Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Estrutura do curso
O curso está estruturado em 8 aulas. Essa apostila contempla o conteúdo que
será ministrado nessas aulas. Após cada aula, será disponibilizado um teste para
aplicação e reforço do conhecimento adquirido.
FTBB
Brasília/2023
Faculdade Teológica Batista de Brasília 3
SUMÁRIO
"A plenitude dos tempos" é uma expressão usada pelo apóstolo Paulo na sua
Epístola aos Gálatas (4:4) na Bíblia. Ele usou essa expressão para se referir ao
momento em que Jesus Cristo nasceu.
Paulo provavelmente estava se referindo ao fato de que, no momento em que
Jesus nasceu, todas as condições eram favoráveis para a propagação do
cristianismo e a realização da missão de Jesus na Terra. O Império Romano havia
estabelecido uma rede de estradas que facilitava as viagens e a comunicação, a
língua grega era amplamente falada na região do Mediterrâneo, e a religião judaica
havia se espalhado por muitas partes do mundo conhecido.
Além disso, muitos judeus estavam esperando a chegada do Messias naquela
época, e a vinda de Jesus foi vista por muitos como o cumprimento dessas profecias.
Assim, Paulo usou a expressão "a plenitude dos tempos" para descrever o momento
exato em que Jesus nasceu, como se fosse o momento perfeito para a realização da
missão divina.
foi um dos principais líderes no Concílio de Jerusalém, que decidiu que os gentios
não precisavam seguir todas as leis judaicas para se tornarem cristãos.
3. João - também conhecido como o "discípulo amado", era um dos apóstolos
mais próximos de Jesus e foi o autor do Evangelho de João e do Livro do Apocalipse.
Ele foi um dos líderes da igreja em Éfeso.
4. Paulo - originalmente chamado Saulo, era um perseguidor de cristãos que
se converteu ao cristianismo depois de ter uma visão de Jesus. Ele se tornou um dos
principais líderes da igreja apostólica e foi responsável por espalhar o cristianismo
para muitas partes do mundo conhecido.
4. Ana, profetisa - Ana era uma mulher idosa que passou a maior parte de sua
vida no templo em oração. Quando ela viu Jesus, ela reconheceu sua importância e
profetizou sobre ele. Ela é um exemplo de perseverança e devoção a Deus.
5. Priscila - Priscila era uma líder da igreja em Corinto que trabalhou em
conjunto com seu marido, Áquila, para espalhar o evangelho. Ela é um exemplo de
liderança feminina na igreja primitiva.
Os pais apostólicos
5. Irineu de Lyon - foi um bispo que lutou contra as heresias que ameaçavam a
igreja, especialmente o gnosticismo. Ele é conhecido por ter escrito "Contra as
Heresias", que é uma das obras mais importantes da igreja primitiva.
Maniqueísmo
Neoplatonismo
Marcionismo
Ebionismo
Montanismo
As perseguições imperiais
1. Justino Mártir (c. 100-165 d.C.): Autor de duas Apologias e um Diálogo com
o judeu Trifão, onde defende a crença cristã contra as acusações de ateísmo,
imoralidade e subversão política.
2. Tertuliano (c. 155-240 d.C.): Autor de várias obras, incluindo Apologia e
Contra Marcion, onde defende a ortodoxia cristã contra as heresias e as críticas dos
filósofos pagãos.
3. Irineu de Lyon (c. 130-202 d.C.): Autor de Adversus Haereses, onde refuta
as heresias gnósticas e defende a ortodoxia cristã.
Faculdade Teológica Batista de Brasília 16
O arianismo foi uma heresia cristã que surgiu no século IV d.C. e que negava a
doutrina da Trindade, ou seja, a crença na divindade de Cristo e no Espírito Santo
como pessoas da mesma substância divina do Pai. Seu nome vem do teólogo
Alexandria, Ário, que foi seu principal defensor.
Segundo a doutrina ariana, Jesus Cristo era uma criatura divina, mas não
Deus em si mesmo, como o Pai. Eles acreditavam que Cristo foi criado pelo Pai antes
do tempo, e que Ele era inferior ao Pai em natureza e dignidade. O arianismo
argumentava que a Trindade negava a unidade de Deus, e que a doutrina da
Trindade deveria ser substituída pela crença em um Deus único, com Cristo como
Sua criatura.
