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“Na vigília de sua paixão, Ele abençoou o cálice, e dando-o aos seus
discípulos, disse: “bebei dele todos...4. “O cálice fora precedido pela benção
sobre o pão, como narra o Apóstolo Paulo, escrevendo aos coríntios: “O
Senhor Jesus, na noite que foi entregue, tomou o pão, deus graças, o partiu e
disse: Isto é o meu corpo que será para vós. Fazei isto em minha memória” 5.
Como nota Giovanni Toso6 , também na África tinha chegado a tradição da
Eucaristia: a Igreja de Cipriano era construída sobre este fundamento. É
interessante notar a referência de Ciprino ao texto da Carta de Paulo
endereçada aos Coríntios. O Bispo de Cartago, a propósito da última ceia,
assumindo o texto de São Paulo, escolhe um texto considerado o mais antigo
1
Ep. 63,2
2
Ep. 63,2.
3
Ep’.63,4
4
Ep. 63,9
5
Ep 63, 10.
6
Giovanni Toso, Cristiani com Corraggio,( nosso ser ceistãi hoje) Antologia ao cuidado de Giovanni Toso,
Edição Paulinas,p. 208.
2
7
DIDAQUE< c.9.
8
Justino, I Apol. C.65-67.
9
De lapsis,c.2.
10
De lapsis,c.15
11
De lapsis., c.25
12
De lapsis, c.36.
13
Orat.Dom., c.18.
14
Orat.Dom.,c.18
3
“Devemos repartir aquilo que Ele fez porque em todos os sacrifícios recordamos a sua
paixão; o sacrifício que oferecemos é, de fato, a paixão do Senhor. Todas as vezes que
oferecemos o cálice em memória do Senhor e de sua paixão, a Escritura nos recomenda
repetir aquilo que fez o Senhor.
Se alguns de nossos predecessores (escreve Cipriano ao bispo Cecílio de Bilt), irmão
caríssimo, por ignorância ou porque não dava importância ao fato, não realizou e não
respeitou aquilo que o Senhor nos mandou fazer com seu exemplo e o seu ensinamento, isto
é negócio seu. A bondade divina poderá escusar o sua pobreza. Nós, ao invés, não podemos
ser escusados, por que temos tido agora a admoestação do Senhor que nos ensina oferecer o
seu cálice com vinho e água, conforme a modalidade que ele seguiu na oferta”17.
15
Ep. 25. A Ceia do Senhor corresponde ao “Kuriacon deipnon”da Carta aos corrintios, (1Cor 11,20).
Discute-se poré, sofre a “fractio panis” contida nos ATOS DO Apóstolos( At 2,42. 46; 20,7.11) se correspnde
verdaderamente à celebração da eucaristia. O trmo almem de ser usado na Escritura, se enconta na
Didaqué( .c. 9,10), em Santo Inácio de Antioquia e em Justino. No século II o termo indicava aoração longa
de agradecimento que culminara com as palavras da consagração, Cipriano usa estas expressões para indicar
a a eucaristia : “. “post corpus et sabguinem Domini”( De lapsis, c.2);”corpus domini” (De lapsis,c.
15),”panem mero mixtum’,”calicem” “ëucaristia”, “”sanctificatus potus in saguine Domini “De lapsis,c.25) ;
“sacrifício a sacedote celebrato”” ( De lapsis c.26),”corpus:”, “eucaristiam”, “pane celesti”( Orat. Dom. c.18),
Cipriano usas tr6es expressões para indicara mesma realidade : “protectiome sanguinis et corporisw
Christi”( Ep. 57,2), Eucaristia”, “sanguinem Christi”( Ep. 57,2), “ad poculum “martyrii”Ep. 57,2).
16
Ep.57,2. O “cálice do Senhor”) Ep.57,2) ou “o cálice do sangue de Cristo”( Ep 58,1) contêm
verdadeiamente o sangue do Senhor( cf.Ep 73,4.9. 12.13.15.)
17
Ep. 63,17.
18
Ep 63,13.
4
19
De Lapsis, c. 26.
