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MANEJO BÍBLICO - BIBLIOLOGIA


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Inclinar-me-ei para o teu santo templo, e louvarei o teu nome pela tua benignidade, e pela
tua verdade; pois engrandeceste a tua palavra acima de todo o teu nome.
(Salmos 138:2 ACF)

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ABREVIATURAS:

Em índices e citaçõ es bíblicas, é comum o uso de abreviaturas para se referir aos


textos bíblicos. Um dos formatos convencionados segue o padrã o abaixo:

· Os dois pontos (:) separam o capítulo dos versos;


· O hífen (-) indica uma faixa contínua de versos;
· A vírgula (,) indica uma seqü ê ncia nã o contínua de versos;
· O ponto-e-vírgula (;) inicia um novo capítulo do mesmo livro ou nã o, se seguido de
nova abreviaçã o.
2 Ts 2:2-12 = Segunda Tessalonicenses, capítulo 2, versículos 2 a 12
Gn 3:1-15 = Gênesis, capítulo 3, versículos 1 a
15. Rm 11:18 = Romanos, capítulo 11,
versículo 18.
Dn 9:25, 27; 11:3-43 = Daniel, capítulo 9, versículos 25 e 27; e capítulo 11, versículos 3
a 43. Mt 24-26; Ap 1:1-8 = Mateus, capítulos 24 a 26; Apocalipse, capítulo 1,
versículos 1 a 8.

CAPÍTULOS E VERSÍCULOS:

A divisã o da Bíblia em capítulos só veio acontecer no ano de 1250 A. D., pelo


cardeal Hugo de Sancto Caro, monge dominicano. Alguns pesquisadores atribuem essa
divisã o també m a Stephen Langton, professor da Universidade de Paris e mais tarde
arcebispo da Cantuá ria, em 1227.
Em 1525, Jacob Ben Hayim, na Bíblia Bomberg, em Veneza, havia dividido o Antigo
Testamento em versículos.
O Novo Testamento foi dividido em versículos em 1551, por Robert Stephanus, um
impressor de Paris, que publicou a primeira Bíblia (Vulgata Latina) dividida em capítulos
e versículos em 1555.

ALGUNS TERMOS IMPORTANTES E SEUS SIGNIFICADOS:

Antilegômena: (significa: falar contra). Sã o os livros bíblicos que em certa ocasiã o foram
questionados por alguns.
Apócrifos: (significa: escondidos ou duvidosos). Livros nã o-bíblicos aceitos por alguns,
mas rejeitados por outros.
Cânon = Do grego "kánon", e do hebraico "kaneh", regra; lista autêntica dos livros
considerados como inspirados.
Epístolas = Cartas
Evangelho = Caminho; boas novas
Homologoumena: (significa: falar como um). Sã o os livros bíblicos que foram aceitos por
todos e que em momento algum foram questionados.

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Paráfrase = Traduçã o livre ou solta, onde o objetivo é traduzir “a idéia” e nã o as palavras;
Pseudepígrafos: (significa: falsos escritos). Livros nã o-bíblicos (nã o canô nicos) rejeitados
por todos. Seus escritos se desenvolvem sobre uma base verdadeira, seguindo caminhos
fantasiosos; Septuaginta = LXX de Alexandria. Bíblia traduzida para o grego por judeus e
gregos de Alexandria, incluindo os livros apó crifos;
Sinóticos = Síntese. Os três primeiros evangelhos sã o chamados de evangelhos sinó ticos,
pois sintetizam a vida de Jesus;
Testamento = Aliança, Pacto, Acordo;
Tradução = Transliteraçã o de uma língua para outra;
Variantes = Diferenças encontradas nas diferentes có pias de um mesmo texto, mediante
comparaçã o. Elas atestam o grau de pureza de um escrito;

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Versão = Traduçã o da língua original para outra língua.
CURIOSIDADES BÍBLICAS:

· Jó é o livro mais antigo da Bíblia;


· Foram usados 3 idiomas na confecçã o da Bíblia: hebraico, aramaico (A.T.) e grego
(N.T.);
· Foi escrita em aproximadamente 1500/1600 anos, por uns 40 autores e contém 66
livros;
· Texto á ureo da Bíblia: Joã o 3:16;
· A "Epístola da Alegria", a carta de Paulo aos Filipenses, foi escrita na prisã o e as
expressõ es de alegria aparecem 21 vezes na epístola;
· Quem cortou o cabelo de Sansã o nã o foi Dalila, mas um homem (Juizes 16:19);
· O nome mais cumprido e estranho de toda a bíblia é Maer-Salal-Has-Baz - filho de
Isaías (Is 8:3-4);
· Davi, além de poeta, mú sico e cantor foi o inventor de diversos instrumentos
musicais. (Am 6:5);
· O nome "cristã o" só aparece três vezes na Bíblia. (At 11:26; At 26:28 e I Pe 4:16);
· O capítulo 19 de 2 Reis é idêntico ao 37 de Isaías;
· O VT encerra citando a palavra “maldiç~o”, o NT encerra citando “a graça de
Nosso Senhor Jesus Cristo”;
· O nome de JESUS consta no primeiro e ú ltimo versículo do NT;
· Israel é considerada a “menina dos olhos de Deus” (Deuteronô mio 32:10; Zacarias
2:8);
· A Bíblia contém cerca de 3.565.480 letras, 773.692 palavras, 31.173 versículos,
1.189 capítulos e 66 livros;
· O capítulo mais comprido é o Salmo 119;
· O mais curto, Salmo 117;
· O meio exato da Bíblia é o versículo 8 do Salmo 118;
· O versículo mais longo está em Ester 8:9;
· O versículo mais curto é: "Nã o matará s", Ê xodo 20:13 (10 letras);
· As tá buas da lei foram feitas por Deus e quebradas por Moisés, e depois feitas por
Moisés e reescritas por Deus (Ê x 34:1);
· Moisés fez o povo beber o ouro do bezerro da desobediência (Ê x 32:19-20);
· A arca de Noé media 134 m de comprimento, 23m de largura e 14m de altura; sua
á rea total nos trê s pisos era de 9.250 (m²) e um volume total de 43.150 (m³);
· Noé permaneceu na arca 382 dias (Gn 7:9-11; 8:13-19);
· Davi foi ungido três vezes obtendo uma gloriosa confirmaçã o (1 Sm 16:13; 2 Sm 2:4;
1 Cr 11:3);
· Salomã o nã o era o ú nico sá bio, havia mais quatro sá bios (1 Rs 4:29-31);
· Salomã o disse 3.000 provérbios e 1005 câ nticos. (1 Rs 4:32);
· O Antigo Testamento apresenta 332 profecias literalmente cumpridas na pessoa de
Jesus Cristo;

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· Paulo pregou o maior discurso descrito pela Bíblia (At 20:7-11);
· O maior profeta jamais realizou um milagre, contudo foi o pregador mais
convincente (Jo 10:41-42);
· O "sermã o do monte" poderia ser chamado de "sermã o da planície" (Mt 5:1; Lc 6:17);
· O Salmo 22 é alfabético - um versículo para cada letra hebraica;
· O Salmo 119 tem, em hebraico, 22 seçõ es de oito versículos. Cada uma das seçõ es
inicia com uma letra do alfabeto hebraico, de 22 letras. Dentro das seçõ es, cada
versículo inicia com a letra da seçã o;

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· No livro Lamentaçã o de Jeremias, os capítulos 1, 2 e 4 tê m versículos em nú mero
de 22 cada, compreendendo as letras do alfabeto hebraico. O capítulo 3 tem 66
versículos, levando cada trê s deles, em hebraico, a mesma letra do alfabeto;
· A expressã o "o caminho de um sá bado" corresponde ao caminho permitido no dia
de sá bado; a distâ ncia que ia da extremidade do arraial das tribos ao taberná culo,
quando no deserto, isto é , cerca de 1.200 metros;
· A menor Bíblia existente foi impressa na Inglaterra e pesa somente 20 gramas.
Este fabuloso exemplar da Bíblia mede 4,5 cm de comprimento, 3 cm de largura e 2
cm de espessura. Apesar de ser tã o pequenina, conté m 878 pá ginas, possui uma
sé rie de gravuras ilustrativas e pode ser lida com o auxílio de uma lente;
· A maior Bíblia que se conhece, conté m 8.048 pá ginas, pesa 547 quilos e tem 2,5
metros de espessura. Foi confeccionada por um marceneiro de Los Angeles,
durante dois anos de trabalho ininterrupto. Cada pá gina é uma delgada tá bua de 1
metro de altura, em cuja superfície estã o gravados os textos;
· Para a leitura completa da Bíblia, sã o necessá rias 49 horas, a saber: 38 horas para a
leitura do Velho Testamento e 11 horas para a do Novo Testamento;
· Para lê -la audivelmente, em velocidade normal de fala, sã o necessá rias cerca de 71
horas. Se você deseja lê -la em 1 ano, deve ler apenas 4 capítulos por dia;
· Ao comparar as diferentes có pias do texto da Bíblia entre si e com os originais
disponíveis, menos de 1% do texto apresentou dú vidas ou variaçõ es, portanto, 99%
do texto da Bíblia é puro. Vale lembrar que o mesmo mé todo (crítica textual) é
usado para avaliar outros documentos histó ricos, como a Ilíada de Homero, por
exemplo;
· Foi a primeira obra impressa por Gutenberg, em seu recé m inventado prelo
manual, que dispensava as có pias manuscritas;
· A Bíblia foi escrita e reproduzida em diversos materiais, de acordo com a é poca e
cultura das regiõ es, utilizando tá buas de barro, peles, papiro e até mesmo cacos de
cerâ mica/louças (ó stracos);
· Com exceçã o de alguns textos do livro de Esdras e de Daniel, os textos originais do
Antigo Testamento foram escritos em hebraico, uma língua da família das línguas
semíticas, caracterizada pela predominâ ncia de consoantes;
· A palavra "Hebraico" vem de "Hebrom", regiã o de Canaã que foi habitada pelo
patriarca Abraã o em sua peregrinaçã o, vindo da terra de Ur;
· Os 39 livros que compõ em o Antigo Testamento estavam compilados desde cerca
de 400 a.C., sendo aceitos pelo câ non Judaico, e também pelos Protestantes,
Cató licos Ortodoxos, Igreja Cató lica Russa, e parte da Igreja Cató lica tradicional;
· A primeira Bíblia em portuguê s foi impressa em 1748. A traduçã o foi feita a partir
da Vulgata Latina e iniciou-se com D. Diniz (1279-1325);
· A primeira citaçã o da redondeza da terra confirmava a idéia de Galileu, de um
planeta esférico. Bastava que os descobridores conhecessem a bíblia. (Isaías 40: 22);
· A palavra fé , no Antigo Testamento, é encontrada apenas em Hc 2: 4;
· A palavra "DEUS" aparece 2.658 vezes no V.T. e 1.170 vezes no N.T., num total de
3.828 vezes;

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· Há na Bíblia 177 mençõ es ao diabo em seus vá rios nomes;
· Os livros de Ester e Cantares de Salomã o nã o possuem o nome DEUS;
· A expressã o "Assim diz o Senhor" e equivalentes encontram-se cerca de 3.800 vezes
na Bíblia;
· A Vinda do Senhor é referida 1845 vezes na Bíblia, sendo 1.527 no Antigo
Testamento e 318 no Novo Testamento;
· A expressã o "Nã o Temas!" é encontrada 366 vezes na Bíblia, o que dá uma para
cada dia do ano e mais uma para os anos bissextos!;

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· No Salmo 107 há 4 versículos iguais: 8, 15, 21 e o 31;
· Todos os versículos do Salmo 136 terminam da mesma maneira;
· Em Ê xodo 3.14 Deus, pela primeira vez, revela seu nome: Eu Sou Quem Sou, ou
Yahweh (Jeová ) - Este é o nome mais comum de Deus no Velho Testamento,
aparecendo cerca de 6.800 vezes na língua original, o Hebraico. Em nossa traduçã o
esse nome vem traduzido por "Senhor" e aparece 1.853 vezes;
· Adã o - o homem no Jardim do É den – o seu nome significa "ser humano";
· À medida que os apó stolos levaram o evangelho pelo mundo, muitas das palavras
do Senhor
e muitas reminiscências sobre Ele circulavam oralmente. Uma evidência disso
ocorre quando Paulo, ao falar aos anciã os de É feso, empregou uma declaraçã o de
Jesus que nã o consta de parte alguma dos evangelhos (Atos 20:35).

O livro de Isaías:

Também conhecido como “o Evangelho do Antigo Testamento”.


É tido como uma miniatura da Bíblia:
Tem 66 capítulos, assim como a Bíblia tem 66 livros.
A primeira seção tem 39 capítulos/livros e corresponde à mensagem do Antigo Testamento.
A segunda seção tem 27 capítulos/livros tratando do conforto, promessa e salvação, correspondend
Assim como o NT termina falando do novo céu e nova terra, o mesmo ocorre no término de Isaías (66
O próprio nome Isaías tem semelhança com o significado do nome de Jesus: Isaías quer dizer Salvaçã

Algo muito significante é que a Bíblia contém três advertências solenes contra qualquer tentativa de acresc
MOISÉ S – que teve visã o, dada pelo Espírito, do passado desconhecido, escreveu a primeira: Dt 4:2;
SALOMÃ O – o homem mais sá bio que já viveu, escreveu a segunda: Pv 30:6; JOÃ O
– para quem foi dado tã o maravilhosa revelaçã o do futuro, escreveu a terceira: Ap 22:18-19.

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De capa acapa a Bíblia é a mensagem do amor de Deus por nós.


Devemos estudá -la diligentemente todososdias para termos
discernimento e crescimento espiritual e vivermos no padrã o de Deus, glorificando nosso
Criador e Redentor.

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AS LÍNGUAS E OS MATERIAIS DA BÍBLIA:

A ERA DA ESCRITA:

Parece que a escrita se desenvolveu durante o IV milê nio a.C. No II milê nio a.C.
vá rias experiências conduziram ao desenvolvimento do alfabeto e de documentos escritos
por parte dos fenícios. Tudo isso se completou antes da é poca de Moisé s, que escreveu
nã o antes de mais ou menos 1450 a.C.
Já em 3500 a.C. os sumérios usavam tabuinhas de barro para a escrita cuneiforme, e
registraram, por exemplo, a descriçã o sumeriana do dilú vio, que teria sido gravada em
2100 a.C.
Os egípcios (em 3100 a.C.) apresentavam documentos escritos em hieró glifos
(pictografia). A partir de 2500 a.C. usavam-se textos pictográ ficos em Biblos (Gebal)
e na Síria. Em
Cnosso e em Atchana, grandes centros comerciais, apareceram registros gravados
anteriores à época de Moisés. Outros elementos correspondentes de meados a fins do II
milênio a.C. acrescentam mais evidências de que a escrita já se havia desenvolvido bem
antes da época de Moisés.
Em suma, Moisé s e os demais autores da Bíblia escreveram numa é poca em que a
humanidade estava “alfabetizada”, ou melhor, j| podia comunicar seus pensamentos por
escrito.

AS LÍNGUAS BÍBLICAS EM PARTICULAR:

As línguas utilizadas no registro da revelaçã o de Deus, a Bíblia, vieram das famílias


de línguas semíticas e indo-europé ias. Da família semítica se originaram as línguas
bá sicas do Antigo Testamento, quais sejam, o hebraico e o aramaico (siríaco).
Alé m dessas línguas, o latim e o grego representam a família indo-europé ia. De
modo indireto, os fenícios exerceram um papel importante na transmissã o da Bíblia, ao
criar o veículo bá sico que fez que a linguagem escrita fosse menos complicada do que
havia sido até entã o: inventaram o ALFABETO.

AS LÍNGUAS DO ANTIGO TESTAMENTO:

O aramaico era a língua dos sírios, tendo sido usada em todo o período do Antigo
Testamento. Durante o século VI a.C., o aramaico tornou-se a língua geral de todo o
Oriente Pró ximo. Seu uso generalizado se refletiu nos nomes geográ ficos e nos textos
bíblicos de Esdras 4:7 – 6:18; 7:12-26, Daniel 2:4 a 7:28. (alguns estudiosos mencionam que
o correto é Esdras 4:8 a 8:18 e incluem Jr 10:11).

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O hebraico é a língua principal do Antigo Testamento, especialmente adequada


para a tarefa de criar uma ligaçã o entre a biografia do povo de Deus e o relacionamento do
Senhor com esse povo. O hebraico encaixou-se bem nessa tarefa porque é uma língua
pictórica. Expressa-se mediante metá foras vívidas e audaciosas, capazes de desafiar e
dramatizar a narrativa dos acontecimentos. Além disso, o hebraico é uma língua pessoal.
Apela diretamente ao coraçã o e à s emoçõ es, e nã o apenas à mente e à razã o.
É uma língua em que a mensagem é mais sentida que meramente pensada.
É chamada no A. T. de “língua de Cana~” (Is 19:18) e “língua Judaica” (Is 36:13; 2
Rs 18:26-28). Lê-se da direita para esquerda e o alfabeto compõ e-se de 22 letras.

AS LÍNGUAS DO NOVO
TESTAMENTO:

As línguas semíticas també m foram usadas na redaçã o do Novo Testamento. Na


verdade, Jesus e seus discípulos falavam o aramaico, sua língua materna, tendo sido essa
a língua falada por toda a Palestina na é poca. (Mt 27:46).
O hebraico fez sentir mais sua influê ncia mediante expressõ es idiomá ticas, como
uma que no portuguê s quer dizer “e sucedeu que”. Outro exemplo da influê ncia hebraica
no texto grego vemos no emprego de um segundo substantivo, em vez de um adjetivo, a
fim de atribuir uma qualidade a algo ou a algué m (1 Ts 1:3).
Alé m das línguas semíticas a influenciar o N. T., temos as indo-europé ias, o latim e
o grego. O latim influenciou ao emprestar muitas palavras, como “centuri~o”, “tributo” e
“legi~o”, e pela inscriçã o trilíngue na cruz (em latim, em hebraico e em grego).
No entanto, a língua em que se escreveu o N. T. foi o grego. Até fins do sé culo XIX,
cria-se que o grego do N. T. (koinê ) era a “língua especial” do Espírito Santo, mas a partir
de entã o, essa língua tem sido identificada como um dos cinco está gios do
desenvolvimento da língua grega.
Esse grego koinê era a língua mais amplamente conhecida em todo o mundo do
sé culo I. O alfabeto havia sido tomado dos fenícios. Seus valores culturais e vocabulá rio
cobriam vasta expansã o geográ fica, vindo a tornar-se a língua oficial dos reinados em que
se dividiu o grande impé rio de Alexandre, o Grande, uma língua quase universal.
O aparecimento providencial dessa língua, ao lado de outros desenvolvimentos
culturais, políticos, sociais e religiosos, ampla rede de estradas, etc, durante o sé culo I a.C.,
fica implícito na declaraçã o de Paulo: “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou
seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gá latas 4:4 – A.C.F.).
. O grego do N. T. adaptou-se de modo adequado à finalidade de interpretar a revelaçã o
de Cristo em linguagem teoló gica. Tinha recursos lingü ísticos especiais para essa tarefa,
por ser um idioma intelectual. Era um idioma da mente, mais que do coraçã o, e os filó sofos
atestam isso amplamente. O grego tem precisã o té cnica de expressã o nã o encontrada no
hebraico. Alé m disso, o grego era uma língua quase universal.

A verdade do A. T. a respeito de Deus foi revelada inicialmente a uma nação, Israel, em sua própria
A revelação completa, dada por Cristo, no Novo Testamento, não veio de forma tão restrita. Em vez d
nações, começando por Jerusalém” (Lc 24:47)

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OS MATERIAIS DA ESCRITA:

Os autores da Bíblia empregaram os mesmos materiais em uso no mundo antigo.


O papiro foi usado na antiga Gebal (Biblos) e no Egito, por volta de 2100 a.C. Eram
folhas de uma planta, cuja popa era cortada em tiras que eram colocadas superpostas
umas à s outras de forma cruzada, coladas, prensadas e depois polidas. Eram escritas de
um lado apenas. A cor era amarelada. Foi o material que o apó stolo Joã o usou para
escrever o Apocalipse (Ap 5:1) e suas cartas (2 Jo 12).
O velino, o pergaminho e o couro sã o palavras que designam os vá rios está gios de
produçã o de um material de escrita feito de peles de animais curtida e preparada para a
escrita. Seu uso generalizado vem dos primó rdios do Cristianismo, mas já era conhecido
em tempos remotos, pois temos uma mençã o de Isaías 34:4 sobre um livro que era
enrolado.
O pergaminho preparado de modo especial para a escrita era chamado de velo.
Tudo indica que o termo pergaminho derivou o seu nome da cidade Pé rgamo, na Á sia
menor, cujo rei, Eumenes II (159 - 197 d. C.), fez uma grande biblioteca para rivalizar com
a de Alexandria no Egito. O Novo Testamento menciona esse material grá fico em 2 Tm
4:13; Ap 6:14. O velino era desconhecido até 200 a.C., pelo que Jeremias teria tido em
mente o couro (Jr 36:23).
Outros materiais para a escrita eram o metal (Ê x 28:36), a tá bua recoberta de cera (Is
30:8; Hc 2:2; Lc 1:63), as pedras preciosas (Ê x 39:6-14) e os cacos de louça (ó stracos), como
mostra Jó

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2:8. O linho era usado no Egito, na Grécia e na Itá lia, embora nã o tenhamos indícios de
que tenha sido usado no registro da Bíblia.

A TINTA E OS INSTRUMENTOS DE ESCRITA:

A tinta utilizada pelos escribas era uma mistura de carvã o em pó com uma
substâ ncia líquida parecida com a goma ará bica (Jr 36:18; Ez 9:2; 2 Co 3:3; 2 Jo 12; 3 Jo 13).
Para a escrita em papiro e pergaminho, os escribas usavam penas de aves, pincéis
finos e um tipo de caneta feita de madeira porosa e absorvente. Para uso em cera
utilizavam um estilete de metal (Is 30:8).

OS TIPOS DA ESCRITA:

Alguns tipos de escrita utilizados nos manuscritos sã o:


a) Uncial: os mais antigos manuscritos gregos só usavam letras maiú sculas desenhadas e
sem separaçã o entre palavras. Datam do IV sé culo A. D.
b) Cursivo: Era o tipo de escrita onde letras minú sculas eram conectadas com espaço entre
palavras. Datam do IX sé culo A. D.
c) Sinais Vocá licos: Mais ou menos ao redor dos anos 500 a 900 d.C., eruditos judeus
chamados Massoretas introduziram um sistema de pontos colocado acima, abaixo e entre
o texto consonantal do Velho Testamento, de forma a marcar a vocalizaçã o do texto (Alé m
disto eles cercaram o texto de uma série de anotaçõ es chamadas Massorá , que garantiam a
imutabilidade do texto). Estes pontos, chamados pontos vocá licos, exerceriam a funçã o de
vogais, mas tinham a vantagem de nada acrescentar ou tirar do texto consonantal
inspirado. Este sistema preservou a pronú ncia do hebraico que, nesta é poca, era língua
dos eruditos judeus. Foi o texto hebraico preservado por este grupo de eruditos judeus
que chegou aos dias de hoje.

OBS: É conveniente lembrar que nos manuscritos mais antigos nã o era usado um sistema
de pontuaçã o.

O FORMATO DOS MANUSCRITOS (MSS):

Os manuscritos do Antigo Testamento tinham os formatos de livros (có dices) e


rolos. Os có dices eram feitos de pergaminho cujas folhas tinham normalmente 65 cm de
altura por 55 cm de largura. Os rolos podiam ser de papiro ou pergaminho. Eram presos a
um cabo de madeira para facilitar o manuseio durante a leitura. Era enrolado da direita
para a esquerda. Sua extensã o dependia da escrita a ser feita.

O rigor com o qual os judeus transmitiram a Bíblia Hebraica até hoje pode ser visto nas prescriçõ es ab
“Um rolo de sinagoga deve ser escrito sobre peles de animais limpos, preparadas
1

por um judeu, para o uso particular da sinagoga. Estas devem ser unidas mediante tiras
[de couro] retiradas de animais limpos. Cada pele deve conter um certo nú mero de
colunas, igual em toda a extensã o do có dice. A altura da coluna nã o deve ser menor do que
48 nem maior do que 60 linhas; e a largura deve ser de 30 letras. Toda a có pia deve ser
primeiro dotada de linhas; e se três palavras forem escritas nela sem uma linha, será sem
valor. A tinta deve ser preta, nã o vermelha, verde nem de qualquer outra cor e deve ser
preparada de acordo com uma receita definida. Uma có pia autêntica deve ser o modelo do
qual o transcritor nã o deve desviar-se até nos menores detalhes. Nenhuma palavra, letra e
nem ainda um yod deve ser escrito de memó ria sem que o escriba nã o a tenha olhado no
có dice que está a sua frente. ... Entre cada consoante deve intervir o espaço de um cabelo
ou de um pavio; entre cada palavra o espaço será de uma consoante estreita; entre cada
novo parashah, ou

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secçã o, o espaço será de nove consoantes; entre cada livro, três linhas. O quinto livro de
Moisés deve terminar exatamente com uma linha, mas os restantes nã o necessitam
terminar assim. Além disto, o copista deve sentar-se com vestimenta judia completa, lavar
todo o seu corpo, nã o começar a escrever o nome de Deus com a pena recentemente
molhada na tinta e mesmo que um rei lhe dirigisse a palavra enquanto estava escrevendo
este nome, deve nã o dar atençã o a ele.”
A UTILIDADE DA BÍBLIA:

“Toda escritura é inspirada por Deus e ú til para o ensino, para a repreensã o,
para a correçã o, para a educaçã o na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e
perfeitamente habilitado para toda boa obra.” 2 Tm 3:16-17. Examine ainda 1 Coríntios
10:11 e Romanos 15:4.
A BÍBLIA É UM LIVRO PARA: ser buscado/examinado (Jo 5:39); crido (Jo 2:22);
lido (1 Tm 4:13); recebido (1 Ts 2:13); confirmado e aceito (At 17:11).
A BÍBLIA TEM MUITOS OBJETIVOS: avisar aos crentes (1 Co 10:11);
manifestar o cuidado de Deus (1 Co 9:9, 10); ensinar e instruir (Rm 15:4); aperfeiçoar o
cristã o para toda boa obra (2 Tm 3:16-17); fazer o homem sá bio para a salvaçã o (2 Tm 3:15);
produzir fé na divindade de Cristo (Jo 20:31); produzir vida eterna (Jo 5:24).

SÍNTESE DA HISTÓRIA BÍBLICA

1. DEUS criou o homem e o colocou no Jardim do É den


2. O homem pecou e deixou de ser aquilo para o que Deus o tinha destinado. Foi entã o
que Deus pô s em andamento o plano para a salvaçã o do homem e o fez chamando Abraã o
para que fundasse uma nação, mediante a qual o plano seria executado.
3. A naçã o nã o andou nos caminhos do Senhor e foram escravizados no Egito. Apó s 400
anos, sob a direçã o de Moisé s, o povo foi tirado do Egito de volta à terra prometida de
Canaã . A naçã o tornou-se um grande e poderoso reino.
4. O reino foi dividido no fim do reinado de Salomã o: Israel, ao norte, 10 tribos, levada
cativa pela Assíria em 721 a. C., e Judá , ao sul, 2 tribos, levada cativa pela Babilô nia no ano
600 a. C.
5. Encerra-se o Antigo Testamento. 400 anos mais tarde cumpre-se a promessa pelo
aparecimento de Jesus, o Messias, a esperança da humanidade, mediante Quem o homem
seria redimido e nascido de novo. Para realizar e consumar sua obra salvadora, Jesus
Cristo MORREU pelo pecado humano, ressuscitou e ordenou que os discípulos saíssem
pelo mundo contando a histó ria de Sua vida e Seu
poder redentor.
6. Assim, obedecendo { ordem, a “grande comissão”, partiram os discípulos por toda
parte, em todas as direçõ es, levando as BOAS NOVAS, alcançando o mundo civilizado
conhecido da é poca. Assim, com o lançamento da obra da redençã o humana, encerra-se o

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Novo Testamento.

A BÍBLIA

“A Bíblia é o Livro de Deus”.


A palavra Bíblia (Livros) entrou para as línguas modernas por intermé dio do
francê s, passando primeiro pelo latim bíblia, com origem no grego biblos (folha de papiro
do sé culo XI a. C preparada para a escrita. Um rolo de papiro tamanho pequeno era
chamado “biblion”, e v|rios destes era uma “Bíblia”. Portanto “Bíblia” quer dizer coleçã o
de vá rios livros.
No princípio os livros sagrados nã o estavam reunidos uns aos outros como os
temos agora em nossa Bíblia. O que tornou isso possível foi a invençã o do papel no séc. II
pelos chineses, bem como a invençã o do prelo de tipos mó veis, em 1450 A. D. por
Guttenberg, tipó grafo alemã o. Até entã o tudo era manuscrito como ocorria anteriormente
com os escribas, de modo laborioso, lento e oneroso.

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Com a invençã o do papel desapareceram os rolos e a palavra biblos deu origem a
“livro” como se vê em biblioteca, bibliografia, biblió filo.
A primeira pessoa a aplicar o nome “Bíblia” foi Joã o Crisó stomo, grande
reformador e patriarca de Constantinopla, 398-404 A. D.

Teologicamente a Bíblia é a revelação de Deus para a humanidade.


Etimologicamente é uma coleção de livros pequenos, cujo autor é Deus, o Espírito Santo é seu real i
Jesus Cristo seu TEMA UNIFICADOR, seu assunto central.

Cerca de 40 personagens se envolveram na autoria e compilaçã o dos livros que


compõ em a Bíblia Sagrada (1 Pedro 1:20-21). Foram das mais diferentes categorias:
escritores, estadistas, camponeses, reis, vaqueiros, pescadores, cobradores de impostos,
instruídos e ignorantes, judeus e gentios. Cada escritor manifestou seu pró prio estilo e
características literá rias.
Demoraram cerca de aproximadamente 1600 anos para escreverem. 1500 a. C.,
quando Moisés começou a escrever o Pentateuco, no meio do trovã o no monte Sinai, até 97
d. C., quando o apó stolo Jo~o, ele mesmo um “filho do trov~o” (Mc 3:17), escreveu seu
evangelho na Á sia Menor.
Os escritores viveram distante uns dos outros, em épocas e condiçõ es diferentes,
nã o se conheceram (na época a comunicaçã o era praticamente impossível) pertenceram à s
mais variadas camadas sociais, e tinham cultura e profissõ es muito diferentes.

Entretanto, há na Bíblia um só plano ou projeto, que de fato mostra a existê ncia de


um só Autor divino, guiando os escritores. A Bíblia é um só livro. Tem um só sistema
doutriná rio, um só padrã o moral, um só plano de salvaçã o, um só programa das eras. As
diversas narrativas ali encontradas dos mesmos incidentes e ensinamentos nã o sã o
contraditó rias, mas suplementares. Nã o há em todo o seu conteú do uma só contradiçã o, e
um livro sempre dá continuidade ou complementa o outro, apesar das condiçõ es em que
foram escritos.
Em todo o seu conjunto possui uma harmonia, que só pode ser explicada como
sendo um “MILAGRE”.

A Bíblia é a coleçã o das exatas palavras dos 66 livros que constituem o seu CÂNON,
sendo:
· 24 livros os do câ non judaico do VT (equivalentes aos nossos 39 livros, o mesmo que
hoje é chamado de "Texto Massorético de BEN CHAYyIM" e que, depois da
invençã o da Imprensa, foi impresso por Daniel Bomberg, um abastado cristã o
veneziano originá rio da Antuérpia, em 1524-5. A ediçã o da segunda publicaçã o
ficou a cargo de Jacob Ben Chayyim);
· 27 livros os do câ non do NT (o mesmo que, depois da invençã o da Imprensa, foi
impresso, terminando por ser conhecido pelo nome de TR, ou "Textus Receptus",

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isto é , "O Texto Recebido" [recebido pelas igrejas do sé culo I, das mã os dos
homens inspirados por Deus para escrevê -lo; e, també m, recebido pela Reforma,
das mã os das pequeninas igrejas fié is {perseguidas por Roma} e da Igreja Grega
Ortodoxa]).