O arianismo foi amplamente combatido por líderes cristãos ortodoxos, como
Atanásio de Alexandria, que defendiam a doutrina da Trindade como essencial para a
fé cristã. A controvérsia ariana foi um dos principais debates teológicos da igreja
antiga, e teve grande impacto na formulação da doutrina cristã. Em 325 d.C., o
Concílio de Niceia condenou o arianismo como heresia e afirmou a crença na
Trindade como doutrina oficial da igreja. No entanto, o arianismo continuou a existir
em algumas áreas da igreja, especialmente entre as tribos germânicas, até o século
VIII d.C.
Os três capadócios
A escola de Alexandria
Apolinarismo
O Apolinarismo foi uma heresia cristológica que surgiu no final do século IV,
liderada pelo bispo Apolinário de Laodiceia. A heresia afirmava que Jesus Cristo,
embora fosse divino, não possuía uma alma humana racional, em vez disso, sua
natureza humana era substituída pela divina.
Apolinário acreditava que a união de Deus com a humanidade em Jesus Cristo
só poderia ser alcançada se o aspecto humano fosse reduzido. Ele argumentava que
a mente de
Faculdade Teológica Batista de Brasília 21
Cristo era divina e que, portanto, ele não possuía uma mente humana racional.
Essa crença negava a plena humanidade de Cristo e colocava em risco a doutrina da
encarnação.
O Apolinarismo foi condenado pelo Concílio de Constantinopla em 381 d.C. e
novamente pelo Concílio de Calcedônia em 451 d.C. Esses concílios afirmaram que
Jesus Cristo possuía uma natureza divina e uma natureza humana completa,
incluindo uma alma humana racional, sem confundir ou misturar essas naturezas. A
doutrina da encarnação é uma das mais importantes da teologia cristã, e o
Apolinarismo representa uma das tentativas mais significativas de distorcer essa
doutrina.
A escola de Antioquia
Nestorianismo
Eutiquianismo
4. A igreja medieval
A atividade missionária na Irlanda
religiosa. Ele fundou vários mosteiros em Roma e, em 579, foi nomeado pelo Papa
Pelágio II como um dos sete diáconos da Igreja Romana.
Após a morte do Papa Pelágio II em 590, Gregório foi eleito Papa pelos
cardeais da igreja, tornando-se o primeiro monge a ocupar o cargo. Como papa,
Gregório realizou várias reformas na igreja, incluindo a organização de serviços
religiosos, o estabelecimento de mosteiros e a promoção de uma educação cristã
mais ampla.
Gregório também é lembrado por sua obra missionária, especialmente na
Inglaterra, onde enviou o monge Agostinho em 597 para converter os anglo-saxões.
Ele também foi um prolífico escritor, escrevendo várias obras teológicas e litúrgicas,
incluindo os famosos "Diálogos" e "Moralia in Job".
Devido a suas muitas realizações, Gregório I é amplamente reconhecido como
um dos mais importantes papas da história da Igreja Católica Romana e é venerado
como um santo pela Igreja Católica, Ortodoxa e Anglicana. Sua festa é comemorada
em 3 de setembro.
Islamismo
seus seguidores conquistaram Meca sem derramar uma gota de sangue. Ele
estabeleceu o Islamismo como a religião predominante da Arábia, e o seu estado
islâmico se tornou um dos mais poderosos da região.
Após a morte de Maomé em 632 d.C., seus sucessores (califas) expandiram o
território do estado islâmico, conquistando territórios que hoje correspondem a
partes da Europa, África e Ásia. O Islamismo se espalhou rapidamente, graças em
parte à sua mensagem simples e atraente, e também à sua tolerância religiosa e
cultural. Hoje, o Islamismo é a segunda maior religião do mundo, com mais de 1,6
bilhão de seguidores.
As Cruzadas
com a razão filosófica. A escolástica foi uma tentativa de reconciliar a fé cristã com a
filosofia grega antiga, especialmente a obra de Aristóteles. Os principais
representantes da escolástica eram os teólogos e filósofos cristãos medievais que
trabalhavam em universidades e mosteiros por toda a Europa, incluindo Tomás de
Aquino, Anselmo de Cantuária, Pedro Abelardo e Boécio.
A escolástica usava a lógica e a razão para explicar a teologia e a doutrina
cristã, e os filósofos escolásticos buscavam estabelecer uma base racional para a fé.
