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Introdução..................................................................................................... 6
1 – Síntese histórica da escatologia ........................................................... 11
2 – O Estado Intermediário ....................................................................... 14
2.1 - Justos e ímpios no estado intermediário ......................................................16
2.2 – Os termos referentes ao She’ol – Hades .....................................................16
2.2.1 - Paraíso .............................................................................................17
2.2.2 - Tártaro .............................................................................................18
2.2.3 - Inferno .............................................................................................19
2.2.4 - Abismo ............................................................................................19
2.2.5 - O Lago de Fogo ...............................................................................19
3 – O arrebatamento da igreja .................................................................. 21
3.1 – Principais sinais da volta de Cristo .............................................................23
3.1.1 – A aparição dos falsos Cristos..........................................................23
3.1.2 – Guerras ...........................................................................................23
3.1.3 – Fomes .............................................................................................23
3.1.4 – Pestes ..............................................................................................24
3.1.5 – Terremotos .....................................................................................24
3.1.6 – A multiplicação dos pecados – o amor esfriando-se ......................25
3.1.7 – O avanço do ocultismo ...................................................................25
3.1.8 – O renascimento de Israel como nação ............................................25
3.1.9 – Os avanços da ciência .....................................................................26
3.1.10 – O declínio da moralidade..............................................................26
3.1.11 – A apostasia ...................................................................................26
3.2 - Escolas de interpretação sobre o tempo do arrebatamento .........................27
3.3 - A primeira ressurreição (gr. anastásis he próte) ........................................28
3.3.1 – As primícias ....................................................................................28
3.3.2 – A colheita geral...............................................................................28
3.3.3 – O restolho ......................................................................................29
3.4 – Ao encontro com o noivo ...........................................................................29
3.5 – O Tribunal de Cristo ...................................................................................32
3.6 – As Bodas do Cordeiro.................................................................................33
4 – A Grande Tribulação............................................................................ 35
4.1 – Acontecimentos na Grande Tribulação ......................................................37
4.1.1 – O livro selado será aberto – Ap 6; 8.1-5. ........................................37
O 1º. Selo – Ap 6.1,2. ....................................................................38
4.1.1.1 – O Anticristo .........................................................................38
4.1.1.2 – As Duas Testemunhas – Ap 11.1-12. ..................................39
O 2º. Selo – Ap 6.3,4. ....................................................................41
O 3º. Selo – Ap 6.5,6. ....................................................................41
O 4º. Selo – Ap 6.7,8. ....................................................................41
O 5º. Selo – Ap 6.9-11...................................................................42
O 6º. Selo – Ap 6.12-17.................................................................42
O 7º. Selo – Ap 8.1. .......................................................................43
4.2 – As sete trombetas – Ap 8.6-13; 9.1-21; Ap 10.7; 11.15 .............................43
A 1ª. Trombeta – Ap 8.7................................................................44
A 2ª. Trombeta – Ap 8.8................................................................44
A 3ª. Trombeta – Ap 8.10,11. ........................................................44
A 4ª. Trombeta – Ap 8.12..............................................................44
A 5ª. Trombeta – Ap 9.1-12. .........................................................45
A 6ª. Trombeta – Ap 9.13-21. .......................................................45
A 7ª. Trombeta – Ap 10.7; 11.15-19. ............................................45
4.3 – As Sete Taças – Ap 16 ................................................................................46
A 1ª Taça – Ap 16.2. .....................................................................47
A 2ª Taça – Ap 16.3. .....................................................................47
A 3ª Taça – Ap 16.4. .....................................................................47
A 4ª Taça – Ap 16.8. .....................................................................47
A 5ª Taça – Ap 16.10. ...................................................................48
A 6ª Taça – Ap 16.12. ...................................................................48
4.3.1 – O Armagedom (gr. harmagedon; hb. har megiddon) .....................48
A 7ª Taça – Ap 16.17 – “Está Feito”.. ...........................................50
5 – O Milênio .............................................................................................. 52
5.1 – Escolas de interpretação sobre o Milênio ...................................................52
5.1.1 – Escola Pós-milenista .......................................................................52
5.1.2 – Escola Amilenista ..........................................................................53
5.1.3 – Escola Pré-milenista ......................................................................53
5.2 – O “Intervalo” entre a Grande Tribulação e o Milênio ................................53
5.2.1 – A prisão de Satanás – Ap 20.1-3.. ..................................................54
5.2.2 – O Julgamento das Nações – Mt 25. 31-46; Jl 3.2,12.. ....................55
5.3 – Eventos que ocorrerão no Milênio. .............................................................56
5.4 – Eventos que ocorrerão após o Milênio.. .....................................................57
5.4.1 - Satanás é solto – Ap 20.7-10. ..........................................................57
5.4.2 – A segunda ressurreição– Ap 20.5. ..................................................58
5.4.3 – O Juízo Final - Ap 20.11-15. ..........................................................58
6 – A Eternidade ......................................................................................... 60
6.1 – Novo Céu e Terra – 2 Pe 3.13; Ap 21.1-8 ..................................................60
6.2 – A Nova Jerusalém – Ap 21.9-27; 22.1-5 ...................................................61
Referências bibliográficas ......................................................................... 64
Notas ............................................................................................................ 68
“Aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória
dos nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus”. Tito 2.13.
Muitas são as versões contadas sobre causas ou, até mesmo, o como
se dará o fim do mundo. O termo Apocalipse, palavra grega que denota
erguer o véu em sentido stricto e foi convencionalmente traduzida por
revelação. Torna-se necessário mencionar que tal como a definição do termo
apocalipse este trabalho tem por objetivo “erguer o véu” sobre o assunto
para que outros estudiosos possam tomar gosto pelo assunto e desenvolvam
novas descobertas e assim promovam o estudo do tema e de seus correlatos.
Esse tema tem sido narrado em filmes (a série Deixados para trás é um
exemplo ficcional realizada a partir das obras de Tim LaHaye e Jerry B.
Jenkins), e canções, e novelas como sendo algo, de certa forma poético,
emocionante, uma aventura. Porém, a realidade dos eventos como narrado
no livro bíblico do Apocalipse e os eventos que antecedem e precedem a
Segunda Vinda de Jesus não terão nada além de dor, sofrimento e lágrimas a
muitos dos que ficarem no pós-arrebatamento.
