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Lolek
Antes de ser João Paulo II, antes de ser
o Papa que veio do leste, chamava-se
Karol Wojtyla. Para os amigos era
Lolek, que em português correspon-
de a Carlinhos. O apelido foi dado por
sua mãe, Emilia.
A cerimônia de canonização deu-se no dia 27 de abril de 2014, dia em que
foi comemorada a festa da Divina Misericórdia. Neste mesmo dia, também foi
canonizado o papa João XXIII, numa cerimônia conjunta celebrada pelo papa
Francisco e concelebrada pelo papa emérito Bento XVI.
A Novena
LADAINHA DE SÃO JOÃO PAULO II São João Paulo II, rogai por nós.
(texto para todos os dias da novena) Perfeito discípulo de Cristo, …
Generosamente dotado com os dons
Senhor, tende piedade de nós. do Espírito Santo,
– Senhor, tende piedade de nós. Grande apóstolo da Divina Miseri-
Cristo, tende piedade de nós. córdia,
– Cristo, tende piedade de nós. Fiel Filho de Maria,
Senhor, tende piedade de nós. Totalmente dedicado à Mãe de Deus,
– Senhor, tende piedade de nós. Perseverante pregador do Evange-
lho,
Jesus Cristo ouvi-nos. Papa Peregrino,
– Jesus Cristo ouvi-nos. Papa do Milênio,
Jesus Cristo atendei-nos. Modelo de diligência,
– Jesus Cristo atendei-nos. Modelo dos sacerdotes,
Que extraístes forças da Eucaristia,
Deus, Pai dos céus, tende piedade Homem incansável da oração,
de nós. Amante do Rosário,
Deus Filho, Redentor do mundo, Força dos que duvidam de sua fé,
tende piedade de nós. Que desejastes unir todos aqueles
Deus Espírito Santo, tende piedade que creem em Cristo,
de nós. Conversor dos pecadores,
Santíssima Trindade, que sois um só Defensor da dignidade de toda pes-
Deus, tende piedade de nós. soa,
Defensor da vida desde a concepção
Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por até à morte natural,
nós. Que rogastes pelo dom da paterni-
dade para o infértil,
Amigo das crianças, 1º dia – Amor
Líder da juventude,
Intercessor das famílias, Tenha a coragem de viver por amor…
Consolador dos sofredores, A grandeza de uma pessoa não está
Que valorosamente suportastes vos- em suas posses, mas em quem é,
sa dor, não naquilo que possui, mas no que
Semeador de divina alegria, compartilha com os outros.
Grande intercessor pela paz,
Orgulho da nação polonesa, (…) Esta mensagem sobre a pureza do
Brilho da Santa Igreja, coração torna-se hoje muito atual. A
Para que possamos ser fiéis imitado- civilização da morte quer destruir a
res de Cristo, pureza do coração. Um dos seus mé-
Para que possamos ser fortes com o todos de agir é pôr intencionalmente
poder do Espírito Santo, em dúvida o valor da atitude do ho-
Para que possamos ter confiança na mem, que definimos como virtude da
Mãe de Deus, castidade. É um fenômeno de modo
Para que possamos crescer em nossa particular perigoso quando o objecti-
fé, esperança e caridade vo do ataque são as consciências sen-
Para que possamos viver em paz em síveis das crianças e dos jovens.
nossas famílias,
Para que possamos saber perdoar, Uma civilização que, agindo desta
Para que possamos saber suportar o forma, fere ou até aniquila uma re-
sofrimento, lação correta entre os homens, é uma
Para que não sucumbamos à cultura civilização da morte, porque o ho-
da morte, mem não pode viver sem o verdadei-
Para que não tenhamos medo e co- ro amor… Anunciai ao mundo a «Boa
rajosamente combatamos as várias Nova» da pureza do coração e, com
tentações, o exemplo da vossa vida, transmiti
Para que interceda e nos obtenha a a mensagem da civilização do amor.