Nã o confundir Ben Chayyim com Ben Asher. Nã o confundir o Texto Massorético de


Ben Chayyim (100% genuíno) com o falso Texto Massorético, de Ben Asher (com
falsificaçõ es e também referido como Bíblia Stuttgartensia). Nã o confundir a Bíblia
Hebraica de Kittel (BHK) 1ª e 2ª ediçã o [1906 e 1912, boas, baseadas no Texto Massorético
de Ben Chayyim] com as BHK ediçõ es posteriores, má s, baseadas no falso Texto
Massorético, de Ben Asher.

Apesar de toda oposiçã o, a Bíblia é o livro mais antigo, mais famoso e mais lido do
mundo. Escrito em mais de 2000 línguas e dialetos, já atravessou 3.000 anos. É també m o
livro de maior circulaçã o em todo o mundo. Em 1996 foram distribuídas 20 milhõ es de
Bíblias em todo o mundo; só no Brasil foram quase 7 milhõ es e na China circulam cerca
de 3 milhõ es. Por tudo isso, podemos dizer, sem medo de errar que a Bíblia tem origem
sobre-humana!

Os nomes mais comuns dados à Bíblia são: Livro do Senhor (Is 34:16); Palavra de Deus

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(Mc 7:13; Jo 10:35; Hb 4:12); As Escrituras ou Sagradas Escrituras (Mt 21:42; Lc 4:21; Jo 7:38,
42; Rm 1:2; Rm 4:3; Gl 4:30); A Verdade (Jo 17:17; Rm 15:8); Lei (Sl 119); Lc 10:26; Mt 5:18);
ntos (Sl 119); A Lei e os Profetas (Mt 5:17; Lc 16:16); A Lei de Moisés (Lc 24:44); Orá culos de Deus (Rm 3:2).

GEM SINGULAR DA BÍBLIA

Entre a Bíblia e os outros escritos religiosos e filosó ficos existe um abismo


intransponível. Certamente valores como a verdade, a honestidade, e justiça e o
altruísmo sã o comuns aos
melhores escritos da humanidade. Nisso a Bíblia se identifica com todos os outros. Mas o
que dizer do Deus apresentado pela Bíblia? Que contraste com a energia impessoal do
Hinduísmo ou com os frá geis e grotescos deuses dos panteõ es greco-romanos! Deus se
apresenta em toda a Sua majestade e grandeza: santo, justo, fiel, onipotente e onisciente;
perfeito em amor e misericó rdia, imutá vel em todos os Seus atributos.
O pró prio misté rio da Trindade demonstra um Deus maior que nossa razã o. O
homem, na Bíblia, é retratado no seu melhor e no seu pior estado. Enquanto na Filosofia o
homem é deificado como senhor do seu pró prio destino, na Bíblia o homem é criatura de
Deus, pecador e dependente.
Enquanto em algumas crendices o homem é parte de um jogo de dados có smicos,
joguete nas mã os de forças poderosas, na Bíblia o homem é criado por Deus com
dignidade e sentido na Histó ria.
O caminho bíblico para a salvaçã o vai de encontro à idé ia arraigada, no espírito
humano, de que cada um deve promover a sua pró pria salvaçã o. Na Bíblia, a salvaçã o é
um presente que nã o pode ser comprado, mas recebido com gratidã o.
O perdã o dos pecados nã o ocorre por cerimô nias vazias, mas mediante a morte do
Filho de Deus na cruz, no lugar dos pecadores. O destino final, na Bíblia, nã o é a
aniquilaçã o da personalidade, nem um paraíso de prazeres carnais, mas a comunhã o com
Deus por toda a eternidade. E isto somente para aqueles que um dia aceitaram o caminho
oferecido por Deus.
Nenhum homem conceberia a idéia de um inferno de sofrimento eterno.

A unidade da Bíblia é sem paralelo. Nunca em qualquer outro lugar, se uniram tantos tratados diferentes, h

A Bíblia se opõ e a certos conceitos filosó ficos do mundo, e refuta-os:

1) Ateísmo

FATEB – Faculdade de Teologia e Extensão da


Bahia
www.faculdadefateb.com
2
2) Politeísmo
3) Materialismo
4) Panteísmo
5) A eternidade da matéria (Gn 1:1).

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DIVISÃO DOS LIVROS:

Nós, cristãos (igreja), agrupamos os 39 livros do Antigo Testamento em:

· 5 da Lei (Gn, Ex, Lv, Nm, Dt), formando o Pentateuco;


· 12 histó ricos (Js, Jz, Rt, 1 e 2Sm, 1 e 2Rs, 1 e 2Cr, Ed, Ne, Et);
· 5 poéticos (Jó , Sl, Pv, Ec, Ct);
· 5 profetas maiores (Is, Jr, Lm, Ez, Dn);
· 12 profetas menores (Os, Jl, Am, Ob, Jn, Mq, Na, Hc, Sf, Ag, Zc, Ml).

A Tanakh (o A. T. dos judeus) e a divisão de Flávio Josefo (Lc 24:44)

TEXTO MASSORÉTICO FLÁVIO JOSEFO - 22 livros


(a distribuição é hipotética)
TORÁ H Gn, Ex, Lv, Nm, Dt = 5 Gn, Ex, Lv, Nm, Dt = 5
(A Lei)
NEBI'IM Profetas anteriores - Js, Jz, Sm, Rs = 4 Js, Jz-Rt, Sm, Rs. Is, Jr-Lm, Ez, XII, Dn,
(Profetas) Profetas posteriores - Is, Jr, Ez, XII = Ec, Es-Ne, Et, Cr = 13
4
KEThUBhIM Poesia e sabedoria - Sl, Jó , Pv = 3 Poesia e sabedoria - Sl, Pv, Jó , Ct = 4
(Escritos) Gr. "Megilloth" - Rt, Ct, Ec, Lm, Et = 5
Hagiograph
a Histó ria - Dn, Ed-Ne, Cr = 3

OBSERVAÇÕES:

a) Os Profetas e os Escritos també m eram conhecidos pelos nomes dos seus primeiros
livros, “Isaías” e “Salmos”, respectivamente.
b) Profetas Posteriores porque exerceram o ministé rio no período compreendido entre
os cativeiros Assírio e Babilô nico até o retorno dos judeus à Palestina, apó s 70 anos sob o
domínio babilô nico.
c) Os livros histó ricos sã o de autores que nã o eram profetas oficiais, mas que possuíam o
dom de profecia.
d) O Rolo dos Doze – XII inclui os livros de: Osé ias, Joel, Amó s, Obadias, Jonas, Miqué ias,
Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias.
e) Os Cinco rolos (Megilloth) sã o cada um usado na ocasiã o de uma festa específica:
Cantares na
Pá scoa; Rute no Pentecostes; Lamentaçõ es no dia 9 do mês Abibe (no aniversá rio da
destruiçã o de Jerusalém); Eclesiastes na Festa dos Taberná culos; Ester na Festa de Purim.

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f) O primeiro livro da Escritura hebraica é Gênesis e o ú ltimo Crô nicas (Mt 23:35; Gn 4:8; 2
Cr 24:20-22).

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g) No Câ non hebraico, como no nosso Câ non, os livros nã o estã o em ordem cronoló gica.
h) Sã o 24 livros, visto que os seguintes livros sã o assim considerados: Samuel (engloba 1 e
2 Sm), Crô nicas (engloba 1 e 2 Cr), Reis (engloba 1 e 2 Rs), Os Doze (sã o contados como
um só livro), Esdras (inclui Neemias).
i) Flá vio Josefo, historiador judeu reduziu os 24 livros para 22 livros, em correspondência
à s 22 letras do alfabeto hebraico, combinando Rute com Juizes e Lamentaçõ es com
Jeremias.
j) O Novo Testamento menciona uma divisã o tripla do Antigo Testamento: "A Lei, os
Profetas e os Salmos" (Lucas 24:44).
k) Jesus Cristo mencionou estas 3 divisõ es do V. T. em Lc 11:49-51, Lc 24:44 e Mt 23:34-36.

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l) O livro de Eclesiá stico (apó crifo), escrito em cerca de 130 antes de Cristo fala em "a lei, os
profetas e os outros escritos". Confira Mateus 23:35 e Lucas 11:51 que refletem o arranjo da
Bíblia Hebraica.

“O Novo Testamento está no Antigo Testamento ocultado, e o


Antigo Testamento, no Novo Testamento revelado”.

Os 27 livros do Novo Testamento são:

· (BIOGRAFIA) 4 Evangelhos (Mt, Mc, Lc, Jo);


· (HISTÓ RIA) 1 histó rico (At);
· (DOUTRINA) 21 epístolas. Sã o elas:
a) 9 a igrejas locais (Rm, 1 e 2 Co, Gl, Ef, Fp, Cl, 1 e 2 Ts);
b) 6 pastorais (1 e 2 Tm, Tt, Fm, 2 e 3 Jo);
c) 6 universais (Hb, Tg, 1 e 2 Pe, 1 Jo, Jd).
· (PROFECIA) 1 profético (Ap).

Os crentes anteriores a Cristo olhavam adiante com grande expectativa (1 Pe 1:11-


12), ao passo que os crentes de nossos dias vêem em Cristo a concretização dos
planos de Deus.

DIVISÃO CRISTOCÊNTRICA

A Bíblia pode ser dividida na estrutura geral e cristocêntrica. Isso se baseia nos
ensinos do pró prio Jesus, cerca de cinco vezes no Novo Testamento (Mt 5:17; Lc 24:27; Jo
5:39; Hb 10:7).
Sim, Cristo é o centro e o coraçã o da Bíblia, porque o Antigo Testamento descreve
uma nação e o Novo Testamento descreve um HOMEM. Toda a Bíblia se converge para
Cristo, como deixa claro Joã o 20:31.
CRISTO é a nossa Palavra Viva (Apocalipse 19:13) que percorre todas as
pá ginas das Sagradas Escrituras. Examine ainda Lc 24:44. Considerando CRISTO como o
tema central da Bíblia, toda ela poderá ficar resumida assim:

ANTIGO TESTAMENTO:

LEI: Fundamento da chegada de Cristo.


HISTÓ RIA: Preparaçã o para a chegada de Cristo.
POESIA: Anelo pela chegada de Cristo.
PROFECIA: Certeza da chegada de Cristo.

OBS: de uma forma geral, todo o A. T. trata da preparação para o advento de Cristo.

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NOVO TESTAMENTO:

EVANGELHOS: Manifestaçã o de Cristo ao mundo, como


Redentor. ATOS: Propagaçã o de Cristo, por meio da igreja.
EPÍSTOLAS: Explanaçã o, interpretaçã o e aplicaçã o de Cristo. Sã o os detalhes da
doutrina. APOCALIPSE: Consumaçã o de todas as coisas em Cristo.

OBS: O N. T. trata da manifestação de Jesus Cristo.

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Á VEIO (é claro, como Redentor). Assim, as Escrituras sem a pessoa de JESUS seriam como a física sem a

BREVE ANÁLISE DOS LIVROS DA BÍBLIA

I - ANTIGO TESTAMENTO:

TRÊS PENSAMENTOS BÁSICOS DO ANTIGO TESTAMENTO:

1. A Promessa de Deus a Abraã o - “todas as naçõ es seriam abençoadas”


2. O Concerto de Deus com a Naçã o Hebraica - Se O servissem fielmente, prosperariam.
Em
estabelecer a naçã o hebraica, o objetivo FINAL de Deus foi trazer CRISTO ao mundo. O
objetivo IMEDIATO de Deus foi estabelecer, em terra idó latra, em preparaçã o para a
vinda de Cristo, a idé ia de que há UM só Deus vivo e verdadeiro.A bê nçã o dessa naçã o se
comunicaria ao mundo.
3. A Promessa de Deus a Davi - “que sua família reinaria para sempre...”

PORTANTO, CONCLUÍMOS QUE:

1. A naçã o hebraica foi estabelecida para que, por ela, o mundo inteiro fosse abençoado:
Anação messiânica.
2. O meio pelo qual a bençã o da naçã o hebraica se comunicaria ao mundo seria a família
de Davi:
Afamília messiânica.
3. O modo pelo qual a bê nçã o da família de Davi se comunicaria ao mundo seria o grande
Rei que nasceria dela: O MESSIAS.

O ANTIGO TESTAMENTO É DIVIDIDO EM QUATRO PARTES:

1 – Pentateuco, Livros da Lei ou Torah – são 5 livros:

Gênesis – Como a palavra bem indica, é o livro dos princípios: do cé u e da terra, das ilhas
e dos mares, dos animais e do homem. Com Abraã o, temos o começo de uma raça, um
povo, uma revelaçã o divina particular e finalmente uma igreja.
Êxodo – Relata o povo de Deus escravizado no Egito e a grande libertaçã o divina, usando
a instrumentalidade de Moisé s.
Levítico – Leis acerca da moralidade, limpeza, alimento,
sacrifícios, etc. Números – Relata a peregrinaçã o de Israel,

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quarenta anos pelo deserto. Deuteronômio – Repetiçã o das leis.

2 – Livros Históricos – são 12 livros:

Josué – Trata da conquista de Canaã . O milagre da passagem do rio Jordã o, a queda das
muralhas de Jericó , a vitó ria sobre as sete naçõ es Canané ias, a divisã o da terra prometida
e, finalmente, a morte de Josué com cento e dez anos.
Juízes – Vá rias libertaçõ es através dos quinze juízes.
Rute – A linda histó ria de Rute, uma ascendente de Davi e de Jesus Cristo.

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1 e 2 Samuel – Relatam a histó ria de Samuel, da implantaçã o da monarquia, sendo Saul o
primeiro rei ungido por Samuel. Samuel como o ú ltimo juiz e a histó ria de Davi.
1 e 2 Reis – Relatam a edificaçã o do Templo de Jerusalé m, a divisã o do reino. Ministé rio
de Elias e Eliseu. Ainda em II Reis está relatado o cativeiro do Reino do Norte pelos
exé rcitos assírios, e do Sul com o poderio Caldeu de Nabucodonossor.
1 e 2 Crônicas – Registram os reinados de Davi, Salomã o e dos reis de Judá até a é poca
do cativeiro babilô nico.
Esdras – Relata o retorno de Judá do cativeiro babilô nico com Zorobabel e a reconstruçã o
do templo de Jerusalém.
Neemias – Relata a histó ria da reedificaçã o das muralhas de Jerusalém.
Ester – Relata a libertaçã o dos judeus por Ester e o estabelecimento da festa de Purim.

Divide-se em quatro períodos da História de Israel:

Teocracia (Juízes)
Monarquia (Saul, Davi, Salomã o)
Divisã o do Reino e Cativeiro (Judá , Israel)
Período pó s-cativeiro

3 – Livros Poéticos – são 5 livros:

Jó – Sofrimento, paciência e libertaçã o de Jó .


Salmos – Câ nticos espirituais, proclamaçõ es, poemas e oraçõ es.
Provérbios – Dissertaçõ es sobre sabedoria, temperança, justiça,
etc. Eclesiastes – Reflexõ es sobre a vida, deveres e obrigaçõ es
perante Deus.
Cantares de Salomão – Descreve o amor de Salomã o pela jovem sulamita, simbolizando o
amor de Jesus pela igreja.

4 – Profetas – são 17 livros:

a) Profetas Maiores – são 5 livros:

Isaías – Muitas profecias messiâ nicas. É considerado o profeta da redençã o. O livro


conté m maldiçõ es pronunciadas sobre as naçõ es pecadoras.
Jeremias – Tem por tema a reincidência, o cativeiro e a restauraçã o dos judeus. Jeremias é
considerado “o profeta chor~o”.
Lamentações – Clamores de Jeremias, lamentando as afliçõ es de Israel.
Ezequiel – Um livro que contém muitas metá foras para descrever a condiçã o, exaltaçã o e a
gló ria futura do povo de Deus.
Daniel – Visõ es apocalípticas.

b) Profetas Menores – são 12 livros:

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Oséias – Relata a apostasia de Israel, caracterizada como adulté rio espiritual. Conté m
muitas metá foras que descrevem os pecados do povo.
Joel – Descreve o arrependimento de Judá e as bê nçã os. “O Dia do Senhor” é enfatizado
como um dia de juízo e també m de bê nçã os.
Amós – Através de visõ es, o profeta reformador denuncia o egoísmo e o
pecado. Obadias – A condenaçã o de Edom e a libertaçã o de Israel.
Jonas – Relata a histó ria de Jonas, o missioná rio que relutou para levar a mensagem de
Deus à cidade de Nínive. O mais bem sucedido dentre os profetas. Um dos profetas que
pregou o arrependimento ao povo. O povo arrependeu-se e o profeta ficou triste e
desejou a morte.

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Miquéias – Condiçã o moral de Israel e Judá . Também prediz o estabelecimento do reino
messiâ nico.
Naum – A destruiçã o de Nínive e a libertaçã o de Judá da opressã o assíria.
Habacuque – O grande questionamento do profeta a Deus. Como pode Deus ser justo e
permitir que uma naçã o pecadora oprima Israel. Contém uma das mais belas oraçõ es da
Bíblia.
Sofonias – Ameaças e visã o da gló ria futura de Israel.
Ageu – Repreende o povo por negligenciar a construçã o do segundo templo e promete a
volta da gló ria de Deus.
Zacarias – Através de visõ es, profetiza o triunfo final do reino de Deus. Zacarias ajudou a
animar os judeus a reconstruírem o templo. Foi contemporâ neo de Ageu.
Malaquias – Descriçõ es que mostram a necessidade de reformas antes da vinda do
Messias.

SÃO OS LIVROS PROFÉTICOS DE ACORDO COM AS


DUAS GRANDES CRISES DO POVO JUDEU:

CRISE CRISE DURANTE APÓ S


ASSÍRIA BABILÔ NICA CATIVEIRO CATIVEIRO
BABILÔ NICO BABILÔ NICO

Joel Sofonias Daniel Ageu


Amó s Habacuque Ezequiel Zacarias
Jonas Jeremias Malaquias
Osé ias Lamentaçõ es
Isaías Obadias
Miquéias
Naum

Terminamos o Velho Testamento com a palavra "maldição". Até aqui Cristo foi prometido, mas não

Por quase 400 anos, Deus não chamou nenhum profeta para dizer "assim diz o Senhor". Em todo est
nenhum escritor inspirado apareceu. Por isso este tempo é chamado: "Os
Anos Silenciosos". “O Período Intertestament|rio” ou "O Período Negro".

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II - NOVO TESTAMENTO:

O Velho Testamento mostra o problema, mas não revela completamente a solução; Já o Novo Testame
JESUS CRISTO!

O NOVO TESTAMENTO TAMBÉM TEM QUATRO DIVISÕES:

1 – Os Evangelhos ou Biográficos:

· Mateus, Marcos, Lucas e João - Tratam do nascimento, vida, obra, morte,


ressurreiçã o e ascensã o de Um Homem chamado Jesus, O Filho de Deus, O Messias
Prometido a Israel.

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A questã o central é a carreira terrena de Jesus Cristo.

Os temas e as datas dos Evangelhos:

ometido está - veja as Suas qualificaçõ es Marcos: Assim Ele trabalhou - veja o Seu poder Lucas: Assim Ele era - veja a
Joã o: Assim Ele é - veja a Sua divindade

Mateus (40-55 d. C.) : foi escrito para os JUDEUS . Faz conexã o com o Velho Testamento
(as Escrituras Hebraicas). Revela o Messias como o REI prometido do Velho Testamento
aos Judeus,
O soberano que veio ordenar e reinar (autoridade Mt 1:1; 16:16-19; 28:18-20). O Novo
Testamento é o cumprimento do Velho - note logo no começo do Novo Testamento o que
diz Mateus 1:22. É por isso que Deus diz em Mateus: "Este é o meu amado Filho em quem
me comprazo: escutai-O" (17:5). É o evangelho que mais traz profecias.

Marcos (57-63 d. C.): foi escrito para o povo ROMANO. Representa o Messias como o
SERVO Fiel e Obediente de Deus, Aquele que veio servir e sofrer (Mc 10:45). Nã o traz
genealogia, pois para o servo, isso nã o conta. Marcos é um Judeu-Gentio (Joã o Marcos),
cujo nome faz conexã o com o judeu e o gentio. Relata mais milagres, pois os romanos se
interessavam mais por açõ es que palavras.

Lucas (63 d. C.): foi escrito para os GREGOS. Relata o Messias como o homem perfeito, o
FILHO DO HOMEM, Aquele que veio repartir e compadecer-se (Lc 19:10). Os gregos
gostavam de tudo detalhado. Lucas tem genealogia, mostrando que Jesus é perfeito.
Mesmo tentado na carne, Ele continuou perfeito. Lucas era um médico e um gentio.

João (90 d. C.): foi escrito para TODO O MUNDO, com o propó sito de levar o homem a
Cristo. Joã o apresenta Jesus como o FILHO DE DEUS, Aquele que veio revelar e redimir
(Jo 1:1-4; 20:31). Tudo no evangelho de Joã o ilustra e demonstra seu relacionamento com o
Pai. É onde Jesus trata mais a Deus como Pai (Abba Pai).

Os sinópticos diferem, do Evangelho de João, nas seguintes maneiras:

Mateus, Marcos e Lucas João


Os fatos da vida exterior de Cristo A vida intima de Cristo
Os aspectos da sua vida humana A vida divina de Cristo
Os seus discursos públicos Os discursos pessoais
O ministé rio na Galiléia O ministé rio na Judéia

Assim, os quatro relatam os tipos mostrados em Ezequiel 1.10 e em Apocalipse


4.6- 8, ilustrando os quatro animais "no meio do trono, e ao redor do trono" com a
semelhança

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de:
· leã o (Mateus - rei),
· bezerro (Marcos – servo),
· rosto como de homem (Lucas - filho do homem) e
· semelhante a uma á guia voando (Joã o - filho de Deus).

A crítica está cada vez mais voltando ao ponto de vista tradicional quanto à data e autoria
de diversos livros. Há razã o para crermos que os Evangelhos Sinó ticos foram escritos na
ordem: Mateus, Lucas e Marcos. Orígenes freqü entemente os cita nessa ordem e Clemente
de Alexandria, antes dele, coloca os Evangelhos que contêm genealogias primeiro, com
base na tradiçã o que ele

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18
recebeu dos “antigos antes dele”. De acordo com Euzébio, H. E., Vi. Xiv. Esta opiniã o é
reforçada pela consideraçã o de que os Evangelhos surgiram das circunstâ ncias e ocasiõ es
da época. (Palestras em Teologia Sistemá tica, Henry Clarence Thiessen (Ed. Batista
Regular, pá g 58).
2 – Histórico:

Atos dos Apóstolos - Propagaçã o do Evangelho. Trata dos resultados da morte e da


ressurreiçã o de Jesus Cristo, com a propagaçã o das “Boas Novas”, por impulso e
liderança do Espírito Santo, começando em Jerusalém, Judéia, Samaria e até os
confins da terra.

3 – Epístolas:

Os fundadores das igrejas, freqü entemente impossibilitados de visitá -las pessoalmente, desejavam entrar e
(Circulaçã o das epístolas: 1 Ts 5:27; Cl 4:16; 1 Pe 1:1-2; 2 Pe 3:14-16; Ap 1:3)

· Epístolas Paulinas – a) 9 dirigidas a igrejas: Romanos, 1 e 2 Coríntios, Gá latas,


Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 e 2 Tessalonicenses; b) 4 dirigidas a indivíduos: 1
e 2 Timó teo, Tito, Filemom.
· Epístolas Gerais – a) 1 dirigida a um povo: Hebreus; b) 7 universais: Tiago, 1 e 2
Pedro, 1, 2 e 3 Joã o, Judas.

OBS: Fp, Ef, Cl e Fm sã o chamadas epístolas da prisã o, escritas em Roma.

As cartas apresentam a teologia para a Igreja. A essência do que Deus tem para a Igreja está nas Ca

4 – Profético:

Apocalipse – Revelaçã o, Consumaçã o e Juízo de Deus. Um novo Cé u e uma nova


Terra.

Cada livro da Bíblia deve ser estudado convenientemente para que o seu ensino seja aprendido, reti

A BÍBLIA É INSPIRADA

MANEJO BÍBLICO -
3
SIGNIFICADO DA INSPIRAÇÃO:

O Espírito de Deus de tal modo guiou e superintendeu os escritores da Bíblia,


mesmo fazendo uso das suas características pessoais, que os seus originais (e os Textos
Massorético e Texto Recebido, miraculosamente preservados por Deus sem nenhuma
falha, e traduzidos fielmente na Almeida Original e na Trinitariana) são a única e
completa, plena, verbal, infalível e inerrável, autoritativa corporificação de TUDO o que
Deus quis comunicar ao homem. Assim, cada palavra da Bíblia é literalmente de Deus e
é a única base para doutrina.

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Inspiraçã o é o poder estendido pelo Espírito Santo, mas nã o sabemos exatamente
como esse poder operou. É limitado aos autores da Escritura Sagrada. Isto EXCLUI todos
os outros livros “sacros” por nã o serem inspirados; também nega autoridade final a todas
as igrejas, concílios eclesiá sticos, credos e clérigos.
É essencialmente “orientaç~o”. Isto é, o Espírito Santo supervisionou a seleçã o dos
materiais
a serem usados e das palavras a serem empregadas por escrito. Finalmente, Ele preservou
os autores de todos os erros e omissõ es.
Temos na Bíblia, portanto, a Palavra de Deus verbalmente inspirada.

Talvez a melhor definiç~o de inspiraç~o seja a de L. Gaussen: “aquele inexplic|vel poder que o Espírito div

O mais pró ximo que conseguimos chegar da inspiraçã o é chamando-a de


“orientaç~o”. Observamos, alé m disso, que a inspiraçã o se estende à s palavras, nã o
simplesmente aos pensamentos e conceitos. Se se estendesse simplesmente aos ú ltimos,
ficaríamos sem saber se os escritores entenderam exatamente o que Deus disse, se se
lembraram exatamente do que Ele disse, e se eles tinham capacidade para expressar os
pensamentos de Deus com exatidã o.
s, manifesta sentimentos e pensamentos humanos, às vezes em desacordo com os de Deus (ver, por exemplo,
Palavra de Deus foi revelada.

Isso se deu naturalmente, de modos diversos: ora os escritores simplesmente


registravam fatos histó ricos; ora registravam as mensagens que profetas e apó stolos
recebiam de Deus; ora refletiam intimamente sobre coisas de Deus e Este usava seus
pensamentos para levar Sua mensagem aos homens; ora eram guiados por Deus a escrever
palavras revestidas de sentido mais profundo do que eles pró prios sabiam (1 Pe 1:10-12; cf.
Dn 8:15; 12:8-12).

Embora a Bíblia seja inspirada por Deus (2 Pe 1.20-21; 2 Tm 3.16-17; Ap 1.1-3), a


participaçã o do homem na recepçã o da revelaçã o assumiu vá rias formas: ocasionalmente,
o escritor bíblico recebeu um “ditado” divino para escrever (Lv 26.46); outras vezes o
escritor teve que estudar antes de escrever (Dn 9.2; Lc 1.1-4); eles se utilizavam de outros
livros inspirados ou nã o (Nm 21.14; Js 10.13; 2 Sm 1.18; 1 Cr 29.29; etc); ocasionalmente
descreviam visõ es, sonhos ou apariçõ es que testemunharam (Is 6, Jr 24; Dn 7-12; Ap 1-22);
vá rios autores puderam escrever seu testemunho pessoal, pois foram testemunhas
oculares dos eventos que relatam (Josué 24.26. Joã o 19.35; 21.24; 1 Jo 1.1-4; 2 Pe 1.16-18);

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também citaram documentos antigos, que tinham à sua disposiçã o (Daniel 4; 2 Crô nicas 36.23; Esdras 1.

O Deus que soprou o fôlego de vida nos seres viventes é o mesmo que soprou Sua
Palavra nas consciências dos Seus profetas.

Assim a Bíblia, obra de autores humanos, é , contudo, de natureza divina e isso num
sentido mais elevado do que o que se dá ao fazer referê ncia a outras obras que se
costumam dizer “inspiradas”. É -lhe aplicado em 2 Tm 3:16 um adjetivo que significa
<<insuflado por Deus>> (cf. Gn 2:7); seus escritores sã o chamados <<homens impelidos
(ou “carregados”) pelo Espírito Santo>> (2 Pe 1:20-21; cf. Ap. 19:9; 22:6; 2 Sm 23:2).
Os profetas estavam tã o cô nscios da responsabilidade de entregar a mensagem de
Deus que muitas vezes pediam a Deus que os poupasse desse peso.

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Os escritores do Novo Testamento também reconhecem ter sido guiados pelo
Espírito Santo para registrar novas revelaçõ es de Deus. De acordo com a promessa do
pró prio Jesus, o Espírito Santo lembraria de tudo o que Ele havia ensinado e os guiaria a
toda a Verdade (Jo 16:13).

A aceitação da Bíblia como Palavra de Deus não é matéria de prova científica e sim de fé. Isso não

De certo modo, podemos compará -la à nossa fé em Jesus Cristo como Filho
unigê nito de Deus, a qual nã o depende, em ú ltima aná lise, de provas humanas de Sua
divindade, e sim, de um ato de fé .
A experiência cristã tem confirmado que de fato Deus se revela aos homens
através de TODA a Bíblia, ainda que o faça com maior nitidez em certas partes (Joã o, por
exemplo) do que em outras que sã o, por assim dizer, periféricas em relaçã o à suprema
revelaçã o em Jesus Cristo.
Cremos que Deus inspirou algué m a registrar palavras de homens que estavam
enganados, como por exemplo, dos consoladores de Jó , cujos argumentos o pró prio Deus
refutou. Nã o é que o Evangelho segundo Joã o seja <<mais inspirado>> do que Eclesiastes,
por exemplo; antes, é que, naquele, Deus estava concedendo a Joã o a mais suprema e
plena revelaçã o de Deus; ao passo que, em Eclesiastes, fornecia o registro das ú ltimas
tentativas humanas para conseguir a felicidade <<debaixo do sol>>.
Outrossim, mesmo que algumas partes da Bíblia pareçam nã o trazer mensagem de
Deus para nó s, em nossa situaçã o atual, é muito possível que tenham falado, ou que ainda
venham a falar, a outras pessoas em situaçõ es diferentes.
Basta lembrarmos, por exemplo, como o livro do Apocalipse tem revivido, vez apó s
vez, para cristã os que sofriam de perseguiçã o.
Devemos lembrar també m, que a pró pria Bíblia nã o nos autoriza a dividi-la em
partes, mas, antes, considerá -la um todo orgâ nico, tendo cada livro um papel a
desempenhar na obra total (2 Tm 3:16).
A pró pria Bíblia clama ser a Palavra de Deus. O termo “inspiraç~o” é o termo
teoló gico tirado da Bíblia que expressa a verdade que a Bíblia é a Palavra de Deus. Para
entendermos a inspiraçã o, devemos olhar para dois versículos clá ssicos das Escrituras:

“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir,


para corrigir, para instruir em justiça;” (2 Tm 3:16)

É importante frisarmos que a Bíblia é inspirada e não os escritores. Se fosse o contrário, tudo
aquilo que eles escrevessem, de uma forma geral, seria Bíblia...

A palavra inspiraçã o é “theopneutos”, que significa “theo” = Deus, e “pneutos” =


assoprar. A palavra Hebraica é “nehemiah” e é usado somente uma vez no Velho

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Testamento em Jó 32:8. O versículo está dizendo que Deus assoprou nos escritores da
Bíblia que escreveram assim as pró prias Palavras de Deus.
A pró xima passagem é :

“Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens
santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” (2 Pe 1:21)

Literalmente o que o versículo está dizendo é que a inspiraçã o é o processo pelo


qual o Espírito Santo “se moveu” ou dirigiu os escritores das Escrituras para que o que
eles escrevessem nã o fossem suas palavras, mas a pró pria Palavra de Deus. Deus nos está
dizendo que Ele é o Autor da Bíblia, e nã o o homem.