O assunto já foi capa de reportagens e manchetes em jornais. Alguns
anos passados muitos habitantes do planeta encontravam-se atônitos
esperando o cumprir de uma “profecia” atribuída ao povo Maia a qual
previa o fim do planeta na data de 21 de dezembro de 20121. Por axioma é
sabido que tal previsão não se concretizou. Anos antes de 2012 muitos
acreditaram nas profecias de Nostradamus2 de que o mundo “acabaria”, mas
como todas as outras anteriores o dito “fim do mundo” não veio.
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Essas superstições sobre o fim dos tempos que se altera com o passar
dos anos, dependendo de fatos históricos que, nem sempre, têm relação com
o futuro tem levado muitos crentes a duvidarem de sua fé e das Escrituras.
E, isto muito em função de que aqueles que escrevem sobre este assunto em
seus periódicos seculares, de tempos em tempos, se utilizam textos
sagrados, fora do contexto, e, portanto, abordados de um ponto de vista
descrente recheando de sarcasmo as histórias ou as interpretações que fazem
dos textos bíblicos, onde raramente tais textos refletem aquilo que é
realmente válido e nem de longe esses periódicos têm suas publicações
fundamentadas nas Escrituras, embora determinem isto em seus escritos.
No entanto, entre tantos que aguardam algo para o futuro estão
aqueles que esperam com “fé, esperança e amor” e com grande expectativa,
e ansiedade pela manifestação daquele que vem buscar a sua “igreja” –
Jesus Cristo, o “alfa e o ômega, o princípio e o fim”. É esta “bendita
esperança” que nos leva, diariamente, a acreditarmos ainda mais nas
palavras que o Senhor nos deixou – “virei outra vez”. É esta a mola
propulsora que nos faz vivermos neste mundo sábia e piamente. É baseado
nessa esperança que tratamos neste opúsculo de forma introdutória sobre
assuntos futuros com base na Bíblia Sagrada.
Procura-se, nesta obra, estabelecer a partir de um contexto histórico
inicial princípios e fatos que demonstrem um interesse pelo estudo
escatológico desde os primórdios da igreja até o século XXI. Faremos uma
incursão teórica onde procuraremos abordar temas correlatos à doutrina das
últimas coisas como o Estado Intermediário e, a partir de então, tentamos
estabelecer uma espécie de linha do tempo para sistematizar os eventos
futuros tomando como base os sinais da Segunda Vinda de Cristo que
culminam no Arrebatamento da Igreja onde a partir de então estabelecemos
o que ocorrerá tanto aos que ficarem na Terra quanto aos que foram
arrebatados aos céus.
Procuramos tratar sobre a Grande Tribulação e propomos situar a
ação do Anticristo e seus seguidores bem como a atuação das Duas
Testemunhas descritas no Apocalipse. Nessa nossa sistematização de
eventos propomos uma abordagem a partir da abertura do Livro Selado, com
seus sete selos, seguidos do ressoar de sete trombetas e que terminam com
as sete taças da ira de Deus como juízos que virão sobre a Terra naquele
tempo de aflição. Ainda neste ponto da Grande Tribulação, registramos
algumas seções parentéticas entre alguns eventos a fim de não perder o foco
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escatológico e de não tentarmos incorrer no erro de pormenorizar demais o
assunto o deixando incompreensível, mas enxertamos a Batalha do
Armagedom por ser algo emblemático quando se trata de eventos futuros.
Nesta seção, é justo mencionar que analisamos os eventos pós-
arrebatamento que acontecerão tanto na Terra quanto nos céus. Eventos
como o Tribunal de Cristo e as Bodas do Cordeiro serão mencionados nesta
seção do trabalho por serem correlatos ao tempo em que os mesmos dar-se-
ão.
Por fim, abordamos a última dispensação escatológica: o Milênio.
Neste capítulo tratarmos sobre temas como a prisão de Satanás, o
Julgamento das Nações, o Milênio propriamente dito e, por fim, a soltura de
Satanás ao fim dos mil anos, como um dos eventos que acontecerão entre o
fim do milênio e o início do que se denomina de Eternidade. Em
consequência dessa soltura de Satanás teremos sua última rebelião contra
Deus e sua condenação eterna ao lago de fogo, seguida da Segunda
Ressurreição e do Juízo Final.
Encerrada essa seção, ainda nos resta discorrer sobre como cremos
que será a Eternidade com Deus e sobre o Novo Céu e a Nova Terra,
acompanhadas de todas as bênçãos que são prometidas aos que vencerem
como o direito de poder habitar na Nova Jerusalém.
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Pérfida aplicação das Escrituras; falta de afinidade com o
Espírito Santo; conhecimento assimétrico; conhecimento
especulativo; atuação insalubre e impudica dos falsos
ensinadores. (GILBERTO, 1985, p. 8-9).
10
“Repousaremos e veremos, veremos e amaremos, amaremos e
oraremos no fim que não é o fim”. Agostinho de Hipona.
13
“Mas, de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de
partir e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor”.
Filipenses 1.23.
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Um evento que tornou a compreensão do que viria a ser o local onde
justos ou ímpios passariam este período intermediário, aplicado de forma
didática pelo Senhor Jesus, é a história relacionada ao acontecido com o
“rico” e o “Lázaro” e que está narrada em Lucas 16.19-31. Nessa história o
mestre mostra como é a vida no pós-morte, tanto para os fiéis (justos),
quanto para os infiéis (ímpios). O local que servia como destino dos fiéis à
época chamava-se “Seio de Abraão”, já o lugar para os ímpios é
denominado como “lugar de tormento”.
Alguns expositores das Escrituras conjeturam que Lázaro “teria em
seu favor o significado do seu nome – “Deus é minha ajuda” – o que parecia
indicar que a despeito de tudo, ele mantinha sua fé em Deus” (HORTON,
1998, p. 49).
É possível perceber que ao longo dos tempos algumas concepções,
visões doutrinárias, erradas, sobre o pós-morte foram sendo criadas.
