: a diaconisa Febe está sendo recompensada por ipg;
Paulo ainda em vida, pois prestou o mesmo serviço que Paulo í jg g j
pede em seu favor, como colheita de seu trabalho de semeadura:
sustentando e cooperando nas necessidades dos obreiros; pois
ela mesma sustentou ao próprio apóstolo com suas economias.
Agora, deve estarfazendo uma viagem missionária, e Paulo trata de
aproveitar a oportunidade para recompensá-la pelo seu trabalho
de misericórdia
Romanos 16:2: para que a recebais no Senhor, como é
digno dos santos, e que a sustenteis em tudo aquilo que
ela necessitar de vós, porque tem hospedado a muitos,
e a mim mesmo.
A saudação: não é este o único lugar em que Paulo agradece o
NT

trabalho deste casal tão especial no Novo Testamento. Áqüila e


Priscila tinham o dom de investir em homens como Apoio, Paulo,
pregadores da Palavra de Deus. Eles amavam cooperar com eles.
Este é um dom de Deus. Na parábola dos talentos, o Senhor fala
daquele que enterrou o seu único talento dizendo que, ao invés
de enterrá-lo, deveria ter entregue o seu bem aos banqueiros,
e quando voltasse o teria com juros. Isto quer dizer que quando
encontramos uma pessoa que faz aquilo que gostaríamos de fazer,
mas que, de alguma forma, não o podemos, deveriamos investir
todos os nossos esforços nela para que esta realize a sua obra

1637
BlBLE CHRONOS - N T EM ORDEM CRONOLÓGICA

multiplicando os seus talentos; e quando o Senhor vier prestar Local do Estudo :


contas conosco, nós terem os o nosso crédito nos trabalhos
realizados por aqueles em quem investimos, os banqueiros de Tema:
Deus que frutificam e multiplicam os seus talentos por eles e por
nós. Áqüila e Priscila encontraram em Apoio e Paulo os banqueiros M inistra nte :
de Deus, os seus cooperadores. Paulo manda saudá-los
Romanos 16:3: Saudai a Priscila ( “antiga e a Áqüila Cap . inicial :
( “águia ”), meus colaboradores em Cristo Jesus, (Ati8:2;
2Tm4:lQ) Cap . final :
Há pessoas que fazem um bem para o corpo salvando aquele que
Deus usa para abençoar a todos. Os membros de todas as igrejas Discípulo :
agradecem um ato terminal de expor a sua própria cabeça pelo
apóstolo. Este casal fez grandes investimentos neste banqueiro
de Deus
Romanos 16:4: os quais expuseram seu pescoço pela j
minha vida; não somente eu lhes dou graças, mas, j
também, o mesmo fazem todas as igrejas dentre os I
gentios.
A Igreja do Senhor Jesus começou em um hotel (At 1), e a maioria
das igrejas sólidas do mundo começou nas casas dos irmãos na fé.
Áqüila e Priscila não somente investiam no grande banqueiro de
Deus, Paulo, porque eles, embora amassem aquilo que Paulo fazia,
não havia meios para que eles pudessem fazer o mesmo; então,
começaram uma igreja na sua própria casa e, com isso, serviam j
de muita ajuda para o bom andamento da obra missionária de
Paulo. Entre aqueles membros, havia uma pessoa amada que era
as primícias de seu ministério como pregador e apóstolo na Ásia:
Epêneto (At 18:27; 19:21; 1 Co 16:15). Que precioso é lembrar
das primeiras pessoas que nos ajudam a realizar a obra de Deus;
elas ocupam um lugar especial, e são inesquecíveis
Romanos 16:5: Saudai também a igreja que se reúne
na casa deles. Saudai ao amado Epêneto ( “digno de
honra ”), que foi o primeiro fruto da Ásia para Cristo.
//Co 16:15,t9;Cl4:15l
As Marias não têm sobrenomes, têm atos. Elas se distinguem de
forma sobrenatural. Jesus teve presente muitas Marias no seu
ministério. Paulo está dizendo que as pessoas são valiosas em
todas as áreas: as Marias representam os nossos irmãos comuns,
pessoas comuns. Elas são valiosas. Elas são usadas por Deus para j
nos proteger e lutam por nós. As Marias oram, as Marias derramam
perfumes, as Marias preparam alimentos, as Marias anunciam j
nossa vitória, as Marias conhecem nossa voz, as Marias nos ungem
quando os grandes sacerdotes se renegam. Ás Marias confiam em
nós e esperam sinais de nosso ministério. Paulo homenageia as
Marias: saudai a Maria!
Romanos 16:6: Saudai a Maria ( “dona de s i”), que
tem trabalhado muito entre vós.
Nesse verso, Paulo lembra também de seus parentes. Há alguns
parentes que são realmente parentes. Estes se fizeram prisioneiros j
com ele para estar junto dele e ver se lhe faltava algo em todas j
as áreas. Andrônico e Júnias eram companheiros, conhecidos
e estimados entre os apóstolos. Eles também abençoavam os
apóstolos. Os apóstolos os amavam. Pessoas servidoras têm
futuro, consideração e garantia de sucesso. Eles creram em Cristo
antes de Paulo e não exigiam o apostolado, mas se conformavam
Bible C hronos D i N elson

em servir ao seu parente; tinham saudável sentimento de honra Leitura Bíblica


por sua causa. Paulo creu em Cristo depois deles, e eles eram P essoal W
seus discípulos e servos. Que lição de amor, de respeito e de ;-as?Ka<
consideração! Também faz lembrar determinados casais que Cd
Mns: ANO:
sempre demonstram carinho e amor incondicional por nós.
Embora Júnias possa indicar tanto feminino como masculino, eu 01 02 03 04 05 06 07
prefiro crer que eram um casal de pessoas que foram de grande tn
ajuda e consolo, que desejavam estar sempre presentes junto a 08 09 10 11 12 13 14
ele 15 l ó 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
Romanos 16:7: Saudai a Andrônico ( “vencedor dos 29 30 31
h o m e n s ”) e a Júnia, meus parentes e meus compa­
nheiros de prisão, os quais são muito conhecidos e
estimados entre os apóstolos, e que também creram
em Cristo antes de mim.
Entre todos, há um que inspira o amor mais profundo, o amor
sacrificial. Este é o amor que Paulo testemunha sobre Amplias.
Assim como haviam casais, haviam também solteiros
Romanos 16:8: Saudai a Amplias, amado meu no
Senhor.
O colaborador e o caro amado: o Urbano é o homem da cidade,
aquele que conhece os segredos, tem contatos, conhece o caminho
da mina. Este tipo de obreiro é muito necessário. Saudem os
Urbanos das nossas igrejas. Muitas vezes, são malcompreendidos,
mas são de grande valia para a obra. Quando chamamos uma
pessoa de “amada no Senhor” demonstramos respeito e carinho
cristãos especiais. Mas, quando dizemos “meu caro”, é porque há
um reconhecimento muito especial. Sua vida em Cristo me custou
muito; “você é vaso muito raro e caro para mim. Tenho que cuidar
muito de ti”
Romanos 16:9: Saudai a Urbano, nosso colaborador
em Cristo Jesus, e ao meu amado Estáquis ( “carrega­
d os de espigas”).
O aprovado e a família fiel. Apeles era um judeu não-salvo, mas
agora chegou a ser aprovado e escolhido, eleito em Cristo. Seu
passado não me importa se hoje estás em Cristo, se descobriste
quem és no Reino de Deus! Apeles foi aprovado e escolhido:
simboliza os filhos de Deus que trabalham pela excelência. Agora,
Paulo saúda a família de Aristóbulo! Aristóbulo foi um senhor
de escravos, mas aparentemente não se converteu. Há famílias
inteiras que investem na obra, que se estabelecem como colunas
firmes da casa de Deus, mesmo que seu principal líder não se faça I gr:
membro da Igreja. Paulo vai lembrando do solteiro, dos casais, da
família inteira, e também nos faz recordar aquelas famílias cujo i ÜS
chefe não quer servir a Deus, mas dispõe de seus bens na obra de
Deus, sem nunca se converter em vida, ou somente nos últimos
minutos, na hora da morte ou talvez sem jamais se converter. i
: ?5r;.
Paulo, ainda assim, saúda aquela linda e preciosa família de
Aristóbulo, que será representada naquele dia diante de Deus por
sua fidelidade
Romanos 16:10: Saudai a Apeles, aprovado e esco­
lhido em Cristo. Saudai aos da família de Aristóbulo
( “bom co n selh eiro ”). (2Co5:/7j
A maioria da lista de saudação deste capítulo é composição de
nomes gregos. Era comum, quando as pessoas se convertiam,
tinham a opção de trocar seu nome pagão por um nome cristão. E