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Será que cada palavrinha da Bíblia é inspirada?
O que Jesus disse acerca deste assunto? Vamos lá ver, o que nosso Senhor falou:

“Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas
de TODA a palavra que sai da boca de Deus.” (Mt 4:4)

Que sublime afirmaçã o do Mestre, onde Ele claramente nos diz que TODAS (nã o
somente algumas, nã o somente as que constam nos “melhores e mais antigos
manuscritos”, nem as que tê m certa preferê ncia da crítica textual), mas sim que todas as
palavras que saem da boca de Deus sã o alimento para o homem. Ou que dizer acerca do
cumprimento cabal da lei, declarado por Jesus:

“Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um
til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido.” (Mt 5:18)

Ora aqui Jesus nos diz que TUDO o que está na lei, será cumprido. Existem
versículos que claramente proíbem acrescentar, ou diminuir, o que quer que seja – Ap 22:18-
19 (lembre-se que uma vírgula numa frase pode alterar totalmente o sentido da mesma).
Se o pró prio Espírito Santo supervisionou a entrega e o registro da revelaçã o, Ele,
sendo Deus onipresente, onisciente e onipotente, garantiu que isto seria feito sem erros.
De imediato, as pessoas dizem que a Bíblia é um livro de homens. Em outras
palavras, falha e imperfeita. Por mais sinceros, eruditos e criteriosos que fossem os
profetas, eles ainda estavam sujeitos à s limitaçõ es da sua é poca e do seu conhecimento.
Como poderiam deixar de errar?
É natural, assim, esperar que a Bíblia apresente erros gritantes em questõ es
filosó ficas, científicas, literá rias ou histó ricas. Os milagres, por exemplo, sã o vistos como
lendas da Antigü idade, tã o verdadeiros e histó ricos quanto Branca de Neve e os Sete
Anõ es.
De fato, tais conclusõ es seriam inevitá veis se o fator sobrenatural fosse descartado.
Mas, se o Espírito Santo, sendo o mesmo Deus, estava por trá s da produçã o da Bíblia,
entã o é perfeitamente admissível que homens falhos fossem instrumentos para transmitir
informaçõ es infalíveis. E foi exatamente isso o que ocorreu.

Note:

Inspiração é um mistério.
Inspiraçã o é essencialmente proteção contra erros, como se Deus dissesse “As verdades que Eu quero tr

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Bahia
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errar nem sequer uma letrinha ou o menor sinal de acentuaç~o.”
- Plenária significa palavra por palavra, e nã o apenas os pensamentos principais.
- Verbal significa palavra por palavra, e nã o apenas os pensamentos principais.
- Toda a Bíblia é igualmente inspirada, mas nã o igualmente importante (Jo 3:16
versus Jz 3:16).
- Cada palavra é inspirada, mas só é autoritativa: a) no seu contexto; b) quando é de Deus
[diretamente ou pelos Seus profetas] e nã o o registro (inspirado, infalível!) das mentiras do
Diabo, demô nios, ou homens.
- Inspiraçã o nã o exclui o uso de fontes extra-Bíblicas: At 17:28; Tt 1:12; Jd 14-15.
- Inspiraçã o nã o exige mesmos detalhes no relato de um mesmo evento: Mt 27:37 +

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Mc 15:26 + Lc 23:38 + Jo 19:19.
- A inspiraçã o está terminada: Ap 22:18-19. E só abrangeu a Bíblia.

Distinção entre inspiração e autoridade:

Algo deve ser dito a respeito da distinçã o entre inspiraçã o e autoridade. Geralmente
as duas sã o idê nticas, de modo que aquilo que é inspirado, tem també m autoridade com
respeito ao ensino e à conduta, mas, ocasionalmente, nã o é isso o que acontece. Por
exemplo: o que Sataná s disse para Eva foi registrado por inspiraçã o, mas nã o é a verdade
(Gn 3:4-5); o conselho que Pedro deu a Cristo (Mt 16:22), a declaraçã o de Gamaliel ao
concílio (At 5:38-39); textos retirados do contexto, que assumem um significado totalmente
diferente de quando inseridos no contexto, etc.

A BÍBLIA, REGISTRO MERECEDOR DE CONFIANÇA

A Bíblia é uma revelaçã o de Deus absolutamente fidedigna. Essa afirmativa baseia-


se na atitude de Jesus para com o Antigo Testamento e no testemunho da Bíblia a Seu
pró prio respeito (Mt 5:17-18; Mc 7:1-13; 12:35-37; Jo 5:39-47; 10:34-36; 1 Co 14:37-38; Ef 3:3).
A Bíblia nã o tem a pretensã o de ser uma enciclopédia infalível de informaçõ es sobre
todos os assuntos e, por isso, nã o nos fornece a resposta a todas as perguntas que
possamos fazer a respeito do mundo a nosso redor. (NEM TUDO NOS É REVELADO!).

HOR nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramo

Ela é escrita na linguagem do povo e nã o com a terminologia e exatidã o científicas


do nosso sé culo. De fato, seria tolice esperar que o fosse, e se, por algum milagre, isso
fosse conseguido, o livro se tornaria incompreensível para a maioria de nó s, para todos os
que nos precederam e, dentro de pouco tempo, se tornaria arcaica.
A Bíblia registra uma revelaçã o progressiva de Deus atravé s de muitos sé culos e a
povos vá rios. Nã o devemos, portanto, tomar suas afirmaçõ es isoladamente, mas
considerá -la à luz do todo. Nã o podemos basear nossas crenças em versículos isolados,
destacados de seu contexto.

LEMBRE-SE: Texto fora de contexto é pretexto para heresias!

É inegá vel que a moderna ciê ncia da Arqueologia muito tem feito no sentido de
confirmar a exatidã o da histó ria registrada na Bíblia. Muito raramente, e em assuntos de
pequena importâ ncia, põ e um ponto de interrogaçã o ao lado do registro bíblico.
Uma vez que a Bíblia registra uma revelaçã o que se deu através da histó ria,
podemos sentir satisfaçã o em saber que o esboço histó rico apresentado na Bíblia é capaz

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de tanta confirmaçã o arqueoló gica.
Muitos problemas que se alegam existir na Bíblia, devem-se à nossa falta de saber
interpretá -la corretamente. À s vezes procuramos, por exemplo, informaçõ es literais em
passagens que devem ser tomadas como poéticas.
blia, podemos descobrir que muitas discrepâncias desaparecem ou são de somenos importância, no que se ref

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TERMOS RELACIONADOS COM A INSPIRAÇÃO:

A) A REVELAÇÃO DE DEUS:
ESMO SE DESCERRA E COMUNICA VERDADE À MENTE, MANIFESTANDO ÀS SUAS CRIATURAS AQUILO QUE NÃO

A NECESSIDADE DA REVELAÇÃO:

Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo
aos seus servos, os profetas. (Amós 3:7)

Será possível ao homem, finito e limitado como é , em sua capacidade e em seu


entendimento, compreender a grandeza do Deus infinito?
Por si mesmo, é evidente que nã o. A nã o ser que Deus se revele ao homem, este
nã o pode conhecê -Lo.
Chega-se, portanto, à conclusã o de que Deus se revelou à s suas criaturas.

· A REVELAÇÃO DE DEUS DIVIDE-SE EM GERAL E ESPECIAL:

• Revelação geral de Deus: É endereçada e acessível a TODA criatura inteligente, e tem


por objetivo persuadir a alma a buscar o verdadeiro Deus. Ela ocorre:

· Na Natureza: JÓ 12:7-9; SL 8:1, 3; 19:1-3; IS 40:12-14, 26; AT 14:15-17; RM 1:19-23,


2:14-15. SUA FINALIDADE É INCITAR O HOMEM A BUSCAR O DEUS
VERDADEIRO, PARA RECEBER MAIS LUZ. DEIXA O HOMEM INESCUSÁ VEL,
MAS É INSUFICIENTE PARA SALVAÇÃ O. ALGUMAS VERDADES CONTIDAS
NAS RELIGIÕ ES PAGÃ S DERIVAM-SE DESSA FONTE DE REVELAÇÃ O. É ,
CONTUDO, INSUFICIENTE. SE REVELA A GRANDEZA, A SABEDORIA E O
PODER DE DEUS, NADA DIZ DO INTERESSE QUE ELE TEM NO HOMEM
PECADOR, NEM SE ESTE PODE SE SALVAR.
· Na História DE NAÇÕ ES TAIS COMO O EGITO, ASSÍRIA, ETC. EMBORA DEUS
POSSA USAR UMA NAÇÃ O MAIS ÍMPIA PARA CASTIGAR UMA MENOS
ÍMPIA, AO FINAL TRATARÁ A MAIS ÍMPIA COM MAIOR SEVERIDADE (HC 1:1-
2:20). E, MUITÍSSIMO MAIS, NA ESPANTOSA HISTÓ RIA DA “PULGUINHA”
ISRAEL. DT 28:10; SL 75:6-8; PV 14:34; AT 17:2-4; RM 13:1. ESSE POVO
ACREDITAVA QUE DEUS, A QUEM CONHECIA POR NOME DE JAVÉ OU
JEOVÁ , AGIA NA SUA VIDA INDIVIDUAL E NACIONAL (SL 78); QUE LHE

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FALAVA POR MEIO DE PROFETAS (1 SM 3; IS 6; OS 1; AM 7:14-17),
REVELANDO-LHES QUE SEU CARÁ TER ERA DE JUSTIÇA E AMOR (IS 6:3; AM
5:6-27; DT 7:8; JR 31:3; OS 11:1); QUE ISRAEL ERA SEU POVO ESCOLHIDO (DT
7:7-26; JR 7:23; 13:11) E QUE DELE DEUS RECLAMAVA NÃ O SÓ O CULTO,
COMO TAMBÉ M A JUSTIÇA E O AMOR EM SUA VIDA SOCIAL E NACIONAL
(AM 5:21-24; IS 1:27; MQ 6:8). ESSE DEUS ERA SENHOR DA CRIAÇÃ O (IS 40;
42:5; AM 5:8) E REI MORAL DA HISTÓ RIA (DT 28; JZ 2; AM 5:14). HAVERIA,
UM DIA, DE JULGAR O MUNDO E ESTABELECER UM REINO DE JUSTIÇA. SEU
PROPÓ SITO FINAL PARA OS HOMENS ERA, PORTANTO,

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A SALVAÇÃ O E, PARA ESSE FIM, ESCOLHERA A ISRAEL PARA SEU SERVO, O
QUAL DEVERIA LEVAR TODOS OS HOMENS À RELIGIÃ O VERDADEIRA.
COMO, PORÉ M, ISRAEL ESTAVA PREJUDICADO PELO SEU PECADO, PARA
EXECUTAR A TAREFA, DEUS PROMETERA LEVANTAR, FUTURAMENTE,
UM LIBERTADOR, CHAMADO, ORA DE REI, NA SUCESSÃ O DE DAVI, ORA DE
SERVO DO SENHOR (IS 2:1-4; 9:1-7; 42:1-9; 49:1-6; 50:4- 9; 52:13; 53:12; JR 31:31-40;
33:14-16; EZ 34:37). ESTA REVELAÇÃ O JÁ É MAIS EXPLÍCITA E INFORMATIVA
DO CARÁ TER PESSOAL DE DEUS, DO QUE A REVELAÇÃ O ATRAVÉ S DA
NATUREZA. CONTUDO, É TAMBÉ M INCOMPLETA.
Na Consciência: A Lei gravada nos coraçõ es,"uma espiã de Deus em nosso peito,"
"uma
embaixadora de Deus em nossa alma," como os puritanos costumavam chamá -la.
Rm 2:14-16. É a presença no homem desta ciência do que é certo e errado, deste algo
discriminativo e impulsivo que constitui a revelaçã o de Deus. Nã o é auto-imposta,
como fica evidenciado pelo fato de que o homem freqü entemente se livraria de suas
opiniõ es se pudesse; é o reflexo de Deus na alma. Na nossa consciência temos outra
revelaçã o de Deus. Suas proibiçõ es e ordens, suas decisõ es e impulsos nã o teriam
qualquer autoridade real sobre nó s se nã o sentíssemos que na consciência temos de
alguma forma a realidade, algo em nossa natureza que, todavia, está acima dessa
natureza. Em outras palavras, ela revela o fato de que há uma lei absoluta do certo e
do errado no universo e de que há um Legislador Supremo que encarna esta lei em
Sua pró pria pessoa e conduta.

• Revelação especial de Deu s: ABRANGE OS ATOS DE DEUS PELOS QUAIS ELE SE


FEZ CONHECER E À SUA VERDADE, EM OCASIÕ ES ESPECIAIS E A PESSOAS
ESPECÍFICAS, MAS QUASE SEMPRE PARA O BENEFÍCIO DE TODOS.
É NECESSÁ RIA PORQUE O HOMEM NÃ O RESPONDEU À REVELAÇÃ O
GERAL. RM 1:20-23,25; 1 CO 1:21; 2:8. ELA OCORRE:

Em Jesus Cristo, A SUPREMA REVELAÇÃ O DE DEUS (CL 1:15; 2:9; HB 1:3),


NECESSÁ RIA PORQUE O HOMEM NÃ O RESPONDEU À S OUTRAS HB 1:1-3.
CRISTO É A MELHOR PROVA DA: EXISTÊ NCIA, NATUREZA, E VONTADE DE
DEUS! A vinda de Jesus Cristo foi a manifestaçã o suprema e o pleno cumprimento
da Revelaçã o que Deus começara a fazer de Sua Pessoa, na vida de Israel. Jesus
afirmou expressamente que Ele era Aquele de quem os profetas falavam (Mt 5:17;
Lc 24:44). Referia-se a Si mesmo como o Filho de Deus (Mt 11:25-27) e atribuía à s
Suas pró prias palavras a autoridade de Deus (Mc 2:1-12; 13:31; 14:62). Além das
Suas palavras, o cará ter e as açõ es de Cristo deviam ser considerados manifestaçõ es
de Deus aos homens. Disso eram sinais: Seus milagres e Suas obras poderosas (Lc
12:54-56; Jo 3:2; 14:11). Toda a Sua vida demonstrara o amor que caracteriza a Deus
(Mc 2:17; 10:21, 45; Lc 19:1-10; Jo 3:16). Sua morte coroou Sua vida de abnegaçã o em
favor dos homens (Mc 14:22- 24) e Sua ressurreiçã o e ascensã o declararam que Deus

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se agradara da obra de Seu Filho e O tinha exaltado (At 3:14-26; Rm 1:4). Seus
discípulos passaram o restante de suas vidas anunciando-O como Aquele que
verdadeiramente revelava Deus aos homens e lhes restabelecia a relaçã o adequada
com Ele. As provas impressionantes de Sua influê ncia nas vidas humanas, a partir
de entã o, sã o outras tantas confirmaçõ es de Sua pretensã o de revelar Deus aos
homens. Essa Revelaçã o, na qual Deus se fez homem, na Pessoa de Seu Filho Jesus
Cristo, é uma Revelaçã o pessoal, perfeita e que nã o se repete. No sentido mais
completo, Jesus Cristo é a PALAVRA DE DEUS aos homens (Jo 1:1-18; Hb 1:1-2).
É evidente, portanto, que ningué m pode conhecer a Deus, senã o por Jesus Cristo
(Jo 1:18; Mt 11:27).

Nas Experiências Pessoais de Certos Homens: Enoque e Noé andaram com Deus
(Gn 5:21-24; 6:9); Deus falou a Noé (Gn 6:13; 7:1; 9:1); a Abraã o (Gn 12:1-3); a Isaque
(Gn 26:24); a Jacó (Gn 28:13; 35:1); a José (Gn 37:5-11); a Moisés (Ê x 3:3-10; 12:1); a
Josué (Js 1:1); a Gideã o (Jz 6:25); a Samuel (1 Sm 3:2-4); a Davi (1 Sm 23:9-12); a Elias

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(1 Rs 17:2-4); a Isaías (Is 6:8), etc. Da mesma maneira, no N. T. Deus falou a Jesus
(Mt 3:16-17; Jo 12:27-28); a Pedro, Tiago e Joã o (Mc 9:7); a Felipe (At 8:29); a Paulo
(At 9:4-6; 18:9); e a Ananias (At 9:10). Nas experiências de nó s, crentes da
dispensaçã o da graça.
· EM MILAGRES: eventos fora do usual e natural, realizando uma obra útil,
revelando a presença e poder de Deus, visando trazer homens a Cristo (Jo 20:30-31).
Ê x 4:2-5 (Deus transformou vara em cobra) contraste Ê x 7:1-2 (imitaçã o,
desmascarada).

Milagres podem ser:

a) de intensificaçã o (exemplo: dilú vio) ou “tempo exato” (terremoto na crucificaçã o) de


fenô menos naturais (praga de saraiva e fogo); a força de Sansã o, etc.
b) de alteraçã o das leis naturais (multiplicaçã o dos pã es, florescimento da vara de Arã o,
obtençã o de á gua da rocha, cura dos doentes, ressurreiçã o de mortos).

amente confi|veis?” e não “o evento é naturalmente possível?”. Demonstre a historicidade da ressurreição de


Bíblia. Fale de respostas às orações.

· Em Profecias-predição de eventos, só possível pela comunicaçã o direta da parte de


Deus Is 44:28-45:1 (Ciro). Se alguém quiser contestar a existência de profecias,
mostre-lhe que se ele crer no Profetizado Emanuel, aceitará todas as profecias da
Bíblia.

Mostre-lhe as profecias cumpridas em Cristo:

· Ele deveria ser nascido de uma virgem (Is 7:14; Mt 1:23);


· da semente de Abraã o (Gn 12:3; Gl 3:8);
· da Tribo de Judá (Gn 49:10; Hb 7:14);
· da linhagem de Davi (Sl 110:1; Rm 1:3);
· deveria nascer em Belém (Mq 5:2; Mt 2:6);
· ser ungido pelo Espírito (Is 61:1-2; Lc 4:18-19);
· entrar em Jerusalém montado em um asno (Zc 9:9; Mt 21:4-5);
· ser traído por um amigo (Sl 41:9; Jo 13:18);
· ser vendido por trinta moedas de prata (Zc 11:12-13; Mt 26:15; 27:9-10);
· ser abandonado por seus discípulos (Zc 13:7; Mt 26:31, 56);
· ter suas mã os e pés traspassados, mas nã o ter nenhum osso quebrado (Sl 22:16;
34:20; Jo 19:36; 20:20, 25);
· os homens iriam dar-lhe fel e vinagre a beber (Sl 69:21; Mt 27:34);

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repartir Suas vestes e lançar sortes sobre Sua tú nica (Sl 22:18; Mt 27:35);
Ele seria abandonado por Deus (Sl 22:1; Mt 27:46);
enterrado com os ricos (Is 53:9; Mt 27:57-60);
Ele iria surgir dos mortos (Sl 16:8-11; At 2:27);
subir à s alturas (Sl 68:18; Ef 4:8);
e se assentar à mã o direita do Pai (Sl 110:1; Mt 22:43-45).

Será que nã o temos nestas prediçõ es que já foram cumpridas uma forte prova do fato que Deus Se revelo
de crer que O fez em outras também?

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Em profecias-enunciação de verdades “assopradas” pelo Espírito Santo” 2 Tm 3:16;


2 Pe 1:20-21.
· Nas Escrituras, QUE REÚ NEM TODA A REVELAÇÃ O QUE DEUS QUIS QUE
FICASSE INERRANTEMENTE CORPORIFICADA, SENDO A BASE PARA
TODAS AS DISCIPLINAS DA TEOLOGIA.
Se a suprema revelaçã o de Deus é Jesus Cristo, surge o problema: como entã o pode
Deus revelar-se a nó s, que vivemos dois milê nios depois de Cristo? Nã o estando
Jesus visivelmente entre nó s, ficamos privados da possibilidade de alcançar a
plena revelaçã o de Deus?
A resposta a essas perguntas é que existe ainda outra forma de revelaçã o. É que o
Espírito de Deus capacitou homens a darem testemunho escrito da revelaçã o que
receberam, de modo a poderem interpretá -la e transmiti-la à s geraçõ es posteriores.
Assim, podemos chegar ao conhecimento da revelaçã o de Deus na Natureza, na
Histó ria, etc, e em Jesus Cristo, através do registro que dela temos em mã os, na
BÍBLIA, e pelo qual Deus fala hoje aos homens.
Desse modo, Jesus Cristo se revela ainda aos homens. Ele nã o é uma extinta Figura
do passado, mas o FILHO VIVO DE DEUS, de maneira que os cristã os que vivem
em eras posteriores à Sua crucificaçã o podem afirmar que O conhecem e tê m
comunhã o com Ele.

uramente Deus se revela hoje aos homens, devemos examinar com algum cuidado seu caráter, sua suficiência
(2 Tm 3:15; Hb 1:1).

MÉTODOS DE REVELAÇÃO:

POR ANJOS GN 18 (3 ANJOS, ABRAÃ O, SODOMA); COM VOZ ALTA GN 3:9-19


(PUNINDO A QUEDA); COM VOZ SUAVE 1 RS 19:11, 12 (A ELIAS); SL 32:8; PELA
NATUREZA SL 19:1-3; POR UM JUMENTO NM 22:28 (BALAÃ O); POR SONHOS GN
28:12 (ESCADA DE JACÓ ); EM VISÕ ES GN 46:2; AT 10:3-6 (PEDRO E CORNÉ LIO);
LIVRO DE APOCALIPSE; CRISTOFANIAS Ê X 3:2 (O ANJO NA SARÇA).

A Revelação de Deus no Antigo Testamento é uma revelação com as seguintes características:

É uma revelaçã o autoritá ria - Jo 5:39; Lc 19:19-31.


É uma revelaçã o verídica - Jo 10:35; Is 34:16.
É uma revelaçã o progressiva - Hb 1:1, 2.
É uma revelaçã o parcial - Hb 1:1, 2; Cl 2:17; Hb 10:1.

B. A ILUMINAÇÃO:

MANEJO BÍBLICO -
5

O ESPÍRITO SANTO PARA DERRAMAR LUZ DIVINA SOBRE TODO O HOMEM QUE O BUSQUE, AO SER ESTE HOM

• A iluminaçã o se faz necessá ria por causa das cegueiras: natural 1 Co 2:14; induzida pelo
Diabo 2 Co 4:3-4; induzida pela carne 1 Co 3:1; Hb 5:12-14; 2 Pe 1:19.

• Só com a iluminaçã o é que pecadores sã o salvos (Sl 119:30; 146:8) e crentes sã o


fortalecidos (Sl 119:105; 1 Co 2:10; 2 Co 4:6).

MANEJO BÍBLICO -
5
27
• Antes de iluminar, o Espírito Santo procura por sinceridade do homem (Dt 4:29; Hb
11:6) e diligente estudo do crente (At 17:11; 2 Tm 2:15; 1 Pe 2:2).

• O Espírito Santo sempre tem que usar um crente (que O tem) para iluminar o descrente
(que nã o O tem) At 8:31.

C. COMPARAÇÃO REVELAÇÃO-INSPIRAÇÃO-ILUMINAÇÃO:

Revelação: comunicaçã o da verdade.


Inspiração: registro da verdade.
Iluminação: entendimento da verdade.

---inspiração--- >
DEUS ---revelação---> Homem BÍBLIA
<---iluminação---

Podemos ter revelação sem inspiração , como tem sido o caso de muitas pessoas piedosas no passado e c
Podemos também encontrar inspiração sem revelação, como quando os escritores registram o que viram
A iluminação geralmente acompanha a inspiração ou está incluída nela, mas nem

sempre, conforme pode ser visto em 1 Pe 1:11-12.

TEORIAS ANTIBÍBLICAS SOBRE A INSPIRAÇÃO

A) TEORIA MECANISTA, OU DO DITADO = “Deus usou homens como meros


amanuenses”.

Esta teoria ignora diferenças de estilo entre os escritores; ignora que Deus nã o
usou robô s inanimados nem psicografistas (“pneumografistas”) talvez até inconscientes do
que escreviam, mas usou, sim, homens com personalidades distintas; e ignora que a Bíblia
é ambos 100% divina e 100% humana, respeitando a personalidade e estilo de cada escritor!
2Pe 1:21.
Deus usou as personalidades e modos de expressã o peculiares a cada escritor:
“somente” os protegeu do menor erro, desvio, omissã o, e excesso.
Inspiração é basicamente essa proteção.

B) TEORIA DA INSPIRAÇÃO NATURAL = “a inspiraçã o da Bíblia é só momentos de

MANEJO BÍBLICO -
5
superioridade do homem natural, como Beethoven na “Sinfonia Inacabada”. 2 Pe 1:20-21.

Assim, cometem o erro de pensar que: “o Salmo 23 n~o é mais inspirado que o
grande hino ‘Rude Cruz’; o Serm~o do Monte n~o é mais inspirado que ‘Pecadores nas
M~os de um Deus Irado’, de Jonathan Edwards; a Histó ria do Filho Pró digo n~o é mais
inspirada que ‘O Peregrino’, de John Bunyan, etc.”

C) TEORIA DA INSPIRAÇÃO PARCIAL, dinâmica = “A Bíblia só é inspirada no


espiritual e essencial, n~o na Histó ria, Ciê ncia, etc. e no que achamos ‘secund|rio’.” 2 Tm
3:16; Jo 3:12.

MANEJO BÍBLICO -
5
28

O que é essencial? aquilo que você gosta??!!! Isto é puro subjetivismo louco! Como
crer o maior (o espiritual, invisível, eterno) de quem nã o creio o menor (material,
tangível, efê mero)?
(Jo 3:12).

“A teoria dinâ mica nã o explica, nem mesmo tenta explicar, como os escritores poderiam
estar possuídos de conhecimentos sobrenaturais ao registrarem uma sentença e serem
rebaixados a um nível muito inferior na seguinte. Ela nã o nos dá a psicologia daquele
estado de espírito que pode se pronunciar infalivelmente sobre maté rias de doutrina,
enquanto que se desvia a respeito dos fatos mais simples da histó ria. Ela nã o tenta analisar
a relaçã o existente entre as mentes Divina e humana, que produz tais resultados.” (Marcus
Dods, em A Bíblia: Sua Origem e Natureza, 1912, pá g. 122)

D) TEORIA DA INSPIRAÇÃO SÓ DO PENSAMENTO PRINCIPAL, Nã o das palavras


em si (Sl 138:2; Mt 5:18; 1 Co 2:13; 2 Tm 3:16).

E) TEORIA DO “ENCONTRO MÍSTICO” = “AQUELES QUE TIVERAM ‘ENCONTROS’


(EXPERIÊ NCIAS EMOCIONAIS) COM DEUS ESCREVERAM A VERDADE SEM A SUA
PROTEÇÃ O, MUITO MISTURADA COM MITOS E IMAGINAÇÕ ES. HOJE, A BÍBLIA
NÃ O É, MAS CONTÉM A PALAVRA DE DEUS, QUE EU DESCUBRO QUANDO, NUM
‘ENCONTRO’ (» NIRVANA), PERCEBO O QUE DEUS TEM POR BAIXO DOS MITOS
BÍBLICOS. SÓ ENTÃ O, ELA TORNA-SE A SUA PALAVRA, PARA MIM.”
ISTO É PURO SUBJETIVISMO LOUCO, LEVANDO À S MAIS DISPARATADAS
CONCLUSÕ ES! 2 Tm 3:16

PROVAS DA INSPIRAÇÃO PLENÁRIA, VERBAL, INFALÍVEL

A Bíblia é inspirada (“assoprada para dentro do homem”) por Deus: Ver a seçã o: “A
Bíblia é a corporificaçã o da revelaçã o de Deus”.

· ESTA INSPIRAÇÃO É:

a) Por Deus (!): At 1:16; 2 Tm 3:16-17; Hb 10:15-17; 2 Pe 1:20-21.


b) Verbal (= palavra por palavra, e nã o apenas os pensamentos principais): Sl 138:2; Mt 4:4-
5; 5:17-18; 22:32; 1 Co 2:13; Gl 3:16.
c) Plená ria (= toda ela, de capa a capa, sobre todo e qualquer assunto): 2 Tm 3:16-17.
d) Infalível e inerrá vel (= nã o contém nenhum erro, é incapaz de errar e de falhar): Mt
5:18; Jo 10:35b.

· A NATUREZA DA INSPIRAÇÃO PLENÁRIA, VERBAL E INFALÍVEL DA


BÍBLIA É ASSEGURADA POR:

MANEJO BÍBLICO -
5

a) O cará ter de Deus: IRIA O DEUS PERFEITO, ETERNO E IMUTÁ VEL, CONSENTIR
QUE AS SUAS REVELAÇÕ ES FOSSEM EXPRESSAS IMPERFEITA E FALIVELMENTE
PELOS SEUS PROFETAS? ISTO É INIMAGINÁ VEL!

b) O cará ter e declaraçõ es da Bíblia:

b.1) (Ver: “O cará ter transcendente da Bíblia”). A BÍBLIA TEM UNIDADE, CONTEÚ DO E
PADRÃ O MORAL, INCOMPARAVELMENTE SUPERIORES A TODOS OS OUTROS
LIVROS.

MANEJO BÍBLICO -
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29
b.2) (Ver: “Declaraçõ es da Bíblia sobre si mesma”). A BÍBLIA É ABSOLUTAMENTE
CONFIÁ VEL EM TUDO O QUE PODE SER CHECADO, ENTÃ O DEVEMOS ACEITAR O
QUE DIZ DE SI MESMA:

b.3) A Bíblia clama ser a plená ria, verbal e infalível Palavra de Deus:

· Explicitamente em Sl 138:2; 2 Tm 3:16; 2 Pe 1:20-21.


- As peculiaridades do sistema mosaico ficam claras à luz de uma revelaçã o progressiva.
A Lei a Graça e a doutrina do Espírito Santo estã o interligadas ao propó sito
dispensacional de Deus.
· Mais de 3800 vezes em frases diretas como “Assim diz o Senhor” no V. T.: Ê x 14:1;
Is 43:1; Ez 1:3.
· No reconhecimento de um escritor/livro por outro: 2 Rs 17:13; Sl 19:7; 33:4; 119:89;
Is 8:20; Gl 3:10; 1 Pe 1:23; At 1:16; 28:25; 1 Pe 1:10-11. Pedro reconheceu a inspiraçã o
dos escritos de Paulo 2 Pe 3:15-16. Pedro e Paulo reconhecem a inspiraçã o de todo o
restante das Escrituras. 2 Tm 3:16; 2 Pe 1:20.

Cristo ensinou que a Bíblia é infalivelmente inspirada (Jo 10:35b; Mt 4:4; 5:17- 18;
22:32) e também eterna e perfeitamente preservada por Deus (Mt 4:4; 5:18; 24:35 [= Lc 21:33];
Lc 16:17)
OBJEÇÕES À INSPIRAÇÃO PLENÁRIA E VERBAL:

A) ALEGAM QUE HÁ “RECONHECIMENTO DE NÃ O INSPIRAÇÃ O”: BASTA UM


BOM EXAME DO CONTEXTO (OU UM PERFEITO ENTENDIMENTO DOS IDIOMAS E
DOS MANUSCRITOS PELOS QUAIS DEUS PRESERVOU INFALIVELMENTE SUA
PALAVRA: TEXTO MASSORÉ TICO E TEXTO RECEBIDO). EXEMPLO: EM 1 CO 7:12, 25.
PAULO, QUE ESTAVA SÓ REPETINDO MT 5:31-32; 19:3-9 (DIVÓ RCIO), AGORA
INTRODUZ UM MANDAMENTO IGUALMENTE INSPIRADO (COMPARE: 1 CO 7:40).

B) ALEGAM QUE HÁ “CITAÇÕ ES EXPRESSANDO ERROS”: SÃ O SÓ CITAÇÕ ES


(FIÉ IS!) DE ERRADOS E/OU MENTIROSOS HOMENS (SL 10:4) OU DO DIABO (GN 2:4-
5).

C) “ERROS HISTÓ RICO-CIENTÍFICOS”: BASTA LEMBRARMOS QUE:


• Assim como os cientistas usam expressõ es “pô r-do-sol”, “quatro cantos da terra” (por
serem referenciais cô modos, de fá cil entendimento), a Bíblia usa a linguagem das
aparências, em certas passagens, etc.; Ademais, a Bíblia é 100% exata, mas nã o é formal,
matemá tica.
• A Bíblia só relata fragmentos da verdade Jo 20:30-31.
• Relatos distintos podem se complementar (CONTRADIZER!) OU
PODEM ENFATIZAR
DIFERENTES ASPECTOS DOS EVENTOS OU DOUTRINAS.

MANEJO BÍBLICO -
5

• A Bíblia foi por Deus infalivelmente inspirada e preservada (atravé s do Texto


Massoré tico e do Texto Recebido), palavra por palavra, til por til, mas os tradutores mais
fiéis e tremendamente cuidadosos podem aqui e acolá ter sido algo menos que perfeitos...
• A verdadeira ciê ncia se limita a fatos da observaçã o ou experimentaçã o (a Teoria
da Evoluçã o, das Camadas Geoló gicas, da Astrofísica, etc., nã o o fazem, resultam de meras
suposiçõ es loucas!).
• Cientistas hoje admitem que a luz apareceu antes do sol.