Algumas surgiram por conta de erros de interpretação e outras para
consubstanciar outros ensinamentos, também, equivocados. Podemos citar
aqui como fazendo parte dessas teorias/doutrinas sobre o pós-morte: o sono
da alma uma doutrina onde a existência consciente da alma depois da morte
é negada; o purgatório, que segundo a concepção doutrinária católica, seria
um lugar para onde os que não se acham impecavelmente purificados, que
ainda levam sobre si a culpa de pecados veniais e não sofreram o castigo
temporal devido aos seus pecados têm que se submeter a um procedimento
de expurgação, antes de poderem entrar nas supremas alegrias e bem-
aventuranças do céu. Conforme a doutrina católica o purgatório não seria
um lugar de prova, mas de purificação e de preparação para as almas dos
que têm a segurança de uma entrada final no céu, mas ainda não estão
prontas para apossar-se da felicidade da visão beatífica; a mediunidade é
uma doutrina do rol das principais do espiritismo kardecista e ensina que os
médiuns podem se “comunicar” com os mortos, o que ocorre quase que
geralmente, através de um “espírito guia”. Ensina ainda, que os espíritos dos
mortos continuam nas proximidades da terra. Outro ensinamento espírita
relacionado ao assunto é o da reencarnação que ensina, a grosso modo, a
hipótese de que seja dada outra identidade quando se morre para que se
possa viver uma nova vida, quer com o mesmo sexo ou não, quer como
seres racionais ou não (transmigração/metempsicose) até que se alcance um
grau de existência transcendental mais elevado.
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A princípio essa colocação sobre onde ímpios e fieis passarão a
eternidade parece bem simples, isto se tratando do destino. Entretanto,
quando partimos para o local no espaço tempo a coisa fica um pouco mais
complicada.
O tempo de duração do Estado Intermediário é diferente para ímpios
e justos. Para os que dormem em Cristo, o fim do Estado Intermediário se
dará por ocasião do Arrebatamento da Igreja (1 Ts 4.13-17) quando os
“mortos em Cristo”, ressuscitarão e terão seus corpos transformados em
corpos gloriosos à semelhança do Corpo de Cristo.
Até findar este período é importante saber que os justos estão com
Deus (Ec 12.7; Fp 1.23) e, estar com Cristo deve ser o desejo de todos
aqueles que se encontram inscritos no Livro da Vida.
Segundo as Escrituras o justo ao morrer vai ao paraíso (Lc 23.43),
entrando assim para o descanso eterno (Ap 14.13) possuindo consciência de
tudo que lhe acontece (Mt 22.31,32).
No entanto, para aqueles que morreram em pecados e delitos, estes
permanecerão sofrendo no Lugar de Tormentos até que ocorra a segunda
ressurreição quando enfim serão submetidos ao juízo final e assim serem
sentenciados ao fogo eterno (Geena) – (Ap 20.11-15). Portanto, os ímpios
que morrem, encontram-se para sempre separados de Deus (Lc 16.23),
conscientes e aguardando o castigo eterno (2 Pe 2.9).
O ato de morrer nunca se refere a aniquilação total do ser. O corpo
ao morrer volta ao pó (Ec 3.20).
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2.2.1 - Paraíso - (hb. pardes – gr. parádeisos – lat. paradisu).
19
É possível afirmar que a morte é desejável para os crentes, pois os
levará à presença do Senhor? Comente sua resposta.
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“Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu
vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos
preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo,
para que, onde eu estiver, estejais vós também”. Evangelho de
João 14.2,3.
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Alguns já se deram ao infortúnio de “predizer” o que não pode ser
previsto - dia, mês e ano, da volta de Jesus. Entre os mais “célebres”
enganosos estão alguns dos fundadores de algumas seitas que persistem até
os dias de hoje, tais como: Guilherme Miller (Adventistas do 7º Dia);
Charles Taze Russell, (Testemunhas de Jeová15), a Sociedade Torre de
Vigia de Bíblias e Tratados da Pensilvânia, uma das associações
responsáveis pelas publicações das Testemunhas de Jeová, relata que “na
primavera de 1918, começou o juízo primeiro da “casa de Deus” (DE
VIGIA, 1949, p. 284). Em outra publicação afirmam que o “tempo dos
gentios teria seu fim em 1914, quando então o Senhor Deus reinaria na
Jerusalém celestial. (DE VIGIA, 1989, p.105), óbvio, que “celestial” era
para evitar comprovação; Karl Barth (Neomodernismo / Teologia
Dialética) Barth não marcou uma data para o retorno de Cristo, fez algo, se
pior ou não, julguem vocês mesmos, ensinou que não haverá segunda vinda;
Bang-Ik Há um coreano líder da Missão Taberá, marcou a data do
arrebatamento da igreja para outubro de 1992, entre os vários folhetos
distribuídos pelos adeptos da organização havia um intitulado
“Arrebatamento! Em outubro de 1992, Jesus virá novamente” (ROMEIRO,
1999, p.178); Edgar Whisenant escreveu um livro em 1988 intitulado 88
Razões Por que o Arrebatamento Poderia Ser em 1988 fato que, segundo o
autor, aconteceria ente os dias 11 e 13 de setembro durante a festa do Rosh
Hashaná (Festa das Trombetas), e tal como os demais errou, porém alegou
ter errado os cálculos e publicou em 1989 outro título chamado O Grito
Final: Anúncio do Arrebatamento de 1989; errou novamente, mas continuo
publicando livros sobre o assunto mudando as datas para acomodá-lo à
chegada de cada ano (ROMEIRO, 1999, p.177)
Muitos16 outros tem tentado cravar datas futuras usando a Bíblia,
fora do contexto, para tentarem determinar o fim do mundo. Isso nos faz
lembrar da tentativa frustrada dos saduceus de tentarem validar uma de suas
interpretações doutrinarias, mas a resposta de Jesus foi enfática – “errais não
conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus” (Mt 22.29).
Muitos sinais da volta de Jesus estão se cumprindo e podemos não
saber o dia exato, mas assim como pelos sinais “nos céus” sabemos as
estações do ano e o tempo propício de plantar e colher, de chuvas e sol (Mt
16.2,3), pelo mesmo princípio, pode-se apreender “quando sucederão estas
coisas e que sinal haverá” (Mt 24.3), da vinda do Senhor.