1639
BlBLE CHRONOS - NT EM ORDEM CRONOLÓGICA

muitos escolhiam nomes gregos. Não foi o caso de Saulo, que agora Local do Estudo :
é Paulo, mas houve uma troca de nome, mesmo assim. A saudação
naqueles dias era um sinal, quase um ritual, levado muito a sério Tema :
entre os membros da mesma família e fé. Paulo mostra que não
terá o dissabor de ter pregado a muitos gentios e abandonado seus
M inistrante :
parentes como o rico, que já morto, no Hades, pediu por seus cinco
irmãos, nem como Ló, que nunca se preocupou com a salvação
de sua família. Mas, ele mostra claramente que os seus parentes C ap . inicial :
chegados conheciam o Evangelho, e alguns creram antes dele!
Mostra também a sua gratidão à família e à viúva de Narciso, que Cap . final :
dorme no Senhor. Quantas esposas de obreiros há que hoje são
esquecidas somente porque seu esposo, que deu a sua vida como
D iscípulo :
libação derramada na obra de Deus, já não vive
Romanos 16:1 l:SaudaiaH erodião( “d e H e ro d es”), !
meu parente. Saudai aos da família de Narciso, que já
dormem no Senhor. (Rm16:7,21-, i co tu 1/
Paulo lembra da dupla abençoada de Trifena e Trifosa. Seus
nomes não inspiram inveja de ninguém, mas o seu trabalho era
insuperável. Elas representam aquelas jovens que se entregam j
fervorosamente na obra do Senhor; que são incansáveis no servir.
Pérside representa os obreiros e obreiras que já estão jubilados;
deram tudo o que tinham pela obra, e agora Paulo os reconhece
com muita honra
Romanos 16:12: Saudai a Trifena ( “delicada”) e a j
Trifosa ( “desprezo ”), as quais trabalham para 0 nosso
Senhor. Saudai a nossa amada Pérsida ( “com o Pérsia ”),
que muito trabalhou no Senhor. 1ísóó.-i i; Tgs.s/ (
Apeles foi aprovado e escolhido, Rufo é apenas escolhido. Alguns
alcançam a honra por graça e mérito, outros somente por graça.
Rufo é 0 homem escolhido no Senhor pela Graça. Há pessoas
que estão nas nossas congregações que sabem perfeitamente
que somente a Graça de Deus os conduziu até o trono de Deus.
Seus méritos não teriam nenhum peso na sua escolha. Os olhos
do Cristo vivo, como holofotes brilhantes, encontraram a Rufo, e
Rufo sabia disso. Mas, quem teria sido o seu intercessor? Quem j
chorou por Rufo? Quem pagou o preço da oração por sua salvação? j
Sua mãe. Como se chama? Não sabemos; ela é simplesmente j
conhecida como a mãe do escolhido Rufo. A sua glória é a glória do
filho, ela quer ser chamada assim, a mãe de Rufo: “Eu sou a mãe
de Rufo”, tal é o orgulho que tem de seu querido filho. Mas, para j
completar, ela não somente teve o dom de ser a mãe de Rufo, mas
era também considerada, como honra, a mãe do apóstolo Paulo.
Quer mais uma razão para ser anônima? “Eu sou a mãe de Paulo,
o apóstolo. Você o conhece?"
Romanos 16:13: Saudai a Rufo ( “rubro ”), escolhido
no Senhor, e à sua mãe, que também tem sido a minha
mãe.
Os irmãos estão com quem vive a diversidade sem contaminar- :
se, sem desviar-se, sem deixar-se levar pela libertinagem dos
homens que vivem em grupos. Estes cinco obreiros representam
exatamente a diversidade dos cinco ministérios (Ef 4:11,12). Os
irmãos estão com eles como os judeus estavam com Maria. A
diferença entre Maria e Marta era a calma de Maria e o estresse de
Marta. Marta vivia correndo nos afazeres da vida e Maria estava
constantemente assentadana sua confiança em Cristo. Esta obteve
mais resultados. Os irmãos estão com quem sabe trabalhar em j

1640
Bible C hronos D i N elson

equipe. Os irmãos estão com quem permite que os diversos dons Leitura Bíblica
sejam manifestados. Os irmãos que estão com Asíncrito, Flegonte, P essoal
Hermas, Pátrobas e Hermes são uma congregação feliz
Romanos 16:14: Saudai a Asíncrito, a Flegonte, a MÊS: A no:
Hermas, a Pátrobas, a Hermes, e aos irmãos que estão
0! 02 03 04 05 06 07
com eles.
08 09 10 11 12 13 14
Mais um sinal de igrejas domésticas conduzidas por determinadas
15 16 17 18 19 2021
famílias de confiança do apóstolo. Nereu é um caso clássico, pois
era um apelido de Egean. Embora tenha se convertido, manteve 22 23 24 25 26 27 28
seu nome pagão. É um tipo daqueles membros da igreja que ainda 29 30 31
continuam com certos costumes do mundo antigo, mas que, na j
caminhada, terão uma experiência com Deus. Paulo o saúda
mesmo assim
Romanos 16:15: Saudai a Filólogo ( “amigo das le­
tras”), a Júlia ( “jovial”), a Nereu ( “ídolo do m.ar”)ea.
sua irmã, e a Olímpia ( “fe sta ”), e a todos os santos que
se congregam junto com eles. /Rmió-.2, mj
Várias referências recomendam o ósculo santo, tais como:
1 Coríntios 16:20; 2 Coríntios 13:12; 1 Tessalonicenses 5:26, j
e não era uma doutrina particular de Paulo. Pedro também
recomendava-o (1 Pe 5:14). Este beijo era dado no rosto como j
um sinal de respeito e afeição. O Senhor Jesus reclamou a falta
do ósculo que não lhe deram (Lc 7:45), que era sinal de afeto e de
despedida (At20:37). “Todas as igrejas te mandam um beijo!”
Romanos 16:16: Saudai-vos uns aos outros com
ósculo santo. Todas as igrejas de Cristo vos saúdam, j
(1 Pe 5:14; 1Co 16:20;2 Co 13:12; 1 Ts5:26!
Não merecem ósculo, nem saudações (1 Co 3:3; G15:20). Doutrina
aqui é Didachê: igual a ensino ministrado com métodos, referindo-
se ao credo inviolável da nossa fé. Eles não estão no mundo, estão
entre os fiéis e causam divisões e graves ataques contra a doutrina
já assimilada pelo corpo de Cristo. Estes não merecem a saudação:
devemos nos afastar deles
Romanos 16:17: Mas, rogo-vos, irmãos, que obser­
veis, entre os fiéis, aqueles que causam divisões e ofen­
sas contra a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles,
12 Ts3:6,14; 1 Tm 1:3; 6:3; C l 1:8, Q;2)o 10)
O que é servir ao próprio ventre? É pensar somente em si mesmo, fp :
é procurar o bem único de si mesmo. É ser avarento, hipócrita, í
suplantador, egoísta. A grande habilidade destes é desviar o
coração dos ingênuos por causa de sua simplicidade. São covardes.
Eles atuam como Absalão, que estava sem ver o seu pai por três
anos, mas trabalhava na porta do palácio roubando o coração do j
povo a seu favor. Eles não servem ao Rei, senão a si mesmo; porém
terão o mesmo fim de Absalão. São pessoas que usufruem da graça
de um Pai que ama o seu filho, mas este jamais sente-se grato por '
esta adoção z
Romanos 16:18: porque tais pessoas não servem a
nosso Senhor Jesus Cristo, senão a seu próprio ventre;
H
e, com suaves palavras e lisonjas, desviam o coração
dos simples em sua ingenuidade. !FP3:i9;ci2.-4,
Vossa obediência é o mesmo que fama. Ela trabalha por si mesma.
Todos conhecem o obediente. A obediência causa regozijo e este
mtMm

1641 WÉS|1
BlBLE CHRONOS - NT EM ORDEM CRONOLÓGICA

é envolvente, exemplar, motivo de glórias a Deus. Mas ele deixa Local do Estudo :
bem claro que duas virtudes não podem faltar a nenhum deles: j
sabedoria e prudência. A sabedoria tem poder para nos guiar no Tema:
meio, no tempo e no caminho do bem, mas a prudência é o espia
no meio, no tempo e no caminho do mal, é nosso código de honra M inistrante:
no meio das coisas más. Ele está dizendo: sede sábios como as )
pombas e prudentes como as serpentes
Cap . inicial :
R om anos 16:19: Porque vossa obediência tem che­
gado ao conhecimento de todos; por isso eu me rego- .j Cap . final :
zijo a vosso respeito; mas quero que sejais sábios para
o bem, e prudentes com relação às coisas más. mm i.s,- Discípulo :
Mt 10:16; 1 Co 14:20}
Esta é a manifestação final do poder de Deus sobre a cabeça
cabeluda de Satanás, que foi ferida no Calvário com a cruz, como
se fosse uma espada fincada na sua cabeça (SI 68:21) no lugar
chamado caveira. A profecia do Pai foi cumprida, pois o vaticínio j
diz: “Esta te ferirá a cabeça” na cruz (Cl 2:15-17), esperando o
tempo certo para a finalização de sua obra quando regressar na
sua segunda vinda e a espada sairá de sua boca e ferirá gravemente
o Inimigo, e, a seguir, triunfará definitivamente sobre ele,
esmagando a sua cabeça (Ap 19:11-19).
R om anos 16:20: E o Deus de paz esmagará, em bre- |
ve, a Satanás debaixo dos vossos pés. A graça de nosso |
Senhor Jesus Cristo seja convosco. Amém. iRm 15 .3 3 ; !
Gn3:15; I Co 16:23; 1 Ts 5:28!