D) “APARENTES CONTRADIÇÕ ES”: SEMPRE TÊ M EXPLICAÇÕ ES, SE PRESTARMOS


MUITA ATENÇÃ O. EXEMPLOS:
· NM 25:9 VERSUS 1 CO 10:8 (DIFERENTES NÚ MEROS DE MORTOS PELA PRAGA):
NM NÃ O SE LIMITOU A 1 SÓ DIA!
· LC 6:17 VERSUS MT 5:1 (O SERMÃ O FOI NO MONTE OU EM LUGAR PLANO?): 2
SERMÕ ES, SENDO 1 PARA OS DISCÍPULOS, OUTRO PARA O POVO. OU 1 SERMÃ O,
EM

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LUGAR PLANO NO MEIO DO MONTE? A PLANURA EM LC 6:17 ERA
PROVAVELMENTE NA MESMA MONTANHA MENCIONADA EM MT 5:1.
MT 20:29 VERSUS MC 10:46 + LC 18:35 (1 OU 2 CEGOS? NA ENTRADA OU
SAÍDA DE
JERICÓ ?): 2 CEGOS NA ENTRADA, 1 NA SAÍDA. PROVAVELMENTE, FORAM OS 2
CEGOS CURADOS ENTRE JERICÓ VELHA E JERICÓ NOVA, SENDO QUE MC E LC
MENCIONAM SOMENTE O MAIS NOTÁ VEL.
MT 8:5-13 VERSUS LC 7:1-10: CENTURIÃ O DE CAFARNAUM COM SERVO
MORIBUNDO: OUVIU FALAR DE JESUS -> ENVIOU ANCIÃ OS JUDEUS PARA
CHAMÁ -LO -> ENVIOU AMIGOS -> FOI ELE MESMO -> CREU -> VOLTOU ->
CONSTATOU MILAGRE.

OBS: 2 Rs 8:26 versus 2 Cr 22:2


1 Rs 4:26 versus 2 Cr 9:25 – (Apresentar estudo mostrando que nã o sã o erros)

E) “ERROS EM PROFECIAS”: ESSES APARENTES ‘ERROS’ SÃ O


MÁ S INTERPRETAÇÕ ES DAS PROFECIAS, OU PROFECIAS AINDA A SEREM
CUMPRIDAS (DN 2, 7, 9, 11, 12; ZC 12-14; A MAIOR PARTE DO LIVRO DE
APOCALIPSE). NEM PAULO, NEM TIAGO, NEM PEDRO ENSINARAM QUE
CRISTO VIRIA
IMEDIATAMENTE, MAS SIMPLESMENTE, QUE ELE PODERIA VIR A QUALQUER
HORA (II CO 5:4; I TS 4:15-17; TG 5:9; 2 PE 3:4, 8, 9).

F) “IMPOSSIBILIDADE CIENTÍFICA DE MILAGRES”: (VER O ITEM “A REVELAÇÃ O


ESPECIAL DE DEUS”). QUANDO A EXISTÊ NCIA DO DEUS TODO-PODEROSO É
ACEITA, ENTÃ O NÃ O HÁ PROBLEMA EM SE ACEITAR A SUA INTERVENÇÃ O
SOBRENATURAL (E COERENTE CONSIGO MESMO): SE, QUANDO, COMO, E ONDE
ELE O DESEJE.

G) “ERROS NA CITAÇÃ O E INTERPRETAÇÃ O DE SI PRÓ PRIA”: À s vezes, os escritores


do Novo Testamento simplesmente expressam suas idé ias com palavras emprestadas de
uma passagem do Velho Testamento, sem a pretensã o de interpretar a passagem (Rm 10:6-
8, cf. Dt 30:12-14). À s vezes eles destacam um elemento típico em uma passagem que nã o
tem geralmente sido reconhecido como típico (Mt 2:14, cf. Os 11:1). À s vezes, dã o crédito a
uma profecia mais recente, quando eles realmente estã o citando uma forma mais antiga da
mesma (Mt 27:9, cf. Zc 11:13). À s vezes eles combinam duas citaçõ es em uma só , e
atribuem o todo ao autor mais proeminente (Mc 1:2-3). ADEMAIS, O AUTOR (O
ESPÍRITO SANTO) DE TODA A BÍBLIA TEM TODO O DIREITO DE RE-EXPRESSAR-SE
E RE-EXPLICAR-SE CONFORME SEU DESEJO SOBERANO.

H) “IMORALIDADE DOS HOMENS”: É REGISTRADA; HONESTAMENTE (!); MAS


NUNCA É SANCIONADA. Ex: a bebedeira de Noé (Gn 9:20-27), o incesto de Ló (Gn 19:30-
38), a falsidade de Jacó (Gn 27:19-24), o adulté rio de Davi (2 Sm 11:1-4), a poligamia de
Salomã o (1 Rs 11:1-3, cf. Dt 17:17), a severidade de Ester (Et 9:12-14), as negaçõ es de
MANEJO BÍBLICO -
6
Pedro (Mt 26:69-75).

OBS: APARENTES SANÇÕ ES À IMORALIDADE SÃ O SANÇÕ ES SÓ A UMA VIRTUDE


ACOMPANHANTE:

EXEMPLOS:

I) DIVÓ RCIO (DT 24:1 VERSUS MT 5:31-32 + 19:7-9), ETC: FORAM


TOLERADOS/DISCIPLINADOS COMO UM BEM RELATIVO, NUNCA
RECOMENDADOS COMO UM BEM ABSOLUTO.

II) A MATANÇA DOS CANANEUS (DT 7:1-2; 20:16-18), OS SALMOS IMPRECATÓ RIOS
(35, 69, 109, 137), ETC: MOSTRAM UM DEUS SOBERANO, SANTO, E JUSTO, QUE PODE
USAR HOMENS PARA EXECUTAR SEUS DESÍGNIOS.

MANEJO BÍBLICO -
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Strong diz que os salmos imprecató rios sã o “n~o a ebuliçã o de ó dio pessoal, mas a
expressã o de indignaçã o judiciosa contra os inimigos de Deus”, e que a destruiçã o dos
cananitas “foi simplesmente cirurgia benevolente que amputou um membro pú trido, e
assim salvou a vida religiosa da naçã o hebraica e do mundo posterior”.

A BÍBLIA É A CORPORIFICAÇÃO DA REVELAÇÃO DE DEUS:

DECLARAÇÕES DA PRÓPRIA BÍBLIA:


A Bíblia é absolutamente genuína e confiá vel em tudo que podemos checar com fatos (ver
seçõ es “genuinidade” e “confiabilidade da Bíblia”)!

Portanto, como é natural até nas relaçõ es diplomá ticas e comerciais, somos
justificados em aceitar o que ela diz de si mesma, declarando-se no V. T. (mais de 3800
vezes: Ê x 14:1; Is 43:1; Ez 1:3) e no N. T. (1 Co 14:37; Gl 1:11-12; Hb 2:1-4; 2 Pe 3:2; 1 Jo 5:10;
Ap 22:18-19) como a corporificação da revelação de Deus. 2 Tm 3:16-17; 2 Pe 1:20-21.

ARGUMENTOS:

a) ARGUMENTO “A PRIORI” (prova que tem que haver uma Bíblia Divina, mas ainda
nã o prova que é a nossa):
O homem é depravado e nã o pode ir a Deus. Deus é bom, amor, misericó rdia,
graça, ...
Portanto, esperar-se-ia que Deus se revelasse e corporificasse Sua revelaçã o.

b) ARGUMENTO DA ANALOGIA : (EXIGE HAVER UMA BÍBLIA DIVINA, MAS


AINDA
NÃ O PROVA QUE É A NOSSA):
HOMENS ± “BONS” COMUNICAM VERDADES AOS QUE A NECESSITAM.
DEUS É INFINITAMENTE BOM AT 14:15-17. PORTANTO, SEGURAMENTE DEUS SE
REVELOU E CORPORIFICOU SUA REVELAÇÃ O.

c) A SINGULAR E ESPANTOSA INDESTRUTIBILIDADE DA BÍBLIA :

O tempo nã o afeta Bíblia. É o livro mais antigo do mundo e ao mesmo tempo o mais moderno. Em mais de
Uma vez que o homem moderno se farta de tanto saber, era de se esperar que já tivesse produzido uma Bíb

Mesmo sob a mais tenaz/variada, violenta/sutil perseguiçã o já vista, a Bíblia nunca


foi destruída! Portanto ela tem que ser divina.

MANEJO BÍBLICO -
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(“Os malhos se amassam-despedaçam, mas a bigorna permanece”).
O ataque satâ nico contra a palavra de Deus remonta o Jardim do É den. A primeira
intervençã o de Sataná s na Histó ria foi adulterando e pondo dú vida na Palavra de Deus:
nascia a primeira Bíblia na Linguagem de Hoje! O primeiro pecado de Eva foi o de aceitar
a suposta palavra de Deus "modernizada" da boca do Diabo.

"ORA, a serpente era mais astuta que todas as alimá rias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta
(Gn 3:1 - ACF)

MANEJO BÍBLICO -
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Repare que quem fica a ganhar com esta contrové rsia Biblioló gica, é o pai da
mentira; e nã o o povo de Deus.
Séculos mais tarde, Sataná s recorreu novamente à s Escrituras para tentar o Mestre
Jesus em Mateus 4:1-11.
Os imperadores romanos descobriram que os cristã os baseavam sua crença nas
Escrituras. Conseqü entemente, buscaram suprimi-las ou exterminá -las. O mais notá vel foi
Dioclé cio que, atravé s de um decreto real em 303 A. D., ordenou que todos os exemplares
da Bíblia fossem queimados. Ele havia matado tantos cristã os e destruído tantas Bíblias
que, quando os cristã os ficaram quietos por algum tempo e permaneceram escondidos, ele
achou que havia realmente conseguido eliminar as Escrituras. Ele fez com que em uma
medalha fosse gravada a seguinte inscriç~o: “A religi~o crist~ est| destruída e o culto aos
deuses restaurado”. Entretanto, n~o demorou muito para que Constantino subisse ao
trono e fizesse do cristianismo a religiã o oficial. O que diria Dioclé cio se pudesse voltar a
terra e ver como a Bíblia tem prosseguido em sua missã o mundial!
Durante os dois séculos em que o Papado teve poder absoluto na Europa Ocidental
(1073-1294), os estudiosos passaram a colocar o credo acima da Bíblia. Enquanto que a
maioria deles ainda procurava o apoio das Escrituras para o credo, alguns deles se
apegavam a revelaçõ es posteriores, transmitidas apenas pela tradiçã o, e nã o tã o
dependentes nos ensinamentos da Bíblia. Fisher diz que durante este período: “a leitura da
Bíblia por parte dos leigos ficou sujeita a tantas restriçõ es, especialmente apó s a ascensã o
ao poder dos Valdenses, que, se nã o era absolutamente proibida, era vista com graves
suspeitas”. (George P. Fisher, Histó ria da Igreja Cristã , pg. 219).
Muitos meios foram usados para que a Bíblia ficasse restrita ao pequeno círculo dos
sacerdotes, padres, bispos e papas. Dentre as medidas para conter o avanço da Palavra de
Deus, estã o as seguintes:
1) Em 1229, o Concílio de Toulouse (França), o mesmo que criou a diabó lica
Inquisiçã o, determinou: “Proibimos os leigos de possuírem o Velho e o Novo
Testamento... Proibimos ainda mais severamente que estes livros sejam possuídos no
verná culo popular. As casas, os mais humildes lugares de esconderijo, e mesmo os retiros
subterrâ neos de homens condenados por possuírem as Escrituras devem ser inteiramente
destruídos. Tais homens devem ser perseguidos e caçados nas florestas e cavernas, e
qualquer que os abrigar ser| severamente punido.” (Concil. Tolosanum, Papa Gregó rio IX,
Anno Chr. 1229, Canons 14:2). Foi este mesmo Concílio que decretou a Cruzada contra os
albigenses. Em “Acts of Inquisition, Philip Van Limborch, History of the Inquisition, cap.
08, temos a seguinte declaraç~o conciliar: “Essa peste (a Bíblia) assumiu tal extens~o, que
algumas pessoas indicaram sacerdotes por si pró prias, e mesmo alguns evangélicos que
distorcem e destruíram a verdade do evangelho e fizeram um evangelho para seus
pró prios propó sitos... (elas sabem que) a pregaçã o e explanaçã o da Bíblia sã o
absolutamente proibidas aos membros leigos”.
2) No Concílio de Constança, em 1415, o santo Wycliffe, protestante, foi

MANEJO BÍBLICO -
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postumamente condenado como “o pestilento canalha de abominá vel heresia, que
inventou uma nova traduçã o das Escrituras em sua língua materna”.
3) O Papa Pio IX, em sua encíclica “Quanta cura”, em 8 de dezembro de 1866,
emitiu uma lista de oito erros sob dez diferentes títulos. Sob o título IV ele diz:
“Socialismo, comunismo, sociedades clandestinas, sociedades bíblicas... pestes estas
devem ser destruídas atravé s de todos os meios possíveis”.
4) Em 1546 Roma decretou: “a Tradiç~o tem autoridade igual { da Bíblia”. Esse
dogma est| em voga até hoje, até porque existe o dogma da “infalibilidade papal”. Ora, se
os dogmas, bulas, decretos papais e resoluçõ es outras possuem autoridade igual à das
Sagradas Escrituras, os cató licos nã o precisam buscar verdades na Palavra de Deus.
5) O Papa Jú lio III, preocupado com os rumos que sua Igreja estava tomand o, ou
seja, perdendo prestígio e poder diante do nú mero cada vez maior de “irm~os separados”
ou “’crist~os
novos” ou “protestantes” (apesar dos massacres), convocou trê s bispos, dos mais s|bios, e
lhes confiou a missã o de estudarem com cuidado o problema e apresentarem as
sugestõ es cabíveis. Ao final dos estudos, aqueles bispos apresentaram ao papa um
documento intitulado “DIREÇÕ ES CONCERNENTES AOS MÉ TODOS ADEQUADOS A
FORTIFICAR A IGREJA DE ROMA”. Tal

MANEJO BÍBLICO -
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documento está arquivado na Biblioteca Imperial de Paris, fó lio B, nú mero 1088, vol. 2,
pá gs 641 a 650. O trecho final desse ofício é o seguinte:
“Finalmente (de todos os conselhos que bem nos pareceu dar a Vossa Santidade,
deixamos para o fim o mais necessá rio), nisto Vossa Santidade deve pô r toda a atençã o e
cuidado de permitir o menos que seja possível a leitura do Evangelho, especialmente na
língua vulgar, em todos os países sob vossa jurisdiçã o. O pouco dele que se costuma ler na
Missa, deve ser o suficiente; mais do que isso nã o devia ser permitido a ninguém.
Enquanto os homens estiverem satisfeitos com esse pouco, os interesses de Vossa
Santidade prosperarã o, mas quando eles desejarem mais, tais interesses declinarã o. Em
suma, aquele livro (a Bíblia) mais do que qualquer outro tem levantado contra nó s esses
torvelinhos e tempestades, dos quais meramente escapamos de ser totalmente destruídos.
De fato, se algué m o examinar cuidadosamente, logo descobrirá o desacordo, e verá que a
nossa doutrina é muitas vezes diferente da doutrina dele, e em outras até contrá ria a ele;
o que se o povo souber, nã o deixará de clamar contra nó s, e seremos objetos de escá rnio e
ó dio geral. Portanto, é necessá rio tirar esse livro das vistas do povo, mas com grande
cuidado, para n~o provocar tumultos” - Assinam Bolonie, 20 Octobis 1553 - Vicentius De
Durtantibus, Egidus Falceta, Gerardus Busdragus.
Durante a é poca da Reforma, quando a Bíblia foi traduzida para a língua do povo, a
igreja Cató lica Romana impô s severas restriçõ es à sua leitura, alegando que as pessoas
eram incapazes de interpretá -la. Tinha-se que obter permissã o para lê -la, mas mesmo
quando essa permissã o era dada, era com a condiçã o de que o leitor nã o tentasse
interpretá -la por si só . Muitos deram suas vidas pela simples razã o de serem seguidores
de Cristo e colocarem sua confiança nas Escrituras.
Newman diz: “Um esforço persistente foi feito pelos romanizantes para eliminar a
Bíblia inglesa. Em 1543, um decreto foi passado proibindo terminantemente o uso da
versã o de Tyndale, e qualquer leitura das Escrituras em assembléias, sem a permissã o
real”. (A. H. Newman, Um Manual da Histó ria da Igreja, pá g. 262). A princípio, foram
feitas tentativas de proibir a impressã o de sua Bíblia; e quando ele finalmente publicou seu
Novo Testamento em Worms, teve que despachá -lo para a Inglaterra em engradados de
mercadorias. Quando os livros chegaram à Inglaterra, foram comprados em grandes
quantidades pelas autoridades eclesiá sticas e queimados em Londres, Oxford e Antuérpia.
Dos 18.000 exemplares que se estima terem sido impressos entre 1525-1528, sabe-se que
apenas dois fragmentos restaram.
É interessante notar, com respeito ao que foi acima citado, que Voltaire, o famoso
infiel francês que morreu em 1778, predisse que em 100 anos, a partir de sua época, o
cristianismo estaria extinto. Mas, em vez disso, apenas 25 anos apó s sua morte, a
Sociedade Bíblica Inglesa e Estrangeira foi fundada, e as mesmas impressoras que haviam
imprimido a literatura infiel de Voltaire têm sido usadas, desde entã o, para imprimir a
Bíblia!
Como se pode ver, nem decreto imperial, nem restriçõ es papais, nem destruiçã o
eclesiá stica, conseguiram exterminar a Bíblia. Quanto maiores os esforços feitos para levar

MANEJO BÍBLICO -
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a cabo tal destruiçã o, maior tem sido a circulaçã o da Bíblia.
Todos esses malé ficos expedientes usados para eliminar, alterar ou suprimir as
Sagradas Escrituras nã o conseguiram ê xito. A Bíblia é o livro mais vendido e mais lido em
todo o mundo e está traduzido para quase 2.000 línguas e dialetos. Só no Brasil sã o
vendidos por ano mais de quatro milhõ es de bíblias, afora uns 150 milhõ es de livros com
pequenos trechos (bíblias incompletas).
Os reflexos desses expedientes, ou seja, as tentativas de algemar a Palavra de Deus,
ainda hoje sã o sentidos. No Brasil sã o poucos os cató licos que se dedicam à leitura da
Bíblia. Regra geral, se contentam “com o pouco que lhes sã o oferecido na missa”, e
enquanto se contentam com esse pouco (como sugeriram aqueles bispos ao papa, item 5
retro) continuam errando. “ERRAIS, NÃ O CONHECENDO AS ESCRITURAS, NEM O
PODER DE DEUS”. (Mateus 22.29)
Com o passar dos sé culos, o ataque satâ nico ficou mais bem elaborado, usando
supostos crentes e sociedades Bíblicas. Nasciam as "versõ es", com textos manipulados e
com té cnicas de traduçã o traidoras do texto original como é o caso da equivalê ncia
dinâ mica. Veremos porque a vers~o King James, conhecida como a “Vers~o do Rei Tiago”
(e sua equivalente no portuguê s – A Almeida Corrigida FIEL) é muitíssimo superior à s
versõ es modernas as quais devem ser rejeitadas pelos crentes sé rios.

MANEJO BÍBLICO -
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34
A mais recente tentativa de roubar a autoridade da Bíblia é o esforço modernista
para degradá -la até o nível de todos os outros antigos livros religiosos. Se a Bíblia tem que
estar em circulaçã o, entã o tem que ser demonstrado que ela nã o tem autoridade
sobrenatural. Os crentes verdadeiros, entretanto, reconhecem logo este estratagema de
Sataná s, e apesar de tudo que é feito para enfraquecer as Escrituras, a Bíblia é hoje
encontrada em mais de 1000 línguas no mundo. O fator da indestrutibilidade da Bíblia
pesa fortemente em favor de ser ela a incorporaçã o de uma revelaçã o divina.

“Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar, e nada se lhe d

Pink diz: “Quando pensamos no fato da Bíblia ter sido objeto especial de infindá vel
perseguiçã o, a maravilha da sua sobrevivê ncia se transforma em milagre... Por dois mil
anos, o ó dio do homem pela Bíblia tem sido persistente, determinado, incansá vel e
assassino. Todo esforço possível tem sido feito para corroer a fé na inspiraçã o e autoridade
da Bíblia, e inú meras operaçõ es tê m sido levadas a efeito para fazê -la desaparecer.
Decretos imperiais tê m sido passados ordenando que todas as có pias existentes da Bíblia
fossem destruídas, e quando essa medida nã o conseguiu exterminar e aniquilar a Palavra
de Deus, ordens foram dadas para que qualquer pessoa que fosse encontrada com uma
có pia das Escrituras fosse morta. O pró prio fato de ter a Bíblia sido o alvo de tã o incans|
vel perseguiç~o, nos faz ficar maravilhados diante de tal fenô meno”. (Arthur W. Pink, The
Divine Inspiration of the Bible – pá gs. 113/114.

No tempo de Esdras, parecia que todas as Bíblias tinham sido destruídas, mas logo se acharam 2 cóp
Na casa do ateu Voltaire, que apregoava: “Deus morreu”, hoje funciona grande
impressora de Bíblias! Etc.

TRANSCENDENTE CARÁTER

a) O padrão moral da Bíblia é tã o inatingível e condenador, que nã o pode ser, senã o


Divino (Ê x 20; Lv 20:7; Mt 5:21-22, 27-28 [ou 20-48]; Tg 2:10). Contraste com outros “livros
sagrados” (Os deuses grego-romanos, os dos egípcios, cananeus, tupis-guaranis...!

b) A unidade única e perfeita da Bíblia prova: seu autor é Deus.


Embora escrita por uns 40 homens, de umas 19 ocupaçõ es diferentes, em 11 países,
durante pelo menos 1500 anos, em uns 10 gêneros literá rios, escritores nã o conhecendo
muitos ou todos os outros, a Bíblia é clara e espantosamente UM livro!
Que contraste com os “outros livros sagrados”, que essencialmente sã o coleçõ es de

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material heterogêneo, sem começo, meio ou fim, inú meras vezes discordantes!

OBSERVAÇÕES:

1) O sentido de cada palavra ou conceito é sempre o da sua primeira menção (“amor” Gn 22:2
+ Jo 3:16); Os “tipos” ou “sombras” do V. T. casam perfeitamente com o “Corpo” no N. T.
(serpente de bronze Nm 21:6 + Jo 3:14-15; Cordeiro pascal)!
2) O 1o e o ú ltimo livro da Bíblia se encaixam de modo assombroso !!!:

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GÊNESIS APOCALIPSE
Gn 1:1 céu e terra, temporá rios Ap 21:1 novo céu e nova terra, eternos
1:27-28 primeiro Adã o (com esposa, no21:9 ú ltimo Adã o (com a noiva, na cidade de
Deus),
jardim do É den), reina sobre a terra reina sobre universo
1:10 mares 21:1 “e o mar nã o mais existe”
1:5, 16 sol e lua, dia e noite 21:23 nenhum sol, lua, nem noite; o Cordeiro é o
eterno
sol, luz, dia!
3:22 a á rvore da vida é negada aos caídos 22:2 folhas da á rvore da vida darã o saú de e cura
às
naçõ es
3:17 “maldita é a terra” 22:3 nã o existirá mais maldiçã o
3:1 aparece Sataná s, para atormentar o20:10 desaparece Sataná s, para ser atormentado
ele
homem, temporariamente mesmo, para sempre.
7:12 a antiga terra foi punida pelo dilú vio 21:1 (+2Pe 3:6-12) a nova terra será purificada
pelo
fogo
2:10 lar à beira de rio 22:1 lar eterno à beira de rio
19 Deus retira cidade terrestre, Sodoma, do21:1 Deus traz cidade celestial, a Nova
Jerusalé m, dos
solo céus
23:2 Abraã o chora por esposa, morta 21:4 Deus enxugará todas lá grimas da noiva (cada
salvo, eternamente vivo)
50:1-3 Gn termina com um crente, morto,21:4 Ap termina com todos crentes, vivos, de pé na
jazendo no Egito, num caixã o eternidade, reinando para sempre.

c) A precisão histórica da Bíblia é ú nica e perfeita!

No final do sé culo XIX alguns pseudo-cientistas ridicularizaram a Bíblia, afirmando


que continha “centenas de disparates histó ricos”. Mas, com o extraordin|rio avanço da
Arqueologia, os zombadores tê m sido sufocados por cada pá dos escavadores.

Tem sido comprovado, por exemplo:


A universalidade da crença num dilúvio universal (Épico de Gilgamesh; nativos da Nova Guiné, etc
A existência e súbita destruição (2000 a. C.) das populosas Sodoma e Gomorra (sob o Mar Morto?
Os tijolos sem palha e a morte dos primogênitos, no Egito;
Os muros de Jericó caídos para fora (!);

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· Um arrependimento para monoteísmo em Nínive;


· A existência de Dario;
· A seqüência dos reis das nações citadas; etc.

SUPERNATURAL PRECISÃO CIENTÍFICA:

A Terra é um esferó ide Is 40:22 suspenso no vazio Jó 26:7.


A primeira Lei da Termodinâ mica Hb 4:3, 10 e a segunda das mais universais leis
da ciê ncia Sl 102:26 (serã o abolidas Ap 21:1-5); Vida só vem de vida, e do mesmo tipo Gn
1:21. (Vide quadro abaixo).
7
36
Integridade topográfica e geográfica:

As descobertas arqueoló gicas provam que os povos, os lugares e os eventos mencionados nas Escrituras sã
“O Dr. Kyle diz que os viajantes n~o precisam de outro guia além da Bíblia quando descem pela costa do m
OBSERVAÇÕES:

a) O objetivo de Deus na Bíblia nã o foi o de nos dar um livro texto científico perfeito e
completo, abrangendo Física, Astronomia, Biologia, etc. Mas sempre que o Criador fala da
Sua criaçã o, o faz de modo infalível e perfeito.

Alguns exemplos:

Ciência do homem:
Texto na Bíblia Fato científico implicado pela
Bíblia

Is 40:22 A Terra é esférica 540 a. C.: um grego conjeturou; foi rejeitado. 15?? Magalh

Jó 26:7 A Terra paira no espaço 1687 Newton explicou como a gravidade do sol era equilib

150 d. C. Ptolomeu errou: “h| exatamente 1056 estrelas”. O


Gn15:15As estrelas sã o incontá veis (Jr 33:22;Hb
11:12)

2Sm 22:16; Jn 2:6 Há montanhase canyons


leito do mar
no1880 Oceanografia surgiu,chumbadas
descobriram.
Gn7:11; 8:2;Há fontes d’|gua no leito Pv 8:28mar

do1948 Batiscafos descobriram

Matthew Fontaine Maury, ministro 186?da


Sl 8:8 Há correntes, caminhos no marMarinha americana, movido pela Bíblia, descobre corrente

“ciclo1 á guasegue7??
Jó 26:8; 36:27-28;A Cientistas entenderam

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37:16; 38:25-27;hidroló gico”
Sl 135:7; Ec 1:6-7 (mar®nuvem®chuva®rio®mar
)

Gn 1:21; 6:19 Vida só vem de vida. E da1862 Pasteur mostrou que moscas não se
mesma espécie “geravam espontaneamente”: vida só vem de
vida. 1865 Mendel provou: vida só vem da
mesma espécie.
Lv A vida da carne está no sangue 18?? Abandonou-se o conceito de que
17:11
“sangue excessivo é a raiz de todas as
doenças”, que matou milhõ es de pessoas (por
exemplo: George Washington), com
sangrias!...
Gn 2:1-3; Sl 33:6-“No universo, nada se cria,177? Lavoisier formula a 1ª Lei da

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Pr. Dr. h.c. Má rcio
Ribeiro
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9; 102:25; H nada se perde. Tudo apenas seTermodinâmica, uma das 2 leis mais universais da
b
transforma
4:3,10 ” ciência

S 102:26; Rm“Em tudo há aumento da18?? É formulada a 2ª Lei da Termodinâmica, uma


l entropia, da degradaçã o, dodas 2 leis mais universais da ciência
8:18-23; Hb 1:10- caos, da morte do universo”
12

Is 65:17; 66:22;A 2ª Lei da Termodinâ mica, aSó assim o universo permanecerá eternamente
2Pd 3:13; Ap tendência à degradaçã o, nã o
21:1-5 existirá na nova criaçã o, que,
assim, será perfeita, eterna,
eternamente perfeita

Lv 13, 14 Há contá gios. A prevençã o é - No tempo de Moisés, o Papiro Ebers (“o máximo
(doençasd
total quarentena a ciência”) receitava: sangue de lagarto, dente de
passageiras) e isolamentoporco, carne e banha podres, cera de ouvido de
(doenças como a lepra) porco, excrementos humanos, etc.
- Só houve vitó ria contra a lepra, etc.,
obedecendo- se à Bíblia.

Dt 23:12-13 Isolar e dar rapidíssimo sumiçoaté 1790: todos excrementos eram lançados e
aos excrementos ficavam nas ruas, mesmo nas capitais e cô rtes!

Lv 7:22-27 Evitar certas carnes e misturas 1960: descoberto que causam colesterol, etc.

Lv 15:7, etc. Purificação (meticulosa!) pelaaté 1900: até cirurgiõ es eram sujos, nã o
água praticavam/ensinavam higiene, 17% das grávidas
que entravam no melhor hospital do mundo (em
Viena) morriam de infecçã o! Ainda hoje,
purificaçã o salva mais que todos os remédios
juntos.

Gn 17:12 Circuncisã o ao 8º dia 1946: descobriu-se que circuncisã o controla


câncer cervical. Depois, que, até o 5º dia de vida, a
criança nã o produz vitamina K, e a circuncisã o
traria perigosa hemorragia. Do 7º dia em diante
a produção de vitamina K normaliza-se. No 8º dia,
o nível de protombina alcança o máximo de toda
a

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vida. O dia ideal.

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b) Contraste com os disparates da falsa ciência:


A Biblioteca do Louvre tem 7 km de livros científicos obsoletos! 99,99...% de todos os livros científic
Em 1861, a Academia Francesa de Ciência listou 51 “fatos científicos indiscutíveis que fazem a Bíbli

c) Contraste com os inú meros disparates científicos presentes em todos os outros livros
ditos sagrados:

1. O livro dos Vedas ensina: a Lua está 50000 léguas mais alta que o Sol, e brilha por sua
pró pria luz; ... ; a Terra é chata, triangular, e composta de 7 camadas: a 1ª de mel, a 2ª de
açú car, a 3ª

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de manteiga, a 4ª de vinho, etc., tudo sobre as cabeças de incontá veis elefantes, os quais,
ao tropeçarem, provocam terremotos!!!
2. Livro dos Egípcios: um gigantesco ovo foi chocado, mas tendo asas, fugiu, e
depois dividiu-se, redividiu-se, etc., formando o universo. O sol é um mero reflexo da luz
da Terra. Os homens surgiram de vermezinhos brancos que pululam no lodo deixado pela
inundaçã o do Nilo.