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Em Mateus 24.3-12, O Senhor Jesus relata vários sinais de sua
vinda. Segundo o pastor Antonio Gilberto os eventos deixados por Cristo
como sinais que antecederão a sua vinda, sempre existiram, todavia, o cerne
da doutrina ensinada pelo Senhor referia-se à intensidade, ou seja, quando
estes sinais começassem a acontecer com mais vigor, mais frequentes e
intensos como as últimas contrações de uma mulher prestes a dar à luz, é
que saberíamos que os últimos dias do “sofrimento” da igreja estariam se
aproximando, o ponto final na história da igreja sem a presença visível do
Senhor Jesus estaria chegando (GILBERTO, 1997, p. 17). O encontro dos
noivos como a maior festa de bodas de casamento será concretizado em
breve e mais que felizes são aqueles são chamados à ceia das bodas do
Cordeiro – Ap 19.9.
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No mundo, segundo dados oficiais, cerca de 870 milhões de pessoas
passam fome física. Todavia, não é somente essa fome que os seres
humanos possuem atualmente. Há muita “fome e sede de justiça” em muitas
ruas desse planeta.
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3.1.6 – A multiplicação dos pecados – o amor esfriando-se.
É importante frisar que não lutasse para que esses sinais não
aconteçam uma vez que eles são necessários e atestam que o tempo está
próximo para a vinda de Cristo. Contudo, quaisquer sinais que atentem
contra as doutrinas ensinadas nas Sagradas Escrituras não podem ser
reputados por aceitáveis simplesmente por ser um sinal da vinda de Jesus
como por exemplo a imoralidade, o ocultismo, a apostasia e a falta de amor
ao próximo.
26
Quanto à doutrina do arrebatamento existem três escolas de
interpretação relacionadas ao tempo que este evento deverá acontecer: pós-
tribulacionistas; midi-tribulacionistas e pré-tribulacionistas.
Como é possível perceber, a característica comum entre ambas se
deve ao fato de tomarem como base para seus argumentos a Grande
Tribulação e, a grosso modo, se o arrebatamento acontecerá depois, no meio
ou antes da “angustia de Jacó”. Quanto à escola que consideramos correta
defendemos, até pelo fato de sermos assembleianos24, é a pré-tribulacionista,
ou seja, acreditamos que Cristo vem buscar sua igreja antes do início da
Grande Tribulação.
É claro que alguns podem indagar o motivo pelo qual Jesus voltaria
primeiro invisível para o mundo, em um arrebatamento secreto apenas para
os fiéis antes da Grande Tribulação como se isso fosse algo sem lógica ou
sentido. Mas, como versamos sobre teologia, o texto principal para dirimir,
eventuais dúvidas, é a Bíblia e a quantidade de argumentos a favor ou contra
aquilo que se propõe.
Portanto, vejamos alguns exemplos sagrados que ratificam a “razão
da nossa fé” quanto a este assunto e, para tanto, usamos os dois exemplos
citados pela própria Escritura quando refere-se a este tema: primeiro,
referenciamos o fato de Deus ter salvo Noé e sua família do dilúvio (Gn
6.8,11-13; 7.1) é possível perceber que Deus não salvou a família de Noé no
dilúvio, mas do dilúvio, pois lhe passou o projeto de uma “arca” que lhes
serviu de redenção (2 Pe 2.5); segundo, fato semelhante aconteceu com Ló
e parte de sua família que foram salvos da destruição de Sodoma e Gomorra
(Gn 19.14-22) sendo possível perceber que Ló, tal como os fiéis atualmente,
tentou convencer seus futuros genros da destruição que viria e foi tido por
eles como zombador, burlesco ou que estava de brincadeira. Quando Ló se
retira, puxado pelas mãos dos anjos com sua família, então começa a
destruição das cidades. Porém, só se iniciou o juízo, após, Ló e sua família
estarem em segurança.
Esses dois acontecimentos são referenciados por Pedro – 2 Pe 2.6-8
– para que sirva de “exemplo” aos que vivem impiamente.
27
“Porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão
incorruptíveis, e nós seremos transformados”. Primeira
Coríntios 15.52.
28
Grupo formado por todos os santos que hão de ressuscitar por
ocasião do arrebatamento da Igreja (1 Ts 4.16,17) é a reunião de todos os
que partiram aguardando viver na cidade cujo construtor é o próprio Deus –
Hb 11.10.
3.3.3 – O restolho.
29
Todavia o que entendemos é que a sua segunda vinda, será dividida
em duas fases distintas, resumidas a grosso modo como se segue: na
primeira fase, Ele vem buscar sua Igreja e na segunda fase, Ele virá com a
Igreja. Essa interpretação foi difundida pelas notas da Bíblia de Estudo
Scofild. O Dr. Scofild era defensor das ideias de John Nelson Derby autor da
ideia de que Deus trataria com a humanidade por meio de dispensações e
formulou, então, sete dispensações – Inocência, Consciência, Governo
Humano, Patriarcal, Lei, Igreja (comumente chamada de Graça) e o Milênio
– tendo sido o criador do conceito teológico chamado Dispensacionalismo.
O arrebatamento será o evento que dará início e/ou demarcará o
tempo inicial para todos os julgamentos de Deus, bem como aos eventos que
o sucederão. Ele, o arrebatamento, marcará, também, o fim do intervalo
entre a 69ª (sexagésima nona) semana de Daniel e, consequentemente, dará
início à 70ª (septuagésima) semana prevista pelo profeta – Dn 9.24-26.
O termo “arrebatado” é um verbo que envolve a ideia de um
poderoso arrebatamento, rapto, tirado com violência, subitamente, “a
encontrar o Senhor” (gr. eis apantesin tou kurion). A expressão “encontro”
era comumente usada para dar, como termo técnico, a descrição do povo
saindo ao encontro de um rei ou general a alguma distância fora da cidade
para acompanhá-lo até a entrada. (Mt 25.1-10). A igreja saíra da Terra até às
nuvens para encontrar o Senhor Jesus, mas não voltará de imediato para a
Terra, Ele a levará para os céus. O “Senhor dos Exércitos” é quem virá ao
seu povo e nos levará para sua cidade, a “nova Jerusalém”.
Este evento acontecerá para os fiéis e somente os fiéis ouvirão os
toques divinos de chamada, recolhendo os seus santos, que “dormem” ou
que “estão vivos”, para serem levados ao encontro do Senhor nas nuvens.
A trombeta que soará (gr. salpísei gár) por ocasião do
arrebatamento, marcará o final da presente dispensação (Dispensação da
Igreja). O soar dessa trombeta não tem conexão com as trombetas descritas
no livro do Apocalipse.
