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1 CURSO ONLINE: FUNDAMENTOS DA TEOLOGIA REFORMADA – AUGUSTUS NICODEMUS

Módulo 10: O corpo de Cristo

Aula 42: Ceia do Senhor

INTRODUÇÃO

1) Na aula de hoje estudaremos o segundo sacramento, que é a ceia do Senhor


2) Como no caso do batismo, existem também controvérsias acerca da ceia do Senhor
entre os evangélicos.
3) Não pretendemos resolver essas polêmicas e nem poderíamos nesse curto espaço
de tempo.
4) Nosso objetivo é dar a posição reformada daqueles que escrever uma confissão de
fé de Westminster e tocar em alguns dos pontos polêmicos.

I – POR QUE JESUS INSTITUIU A CEIA PARA SUA IGREJA

1) Já vimos que no Antigo Testamento Deus havia dado a Páscoa para Israel como sinal
e selo da sua aliança
a. A Páscoa lembrava a libertação do Egito
b. Ela anunciava o perdão de pecados através da morte do Messias que haveria
de vir.
c. Ela era em essência a mesma coisa da ceia do Senhor
2) O Senhor Jesus substituiu a Páscoa pela ceia, na noite em que foi traído, e ordenou
que seus discípulos a guardassem até que ele retornasse.
3) Em linhas gerais, podemos dizer que o Senhor Jesus instituiu a ceia por esses
motivos:
a. Para que os seus discípulos se lembrem da sua morte para tirar os pecados
deles.
b. Ser um meio de graça pelo qual o seu povo se alimenta verdadeiramente dos
benefícios da sua morte
c. Uma manifestação pública de nosso compromisso, como cristãos, de seguir
aquele que morreu por nós na cruz.
d. Para que nós tivéssemos comunhão com ele e uns com os outros, como parte
que somos do corpo de Cristo.

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4) Portanto, os cristãos não celebram mais a Páscoa, como os judeus a faziam, mas
celebramos a Ceia do Senhor, como memorial eterno da morte do Cordeiro de Deus,
que é a nossa Páscoa.
a. Assim, repudiamos aqueles que querem introduzir nas igrejas cristãs a
celebração de costumes da lei cerimonial dada a Israel, e que já foi cumprida
em Cristo.
b. Isso não nos impede de lembrar os eventos da morte e ressurreição de Cristo
durante a semana da Páscoa
c. Mas, não celebramos a Páscoa como os judeus faziam.
5) Também, é importante aqui nos afastarmos do conceito católico romano quanto à
Ceia do Senhor
a. Para a igreja romana, na Missa, Cristo se oferece outra vez ao Pai como
sacrifício pelo perdão de pecados do povo
b. O pão e o vinho se transformam, pela palavra do sacerdote, no corpo e no
sangue de Cristo, de forma que o evento é visto como “o santo sacrifício da
Missa”.
6) Diante desse conceito que a igreja de Roma mantém até hoje, dizemos:
a. A declaração de Jesus “isto é o meu corpo” e “isto é o meu sangue” querem
apenas dizer “isso representa meu corpo” e “isso representa o meu sangue”
b. Portanto, o que temos na Ceia não é o real corpo de Cristo e nem está ele ali
sendo outra vez sacrificado pelos pecados
c. Cristo morreu uma única vez pelos pecados – a Ceia é um sacramento “em
memória” da sua morte e da sua ressurreição.
d. Embora, como sacramento, a Ceia ofereça graça aos que participam com fé,
de modo algum se constituiu num novo sacrifício de Cristo, como se ele ali
estivesse presente em carne e osso, sangue e nervos, corpo completo e real.
7) Por esses motivos, nenhum crente em Cristo deveria participar da missa católica, uma
vez que ela é uma afronta às Escrituras que nos ensinam que o sacrifício de Cristo é
único e já foi feito de uma vez por todas.
8) Textos bíblicos

I Cor. 11:23-26 – O Senhor Jesus ... tomou o pão, e, tendo dado graças, o partiu e
disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim... Este

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cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em
memória de mim...