ASSOMBROSA (!) PRECISÃO PROFÉTICA


(para mim [o autor deste estudo], este é o argumento esmagador): A Bíblia é singular - tem
muitas centenas de profecias detalhadas e “impossíveis”, mas todas as que deviam ser
cumpridas o foram literalmente! Is 46:9-10; 2 Pe 1:19:

a. Profecias sobre centenas de nações: Exemplos: Tiro destruída Ez 26:4-5, 14, mas Egito só
humilhada, rebaixada Ez 29:15; tã o minuciosas sã o as correspondências de Dn 11 (534 a.C.)
com a Histó ria, que anti-supernaturalistas, sem prova nenhuma, o picham como mera
Histó ria, escrita apó s 168 a.C., relatando fatos que já teriam ocorrido “no passado” !!!...
b. Profecias sobre o milagre da indestrutibilidade de Israel: (TODAS AS OUTRAS
NAÇÕ ES ESPALHADAS DESAPARECERAM!) Gn 12:1-3; 15:5 versus Jr 30:11; Lv 26:44; Is
11:11-12; Jr 31:35-36; 46:28; Ez 37:21; Mt 24:34; Rm 11:1-5; 25-32.
c. Profecias sobre a História de Israel: Israel teve profetizada sua dispersã o (Lv 26:33; Dt
28:15, 64-65 (ou 15-68); Jr 15:4; 16:13; 24:9; Os 3:4; 9:17). Primeiro seria dispersa só a parte
de Israel (1 Rs 14:15; Is 7:6-8; Os 1:6-8). Depois, Judá seria dispersa (Is 39:6; Jr 25:9- 12). 70
(Setenta) anos depois, Judá seria parcialmente restaurada (Mq 1:6-9 versus Jr 29:10-14). Até
o nome de Ciro, o rei Persa que restauraria Judá , foi previsto com 120 anos de
antecedência !!! (Is 44:28-45:1).
d. Profecias sobre a seqüência dos impérios mundiais (Dn 7);
e. Profecias sobre a 1ª vinda de Cristo, todas (mais de 90 explícitas) literalmente
cumpridas!: montado num jumento (Zc 9:9-10), entrada em Jerusalém em “6 de Abril de
32” (Dn 9:24-26 +
calendá rio). Por exemplo: Em cerca de 538 a. C. ( Dn 9:24-27), Daniel, o profeta, predisse
que Jesus viria como o Salvador e Príncipe prometido para Israel exatamente 483 anos
depois que o imperador persa desse aos judeus permissã o para reconstruir a cidade de
Jerusalém que estava em ruínas nesta época. Essa profecia foi clara e definitivamente
cumprida no tempo exato; espantosos detalhes da crucificaçã o (Sl 22:14-18); ossos (Sl
34:20); fel (Sl 69:21); transpassado (Is 53:4-6; Zc 12:10); ressurreição (Sl 16:10; 30:3, 9; 40:1-2;
Is 53:1; Os 6:2).
f. Profecias sobre os últimos dias [do domínio dos gentios sobre o local do templo
Lc 21:24]:
Uniformitarianismo evolucionista 2 Pe 3:3-4. Tremendas: multiplicaçã o das viagens e
ciência Dn 12:4; disparidade e tensã o só cio-econô mica Tg 5:1-6; degradaçã o moral Lc
17:26- 37; 2 Tm 3:1-7; apostasia religiosa 2 Pe 2:1; 3:3-4; 2 Tm 3:7; 4:4; demonismo Mt 24:24;
1 Tm 4:1. OS SINAIS DE: CATACLISMAS E TRIBULAÇÕ ES Mt 24:3-8; o progresso do

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conhecimento e das viagens nos ú ltimos tempos (Dn 12:4); CONFEDERAÇÃ O DE DEZ
DEDOS-NAÇÕ ES REVIVENDO O IMPÉ RIO ROMANO Dn 7:19-24; RUSSOS E Á RABES
JUNTANDO-SE CONTRA ISRAEL Ez 28:1-6; ENORME EXÉ RCITO ORIENTAL,
CONTRA ISRAEL Ap 16:12.

g. Análise probabilística:

A probabilidade composta de apenas (!) as profecias do primeiro advento (nascimento de Jesus Cri
A probabilidade de Mq 5:2 ter acertado o local do nascimento de Jesus Cristo por acaso é de (1/12 t
Jerusalém por acaso é de 1/(2.500 anos x 365 dias) =

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39
1/900.000. A probabilidade composta desses 2 eventos é de (1/2.000) x (1/900.000) = (1/1.800
A BÍBLIA É GENUÍNA (Autêntica)

(cada livro foi escrito pela pessoa e na é poca que lhe sã o tradicionalmente atribuídos, nã o
foi falsificado, nã o é espú rio, forjado, corrompido)

OBS: Tradiçã o firme entre os fiéis e conservadores judeus e os crentes: (tradiçã o indisputada
quanto à genuinidade e quanto aos autores, conforme abaixo indicados. Só há variaçã o
quanto a alguns pouquíssimos anos da data exata de alguns dos livros):

A LEI – O PENTATEUCO (Torah) FOI ESCRITA POR MOISÉ S (SÉ CULO XV a. C.):

Gn (1491 a.C.), Ex (1491 a.C.), Lv (1490 a.C.), Nm (1451 a.C.), e Dt (1451 a.C.), foram
escritos por Moisés.

Possibilidade: já na época de Hammurabi se escrevia; Moisés pode ter recebido todo


o livro de Gênesis por revelaçã o direta de Deus; ou ter compilado os tabletes escritos
diretamente por Deus (a partir de 1:1), e aqueles, divinamente inspirados, escritos por
Adã o (a partir de 2:4), Noé (de 5:1); Sem (10:1); Abraã o (11:10); Isaque (25:12); Jacó (37:2); e
José (50:6).

PROVAS:

· NO PENTATEUCO: Ê x 17:14 + 24:4; 34:27-28.


· NO V. T.: Js 8:31; 23:6; 1 Rs 2:3; 2 Rs 14:6; Ne 13:1; Dn 9:11.
· POR CRISTO: Mt 8:4; Lc 16:29; 24:27; Jo 5:45-47.
· NO N.T.: At 15:21; 1 Co 9:9; Hb 9:19.

O AUTOR, OBVIAMENTE, FOI TESTEMUNHA OCULAR DO Ê XODO. COSTUMES


E PALAVRAS SÃ O DO EGITO, 2000 a. C.

A descendência abençoada de Noé - seu filho Sem:

Noé tinha três filhos: Sem, Cã o e Jafé, que depois de deixarem a arca, foram para diferentes regiõ es. Sem pe
De Sem nasceu um povo que continuou explorando as terras imediatas ao berço da civilizaçã o. Desse povo
Sem foi o INTERMEDIÁ RIO: nasceu 120 anos antes do dilú vio, conheceu a Noé, seu pai, a Lameque, seu avô
Noé viveu até ao tempo de Abraã o e Sem chegou a alcançar o tempo de Jacó . Esses

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fatos demonstram a maneira pela qual os conhecimentos histó ricos do princípio da raça
foram comunicados à s geraçõ es posteriores.

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40

OS PROFETAS (NEBHIIM = “Isaías”):

Js 1427 a.C. Josué. Js 24:26. Eleazar ou seu filho Finéias podem, inspirados,
ter concluído 24:29-33.
Jz 1080! a.C., tempoSamuel. Jz 19:1; 21:25 // 1:21; 2 Sm 5:6-8.
de Saul
1 Sm 1-24 1060 a.C. Samuel. 1 Cr 29:29
1 Sm 25, 2 Sm1018 a.C. Natan + Gad. 1 Cr 29:29
fim
1 Rs 1-11 1004 (ou, menosCronistas (ou, menos conservador, Jeremias ou seu
conservador, contemporâ neo), selecionados por Jeremias ou seu
Jeremias, 590) a.C. contemporâ neo.
1 Rs 12-fim 897 (ou, menosCronistas (ou, menos conservador, Jeremias ou seu
conservador, contemporâ neo), selecionados por Jeremias ou seu
Jeremias, 590) a.C. contemporâ neo.
2 1004 (ou, menosCronistas (ou, menos conservador, Jeremias ou seu
Rs conservador, contemporâ neo), selecionados por Jeremias ou seu
Jeremias, 590) a.C. contemporâ neo.
698 a.C. Isaías. 2 Cr 32:32 // 2 Cr 26:22 // Is 1:1 // Mt 8:17 + Is
Is 53:4; Lc
4:17-19 + Is 61:1; Jo 12:38-41 + Is 53:1 + 6:10. Cristo atestou
a
genuinidade de Is.
Jr 588 a.C. Jeremias. Jr 30:2; 51:60; Baruque foi seu amanuense Jr 36 +
45:1.
Ez 574 a.C. Ezequiel. 24:2; 43:11
Hc 626 a.C. Habacuque. 2:2
Os 740 a.C. Osé ias
Jl 800 a.C. Joel
Am 787 a.C. Amó s
Ob 587 a.C. Obadias
Jn 862 a.C. Jonas
Mq 750 a.C. Miqué ias
Na 713 a.C. Naum
Sf 630 a.C. Sofonias
Ag 520 a.C. Ageu
Zc 520 a.C. Zacarias
Ml 397 a.C. Malaquias

MANEJO BÍBLICO -
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OS ESCRITOS (KETHUBHIM = Hagiographa = “Salmos”):

Sl diversas datas, de±73 Salmos por Davi (2 Cr 35:4); 2 por Salomã o, 12 por Asafe;
1491 a ± 480 a.C.11 pelos filhos de Coré; 1 por Etan; 1 por Moisés; 50 anô nimos.

Pv 1-29 1000 a.C. Salomã o: Pv 1-24 ele escreveu e publicou; Pv 25 a 29 foram

copiados dos seus escritos, pelos servos de Ezequias, ± 700

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41
a.C.; Pv 30 foi escrito por Agur, mas Salomã o, inspirado, o
selecionou como inspirado, e o publicou; Pv 31 foi escrito por
“Rei Lemuel” , mas Salomão, inspirado, também o selecionou
como inspirado e publicou; ou, mais prová vel porque nã o

registro deste “Rei Lemuel”, provavelmente ele é Salomã o.
Lemuel (= “Dedicado a Deus”) seria carinhoso
Jó “apelido”
usado só pela mã e ao lhe falar, e perdido com o tempo.

Ct Lei.J
Rt Antes da ó . Nã o se refere à Lei, nem sequer a Abraã o e à aliança
Provavelmente abraâmica, deve ser o livro mais antigo da Bíblia, pode ser mais
+- 2000 a. C. ! antigo que os mais antigos hieró glifos! Algo da sabedoria
L
do mundo pré-diluviano pode ter sido transmitida a Jó .
m
Ec
1013 a.C. Salomã o. Ct 1:1.

1060 a.C.
Contemp.Samuel .

F
A
T
E

B

F
a

c
u

l
e
Ex
te
ns
ão
da
Ba
hi
a
w
w
w.
fa
cu
ld
ad
ef
8
de Davi. Rt 4:22
975 a.C. Salomão (Ec 1:1, 16; 2:4-11), não obstante alguns pequenos
588 a.C. Jeremias. problemas lingü ísticos.
Et 509 a.C. Mordecai. Mas (ao menos cap. 10) pode ter sido escrito
por judeu seu contemporâ neo e com acesso à s crô nicas
dos reis da Média e da Pérsia Et 2:23; 9:20; 10:2-4.
D 607 - 534 Daniel. 7:2; 8:1,15; 9:2; 10:2; 12:4; Mt 24:15.
n a.C.
Esdras. 7:28 + 7:1
E 457 a.C. Neemias. 1:1.
d 434 a.C.
N
e
1 Cr Até 1015 (ou,Cronistas (ou, menos conservador, Esdras), selecionados por
menos conservador,Esdras. 1, 2 Rs lidam com os aspectos proféticos da histó ria,
antes de Esdras 450-1,2 Cr com os sacerdotais.
425 a.C.)
2 Cr 1-9 1004 (ou, menosCronistas (ou, menos conservador, Esdras), selecionados
por conservador, antesEsdras. 1, 2 Rs lidam com os aspectos profé ticos da
histó ria, de Esdras 450-4251,2 Cr com os sacerdotais.
a.C.)
2 Cr 10-
623 a.C.
fim

O NOVO
TESTAMENTO:

Mt 38 (ou, pouco Mateus, em Grego, na Judéia (ou, pouco conservador, fora da Judéia, apó s
conservador: deixar a Palestina para pregar aos gregos, e apó s escrever este evangelho em
50) Aramaico, em 45
d.C.) Mc 65 ou (67 a Joã o
Marcos.
68), de Roma
Lc 58 (ou 63), da Lucas, o médico amado
Gré cia
Jó 85-90, da Á sia Joã o 21:24. Alguns, inconformados com a ênfase na divindade de Cristo,
Menor afirmam que é espú rio e escrito apó s 160 ou mesmo 200 d.C. Mas não têm fatos,
só maus desejos. A descoberta do Papiro 52, com fragmento do capítulo 18 e
datado de somente 120 d.C., destró i a teoria.
At 64, da Grécia Lucas.
R 58, de Corinto Paulo. As pequenas mudanças de estilo nas epístolas pastorais sã o
m esperá veis!...

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1 Co 56, de É feso Idem. Idem.
2 Co 57, da Idem.
Idem.
Macedô nia
Gl 52, de Corinto Idem. Idem.
ou Macedô nia
Ef 61, de Roma Idem. Idem.
Fp 62, de Roma Idem. Idem.
Cl 62, de Roma Idem. Idem.
1 Ts 52, de Corinto Idem. Idem.
2 Ts 52, de Corinto Idem. Idem.
1 Tm 64, da Idem. Idem.
Macedô nia
2 Tm 65, de Roma Idem. Idem.
Tt 64, da Idem
Macedô nia ou
Grécia
Fl 62, de Roma Idem. Idem.
Hb 63, de Roma. Anô nimo. Ninguém (Apolo, etc.) é mais prová vel que Paulo (Hb 13:23;
2 Pe 3:15); apoio da mais antiga e respeitá vel tradiçã o.
Tg 49!, de Tiago. Um dos pelo menos 7 filhos de Maria, irmã o de Jesus. É a mais
antiga Jerusalém das epístolas!
1 Pe 64, de Roma Pedro. Silvanus pode ter ajudado no estilo de 1 Pe (ler 5:12), daí as pequenas
diferenças quanto 2 Pe.
2 Pe 65, de Roma Pedro. Idem.
Jd 66, local Judas. Um dos pelo menos 7 filhos de Maria, irmã o de Jesus.
indeterminad
o
1 Jo 69, da Judéia João. Pequenas diferenças de estilo são esperáveis, ou semelhantes às de Pedro.
2 Jo 69, de É feso João. Pequenas diferenças de estilo são esperáveis, ou semelhantes às de Pedro.
3 Jo 69, de É feso João. Pequenas diferenças de estilo são esperáveis, ou semelhantes às de Pedro.
Ap 96, de Patmos João. Pequenas diferenças de estilo são esperáveis, ou semelhantes às de Pedro.

OBS: Note que (Mt) foi escrito por Mateus, em grego. Alguns, inconformados com a
ê nfase na divindade de Jesus Cristo, afirmam que (Jo) é espú rio e escrito apó s 200 d. C.,
mas nã o tê m sequer uma prova, só maus desejos (O Papiro 52, datado de 120, com
trechos de Joã o 18, esmigalha seus desejos. Hebreus (Hb) foi escrito em 63,
anonimamente (Por Paulo, cremos!). (1 Pe) pode ter recebido o auxílio gramatical de
Silvanus; pequenas diferenças no estilo de Pedro s~o esper|veis pelos tempos (Ou mesmo
“amanuenses- dialogadores” diferentes).

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A BÍBLIA É CONFIÁVEL, VERÍDICA


[Um livro é confiá vel se relata veridicamente tudo aquilo de que trata].

O ANTIGO TESTAMENTO É CONFIÁVEL:

a) Os fatos da Histó ria, da Arqueologia, da Geografia e Topografia, sempre


concordam assombrosamente com a Bíblia! TODAS AS TEORIAS DESDENHADORAS
DA BÍBLIA TÊ M SIDO DESTRUÍDAS PELOS FATOS.

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Sabe-se que Salmanezer IV sitiou a cidade de Samaria, mas “o rei da Assíria”,


que sabemos ter sido Sargom II, carregou o povo para a Assíria (II Reis 17:3-6). A
história mostra que ele reinou de 722-705 a. C. Ele é mencionado pelo nome apenas
uma vez na Bíblia (Is 20:1). Nem Belsazar (Dn 5), nem Dario, o Medo (Dn 6), são mais
considerados como personagens fictícios.
Os hieróglifos egípcios indicam que a escrita já era conhecida mais de mil anos
antes de Abraão. A arqueologia também confirma o fato de Israel ter vivido no Egito,
que o povo foi escravo naquela terra e que ele finalmente saiu daquele país. O
pesquisador John Garstang, dá a data do êxodo como 1447 a. C. Os Hititas, cuja
existência era posta em dúvida até recentemente, foram mostrados como tendo sido
um povo poderoso na Ásia Menor e na Palestina, na mesma época indicada na Bíblia.
Descobertas arqueológicas também confirmam a veracidade do Novo
Testamento. Quirino (Lucas 2:2) foi governador da Síria duas vezes (16-12 e 6-4 a. C.),
sendo que Lucas se refere a esse último período. “Lis}nias, o Tetrarca” é
mencionado em uma inscrição no local de Abilene na época a que Lucas se refere. Uma
inscrição em Listra registra a dedicação da estátua a Zeus (Júpiter) e Hermes
(Mercúrio), o que mostra que esses deuses eram colocados na mesma classe no culto
local, conforme insinuado em Atos 14:12. Uma inscriç~o de Pafos faz referência ao
“procônsul Paulo”, que j| foi identificado como o Sérgio Paulo de Atos 13:7.
OS TABLETES DE EBLA CONFIRMARAM A EXISTÊNCIA DE SODOMA E
GOMORRA, ETC.; ARQUEÓLOGOS MODERNOS TAPARAM AS BOCAS DOS QUE
ZOMBAVAM DA REALIDADE DE DARIO!; ETC.

Os Manuscritos do Mar Morto:

No ano de 1947, um pastor beduíno á rabe, chamado Muhammad ad Dib, descobriu


por acaso, nas cavernas de Qumram, pró ximo ao Mar Morto, a mais preciosa coleçã o de
Manuscritos do Velho Testamento. Foram encontrados cerca de 823 manuscritos, sendo
que a maior parte é de livros bíblicos ou relacionados.
Essas descobertas trouxeram à luz textos que confirmam a exatidã o da transmissã o
textual do Antigo Testamento. É muito conhecido o caso do famoso Rolo do livro de
Isaías, chamado 1QIsª, datado de 150-100 a.C., que era cerca de 1000 anos mais velho que
os mais antigos manuscritos até entã o existentes!
Os Manuscritos do Mar Morto foram escondidos nas cavernas de Qumram pelos
essê nios - seita ascé tica judaica, durante a segunda revoluçã o dos judeus contra os
romanos em 132-135 d.C. Os Manuscritos de Qumram sã o os mais antigos do mundo,
conhecidos até o momento.
De todos os livros do Antigo Testamento foram encontrados em Qumram
manuscritos exceto do livro de Ester.
Um famoso teó logo do início do sé culo XIX, F. C. Baur, dizia que o evangelho de
Joã o só tinha sido escrito por volta do ano 160 d.C., negando a origem apostó lica do

FATEB – Faculdade de Teologia e Extensão da


Bahia
www.faculdadefateb.com
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documento. Mas no século XX já se descobriu um fragmento do evangelho de Joã o, no
Egito, datado de 125 d.C., derrubando completamente a teoria daquele "erudito". Este
papiro (tecnicamente conhecido como Papiro 52), contém poucos versos do evangelho de
Joã o (18.31-33, 37-38), mas era o texto mais antigo do Novo Testamento que conhecíamos e
mostra que o evangelho que havia sido escrito depois de 90 d.C. já tinha alcançado uma
cidade do Egito em menos de 35 anos! É desta forma que as descobertas recentes
confirmam o relato e o texto da Bíblia.

b) Cristo onisciente reconheceu integralmente a inspiraçã o do V.T.: Mt 5:17-18; Lc


24:27, 44-45; Jo 10:35b.
Ele endossou um grande nú mero de ensinamentos, como verdadeiros: a criaçã o do
universo por Deus (Mc 13:19); a criaçã o direta do homem (Mt 19:4-5); a personalidade
de Sataná s e seu

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cará ter maligno (Jo 8:44); a destruiçã o do mundo por um dilú vio (Lc 17:26-27); a destruiçã o
de Sodoma e Gomorra e livramento de Ló (Lc 17:28-30); a revelaçã o de Deus na sarça a
Moisés (Mc 12:26); Moisés como sendo o autor do Pentateuco (Mt 8:4; 19:7-8; Mc 7:10;
12:26; Jo 7:22-23, Jo 5:47); o maná no deserto (Jo 6:32); a existência do taberná culo (Lc 6:3-
4); Jonas dentro da baleia (Mt 12:39-40); a unidade de Isaías (Mt 8:17; Lc 4:17-18).

Em muito mais que 180 dos 1800 versos onde Jesus Cristo fala, Ele cita o V.T. !

O NOVO TESTAMENTO É CONFIÁVEL:

Seus escritores eram competentes, qualificados (humana e divinamente falando).


Eles (inclusive Paulo) foram testemunhas oculares de todo o ministério, morte e
ressurreiçã o de Cristo, aprendendo diretamente dEle (Lucas foi companheiro de Paulo,
fidelíssimo registrador do que viu, e também do que os apó stolos viram e lhe ensinaram
diretamente. Marcos foi o intérprete de Pedro, segundo Papias e Irineu. Tiago e Judas
eram irmã os do Senhor). Eram honestos (mesmo até o ponto de darem suas vidas!). Foram
investidos pelo Espírito Santo. Seus escritos harmonizam-se perfeitamente uns com os
outros, e sempre concordam com os fatos da Histó ria e da experiência.

(As “aparentes contradições entre Paulo e Tiago): Eles somente falam de pontos de vista compleme
exemplo: do divórcio; dos cultos e adoração; etc.), mas nunca contradição!

Os registros do N. T. estã o de acordo com a Histó ria: o recenseamento quando


Quirino era governador da Síria (Lc 2:2); os Atos de Herodes o Grande (Mt 2:16-18); de
Herodes Antipas (Mt 14:1-12), de Agripa I (At 12:1); de Gá lio (At 18:12-17); Agripa II (At
25:13 – 26:32), etc.

A BÍBLIA É CANÔNICA
[Um livro é canô nico quando, desde o seu primeiro dia, foi aceito pelo povo de Deus como
divinamente inspirado, como realmente o é (Ver o item “Inspiraç~o”)].

CÂ NON do grego "kánon", e do hebraico "kaneh", regra; lista autê ntica dos livros
considerados como inspirados.
SIGNIFICAVA ORIGINALMENTE “VARA DE MEDIR, DEPOIS “NORMA OU
REGRA” (Gl 6:16), E HOJE SIGNIFICA “CATÁ LOGO DE UMA REVELAÇÃ O
COMPLETA E DIVINA”.

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A PALAVRA CÂ NON ACHA-SE EM TRÊ S PASSAGENS DO N. T.: GL 6:16, FP
3:16 E 2 CO 10:13-17.

A inspiraçã o diz respeito à açã o divina no ato de escrever o material,


garantindo o resultado.
Já a canonizaçã o do Texto diz respeito à açã o humana, reconhecendo a qualidade
divina daquele material.
A “CANONIZAÇÃO” DE UM LIVRO NÃO SIGNIFICA QUE HOMENS LHE
CONCEDERAM AUTORIDADE E INSPIRAÇÃO DIVINA, MAS SIM QUE
HOMENS FORMALMENTE OFICIALIZARAM O QUE SEMPRE FOI
RECONHECIDO
[EM OUTRAS BASES, SUFICIENTES].

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Esse processo de reconhecimento se deu no seio da comunidade da Fé — a
comunidade hebraica, quanto ao A.T., e a comunidade cristã , quanto ao N.T.
A canonizaçã o tem tudo a ver com a preservaçã o do Texto, pois, a comunidade da
Fé só iria se preocupar em transmitir e proteger os livros "canô nicos", tidos como
inspirados. A parte humana na transmissã o do Texto fica patente, mas será que houve
açã o divina també m, protegendo o Texto (a exata redaçã o do Texto)?
Se o Criador quis que Sua revelaçã o chegasse intacta, ou pelo menos de forma
íntegra e confiá vel, até o século XX e seguintes, fatalmente teria que vigiar o processo da
transmissã o através dos séculos. Teria que proibir a perda irrecuperá vel de qualquer parte
genuína, bem como a inserçã o indetectá vel de material espú rio. (Ver item Preservaçã o, a
seguir).

A DIFERENÇA ENTRE OS LIVROS CANÔNICOS E OUTROS ESCRITOS


RELIGIOSOS:

Nem todos os escritos religiosos dos judeus eram considerados canô nicos pela
comunidade de crentes. É ó bvio que havia certa importâ ncia religiosa em alguns livros
primitivos como o livro dos justos (Js 10:13), o livro das guerras do Senhor (Nm 21:14) e
outros (1 Rs 11:41). Os livros apó crifos dos judeus, escritos apó s o encerramento do
período do Antigo Testamento (400 a. C.), tê m significado religioso definido, mas jamais
foram considerados canô nicos pelo judaísmo oficial.
A diferença essencial entre escritos canô nicos e nã o-canô nicos é que aqueles sã o
normativos (tê m autoridade), ao passo que estes nã o sã o autorizados. Os livros
inspirados exercem autoridade sobre os crentes; os nã o-inspirados poderã o ter algum
valor devocional ou para a edificaçã o espiritual, mas jamais devem ser usados para
definir ou delimitar doutrinas.
Os livros canô nicos fornecem o crité rio para a descoberta da verdade, mediante o
qual todos os demais livros (nã o-canô nicos) devem ser avaliados e julgados. Nenhum
artigo de fé deve basear-se em documento nã o-canô nico, nã o importando o valor religioso
desse texto.
Os livros divinamente inspirados e autorizados são o único fundamento para a
doutrina. Ainda que determinada verdade canô nica receba algum apoio complementar da
parte de livros nã o-canô nicos, tal verdade de modo algum confere valor canô nico a tais
livros. Esse apoio terá sido puramente histó rico, destituído de valor teoló gico autorizado.
A verdade transmitida pelas Escrituras Sagradas, e por nenhum outro meio, é que
constitui câ non ou fundamento das verdades da fé .

A FORMAÇÃO DO CÂNON DO V. T. :

O Câ non do Antigo Testamento foi formado num espaço de -/+ 1046 anos - de
Moisés a Esdras. Moisés escreveu as primeiras palavras do Pentateuco por volta de 1491
a.C. O câ non das Escrituras do V. T. foi encerrado por Esdras e seus companheiros
piedosos, que formaram a Grande Sinagoga, cerca de 445 anos a. C.

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Os livros do Antigo Testamento formaram o Câ non de maneira lenta e gradual, à
medida que iam sendo credenciados, como inspirados por Deus, perante o povo comum,
seus líderes, seus profetas e sacerdotes.
A histó ria da formaçã o do Velho Testamento começa com Moisés, que recebeu a
revelaçã o divina em vá rias formas e depois a transcreveu em livros. Ele redigiu-os usando
livros, tradiçã o oral, orá culos recebidos diretamente de Deus, além do fato de que
participou de toda a histó ria narrada entre Ê xodo e Deuteronô mio. Ele recebeu ordens
expressas de escrever (Ê xodo 17:14; 24:4, 7; 34:27-28). Relatou os acontecimentos da época
(Nm 33:2).
No fim de sua vida, com os cinco primeiros livros praticamente terminados, já tinha
perfeita percepçã o de que estes livros tornar-se-iam normativos para o povo: seriam “o
Livro da Lei”, os cinco primeiros livros (Pentateuco) [Dt 28:58, 61; 29:20-29; 30:10; 31:9-13,
19, 22, 24-26].
Devemos lembrar que Moisé s viveu com o povo de Israel por quarenta anos no
deserto, e teria nã o somente tempo, mas conhecimento e condiçõ es para escrever.
Durante a época de Moisés e depois dele, outros profetas continuaram sua obra oral
e escrita (Nm 12:6; Dt 18:15-22; 34:10; Jz 4:4; 6:8). Os sacerdotes e levitas foram
encarregados de guardar,

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colecionar e copiar os livros do V. T. O taberná culo e depois, o templo, eram o centro de
reuniã o dos materiais inspirados (Dt 17:18-20; 31:9-13, 24-29; 1 Sm 10:25; 2 Rs 22:8; 23:24;
Js
24:26).
Os livros estavam disponíveis aos líderes da naçã o e do sacerdó cio. Caso eles
fossem també m profetas, como era o caso de Josué , eles també m acabariam por escrever
algo ou até uma obra inteira que seria incorporada à coleçã o de livros sagrados (Josué
1:8; 24:26). O período da conquista da terra de Canaã e també m dos Juízes, evidencia a
presença dos livros pela prá tica dos seus ensinos: a aliança foi lembrada (Jz 2:1-5) e alguns
rituais foram praticados (Jz 13:2-7,13-14).
Samuel, como “primeiro profeta”, tratou de dar impulso à historiografia profética (1
Samuel 10:25; 1 Crô nicas 29:29). Os profetas foram os historiadores de Israel: eles
narravam os acontecimentos, privilegiando os assuntos que interessavam ao
desenvolvimento dos propó sitos de Deus para o seu povo (2 Crô nicas 9:29; 12:15; 13:22;
20:34; 26:22; 32:32; 33:18, 19)
No período dos reis e profetas, bastante material já estava centralizado no templo
de Jerusalém (2 Crô nicas 34:14-18; Jeremias 36). Os reis Davi, Salomã o, Josias, Ezequias e
os vá rios profetas sã o escritores ou divulgadores dos livros bíblicos. Os reis deviam
sempre obedecer a lei (2 Reis 14:6).
Os textos de alguns livros foram sendo compilados durante o período dos reis. A
frase final do Salmo 72.20 mostra que houve uma é poca em que a coleçã o dos Salmos
terminava ali. Depois ela foi ampliada. Da mesma forma Prové rbios 25.1, mostram que o
livro de Prové rbios foi ampliado. Todas estas compilaçõ es a amplificaçõ es dos livros
ocorreram dentro da inspiraçã o divina, atravé s do Espírito Santo.

Os profetas pregaram e escreveram suas obras (Is 30:8; Jr 25:13; 29:1; 30:2, 36:1-32;
51:60-64; Ez 43:11; Hc 2:2; Dn 7:1; 2 Cr 21:12). Eles sabiam que estavam deixando suas
obras para o futuro e até enviaram-nas para outros lugares (Jr 29:1; 36:1-8; 51:60-61; 2 Cr
21:12). Liam, citavam e usavam as obras uns do outros (Is 2:1-5 e Mq 4:1-5 / Jr 26:18 cita
Mq 3:12), atestando a existência da coleçã o de livros inspirados (Dn 9:2). Entendiam que
seus livros tornar-se-iam obra de referência e consulta no futuro (Is 34:16; Dn 12:4).
Este material inspirado foi levado ao exílio e à dispersã o (Dn 9:2), quando os judeus
foram deportados da Palestina. Talvez tenha sido trazido de volta por aqueles que iriam
iniciar a religiã o dos samaritanos (2 Rs 17:24-41). Mas, o grande retorno da lei à Palestina
ocorreu com Esdras, sacerdote e grande escriba (Ed 7; Ne 8-10). O oficio de Esdras como
sacerdote e levita mostra que, no Velho Testamento, os sacerdotes eram os que
centralizaram e preservaram o Velho Testamento.
Os ú ltimos profetas a escreverem Ageu, Zacarias e Malaquias tiveram suas obras
reconhecidas e incorporadas no Velho Testamento, assim também, os ú ltimos livros
histó ricos tais como Crô nicas, Esdras, Neemias e Ester.

Nos ú ltimos anos do período incluso no Câ non, cinco grandes homens de Deus

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viveram simultaneamente numa é poca de profundo despertamento religioso, a saber:

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Esdras, Neemias, Ageu, Zacarias e Malaquias, sendo dos cinco, Esdras o mais há bil e
versá til.
Foi este poderoso sacerdote-escriba que, segundo a tradiçã o judaica, presidiu a
chamada Grande Sinagoga, que selecionou e preservou os rolos sagrados, determinando,
dessa maneira, o Câ non das Escrituras do Antigo Testamento (Ed 7:10, 14). A Esdras é
atribuído também a tríplice divisã o do Câ non hebraico (A Lei, Os Profetas e os Escritos).
Ao encerramento do V. T. (isto é, ao terminar de ser escrito o seu ú ltimo livro
[Neemias ou Malaquias] no século V antes de Cristo) foi reconhecido por TODOS os
crentes fiéis que o câ non do V. T. (isto é, a coleçã o dos 39 livros que o constituem) estava
encerrado para sempre, e incluía o livro de que falamos.
Depois do acima referido encerramento do V. T., tudo isto acima dito (e que
sempre foi o consenso entre os crentes fié is) foi meramente RECONHECIDO, reconhecido
e declarado OFICIALMENTE e por TODOS, sob o comando de Esdras, em cerca do ano
quatrocentos e poucos a. C.

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O VELHO TESTAMENTO é canônico, porque sempre foi reconhecido como inspirado
por Deus:

• A Lei: sempre foi reconhecida como canô nica: Dt 17:18-20; 31:10-13, 24-26; Js 1:8; 1 Rs
11:38; 2 Rs 22:8; 23:1-2; Ne 1:7-9; Ed 3:2.

• Profetas/Escritos: sempre foram reconhecidos como canô nicos: 2 Rs 17:13; Dn 9:2; Mt


22:29; 23:35; Lc 24:44; Jo 5:39; 10:35; 2 Tm 3:16; 2 Pe 1:20-21.