• TEXTO PROFÉTICO-CONFIRMATÓRIO:
• O FIM DO ANTICRISTO. ELE MORREU, MAS NÃO
PERMANECEU NA MORTE. ELE RESSUSCITOU, POIS
SUA GLÓRIA NÃO PODIA MORAR NO PÓ. SUA VIDA
NÃO FOI PISOTEADA NA TERRA (RM 1 6 :2 0 ) , SL í
7 :5 ,6 :
Salmos 7:5: então persiga-me o inimigo de minha
alma e me alcance; pisoteie a minha vida em terra e faça
morarno pó a minha glória. (Selá).
Imediatamente, o salmo deixa de ser messiânico e passa a ser
umsalmo profético, apontando para o grande cerco das nações a j
Jerusalém no Armagedon. Agora, o salmista clama pelo dia da ira j
do Cordeiro
Salmos 7:6: Levanta-te, ó Senhor Jeová, em tua ira!
Prevalece sobre a cerviz de meus inimigos. Levanta-te, j
em meu favor, a respeito do juízo que tu ordenaste, i
iSi3:7; 92:2; 44:23}
■■■' j
• T ex to c o m p l e m e n t a r e c o m p a r a t iv o
(c o n t in u a ç ã o ), Rm 1 6:21 -27:
Como Paulo foi um grande ganhador de almas, e como Deus o
respaldou com a salvação de seus familiares! Todos eles, incluindo
o abnegado Timóteo e companheiro inseparável, todos conheciam
a importância da saudação. Que lição maravilhosa para todos nós,
obreiros da casa de Deus: a importância da saudação!
R om anos 16:21: Saúdam-vos Timóteo, meu com­
panheiro, e Lúcio, Jáson, e Sosípatro, meus parentes, j
(At 16:1; 13:1; 17:5;20:4;Rm 16:7, / //
Observe a oportunidade que o apóstolo dá. Permite que o
anônimo, até então, Tércio, escriba desta epístola, apresente a sua
p tg g g il
Beble C hronos D i N elson

saudação. Paulo era homem dos mínimos detalhes. Ele valorizava Leitura Bíblica
cada atitude dos irmãos P essoal
R om anos 16:22: Eu, Tércio ( “terceirofilho ”), escriba
desta epístola, vos saúdo no Senhor. M ÉS:_________A N O : _

Paulo honra os seus parentes, o seu escriba, o seu hospedeiro 01 02 03 04 05 06 07


e as autoridades da cidade onde se encontra. Sua influência era
algo carismático, que abrangia todas as pessoas em sua volta. Esta
08 09 10 11 12 13 14
graça apostólica é muito necessária na evangelização dos povos. 15 16 17 18 192021
Bendito Gaio, bendito Tércio, bendito Erasto. A hospedagem, o 22 23 24 25 26 27 28
registro da mensagem e o suporte econômico são fundamentais 29 30 31
para a vida apostólica
R om anos 16:23: Saúda-vos Gaio ( “divertido ”), meu
hospedeiro e de toda a igreja. Saúda-vos Erasto ( “am a­
d o ”), tesoureiro da câmara de comércio da cidade, e o
irmão Quartus ( “quartofilho’).
R om anos 16:24: A graça de nosso Senhor Jesus Cristo
seja com todos vós. Amém.
(O texto de R om anos 1 6 :2 5 -2 7 f o i escrito cronolo­
g ica m en te depois de R om anos 14:23]

• T ex to CRONOLÓGICO CENTRAL:
• 0409 - Os ir m ã o s d e Ro m a so u b er a m q u e
Pa ulo h a v ia c h e g a d o a P u t é o l i, n o p o r t o
o f ic ia l d e R o m a , n o l it o r a l o c id e n t a l d a
It á lia . M a l p o d ia m esperar , e n t ã o se r eu n ir a m
E, EM DOIS GRUPOS, VIERAM AO SEU ENCONTRO
ATÉ A PRAÇA DEÁPIO. UM GRUPO PERCORREU 65
QUILÔMETROS, EM UM DOS ITINERÁRIOS ROMANOS
DEMARCADOS PROPOSITALMENTE, E O OUTRO
GRUPO PERCORREU 50 QUILÔMETROS ATÉ “ TRÊS
V e n d a s ” . E ste s e g u n d o g r u p o era c o m p o s t o
DE OBREIROS QUE VINHAM COM BOAS NOTÍCIAS,
RESULTANTES DA SUA CARTA ESCRITA ANOS
a t r á s . C o m a q u e l a s m a n if e s t a ç õ e s , P a u l o
SE FORTALECEU DEPOIS DE TÃO LONGA VIAGEM,
At 28: 15-23; Rm 9:1-24:
Atos 28:15: Ora, os irmãos dali, tendo recebido no­
tícias a nosso respeito, vieram ao nosso encontro até a
NT

praça de Ápio, e às Três Vendas. Paulo, quando os viu,


agradeceu a Deus e tomou ânimo.
Os prisioneiros foram entregues ao general. Mas Paulo era o grande herói,
e avontade de Deus foi satisfeita. Que momentos aqueles, quando todos se
despediam. Muitos presos seriam levados para os mais diferentes lugares.
Ahistória da viagem foi contada. Paulo era o herói. Parabenizado, Paulo foi
tratado com dignidade. Pela mesma estrada construída para receber heróis
e mercadorias, animais e escravos, Paulo marchava, não tendo idéia do que
o esperava, mas estava animado com a manifestação deamordaq ueles dois

1643
Ü §§
BlBLE CHRONOS - NT EM ORDEM CRONOLÓGICA

grupos que vieram ao seu encontro. Em nenhuma cidade havia sido recebido Local do Estudo :
daquela forma. Quando chegaram a Roma, Paulo já havia se inteirado da
sua verdadeira situação social e política. Com a maioria de seus homens Tema:
espalhados pelo mundo, suas mulheres alugavam parte de suas casas,
sem nenhuma comodidade, para os viajantes, os quais deveríam prover
M inistrante:
alimento e forragens. A prostituição era uma prática aceitável, em função 1
da ausência dos esposos pelas constantes saídas dos grandes exércitos. A
hospitalidade era completamente distinta da hospitalidade malta. As casas Cap . inicial :
eram enegrecidas pelo humo das cozinhas. Esteiras no chão, pouca água;
mulheres comparadas a bruxas, que viviam longe de seus maridos por anos, CAP. FINAL:
eram as recepcionistas. Roma dependia de um homem rachador de lenha.
Os escravos prisioneiros eram disputados sempre. Com a chegada de seus
Discípulo :
soldados triunfantes, chegavam doenças, epidemias, graves problemas.
Roma estava cheia de pestes, e cheia de enfermidades, uma das verdadeiras
razões por que Nero a incendiou. As cidades ao redor de Roma estavam
cheias de mosquitos e a febre matava a centenas. Ao chegar a Roma, Paulo
contava com o “elogium”, a carta oficial do governador Festo, bem como o
relato oral do centurião Júlio. Como juiz instrutor em casos que dependia da
decisão do Imperador, o general pedia que o acusado esperasse pordez dias
até a apreciação do Imperador. Assim, estaria por dez dias sob os cuidados
da guarda imperial naquele edifício colossal, o famoso Peregrinorum,
onde, alguns anos mais tarde, seria uma verdadeira fábrica de imperadores.
Concederam a Paulo a “Costodialibera”, um tipo de prisão domiciliar

A tos 2 8 :1 6 : E quando entramos em Roma, o centu­


rião entregou os presos ao general da guarda pretoria-
na; mas a Paulo foi dada permissão para morar à parte,
com o soldado que o guardava. /At24:23;27:3)
Parecia que a grande experiência na escola de Tirano não havia sido
produtiva. Ele voltou a procurar os judeus. Este foi o grande erro de Paulo.
Esta era mais uma de suas muitas insistências com os judeus. E eles não
estavam à vontade com a sua fé e doutrina. O cristianismo deveria cortar
o seu cordão umbilical com o judaísmo. E ali, naquele evento, Paulo se
decidirá definitivamente pelos gentios

A tos 28:17: E aconteceu que, depois de três dias, ele


convocou os principais dos judeus; e, reunido com
eles, disse: “Eu, varões irmãos, sem ter feito coisa al­
guma contra o povo, ou contra os costumes de nossos I |Ç
pais, fui entregue à prisão, desde Jerusalém, nas mãos i!
derOmanOS; (At 13:50;25:8; 6:14)
Paulo já estava crucificado com Cristo. Os irmãos de Éfeso já haviam se
despedido dele com uma despedida que parecia um funeral profético,
tendo em vista a sua morte em Roma, que não seria testemunhada pela
igreja, como aquela em que Maria derramou o seu perfume sobre Cristo,
preparando-o para a sepultura (Mc 14:8)

A tos 2 8 :1 8 : os quais, interrogando-me, queriam


deixar-me em liberdade, porque nenhuma causa de
morte havia em mim. /At22:24;20:31,32;23:20}
Aapelação a César salvou avida de Paulo das mãos dos judeus, e prorrogou
a sua sentença de absolvição ou de condenação

A tos 28:19: Mas os judeus não queriam que me sol­


tassem; assim, fui obrigado a apelar a César, não ten-
Bible C hronos D i N elson

do a minha nação, contudo, nada de que me acusar, j Leitura Bíblica


•At25:11} Pessoal
Paulo ainda creu na influência dos judeus em Roma. Algumas daquelas
MÊS:„_. A N O :___
pessoas influentes tinham acesso à coorte. Mas houve uma contenda e eles
se foram. Sem acordo, aqueles que poderíam ajudar se retiraram 01 02 03 04 05 06 07
Atos 28:20: Por esta causa, pois, vos convidei, para 08 09 10 11 12 13 14
vos ver e falar; porque pela esperança de Israel estou 15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
preso nesta cadeia”. (At26:Ó;7:2Ç;E/3:l;4:l;6:20;2 Tm 1:16} 29 30 31
Muitas vezes, queremos explicar determinados acontecimentos de nossa
vida sem necessidade, e pioramos aquilo que está bem
Atos 28:21 : Então eles lhe disseram: “Nós não rece­
bemos da Judéia nenhum a carta a teu respeito; nem
chegou aqui nenhum dos irmãos que anunciasse ou
dissesse algo mal de ti. (At22:5)
Até aquele momento, Paulo e os judeus não associavam os judeus à “seita”
da qual eles tinham más notícias. Estes judeus moravam nas cercanias
de Roma. Nos dias de Cláudio, haviam sido expulsos, mas regressaram
após a sua morte. Tinham os seus próprios cemitérios e suas catacumbas.
Formavam-se conforme o modelo do Sinédrio de Jerusalém. Honravam
os seus protetores, e eram oriundos do Líbano, de Trípoli, da Palestina.
Contavam com sacerdotes, secretários, funcionários. Isto influenciou muito
na formação da igreja de Roma

