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Questionário para a terceira avaliação do curso de Eucaristia – 2018

1- Fale sobre a relação entre a economia sacrificial do Antigo Testamento e a Eucaristia.

Os sacrifícios do AT resumem que a Eucaristia é a realização de todas essas linhas de preparação. Todos
esses tipos de sacrifícios: holocausto, comunhão, expiação. Tudo isso aponta para a Eucaristia, por que
aponta para a Cruz. Cristo vai realizar o sacrifício por excelência, sacrifício perfeito. Aonde a oferta é
apresentada toda santa, toda pura, por um sacerdote todo santo e puro.
Segundo R. de Vaux, em Israel o sacrifício tem um tríplice significado:
O sacrifício é dom: tudo pertence a Deus soberano e todo o bem do homem vem dele.
O sacrifício é comunhão: não se expressa somente um sentimento de dependência para com Deus, mas
busca-se a união com Deus.
O sacrifício é expiação: é necessário para que o homem possa reentrar na graça de Deus, voltando a
participar da aliança.
Todo culto do AT é uma preparação para o novo culto instituído por Cristo. Como fonte e ápice da
vida cristã, a eucaristia é o sacrifício total de Cristo ao Pai em favor dos homens.
2- Como podemos classificar os textos do Novo Testamento que falam da Eucaristia? Dê
exemplos.

Podemos classificar três tipos de textos: os que documentam que a igreja celebrava a eucaristia; os da
instituição e os que refletem sobre a eucaristia;
a- Os textos que documentam que a igreja Celebrava a Eucaristia, (Catequese) podemos conferir nos
textos bíblicos At 2,42.46-47;20,7.11;27,35; 1Cor 11,17-34. Textos esses que mostram como as
primeiras comunidades celebravam a eucaristia. A expressão fractio panis, é apresentada em um
desses textos, e nos remete ao termo técnico para eucaristia, os primeiros discípulos mantiveram
sempre aquilo que Cristo havia pedido “fazei isto em memória de mim”
b- Já os textos que tratam da instituição da eucaristia, podemos encontrar quatro textos contidos no NT,
nos quais relatam de que a última ceia foi celebrada em atmosfera pascal.
c- Por fim, os textos que apresentam a instituição de eucaristia, podemos conferir nos textos, Mc 14,22-
25; Mt 26; Lc 22,19-20 e 1Cor 11,23-26

3- Do ponto de vista bíblico, como podemos explicar as seguintes palavras contidas na


Instituição da Eucaristia: a) Corpo; b) sangue; c) Memória (memorial).

a) Corpo = a expressão “corpo” é um modo semítico para indicar a inteira pessoa de Jesus. Jesus oferece
a sua pessoa em sacrifício pela nossa salvação. As palavras de Jesus “isto é meu corpo” que doou todo o
seu ser, foi assumido por Ele, está ligado a natureza frágil e é capaz de sofrer a paixão e morrer por
todos. Segundo Ratzinger, quando Jesus fala “que é dado por vós”, significa que Jesus é um “ser para os
outros”, ele partilha o seu ser mais profundo com os outros.
b) sangue = significa a vida. Na visão hebraica o nefeth de Deus circula em nós, ou seja, o sangue que
circula em nós. Derramar o sangue significa que eu entrego por vocês minha vida, foi o que Cristo fez
entregando sua vida (aquilo que é sagrada que pertence a Deus) derramando o seu sangue na Cruz.
Entrando em comunhão com a vida de Jesus eu recebo por inteiro (divino e humano). “Tomai e bebei o
meu sangue” Cristo nos convida a assumir o seu ser, a sua vida que se derrama para viver uma relação
pessoal profunda com ele.
c) Memória (memorial) = No AT, celebrar o memorial de um evento significava a graça da presença do
evento para os que celebram. Quando Jesus fala “fazei isto em memória de mim”, ele ordena aos seus
discípulos celebrar o memorial que mantenha vivo o mistério celebrado.

4- Escolha dois padres da Igreja do período anterior ao Concílio de Nicéia, e comente a sua
doutrina eucarística.