- Objeç~o: As 3 divisõ es do V.T. (Lei, Profetas, Escritos) implicam 3 “campanhas humanas


concedendo autoridade”.
- Refutaçã o: Nã o há sequer uma prova disto! As divisõ es sã o pelas naturezas dos
assuntos/escritores. Em Israel o divino tornava-se aceito, e não o aceito tornava-se
divino!
2 Rs 22:8; 23:1-2; Ne 8:1-3 nã o sã o outorgamentos, mas sim reconhecimentos da inspiraçã o
divina.

- Objeçã o: Ec e Ct ainda eram duvidados por alguns até depois do Concílio de Jamnia
(90 d.C.), portanto o câ non do V.T. ainda estava em aberto até cerca de 200 d.C..
- Refutaçã o: Exigindo unanimidade absoluta, o que você quer é nunca ter um câ non
autoritativo e final! Os eruditos judeus sempre mantiveram que, já em 445 a.C., no reino
de Artaxerxes Long}nimo, Esdras “juntou, ordenou e publicou” o V.T. na sua forma final,
como o conhecemos. Josephus (80 d.C.) corrobora isto e usa câ non e divisõ es Massoréticas.
Esdras é chamado de “o escriba” (Ne 8:1, 4, 9, 13; 12:26, 36), “escriba versado na lei de
Moisé s” (Ed 7:6), e “o escriba das palavras dos mandamentos e dos estatutos do Senhor
sobre Israel” (Ed 7:11).

Objeçã o: os apó crifos figuram na Septuaginta.


Refutaçã o: Mas nunca no câ non judaico!

CLASSIFICAÇÃO DOS LIVROS DO V. T. :

Estudiosos de eras posteriores, nem sempre totalmente conscientes dos fatos a


respeito da aceitaçã o original do câ non, tornavam a levantar dú vidas sobre certos livros.
Com isso, surgiu a terminologia técnica, conforme vemos abaixo:

1 - HOMOLOGOUMENA: (significa: falar como um). Sã o os livros bíblicos que


foram aceitos por todos.

A canonicidade de alguns livros jamais foi desafiada por nenhum dos grandes rabis
da comunidade judaica. Desde que alguns livros foram aceitos pelo povo de Deus como
documentos produzidos pela mã o dos profetas de Deus, continuaram a ser reconhecidos

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como detentores de inspiraçã o e de autoridade divina pelas geraçõ es posteriores.
Trinta e quatro dos 39 livros do Antigo Testamento podem ser classificados como
“homologoumena”. Os cinco excluíveis seriam: Cantares de Salom~o, Eclesiastes, Ester,
Ezequiel e Prové rbios.

2 - ANTILEGOMENA: (significa: falar contra). Sã o os livros bíblicos que em certa ocasiã o


foram questionados por alguns.

A canonicidade de 5 livros do Antigo Testamento foi questionada numa ou noutra


é poca, por algum mestre do judaísmo: Cantares de Salomã o, Eclesiastes, Ester, Ezequiel e
Prové rbios. Cada um deles tornou-se controvertido por razõ es diferentes; todavia, no fim
prevaleceu a autoridade divina de todos os cinco livros.

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Cantares de Salomão: Alguns estudiosos da escola de Shammai consideravam esse
câ ntico sensual em sua essê ncia. Poré m, é mais prová vel que a pureza e a nobreza do
casamento façam parte do propó sito essencial desse livro. É preciso ver esse livro da
perspectiva espiritual correta.

Eclesiastes: Alguns objetaram que esse livro parece cé tico. Alguns até o chamam de “O
Câ ntico do ceticismo”. Qualquer pessoa que procure a má xima satisfaçã o “debaixo do
sol”, com toda a certeza h| de sentir as mesmas frustraçõ es sofridas por Salom~o, visto
que a felicidade eterna nã o se encontra neste mundo temporal.
Alé m do mais, a conclusã o e o ensino gené rico desse livro estã o longe de ser
cé ticos. Depois “de tudo o que se tem ouvido”, o leitor é admoestado: “a conclusã o é :
Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos, pois isto é todo o dever do homem” (Ec
12:13).
Assim como o livro Cantares de Salomã o, o problema bá sico é de interpretaçã o do
texto e nã o de canonizaçã o ou inspiraçã o.

Ester: Pela ausê ncia do nome de Deus nesse livro, alguns pensaram que ele nã o fosse
inspirado. Perguntavam como podia um livro ser Palavra de Deus, se nem ao menos
trazia o seu nome.
Poré m, uma coisa é certa: a ausê ncia do nome de Deus é compensada pela
presença de Deus na preservaçã o de seu povo.
O fato de Deus haver concedido grande livramento, como narra o livro, serve de
fundamento e razã o da festa judaica do Purim (Et 9:26-28). Basta este fato para demonstrar
a autoridade atribuída ao livro, dentro do judaísmo.

Ezequiel: Alguns na escola rabínica pensavam que esse livro era antimosaico em seu
ensino. Achavam que o livro nã o estava em harmonia com a lei mosaica. No entanto, essa
tese nã o prevaleceu e demonstrou mais uma vez ser uma questã o de interpretaçã o e nã o
de inspiraçã o.

Provérbios: Achavam-no um livro contraditó rio (Pv 26:4-5). Achavam contraditó rio o
leitor ser exortado a responder e ao mesmo tempo nã o responder. Todavia, o sentido aqui
é que há ocasiõ es em que o tolo deve receber resposta de acordo com sua tolice, e em
outras ocasiõ es isso nã o deve ocorrer. Porém, nenhuma “contradiç~o” ficou demonstrada
em nenhuma outra passagem de Provérbios.

OBS: É importante frisar que a Bíblia em momento algum é contraditó ria, pois é a Palavra
de Deus (infalível). O que “parece” contradiçã o é erro de interpretaçã o humana.

3 - PSEUDEPÍGRAFOS: (significa: falsos escritos). Livros nã o-bíblicos rejeitados por


todos.

Grande nú mero de documentos religiosos espú rios que circulavam entre a antiga
comunidade judaica sã o conhecidos como “pseudepígrafos”. Nem tudo nesses escritos é

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falso. De fato, a maior parte desses documentos surgiu de dentro de um contexto de
fantasia ou tradiçã o religiosa, possivelmente com raízes em alguma verdade. Com
freqü ê ncia, a origem desses escritos estava na especulaçã o espiritual, a respeito de algo
que nã o ficou bem explicado nas Escrituras canô nicas.
As tradiçõ es especulativas a respeito do patriarca Enoque, por exemplo, sem
dú vida sã o a raiz do livro de Enoque. De maneira semelhante, a curiosidade a respeito da
morte e da glorificaçã o de Moisés, sem dú vida acha-se por trá s da obra Assunção de Moisés.
No entanto, essa especulaçã o nã o significa que nã o exista verdade nenhuma nesses
livros. Ao contrá rio, o Novo Testamento refere-se a verdades implantadas nesses dois
livros (vide Jd 14,15) e chega a aludir à penitê ncia de Janes e Jambres (2 Tm 3:8).
Entretanto, esses livros nã o sã o dotados de autoridade, como Escrituras inspiradas.
Paulo também citou alguns poetas nã o-cristã os, como Arato (At 17:28), Menâ nder
(1 Co 15:33) e Epimênides (Tt 1:12). Trata-se tã o somente de verdades verificá veis,
contidas em livros que em si mesmos, nenhuma autoridade divina têm. É importante que
nos lembremos que

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Paulo cita apenas aquela faceta da verdade, e nã o o livro pagã o como um todo, como
conceito a que Deus atribuiu autoridade e fez constar no Novo Testamento.

A verdade é sempre verdade, nã o importa onde se encontre, quer pronunciada por um poeta pagã o, quer p
(Nm 22:28) ou mesmo por um demô nio (At 16:17).

É possível que o fato mais perigoso a respeito desses falsos escritos


(pseudepígrafos) é que alguns elementos da verdade sã o apresentados com palavras de
autoridade divina, num contexto de fantasias religiosas que, em geral, contê m heresias
teoló gicas.
A infundada reivindicaçã o de autoridade divina, o cará ter altamente fantasioso dos
acontecimentos e os ensinos questioná veis (e até mesmo heré ticos) levaram os pais do
judaísmo a considera-los espú rios (pseudepígrafos).

São eles:

Lendários: O livro do Jubileu; Epístola de Aristéias; O livro de Adão e Eva; O martírio de Isaías

Apocalípticos: 1 Enoque; Testamento dos doze patriarcas; O oráculo sibilino; Assunção de


Moisés; 2 Enoque, ou O livro dos segredos de Enoque; 2 Baruque, ou O apocalipse siríaco de
Baruque (*); 3 Baruque, ou O apocalipse grego de Baruque.

Didáticos: 3 Macabeus; 4 Macabeus; Pirque Abote; A história de Aicar.

Poéticos: Salmos de Salomão; Salmo 151 (consta na Septuaginta).

Históricos: Fragmentos de uma obra de Sadoque

OBS:

a) 1 Baruque está relacionado entre os apó crifos.

b) Há outros livros, sendo que alguns foram descobertos entre os manuscritos do Mar
Morto, tais como: Gênesis apócrifo e Guerra dos filhos da luz contra os filhos das trevas, dentre
outros.

4 - APÓCRIFOS: (significa: escondidos ou duvidosos). Livros nã o-bíblicos aceitos por


alguns, mas rejeitados por outros. Pelos cató licos romanos sã o conhecidos como
Deuterocanô nicos.

Na realidade, os sentidos da palavra apocrypha refletem o problema que se


manifesta nas duas concepçõ es de sua canonicidade. No grego clá ssico, a palavra
apocrypha significava “oculto” ou “difícil de entender”. Posteriormente, tomou o sentido

MANEJO BÍBLICO -
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de esoté rico, ou algo que só os iniciados podem entender, nã o os de fora.
Pela é poca de Ireneu e Jerô nimo (sé c. III e IV), o termo apocrypha veio a ser
aplicado aos livros nã o-canô nicos do Antigo Testamento, mesmo aos que foram
classificados previamente como “pseudepígrafos”.
Desde a era da Reforma, essa palavra tem sido usada para denotar os escritos
judaicos nã o-canô nicos originá rios do período intertestamentá rio.
O Novo Testamento jamais cita um livro apó crifo indicando-o como inspirado. As
alusõ es a tais livros nã o lhes emprestam autoridade, assim como as alusõ es a poetas
pagã os nã o lhes conferem inspiraçã o divina. Aliá s, desde que o N.T. faz citaçõ es de quase
todos os livros canô nicos do A.T. e atesta o conteú do e os limites desse Testamento
(omitindo os apó crifos) parece estar claro que o N.T. indubitavelmente exclui os apó crifos
do câ non hebraico.

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Os apó crifos nã o foram aceitos pelos judeus palestinos, zelosos preservadores dos
ensinos bíblicos que nã o estiveram sujeitos à s influências helenizantes dos judeus de
Alexandria, muitos dos quais (mas nã o todos) acatavam tais livros como de origem divina,
como Palavra de Deus.
Aliá s, toda a problemá tica de aceitaçã o da canonicidade desses livros envolve
exatamente o grande centro da cultura grega no Oriente, a cidade de Alexandria. Os
judeus ali sofreram grande influê ncia da filosofia grega, e houve até um destacado
intelectual judeu, Filo, que se empenhou por fundir o judaísmo com os conceitos gregos,
que o empolgavam.
Jesus Cristo referiu-se à Bíblia Sagrada na Sua oraçã o sacerdotal a Seu Pai dizendo:
“Santifica-os na verdade; a Tua Palavra é a verdade” (Joã o 17:17). Como poderiam obras
cheias de conceitos que se chocam com os claros ensinos de apó stolos e profetas, além de
crendices supersticiosas, lendas, inexatidõ es histó ricas e até mentiras qualificar-se como
essa verdade de divina inspiraçã o?
O Concílio de Trento, 1546, reagiu a Lutero, canonizando os livros apó crifos, com o
voto de 53 prelados sem conhecimentos histó ricos destacados sobre documentos orientais,
encontrando oposiçã o de grandes homens como o cardeal Polo que afirmou que assim
agira o Concílio a fim de dar maior ênfase à s diferenças entre cató licos romanos e os
evangélicos. Outro destacado líder cató lico, Tanner afirmou que a Igreja Cató lica Romana
encontrou nesses livros o seu pró prio espírito (apud Introduçã o ao Antigo Testamento, Dr.
Donaldo D. Turner, IBB).
A açã o do Concílio nã o foi apenas polê mica, foi també m prejudicial, visto que nem
todos os 14 (15) livros apó crifos foram aceitos pelo Concílio.
A Oraçã o de Manassés e 1 e 2 Esdras [3 e 4 Esdras dos cató licos romanos; a versã o
de Douai denomina 1 e 2 Esdras, respectivamente, os livros canô nicos de Esdras (1 Ed) e
Neemias (2 Ed)] foram rejeitados.
A rejeiçã o de 2 Esdras é particularmente suspeita, porque contém um versículo
muito forte contra a oraçã o pelos mortos (2 Esdras 7.105). Aliá s, algum escriba medieval
havia cortado essa seçã o dos manuscritos latinos de 2 Esdras, sendo conhecida pelos
manuscritos á rabes, até ser reencontrada outra vez em latim por Robert L. Bentley, em
1874, numa biblioteca de Amiens, na França.
O câ non do Antigo Testamento até a é poca de Neemias compreendia 22 (ou 24)
livros em hebraico, que, nas bíblias dos cristã os, seriam 39, como já se verificara por volta
do sé culo IV a.C. As objeçõ es de menor monta a partir dessa é poca nã o mudaram o
conteú do do câ non.
Foram os livros chamados apó crifos, escritos depois dessa é poca, que obtiveram
grande circulaçã o entre os cristã os, por causa da influê ncia da traduçã o grega de
Alexandria (Septuaginta).
Com exceçã o de 2 Esdras, esses livros preenchem a lacuna existente entre Malaquias
e Mateus (o chamado “período intertestament|rio”) e compreendem especificamente dois
ou três séculos antes de Cristo.
No entanto, até a é poca da Reforma Protestante esses livros nã o eram considerados

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canô nicos. A canonizaçã o que receberam no Concílio de Trento nã o recebeu o apoio da
histó ria. A decisã o desse concílio foi polê mica e eivada de preconceito.

Isto quer dizer que estes livros nã o eram acessíveis a todos e:

a) Jamais foram incluídos no câ non pelas autoridades reconhecidas: As maiores e mais


reconhecidas nunca reconheceram os apó crifos: Esdras (o profeta, que “juntou, ordenou
e publicou” o V. T. na sua forma final e como o conhecemos); os fariseus; Josephus (o
historiador judeu, provavelmente o maior historiador de todos os tempos); os pais da
igreja primitiva; etc.
b) JAMAIS FORAM ACEITOS PELOS JUDEUS.
c) SÓ EM 08 DE ABRIL DE 1546, NO CONCÍLIO DE TRENTO, A IGREJA ROMANA OS
DECLAROU CANÔ NICOS, MAS SÓ EM REAÇÃ O À REFORMA.
d) JAMAIS FORAM CITADOS POR JESUS CRISTO OU POR NENHUM OUTRO
ESCRITOR DA BÍBLIA. (Judas cita dois pseudepígrafos, mas nã o parece ceder-lhes
declaradamente o conceito de inspirados).
e) NENHUM LIVRO APÓ CRIFO ALEGA SER INSPIRADO (NA REALIDADE, ALGUNS

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DELES CLAMAM NÃO SER INSPIRADOS! MACABEUS 15:38.
f) ALGUNS APÓ CRIFOS TÊ M INCONTORNÁ VEIS ERROS HISTÓ RICOS E
GEOGRÁ FICOS.
g) ALGUNS APÓ CRIFOS ENSINAM DOUTRINAS FALSAS E QUE CONTRADIZEM A
BÍBLIA COMO UM TODO (MACABEUS 12:43-46 ENSINA QUE PODEMOS E DEVEMOS
ORAR PELOS MORTOS, A BÍBLIA COMO UM TODO ENSINA QUE NÃ O ADIANTA).

RAZÕES DA REJEIÇÃO:

· O Velho Testamento já estava produzido;


· A maioria dos apó crifos foi produzida em grego;
· Rejeiçã o pelos judeus da cultura gentia;
· Prevaleceu para os judeus o câ non palestiniano;

A postura protestante: a Bíblia produziu a Igreja. Postura católica: a Igreja produziu a Bíblia,
e também a Tradição. Inclusive as nivela. Por isso, pode acrescentar e tirar.
Não é a Bíblia protestante que tem livros a menos. A Bíblia católica é que tem livros
a mais. Foi a Igreja Católica quem os acrescentou.

LOCALIZAÇÃO HISTÓRICA :

Os apó crifos foram produzidos entre o 3o e 1o século a. C., com o câ non já definido,
no período intertestamentá rio, com exceçã o de 2 Esdras (escrito em 100 d. C.).
A cultura gentia os assimilou (o câ non de Alexandria). O historiador Josefo, os
judeus e a Igreja cristã rejeitaram.
A LXX (Septuaginta) os incluiu como adendo (seguindo o câ non alexandrino). No
Concílio de Cá rtago, em 397 d. C. foram considerados pró prios para a leitura. O Concílio
Geral de Calcedô nia, 451 d. C., os negou.
Foram colocados no câ non em uma sessã o em 08 de Abril de 1546, no Concílio de
Trento, com 5 cardeais e 48 bispos, apenas, e nã o foi por unanimidade.
Em 1827, a Sociedade Bíblica Britâ nica e Estrangeira os excluiu da Bíblia (nã o
editando nem mesmo como adendo). Desde entã o esta é a postura protestante.

COMO OS APÓCRIFOS FORAM APROVADOS:

A Igreja Romana aprovou os apó crifos em 08 de Abril de 1546 como meio de


combater a Reforma protestante. Nessa época os protestantes combatiam violentamente as
doutrinas romanistas do purgató rio, oraçã o pelos mortos, salvaçã o pelas obras, etc. Os
romanistas viam nos apó crifos base para tais doutrinas, e apelaram para eles aprovando-
os como canô nicos.
Houve pró s e contras dentro dessa pró pria igreja, como també m depois. Nesse

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tempo os jesuítas exerciam muita influência no clero. Os debates sobre os apó crifos
motivaram ataques dos dominicanos contra os franciscanos. O biblicista cató lico John L.
Mackenzie em seu "Dicioná rio Bíblico" sob o verbete, Câ none, comenta que no Concílio de
Trento houve vá rias "controvérsias notadamente candentes" sobre a aprovaçã o dos
apó crifos. Mas o cardeal Pallavacini, em sua "Histó ria Eclesiá stica" declara mais
nitidamente que em pleno Concílio, 40 bispos dos 49 presentes travaram luta corporal,
agarrado à s barbas e batinas uns dos outros...
Foi nesse ambiente "ESPIRITUAL", que os apó crifos foram aprovados. A primeira
ediçã o da Bíblia (“vers~o”) cató lico-romana com os apó crifos deu-se em 1592, com
autorizaçã o do papa Clemente VIII. Os Reformadores protestantes publicaram a Bíblia
com os apó crifos, colocando-os entre o Antigo e Novo Testamentos, nã o como livros
inspirados, mas bons para a leitura e de valor literá rio histó rico. Isto continuou até 1629.

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VULGATA DE JERÔNIMO :

O arranjo da Vulgata (versã o latina oficial da Igreja cató lica romana, completa em
450 antes de Cristo, mas aceita plenamente em cerca de 650 antes de Cristo), em geral,
segue a LXX, só que 1 e 2 Esdras sã o iguais a Esdras e Neemias, e as partes apó crifas (3 e
4 Esdras), tanto como a Oraçã o de Manassé s, sã o colocados no fim do Novo Testamento.
Os Profetas Maiores sã o colocados antes dos Profetas Menores.
Quando Jerô nimo traduziu a Vulgata, incluiu os apó crifos oriundos da Septuaginta,
atravé s da antiga versã o latina de 170, porque lhe foi ordenado, mas indicou que os
mesmos nã o poderiam ser base de doutrinas.

Os livros sã o: 1 Esdras, 2 Esdras, Tobias, Judite, Adiçã o a Ester, Sabedoria de Salomã o,


Eclesiá stico, Baruque, Adiçõ es a Daniel (Câ ntico dos 3 Rapazes, Histó ria de Susana e Bel e
o Dragã o), Oraçã o de Manassés, 1 Macabeus, 2 Macabeus.

A Bíblia protestante segue a mesma ordem tó pica do arranjo da Vulgata, só que omite
todas as partes apó crifas...
Na ordem, a Bíblia protestante segue a Vulgata, no conteú do, segue a Hebraica.

A VERSÃO CATÓLICO-ROMANA :

Seguindo a Vulgata que traduziu da LXX (Septuaginta), com exceçã o de Oraçã o de


Manassé s, o câ non cató lico incorporou os apó crifos apó s a Reforma. Quando a Vulgata os
inseriu, distinguiu-os dos outros, que chamou de canô nicos. Aos apó crifos chamou de
deuterocanô nicos, isto é , livros do “segundo c}non” (eclesiá sticos).
Na versã o de ediçã o Cató lico-Romana há um total de 73 livros, sendo 7 apó crifos,
alé m de 4 acré scimos ou apê ndices a livros canô nicos, sendo assim um total de 11
escritos apó crifos:

São os seguintes os livros apócrifos que constam da versão Romana:

Tobias (apó s Esdras); Judite (apó s Tobias); Sabedoria de Salomã o (apó s Cantares);
Eclesiá stico (apó s Sabedoria de Salomã o); Baruque – incluindo a Epístola a Jeremias (apó s
Lamentaçõ es); 1 Macabeus (apó s Ester); 2 Macabeus (apó s 1 Macabeus).

São os seguintes os apêndices apócrifos:

Acréscimos a Ester (Et 10:4 – 16:24); acréscimos a Daniel: (Câ ntico dos três rapazes –
Dn 3:24-90; Histó ria de Suzana – Dn 13; Bel e o Dragã o – Dn 14).

Alguns erros ensinados pelos apócrifos: Livros canônicos:


1 - Narraçã o de anjo mentindo sobre sua origem. Tobias 5:1-9 Isaías 63:8; Oséias 4:2
2 - Diz que se deve negar o pã o aos ímpios. Eclesiá stico 12:4-6 Provérbios 25:21-22
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3 - Uma mulher jejuando toda a sua vida. Judite 8:5-6 Mateus 4:1-2
4 - Deus dá espada para Simeã o matar siquemitas, Judite 9:2 Gênesis 34:30; 49:5-7
5 - Dar esmola purifica do pecado. Tobias 12:9 e Eclesiástico 3:30 1 Pedro 1:18-19
6 - Queimar fígado de peixe expulsa demô nios. Tobias 6:6-8 Atos
16:18 7 - Nabucodonossor foi rei da Assíria, em Nínive. Judite 1:1 Daniel 1:1
8 - Honrar o pai traz o perdã o dos pecados. Eclesiá stico 3:3 1 Pedro 1:18-19
9 - Ensino de magia e superstição. Tobias 2:9 e 10; 6:5-8; 11:7-16 Tiago 5:14-16
10 - Antíoco morre de três maneiras. 1 Macabeus 6:16; 2 Macabeus 1:16; Isaías 63:8; Mateus 5:37

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9:28
11 - Recomenda a oferta pelos mortos. 2 Macabeus 12:42-45 Eclesiastes 9:5-6
12 - Ensino do purgató rio ou imortalidade da alma. Sabedoria 3:14 1 João 1:7; Hebreus 9:27
13 - O suicídio é justificado e louvado. 2 Macabeus 14:41-46 Ê xodo 20:13

O ESTUDO DAS ESCRITURAS E A SEPTUAGINTA:

A conquista da Palestina por Alexandre, o Grande, ocasionou uma nova dispersã o


dos judeus por todo o impé rio greco-macedô nico. Pelo ano 300 antes de Cristo, a colô nia
de judeus na cidade de Alexandria, Egito, era numerosa, forte e fluente. Morrendo
Alexandre, seu domínio dividiu-se em quatro ramos, ficando o Egito sob a dinastia dos
Ptolomeus.
Com o advento da sinagoga, o estudo e a interpretaçã o das Escrituras começou a
ganhar importâ ncia sobremodo independente, ocupando o centro da vida religiosa
judaica.
Foi nessa é poca de propagaçã o popular das Escrituras que o Rei Ptolomeu II,
Filadelfo, rei do Egito (Tempo dos Filadelfos: 284-247 a. C.), grande amante das letras,
preocupou-se em enriquecer a famosa biblioteca que seu pai havia fundado. Com este
objetivo, muitos livros foram traduzidos para o grego.
Naturalmente, as Escrituras Sagradas do povo hebreu foram levadas em conta,
apreciando-se també m a grande importâ ncia que teria a traduçã o da Bíblia de seus
antepassados da Palestina para os judeus cuja língua verná cula era o grego.
Portanto, mandou em 277 a. C., traduzir a Torah para o grego, em Alexandria, a
partir da proposta de Demé trio Falerus, Diretor da Biblioteca de Alexandria.
A ordem de traduçã o foi enviada a Eleazar, o Sumo Sacerdote. Segundo um relato
de Josefo, Sumo Sacerdote de Jerusalé m, Eleazar enviou uma embaixada de 72 tradutores
a Alexandria, com um valioso manuscrito do Velho Testamento, do qual traduziram o
Pentateuco.
No começo só o Pentateuco foi traduzido. A traduçã o continuou depois, nã o se
completando senã o no ano 150 antes de Cristo. Esta traduçã o, que se conhece com o
nome de Septuaginta ou Versã o dos Setenta (por terem sido 70, em nú mero redondo,
seus tradutores), foi aceita pelo Siné drio judaico de Alexandria; mas, nã o havendo tanto
zelo ali como na Palestina e devido à s tendê ncias helenistas contemporâ neas, os
tradutores alexandrinos fizeram adiçõ es e alteraçõ es e, finalmente, sete dos Livros
Apó crifos foram acrescentados ao texto grego como Apê ndice do Velho Testamento.
Os estudiosos acham que foram unidos à Bíblia, por serem guardados juntamente
com os rolos de livros canô nicos, e quando foram iniciados os Có dices, isto é, a
escrituraçã o da Bíblia inteira em um só volume, alguns escribas copiaram certos rolos
apó crifos juntamente com os rolos canô nicos.
Todos estes livros, com exceçã o de Judite, Eclesiá stico, Baruque e 1 Macabeus,
estavam escritos em grego (sendo Baruque em hebraico e Tobias em aramaico), e a maioria
deles foi escrita muitíssimos anos depois de o profeta Malaquias, o ú ltimo dos profetas da
Dispensaçã o antiga, escrever o livro que leva o seu nome.
O que se pode concluir daí é que, quando a Septuaginta era copiada, alguns livros

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nã o canô nicos para os judeus eram també m copiados. Isso també m poderia ter ocorrido
por ignorâ ncia quanto aos livros verdadeiramente canô nicos.
Pessoas nã o afeiçoadas ao judaísmo ou mesmo desinteressadas em distinguir livros
canô nicos dos nã o canô nicos tinham por igual valor todos os livros, fossem eles
originalmente recebidos como sagrados pelos judeus ou nã o. Mesmo aqueles que nã o
tinham os demais livros judaicos como canô nicos certamente também copiavam estes
livros, nã o por considerá -los sagrados, mas apenas para serem lidos. Por que nã o copiar
livros tã o antigos e interessantes?
Estes livros, entretanto, têm a importâ ncia de refletir o estado do povo judeu e o
cará ter de sua vida intelectual e religiosa durante as vá rias épocas que representam,
particularmente, a do período chamado intertestamentá rio (entre Malaquias e Joã o Batista,
de 400 anos); é, talvez, por estas razõ es que os tradutores os juntaram ao texto grego da
Bíblia, mas os judeus da Palestina nunca os aceitaram no câ non de seus livros sagrados.

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Essa traduçã o nos explica porque foram acrescentados os livros apó crifos à
Septuaginta - para tê -los na Biblioteca de Alexandria como literatura da naçã o israelita.
Parece que o pró logo de Eclesiá stico refere-se à Septuaginta. As có pias, completas
ou quase completas, mais antigas que temos desta versã o sã o do sé culo IV, e foram
confeccionadas por cristã os. Elas tê m todos os livros da Bíblia hebraica e alguns dos
livros apó crifos.
Isto levou alguns a teorizarem a existê ncia de dois “c}nones” do Velho Testamento,
um palestiniano e outro alexandrino. Tal teoria, poré m, cai por terra quando se observa o
conteú do dos grandes manuscritos da Septuaginta do quarto e quinto sé culos.
Eles têm os seguintes livros apó crifos e pseudo-epígrafos:

Nome do Manuscrito Sigla de Apócrifos Pseudo-epígrafos presentes


identificação omitidos
Vaticano B 1 e 2 Mc 1 Ed
Sinaitico alefh Bar 4 Mc
Alexandrino A nenhum 1 Ed, 3 e 4 Mc

A tabela mostra que os grandes manuscritos cristã os da Septuaginta, embora


tivessem todos os livros da Bíblia Hebraica, nã o tinham os apó crifos com constâ ncia e até
tinham alguns livros que ningué m, nem mesmo a igreja romana, tenta incluir na Bíblia.
Isto é suficiente para mostrar que nã o havia consenso sobre que livros adicionar
na Septuaginta. A omissã o de vá rios dos apó crifos e a inclusã o de livros que ningué m
nunca aceitou como inspirados, ajuda a ver que nã o havia uma “lista oficial” de livros em
Alexandria que era diferente da “lista oficial” da Judé ia.
Antes de mais nada, é bom lembrar de novo que as có pias encadernadas da
Septuaginta que temos hoje sã o oriundas dos cristã os e nã o dos judeus. O fato das có pias
da Septuaginta incluir e omitir apó crifos e pseudo-epígrafos mostra que a colocaçã o destes
livros numa só encadernaçã o com os inspirados nã o era indicaçã o de sua aceitaçã o no
“c}non” bíblico. Alé m disto, a igreja lia estas obras, mas considerava-as secundá rias. Nã o
há nada que pudesse ser chamado de "câ non alexandrino".

Filon e Josefo, que utilizavam quase exclusivamente esta versã o grega, sempre defenderam o câ non da Bíbl
Flá vio Josefo (aprox. 90 d.C.) disse:
"Nã o temos dezenas de milhares de livros em desarmonia e conflitos, mas só vinte e dois contendo o regist

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outros livros de que acabo de falar e pelos tais temos tal respeito que ningué m jamais foi
tã o atrevido para tentar tirar ou acrescentar ou mesmo modificar-lhe a mínima coisa. Nó s
os consideramos como divinos, chamamo-los assim ..." (Contra Ápio 1.8).
Josefo fala apenas de 22 livros porque os judeus dividiam seus livros de modo
diferente do nosso. Suas Bíblias tinham 22 ou 24 livros, mas estes sã o exatamente iguais
aos 39 livros da Bíblia atual.
Josefo reconhece as 3 divisõ es do câ non e os mesmos livros da Bíblia Hebraica
(22). Na opiniã o dele, nenhum livro canô nico foi escrito depois do reinado de Artaxerxes
(462- 424 a.C.) e ainda afirma que, durante estes séculos, desde Artaxerxes, nada foi alterado
nos livros sagrados. Embora Josefo conhecesse os livros do período interbíblico, nã o os
considerava canô nicos. Embora fosse um leitor da Septuaginta, nã o cria que os chamados
apó crifos fizessem parte da Bíblia.

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Porém, vejam esta citaçã o:

A LXX nunca existiu!


Foi Orígenes que fabricou a dita obra (quinta coluna da sua Hexapla - a partir da
falsificação conhecida por "Carta de Aristeas") para corromper a igreja com os livros
apó crifos dos alegoristas e mais tarde dos IDÓ LATRAS do catolicismo, adotando-a
na traduçã o que veio a ser chamada "A Vulgata" de Jerô nimo.
Jesus NUNCA fez qualquer referência a tal FANTASMA de versã o, nem iria
desonrar as Escrituras do Velho Testamento, cotando a suposta traduçã o com os
livros apó crifos pó s-Malaquias. O Espírito Santo jamais inspiraria uma versã o
"milagrosa", como é chamada pelos eruditos nã o se sabe de quê, levada a cabo por 72
tradutores de 12 tribos que tinham desaparecido do mundo físico. Enfim, uma lenda
para crianças da instruçã o primá ria! (Ler o livro "The Mythological Septuagint", do Dr.
Peter S. Ruckman).
Fim da citaçã o.