Atos 28:22: Mas, convenientemente queríamos o u - !


vir de ti o que pensas; porque, quanto a esta seita,
é notório que em todas as partes se fala contra ela”.
(At24:5,14; 1 Pe 2:12; 4:14}
Grande trabalho de Paulo ao tentar em vão anunciar aos judeus a salvação por
meio de Cristo, mesmo usando a Lei e os Profetas. Paulo sabia que os judeus
tinham acesso direto a Nero pelos artistas judeus, liderados por Alitiro.
Como Popéia era conhecida como uma prosélita judia, Paulo não desejava
indispor-se com aqueles patrícios, mas não queria perdera oportunidade de
falar-lhes da esperança messiânica. Ali foi a despedida entre o cristianismo
eo judaísmo

Atos 28:23: Tendo eles assinalado um dia, muitos


vieram ter com ele em sua moradia, aos quais, desde
a manhã até a noite, expôs, com bom testemunho, o
Reino de Deus, persuadindo-lhes a respeito de Jesus
Cristo, tanto pela Lei de Moisés como pelos Profetas.
(At26:22;Lc24:27;At 17:3; 19:8}
NT

• TEXTO COMPLEMENTAR E COMPARATIVO:


• E n q u a n t o o h er d eir o é m e n in o , n ã o
DIFERE DE UM ESCRAVO, EMBORA SEJA SENHOR
DE TUDO (GL 4 :1 ). PAULO LEVAVA NO PEITO A
TRISTEZA TESTEMUNHADA, CERTIFICADA PELO
E spírito Sa n t o , sem m en tir a , diante de
C r is t o , p o r causa de I srael . E le repete
1645
BlBLE CHRONOS - N T EM ORDEM CRONOLÓGICA

O MESMO SENTIMENTO NO CAPITULO DEZ, Local do Est u d o :


Rm 9:1-24 Tema :
Rom anos 9:1: Digo a verdade em Cristo, e não minto,
porque a consciência do meu espírito testemunha co­ M inistrante :
migo e pelo Espírito Santo: taii.20;2 Co i.-23; / t.-io,- / Tm2:7/
A tristeza era incessante, manifestada pela dor no coração por ver Cap . inicial :
Israel fora da graça de Deus. Depois, o Espírito Santo o consolará,
dando-lhe a revelação das três medidas de farinha que precisam CAP. FINAL:
ser levedadas
R om anos 9:2: que tenho grande tristeza e incessante D iscípulo :
dor no coração.
Ele queria dar-se em penhor como o rei Joás pela sua nação, a fim
de salvá-la (2 Rs 11:2,3), e oferecido em consagração no Santuário
como Samuel, mas sendo exclusivamente de Cristo, para que seus
irmãos de nacionalidade, segundo a carne, cressem em Cristo
R om anos 9:3: Porque desejaria eu mesmo ser consa­
grado exclusivamente de Cristo, em favor do amor de
meus irmãos, meus compatriotas, segundo a carne;
(Êx32:32j
Eles são herdeiros da (1) adoção; mas os gentios requisitaram a
adoção de filhos (Jo 1:11,12); (2) da glória, e Cristo Jesus deu a
glória à Igreja (Jo 17:22); (3) do pacto; mas como eles o rejeitaram,
Jesus inaugurou um Novo Pacto com seu sangue (Mt 26:27-29);
(4) da promulgação da Lei; mas eles, atemorizados, a rejeitaram fV;.»'
e não quiseram ser o seu representante entre as nações como
sacerdotes e colocaram Moisés para ser em seu lugar (Ex 19:5-25;
20:18-22); (5) do divino culto nos tabernáculos, mas rejeitaram a
arca viva, e a mataram; (6) das promessas, e as saudaram somente
de longe (Hb 11:39). É verdade que são herdeiros, mas o herdeiro
não cresceu ainda, e seus tutores e curadores não podem permitir
que ele use a sua herança enquanto não crer na mesma fé de
Abraão, antes da circuncisão. Para isso, ele precisa crescer, pois,
se não crescer, mesmo que seja senhor de tudo, é semelhante ao
escravo (G14:1)
R om anos 9:4: que são israelitas, aos quais pertencem
a adoção, a glória, o pacto, a promulgação da lei, o divi­
no culto, e as promessas; IAt3:25;SII47:19;Hb9:lj
(7) Os patriarcas; mas não agiram como descendentes dos
patriarcas, nem quiseram o seu exemplo; nem aceitaram a sua fé
para que, por ela, lhes fosse imputada a justiça; (8) dos quais veio
Cristo; em quem não creram até hoje (Jo 1:11-12); (9) o qual é Deus
sobre todas as coisas. Nunca deixou de ser
R om anos 9:5: de quem são os patriarcas, e dos quais,
segundo a carne, veio o Cristo, o qual é Deus sobre
todas as coisas, bendito pelos séculos. Amém. (c ii .-ió-iq,-
Jo I:l;Rm 1:25)
A Palavra alcançou a outros que eles não esperavam, de outras
nações. Este era o desejo de Moisés (Êx 34:16), o de Davi nos
Salmos, o de Cristo nas parábolas (Mt 13:44-53) e o de Paulo em
suas epístolas. Inclusive referendado por Pedro (At 15:15,16)
R om anos 9:6: Não que a palavra de Deus haja falha­
do, porque nem todos os que são de Israel são israelitas;
(Nm23:19;Rm2:28,29; Gl 6:16)
Bible C hronos D i N elson
lillSSí
Em Isaque, antes de Jacó, pai de Judá, ele dá este mérito a Isaque Leitura Bíblica
por ser o único filho de Abraão segundo a fé, de quem descendeu P essoal
Judá e de quem descendeu Zerá, o único que teve o sinal do fio de
escarlate. Muitos filhos não serão descendentes diretos de Abraão;

sle
M ÊS: _A N O :.
mas, por Cristo, alcançarão a promessa. Como pode ser chamada
descendência de Isaque sem que seja filho direto de Abraão? 01 02 03 04 05 06 07
Porque aqueles que são filhos de Isaque, aqui, são fruto do Espírito,
na linguagem tipológica de Paulo; isto é, são filhos da mãe livre, 08 09 10 11 12 13 14

C hronos Bible C hronos


Sara, e não de Agar, a mãe segundo a carne. Desse ponto de vista, 15 16 17 18 19 20 21
somos filhos do Espírito, pois não nascemos da vontade da carne, 22 23 24 25 26 27 28
nem do sangue, nem do varão, porque Abraão e o ventre de Sara 29 30 31
já estavam amortecidos, quando Isaque nasceu. A descendência
de Cristo vem primeiramente de Isaque (G1 4:22-31): “Porque
está escrito que Abraão teve dois filhos, um da escrava, e outro da
livre. Todavia, o que era da escrava nasceu segundo a carne, mas,
o que era da livre, por promessa. O que se entende por alegoria:
pois essas mulheres são dois pactos; um do monte Sinai, que dá
à luz filhos para a servidão, que é Agar. Ora, esta Agar é o monte
Sinai na Arábia e corresponde à Jerusalém atual, pois é escrava
com seus filhos; mas a Jerusalém, que é de cima, é livre; a qual é
nossa mãe. Pois está escrito: alegra-te, estéril, que não dás à luz;
esforça-te e clama, tu que não estás de parto; porque mais são os
filhos da desolada do que os da que tem marido. Ora, vós, irmãos,
sois filhos da promessa, como Isaque. Mas, como naquele tempo
o que nasceu segundo a carne perseguia o que nasceu segundo o
Espírito, assim é também agora. Que diz, porém, a escritura? Lança
fora a escrava e seu filho, porque de modo algum o filho da escrava
herdará com o filho da livre. Pelo que, irmãos, não somos filhos da
escrava, mas da livre”
Romanos 9:7: nem por serem descendentes de
Abraão são todos eles filhos; senão que: “Em Isaque
será chamada a tua descendência”. (Gn 2 i:i 2; gi 4:23;
Hb 11:18)
Assim, os que crêem em Cristo como Senhor e Salvador, alcançam,
pelo Espírito, a cidadania abraâmica. Então, eles são contados
verdadeiramente como descendentes. Por isso, Paulo abre o
capítulo sete com a figura daquela mulher que é casada com a
carne, mas quer ser livre para casar-se com o Espírito. Em segundo
lugar, temos que investigar quem deu a Cristo o sangue de Davi,
pois Jesus não foi gerado pela vontade da carne nem pelo sangue
de José, mas sim pela vontade de Deus e pelo sangue de Maria
(Gn 3:15). Como comprovamos que Maria era descendente de
Davi? No livro de Mateus, temos a descendência de Perez (Mt
1:2,3), filho de Judá, filho dejacó, filho de Isaque, filho de Abraão.
Mas Judá também teve outro filho, chamado Zerá (Gn 38:27-30).
Este foi aquele em quem a parteira amarrou um fio vermelho, que
tinha a promessa da bênção do sangue do pacto e da promessa
espiritual, a respeito da qual sabemos, hoje, que era para os filhos
da fé de Abraão (Rm 9:6-8), pois este sinal de graça e fé alcançou
também as janelas da casa de Raabe. A descendência de Zerá não
é mostrada em Mateus nem em Lucas. Por quê? Se ele tinha a
promessa da bênção da redenção! Sobre ele repousava a palavra
profética, e sobre Perez pesava a maldição da rotura, significando
que sua geração seria parada e que um deles seria proibido de dar
descendência pela sua própria semente, como aconteceu com José,
pai adotivo de Jesus. Por que, a partir da bifurcação da genealogia
de Perez, temos toda a descendência de José e Maria? Por que a
descendência de Davi não aproveitou o fio de bênção de Zerá? Este
assunto é tão especial que, quando Neemias contou as gerações,