graça de uma morte feliz, rogai por Conheço a vossa sensibilidade à ver-
nós. dade e à beleza. Hoje, a civilização da
morte propõe-vos, entre outras coi-
Cordeiro de Deus, que tirais o peca- sas, o chamado «amor livre». Neste
do do mundo, perdoai-nos, Senhor! gênero de deformação do amor che-
Cordeiro de Deus, que tirais o peca- ga-se à profanação dum dos valores
do do mundo, ouvi-nos, Senhor! mais queridos e sagrados, porque a
Cordeiro de Deus, que tirais o peca- libertinagem não é amor nem liber-
do do mundo, tende piedade de nós! dade…
Rogai por nós, São João Paulo II, Não tenhais medo de viver contra as
para que sejamos dignos das pro- opiniões da moda e as propostas em
messas de Cristo. Amém! contraste com a lei de Deus. A cora-
gem da fé tem um preço muito eleva- A verdade é a luz da inteligência hu-
do, mas vós não podeis perder o amor! mana. Se desde a juventude a mente
Não permitais que alguém vos torne humana procura conhecer a realida-
escravos! Não vos deixeis seduzir pe- de nas suas várias dimensões, faz isto
las ilusões da felicidade, pelas quais a fim de possuir a verdade, para viver
deveríeis pagar um preço demasiado a verdade. Tal é a estrutura do espíri-
elevado, o preço de feridas por vezes to humano. A fome de verdade é a sua
incuráveis ou até duma vida despe- aspiração e expressão fundamental.
daçada! Cristo diz: “Conhecereis a verdade e
a verdade vos libertará”. Das pala-
João Paulo II, Homilia, Sandomierz. vras do Evangelho, estas certamente
12/06/1999 estão entre as mais importantes. Elas
se referem, na verdade, ao homem
Oremos: Deus, nosso Pai, a fim de todo. Explicam a base sobre a qual
voltarmos para vós, devemos encon- são construídos a partir de dentro,
trar vossa misericórdia, vosso pa- na dimensão do espírito humano, a
ciente amor que em Vós não conhece dignidade e a grandeza próprias do
limites. Infinita é a vossa prontidão homem.
em perdoar os nossos pecados assim
como inefável é o sacrifício de vosso O conhecimento que liberta o homem
Filho. Com confiança pedimos, pela não depende apenas da instrução,
intercessão de São João Paulo II, que mesmo que seja na faculdade; tam-
nos concedais esta graça… por Cris- bém o pode possuir um analfabeto;
to Nosso Senhor. Amém. mas esta instrução, como conheci-
mento sistemático da realidade, deve
Pai Nosso… Ave Maria… Glória… servir a essa dignidade e grandeza.
Portanto, deveria servir à verdade…
Ladainha… Neste campo as palavras de Cristo:
“Conhecereis a verdade e a verdade
2º dia – Verdade vos libertará” vêm a ser um progra-
ma essencial.
Ninguém pode ditar a outro a sua
própria “verdade”. A verdade vence Os jovens, se podemos dizer assim,
por seu próprio poder. Impor seus têm um “senso de verdade” congê-
próprios pontos de vista torna as nito. E a verdade deve servir para a
relações interpessoais piores, dan- liberdade: os jovens também têm um
do origem a disputas e tensões. As- espontâneo “desejo de liberdade”. O
sim, uma das condições para manter que significa ser livre? Significa saber
a paz no mundo é de respeitar a li- usar a nossa liberdade na verdade,
berdade de consciência dos outros, ser “verdadeiramente” livre. Ser ver-
mesmo que eles pensam de maneira dadeiramente livre não significa de
muito diferente de nós. forma alguma fazer tudo aquilo que
me agrada ou que eu queria fazer. A
liberdade traz consigo a critério da se acumulam sobre os caminhos de
verdade, a disciplina da verdade. Ser sua vida. Eu conto com vocês, em
verdadeiramente livre significa usar seu entusiasmo juvenil e dedicação
a própria liberdade para aquilo que a Cristo.
é verdadeiramente bom… para ser
um homem de reta consciência, ser O homem não pode viver sem amor.
responsável, ser um homem “para os Ele permanece para si próprio um
outros”. ser incompreensível e a sua vida
é destituída de sentido, se não lhe
Carta Apostólica do Papa João Pau- for revelado o amor, se ele não se
lo II aos jovens do mundo. encontra com o amor, se o não ex-
Por ocasião do Ano Internacional da perimenta e se o não torna algo seu
Juventude 1985 próprio, se nele não participa vi-
vamente. E por isto precisamente o
Oremos: Deus, nosso Pai, diante da Cristo Redentor… revela plenamente
Igreja do terceiro milênio se abre o homem ao próprio homem. Esta
um vasto oceano de credos de nos- é – se assim é lícito exprimir-se – a
so mundo contemporâneo. Crendo dimensão humana do mistério da
em Vós, colocando a minha espe- Redenção… «Deus, de fato, amou
rança em Cristo, desejo imitá-lo e de tal modo o mundo, que lhe deu o
experimentar o milagre de uma pes- Seu filho unigênito, para que todo o
ca abundante. Vinde em auxílio de que nele crer não pereça, mas tenha
todos os cristãos da nossa geração a vida eterna» (Jo 3,16)… E por meio
para nos lançarmos nas profundezas do Filho-Verbo, que se fez homem…
da verdade, do bem e da beleza. Fa- Deus entrou na história da humani-
zei do nosso Santo Padre João Paulo dade… um dos milhares de milhões
II o patrono da nova evangelização, e, ao mesmo tempo, Único!