1Cor. 10: 16-17, 21 – O cálice da bênção que abençoamos... é a comunhão do sangue


de Cristo... O pão que partimos é a comunhão do corpo de Cristo... nós, embora
muitos, somos unicamente um pão, um só corpo; porque todos participamos do único
pão.

1Cor. 12:13 – Em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer


judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um
só Espírito.

Heb. 9:22, 25-26, 28 – Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do
verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus;
nem ainda para se oferecer a si mesmo muitas vezes... Ora, neste caso, seria
necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora,
porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar,
pelo sacrifício de si mesmo, o pecado. E, assim como aos homens está ordenado
morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo, assim também Cristo, tendo-se
oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda
vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação.

Heb. 7:23-24, 27 – [Os filhos de Arão] são feitos sacerdotes em maior número, porque
são impedidos pela morte de continuar; [Cristo], no entanto, ... não tem necessidade,
como os sumos sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro, por seus
próprios pecados, depois, pelos do povo; porque fez isto uma vez por todas, quando
a si mesmo se ofereceu.

Heb. 10:11-12, 14, 18 – Ora, todo sacerdote se apresenta, dia após dia, a exercer o
serviço sagrado e a oferecer muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca jamais
podem remover pecados; Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único
sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus... Porque, com uma única
oferta, aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados... Ora, onde há
remissão destes, já não há oferta pelo pecado.

9) O que diz a Confissão de Fé

I - Na noite em que foi traído, nosso Senhor Jesus instituiu o sacramento do seu corpo
e sangue, chamado Ceia do Senhor, para ser observado em sua Igreja até ao Fim do
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mundo, a fim de lembrar perpetuamente o sacrifício que em sua morte Ele fez de si
mesmo; selar aos verdadeiros crentes os benefícios provenientes desse sacrifício;
para o seu nutrimento espiritual e crescimento nele e a sua obrigação de cumprir
todos os seus deveres para com Ele; e ser um vínculo e penhor da sua comunhão
com Ele e de uns com os outros, como membros do seu corpo místico.

II. Neste sacramento não se oferece Cristo a seu Pai, nem de modo algum se faz um
sacrifício pela remissão dos pecados dos vivos ou dos mortos, mas se faz uma
comemoração daquele único sacrifício que Ele fez de si mesmo na cruz, uma só vez,
e por meio dele uma oblação de todo o louvor a Deus; assim o chamado sacrifício
papal da missa é sobremodo ofensivo ao único sacrifício de Cristo, o qual é a única
propiciação por todos os pecados dos eleitos.

II. COMO A CEIA DEVE SER CELEBRADA

1) Considerando a importância da Ceia e o fato que ela foi instituída pelo Senhor Jesus,
devemos então celebrá-la de acordo com o que podemos depreender do ensino das
Escrituras.
2) Já vimos que é possível deduzir teologicamente do ensino geral da Bíblia que a Ceia
deve ordinariamente ser ministrada pelos que também foram ordenados ou
consagrados como ministro da Palavra.
3) Eles devem ensinar ao povo de Deus o significado da Ceia e para isso usar as
palavras de Jesus, na noite em que foi traído, e com as quais instituiu esse
sacramento.
a. Lembremos que o Espírito Santo irá usar a Palavra de Deus para abençoar os
participantes
b. Não existe poder nos elementos em si ou no ministrante
4) Após orar, o ministrante deve distribuir os elementos ao povo, nessa ordem, o pão
primeiro, o cálice em seguida.
a. Quando Jesus instituiu a Ceia, usou vinho regular, a bebida normal dos judeus
durante as celebrações. Portanto, é perfeitamente válido hoje que igualmente
usemos o vinho.
b. Entretanto, não há empecilho para que, por motivos diversos, uma igreja
prefira celebrar com suco de uva, uma vez que também é “fruto da vide” (Mt
26.29).