l l l l l l |Í I 1647
BlBLE CHRONOS - N T EM ORDEM CRONOLÓGICA
T
os homens do censo encheram a cidade dos descendentes de Local do E st u d o :
Perez e apenas alguns da descendência de Zerá foram deixados
(Ne 11:6). Mas, veja como Deus trabalha: um homem da família de Tema:
Zerá tomou-se secretário especial de Neemias. Veja que, apesar do
desprezo, Zerá estava em evidência por meio de um só homem (Ne M inistrante:
11:24). Perez teve muitos filhos registrados (468) para viverem em
Jerusalém, simplesmente porque eles criam que, de Perez, vi ria o
Messias! Agora, veja quantos da família de Zerá foram registrados: CAP. INICIAL:
um, o fiel Petaías. Que revelação temos nesta história? Zerá será
pai da família espiritual da fé, daqueles que descendem de Abraão CAP. FINAL:
mediante a fé, daqueles que optarão pelo fio de escarlate, os quais
representam a redenção e o sangue. Paulo se refere a isto neste D isc ípu lo :
livro. Os filhos de Zerá serão conhecidos em grande número, pois
são filhos da Adoção pelo Espírito da Redenção
Romanos 9:8: Isto é, não são os filhos da carne que
são filhos de Deus, senão os filhos segundo o Espírito
da Promessa que são contados verdadeiramente como
descendência. {Rm8:!4;Cl3:29;4:28)
DADOS ESPECIAIS
O tempo da vida é aquele no qual todas as coisas acontecem para
o bem. “Certamente tomarei a ti por este tempo da vida; e eis que
Sara, tua mulher, terá um filho" (Gn 18.10). E novamente: “...ao
tempo determinado, tornarei a ti por este tempo da vida, e Sara
terá um filho” (v. 14). O tempo da vida é aquele no qual todas as
coisas concorrem para o nosso bem; é o tempo em que todas as
coisas acontecem conjuntamente. O texto diz “no tempo certo da
vida”. Que é isso? Será que realmente tem os um tempo
determinado por Deus para receber ou conquistar nossas vitórias?
Isso é apenas uma demonstração daquilo que significa o “tempo
determinado”, no qual Deus vem visitar-nos. Abraão era um dos
homens mais ricos da terra no seu tempo, mas o seu dinheiro não
pôde adiantar o tempo da promessa, não pôde gerar o seu Filho,
não mudou o propósito de Deus. No mesmo capítulo daquela
promessa divina (de que seria umabênção), ele mesmo foi ao Egito
e de lá saiu com camelos, jumentos, ovelhas e muito gado, porém,
no meio de todos aqueles presentes estava uma criancinha
chamada Agar. Ele poderia dirigir-se ao culto (se estivesse vivendo
entre nós) e declarar como todos testificam: “Deus me abençoou,
veja quanto tenho, veja como estou abençoado”, mas tudo aquilo
era apenas a bênção de Faraó, a fim de desviá-lo do caminho que
deveria percorrer para obter uma bênção perpétua, sem Agar, sem
choro. Isto quer dizer que Satanás sabe que pode interferir na
caminhada de nossa coroação, oferecendo-nos reinos do mundo,
e tão-somente espera que o adoremos. No meio das riquezas que
Faraó nos presenteia, vem a “escravinha” chamada Agar, a qual
crescerá, tomar-se-á uma mulher linda, adulta e destilará o seu
mel; aquela que servirá de laço, a fim de que não haja geração no |fe
tempo determinado pela vida. O que chega ao tempo certo da vida
é fruto de uma visita pessoal de Deus, que não permite que ele
esqueça que foi justamente pela beleza de Sara que ele alcançou
favor dos inimigos. Mas Deus ordenou a separação: “Lança fora a
escrava e o seu filho, porque de modo algum, o filho da escrava
herdará como o filho da livre” (G14.30). Agar é parte do presente
de Faraó, terá que ser lançada fora. No caso de Abraão, ele a
conheceu depois de Sara, a mulher da promessa (Gn 17.18,19);
no caso de outros, cujas histórias são escritas com choro, suor e
lágrimas, Agar apareceu antes de “Sara”. Foi duro para Abraão,
quando Deus ordenou a separação. Ele gostava de Agar, e
intercedeu por ela diante de Deus. Mas Deus foi claro: “A promessa
é com Sara”. “E disse Abraão a Deus: Tomara que viva Ismael

1648
Bible C hronos D i N elson

diante de teu rosto! E disse Deus: na verdade, Sara, tua mulher, te Leitura Bíblica
dará um filho, e chamarás o seu nome Isaque; e com ele j P essoal
estabelecerei o meu concerto... Quanto a Ismael, te tenho ouvido...
O meu concerto, porém, estabelecerei com Isaque” (v. 2 0 ,2 1a), j M ÊS: Ano:
I E S'
Veja que ele tentou empurrar Agar, por causa de Ismael. Deus I c 5”*
disse: “Os abençoo, mas o meu concerto é com outro”. Mas, o que 01 02 03 04 05 06 07
é o tempo davida? Não é o mesmo que o “tempo para tudo debaixo 08 09 10 11 12 13 14
do sol”? Não. É mais do que isto. E o tempo da visita de Deus, no
qual Deus libera a madre. Sara se envergonhava por não poder j
15 16 17 18 19 20 21
gerar no tempo áureo de sua beleza. Por que a beleza, se não podia 22 23 24 25 26 27 28
ser mãe?! Seu vitupério era grande diante da fertilidade de Agar. j 29 30 31
Mas Deus apenas havia fechado a sua madre, não era estéril; toda
sua habilidade e capacidade de ser mãe de multidões estava ali,
naquele lugar, não havia nenhum problema, estava fechada por
Deus para gerar no tem po determ inado da vida! Para
compreendermos o tempo determinado pela vida, necessitamos
leralgumas porções do texto sagrado em Gênesis, a começar pelo j
capítulo 9, verso 26: “Bendito seja Sem; e seja-lhe Canaã por
servo”. Esta bênção ficou no ar durante muitos anos. Noé ainda via
a juventude de seus três filhos. O capítulo 10 revela as três gerações DADOS ESPECIAIS
de seus três filhos: Sem, Cam e Jafé - o primeiro, o segundo e o ! te
terceiro mundos! Sem, é a geração que traz a bênção de Abel e de
Sete. Foi a geração que Deus escolheu para ser canal da semente wpSSSíF i'.:
da mulher, a promessa de Gênesis 3:15. Canaã foi amaldiçoado
para ser servo de Sem e de Jafé. Estas gerações de Gênesis 10 se
multiplicaram, se dividiram e encheram a terra. Ur dos Caldeus foi j
o local que coube aos filhos de Sem, a princípio. Mas, lá no meio j
daquela multidão de gente, havia uma promessa que passava de
pai para filho: “Temos direito às terras de Canaã... quando vamos j
lá para tomá-la?”. Em Ur dos Caldeus nasceram Arfaxade, Salá,
Éber, Pelegue, Reú, Serugue e Naor. Sete homens que tiveram a
oportunidade de mudar a história de sua gente. Mas nenhum gerou
no tempo determinado por Deus. Somente hoje podemos ver as
pistas encontradas na Bíblia daquilo que Deus estava querendo
quando disse: “No tempo determinado virei a ti e Sara terá um
filho”. Um pouco atrás, no capítulo 11, verso 10, lemos: “Estas são
as gerações de Sem: Sem era da idade de cem anos e gerou a j
Arfaxade, dois anos depois do dilúvio”. Quantos anos tinha Sem
quando gerou Arfaxade? Cem. Ele era o primeiro, primícias,
determinação divina. Lembre-se que Satanás quer matar a semente
da mulher (Gn 3:15). Deus soube escondê-la bem. Então, Sem j
gerou com cem anos. Mas, veja que, para alcançar a promessa, era
necessário gerar no tempo certo e o tempo certo era cem anos. Isto j
que hoje está claro diante de nossos olhos estava oculto para eles,
como a nossa base também está escondida, porque tudo é por fé e
não por vista. Esperar o tempo da visita não é fácil. Vem quando não
temos sinal de vida, quando óvulos não são produzidos, quando
Abraão já está velho e amortecido. Mas a melhor coisa que um
ancião pode produzir é um filho, uma geração. Todos os filhos j
frutos da impossibilidade foram decisivos para sua geração e j
NT

produzidos na velhice, como Sansão, Samuel e João Batista. O


atraso de Deus assusta o precipitado. Sara não era estéril, era mãe
em potencial. Aquele que está lendo este capítulo, agora mesmo,
e ainda crê que nasceu para vergonha, para a solidão, para viver na
pobreza de seus ideais jamais realizados, precisa mudar de opinião:
é gerador em potencial. Deus fechou a sua madre para dar fruto no
tempo certo. Mas o que aconteceu com os sete homens, o que eles
nos têm a dizer? Leia sucessivamente o capítulo 11, versos 10,12, }
14,16,18,20,22 e 24. Observe que cada um gerou numamédiade
31,4 anos. Isto quer dizer que não chegaram à metade do tempo