Segundo alguns estudiosos o toque desta trombeta pode relacionar-se
aos judeus. É conhecido de todos os estudiosos das Sagradas Escrituras que
o Senhor solicitou que fossem feitas duas trombetas de prata que serviriam
para a convocação da congregação e para a partida dos arraiais. Quando as
duas trombetas eram tocadas juntas era o sinal de que toda congregação
estava sendo convocada para se juntar em um determinado local (“à porta da
tenda da congregação”). Se o toque fosse ouvido de apenas uma trombeta,
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somente os príncipes se juntavam para uma reunião. A forma como eram
tocadas determinava como se daria a ordem de partida das tribos do arraial
(Nm 10.2-10). Portanto, a menção à trombetas, tanto pelo apóstolo Paulo,
quanto pelo apóstolo João pode referir-se à familiarização que os judeus
tinham com a simbologia que a mesma representa ao ser tocada.
Outro fato interessante é a celebração da festa do Rosh Hashaná
(Festa das Trombetas) uma data muito celebrada pela comunidade judaica e
que marca o Ano Novo Judaico. Ocorre nos dias 1º e 2º de Tishrei
(setembro/outubro). Marca, também, o início de Iamim Noraím (dez dias de
penitência), período de autocrítica espiritual que culmina com o Iom Kipur,
considerado o dia em que o Todo-Poderoso julga, individualmente, os
homens e seus atos. O som do shofar (chifre de carneiro) é, desde os
primórdios, um chamado de arrependimento, parte integrante do culto de
Rosh Hashaná, onde é entoado mais de cem vezes cada dia. Os judeus,
portanto, saberão reconhecer o significado do soar da trombeta.
O arrebatamento da igreja será precedido pelo toque de uma
trombeta, a última da presente dispensação, dando início ao maior evento
migratório da história. Os “tantos como a areia da praia” sairão, não mais
para uma terra que germina leite e mel, mas para o céu dos céus.
Como já mencionamos anteriormente a segunda vinda de Jesus será
dividida em duas fases distintas. Na primeira fase de sua vinda o Senhor
Jesus não virá a Terra, no sentido de tocar o solo.
Aqueles que não participarem do arrebatamento da igreja só tomarão
conhecimento do ocorrido quando perceberem que muitos desapareceram
em vários lugares do planeta.
A própria igreja não verá, mas participará do evento rumo ao
encontro do “Rei da glória”. E, dizemos que a igreja não verá por conta da
rapidez com que esse evento acontecerá. Quando menos percebermos, já
estaremos com o Senhor nos ares.
A certeza de que Cristo breve virá transmite à igreja fé e esperança
(1 Ts 4.13). AquEle que virá para nos arrebatar é o mesmo que subiu ao
alto. O mesmo que nos comprou com o seu sangue. O mesmo que nos deu
vida. O mesmo que foi morto, mas que está “vivo, e para todo o sempre”, o
Messias, o Cristo, o Filho do Deus Vivo! (At 1.11; 1 Ts 4.16; Jo 14.2,3) que
virá e nos levará para Ele, a fim de que nunca mais haja separação entre sua
igreja (a noiva do Cordeiro) e Ele (o noivo) e assim estaremos “para sempre
com o Senhor”.
31
Uma vez nos céus a igreja passará às etapas que sucedem ao
arrebatamento. Primeiramente será levada ao Tribunal de Cristo onde
receberá galardão e, logo em seguida, às Bodas do Cordeiro.
34
“Porque haverá, então, grande aflição, como nunca houve
desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá
jamais”. Evangelho de Mateus 24.21.
36
4. Trazer a justiça eterna – uma justiça que será plena com o governo
teocrático (Is 59.2-21; Jr 31.31-34) exercido pelo próprio Deus e não
por um suposto representante;
5. Selar a visão e a profecia – ao andar em retidão as profecias
poderão ser seladas (Jr 31.34);
6. Ungir o Santo dos santos – será a purificação do Lugar Santíssimo
dos efeitos da “abominação” e demais sacrilégios praticados durante
a Grande Tribulação (Dn 11.31), bem como na consagração do
templo milenial (Zc 6.12.13).
37
“E vi na destra do que estava assentado sobre o trono um livro
escrito por dentro e por fora, selado com sete selos. E vi um
anjo forte, bradando com grande voz: Quem é digno de abrir o
livro e de desatar os seus selos? ” Apocalipse 5.1,2.
4.1.1.1 – O Anticristo
38
Ele se engrandecerá e se levantará sobre todo deus, e contra o Deus
dos céus falará coisas maravilhosas (Dn 11.36), ele é a “ponta pequena” que
proferirá palavras contra o Altíssimo e “destruirá” os santos do Altíssimo
(Dn 7.8,11-25), um rei feroz de cara, “entendido em adivinhações” (Dn 8.9-
12, 23-25), e que não “terá respeito ao amor das mulheres” (Dn 11.3729).
É intencional o desejo de Satanás e daqueles que lhe seguem o quere
ser Deus – 2 Ts 2.4 – Jesus Cristo advertiu a igreja a este respeito – “quando
virdes que a abominação da desolação de que falou o profeta Daniel está no
lugar santo (quem lê entenda)”.
Ao recusar adorar o anticristo, terá início a segunda e mais tenebrosa
fase da Tribulação, o que muitos teólogos e estudantes de escatologia
denominam de a Grande Tribulação (Dn 12.11).
A “abominação da desolação” será o próprio anticristo profanando o
templo sagrado em Jerusalém com a sua presença como se fora o Messias de
Deus.
Aparecerá com poder satânico e propagará o engano (2 Ts 2.9). Seus
milagres serão mentirosos e muitos serão enganados. É o homem do pecado
(2 Ts 2.3), o “chifre pequeno” (Dn 8.9). Assim como Abimeleque, que
começou a reinar com uma mentira, “se me ungis rei sobre vós, vinde e
refugiai-vos debaixo de minha sombra”, sendo que espinheiro não possui
sombra, foi uma falsa promessa feita por Abimeleque que o levou a ser
ungido como rei e será, também, uma falsa promessa que levará ao poder o
anticristo. Alguns estudiosos acreditam que ele será de origem judaica da
tribo de Dã, uma vez que a mesma não é mencionada no Apocalipse. Por
certo será alguém que virá “no seu próprio nome” 30 – Jo 5.43.