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5) Os que ministram a Ceia devem participar dos elementos, o pão e o vinho, juntamente
com o povo, pois são também pecadores salvos pela graça, mediante o sacrifício de
Cristo e carecem do alimento espiritual.
6) Não se deve levar o pão e o vinho para pessoas que não estiverem ali, com os demais
irmãos, celebrando a Ceia do Senhor.
a. No caso de pessoas doente, que não podem se deslocar, é possível o pastor
celebrar a Ceia com eles, mediante a realização de um culto em sua casa com
esse propósito específico.
b. Fora essa exceção, não se deve levar o pão e o vinho que foram usados na
Ceia para nenhum outro propósito.
7) O pão e o vinho que foram usados para a celebração da Ceia não ficam impregnados
de alguma virtude ou poder, de forma a serem algo santo e sagrado. A sua eficácia é
somente durante o tempo da celebração.
8) Dessa forma, discordamos da maneira como a igreja romana celebra a Eucaristia,
especialmente nos pontos abaixo.
a. O cálice não é dado ao povo, mas somente o sacerdote bebe dele.
b. Os elementos são tratados como se fossem santos, por causa da doutrina da
transubstanciação e assim eles são:
i. Elevados e adorados
ii. Levados em procissão para serem adorados
c. Esses são mais outros motivos pelos quais um crente no Senhor Jesus não
deveria participar da missa ou eucaristia numa igreja católica
9) Textos bíblicos

Mar. 14:22-24 – E, enquanto comiam, Jesus pegou um pão e, abençoando-o, o partiu


e lhes deu, dizendo: — Tomem; isto é o meu corpo. A seguir, Jesus pegou um cálice
e, tendo dado graças, o deu aos seus discípulos; e todos beberam dele. Então lhes
disse: — Isto é o meu sangue, o sangue da aliança, derramado em favor de muitos.
Em verdade lhes digo que nunca mais beberei do fruto da videira, até aquele dia em
que beberei o vinho novo, no Reino de Deus.

At. 20:7 – No primeiro dia da semana, nós nos reunimos a fim de partir o pão. Paulo,
que pretendia viajar no dia seguinte, falava aos irmãos e prolongou a mensagem até
a meia-noite.[relação Ceia e Palavra]

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I Cor. 11:27-29 – Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor
indignamente será réu do corpo e do sangue do Senhor. Que cada um examine a si
mesmo e, assim, coma do pão e beba do cálice. Pois quem come e bebe sem discernir
o corpo, come e bebe juízo para si.

Mat. 15:9 – E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens.

I Cor. 11:20 – Quando, pois, se reúnem no mesmo lugar, não é a ceia do Senhor que
vocês comem.

10) O ensino da Confissão de Fé

III. Nesta ordenança o Senhor Jesus constituiu seus ministros para declarar ao povo
a sua palavra de instituição, orar, abençoar os elementos, pão e vinho, e assim
separá-los do comum para um uso sagrado, tomar e partir o pão, tomar o cálice dele
participando também e dar ambos os elementos aos comungantes e tão somente aos
que se acharem presentes na congregação.

IV. A missa ou recepção do sacramento por um só sacerdote ou por uma só pessoa,


bem como a negação do cálice ao povo, a adoração dos elementos, a elevação ou
procissão deles para serem adorados e a sua conservação para qualquer uso
religioso, são coisas contrárias à natureza deste sacramento e à instituição de Cristo.