1649
BlBLE CHRONOS - N T EM ORDEM CRONOLÓGICA

determinado e assinalado em Sem: cem anos! Nem ao menos Local do E st u d o :


puderam ser medíocres! Isto é uma realidade! Para alcançar uma
promessa é necessário atravessar o campo da mediocridade. A T ema :
geração que vinha para se estabelecer como substituta no lugar de
Abel e Sete deveria passar a média. Sair de Ur dos Caldeus e chegar M inistrante :
a Canaã significava o mesmo que sair do Egito. Antes, estavam
muito acima, em Ur, depois, estavam muito abaixo, no Egito! Mas,
no meio daquela mediocridade surgiu um homem; como sempre CAP. INICIAL:
surge um homem ou uma mulher cheio de coragem que não aceita
estar na média de todos. Agora mesmo seu coração pode estar CAP. FINAL:
sendo quebrantado, querendo mudar. Faça isto, deixe-se ouvir
agora mesmo. Saia da média. Foiisto que ele fez, decidiu saircom D iscípulo :
algumas pessoas (Gn 11: 26-29). O seu nome é Tera. Veja que
grande homem. Ele saiu. Quando, depois, Deus chama Abraão
pela segunda vez, este não estava em Ur dos Caldeus como nós
pensamos. Não, estava já em Padã Harã, na metade do caminho.
A parte mais difícil já estava percorrida. Tera tem muito a ver com
toda esta bênção. Mas observe porque ele chegou até ali. Lendo o
verso 26, você verá que Tera gerou com setenta anos! O dobro de
todos os outros. Deus chama aqueles que passam da média. Tera
gerou com setenta anos. Foi ele que saiu da terra de seus pais. Ele
perseguiu uma bênção que estavano ar. Abraão foi chamado. Tera
veio porque sentiu que havia uma bênção a receber. O único erro
de Tera é que ele parou em Padã e ali ficou (Gn 11:31). Mas,
observe o verso 30, isolado: “E Sara estava estéril e não tinha
filhos”. O texto diz estava e não era. Isto quer dizer que ela estava
estéril, mas não era estéril. Ora, ora, se vemos uma lista onde todos
contam suas gerações e os anos com que geraram, de repente
aparece uma mulher estéril. Tera morreu com duzentos e cinco
anos. Cento e cinco anos a mais da promessa. Agora entende-se
claramente porque Tera não chegou. Não chegou porque gerou
com setenta. A m eta era cem . D eus, sabendo disso
antecipadamente, interviu. Ele tinha em mente a semente. Deveria
fechar a madre de Sara. Homem sem circuncisão está fechado para
gerar e esta foi a salvação de Abraão. Porque o papel de Agar teria
sido fatal. Deus não considerou como filho da promessa o filho da
escrava, de homem não circuncidado. Os demais geraram muito
tempo antes do tempo determinado. Deus não os visitou. Por isso,
foi um laço diabólico Abraão aceitar as palavras de Sara. Gerou
com 86 anos! Dezesseis anos a mais que Tera. Mas Sara ainda ficou
estéril. Com ela estava a bênção. Ela era livre. Abraão não gerou
diretamente com cem anos. Ele falhou. Gerou com 86 anos e a
genitora era uma escrava. Deus veio salvar Abraão. Tera havia
gerado com 70 anos. A meta era alcançar a promessa de Sem (Gn
10:11). Aquele que gerasse com cem anos alcançaria a promessa.
Deus sabia disso, mas ninguém mais sabia. Por que deveria ser
assim? Afé é um trunfo em nossas mãos. Quando sabemos usá-la,
vencemos. Era isso que Deus queria que Abraão usasse, a fé. Por
isso, ele havia de lutar para alcançá-la, e somente a fé o ajudaria. O
que será que Deus queria dizer com isso: “No tempo certo da vida,
virei a ti “? O único que quase alcançou a promessa foi Tera. Ele
apenas chegou no meio do caminho. Quando Deus chamou a
Abraão, era a sua última chance de conseguir um vencedor. Quem
disse que sua idade interrompe um propósito? O tempo da vida
para alguns pode ser aos 40, mas, para outros, 80, 120... Para
Abraão, havia de ser aos 100 anos, igual a Sem. Tinha que ser nesta
idade. Isaque seria filho daquele que gerasse no ano cem. Deus é
caprichoso com isso. A promessa continua de pé. “No tempo certo
da vida, virei a ti e Sara dará a luz”. O capítulo 17 da história de
Abraão tornou-se um capítulo doloroso. Éo capítulo da circuncisão.

1650
Bible C hronos D i N elson

É o capítulo da mudança de nomes. Am udançadenometem aver Leitura Bíblica


com a mudança na madre. O poder de gerar está ligado à mudança j Pessoal
de caráter. Sem caráter não é possível dar continuidade à bênção.
O capítulo 17 é o capítulo do ano 99. Abraão tinha um filho que já j
M ÊS:_________A N O :__
estava com treze anos. Mas Sara continuava estéril e Deus a
guardara. Agar era mãe e manipulava esse privilégio. Sara sofreu 01 02 03 04 05 06 07
treze anos as suas afrontas. Mas chegou ao ano 100.0 ano 100 é
uma ameaça aos manipuladores, àqueles que controlam por meio 08 09 10 11 12 13 14
de necessidades e debilidades. O ano 100 gera medo no coração 15 16 17 18 192021
daqueles que sabem que o nosso tempo ainda nem começou. Eles 22 23 24 25 26 27 28
vivem junto de nós, perguntam por quê, mas, no fundo, sabem que, 29 30 31
em qualquer dia, alguma coisa extraordinária vai acontecer. Mas
Deus não permite que coisas aconteçam assim de qualquer
maneira. Ele esperou para circuncidar Abraão aos 99 anos. Porque
não o circuncidou logo com 30, 40, 50 anos? Ele é sábio. Mas é
assim mesmo. O capítulo posterior é o capítulo do aviso final.
“Certamente virei a ti por esse tempo da vida” (Gn 18.10). Deus
não considerou a geração dos 86 anos. Sara gera para bênção, no
tempo da vida. Ela existe, está guardada, e, por ela, a promessa será
estabelecida. Veja que precioso é o que lemos de Sara. Em Gênesis
18:12, confessou que havia envelhecido. A menstruação é o choro
do útero, por não haver fecundado. Ele chora por não fecundar. O
útero de Sara não chorava mais. Mas, veja no capítulo 20 de Gênesis
que Abraão nega que Sara seja sua mulher pela segunda vez. Ela
ainda era atraente e bela. Outro homem se afeiçoou por ela e a
tomou, levando-a para a sua casa. Pela noite, o Senhor veio para
livrá-la daquele homem. Deus estava guardando Sara para Abraão.
Isaque seria filho de Abraão e não de Abimeleque. Por isso, Deus
veio furiosamente, apareceu a Abimeleque e prometeu matá-lo se i
tocasse em Sara, ainda que também tenha ficado enfermo.
Naqueles dias, Deus havia cancelado a sua esterilidade. Que
perigo. Como nossa luta espiritual é contínua. Observe como
Satanás lutava para matar a semente da mulher (Gn 3:15). Isaque
seria gerado naqueles dias e Sara estava vivendo o tempo de sua j
fertilidade, pronta para gerar Isaque. Os Abimeleques são os
impostores, os oportunistas que sempre vêm para destruir o !
propósito de Deus. Quantas Saras estão nas mãos de Abimeleques
e quantos Abraãos estão nas mãos de Agares? No capítulo 21, o
texto termina esta saga. No verso 5, encontramos: “E o Senhor
visitou a Sara, como havia dito; e fez o Senhor a Sara como tinha
falado”. Que maravilhosa foi a maneira como Deus guardou o útero
de Sara! “E concebeu Sara e deu a Abraão um filho na sua velhice,
ao tempo determinado que Deus lhe tinha dito. E era Abraão da
idade de cem anos, quando lhe nasceu Isaque seu filho” (Gn 21:5).
Agora, leia Gênesis 10:11 e glorifique a Deus. As promessas de
Deus, que estavam pendentes desde os dias de Sem em Gênesis 9,
agora poderíam ser depositadas na conta de Abraão! Isto significa
que a herança de Canaã lhe pertencia. Ele alcançou a promessa.
Mas, não se esqueça de que, antes do capítulo 21, há o capítulo 20
Romanos 9:9: Porque a palavra da promessa é esta: j
“Por este tempo da vida retornarei, e Sara terá um ;
filho”. {Gn 18:10-14}
Os frutos de seu ventre eram a resposta à sua oferta pessoal no
Moriá
Romanos 9:10: E não só isto, mas também quando |
Rebeca concebeu de um, de nosso pai Isaque; /Gn25.-2ij
A força de Jacó o faria primogênito, mas, de alguma forma, Esaú
conseguiu, enfim, abrir a madre; somente depois de muitos anos
BlBLE CHRONOS - N T EM ORDEM CRONOLÓGICA