A escolástica teve um grande impacto na teologia e na filosofia cristã, influenciando o
pensamento ocidental por séculos e ainda sendo estudada hoje.
sangue de Cristo, e argumentava que a Bíblia deveria ser a única fonte de autoridade
na Igreja, em vez da tradição e dos ensinamentos da hierarquia católica.
Wycliffe começou a traduzir a Bíblia para o inglês em meados do século XIV, e
a primeira tradução completa foi concluída por seus seguidores após sua morte. Sua
tradução foi uma das primeiras em língua vernácula e permitiu que as pessoas
comuns tivessem acesso direto à leitura da Bíblia, sem depender da interpretação
dos líderes da Igreja.
Por suas ideias reformistas, Wycliffe foi perseguido pela Igreja Católica, sendo
excomungado em 1381. Ele morreu dois anos depois, em 1384. Suas ideias e sua
tradução da Bíblia tiveram grande influência na Reforma Protestante do século XVI, e
seus seguidores, os "Lollardos", continuaram a pregar a reforma religiosa na
Inglaterra durante muitos anos.
A Renascença
5. A igreja da Reforma
A Reforma Protestante foi um movimento religioso do século XVI que se
originou na Europa, liderado por figuras como Martinho Lutero, João Calvino e Ulrico
Zuínglio. A reforma foi um desafio às doutrinas e práticas da Igreja Católica, que
havia se tornado cada vez mais corrupta e dominada pelo poder político e
econômico.
O movimento teve início em 1517, quando Martinho Lutero, um monge alemão
e professor de teologia, publicou suas 95 Teses, um conjunto de críticas à venda de
indulgências pela Igreja Católica. Lutero acreditava que a salvação não podia ser
comprada, mas sim alcançada pela fé em Jesus Cristo, e que a Bíblia deveria ser a
única fonte de autoridade religiosa, em vez da tradição da Igreja.
A Reforma Protestante se espalhou rapidamente pela Europa, com muitos
líderes religiosos e políticos abraçando as ideias de Lutero. Em 1521, Lutero foi
excomungado pela Igreja Católica, mas suas ideias já haviam se tornado amplamente
difundidas.
Outros líderes reformistas surgiram, como João Calvino, que fundou a Igreja
Reformada na Suíça, e Ulrico Zuínglio, que liderou a Reforma em Zurique. Cada líder
teve sua própria interpretação das ideias de Lutero, mas todos eles enfatizaram a
importância da Bíblia e da salvação pela fé em Jesus Cristo.
A Reforma Protestante teve um grande impacto na política e na sociedade da
Europa. Os príncipes alemães apoiaram a Reforma como uma forma de desafiar o
poder do Papa e do imperador romano, e a Igreja Protestante se tornou uma força
política poderosa em muitos países.
A Reforma também levou a uma série de guerras religiosas entre católicos e
protestantes, incluindo a Guerra dos Trinta Anos na Alemanha, que durou de 1618 a
1648. No entanto, a Reforma também foi um fator importante na disseminação da
educação e do conhecimento, com muitas escolas e universidades sendo fundadas
por líderes protestantes.
Hoje, a Reforma Protestante continua a ser uma força importante na religião e
Faculdade Teológica Batista de Brasília 38
Os Anabatistas
determinada pela vontade de Deus, e que a pessoa não tem escolha em sua própria
salvação ou condenação. Ele também enfatizou a autoridade suprema das escrituras,
rejeitou a ideia da mediação de santos e da transubstanciação, e defendeu a
importância do governo civil na manutenção da ordem e da disciplina dentro da
igreja.
Calvino liderou uma reforma na cidade de Genebra, estabelecendo uma igreja
reformada baseada em uma comunidade de crentes comprometidos com a reforma
religiosa e social. Ele também defendeu a educação, o trabalho árduo e a frugalidade
como valores importantes para uma vida cristã.
O calvinismo se tornou uma das principais correntes do protestantismo na
Europa e se espalhou para outras partes do mundo, incluindo a América do Norte. O
legado de Calvino continua a influenciar a teologia, a ética e a política modernas em
todo o mundo.
A Reforma inglesa
Os Jesuítas
dos Enfermos, Ordem e Matrimônio), a definição da Bíblia como sendo composta por
73 livros, a proibição da venda de indulgências e a criação de um catecismo oficial.