Tertuliano: nos ajuda a conhecer os costumes celebrativos de sua época e, por conseguinte podemos
vislumbrar o grau de fé que tinham na eucaristia. Através de Tertuliano conhecemos o costume das
comunidades de celebrar uma ágape fraterno. Colaborou na fixação do termo “eucaristia” como sinônimo de
liturgia eucarística. Defende os cristãos frente aos pagãos que não entendiam os mistérios dos ritos
celebrativos como, por exemplo, a acusação de antropofagia. Documentou a dimensão sacrificial da
eucaristia e sua relação indissociável com o evento da cruz. Ora, quem participa da eucaristia, participa do
sacrifício de Cristo (‘participatio sacrificii”; Deo orat. 19). Por falta de linguagem adequada utiliza o verbo
“representar” para falar da relação entre eucaristia e Cristo, porém quis dizer: “apresentar de novo
visivelmente” o mistério da salvação. Combateu duramente o docetismo de Macião, por isso também possui
uma postura realista.

Cipriano de Cartago: Assegurava que todos aqueles que comungavam segundo o direito da comunidade,
possuía a vida eterna conforme está escrito em Jo 6,51 (De dominica orat. 18). Na doutrina litúrgica, se
contrapõe as celebrações que utilizavam apenas água, se vinho. Ora, somente se o cálice contiver o sangue
do Redentor se pode atualizar o mistério da cruz. A mistura da água com o vinho representa a união dos
fieis com Cristo. A ação eucaristia é o sacrifício da cruz em forma sacramental. Reafirma a ideia de
memorial como atualização do mistério da paixão, morte e ressureição do Senhor. Tal mistério só é
validamente celebrado dentro da comunhão eclesial; o sacerdote celebra in persona Christ celebrado. Por
fim, é sua a analogia: os muitos grãos de trigo que formam um só pão, as muitas uvas que formam um só
vinho, simbolizam a unidade dos cristãos.

5- Escolha dois padres da Igreja do período posterior ao Concílio de Nicéia, e comente a


sua doutrina eucarística.

Doutrina Eucarística de Cirilo de Alexandria:


A presença da carne do Verbo na eucaristia é real.
Só Deus pode realizar a eucaristia: “Nada é impossível para Deus”.
Existe uma verdadeira transformação que é operada pela potência de Deus.
Apesar da aparência, que ainda é de pão e vinho, mas é o corpo e sangue de Cristo.
Doutrina Eucarística de João Damasceno:
 A eucaristia ocorre graças a uma misteriosa transformação, por meio da invocação do Espírito Santo.
Essa transformação é real, pão e vinho se transformam em corpo e sangue de Cristo, e é uma
realidade que está além da capacidade da natureza, porque acontece no plano da graça.
 Pão e Vinho não são apenas símbolos, mas são realmente o corpo e o sangue do Senhor divinizados.

6- Qual a contribuição do IV Concílio de Latrão para a doutrina eucarística?

No IV Concílio de Latrão, se afirma que, na Igreja:

 Cristo é ao mesmo tempo sacerdote e sacrifício;


 O sacramento do altar sob as espécies do pão e vinho que foram transubstanciada graça ao poder
divino está presente o Cristo (corpo e sangue);
 A transubstanciação ocorre para que nós nos alimentamos realmente do corpo e sangue.

O Concílio está recordando ideias fundamentais, porém explicando melhor como acontece essa mudança.
O Concílio apresenta dois novos termos: espécie e transubstanciação.

 Espécie = serve para designar a presença eucarística sob as espécies do pão e vinho.
 Transubstanciação = acontece sob a espécie do pão e do vinho. A substância do pão se transforma
presente por inteiro

7- Apresente os principais pontos da doutrina eucarística de Tomás de Aquino.

A Doutrina Eucarística de Tomás de Aquino inclui tanto um aspecto sistemático, dotado de linguagem
técnica rigorosa, quanto uma dimensão espiritual-poetica, que exprime a devoção eucarística do Aquinate
(Ex. Pange Lingua, Adoro te devote). No coração da doutrina encontra a verdade da presença real, a
dimensão sacrificial da Eucaristia e o tema da transubstanciação, todos os temas que estavam no centro das
discursões teológicas da época.

A doutrina Eucaristica de Santo Tomás tinha como pontos centrais a presença real e a categoria de
transubstanciação. Rebate a doutrina de Berengario. Sua doutrina permite colher o fundamento do culto
eucarístico e a sua capacidade de nos unir a Ele e aos outros membros da Igreja. Além disso, a doutrina de
Tomás de Aquino destaca a importância do sacramento da Eucaristia como fonte de graça e alimento
espiritual para a nossa jornada de fé. Esses aspectos da doutrina eucarística de Tomás de Aquino são
fundamentais para a compreensão e vivência da Eucaristia na vida dos fiéis católicos.