e por sua intercessão concedei-nos
esta graça… Por Cristo Nosso Se- Para Ele queremos olhar, porque só
nhor. Amém. n’Ele, Filho de Deus, está a salvação,
renovando a renovando a afirma-
Pai Nosso… Ave Maria… Glória… ção de Pedro: «Para quem iremos
nós, Senhor? Tu tens as palavras de
Ladainha… vida eterna»… Através de todos os
campos de atividade onde a Igreja se
3º dia – A Pessoa afirma presente, se encontra e se con-
solida, devemos tender constante-
mente para Aquele «que é a Cabeça»,
Nesta terra, sejam portadores da fé para «Aquele de quem tudo provém e
e da esperança cristãs, vivendo em nós somos criados para Ele»…
amor todos os dias. Sejam fiéis tes-
temunhas de Cristo Ressuscitado, A Igreja não cessa de ouvir as suas
nunca cedendo aos obstáculos que palavras, continuamente as relê e
reconstrói com a máxima devoção so filho se tornou homem para a
todos os pormenores da sua vida… nossa salvação, e revelando a seus
A Igreja vive o seu mistério e nele irmãos e irmãs a verdade sobre o
vai haurir sem jamais se cansar, e amor; permitiu-lhes compreender
busca continuamente as vias para a si mesmos e descobrir o sentido
tornar este mistério do seu Mestre de sua própria existência. Nós vos
e Senhor próximo do gênero huma- pedimos que, por São João Paulo II,
no: dos povos, das nações, das gera- defensor incansável da dignidade
ções que se sucedem e de cada um humana, bom pastor em busca de
dos homens em particular… almas perdidas na confusão da vida
e mergulhadas no desespero, que
Nesta dimensão, o homem reen- nos concedais esta graça… Por Cris-
contra a grandeza, a dignidade e o to Nosso Senhor. Amém!
valor próprios da sua humanidade.
No mistério da Redenção o homem Pai Nosso… Ave Maria… Glória…
é novamente «reproduzido» e, de
algum modo, é novamente criado. Ladainha…
Ele é novamente criado!… O ho-
mem que quiser compreender-se a 4º dia – A Família
si mesmo profundamente… deve…
aproximar-se de Cristo. Ele deve, Uma família que tira a sua força de
por assim dizer, entrar n’Ele com Deus torna-se a força do homem e
tudo o que é em si mesmo, deve de uma nação inteira.
«apropriar-se» e assimilar toda a re-
alidade da Encarnação e da Reden- Dentre essas numerosas estradas,
ção, para se encontrar a si mesmo. a primeira e a mais importante é a
Se no homem se atuar este processo família: uma via comum, mesmo se
profundo, então ele produz frutos, permanece particular, única e irre-
não somente de adoração de Deus, petível, como irrepetível é cada ho-
mas também de profunda maravi- mem; uma via da qual o ser humano
lha perante si próprio. Que grande não pode separar-se. Com efeito,
valor deve ter o homem aos olhos normalmente ele vem ao mundo no
do Criador, se «mereceu ter um tal seio de uma família, podendo-se
e tão grande Redentor», se «Deus dizer que a ela deve o próprio fato de
deu o seu Filho», para que ele, o existir como homem. Quando falta
homem, «não pereça, mas tenha a a família logo à chegada da pessoa
vida eterna». (cf Jo 3,16). ao mundo, acaba por criar-se uma
inquietante e dolorosa carência que
João Paulo II, Encíclica Redemptor pesará depois sobre toda a vida. A
hominis, 1979 Igreja une-se com afetuosa solicitude
a quantos vivem tais situações, por-
Oremos: Deus, nosso Pai, Vós sois que está bem ciente do papel funda-
amor e nos amastes primeiro. Vos-
mental que a família é chamada a do Filho veio ao mundo através da
desempenhar… Sagrada Família, santificando por
Seu nascimento toda família huma-
A família tem a sua origem naque- na. Confiamos a Vós nossas famílias
le mesmo amor com que o Criador e todas as famílias em todo o mun-
abraça o mundo criado, como se do. Que a oração seja uma parte de
afirma já «ao princípio», no livro do suas vidas, o amor puro, o respeito
Gênesis (1, 1). Uma suprema confir- à vida, e uma saudável preocupa-
mação disso mesmo, no-la oferece ção pela juventude. Pedimo-vos
Jesus no Evangelho: «Deus amou de humildemente, por intercessão do
tal modo o mundo que lhe deu o seu Santo Papa João Paulo II, o defen-
Filho unigênito» (Jo 3, 16). O Filho sor incansável dos direitos de uma
unigênito, consubstancial ao Pai, família, que possamos ser fortale-
«Deus de Deus, Luz da Luz», entrou cidos pela graça… Por Cristo, nosso
na história dos homens através da Senhor. Amém.