Jacó soube pela boca do anjo o resultado daquela luta. Ele havia Local do Estudo :
prevalecido. Sua mãe sabia disso de antemão (Gn 25:22, 23).
A intervenção de sua mãe não alteraria o propósito, pois a sua Tema:
vitória prevalecería de qualquer maneira. Observe que as palavras
conhecimento, eleição e chamado estão registradas no mesmo
verso! Exaustivamente estudamos sobre isto nos capítulos cinco
M inistrante:
eoito
Romanos 9:11: os gêmeos não haviam ainda nascido, Cap . INICIAL:
nem haviam feito o bem ou o mal, quando o propósito
CAP. FINAL:
de Deus foi dado a conhecer de antemão, conforme a
eleição, para que prevalecesse, não pela intervenção D iscípulo :
das obras humanas, senão por aquele que iniciou tal
chamado; ,'Rm4:17;8:28/
É melhor ser o segundo. Tudo estava conectado ao propósito. Na
história da Bíblia, o segundo sempre é o melhor. Abel, Isaque, Jacó,
José, depois de Rúben, Efraim, Jacó, Zerá, Davi, em acordo com
Jônatas, Natã, Maria e Jesus,o segundo Adão (Hb 10:9)
Romanos 9:12: e a respeito deles lhe foi dito:
“O primogênito servirá ao segundo”. /cn25:23)
Deus amava com o coração de sua mãe Rebeca. O coração da mãe
Rebeca abominava o jugo desigual. Que semente geraria o jugo
desigual! O jugo desigual obrigou Deus a escolher o segundo e a
rejeitar o primeiro ( Hb 10:9)
Romanos 9:13: Como está escrito: “Amei a Jacó, mas
aborrecí a Esaú ”.{m u .-2,3)
Aluta de Esaú pela bênção era hipócrita; ele não a valorizava desde
muito. Deus não determinou quem seria o primeiro, dependia da
força de um deles. A bênção não estava no fato de nascer primeiro,
mas no caráter e no desejo das coisas de Deus. As pessoas têm
vontade própria e fazem as suas escolhas. Ao escolher as mulheres
cananéias, Esaú revela o seu caráter desde menino. Ele apenas
comprova um prognóstico baseado em fatos de sua história
Romanos 9:14: Que diremos, então? Que em Deus
há injustiça? De maneira nenhum a. (2cn9:7)
A misericórdia não é dada ao altivo, ao exaltado, mas às pessoas , EL-
humildes e simples. A complacência divina não é oferecida
ao orgulhoso, mas ao que se compadece, ao necessitado que
reconhece seu estado e a grandeza de seu Deus. Nunca será ! g''
oferecida indistintamente, sem consideração i És
Romanos 9:15: Porque foi dito a Moisés: “Terei mise­ ! fc
ricórdia de quem eu tiver misericórdia, e me compade­ ir ;
cerei daquele que eu quiser me compadecer”. /êx 3 3 : iq >
Aquele que sabe que de si mesmo não pode, não sabe, não tem,
conhece a sua condição. Estes merecem a sua misericórdia. Para fiv
eles, é graça, a surpresa e a glória. Dão valor a ela. O rico quis a
misericórdia, mas tarde demais
Romanos 9:16: Assim, que não depende daquele que
quer, nem daquele que corre, senão de Deus, que tem
misericórdia, iE/2.-81
Aproveitando os vasos rebeldes que não se convertem, ele os usa
como vasos de desonra. “Já que é duro o teu coração, permita-me
usar-te para mostrar o meu poder”. Não é uma predestinação
imposta porque era egípcio ou um Faraó, pois a Dário, ele chamou
Bbble C hronos D i

servo. O coração duro mantém as pessoas fora do propósito, mas


elas também podem ser usadas para algum fim negativo, porque
não querem arrepender-se de seus maus caminhos. Os homens
rebeldes são usados como protagonistas da glória de Deus e da
M ÊS: ANO:—
exaltação de seus filhos que nele crêem
Romanos 9:17: Porque a Escritura diz a Faraó: “Para 01 02 03 04 05 06 07
isto mesmo tenho te levantado, para mostrar em ti o 08 09 10 11 12 13 14
meu poder, e para que meu Nome seja anunciado por 15 16 17 18 19 20 21
todaaterra”. íêxq -jò } 22 23 24 25 26 27 28
Ele jamais endurece o coração contrito que o louva e o adora. Ele 29 30 31
endurece o coração daquele que se rebela voluntariamente e,
como um apóstata, crê, mas não se arrepende; mas, quando se
arrepende, não crê no seu perdão, antes, porém, em suas obras.
Ele vive a culpabilidade diante da justificação
Romanos 9:18: De maneira que ele tem misericórdia
d e quem quer, e àquele a quem quer endurecer o cora­
ção, endurece.
DADOS ESPECIAIS
O texto diz que, quando resistimos à sua vontade, Deus nos declara
culpados, e quando obedecemos à sua vontade sem resistir, ele
nos justifica. Nos queixamos porque não conhecemos a justiça
de Cristo. Se estamos em Cristo, não podemos ter culpas, visto
que ele nos garante a liberdade de toda culpabilidade. Os homens
que resistem à sua vontade porque amam o mundo no qual
vivem. Quando Deus vai tocando nos deuses do Egito, o coração
do povo também vai sendo livre para as determinações divinas.
Nós resistimos à sua vontade porque não cremos que ela é boa,
agradável e perfeita. Aparentemente, após uma promessa, vem
uma prova. Mas a promessa se cumprirá, certamente
ggg
Romanos 9:19: Mas, tu me contestarás: “Por que, llfe'
então, ele ainda se queixa? Mostre-nos quem resiste à fSQ
sua vontade?” (2Cr20:6;Jó23:13;On4:35} §1
Quem constrói o vaso é o oleiro. Ele o faz como quer, cem por cento
segundo a sua vontade. Mas quem dá destino ao vaso é quem o i gv
compra. A quem temos sido vendidos? A primeira parte da nossa
vida é crer que o oleiro nos fez para determinado propósito, o qual
se cumprirá, dependendo daquele que o utiliza. Não discutimos
sobre a nossa formação, mas podemos reclamar contra o nosso
uso
Romanos 9:20: Quem és tu, ó homem, para discuti­
res com o teu Deus? Ou que obra feita em barro dirá
ao oleiro que a formou: “Por que me fizeste assim?”.
Ils2Q:16;64:8'}
O vaso que servirá para honra não é honrado por causa de seu
material: ouro, prata ou barro! Não. Ele será honrado se estiver
limpo, puro, e for usado para toda boa obra. Mas, se o vaso é
rebelde, gosta de se sentir intocável, ou frágil, deverá ser posto
de lado e não servirá com honra, porque é altivo, orgulhoso e
presunçoso. Vasos inúteis para toda boa obra são vasos usados
para desonra. Vasos quebrados, vasos altivos, podem servir para
desonra. Mas Deus ainda pode usar vasos defeituosos para um fim
proveitoso e os tomarem vasos de honra
Romanos 9:21 : Ou não tem o oleiro poder sobre o
barro, para fazer da mesma massa um vaso para honra
e outro vaso para desonra? /2 Tm2 :20)
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BlBLE CHRONOS - N T EM ORDEM CRONOLÓGICA

Temos, nos textos, vasos da ira, vasos defeituosos, vasos de honra Local do Estudo :
e vasos de desonra. Cada um deles tem um propósito conhecido
pelo oleiro. Os vasos da ira não foram predestinados para a ira Tema:
(1 Ts 5:9), porque todos foram predestinados para a aquisição
da salvação; tornam-se em vasos da ira porque seus corações são M inistrante:
duros para com seu Criador, e este os utiliza para mostrar, por meio
deles, o seu poder. Pessoas como Caim, Saul e Judas foram usadas
como vasos de ira porque, durante a sua vida, recusaram o apelo Cap . inicial :
de Deus para a salvação e para o perdão. Caim teve a oportunidade
para fazer o bem, e foi advertido mais de uma vez (Gn 4:6,7). Saul Cap . final:
teve a oportunidade de ser um rei ungido por três vezes, mas falhou
em todas as oportunidades (1 Sm 10:1; 1 Sm 15:1). Na primeira, Discípulo :
não disse “amém” para o seu chamado; na segunda, não esperou
o profeta; na terceira, desobedeceu ao profeta a respeito dos
amalequitas. Deus teve que suportá-lo por quarenta anos. Satanás
queria que Pedro fosse o traidor, e pediu permissão a Cristo para
cirandá-lo. Masjesus orou por Pedro. Judas teve a oportunidade de
se converter durante todo o ministério de Cristo, mas continuou
roubando, desde o princípio. Suas práticas foram indicando o
seu destino como vaso de ira. Deus teve que suportá-lo por três
anos. Sem Caim, o sangue de Abel jamais seria derramado, pois
o seu sangue falou como sangue inocente, até o derramamento
do sangue de Cristo (Hb 12:22-24). Caim tornou-se em vaso de
r
ira. Por sua causa, toda a sua geração agiu igualmente e pior do
que ele; e Deus teve que suportá-lo até que pusesse para fora de si
Igl
todas as vocações da humanidade: a imobiliária, a música, a arte,
a agropecuária e a indústria. Saul foi o homem que Deus usou
para preparar e purificar Davi. Judas foi o homem usado para que
a execução da morte de Cristo fosse realizada. Vasos de ira são
úteis para que profecias se cumpram. Os vasos defeituosos são
vasos que o oleiro destina para uma emergência, pois têm algum
defeito. Ainda podem ser usados, de alguma forma. A Igreja entrou
na graça nessa condição. Vasos defeituosos foram usados para
uma obra emergente: vasos de misericórdia tirados do meio dos
judeus e dos gentios. Entre eles, Deus chamou a Igreja. Estes vasos
se tomaram vasos de honra, pois foram purificados e santificados,
preparados pelo seu dono para toda boa obra. O mesmo Paulo
escreveu ao seu discípulo, em 2 Timóteo 2:20, sobre os vasos de
honra e os vasos de desonra: “Pois em uma mansão não somente
há vasos de ouro e de prata, bem como também de madeira e de
barro; uns usados para honra e outros para desonra”. A eleição dos
vasos. A eleição divina não é por acepção de pessoas, nem respeita
vaso algum. Não podemos confundir o oleiro com o comprador. O
oleiro é o Senhor, que faz os vasos. Mas o comprador dos vasos é
quem dá o destino aos vasos. O oleiro faz os vasos para um devido i is
fim. Mas o seu comprador lhes dá o fim que achar conveniente.
Às vezes, o oleiro é o mesmo arrematador, quando o vaso entra
em leilão, pois ele conhece o seu valor real, e também o propósito
pelo qual foi feito. Numa mansão, há vasos de honra e de desonra.
Numa mansão, há vasos de madeira e de barro, de ouro e de
prata. Nas mãos do Senhor, não é o material que indica o seu fim
proveitoso (em honra) ou o seu fim proveitoso (em desonra). Pode
ser que, nas mãos do inimigo, o vaso de ouro esteja sendo usado
em desonra, como Saulo, mas o Senhor o arrematou das mãos de
Satanás, fazendo-o um vaso de honra (At 9:15). Assim, o oleiro
fica inescusável, pois ele fez o vaso com um fim, predestinado em
sua forma e em seu valor, mas o comprador deu o destino que quis.
Os vasos vivos, como os homens, têm vida e sobre si têm poder de
possessão, e podem escolher os seus senhores. Paulo usará bem
claramente a palavra “dono”, isto é, aquele que lhe dá o seu devido