A Doutrina Eucarística de Tomás de Aquino possui uma dimensão sistemática e uma dimensão espiritual-
poética.

A presença real, a dimensão sacrificial da Eucaristia e a transubstanciação são temas centrais na doutrina de
Aquino e foram discutidos na época.

A doutrina de Aquino refuta a doutrina de Berengario e fundamenta o culto eucarístico e a união com Cristo
e a Igreja.

A Eucaristia é uma fonte de graça e alimento espiritual para a jornada de fé dos católicos.

A compreensão e vivência da Eucaristia na vida dos fiéis católicos depende dos aspectos fundamentais da
doutrina eucarística de Tomás de Aquino.
8- Qual a diferença entre a doutrina eucarística de Lutero, Calvino e Zwinglio?

O que podemos evidenciar na diferença entre em relação a doutrina eucarística de Lutero, Calvino e
Zwinglio se dá da seguinte maneira.

Lutero parte da ideia da fé da qual se acredita na presença de real de Jesus na Eucaristia, contudo ele não
acredita no “transubstanciação. Portanto Lutero não crer no milagre da transubstanciação, que é o momento
da união entre o Corpo e sangue de Cristo com o Pão Vinho na celebração do banquete eucarístico. Por isso
que a posição luterana em relação a eucarística parte da primícias do conceito de consubstanciação no qual o
corpo e sangue de Cristo, durante a celebração da ceia, convivem com a substância do pão e do vinho.

Já em Calvino o que podemos destacar e evidenciar que seu pensamento doutrinário ele defende uma
teologia que visa evidenciar o lado humano de Cristo, neste sentido é inconcebível ele defender a tese de
Lutero na doutrina da consubstanciação, pois um duas motivações é que Cristo está a direita do Pai e não do
altar. Contudo Calvino Crê que através dos dons eucarísticos todo cristão pode fazer a experiência de uma
comunhão real com Cristo, conduzido pelo o Espírito Santo.

Zwinglio vemos a negação total desta presença de real de Cristo, dos três é o mais radical, segundo a sua
doutrina a eucaristia é apenas um símbolo da qual age por meio do sujeito, e com isso tende para um lado
mais subjetivo. Outro ponto a se destacar a negação da missa como sacramento e, portanto a missa não é
sacrifício. O que se acontece na celebração é apenas uma ação comunitário da qual toda a comunidade
participar e ver tudo como um simbolismo, negando toda a doutrina eucarística.

9- Quantos e quais são os documentos do Concílio de Trento que tratam do sacramento da


Eucaristia? Quais os pilares da doutrina tridentina em matéria?

O Concílio de Trento, também conhecido como Concílio Tridentino, foi um importante evento da Igreja
Católica que ocorreu entre 1545 e 1563. Esse concílio foi convocado em resposta aos desafios trazidos pela
Reforma Protestante, que questionava diversas doutrinas e práticas da Igreja Católica. O objetivo do
Concílio de Trento era reafirmar e fortalecer a doutrina católica, além de realizar reformas necessárias na
Igreja.

Em relação ao sacramento da Eucaristia, o Concílio de Trento tratou do assunto em dois documentos


principais: a "Sessão XIII" e a "Sessão XXII".

Na Sessão XIII, realizada em 11 de outubro de 1551: o concílio abordou:

 O decreto sobre o sacramento da Eucaristia


 decreto sobre a comunhão em duas espécies.

Já na Sessão XXII, realizada em 17 de setembro de 1562, o concílio tratou de diversos aspectos relacionados
à Eucaristia, Entre eles

 o decreto sobre “doutrina sobre o sacrifício da Santa Missa”

Os pilares da doutrina tridentina em matéria de Eucaristia podem ser resumidos da seguinte forma:

Presença Real: O Concílio de Trento reafirmou a crença na presença real de Cristo na Eucaristia. Segundo
essa doutrina, o pão e o vinho consagrados durante a Missa se transformam substancialmente no corpo e no
sangue de Cristo, permanecendo apenas as aparências do pão e do vinho.
Sacrifício da Missa: O concílio enfatizou a natureza sacrificial da Missa, afirmando que ela é a renovação
não sangrenta do sacrifício de Cristo na cruz. A Missa é vista como o sacrifício supremo da Igreja, no qual
os fiéis se unem ao sacrifício de Cristo para a remissão dos pecados.