III – A CONTROVÉRSIA SOBRE “ISTO É MEU CORPO”

1) As palavras de Cristo “isto é o meu corpo” e “isto é o meu sangue” têm sido
interpretadas de maneira diferente por católicos e reformados.
2) As principais linhas de interpretação são essas:
a. Transubstanciação – ensino católico romano que os elementos se
transformam verdadeiramente no corpo e no sangue de Cristo mediante as
palavras de instituição do sacerdote.
b. Consubstanciação – o ensino de Lutero que corpo de Cristo estava fisicamente
presente em e com o pão e vinho, mas que o pão não deixava de ser pão, nem
o vinho deixava de ser vinho.
c. Em memória apenas – posição de Zwinglio, reformador suíço, que entendia
que Cristo não estava presente no sacramento.
d. A posição calvinista, que Cristo está presente espiritualmente nos elementos,
os quais não se transformam no corpo de Cristo.
3) Seguimos a posição de Calvino, que pode ser resumida dessa forma:
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a. Cristo está presente espiritualmente, e não fisicamente, como ensinam a


transubstanciação e a consubstanciação.
b. Embora os elementos não sejam o corpo de Cristo, contudo existe uma relação
deles com Cristo que permite ao participante ser abençoado espiritualmente e
verdadeiramente se alimentar de Cristo, se participar com fé. É mais do que
somente um memorial.
c. É por isso que Jesus se referiu aos elementos como “isso é o meu corpo” –
não literalmente e nem figuradamente, mas espiritualmente.
4) A doutrina católica da transubstanciação deve ser rejeitada pelos seguintes motivos:
a. É contrária à razão e o bom senso – é evidente que a hóstia e o vinho não
passam por nenhuma mudança em sua essência.
b. É contrária às Escrituras, que ensinam que Cristo morreu uma única vez pelos
pecados.
c. Estimula a idolatria, com a veneração, elevação, procissão e adoração da
hóstia como se fosse o corpo de Cristo.
5) Os textos bíblicos são os mesmos que temos já citado acima.
6) O ensino da Confissão de Fé:

V. Os elementos exteriores deste sacramento, devidamente consagrados aos usos


ordenados por Cristo, têm tal relação com Cristo Crucificado, que verdadeira, mas só
sacramentalmente, são às vezes chamados pelos nomes das coisas que
representam, a saber, o corpo e o sangue de Cristo; porém em substância e natureza
conservam-se verdadeira e somente pão e vinho, como eram antes.

VI. A doutrina geralmente chamada transubstanciação, que ensina a mudança da


substância do pão e do vinho na substância do corpo e do sangue de Cristo, mediante
a consagração de um sacerdote ou por qualquer outro meio, é contrária, não só às
Escrituras, mas também ao senso comum e à razão, destrói a natureza do
sacramento e tem sido a causa de muitas superstições e até de crassa idolatria.

IV – OS BENEFÍCIOS DE PARTICIPAR DA CEIA

1) Existe, portanto, uma bênção real em participarmos de maneira correta da Ceia do


Senhor.
2) Cristo está presente espiritualmente nos elementos durante o momento da
celebração – não está presente fisicamente, em nenhum sentido.

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3) Mas sua presença espiritual é bem real para os que dele se achegam com fé.
4) Da mesma forma que sentimos o cheiro e o gosto do pão e do vinho com nossos
sentidos (olfato e paladar) e deles nos alimentamos, também percebemos a Cristo
espiritualmente, pela fé, e dele nos alimentamos verdadeiramente.
5) Na prática, isso não quer dizer emoções ou sentimentos – embora possam ocorrer
durante a celebração – mas renovação da nossa fé, o fortalecimento da nossa
confiança e da esperança em Cristo.
6) Contudo, esses benefícios só são transmitidos pelo Espírito Santo aos que participam
dignamente da ceia do Senhor, isto é:
a. Os verdadeiros crentes em Cristo
b. Estão conscientes do que a Ceia representa e não adotam nenhuma ideia
estranha ou erro teológico sobre ela
c. Participam em fé, examinando o seu coração e confessando seus pecados,
disposto a renunciar a todos eles.
d. Discernem a presença espiritual de Cristo nos elementos
e. É por isso que não admitimos crianças à Ceia – elas precisam professar sua
fé em Cristo antes disso.
f. E também essa é a razão pela qual somente pessoas batizadas e que fizeram
profissão de fé deveriam participar da Ceia
7) Os que participam da Ceia sem ser crentes verdadeiros estarão apenas comendo um
pedaço de pão e bebendo um pouco de vinho.
a. Nada recebem da parte do Espírito Santo de Deus.
b. Em nada participam dos benefícios de Cristo
c. Na verdade, só agravam sua culpa e condenação diante de Deus
d. É por isso que não devemos permitir que descrentes participem da Ceia do
Senhor e deixar isso bem claro na hora da celebração
8) Quanto a crentes verdadeiros que tenham uma atitude errada ou que mantenham
conceitos errados sobre a Ceia do Senhor, igualmente não participam dos benefícios
desse sacramento, ainda que tomem os elementos.
a. É por isso que as igrejas devem tomar providências para impedir que crentes
vivendo em pecado participem da Ceia.
b. Tratamento pastoral e as vezes disciplinar são necessários
9) Algumas referências bíblicas