39
Lembrando-se de sua Palavra o Senhor trará a Terra duas
testemunhas, pois “o testemunho de duas pessoas é verdadeiro” e estas terão
de Deus poder para profetizar por “1.260 dias”, ou seja, durante três anos e
meio, profetizarão e operarão milagres pelo poder de Deus. Ao fim do
ministério das duas testemunhas elas serão mortas, todavia ressuscitarão e
serão levadas aos céus em um evento que fará com que muitos rendam
glórias ao “Deus do céu” – Ap 11.13.
Alguns especulam sobre quem seriam estas duas testemunhas. Há
quem diga que são Moisés e Elias, por terem aparecido juntos de Cristo no
dia da transfiguração do Senhor. Outros dizem que são Elias e Enoque e,
ainda outros, que dizem serem Moisés e Enoque, gerando até, certa
confusão na cabeça de alguns.
Entretanto, por meio da Palavra de Deus, nós podemos entender que
não será nenhum deles, pelos seguintes motivos:
40
As duas testemunhas são identificadas apenas como “dois ramos de
oliveira” e “dois castiçais”. Em Zacarias os dois ramos de oliveira são
identificados como Zorobabel, filho de Sealtiel, príncipe de Judá, o príncipe
da linhagem de Davi, e Josué, filho de Jozadaque, sumo sacerdote e sem
conotação com eventos escatológicos ou simbólicos.
Discorremos sobre o anticristo e as duas testemunhas neste ponto por
se tratarem de assuntos que possuem certa correlação temporal com o
rompimento do primeiro selo. Tornemos, pois, a partir de então à sequência
de abertura do livro selado.
41
Ao romper-se o quarto selo, se vê o surgimento de um cavaleiro
montado sobre um cavalo amarelo, este é o único dos quatro cavaleiros do
Apocalipse, capítulo 6, a quem é atribuído um nome – “o seu cavaleiro tinha
por nome Morte” – tendo como seguidor “o inferno”. Este julgamento será
tão terrível que 25% (vinte e cinco por cento) da população31 da Terra serão
mortas em decorrência das pragas, da espada (guerras), da fome e das pestes
que chegam com a abertura deste selo. Todavia, o que causa maior temor, é
o fato de o “inferno” vir logo atrás, dando a ideia de que este cavaleiro,
morte faz o seu serviço e o inferno recebe a grande maioria daqueles que são
fenecidos.
45
Algum tempo depois do fim dos mil duzentos e sessenta dias de
pregação das duas testemunhas, antes do terceiro “aí” cair sobre a terra, pois
o segundo já terá passado – Ap 11.14 - a última trombeta do Apocalipse será
tocada e haverá exultação nos céus.
Neste período todas as profecias que Deus revelou aos seus profetas
referentes aos dias finais serão cumpridas. Trata-se do cumprimento do
propósito de Deus quanto à volta de Cristo a Terra e o estabelecimento do
seu reino. O soar da sétima trombeta anuncia que o mundo se tornou o reino
de Cristo, e que Ele reinará para sempre. Os vinte e quatro anciãos
profetizam o que acontecerá na vinda de Cristo. As nações ficarão
enfurecidas, os mortos serão julgados e Deus destruirá os que destruíam a
Terra, ou seja, os iníquos - Ap 19.20,21.
“E ouvi, vinda do templo, uma grande voz, que dizia aos sete
anjos: Ide e derramai sobre a terra as sete taças da ira de Deus”.
Apocalipse 16.1.
46
Essa primeira taça será derramada sobre a terra e os homens que
possuírem o sinal da besta serão acometidos de úlceras repugnantes e
malignas que devoram a carne.
48
“E os congregaram no lugar que em hebreu se chama
Armagedom”. Apocalipse 16.16.
50
Sugestões de leituras para aprofundamentos
51
“Mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele
mil anos”. Apocalipse 20.6.
52
Segundo essa doutrina o Milênio é a era “da plena atuação da igreja
na terra”. Segundo esta escola de interpretação o Senhor Jesus reina de
forma indireta sobre o mundo. A segunda vinda de Cristo se dará depois do
milênio.
53
Partindo desse pressuposto podemos salientar que ocorrerão dois
eventos importantes nesse hiato de tempo que são: a prisão de Satanás e o
julgamento das nações.
55
O milênio será o maravilhoso reinado de Cristo na Terra. Toda a
criação aguarda esse tempo para sua libertação das consequências do pecado
a que ficou sujeita desde a queda no Éden (Rm 8.19-23). Alguns propósitos
e eventos que acontecerão durante o Milênio são:
– Exaltar a Cristo – Fp 2.11; Ap 19.16;
– Manifestar, um relampejo, do reino de Deus – Mt 6.10;
– Convergir em Cristo todas as coisas – Ef 1.10;
– Tornar Israel cabeça das nações – Is 11.10; Gn 15.18; I Cr 16.15-
18;
– Trazer um tempo de justiça e verdadeira paz universal – Is 11.1-
12; Mq 4.1-4;
– Será um tempo de pleno conhecimento da Palavra de Deus – Is
2.1-3.
57
5.4.2 – A segunda ressurreição– Ap 20.5.
58
Qual o propósito do julgamento das nações?
59
“Mas os santos do Altíssimo receberão o reino e possuirão o
reino para todo o sempre e de eternidade em eternidade”.
Daniel 7.18.
Desde o profeta Abraão se sabia que a terra que lhe fora prometida,
aqui no mundo, não era o fim da sua jornada. Pelo contrário, o fim, que não
60
seria fim, era bem além, na cidade celestial, que Deus preparou para seus
servos fiéis. Abraão serve de exemplo a todo o povo de Deus; devemos
reconhecer que estamos apenas de passagem neste mundo, caminhando para
nosso verdadeiro lar no céu.
Os santos do Antigo Testamento morreram, crendo que Deus tinha
algo melhor reservado para eles. Durante suas vidas, não viram a prometida
bênção final dos redimidos. Sua esperança estava firmada na vida eterna
com Deus, em uma pátria celestial tendo seus olhos fixos na sua cidadania
celeste que é garantida pela fé em Deus de que iria habitar em um novo céu
e numa nova Terra (2 Pe 3.13-16; Is 65.17; 66.22; Fp 3.20; Ap 21.1). Os
crentes, em nossos dias, da mesma forma, devem perseverar na fé e confiar
em Deus. A fé que Deus aprova é aquela que pode deixar em suas mãos as
suas promessas, para Ele as cumprir segundo a sua vontade.