Comunhão sob uma espécie: O Concílio de Trento reafirmou a prática de oferecer a comunhão aos fiéis
apenas sob a forma do pão. Essa prática foi justificada com base na doutrina da presença real, afirmando que
receber o corpo de Cristo é suficiente para receber integralmente sua pessoa.

10-Qual a contribuição de A. Vonier, O. Casel e M. Thurian para a teologia eucarística


recente?

M. Thurian aprofundou a noção bíblica de memorial, mostrando o seu nexo com a noção de sacrifício.
Além disso, propôs uma leitura das palavras e gestos de Jesus na Última Ceia como memorial sacramental
do seu sacrifício salvífico. Procurou demonstrar como a celebração eucarística é Memorial do Senhor, no
qual se tornam presentes a sua pessoa e o seu único sacrifício, de modo que a Igreja passa a ter comunhão
com ele. Ele insiste que há uma inseparabilidade entre o memorial da comunhão (banquete) e i sacramento
do sacrifício de Cristo. Seus estudos ajudaram na teologia sacramental do sacrifício eucarístico.

Odo Casel, fez contribuições notáveis para a teologia eucarística ao enfatizar a dimensão sacrificial da
Eucaristia. Ele defendeu uma compreensão mais profunda do sacrifício de Cristo na Missa, argumentando
que a Eucaristia é a atualização sacramental do único e perfeito sacrifício de Cristo na cruz. Casel destacou
a importância da participação ativa dos fiéis na celebração eucarística, enfatizando que a Eucaristia é um
ato de adoração, ação de graças e comunhão. Sua abordagem ajudou a renovar o entendimento da
Eucaristia como um mistérica ( Categoria bíblica e patrística) central da fé cristã, no qual os fiéis são
chamados a se unir ao sacrifício redentor de Cristo. Odo casel afirma que a Missa é sacrifício, porque torna
presente o sacrifício da Cruz com toda a sua força, que se torna presente através de um rito estabelecido.

Juntamente com O. Casel e L. Billot, Vonier , sublinharam que não existe diferença de conteúdo entre a
Santa Missa e a Cruz: a Santa Missa torna presente o sacrifício da Cruz.

11-Quais as cinco afirmações que resumem o ensinamento eucarístico do Concílio Vaticano


II?

1. Presença real de Cristo (SC 55):


A Eucaristia é um sacrifício (SC 47 e 49):
A Eucaristia é um sacramento (SC 47):
A Eucaristia é um banquete SC 47 e 49):
A Eucaristia é um memorial da paixão, morte e ressureição de Crsito (SC 47)

12-Segundo o Catecismo da Igreja Católica qual é a parte mais importante da Liturgia


eucarística? Como se divide esta parte?

Oração Eucarística: É o coração da Liturgia Eucarística, onde o sacerdote, em nome de toda a assembleia,
oferece o pão e o vinho, que se tornarão o Corpo e o Sangue de Cristo, através da ação do Espírito Santo.
Durante essa parte, são proclamadas várias orações eucarísticas, sendo a mais comum conhecida como
"Cânon Romano". Se divide em:
A Ação de graças (expressa no Prefácio) – o sacerdote glorifica a Deus Pai e lhe rende graças por toda obra da
salvação;
A aclamação – a assembleia unida aos coros celestes, canta o santo;
A epiclese – na qual a Igreja implora a força do Espírito Santo para que os dons oferecidos se tornem Corpo e Sangue
de Cristo;
A narrativa da instituição e a consagração – mediante as palavras e ações de Cristo, se realiza o sacrifício que Ele
instituiu na última Ceia;
A anamnese – a Igreja faz a memória do próprio Cristo Senhor, cumprindo a ordem dele recebida, relembra a
paixão, gloriosa ressurreição e ascensão aos céus;
A oblação – pela qual a Igreja, na assembleia reunida, oferece ao Pai, no Espírito Santo, a hóstia imaculada, e que os
fiéis aprendam a oferecer-se a si próprios;
As intercessões – se exprime que a Eucaristia é celebrada em comunhão com toda a Igreja, tanto celeste como
terrestre;
A doxologia final – exprime a glorificação de Deus, confirmada e concluída com o Amém do povo.