Pode a existência da Septuaginta ser uma fabricaçã o usada contra a Palavra de Deus
e ser outro exemplo da agressã o satâ nica de longa data contra as Escrituras? Este é um
assunto importante que merece estudo. Em um documento lido em uma reuniã o da
prestigiosa Deacan Society de Burgon, 10-11 de julho de 1996, Dr. Kirk D. DiVietro focaliza
afiadamente o assunto:
“Você pode perguntar, Por que, afinal, você está trilhando por esta estrada? O que
ela significa para mim? Ela significa muito para você. A pró pria autoridade de sua Bíblia
está em jogo. A Septuaginta nã o é uma traduçã o literal. Utiliza freqü entemente a teoria de
"equivalência dinâ mica" de traduçã o. À s vezes passa malabarismos fantá sticos, nã o-
literais, inexatos do hebraico. Se nó s aceitamos a alegaçã o de que a LXX foi aceita por Jesus
e os escritores das Sagradas Escrituras como a Palavra autorizada de Deus, entã o nó s
temos que dissolver esta sociedade, e nos unir ao clube de semana da Bíblia moderna... Se
Jesus e os escritores de Escritura aceitaram esta como Escritura autorizada, entã o a
inspiraçã o plena, verbal da Escritura é irrelevante. Se Jesus e os escritores de Escritura
aceitassem esta como Escritura autorizada, entã o a doutrina de preservaçã o é um
vexame.”
Veja essa outra citaçã o:
“A traduç~o foi realizada indubitavelmente durante o 3º e 2º sé culos a. C., e é
pretendido ter sido acabada já no tempo de Ptolemy II Philadelphus, de acordo com a
denominada Carta de Aristeas para Philocrates (c. 130 - 100 a. C.). De acordo com a Carta
de Aristeas, o bibliotecá rio da Alexandria persuadiu Ptolemy II Philadelphus para
traduzir a Torá para o grego para uso pelos judeus da Alexandria. A carta menciona

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que foram

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selecionados seis tradutores de cada uma das 12 tribos e que eles completaram a
traduçã o em apenas 72 dias. Enquanto os detalhes desta histó ria sã o indubitavelmente
fictícios, o nú cleo de fato contido nisto parece ser que o Pentateuco foi traduzido para o
grego em algum dia durante a primeira metade do 3º sé culo a. C. Durante os pró ximos
dois sé culos o remanescente do VT foi traduzido, como també m algum livro apó crifo e
nã o-canô nico.” [Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, and John Rhea. editors. Wycliff Bible
Encyclopedia, vol. 2 (Chicago: Moody Press, 1975), "Versions, Ancient And Medieval," by
William E. Nix.]
Unger escreve: "Os mais velhos e mais importantes manuscritos da Septuaginta sã o
os seguintes: (a) Có dice Vaticanus (b) Có dice Alexandrinus... (c) Có dice Sinaiticus ". Duas
coisas golpearã o o leitor perspicaz imediatamente. Estes sã o manuscritos que nã o sã o mais
antigos do que o quarto sé culo d. C. Alé m disso, eles sã o os manuscritos corruptos nos
quais o Texto notó rio de Westcott-Hort é baseado. Se estes sã o "os mais velhos e mais
importante dos manuscritos" da Septuaginta, nó s temos que concluir que os mesmos nã o
sã o muito velhos e eles nã o sã o muito bons. [Merrill F. Unger, Unger's Bible Dictionary
(Chicago: Moody Press 1957),p.1149f.]

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Jones traz o quadro em aguçado enfoque ao escrever: “Constantemente nos é falado
que Vaticanus... e Sinaiticus sã o os mais velhos manuscritos gregos existentes,
conseqü entemente os mais fidedignos e os melhores; que eles sã o de fato a Bíblia. Ainda o
Texto Grego Novo que substituiu o Textus Receptus representa nas mentes da vasta
maioria dos estudiosos o empreendimento privado de apenas dois homens, dois muito
religiosos, embora homens nã o convertidos, Westcott e Hort. Estes homens fundaram a
“Bíblia” deles baseada quase que exclusivamente na quinta coluna do Velho Testamento
de Orígenes e no Novo Testamento editado pelo mesmo. As leituras do Novo Testamento
deles é derivado quase que exclusivamente sobre apenas cinco manuscritos,
principalmente sobre apenas um só - Vaticanus B. Além disso, deve ser visto que o
testemunho destes dois manuscritos corrompidos é (sic) quase que o ú nico responsá vel
para todos os erros introduzidos nas Sagradas Escrituras, em ambos os testamentos, isto
através dos críticos modernos!”

LIVROS APÓCRIFOS DA SEPTUAGINTA: 3 Esdras, 4 Esdras, Oraçã o de Azarias


(Câ ntico dos Trê s Rapazes), Tobias, Adiçõ es a Ester, A Sabedoria de Salomã o, Eclesiá stico
(També m chamado de Sabedoria de Jesus, filho de Siraque), Baruque, A Carta de
Jeremias, Os acré scimos de Daniel, A Oraçã o de Manassé s, 1 Macabeus, 2 Macabeus,
Judite.

A REIVINDICAÇÃO DE QUE JESUS USOU A SEPTUAGINTA:

D. A. Waite desafia a contençã o que Jesus citou da Septuaginta. Em Mateus 5:18


Jesus falou sobre a Lei e disse: "Porque em verdade vos digo que, até que o cé u e a terra
passem, de modo nenhum passará da lei um só i ou um só til, até que tudo seja cumprido."
Nosso Senhor falou do "i" e do "til", as menores partes das letras hebraicas. Quã o
pequeno? Bem, o "i" se refere { letra hebraica “yodh” que é do tamanho de uma
apóstrofe. Esta é um terço da altura das outras letras hebraicas. O "til" se refere aos
chifres, ou extensões minúsculas, de algumas letras hebraicas, como o “daleth”, algo
parecido com o golpe vertical do lábio em nosso “m” ou “n". Isto excluiria uma Bíblia
grega. Alé m disso, o Novo Testamento se refere a uma divisã o tripartite do Velho
Testamento - lei, profetas e salmos (Lucas 24:27, 44). Os manuscritos do Velho
Testamento grego sã o, poré m, entremeados com escritos apó crifos, nunca reconhecidos
como "escritura" pelos rabinos, ou por Cristo ou pelos apó stolos.
Waite també m nos refere para Mateus 23:35 como sendo apropriada a esta
discuss~o: “para que sobre vó s caia todo o sangue justo, que foi derramado sobre a terra,
desde o sangue de Abel, o justo, até o sangue de Zacarias, filho de Baraquias, que mataste
entre o santuá rio e o altar".
Ele escreve:
Por esta referência, o Senhor pretendeu responsabilizar os Escribas e os Fariseus por
todo o sangue de pessoas inocentes derramado do VT inteiro. Abel se acha em Gênesis,
mas Zacarias se acha em II Crô nicas 24:20-22. Se você olha sua Bíblia hebraica, você

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achará II Crônicas no último livro (i.é, o ú ltimo livro na terceira seçã o, os escritos). Se, por

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outro lado, você olha em sua ediçã o da Septuaginta, tal como publicada pela Sociedade
Bíblica Americana, 1949, Terceira Ediçã o, editada por Alfred Rahlfs, você vê que ela
termina com Daniel seguida por "Bel e o Dragã o" !! Isto é prova clara que Nosso Salvador
usava o Velho testamento hebraico e não o grego. (Ver Lucas 11:51).
Esta é uma observaçã o significante. A frase, "Abel até Zacarias," é apenas outro
modo de declarar, "do início ao fim". Jesus nã o disse, "de Abel até Bel e o Dragã o".

MAS O NOVO TESTAMENTO NÃO CITA DA LXX?

Uma citaçã o no NT de uma passagem do VT, que nã o é automaticamente uma


citaçã o literal do Texto Massorético, nã o implica necessariamente que o escritor dO Novo
Testamento estava usando uma versã o diferente do Texto Massorético. Em Ef 4:8, por
exemplo, o apó stolo Paulo cita

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Salmo 68:18 (67:18 na LXX), mas a citaçã o nã o concorda nem com o Texto Massorético nem
com a LXX.
Quando citaçõ es no NT variam do Texto Massorético hebraico do VT nã o implica
necessariamente o uso da LXX. Os escritores do NT, escrevendo debaixo da inspiraçã o do
Espírito Santo, sentiram-se livres para levar a passagem do VT a dar um significado mais
completo a eles revelado pelo Espírito Santo.
DiVietro afirma:
Seria errado presumir que Jesus usou a Septuaginta. Qualquer liberdade que Ele praticou com o te

FORMAÇÃO DO CÂNON DO NOVO TESTAMENTO:

A histó ria do câ non do N.T. difere da do A.T. em vá rios aspectos.


Primeiro: o cristianismo foi desde o começo uma religiã o internacional e nã o restrita
a um só povo (como no caso do A.T.), nã o havia comunidade profé tica fechada que
recebesse os livros inspirados e os coligisse (colecionasse) em determinado lugar. Por isso,
o processo mediante o qual todos os escritos apostó licos se tornassem universalmente
aceitos levou muitos sé culos. Felizmente, há mais manuscritos do Novo Testamento do
que do Antigo Testamento.
Segundo: uma vez que as discussõ es resultaram no reconhecimento dos 27 livros
canô nicos do N. T. , nã o mais houve movimentos dentro do cristianismo, no sentido de
acrescentar ou eliminar livros.
O câ non do N. T. encontrou acordo geral no seio da igreja universal. Nã o há N. T.
com apó crifos.

O CÂNON DO N.T. DEU-SE DE FORMA PROGRESSIVA:

Desde o início havia escritos falsos, nã o-apostó licos, em circulaçã o (Lc 1:1-4; 2 Ts
2:20; 2 Ts 3:17).
No início da igreja primitiva (sé culo I), havia um processo seletivo em operaçã o.
Toda e qualquer palavra a respeito de Cristo, oral ou escrita, era submetida ao ensino dos
apó stolos (1 Jo 1:3; 2 Pe 1:16).
Era o “c}non vivo” das testemunhas oculares, mediante o qual os escritos vieram a
ser reconhecidos.
Os primeiros cristã os (igrejas) iam recebendo, lendo e colecionando as cartas
apostó licas, cheias de autoridade divina, lançando assim o alicerce de uma coleçã o
crescente de documentos inspirados (Cl 4:16; 1 Ts 5:27). As igrejas, assim, estavam
envolvidas em um processo iniciante de canonizaçã o.
Os cristã os eram admoestados a ler continuamente as Escrituras (1 Tm 4:11,13). A

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ú nica maneira pela qual se poderia realizar isso no seio de um nú mero crescente de igrejas
era fazer có pias, de tal sorte que cada igreja ou grupo de igrejas tivesse sua pró pria
compilaçã o de escritos autorizados.
Essa aceitaçã o original de um livro, o qual era autorizadamente lido nas igrejas,
teria importâ ncia crucial para o reconhecimento posterior de um livro canô nico.
Assim, o processo de canonizaçã o desde o início da igreja estava em andamento. As
primeiras igrejas foram exortadas a selecionar apenas os escritos apostó licos fidedignos.
Desde que determinado livro fosse examinado e dado por autê ntico, fosse pela
assinatura, fosse pelo emissá rio apostó lico, era lido na igreja e depois circulava entre os
crentes de outras igrejas.

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As coletâ neas desses escritos apostó licos começaram a tomar forma nos tempos dos
apó stolos.
Pelo final do século I, todos os 27 livros do N. T. haviam sido recebidos e
reconhecidos pelas igrejas cristã s. O câ non estava completo, e todos os livros haviam sido
reconhecidos pelos crentes de outros lugares.
Por causa da multiplicidade dos falsos escritos e da falta de acesso imediato à s
condiçõ es relacionadas ao recebimento inicial de um livro, o debate a respeito do câ non
prosseguiu durante vá rios sé culos, até que a igreja universal finalmente reconheceu a
canonicidade dos 27 livros do N. T.
Logo apó s a primeira geraçã o, passada a era apostó lica, todos os livros do N. T.
haviam sido citados por algum pai da igreja, como dotados de autoridade. Por sinal,
dentro de 200 anos depois do sé culo I, quase todos os versículos do N. T. haviam sido
citados em um ou mais das mais de 36 mil citaçõ es dos pais da igreja.
Uma traduçã o do N. T. (Antiga siríaca) circulou na Síria pelo fim do século IV,
representando um texto que datava do século II e incluía os livros do N. T., exceto 2 Pedro,
2 e 3 Joã o, Judas e Apocalipse.
Ataná sio, o Pai da Ortodoxia, relaciona com clareza todos os 27 livros do N. T.
como canô nicos (Cartas, 3,267,5).
Resumindo: o processo de coligir os escritos apostó licos confiá veis iniciou-se nos
tempos do N. T. No sé culo II houve exame desses escritos mediante a citaçã o da
autoridade divina de cada um dos 27 livros do N. T. No sé culo III, as dú vidas e as objeçõ es
a respeito de determinados livros prosseguiram, culminando nas decisõ es dos pais da
igreja e dos concílios influentes do sé culo IV.

FATORES QUE INFLUENCIARAM A IGREJA NO CÂNON DO N. T.:

Alguns fatores influenciaram para que a igreja primitiva definisse de vez a lista dos
livros canô nicos do N. T.
Má rcion ou Marciã o foi um herege gnó stico (150) que, entre outras coisas, fez uma
lista de livros a serem aceitos. Rejeitou todo o Velho Testamento por considerá -lo obra de
um “deus inferior”. Sua lista de livros bíblicos inclui: uma versã o resumida de Lucas
(retirando os primeiros capítulos por serem muito judaicos) e mais dez epístolas de Paulo
(as chamadas “Pastorais” nã o foram aceitas por serem-lhe contrá rias, assim como todas as
outras). Chamou “Efé sios” de “Laodicenses”.
Sua rejeiçã o dos livros bíblicos forçou as igrejas a tomarem uma posiçã o explícita
sobre estes livros. De fato, a rejeiçã o dos livros prova que já havia um consenso, mas a
igreja tornou-se mais consciente deste consenso na luta contra a heresia.
Na segunda metade do segundo sé culo o Novo Testamento já é considerado par do
Antigo. Começam os comentá rios, trabalhos literá rios e traduçõ es do Novo Testamento.
As traduçõ es para o latim antigo e para o siríaco neste período já incluem todo o Novo
Testamento, exceto 2 Pedro na versã o siríaca.
A heresia de Marciã o e de Montano, bem como os movimentos gnó sticos
contribuíram para a aceleraçã o do processo de reconhecimento dos livros inspirados, uma
vez que Marciã o negava muitos livros; Montano alegava ter novas revelaçõ es; e os

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gnó sticos buscaram produzir sua literatura “superior”.
Outros fatores que influenciaram foram as perseguiçõ es do imperador romano
Diocleciano (302-305). De acordo com o historiador cristã o Eusé bio, houve um edito
imperial da parte de Diocleciano (303), ordenando que “as Escrituras fossem destruídas
pelo fogo”.
A perseguiçã o motivou um exame sé rio da questã o dos livros canô nicos, quais
eram realmente canô nicos e deveriam ser preservados?
É sabido que já traiçoeiramente se insinuavam uma ou outra corrupçã o da Palavra
de Deus, mesmo durante a vida dos apó stolos, no século I.

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Livros falsificados quer totalmente (como a de Hermas, de Barnabé , etc.), quer
parcialmente, já tentavam se insinuar nas igrejas, mesmo durante a vida dos apó stolos!
Que ousadia!

“Porque nó s não somos, como muitos, falsificadores da palavra de Deus, antes falamos
de Cristo com sinceridade, como de Deus na presença de Deus.” (2 Coríntios
2:17).
“Que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por
espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo
estivesse já perto.” (2 Tessalonicenses. 2:2).
Mas ningué m pode deixar de ver e se esquivar de reconhecer que todas estas
corrupçõ es do sé culo I e todas as poucas corrupçõ es subseqü entes foram totalmente
rejeitadas pela massa das igrejas! Particularmente, os textoS dos pouquíssimos
manuscritos alexandrinos (sé culos IV em diante) em que todo o TC se edifica foram
totalmente rejeitados pelo total da enorme massa das igrejas e jamais foram copiados e
usados para qualquer coisa. (Usamos o plural "textoS" porque cada um destes manuscritos
alexandrinos difere terrivelmente dos outros, em muitos milhares de pontos! Diferem mais
entre si do que diferem do TR !!!...).
Podemos resumir dizendo que a grande maioria dos livros do N. T. jamais sofreu
polê micas quanto à sua inspiraçã o, desde o início. Certos livros nã o-canô nicos, que
gozavam de grande prestígio, que eram muito usados e que tinham sido incluídos em
listas provisó rias de livros inspirados, foram tidos como valiosos para emprego devocional
e homilé tico, mas nunca obtiveram reconhecimento canô nico por parte da igreja.
Só os 27 livros do N. T. sã o tidos e aceitos como genuinamente apostó licos e
encontraram lugar no câ non do Novo Testamento.

Assim, podemos dizer que, logo no mais tenro início, no primeiro e segundo século do Cristianismo, oc
tanto de quais os 27 LIVROS que compunham o NT;
como também de quais as PALAVRAS exatas que compunham cada um destes 27 livros. Também pode
impunha, ainda que o Romanismo ainda tivesse muito em que degenerar"):
tanto de quais os 27 LIVROS que compunham o NT;
como também de quais as PALAVRAS exatas que compunham cada um destes 27 livros.

CRITÉRIOS PARA SE RECONHECER A CANONICIDADE DE UM LIVRO:

Quatro princípios gerais ajudaram a determinar que livros deveriam ser aceitos como canô nicos:
a) Apostolicidade: foi escrito por um apó stolo, ou, senã o, tinha o autor do livro um

FATEB – Faculdade de Teologia e Extensão da


Bahia
www.faculdadefateb.com
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relacionamento tal com um apó stolo, de modo a elevar seu livro ao nível dos livros
apostó licos? (At 4:13 mostra a credibilidade dos apó stolos).
b) Conteúdo: era o conteú do de um dado livro de tal natureza espiritual que lhe
desse o direito a esta categoria? Esse teste eliminou muitos livros apó crifos ou
pseudo- apó crifos.
c) Universalidade: era o livro recebido universalmente pela igreja?
d) Inspiração: mostrava o livro evidê ncia de ter sido divinamente inspirado? Era o
teste final. Tudo tinha que cair diante dele.

Da mesma forma que a apostolicidade é provada, també m é provada a


canonicidade dos livros do Novo Testamento, tal como se prova a autoria dos renomados
escritores mundiais cujas obras trazem seus nomes.

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A consciê ncia cristã , dominada pelo Espírito, discerniu entre o puro e o impuro.
Cumpre ressaltar que tal realizaçã o nã o se deve nem à pró pria Igreja, mas que ela
aconteceu obedecendo aos mesmos processos da canonizaçã o do Velho Testamento. Isto é,
cada livro foi se impondo e falando por si mesmo com suas provas internas e externas até
que, em determinado tempo, foi reconhecido pelas autoridades eclesiá sticas e pelos Pais
da Igreja como possuindo autoridade apostó lica, nã o havendo a intervençã o de Concílios.
Os livros apareceram primeiramente separados, em épocas e localidades diferentes.
Foram guardados com carinho pelas Igrejas e aceitos como apostó licos. Eram lidos nas
assembléias cristã s, em reuniõ es devocionais, inspirativas e doutriná rias.
Ao encerramento do N. T. (isto é, ao terminar de ser escrito o livro de Apocalipse,
em cerca do ano 96 depois de Cristo) foi reconhecido por TODOS os crentes fiéis que o
câ non do N. T. (isto é a coleçã o de 27 livros que o constituem) estava encerrado para
sempre, e incluía o livro de que falamos; [claro, sempre houve, há e haverá um pequeno
grupo de descrentes em algum livro, sempre há e haverá os infiéis, os agentes que o Diabo
sempre introduz para levantar dú vidas a princípio leves e sutis, depois mais pesadas];
Algo depois do acima referido encerramento do N. T., tudo isto acima dito (e que
sempre foi o consenso entre os crentes fié is) foi meramente RECONHECIDO, reconhecido
e declarado OFICIALMENTE e por TODOS, mesmo sob a coordenaçã o / comando do
distorcedor Romanismo incipiente, no III Concílio de Cá rtago, em 397 d. C.

Desde os primeiros séculos foi reconhecido e desde a Reforma foi re-confirmado o cânon dos CONT
Portanto, o assunto está encerrado, fechado !!! (2 Pe 1:3; Jd 3)

O NOVO TESTAMENTO é canônico, uma vez que todos os seus livros, e somente eles,
foram desde o início universalmente reconhecidos como inspirados, PORQUE:

· FORAM ESCRITOS PELOS APÓ STOLOS (OU SUAS SEGUNDAS PESSOAS) Cl


1:1-2.
· FORAM UNIVERSAL E ESPONTANEAMENTE ACEITOS 1 Ts 2:13.
· FORAM ACEITOS PELOS “PAIS DA IGREJA” (FILHOS OU NETOS ESPIRITUAIS
DOS APÓ STOLOS, POR QUEM FORAM ENSINADOS, DIRETAMENTE.
EXEMPLO: POLICARPO, FILHO NA FÉ DE JOÃ O).
· TÊ M CONTEÚ DO EVIDENTEMENTE INSPIRADO, EDIFICANTE, ESPIRITUAL,
HARMÔ NICO COM TODA A BÍBLIA.

É notá vel o fato de nã o termos tido interferência da autoridade da igreja na


constituiçã o de um câ none; nenhum concílio discutiu esse assunto; nenhuma decisã o
formal foi tomada. O Câ none parece ter se formado sozinho... Lembremo-nos que esta nã o-
interferência de autoridade constitui um tó pico valioso de evidência quanto à genuinidade
dos quatro evangelhos; pois assim parece que nã o foi devido a qualquer autoridade
adventícia, mas sim a seu pró prio peso, que desbancaram todos os seus rivais. (George
Salmon – Uma Introduçã o Histó rica ao Estudo dos Livros do Novo Testamento,

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1888, pá g. 121).

É bom que fique claro, que certos livros do Novo Testamento foram considerados canô nicos independen
Muitos dos debates que ainda perduram até hoje sobre livros do Novo Testamento,
nã o se ligam à sua canonicidade, mas à sua autoria.

OBS:
a) Em 200 d.C. só um pequeno punhado de cristã os [pelo menos na aparência] ainda tinha
algumas pequenas dú vidas sobre os livros: Hb (“quem escreveu”), 2 e 3 Jo (“n~o seriam

só cartas para uso

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pessoal dos endereçados?”), 2 Pe (“ser| um pseudo-epígrafo [autor usando nome de outrem, respeitado]?”
b) Em 397 d. C. o N.T., tal qual o temos hoje, foi oficialmente reconhecido no Concílio de
Cá rtago, para o Ocidente. Em 500 d. C., o foi no Oriente.

Finalmente, també m podemos dizer que, apó s a invençã o da Imprensa, e no início do


sé culo XVI, com o maravilhoso movimento de Deus trazendo a inigualada Reforma,
ocorreu a RE-confirmaçã o do Câ non dos conteú dos (as exatas PALAVRAS) dos 39 livros
do V. T. e 27 do N. T. (por UNANIMIDADE de TODAS as igrejas "protestantes" de
TODAS as naçõ es raças e povos !!!).

mente fechado o Cânon das exatas PALAVRAS das Escrituras, em Hebraico-Aramaico e em Grego, tanto quan
(2Pe 1:3; Jd 3)

É tã o impensá vel e intolerá vel levantarmos dú vidas (seja atravé s de colchetes ou


de notas de rodapé , seja direta e expressamente) sobre uma sequer das palavras do Texto
Massorético de Ben Chayyim, mais o Textus Receptus (mais particularmente, aquele usado
pela Bíblia KJV-1611), omitirmos ou modificarmos tal palavra, quanto fazermos a mesma
coisa em relaçã o a um dos livros da Bíblia!

A Bíblia foi escrita e seus livros reunidos num conjunto que foi transmitido, atravé s
dos sé culos até os nossos dias. Atravé s de có pias feitas à mã o, os textos bíblicos do Velho
e do Novo Testamentos foram transmitidos e preservados até invençã o da imprensa.
Em 1516, um humanista conhecido como Desidério Erasmo ou Erasmo de
Rotherdan, publicou o primeiro Novo Testamento em grego, encerrando o período de
transmissã o manuscrita do N. T. e iniciando uma verdadeira "febre" de publicaçã o de
textos gregos do Novo Testamento. Foi com base nestes textos gregos que, mais tarde, as
traduçõ es bíblicas foram reiniciadas e a palavra de Deus divulgada cada vez mais.
(Tecnicamente, o primeiro Novo Testamento Grego foi impresso pelo cardeal Ximenes de
Cisneros mas, como a obra aguardava o término da impressã o do texto do Velho
Testamento para ser distribuída, a obra de Erasmo é considerada a primeira).

CLASSIFICAÇÃO DOS LIVROS DO N. T. :

1 - HOMOLOGOUMENA: (significa: falar como um). Sã o os livros bíblicos que foram

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aceitos por todos.

Em geral, 20 dos 27 livros do N. T. foram aceitos por todos. Exceto: Hebreus, Tiago,
2 Pedro, 2 e 3 Joã o, Judas e Apocalipse. Outros trê s livros, Filemom, 1 Pedro e 1 Joã o,
foram omitidos, nã o questionados.

2 - ANTILEGOMENA: (significa: falar contra). Sã o os livros bíblicos que em certa ocasiã o


foram questionados por alguns.

De acordo com o historiador cristã o Eusébio, houve 7 livros cuja autenticidade foi
questionada por alguns dos pais da igreja, e por isso ainda nã o haviam obtido
reconhecimento universal por volta do século IV.

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Isso nã o significa que nã o haviam tido aceitaçã o inicial por parte das comunidades
apostó licas e subapostó licas. Tampouco, o fato de terem sido questionados, em certa
época, por alguns estudiosos, é indício de que sua presença no câ non seja menos firme que
os demais livros.
Ao contrá rio, o problema bá sico a respeito da aceitaçã o da maioria desses livros nã o
era sua inspiraçã o ou falta de inspiraçã o, mas sim, a falta de comunicaçã o entre o Oriente e
o Ocidente a respeito de sua autoridade divina.
Sã o eles: Hebreus, Tiago, 2 Pedro, 2 e 3 Joã o, Judas e Apocalipse.

Hebreus: foi basicamente a anonimidade do autor que suscitou dú vidas. Por isso, o livro
permaneceu sob suspeiçã o para os cristã os do Oriente, que nã o sabiam que os crentes do
Ocidente o haviam aceito como autorizado e inspirado.
Outro fator que influenciou foi o fato de que os montanistas heré ticos terem
recorrido a Hebreus em apoio a algumas de suas concepçõ es errô neas, o que fez demorar
sua aceitaçã o nos círculos ortodoxos.
Ao redor do sé culo IV, no entanto, sob a influê ncia de Jerô nimo e Agostinho, esse
livro encontrou lugar permanente no câ non.

Tiago: sua veracidade e autoria foram desafiadas. Os primeiros leitores atestaram que era
o Tiago, irmã o de Jesus (At 15 e Gl 1). Todavia, a igreja ocidental nã o teve acesso a essa
informaçã o. També m houve a questã o do aparente conflito com o ensino de Paulo sobre a
justificaçã o pela fé somente. No entanto, sua aceitaçã o como canô nico baseia-se na
compreensã o de sua compatibilidade essencial com os ensinos paulinos.

2 Pedro: foi a carta que mais ocasionou dú vidas quanto à sua autenticidade. Isso deveu-se
à dessemelhança de estilo com a primeira carta de Pedro. As diferenças, porém, podem ser
explicadas facilmente, por causa do emprego de um escriba em 1 Pedro, o que nã o ocorreu
em 2 Pedro (vide 1 Pe 5:12).

2 e 3 João: o fato do seu questionamento foi porque o escritor se identificou apenas como
“o presbítero” e, além da anonimidade, sua circulaçã o foi limitada. Porém, a semelhança
de estilo e de mensagem com 1 Joã o, que já havia sido aceita, mostrou ser ó bvio que 2 e 3
Joã o vieram também do apó stolo Joã o.

Judas: a confiabilidade desse livro foi questionada por alguns. A contestaçã o centrava-se
nas referências ao livro pseudepígrafo de Enoque (Jd 14, 15) e numa possível referência ao
livro Assunção de Moisés (Jd 9). Porém, suas citaçõ es nã o sã o diferentes das citaçõ es feitas
por Paulo de poetas nã o-cristã os (At 17:28; 1 Co 15:33; Tt 1:12). O que Judas fez foi citar um
fragmento de verdade encravada naqueles livros e nã o dizer que eles têm autoridade
divina. Sua canonicidade foi reconhecida pelos primeiros pais da igreja (Ireneu, Clemente
de Alexandria, Tertuliano). O Papiro Bodmer (P72), recentemente descoberto, confirma o
uso de Judas ao lado de 2 Pedro, na igreja copta do século III.

Apocalipse: A doutrina do milenarismo (Ap 20) foi o ponto central da contrové rsia, que

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durou até fins do século IV. Como os montanistas heréticos agregaram seus ensinos
heréticos ao livro de Apocalipse, no século III, a aceitaçã o definitiva desse livro acabou
sofrendo uma demora. A partir do momento em que se tornou evidente que esse livro
estava sendo mal usado pelas seitas, embora tivesse sido escrito por intermédio de Joã o
(Ap 1:4; 22:8-9), e nã o dentre os hereges, assegurou-se o lugar definitivo no câ non sagrado.

RESUMO: Alguns pais da igreja haviam se posicionado contra esses livros, por causa da
falta de comunicaçã o, ou por causa de má s interpretaçõ es desses livros antilegomena. A
partir do momento em que a verdade passou a ser do conhecimento de todos, tais livros
foram aceitos plena e

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definitivamente, passando para o câ non sagrado, da forma exata como haviam sido
reconhecidos pelos cristã os primitivos desde o início.

3 - PSEUDEPÍGRAFOS: (significa: falsos escritos). Livros nã o-bíblicos rejeitados por


todos.

Durante os séculos II e III, numerosos livros espú rios e heréticos surgiram (escritos
falsos). A corrente principal do cristianismo seguia Eusébio, que os chamou de livros
“totalmente absurdos e ímpios”.
Esses livros têm apenas interesse histó rico. O conteú do deles resume-se em ensinos
heré ticos, eivados de erros gnó sticos (seita filosó fica que arrogava para si conhecimento
especial dos misté rios divinos), docé ticos (ensinavam a divindade de Cristo, mas
negavam sua humanidade, alegando que Ele só tinha a aparê ncia de ser humano) e
ascé ticos (os monofisistas ascé ticos ensinavam que Cristo tinha uma ú nica natureza, uma
fusã o do divino com o humano).
Tais livros revelavam desmedida fantasia religiosa. Evidenciavam uma curiosidade
para descobrir mistérios nã o revelados nos livros canô nicos (como a infâ ncia de Jesus).
Eles, na maior parte, nã o haviam sido aceitos pelos pais primitivos e ortodoxos da
igreja, nem pelas igrejas, nã o sendo, portanto, considerados canô nicos.
O nú mero exato desses livros é difícil de apurar. Por volta do século XIX, Fó tio
havia relacionado cerca de 280 obras. Depois apareceram outras.

São eles:

Evangelhos: O Evangelho de Tomé , O Evangelho dos ebionitas, O Evangelho de Pedro, O


Proto-Evangelho de Tiago, O Evangelho dos egípcios, O Evangelho ará bico da infâ ncia, O
Evangelho de Nicodemos, O Evangelho do carpinteiro José , A Histó ria do carpinteiro José ,
O passamento de Maria, O Evangelho da natividade de Maria, O Evangelho de um Pseudo-
Mateus, Evangelho dos doze, de Barnabé , de Bartolomeu, dos hebreus, de Marciã o, de
André , de Matias, de Pedro, de Filipe.

Atos: Os Atos de Pedro, Os Atos de Joã o, Os Atos de André , Os Atos de Tomé , Os Atos de
Paulo, Atos de Matias, de Filipe, de Tadeu.

Epístolas: A Carta atribuída a nosso Senhor, A Carta perdida aos coríntios, As (Seis)
Cartas de Paulo a Sê neca, A Carta de Paulo aos laodicenses (també m pode ser
considerado entre os apó crifos).