Aqueles que honraram a Deus, vivendo como “peregrinos e
forasteiros” (1 Pe 2.11) e desejando uma pátria melhor, Deus os honrará. Ele
não se envergonhará de chamá-los seus próprios filhos (Gl 4.6). O alvo e
expectativa finais da fé é um novo mundo, transformado e redimido, onde
Cristo permanece com seu povo e a justiça reina em santa perfeição (Sl
102.25,26; Hb 1.12; 12.27).
Para apagar todos os sinais do pecado, haverá a restauração da terra,
das estrelas e galáxias. O céu e a terra serão abalados (Mq 4.1; Ag 2.6; Hb
12.26-28) e desaparecerão como fumaça (Is 51.6), as estrelas se derreterão
(Is 34.4) e os elementos serão dissolvidos (2 Pe 3.7,10, 12). A terra
renovada se tornará a habitação dos homens e de Deus. Todos os redimidos
terão corpos semelhantes ao corpo ressurreto de Cristo, corpo real, visível e
tangível, porém incorruptível, poderoso e imortal (Rm 8.23; 1 Co 15.51-56).
Não haverá mais o homem natural.
61
A nova Jerusalém está agora no céu (Gl 4.26) em breve, ela descerá
à Terra como a cidade de Deus, que Abraão e todos os fiéis esperavam, da
qual Deus é o arquiteto e construtor (Fp 3.20; Hb 11.10,13,16).
Essa nova Jerusalém será a sede do governo divino, e Ele habitará
para sempre com o seu povo (Lv 26.11,12; Jr 31.33; Ez 37.27; Zc 8.8). Seus
muros são como que de jaspe; ela possui doze portões de pérolas (três em
cada lado da cidade); doze fundamentos de pedras preciosas e ruas de ouro
transparente como vidro (Ap 21.10-14,18-21). Há um rio de pura água da
vida; a árvore da vida está lá; o trono de Deus, também.
Esta cidade tem a forma quadrangular com cada lado medindo cerca
de 2.200 quilômetros de comprimento e seu muro possuindo 65 metros de
espessura (Ap 21.16,17). Outras características da Nova Jerusalém reveladas
a João foram:
63
ALMEIDA, João Ferreira de. Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro:
CPAD, 1995.
64
DE VIGIA, Publicações da Sociedade Torre. - Revelação - Seu Grandioso
Clímax está Próximo! São Paulo: Watch Tower Bible and Tract Society of
New York, 1988.
OLSON, N. Lawrence. O Plano Divino Através dos Séculos. 24ª Ed. Rio
de Janeiro: CPAD, 2001.
66
TAYLOR, Richard S et al. Comentário Bíblico de Beacon. Vol. 10:
Hebreus a Apocalipse. 1ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
67
1 – Para este dia 21 de dezembro de 2012 os Mais não teriam previsto o fim do mundo, mas
“o fim de um ciclo chamado baktun” do calendário deles que continua para ciclos maiores
conforme uma inscrição na mesma pedra que falava sobre o 21 de dezembro.
2 – Uma quadra de Nostradamus afirmava que o "Rei do Terror" viria do céu em "1999 e
sete meses" e foi interpretada como uma previsão para o fim do mundo em julho de 1999.
(LORIE, 2002, p. 17).
3 – Inácio foi bispo de Antioquia da Síria entre os anos 68 e 100 ou 107 da Era Cristã. Foi
discípulo do apóstolo João e teria conhecido o apóstolo Paulo, além de ter sucedido a Pedro
na igreja em Antioquia.
68
previsão e disse que Jesus tinha de fato voltado mas deforma invisível. (NEUSNER, 2009,
p. 242), (STONE, 2013, p. 56).
10 – Foi um ministro cristão e previu que o Arrebatamento aconteceria até 1977.
(BABINSKI, 2003, p. 277).
11 – Era um movimento que defendia a ideia segundo a qual qualquer sacerdote que tivesse
algum contato com o Estado ou com os dignitários do Estado, perdiam a capacidade de
administrar os sacramentos.
12 – A escola de interpretação preterista considera que todo o livro do Apocalipse e as suas
profecias cumpriram-se no contexto histórico original do Império Romano a não serem os
capítulos 19 a 22 que aguardam cumprimento.
13 – É considerado o primeiro teólogo reformado.
14 – O livro apócrifo de Enoque 2.1-14, dá a entender que haviam divisões no Sheo’l; um
lugar para os justos, outro para os ímpios.
15 – As Testemunhas de Jeová marcaram as seguintes datas para o arrebatamento – 1874,
1914, 1915, 1975. (HORTON, 1998, p.126).
16 – Em 1650, o arcebispo irlandês James Usher (Dublin, 4 de janeiro de 1581 — 21 de
março de 1656) fez as contas e concluiu que Deus criou o mundo às 15h30 do dia 23 de
outubro de 4004 a.C., e que o Apocalipse aconteceria no mesmo dia e horário em 1996.
Errou! Mas, deve-se a Usher a expressão “antes de Cristo”, que usamos até hoje.
17 – Organização Mundial de Saúde – WHO - Relatório sobre Coronavírus no Mundo em
05/05/2020 - Acesso em 05 de maio. 2020.
18 – O Chile é um dos países com maior atividade sísmica da América Latina, já que
grande parte de seu território está exposto à convergência das placas tectônicas Nazca e
Sul-americana
19 – A Escala Richter, é uma escala logarítmica arbitrária, de base 10, utilizada para
quantificar a magnitude de um sismo. Quanto maior for o tremor, maiores serão os danos
causados. As magnitudes dos sismos medidos por essa escala vão de < 2,0 (menor que 2) a
> 10 (maior que 10), embora na história conhecida nunca foi registado um sismo de
magnitude 10.
20 – Theodor Herzl (02 de maio de 1860 Budapeste, Reino da Hungria - 03 de julho de
1904, Edlach, Áustria-Hungria), escritor e jornalista de origem judaica, fundador do
moderno sionismo político, considerado um dos líderes mais influentes do movimento que
levou à criação do Estado de Israel.
21 – Sionismo é o movimento que visa reunir os judeus da diáspora (exílio) e estabelecê-los
na Palestina.