20
Cf, Justino Apologia,c.6n5-67.
21
De Lapsis,c. 25.
22
Ep 1,2
23
Ep 37,1; 62,3.
24
Didaqué, c. 14,1; Ep. 57.3; 58.1; 63,15.
25
Ep de Barnabé,c. 15,8.
26
Apol. 1,67.Cf. et Ep. 57,; 58,1; 63,15; o Pai Nosso,,c. 18.
27
Ep.63,13,1-5.
28
Ep. 39,5.
29
De OP et El,c.15; Ep. 1,1.
30
De Lapsis,c.25)
31
Ep. 52,2.
32
De Lapsis , c. 25.
5
Quem participa da eucaristia deve ser batizado e ter recebido o Espírito 35.
A ação batismal se desenvolvia em dois tempos: a imersão e a imposição dos
mãos. Era necessário depois demonstrar à comunidade ser dignos da eucaristia
através das disposições de animo e daquela conduta de vida que garantam a
seriedade e a perseverança do que vai comungar. Quem não é santo é
excluído. Quem atraiçoa a fé e admoestado e afastado da eucaristia: “Somente
o que esta limpo comerá a carne do sacrifício; será tirado do meio do povo
aquele, coberto de impurezas; comerá da carne do santo sacrifício que
pertence ao Senhor”36. E o Apóstolo lança esta ameaça àqueles que são
obstinadamente rebeldes “ Quem comer o Pão e quem beber o Sangue do
Senhor indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor”37. Numa outra
passagem: “Não podeis beber cálice do Senhor e o do demônio. Não podeis
ter comunhão com a mesa do Senhor e com do demônio”38.
A omissão de expiar, através da penitência, as culpas cometidas, exclui da
participação da comunhão com o corpo de Cristo. O Senhor quer uma
santidade perfeita, que resulte tal para a comunidade , exigindo a expiação
também daquelas culpas que ficam escondidas à consciência, porque
33
De Lapsis,c..26.
34
De Pat.c.14.
35
Ep. 63,3>
36
Lv 7,20.
37
1 Cor 1,27.
38
De Lapsis,c. 15,
6
39
De Lapsis, c.25.
40
Ep. 67,4.
7
Ministro da Eucaristia.
1. A Eucaristia é sacrifício
47
Ep.63,3.
48
Ep.63,4.
49
Ep.63,4..
50
Ep. 63,9.
51
1 Cor 11,23-26.
9
repetimos, em memória do Senhor, aquilo que ele fez. Não podemos, portanto,
afirmar que se observem as prescrições do Senhor, se não se repete também
de nossa parte aquilo que ele realizou, misturando a água e o vinho, sem
afastar-se do ensinamento divino. Não devemos absolutamente afastar-nos
dos preceitos do Evangelho”52. O apostolo diz que os discípulos devem, por
sua vez, repetir aquilo que o mestre fez e ensinou. Escreve o apóstolo( Paulo):
“Admiro-me ver-vos assim logo passar daquele que vos chamou à graça e a um evangelho diverso.
que de fato não existe. Existem alguns que lançam a perturbação entre vós e querem desarranjar o
evangelho de Cristo. Pois bem, qualquer vos anunciasse um evangelho diferente daquele que vos
temos pregado, mesmo que fossemos nós mesmos, ou fosse um anjo descido do ceu, seja
anatema”53.
“Como Cristo carregava a todos nós e carregava nossos pecados,assim vemos que na
águia é significado o povo, enquanto que no vinho, é sifgnificado o sangue de Cristo.
Quando no cálice a água “se mistura como vinho,é o povo que se une a Cristo, é a massa
dos crfentes , que se conjuga e se reune comAquele no qual crê. Esta união e esta mistura
da água e do vinho no cálide do Senhor é tal que os dois elementos não se podem separaR.
Consequentmente nenhum acontgecimento poderá separar a Igreja de Cristo,isto é, nada
poderá desunir dele opovo que se encontra na Igreja e que persevera com confiança e com
firmeza naquilo que acreditou. E nada poderá impedir a indivisível e contínua união
amorosa com o Cristo”. Vejamos também na mesma carta de Cipriano (Ep.63,13): .