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Bible C hronos D i N elson

fim, conforme a sua vontade. Mas ele não é o oleiro. O Pai é o oleiro, Leitura Bíblica
mas requer voluntariedade do vaso para que o Filho também seja P essoal
o seu dono. Também em 2 Timóteo 2:21: “Portanto, se alguém
limpa sua própria alma destas coisas, será usado como vaso puro
M êS:_ A n O:_
servindo à honra, santificado e útil para uso de seu dono estando
preparado para toda boa obra". Há vasos que servem apenas a um 01 02 03 04 05 0 6 07
único fim proveitoso, mas não são aptos para servir em toda boa
08 09 10 11 12 13 14
obra. Dependendo do valor, é útil para a beleza, mas não para o
serviço comum. Deus, no entanto, requer que o vaso seja puro, e 15 16 17 18 19 2021
não simplesmente valioso. Deus requer que o vaso seja santificado 22 23 24 25 26 27 28
e útil. Muitos vasos há que têm muito valor, mas são inúteis 29 30 31
Romanos 9:22: Que diremos, pois, se Deus, queren­
do mostrar a sua ira e fazer notório o seu poder, supor­
tou com muita paciência os vasos da ira, condenados
para a destruição, (Rm2.-4j j |P ^ ' '"
Destes vasos defeituosos, Deus levantou a Igreja. A obra do Espírito w
Santo foi preparar estes vasos, tirando deles toda mancha, a fim de th
apresentá-los úteis para toda boa obra. Ele os guardou antes dos
tempos para mostrar neles a sua glória entre os vasos de honra. ! ' DADOS ESPECIAIS
í i& sssí
03
ff
Como uma pessoa torna-se em um vaso de honra? Não chega a
ser um vaso de honra por causa de seu material; não chega a ser ; p s
vaso de honra por predestinação; não se torna vaso de honra por
causa da posição que ocupa na mansão. Torna-se vaso de honra por 1
causa de sua utilidade. Torna-se vaso de honra pelo produto que
guarda; torna-se vaso de honra quando é purificado e santificado
para toda boa obra. Assim, Deus mostra a sua glória nos vasos que
não serviam aos olhos humanos. Mas eles se tornaram vasos de
misericórdia porque, por meio deles, Deus mostrou as riquezas
da sua glória (Lc 10:20-21) aí
Romanos 9:23: para fazer notórias as riquezas da
sua glória para com os vasos de misericórdia, que ele j
preparou de antemão, para neles mostrar a sua glória,
(E/3:l ó;Rm8:29,30)
v _ f
Igreja é a esposa de Cristo, que foi tirada do meio de dois povos:
judeus e gentios; considerada vaso com algum defeito, mas th
merecedora da misericórdia do oleiro (Jr 18:1-5). Como Paulo e
Lucas. Como Pedro e Timóteo. Quem é a Igreja? A Igreja não é o
Reino, senão um elemento dele. Dela, hão de sair os governantes
do Reino. Esses governantes serão estabelecidos por Cristo. A
Igreja é uma pérola! Ela será vista publicamente em seu lugar de
honra no milênio e na eternidade do Reino. O Reino está mais perto
deste mundo por causa da Igreja. A obra da Igreja não terminará
no arrebatamento, mas, até este evento, estará preparada para
começar a obra de Deus. Por isso, a Igreja desfruta dos poderes
do século vindouro, com o fim de estar apta para governar nele.
A verdadeira Igreja de Cristo não tem compromissos com este
mundo. Tem compromisso com o mundo vindouro; não pode servir
a dois senhores, pois tem compromisso com o século vindouro. A
Igreja que tem compromisso com este mundo há de aproximar-se
à prostituta de Apocalipse 17. Aí está a falsa Igreja mundial, da qual
se valerá o Anticristo para estabelecer o seu poderio no mundo
inteiro. A Igreja vista no propósito dos três elementos do Reino
de Deus. Atualmente, Deus está tratando com a Igreja de uma
forma muito especial. A Igreja é um povo de propriedade exclusiva
de Deus e isto inclui tanto os judeus como os gentios. Nela, não
há acepção de pessoas. Nenhum elemento do Reino pode ser
introduzido no Reino sem experimentar a glória e o poder do Reino.

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BffiLE CHRONOS - N T EM ORDEM CRONOLÓGICA

Deus tem um Reino e este Reino tem poder e glória. Deus não dá Local do Estudo :
a sua glória ao homem. Deus outorgou a sua glória à Igreja, por
intermédio de Jesus! (Jo 17:20-22). O objetivo do Senhor Deus em Tema:
escolher Israel como nação não foi para que este povo, ao ser eleito,
se pusesse como o único privilegiado nessa escolha. Ao contrário
disso, esta nação foi escolhida para abençoar outras nações. Mas
M inístrante:
Israel orgulhou-se disso. Esqueceu-se de sua incumbência e de seu
ofício, apegando-se ao seu privilégio. O mesmo que acontece hoje ! Cap . inicial :
no seio da Igreja de Cristo, aconteceu com Israel: a instituição dos
preconceitos exclusivistas. O afastamento dos propósitos divinos. CAP. FINAL:
Deus escolheu uma nação para uma grande missão, mas ela se
fez ociosa por causa dos privilégios desse encargo, e esqueceu-se
Discípulo :
do serviço. O da escolha de Israel não foi para lhe conceder uma
grandeza político-social ou dar-lhe o título de potência econômica
com objetivos de destruir e suplantar os povos da terra, julgando-
os com vara de ferro. O propósito da escolha de Israel não era para
que os privilégios suplantassem as grandes incumbências que lhe
foram dadas. O propósito da escolha de Israel não foi para que se
julgasse protegido incondicionalmente por Deus como se fosse
o seu favorito! Nem para menosprezar os demais povos que não DADOS ESPECIAIS
pertenciam à nação eleita (Êx 34:16). O propósito da escolha de
um homem para um ministério é sempre em benefício dos outros
e não para benefício de um só. Implica em tribulações e sacrifícios
em favor de todos 0o 3:16). O propósito da escolha de Israel não
foi pelo favoritismo, ou pela grandeza política, social e econômica
daquela nação; o objetivo não era levantar um reino teocrático
nacional, porque, se fosse por isso, Deus teria falhado. Onde estaria
essa grandeza política? Onde estaria essa potência econômica?
Onde estaria esse reino teocrático? Como pôde desprezar um povo
que escolheu? Como pôde permitir a sua divisão e suahumilhação
na maior parte de sua história? O fracasso político e social e o
protecionismo deste povo nos levam ao entendimento de que
não foi este o objetivo divino! Qual foi o propósito da escolha de
Israel? Foi dar humanidade ao seu propósito, ao seu reino, à sua
divindade, àquilo que fazia desta nação um reino de sacerdotes
(Êx 19:5,6). Era manifestar a sua glória entre os homens. Embora
Israel tenha falhado, mas a Semente desta mulher não falhou (Ap
12:3-5; G n3:15). Esta semente foi um homem eleito que substituiu
a nação eleita, pois o propósito de Deus não deixou de ser efetuado
por um judeu obediente e humilde (Jo 5:19). Esse judeu humilde
não se tornou ocioso pelo privilégio de ser o primogênito dos
mortos ou o crucificado, o “Unigênito de Deus” . Ele simplesmente
esvaziou o seu coração de toda a usurpação (Fp 2:5-8) e apegou-se
à incumbência da cruz. Ele estava interessado em chegar ali ao
Calvário, como qualquer um de seus escolhidos também deseja
chegar ao seu objetivo, para agradar a seu Deus. Assim, Jesus
restaurou o sacerdócio universal esquecido por Israel. Era assim
que Deus queria, que Israel fosse o que Levi foi para a nação:
tribo sacerdotal. Isto era apenas um modelo nacional daquilo que
podería ter sido propósito universal. Este não é o primeiro modelo
sacerdotal universal. Este sacerdócio levítico foi outro sacerdócio. i S;
Pela falha de Israel em não obedecer às prerrogativas divinas
para ser uma bênção para todas as famílias da terra, o sacerdócio
universal, por um tempo, foi posto de lado. Deus precisou tratar
inicialmente com anação de Israel e “organizou a casa”, a fim de
que esta “casa” assumisse a posição que lhe havia sido predita
R om anos 9:24: os quais somos nós, a quem também
chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre
OSgentiOS?(.Rm3:29j
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