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I Cor. 11:27-32 – Aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente
será réu do corpo e do sangue do Senhor. Que cada um examine a si mesmo e,
assim, coma do pão e beba do cálice. Pois quem come e bebe sem discernir o corpo,
come e bebe juízo para si. É por isso que há entre vocês muitos fracos e doentes e
não poucos que dormem. Porque, se julgássemos a nós mesmos, não seríamos
julgados. Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo Senhor, para não sermos
condenados com o mundo.

I Cor. 10:16 – Não é fato que o cálice da bênção que abençoamos é a comunhão do
sangue de Cristo? E não é fato que o pão que partimos é a comunhão do corpo de
Cristo? [de fato nos alimentamos de Cristo]

I Cor. 10:21 – Vocês não podem beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios;
não podem ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios. [a
necessidade de participar da ceia corretamente]

I Cor. 5:6-8 – Não é bom esse orgulho que vocês têm. Por acaso vocês não sabem
que um pouco de fermento leveda a massa toda? Joguem fora o velho fermento, para
que vocês sejam nova massa, como, de fato, já são, sem fermento. Pois também
Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado. Por isso, celebremos a festa não com o
velho fermento, nem com o fermento do mal e da maldade, mas com o pão sem
fermento, o pão da sinceridade e da verdade. [necessidade de participarmos
corretamente da Ceia]

I Cor. 5.11-13 - Não se associem com alguém que, dizendo-se irmão, for devasso,
avarento, idólatra, maldizente, bêbado ou ladrão; nem mesmo comam com alguém
assim... Expulsem o malfeitor do meio de vocês. [excluir membros indignos da ceia]

10) O ensino da Confissão de Fé

VII. Os que comungam dignamente, participando exteriormente dos elementos


visíveis deste sacramento, também recebem intimamente, pela fé, a Cristo
Crucificado e todos os benefícios da sua morte, e nele se alimentam, não carnal ou
corporalmente, mas real, verdadeira e espiritualmente, não estando o corpo e o
sangue de Cristo, corporal ou carnalmente nos elementos pão e vinho, nem com eles
ou sob eles, mas espiritual e realmente presentes à fé dos crentes nessa ordenança,
como estão os próprios elementos aos seus sentidos corporais.

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VIII. Ainda que os ignorantes e os ímpios recebam os elementos visíveis deste


sacramento, não recebem a coisa por eles significada, mas, pela sua indigna
participação, tornam-se réus do corpo e do sangue do Senhor para a sua própria
condenação; portanto eles como são indignos de gozar comunhão com o Senhor, são
também indignos da sua mesa, e não podem, sem grande pecado contra Cristo,
participar destes santos mistérios nem a eles ser admitidos, enquanto permanecerem
nesse estado.

Até a próxima aula!

LINKS ÚTEIS:

Para acessar as aulas, salve o link: https://augustusnicodemus.com/portal

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