Apocalipses: de Pedro (também pode ser considerado entre os apó crifos), de Paulo, de
Tomé, de Estêvã o, Segundo apocalipse de Tiago, Apocalipse de Messos, de Dositeu. (os 3
ú ltimos foram descobertos em 1946, em Nag-Hammadi, no Egito).

Outras obras: Livro secreto de Joã o, Tradiçõ es de Matias, Diá logo do Salvador. (também
descobertos em 1946, em Nag-Hammadi, no Egito).

MANEJO BÍBLICO -
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4 - APÓCRIFOS: (significa: escondidos ou duvidosos). Livros nã o-bíblicos aceitos


por alguns, mas rejeitados por outros.

Esses livros gozavam de grande estima pelo menos da parte de um pai da igreja.
Tiveram, quando muito, o que Alexander Souter chamou de “canonicidade temporal e
local”. Haviam sido aceitos por um nú mero limitado de cristã os, durante um tempo
limitado, mas nunca receberam um reconhecimento amplo ou permanente.
Eram considerados mais importantes que os pseudepígrafos e faziam parte das
bibliotecas devocionais e homilé ticas das igrejas primitivas, pelas seguintes razõ es:
revelam os ensinos da

MANEJO BÍBLICO -
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64
igreja do sé culo II; fornecem documentaçã o da aceitaçã o dos 27 livros canô nicos do N.T.;
fornecem informaçõ es histó ricas a respeito da igreja primitiva, quanto à sua doutrina e
liturgia.

São eles: Epístola do Pseudo-Barnabé; Epístola aos coríntios; Homilia antiga (chamada
“Segunda epístola de Clemente); O pastor, de Hermas (foi o livro nã o-canô nico mais
popular da igreja primitiva); O didaquê (ou “Ensino dos doze apó stolos”); Apocalipse de
Pedro; Atos de Paulo e de Tecla; Carta aos laodicenses; Evangelho segundo os hebreus;
Epístola de policarpo aos filipenses; Sete epístolas de Iná cio (este teria sido discípulo de
Joã o, mas nã o reivindica para si autoridade divina).
A BÍBLIA É PRESERVADA, ATRAVÉS DO “TEXTO RECEBIDO”
(da “Almeida Corrigida e Revisada, Fiel ao Texto Original”, da Sociedade Bíblica
Trinitariana do Brasil)

Deus jurou e realmente PRESERVOU Suas palavras, de um modo absolutamente


PERFEITO, de maneira que cada palavra do Texto (em Hebraico-Aramaico e em Grego)
por Ele preservado e que eu tenho agora escrito em papel, nas minhas mã os, é plená ria,
exclusiva, inerrá vel, infalível e verbalmente a pró pria Palavra eterna do pró prio Deus!
Esta preservaçã o só requereu a infalível PROVIDÊNCIA de Deus, nã o Seu milagre
contínuo. Falamos de TEXTO , de PALAVRAS, nã o de suas representaçõ es, nem de
manuscritos e outros meios físicos. 1 Cr 16:15; Sl 12:6-7; 19:7-8; 33:1; 100:5; 111:7-8; 117:2;
119:89,152,160; 138:2b; Is 40:8; 59:21; Mt 4:4; 5:18; 24:35; Lc 4:4; 16:17; 21:33; Jo 10:35b; 16:12-
13; 1 Pe 1:23,25; Ap 22:18-19.
A canonizaçã o tem tudo a ver com a preservaçã o do Texto, pois, a comunidade da
Fé só iria se preocupar em transmitir e proteger os livros "canô nicos", tidos como
inspirados. A parte humana na transmissã o do Texto fica patente, mas será que houve
açã o divina també m, protegendo o Texto (a exata redaçã o do Texto)? (Rever item A Bíblia
é Canô nica).
Os pró prios autores humanos sabiam que estavam escrevendo "as Palavras de
Deus".
Os líderes cristã os do 1º século e do 2º século (e 3º, 4º, etc.) utilizaram e citaram material
neotestamentá rio lado a lado com material do A.T. como sendo Palavra de Deus.
Entendendo, como entenderam, que estavam lidando com coisa sagrada, iriam
zelar por essa Palavra, vigiando o processo da transmissã o.
Dispomos de declaraçõ es cabais dessa preocupaçã o a partir do pró prio N. T. (Ap
22:18-19). Justino Má rtir (150 d. C.) escreveu que era costume nas congregaçõ es
cristã s, quer na cidade
quer no campo, ler tanto o N. T. como o A. T. cada Domingo.
Resulta dali que tinham que existir có pias, muitas có pias (nã o se pode ler sem
livro), e teriam que ser có pias boas (os usuá rios seriam exigentes).
Embora o processo de copiar à mã o resulte em erros sem querer, muitas vezes, no
início seria possível verificar qualquer có pia contra o Autó grafo (documento original), e

MANEJO BÍBLICO -
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principalmente nas regiõ es mais pró ximas da igreja detentora do Autó grafo.
Tudo indica que pelo menos 18 e talvez até 24 dos 27 Autó grafos (2/3 a 8/9) se
encontravam na regiã o Egéia (Grécia e Á sia Menor).
Foi exatamente nessa á rea que a Igreja mais prosperou, e ela se tornou o eixo da
Igreja até o 4º sé culo (pelo menos). [lembrar que Jerusalé m foi saqueada em 70 d. C., e
provavelmente quaisquer Autó grafos ali existentes foram levados para a Antioquia, ou
ainda mais longe].
Foi também nessa á rea que a língua Grega foi mais usada, e durante mais tempo —
foi a língua oficial do império bizantino (transmissã o exata de qualquer texto é possível
unicamente na língua original).
A Á sia Menor foi caracterizada também por uma mentalidade conservadora quanto
ao Texto Sagrado; na Antioquia surgiu uma "escola" de interpretaçã o literalista (por
formaçã o um literalista é obrigado a se preocupar com a exata redaçã o do texto, pois sua
interpretaçã o se prende a ela).
Quer dizer que até o ano 300 d. C. tinha um fluxo cada vez maior de có pias boas,
fidedignas emanando da regiã o Egéia para o mundo cristã o, precisamente porque aquela
regiã o reunia todos os requisitos para se impor à confiança da Igreja, quanto ao Texto
Sagrado (em contraste, no Egito a igreja era fraca, herética, nã o se usava Grego, nã o havia
nenhum Autó grafo [fatalmente o texto ali

MANEJO BÍBLICO -
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65
existente sempre seria de 2ª mã o, no mínimo], grassava uma mentalidade alegorista —
enfim, o Egito seria um dos ú ltimos lugares onde procurar um texto bom).
Aí houve a campanha de Diocleciano (303 d. C.), visando destruir os MSS
(manuscritos) do N. T. Sendo que a perseguiçã o mais ferrenha se deu exatamente na
regiã o Egé ia, teria sido uma oportunidade perfeita para os tipos de texto existentes no
Egito e na Itá lia conquistarem espaço maior no fluxo da transmissã o do Texto e fossem
considerados aceitá veis ou viá veis. Mas nã o
aconteceu; os grandes pergaminhos , B e D nã o tê m "filhos" — ningué m quis copiar
semelhante texto.
Aliás, podemos deduzir que a campanha de Diocleciano teve um efeito purificador na transmissão

O movimento Donatista girou em torno da puniçã o merecida pelas pessoas que


entregaram seus MSS (entre outras coisas). Obviamente muitos nã o os entregaram, e os
que entregaram foram discriminados.
É geralmente reconhecido por eruditos de todas as linhas teó ricas que a partir do 4º
século o fluxo da transmissã o do Texto foi tranqü ilamente dominado por um tipo de texto,
geralmente conhecido por "Bizantino" em nossos dias. "Bizantino" porque esse império
abrangeu exatamente a regiã o Egéia, a regiã o que reunia todas as qualificaçõ es necessá rias
para garantir a transmissã o fiel do Texto. Até hoje as "Igrejas Ortodoxas" do oriente
utilizam esse tipo de texto.
Lá pelo 9º sé culo houve um "movimento" (parece que foi mais ou menos
espontâ neo) no sentido de mudar o estilo de grafia de letras maiú sculas (unciais) para
cursivas (minú sculas). Os exemplares antigos eram copiados na nova "roupagem" e
aparentemente grande nú mero desses antigos foram destruídos (ou reciclados, daí os
"palimpsestos", manuscritos apagados e escritos por cima).

Dos MSS gregos existentes hoje (do N. T.), uns 95% trazem o texto "Bizantino" e os outros 5% são um

Cabem aqui algumas ressalvas:


A mera antiguidade de um MS nã o garante nada quanto à sua qualidade. Aliá s,
devemos perguntar: como poderia um MS sobreviver fisicamente durante mais de 1.500
anos? Teria que ficar no desuso e ainda num clima seco. Como todos os MSS mais antigos
estã o cheios de erros cabais, tudo indica que foram reprovados no seu tempo — certo é
que nã o foram copiados, a julgar pelos MSS existentes.
Como é que nã o dispomos de MS tipicamente "Bizantino" de antes do 5º sé culo?

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Qualquer MS digno de uso seria usado e gasto por esse uso. Assim, seria estranho
encontrar um MS bom com tanta idade. Os MSS fidedignos foram intensamente usados e
copiados, e acabados, mas o texto (ou redaçã o) que traziam foi preservado através das
sucessivas geraçõ es de có pias.
A idé ia de que teria havido um congresso ou concílio no 4º sé culo que
"normalizou" o texto do N. T. carece de qualquer sustentaçã o histó rica. No caso da
Vulgata Latina, que na hipó tese seria aná logo (o papa tentou impor a nova traduçã o), nã o
resultou o consenso que existe entre os MSS "Bizantinos".
Como é que a grande maioria dos eruditos dos ú ltimos cem anos tem preferido o
texto "Alexandrino" e desprezado o texto "Bizantino"? A resposta está nas pressuposiçõ es
e no terreno espiritual (por exemplo, nenhum dos cinco redatores responsá veis pelo texto
eclético ora em voga acredita que o N. T. seja inspirado por Deus, e o pró prio Senhor Jesus
adverte que a neutralidade no terreno espiritual nã o existe [Lc 11:23]).

MANEJO BÍBLICO -
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Resumindo, os livros neotestamentários foram reconhecidos como "Bíblia" desde o início, e através
A preservação divina operou durante os séculos todos de tal modo que ainda hoje podemos ter cert

E daí? Daí, uma preservaçã o tamanha, uma preservaçã o semelhante, abrangendo


tantos sé culos de transmissã o à mã o, e passando por tantas tribulaçõ es — uma
preservaçã o assim é simplesmente miraculosa! É uma prova aparente da atuaçã o divina,
que vale dizer també m que Deus abonou a escolha da Igreja, o Câ non.
ue a Igreja vem defendendo através dos séculos é exatamente a preservação miraculosa desse Cânon. Essa pre
É o argumento lógico.

Se o Criador fosse dar uma revelaçã o à nossa raça, deveria també m preservá -la.
Constatamos que Ele a preservou, com efeito. Porque Ele cuidou tanto de preservar esse
Texto, e só esse Texto? Presumivelmente porque Ele tinha interesse especial nesse Texto.
Deus nã o só inspirou, mas també m preservou Sua Palavra incessante-inerrá vel-
infalível-verbalmente, da forma mais perfeita e absoluta. Vejamos:

· Salmos 12:6-7-- As palavras do SENHOR sã o palavras PURAS, [como] prata


refinada em fornalha de barro, purificada sete vezes. (7) Tu os GUARDARÁ S,
SENHOR, desta geraçã o os livrará s [PRESERVARÁ S] PARA SEMPRE. (També m
pode [e deve!] ser traduzido “Tu as GUARDARÁ S, ... as PRESERVARÁ S ...”,
referindo-se à s palavras de Deus!)
· Salmos 19:7-- A lei do SENHOR é PERFEITA, e refrigera a alma; o testemunho do
SENHOR é FIEL, e dá sabedoria aos símplices. (8) Os preceitos do Senhor sã o
RETOS e alegram o coraçã o; o mandamento do Senhor é PURO e ilumina os olhos.
· Salmos 119:89-- [lamed:] PARA SEMPRE, ó SENHOR, a tua palavra PERMANECE
[está estabelecida] no cé u.
Salmos 138:2-- ... engrandeceste a tua PALAVRA acima de todo o teu nome
(! Que inspiraçã o verbal, i.é, palavra por palavra!).
Isaías 40:8-- Seca-se a erva e cai a flor, porém a PALAVRA de nosso Deus subsiste
ETERNAMENTE.
· Mateus 4:4-- ... Está escrito: Nem só de pã o viverá o homem, mas de TODA a
PALAVRA que sai da boca de Deus.
· Mateus 5:18-- ... até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da
lei, sem que tudo seja cumprido.

MANEJO BÍBLICO -
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· Mateus 24:35-- O cé u e a terra passarã o, mas as minhas palavras NÃ O HÃ O DE
PASSAR.
· Lucas 16:17-- E é mais fá cil passar o céu e a terra do que cair um til da lei.

Este volume é a escrita do Deus vivo: cada letra foi escrita por um dedo Todo-
poderoso; cada palavra saiu dos lá bios eternos, cada frase foi ditada pelo Espírito Santo.
Ainda que Moisé s tenha sido usado para escrever suas histó rias com sua ardente pluma,
Deus guiou essa pluma. Pode ser que Davi tenha tocado sua harpa, fazendo que doces e
melodiosos salmos brotassem de seus dedos, poré m Deus movia Suas mã os sobre as
cordas vivas de sua harpa de ouro. Pode ser que Salomã o que tenha cantado os Câ nticos
de amor ou pronunciado palavras de sabedoria consumada,

MANEJO BÍBLICO -
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udas, que lança aná temas contra os adversá rios de Deus; em todas partes vejo que é Deus quem fala.
m todas as partes”. “[Eu] escrevi-lhe as grandezas da minha lei, porém essas sã o estimadas como coisa

Bible ) - Um Sermã o (Nº 0015) - Pregado na Manhã de Domingo, 18 de Março de 1855, no


Exeter Hall, Strand— Londres —Inglaterra).

Deus preservou Sua palavra de modo tão maravilhoso, somente através dos Textos Massoréticos (V.

ANTIGO TESTAMENTO:

Cuidados extremos dos copistas garantiram que mesmo hoje apenas 1 de cada 1580
letras do V. T. tenha variante, mesmo que esta variante seja totalmente imprová vel! E
nenhum desses casos tem o menor dos menores efeitos em nenhuma doutrina!
Nenhuma letra, sequer, podia ser escrita de memó ria: o escriba tinha que ter uma
có pia autê ntica sob seus olhos, e tinha que ler supercuidadosamente e pronunciar bem
alto cada palavra, tanto antes como depois de copiá -la!
Cada jovem escriba era advertido pelo escriba anci~o: “Acautela-te de como fazes
teu trabalho, porque este é o trabalho do cé u, nã o aconteça que tu omitas ou insiras uma
letra e assim te tornes o destruidor do mundo!” (mundo = humanidade).
Cada palavra e cada letra era contada, e se UMA letra tivesse sido omitida ou
inserida, ou se UMA letra tocasse uma outra letra, a pá gina era imediatamente (!) destruída
(!); três erros numa pá gina condenavam todo o manuscrito!

NOVO TESTAMENTO:

Há cerca de 6000 manuscritos em Grego. Compare:

“Texto Recebido” (Impresso por Erasmus,“Textos Críticos” (Impressos por Westcott e Hort, Stephen, B
Sã o cerca de 95% dos manuscritos em GregoSã o cerca de 5% dos manuscritos em Grego Sã o absolutamen

MANEJO BÍBLICO -
MANEJO BÍBLICO - BIBLIOLOGIA

cada um consigo pró prio)


Vieram de igrejas firmes Vieram de igrejas introdutoras de heresias
(Alexandria)
Ú nicos textos adotados pelas igrejas fiéis eSó recentemente descobertos / adotados pelos
instruídas, sempre, antes e apó s a Reforma. liberais e modernistas, que os chamam “mais
antigos e melhores textos”.
Das cerca de 140.000 palavras do N.T. em Grego, os T.C. omitem/alteram/adicionam cerca de
10.000. Dos 200 casos que examinei [o autor], os T.C. sempre (!) diminuem a inspiração das
Escrituras, a divindade de Cristo, Seu sangue, Seu nascimento virginal, a natureza vicária da

FATEB – Faculdade de Teologia e Extensão da


Bahia
www.faculdadefateb.comPr. Dr.
1
68
Sua morte, a Trindade, outras doutrinas cardinais. Agora, responda: Em que Texto está
evidenciado o sutil e destruidor dedo do Diabo? Ef 6:12.

Por tudo isto, e:

- por ser impensá vel que Deus tenha falhado seu juramento de incessante-inerrá vel-
verbalmente preservar Sua Palavra;
- por ser impensá vel que ela nã o reinou, reine e reinará em uso pelas igrejas fiéis através
dos séculos e até a eternidade;
- por ser impensá vel que Deus deixou uma versã o “imperfeita” reinar entre os fiéis, para
só neste século (só em 1958 na língua Portuguesa!, com a “Atualizada”) restaurar uma
versã o “melhor, mas ainda nã o absolutamente indubitá vel em cada letra, afinal ninguém
realmente muito erudito e inteligente pode ter certeza absoluta de cada palavra de um
livro passado por mã os humanas...”

Temos que concluir que:

- O ú nico e verdadeiro N.T., plena-verbal-infalivelmente inspirado e preservado por Deus, é


o do Texto Recebido.
- Assim, o crente que quiser ser ao má ximo fiel à Palavra de Deus nã o tem senã o duas
versõ es em
Português a escolher:
- “Almeida Revista e Corrigida”, mais antiga e tradicional; e
- “Almeida Corrigida e Revisada, Fiel ao Texto Original” (“Trinitariana”), que é ainda
melhor
que a anterior.
Ambas as versõ es mencionadas sã o as traduzidas fielmente somente do Texto Recebido.

Todas as outras versões “protestantes” mesmo tidas como “conservadoras” (Contemporânea, Atual

Os autó grafos originais de todos os livros do Novo Testamento nã o existem mais.


Eram feitos de papiro e este material nã o resistia aos séculos em condiçõ es normais de uso.
O que temos hoje, sã o có pias destes originais. O fato dos originais nã o existirem nã o deve
assustar ningué m. Até mesmo a obra de Camõ es, "Os Lusíadas", só é preservada por cinco
có pias e nã o há o original.
Mesmo assim, ningué m duvida de que temos a obra como Camõ es a escreveu com

FATEB – Faculdade de Teologia e Extensão da


Bahia
Pr. Dr. h.c. Má rcio
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sua pró pria m~o. A famosa “Ilíada” de Homero é atestada por 643 manuscritos, sendo
que o mais antigo manuscrito completo é do sé culo treze! As tragé dias gregas de
Eurípides sã o atestadas por aproximadamente 330 manuscritos.

A SUFICIÊNCIA DA BÍBLIA (Sl 119:89-104; Lc 16:29-31)

Faz parte integrante da fé evangé lica a convicçã o de que a igreja nada pode
acrescentar à Bíblia e de que todas as suas doutrinas devem ser testadas pela sua
fidelidade à s Escrituras.
Embora valendo-nos da erudiçã o dos expositores, nem por isso devemos aceitar
deles, ou de quem quer que seja, qualquer opiniã o que esteja em conflito com o sentido
claro da pró pria Bíblia (At 17:11) – pois cremos que esta nunca se contradiz.

MANEJO BÍBLICO -
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Em ú ltima aná lise, devemos depender da unçã o do mesmo Espírito de Deus que
inspirou os escritores (Jo 16:13; 1 Co 2:10-14; 1 Jo 2:27). Para tanto, havemos de
<<permanecer Nele>>, a fim de sabermos o que é que nos diz o Deus que <<falou aos
profetas>> (Jo 6:63; 2 Co 3:6).

“Toda escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para
a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito
e perfeitamente habilitado para toda boa obra.”
2 Timóteo 3:16-17
A AUTORIDADE SUPREMA DAS ESCRITURAS

A igreja primitiva recebia a Bíblia como a autoridade final. Gaussen diz:


“Com exceçã o unicamente de Theodore de Mopsuestia, tem sido impossível
encontrar, ao longo dos oito primeiros séculos do cristianismo, um ú nico doutor que tenha
negado a inspiraçã o plena das Escrituras, a menos que fosse no seio das mais violentas
heresias que tê m atormentado a igreja cristã ; isso equivale a dizer, entre os gnó sticos, os
maniqueístas, os anomistas e os maometanos”. L. Gaussen, Theopneustia (Chicago: The
Bible Institute Colportage Ass’n n. D.) pá g. 139 e segs. (Palestras em Teologia Sistemá tica –
Henry Clarence Thiessen, pg. 45).
A autoridade suprema das Escrituras também é uma doutrina puritano-
presbiteriana. A ela os puritanos tiveram que apelar freqü entemente na luta que foram
obrigados a travar contra as imposiçõ es litú rgicas da Igreja Anglicana.
A Confissã o de Fé de Westminster professa a referida doutrina em três pará grafos
do seu primeiro capítulo. No quarto pará grafo, ela trata da origem ou fundamento da
autoridade das Escrituras:
não depende do testemunho de qualquer homem ou igreja, mas depende somente de Deus (a mesma verdade

O décimo e ú ltimo pará grafo desse capítulo confere à s Escrituras (a voz do Espírito
Santo) a palavra final para toda e qualquer questã o religiosa, reconhecendo-a como
supremo tribunal de recursos em matéria de fé e prá tica:

decretos de concílios, todas as opiniões dos antigos escritores, todas as doutrinas de homens e opiniões partic

Mas, visto que Cristo nos fala agora pelo seu Espírito por meio das Escrituras (Hb
1:1), e que as revelaçõ es da criaçã o e da consciência nã o sã o nem perfeitas e nem

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suficientes por causa da queda, que corrompeu tanto uma como outra, a palavra final,
suficiente e autoritativa de Deus para esta dispensação são as Escrituras Sagradas.
O fato é que, por procederem de Deus, as Escrituras reivindicam atributos divinos:
sã o perfeitas, fiéis, retas, puras, duram para sempre, verdadeiras, justas (Sl 19:7- 9) e santas
(2 Tm 3.15). Cf. também Salmo 119:39, 43, 62, 75, 86, 89, 106, 137, 138, 142, 144, 160, 164,
172, Mateus 24:34; Joã o 17:17; Tiago 1:18; Hebreus 4:12 e 1 Pedro 1:23, 25.

Que autoridade teria Paulo para exortar aos gá latas no sentido de rejeitarem
qualquer evangelho que fosse além do evangelho que ele lhes havia anunciado, ainda que viesse a ser

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omem; porque nã o o havia aprendido de homem algum, mas mediante revelaçã o de Jesus Cristo (Gl 1:8-12).

Jesus também atesta a autoridade suprema das Escrituras: pelo modo como a usa, para estabelecer

A fé reformado-puritana reconhece a autoridade de todo o conteú do das Escrituras,


e sua plena suficiência e suprema autoridade em matéria de fé e prá ticas eclesiá sticas.
Tã o importante foi a redescoberta destas doutrinas pelos Reformadores, que se
pode afirmar que, da aplicaçã o prá tica das mesmas, decorreu, em grande parte, a
profunda reforma doutriná ria, eclesiá stica e litú rgica que deu origem à s igrejas
protestantes. Todas as doutrinas foram submetidas à autoridade das Escrituras. Todos os
elementos de culto, cerimô nias e prá ticas eclesiá sticas foram submetidos ao escrutínio da
Palavra de Deus. A pró pria vida (trabalho, lazer, educaçã o, casamento, etc.) foi avaliada
pelo ensino suficiente e autoritativo das Escrituras. Muito entulho doutriná rio teve que ser
rejeitado. Muitas tradiçõ es e prá ticas religiosas acumuladas no curso dos sé culos foram
reprovadas quando submetidas ao teste da suficiê ncia e da autoridade suprema das
Escrituras. E a profunda reforma religiosa do sé culo XVI foi assim empreendida.

Pergunta-se: Qual a maneira mais convincente de demonstrar a autoridade de um leã o?


Resposta: solte-o e verá s...
É assim com a Bíblia também...

CONCLUSÃO

Mas muito tempo já se passou desde entã o. O evangelicalismo moderno recebeu,


especialmente do sé culo passado, um legado teoló gico, eclesiá stico e litú rgico que precisa
ser urgentemente submetido ao teste da doutrina reformada da autoridade suprema das
Escrituras.
É tempo de reconsiderar as implicaçõ es desta doutrina. É tempo de reavaliar a
nossa fé , nossas prá ticas eclesiá sticas e nossas pró prias vidas à luz desta doutrina. Afinal,
admitimos que a Igreja reformada deve estar sempre se reformando — nã o pela
conformaçã o constante à s ú ltimas novidades, mas pelo retorno e conformaçã o contínuos
ao ensino das Escrituras.

Lema da Reforma: “Eclésia Reformata Semper Reformanda” (a igreja deve sempre estar
aberta para ser corrigida por Deus, arrepender-se dos seus pecados e reformar-se em

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conformidade com o ensino das Escrituras). (Ap 2:5, 16, 21; 3:3, 19).

No atual clima de relativismo, a opiniã o parece ser o ú nico referencial para o que a
pessoa deve crer ou praticar. Dentro desse contexto, o aborto e o homossexualismo devem
ser analisados por crité rios puramente pragmá ticos. O fato de Deus ter revelado os
limites da sexualidade humana e o respeito pela vida nã o é mais vá lido para o homem
moderno. Ele nã o acredita que Deus tenha falado.
Entretanto, para os evangé licos que aceitam a Bíblia como a Palavra de Deus, pesa
a responsabilidade de levar essa convicçã o a sé rio. Nã o obstante, é triste notar que,
també m neste caso, a teoria está longe da prá tica.
Hoje em dia, supostas revelaçõ es místicas tê m mais autoridade do que a clara
exposiçã o da Bíblia. Cremos em idé ias jamais ensinadas pelos profetas, por Jesus ou pelos
apó stolos: regressã o

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psicoló gica, decreto, entre outras coisas que jamais foram ensinadas na Bíblia. Entã o, por
que as praticamos? [O motivo é ] Por que funcionam? [O motivo é ] Por que atraem as
pessoas?

“Mas o Espírito expressamente diz que nos ú ltimos tempos apostatarã o alguns da fé,
dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demô nios”. (1 Tm 4:1 - A.C.F.)
“Porque se levantar~o falsos cristos, e falsos profetas, e far~o sinais e prodígios, para enganarem, se for p

Assumir a autoridade da Bíblia implica enfatizar aquilo que ela enfatiza. Em nome
da relevâ ncia, estamos assimilando filosofias da é poca atual e saímos à busca de textos
fora de contexto para justificá -las.
A partir do instante em que aceitamos a autoridade da Bíblia, somos chamados pela força da Palavr
Como Soberano do Universo, Deus tem o direito de exigir plena obediência às Suas ordens e fazer va
sejam elas espirituais, morais, intelectuais e físicas.

Uma pregaçã o teocê ntrica enfatizará a mensagem da Bíblia. Certamente, ela nã o é


popular. Nunca o foi. Se o crescimento numé rico fosse o crité rio para a verdade, Jesus nã o
teria tido muito sucesso na Sua vida terrena, pois até alguns dos Seus discípulos mais
pró ximos O abandonaram quando Ele começou a expor todas as implicaçõ es do
discipulado. Se cremos na Bíblia como a Palavra de Deus, devemos pregá -la, quer ouçam
quer deixem de ouvir.
guas cristalinas da verdade para beber nas cisternas furadas e apodrecidas do erro. O remédio de Deus parece

Sabendo que a nossa natureza pecaminosa nos impulsiona em direçã o ao erro e ao


pecado, conhecendo o engano e a corrupçã o do nosso pró prio coraçã o, reconhecendo os
dias difíceis pelos quais passa o evangelicalismo moderno (particularmente no Brasil), e a
ojeriza doutriná ria, a exegese superficial e a ignorâ ncia histó rica que em grande parte
caracterizam o evangelicalismo moderno no nosso país, nã o temos o direito de assumir
que nossa fé e prá ticas eclesiá sticas sejam corretas, simplesmente por serem geralmente
assim consideradas. É necessá rio submeter nossa fé e prá ticas eclesiá sticas à autoridade

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suprema das Escrituras.
Assim fazendo, nã o é imprová vel que nó s, à semelhança dos Reformadores,
també m tenhamos que rejeitar considerá vel entulho teoló gico, eclesiá stico e litú rgico
acumulados nos ú ltimos sé culos. Nã o é imprová vel que venhamos a nos surpreender, ao
descobrir um evangelicalismo profundamente tradicionalista, subjetivo e racionalista. Mas
nã o é imprová vel també m que venhamos a presenciar uma nova e profunda reforma
religiosa em nosso país.
Que assim seja!

Oh! quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia.


Tu, pelos teus mandamentos, me fazes mais sábio do que os meus inimigos; pois estão
sempre comigo.
Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres, porque os teus testemunhos são a
minha meditação.

MANEJO BÍBLICO -
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Entendo mais do que os antigos; porque guardo os teus preceitos.
i os meus pés de todo caminho mau, para guardar a tua palavra. Não me apartei dos teus juízos, pois tu me ens
ras ao meu paladar, mais doces do que o mel à minha boca. Pelos teus mandamentos alcancei entendimento; p
palavra, e luz para o meu caminho.

(Salmos 119-97-105)

FONTES DE CONSULTAS

· Bíblia Almeida Corrigida e Revisada Fiel ao Texto Original - SBTB


· Estudo: BIBLIOLOGIA - A DOUTRINA DA BÍBLIA (por Hé lio Menezes Silva, em
Set/97, para a Igreja Batista Fundamentalista de Campina Grande), retirado do
site: http://solascriptura-tt.org/
· Estudo: A BÍBLIA SAGRADA - O Livro dos Livros - O milagre de Deus para a
humanidade. (Pr. Emídio Viana)
· Livro: Palestras em Teologia Sistemá tica – Henry Clarence Rhiessen – Editora
Batista Regular.
· Pequena Enciclopé dia Bíblia – Orlando Boyer – Ed. Vida.
· Livro: Introduçã o Bíblica (Como a Bíblia chegou até nó s) – Norman Geisler e
William Nix, Ed. Vida.
· Estudo: Creio na Inspiraçã o da Bíblia: por Deus, totalmente, infalível, inerrá vel,
cada palavra (Humberto Rafeiro, outubro 2002, retirado do site:
http://solascriptura-tt.org/)
· Estudo: O Período Entre os Testamentos e O Novo Testamento - Missionário Calvin
Gardner
· Pesquisa de Teologia Bíblica do Antigo Testamento - Produçã o Teoló gica no
Período Intertestamentá rio - Prof.: Rev.: Isaías Cavalcanti. Sem.: Josias Macedo
Baraú na Jr., Seminá rio Teoló gico Presbiteriano do Rio de Janeiro, 1998.
· Texto: A CANONICIDADE DO NOVO TESTAMENTO - Wilbur (Gilberto) Norman
Pickering.
· Texto: Como posso ter certeza de que a Bíblia está falando a verdade? - Autores:
Henry Morris e Martin Clark, adaptado do livro dos mesmos A Bíblia tem a resposta,
publicado por Master Books, 1987. Texto suprido para a Eden Communications
com a permissã o de Master Books. (http://www.solascriptura-tt.org/)
· Texto: Formaçã o do Câ non do Novo Testamento - Augusto Bello de Souza Filho
· Texto: "Bíblia - Preservaçã o Perfeita Ou Restauraçã o Insegura? Ou "O Câ non das
Palavras Está Perfeito e Fechado, Parem de Mexer com Elas!", retirado do site:
http://solascriptura-tt.org/
· Estudo: A DOUTRINA REFORMADA DA AUTORIDADE SUPREMA DAS
ESCRITURAS

MANEJO BÍBLICO -
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Paulo Anglada
(http://www2.uol.com.br/bibliaworld/igreja/estudos/doutr001.htm)
· Texto: Fidelidade de Transmissã o dos Textos Bíblicos; Quais Manuscritos? -
Waldemar Janzen, 17 junho
2001-
http://apologetic.freeyellow.com/FidelTextos.htm
· Texto: Mitos Sobre a Septuaguinta e Traduçõ es Modernas - por Dr. Larry
Spargimino - Traduzido para o portuguê s por Waldemar Janzen -
(http://apologetic.waetech.com.br/Septuaginta.htm).
· Texto: A MENSAGEM QUE VEIO DO CÉ U - Rev. Jorge Issao Noda - Revista Raio
de Luz - Ano 28 – Ediçã o 111 - Outubro de 1998.

MANEJO BÍBLICO -

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