“A unidade do povo cristão é figurada també pelo simbolo(do pão): como muitos
grãozinhos de trigo quando são unidos,esmagados e foramndo juntemnte uma massa ,
foram um só pão, assim em Cristo, que é pão do Céu, há como sabemos um só corpo, no
qual a nossa pluralidade e conjunta e confusa”.
52
Ep.63, 10.
53
Gal 1,6-9; Ep. 63,10.
10
“Nós que estamos em Cristo e que cada dia recebemos a sua eucaristia
como alimento de salvação, pedimos que seja dado diariamente este pão para
não separar-se do corpo de Cristo, caindo em algum delito grave, que nos
impeça de comunicar-nos com o pão celeste e nos obrigue a nos abster-nos” 55.
A eucaristia é o alimento diário, não dominical para a Igreja. Estas celebra
seus esponsais com o mistério da paixão de Cristo, todo o dia,
cotidianamente : medida do diálogo de convivência e de comunicação entre a
Igreja e o corpo de Cristo, não é o ano, nem a ocasião de algum aniversário,
mas a duração do dia que é a medida habitual que o homem percebe na sua
existência o tempo. Todo o ia a Igreja procura este alimento para a salvação e
para a união com Cristo, reforçando as ligações entre os fiéis e o Senhor e
impedindo a defecção com o pecado. Portanto a eucaristia significa união
habitual e constante com Cristo. Entre os múltiplos efeitos que ela produz é o
que oferecer “a defesa util”, não mágica permanecer nas linhas de combate.
54
Ep.63.17.
55
Dom.Orat.,c.18.
11
altar aquele que vem sacrificar e se encontra em desacordo com qualquer 61. A
eucaristia deve produzir a fé na comunidade dos homens e na realização cristã
de um irmão62.
Esta unidade entendida b por Cipriano sobretudo no interior da comunidade
dos crentes ,é hoje recolocada com nova sensibilidade a todos os homens.
Quem vem ao sacrifício e não faz participante os pobres da sua riqueza não
merece o louvor do Senhor, Feliz, ao invés, aquela mulher, “pobre e viuva que
doa para beneficiência (aquilo que tem),também mesmo que todas as ofertas
são distribuídas aos orfãos e às viuvas63.
Em lugar do principio da defesa com agressão(si vis pacem, para bellum) a
eucaristia propõe a união e condivisão, não principio da prevaricação e nem
mesmo o que alinhamento.
Nos momentos mais difíceis, será o bispo que recriará a unidade, utilizando
também o indulto, isto é, o perdão mais vasto para ser de mais união e mais
fortes no período66.
A eucaristia torna-se também terreno de intercâmbio das reciprocas cortesias
religiosas, a mesa religiosa comum. Quando uma igreja manda auxílios
econômicos a uma outra , quando se escreve e se espera uma resposta, quando
se dá e se pede alguma coisa em troca, referência constante , o lugar no qual
todos nos encontramos ou se encontram, é a eucaristia: oferece-se e se pede
uma lembrança “no sacrifício”67.
A eucaristia é o momento culminante da máxima coesão com o corpo da
Igreja, com a família de Deus. Nãos e trata de uma unidade aristocrática de
simples amizade, porque a união é mística e somente atingível com a fé:
“Quando no cálice se mistura água com vinho, é o povo que se une a Cristo, é
a multidão dos crentes que se junta e se reúne Àquele no qual crê”68.
dispersão que se percebe sem uma explicação na vida e aceita conviver com
o próprio desepero.
A vida cristã , conforme Cipriano, leva, ao invés, à unidade mais profunda
com Cristo que é eucaristia e sacrifício, Contra a dissolução contemporânea,
tão evidente no desespero individual, nas estruturas da sociedade e nas
próprias cidades que não possui mais um centro de unidade própria, a vida do
cristão deve propor a unidade dos valores cristãos e tornar necessário o
acesso universal ao que produz a unidade.