22 – A “ressurreição” do idioma hebraico, que por mais de dezoito séculos não era falado
como língua diária, é tão notável como o reavivamento da própria nação de Israel. Coube a
Eliezer Ben-Yehuda (Lujki, Bielorrússia, 7 de janeiro de 1858 — 21 de dezembro de 1922),
69
um judeu europeu, demonstrar que chegara o momento de reviver o hebraico. Ele foi o
“criador do hebraico moderno”.
23 – David Ben-Gurion (Płońsk, Polônia, 16 de outubro de 1886 — Ramat Gan, Israel, 1 de
dezembro de 1973) foi primeiro ministro de Israel, depois da constituição do país, em 1948.
Anteriormente havia dedicado seu esforço à criação de um estado judeu na Palestina.
24 – Segundo a Declaração de Fé das Assembleias de Deus, concernente à segunda vinda
de Cristo é declarado que: “CREMOS, professamos e ensinamos que a Segunda Vinda de
Cristo é um evento a ser realizado em duas fases. A primeira é o arrebatamento da Igreja
antes da Grande Tribulação, momento este em que “nós, os que ficarmos vivos, seremos
arrebatados” (1 Ts 4.17); a segunda fase é a sua vinda em glória depois da Grande
Tribulação e visível aos olhos humanos: “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá,
até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim!
Amém!” (Ap 1.7). Nessa vinda gloriosa, Jesus retornará com os santos arrebatados da terra:
“na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, com todos os seus santos” (1 Ts 3.13) (DE DEUS,
2018, p. 184).
25 – É admissível determinar o ano bíblico como um período de 360 dias com cada mês
contando 30 dias – Ap 12.6; 13.5. Em Gênesis 7.11,24 e 8.3,4, é possível perceber que “do
segundo mês” ao “sétimo” ocorreram “cento e cinquenta dias” o que significaria anos de
360 dias na Bíblia.
26 – Dois decretos estão ligados à restauração de Jerusalém, sendo o primeiro de 457 a.C.,
e que tratava da reconstrução do templo e, portanto, da restauração do culto, a cargo de
Esdras. O segundo, estava relacionado com a reconstrução dos muros da cidade e ficou a
cargo de Neemias doze anos depois do de Esdras. É, a partir do segundo que datamos os
eventos que o sucedem relacionados às 70 semanas.
27 – Ele possuía uma mão maior que a outra.
28 – Para alguns o Imperador Nero foi o primeiro antítipo do Anticristo.
29 – Segundo o pastor Severino Pedro da Silva existem dois pontos que precisam ser
levados em consideração nesta afirmação ao interpretar o texto de Daniel 11.37. Primeiro,
ele não terá respeito pelo deus Tamuz, que era considerado como sendo “o desejo das
mulheres” (Ez 8.14); segundo, ele não terá consideração para com as tradições e preceitos
familiares, ou seja, não terá respeito à família por ter sido estabelecida por Deus (SILVA,
1987, p.220). Uma das muitas propostas ouvidas atualmente da boca daqueles que têm o
espírito do anticristo é de que a família tradicional (formada por um homem, uma mulher e
filhos) deve acabar.
30 – Em algumas literaturas é possível encontrar quem defenda que ele será o Mahdi, o
“Messias” muçulmano.
31 – O crescimento populacional pode ser acompanhado em tempo real em:
<https://www.worldometers.info/br/>.
70
32 – As seções parentéticas escatológicas que ocorrem no Apocalipse entre os capítulos 6 -
19, são em número de nove e são, pela ordem, as seguintes: a primeira, a selagem dos
144.000 de Israel (Ap 7.1-8); a segunda, a visão dos salvos da grande tribulação que é uma
grande multidão de todas as nações, tribos, povos e línguas (Ap 7.9-17); a terceira, a visão
do anjo com um livrinho (Ap 10.1-11); a quarta, refere-se ao ministério das “duas
testemunhas (Ap 11.1-14); a quinta, a visão de uma “mulher vestida de sol” e o “dragão”
(Ap 12.1-17); a sexta, a visão das duas bestas, uma que subirá do “mar” de um grupo de
nações (Ap 17.15), o anticristo e outra que subirá da terra, o falso profeta (Ap 13.1-18); a
sétima, é a visão do “Cordeiro sobre o monte Sião” com os 144.000 selados seguido da
visão da mensagem de anjos (Ap 14.6-13); a oitava, é a visão da ceifa – “é chegada a hora
de ceifar” (Ap 14.14-20); a nona, é entoado o “cântico de Moisés” pelos que venceram a
besta, a sua imagem, o seu sinal, e o número do seu nome (Ap 15.2-8).
33 – A teoria Dispensacionalista, que divide a atividade de Deus na história em sete
dispensações, e sustenta que Deus tem dois planos: um para Israel e outro para a Igreja, foi
popularizada por John Nelson Derby (18 de novembro de 1800, Westminster, Reino Unido
– 29 de abril de 1882, Bournemouth, Reino Unido) um pregador anglo-irlandês, figura
muito influente entre os Irmãos de Plymouth e o fundador dos Irmãos Exclusivos. Essa
teoria foi divulgada pela Bíblia de referências do Dr. Scofild. As sete dispensações são:
Inocência, Consciência, Governo Humano, Patriarcal, Lei, Igreja (comumente chamada de
Graça) e o Milênio.
34 – Gogue e Magogue em Apocalipse não são os mesmos mencionados em Ezequiel
capítulos 38 e 39, por algumas razões: primeiro que em Ezequiel refere-se a um bloco de
nações (Ez 38.2-6) já em Apocalipse são todas as nações (Ap 20.8); segundo, em Ezequiel
eles agem por ato divino (Ez 38.16), em Apocalipse é movido por ato direto de Satanás (Ap
20.7,8); terceiro, em Ezequiel é sepultado em Israel (Ez 39.11-13) enquanto que no
Apocalipse são destruídos pelo fogo divino (Ap 20.9). Todavia, haverá uma guerra muito
parecida com a profetizada por Ezequiel que é a Batalha do Armagedom.
35 – Muitos eruditos da Bíblia entendem que os salvos que morrerem durante o reino
milenar participarão desse julgamento (Dn 12.2), uma vez que o “livro da vida” estará
presente nessa ocasião (Ap 20.15). Outros acreditam que o livro da vida estará presente
para assegurar que os nomes dos julgados não constam nele.
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