13-Segundo o Catecismo da Igreja Católica, quais são as três principais dimensões da


Eucaristia? Explique-as brevemente. Qual delas é a primordial?

De acordo com o Catecismo da Igreja Católica, as três principais dimensões da Eucaristia são: memorial,
comunhão e presença real.

A dimensão memorial é destacada no Catecismo, que afirma: "A Eucaristia é um memorial no sentido de
que torna presente e atual o sacrifício que Cristo ofereceu uma vez por todas na cruz" (CIC 1362). Nesse
sentido, a Eucaristia é uma atualização sacramental do sacrifício redentor de Cristo, permitindo à Igreja
fazer memória da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo.

A dimensão da comunhão é mencionada no Catecismo ao afirmar que "a Eucaristia é também o sacrifício
da comunhão" (CIC 1382). Ao receber o Corpo e o Sangue de Cristo, os fiéis são unidos a Ele e entre si,
formando o Corpo de Cristo, que é a Igreja. Essa comunhão fraterna é enfatizada como parte essencial da
vivência da Eucaristia.

Quanto à dimensão da presença real, o Catecismo declara: "Na Eucaristia, o Filho de Deus vem ao nosso
encontro e nos une a Ele mesmo" (CIC 1381). A Eucaristia é a presença real de Jesus Cristo,
substancialmente presente no pão e no vinho consagrados. Essa dimensão enfatiza a realidade da presença
de Cristo e a importância da adoração e reverência diante da Eucaristia.

Dentre essas dimensões, a dimensão memorial é considerada a primordial, como afirma o Catecismo: "O
memorial é primordialmente o sacrifício da cruz que dá salvação e vida ao mundo" (CIC 1362). É
através dessa dimensão que a Eucaristia se torna a participação atual e sacramental do sacrifício redentor de
Cristo, fundamentando as outras dimensões da comunhão e da presença real.

14-Qual a matéria, a forma, o ministro e o sujeito do sacramento da Eucaristia?

Matéria: A matéria do sacramento da Eucaristia consiste no pão de trigo e no vinho de uva e uma gota
de agua. O pão utilizado deve ser feito exclusivamente de trigo e não conter outros ingredientes. O
vinho deve ser natural, puro e não fermentado, proveniente da uva.
Forma: A forma do sacramento da Eucaristia consiste nas palavras da consagração pronunciadas pelo
sacerdote durante a Missa no momento da Oração Eucarística. São elas: "Isto é o meu corpo", ao
consagrar o pão, e "Este é o cálice do meu sangue", ao consagrar o vinho. A oração Eucarística é o
ápice de toda a celebração.

Ministro: O ministro ordenado responsável por realizar a consagração e presidir a celebração da


Eucaristia é o Bispo que é um sacerdote validamente ordenado, e juntamente com o bispo, o seu clero
também validamente ordenado. Eles agem em persona Christi, ou seja, na pessoa de Cristo, ao realizar
a transubstanciação do pão e do vinho no Corpo e Sangue de Cristo.

Sujeito: O sujeito do sacramento da Eucaristia é o fiel batizado que está em estado de graça e possui a
devida preparação e disposição para receber a comunhão. A Eucaristia é o sacramento da plena
comunhão com Cristo e com a Igreja, por isso, é importante que o fiel esteja em comunhão com a
Igreja Católica e tenha recebido a Primeira Comunhão e esteja em estado de graça.

15-Pode-se usar os termos transfinalização e transignificação para indicar a transformação do


pão e do vinho em corpo e sangue de Cristo na Eucaristia?

Não, pois pode gerar confusão quanto a compreensão da presença real de Cristo na Eucaristia. o termo
"transignificação" foi utilizado para expressar a ideia de que ocorre uma mudança de significado dos
elementos eucarísticos. Segundo essa abordagem, o pão e o vinho não são mais apenas pão e vinho, mas
passam a significar o corpo e o sangue de Cristo, embora sua substância permaneça inalterada.

Apesar de o termo "transfinalização" explicar que a substância do pão e do vinho é transformada na


substância do corpo e do sangue de Cristo, enquanto as características externas (acidentes) permanecem as
mesmas. Assim, a finalidade (finalidade ontológica) desses elementos se transforma, tornando-se o corpo e o
sangue de Cristo. Assim, ao afirmar a doutrina da transubstanciação, que ensina que a substância do pão e
do vinho se transforma no corpo e no sangue de Cristo durante a celebração eucarística.

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