O Concílio de Trento foi um marco na história da Igreja Católica e teve um
impacto significativo na Reforma Católica, que foi uma resposta à Reforma
Protestante. Suas decisões ajudaram a consolidar a doutrina e a liturgia da Igreja
Católica e a reforçar a autoridade papal.
A Guerra dos Trinta Anos foi um conflito que ocorreu na Europa Central entre
1618 e 1648. O conflito foi motivado por tensões religiosas, políticas e territoriais que
haviam se acumulado ao longo do tempo entre católicos e protestantes na região.
guerra começou na Boêmia em 1618, quando nobres protestantes se revoltaram
contra o governo católico do rei Ferdinando II. O conflito se espalhou rapidamente
pela Europa Central, com países e regiões tomando partido a favor dos católicos ou
dos protestantes.
A guerra foi caracterizada por muita violência e crueldade, com saques,
pilhagens e massacres ocorrendo em muitas partes da Europa Central. As batalhas
envolveram exércitos de diferentes países, incluindo a Alemanha, a Espanha, a
França, a Suécia e a Dinamarca.
A guerra causou a morte de milhões de pessoas, incluindo civis e soldados.
Além disso, muitas cidades e vilarejos foram destruídos e a economia da região foi
gravemente prejudicada.
A Guerra dos Trinta Anos foi encerrada em 1648 com a assinatura do Tratado
de Westfália. O tratado reconheceu a independência da Suíça e dos Países Baixos e
estabeleceu a liberdade religiosa na Europa Central. O conflito deixou um legado
duradouro na Europa, influenciando a política e a cultura da região por muitos anos.
Faculdade Teológica Batista de Brasília 47
Ele é famoso pela sua frase "penso, logo existo", que enfatiza a primazia da razão e
do pensamento crítico na aquisição de conhecimento.
John Locke (1632-1704) foi um filósofo inglês que defendeu a ideia de que a
mente humana é uma "tábula rasa" na qual a experiência constrói o conhecimento.
Ele acreditava que o conhecimento deveria ser baseado em evidências empíricas e
que a razão era fundamental para a aquisição de conhecimento.
Nicolau Copérnico (1473-1543) foi um astrônomo polonês que argumentou
que o Sol, e não a Terra, era o centro do universo. Ele desenvolveu a teoria
heliocêntrica, que teve um impacto profundo na astronomia e na compreensão do
cosmos.
Johannes Kepler (1571-1630) foi um matemático e astrônomo alemão que
ajudou a consolidar a teoria heliocêntrica de Copérnico. Ele também formulou as três
leis do movimento planetário que leva o seu nome.
Isaac Newton (1643-1727) foi um físico e matemático inglês que desenvolveu
a lei da gravitação universal e as três leis do movimento que levam o seu nome. Ele é
considerado um dos maiores cientistas de todos os tempos, e suas contribuições
tiveram um impacto profundo na física e em muitas outras áreas do conhecimento.
Galileu Galilei (1564-1642) foi um astrônomo, físico e matemático italiano que
defendeu a teoria heliocêntrica de Copérnico e desenvolveu o telescópio para
observar o espaço. Ele também formulou as leis do movimento que são a base da
física moderna.
Quakerismo
Pietismo alemão
Metodismo
O Iluminismo
O Iluminismo foi um movimento cultural, intelectual e filosófico que surgiu na
Europa no século XVIII. Ele se caracterizou por uma ênfase na razão, na ciência e no
progresso, em contraste com a tradição, a autoridade religiosa e a superstição.
Os iluministas acreditavam que a razão humana poderia ser usada para
entender e melhorar o mundo natural e social, e que a educação era fundamental
para o desenvolvimento humano. Eles promoveram a liberdade de pensamento, a
tolerância religiosa e a igualdade perante a lei.
Entre as figuras mais importantes do Iluminismo estão o filósofo francês
Voltaire, o escritor e filósofo Jean-Jacques Rousseau, o matemático e físico inglês
Isaac Newton, o filósofo alemão Immanuel Kant e o cientista italiano Galileu Galilei.
As ideias do Iluminismo tiveram um grande impacto na história europeia e
mundial, influenciando o surgimento das revoluções democráticas, incluindo a
Revolução Francesa e a Revolução Americana, bem como o desenvolvimento de
uma série de campos científicos, incluindo a biologia, a química e a física.
Deísmo
8. O liberalismo teológico
O liberalismo teológico foi um movimento teológico e filosófico que surgiu no
século XIX na Europa e nos Estados Unidos. Ele defendia a interpretação da Bíblia e
dos dogmas cristãos de uma forma mais liberal, ou seja, menos literal e mais
adaptada à cultura e ao pensamento da época.
Os teólogos liberais acreditavam que a razão e a experiência eram tão
importantes quanto a revelação divina na compreensão da religião. Eles enfatizavam
o estudo histórico e científico da Bíblia, rejeitando a ideia de que ela era a palavra
literal de Deus e defendiam que ela devia ser interpretada de acordo com as
descobertas da ciência e da crítica histórica.
O liberalismo teológico também se opunha às estruturas tradicionais da igreja,
como a hierarquia clerical e as doutrinas dogmáticas. Eles defendiam a autonomia
das congregações e a liberdade de cada indivíduo de interpretar e praticar a religião
de acordo com sua consciência.
O liberalismo teológico teve grande influência na Igreja Protestante nos
Estados Unidos e na Europa, mas foi amplamente criticado e rejeitado pela Igreja
Católica Romana e por muitas denominações protestantes conservadoras.
Gebildeten unter ihren Verächtern" ("Sermões sobre a religião dirigidos aos cultos
que a desprezam"), publicada em 1799. Nesse livro, Schleiermacher argumentava
que a religião não deveria ser vista como uma série de doutrinas ou práticas
externas, mas como uma relação pessoal com o divino.
Schleiermacher também foi um defensor da tolerância religiosa e da liberdade
de consciência. Ele acreditava que cada indivíduo deveria ser livre para escolher e
praticar sua própria religião, sem interferência do Estado ou de outras instituições
externas.
Além de sua obra teológica, Schleiermacher também escreveu sobre filosofia,
linguística e literatura. Ele morreu em Berlim em 1834, deixando um legado
importante na teologia e na filosofia ocidental.
Karl Barth (1886-1968) foi um teólogo suíço e uma das figuras mais
importantes da teologia do século XX. Ele nasceu em Basel, na Suíça, e estudou
teologia em Berna, Tübingen e Marburg.
Barth é conhecido por sua teologia da Palavra de Deus, que enfatiza a
centralidade da Bíblia como a revelação de Deus. Ele acreditava que a teologia devia
ser baseada na autoridade da Bíblia e que a interpretação dos textos religiosos devia
ser contextualizada em seu ambiente histórico e cultural.
Uma das principais obras de Barth foi "Dogmática Eclesiástica" (1932), na qual
Faculdade Teológica Batista de Brasília 58
ele defendia que a igreja devia ser entendida como uma comunidade de pessoas
chamadas por Deus para a missão de proclamar a Palavra de Deus ao mundo. Ele
argumentava que a igreja não deveria ser vista como uma instituição estática ou
como um fim em si mesma, mas como um meio para a realização da vontade de
Deus na história.
Barth também era conhecido por sua oposição ao nazismo e por seu papel na
resistência teológica ao regime de Hitler. Ele era um defensor da cooperação
ecumênica entre as diferentes denominações cristãs e defendia a importância da
liberdade de pensamento e da pesquisa acadêmica na teologia.
Barth teve uma grande influência na teologia protestante e na teologia liberal
do século XX. Ele foi um dos fundadores da chamada "teologia dialética", que
enfatizava a tensão entre a transcendência de Deus e a imanência de Deus na
história humana. Ele morreu em 1968, deixando um legado importante na teologia e
no pensamento ocidental.
O Concílio Vaticano I foi convocado pelo Papa Pio IX em 1869 e teve sua
primeira sessão em dezembro daquele ano, continuando até julho de 1870. Foi o
vigésimo Concílio Ecumênico da Igreja Católica e foi realizado na Basílica de São
Pedro, no Vaticano.
O Concílio Vaticano I foi convocado para discutir diversos temas, incluindo a
relação entre a fé e a razão, a autoridade do Papa, a infalibilidade papal e a natureza
da Igreja. Um dos principais objetivos do Concílio era definir o papel e a autoridade
do Papa como sucessor de São Pedro e chefe da Igreja Católica.
Durante o Concílio, foi aprovada a definição da infalibilidade papal, que
afirmava que o Papa, quando falava ex cathedra (ou seja, em sua capacidade de
ensinar a Igreja como seu pastor supremo), era infalível e suas declarações eram
Faculdade Teológica Batista de Brasília 59
Teologia da libertação