família: «Pela sua encarnação, Ele, o
Filho de Deus, uniu-Se de certo modo Pai Nosso… Ave Maria… Glória…
a cada homem. Trabalhou com mãos
humanas,… amou com um coração Ladainha…
humano. Nascido da Virgem Maria,
tornou-Se verdadeiramente um de 5º dia – Juventude
nós, semelhante a nós em tudo, ex-
cepto no pecado». Você deve fazer exigências a partir
de si mesmo, mesmo que os outros
Se é certo que Cristo «revela plena- não exijam de você. Só fazendo
mente o homem a si mesmo», fá-lo exigências de si mesmo – ao contrá-
a começar da família onde Ele esco- rio do consenso universal que diz:
lheu nascer e crescer. Sabe-se que o “Tome o caminho mais fácil” – você
Redentor passou grande parte da sua pode perceber outros desafios do
vida no recanto escondido de Naza- Papa: escolher “ser mais” em vez
ré, «submisso» (Lc 2, 51) como «filho de “ter mais”. O “ser mais” de um
do homem» a Maria, sua Mãe, e a jovem hoje é a coragem de perma-
José, o carpinteiro. Esta sua «obedi- necer cheio de iniciativa – você não
ência» filial não é já a primeira ma- pode renunciar a isto, o futuro de
nifestação daquela obediência ao Pai todos depende disto – fiel a um tes-
«até à morte» (Fil 2, 8), por meio da temunho dinâmico de fé e esperan-
qual redimiu o mundo? ça.
João Paulo II, Carta às Famílias Gra- Jovens amigos… Sede benditos! Sede
tissimam Sane. 1994 benditos junto com Maria, que acre-
Oremos: Deus, nosso Pai, vosso ditou no cumprimento das palavras
eterno plano de salvação atingiu a que lhe disse o Senhor. Sede bendi-
sua plenitude quando o vosso Ama-
tos! Que o sinal da mulher vestida para Vos seguir. Em Vosso Filho, a
de sol caminhe convosco, com cada juventude tem um Mestre, que en-
uma e cada um, ao longo de todos os sina como formar uma nova pessoa
caminhos da vida. Que vos conduza em nós – com paciência e persistên-
ao cumprimento, em Deus, de vossa cia – para descobrir a própria voca-
adoção filial em Cristo. Verdadeira- ção, para efetivamente construir
mente, o Senhor realizou maravilhas uma cultura de amor. Pedimos a
em vós! Vós por nossa juventude, para que
não se deixe escravizar por desejos
Destas «maravilhas», queridos jo- cegos e decepções amorosas. Que
vens, deveis ser sempre testemunhas São João Paulo II, que procurou o
coerentes e valorosas em vosso am- jovem e reciprocamente os amou,
biente, entre vossos coetâneos, em seja para eles um modelo e patrono,
todas as circunstâncias de vossa e por sua intercessão Vos pedimos
vida. Está ao vosso lado Maria, a esta graça… Por Cristo Nosso Se-
Virgem dócil a todos os sopros do Es- nhor. Amém.
pírito, a que com seu «sim» generoso
ao projeto de Deus abriu ao mundo a Pai Nosso… Ave Maria… Glória…
perspectiva, longamente ansiada, da
salvação. Olhando para ela, humilde Ladainha…
serva do Senhor, hoje elevada à gló-
ria do céu, vos digo com São Paulo: 6º dia – Pecado
«Deixai-vos conduzir pelo Espírito»!
(Gal 5, 16). Deixai que o Espírito de O maior sofrimento da humanidade
sabedoria e inteligência, de conselho e de cada indivíduo é o pecado. Não
e fortaleza, de conhecimento, pie- há maior dor que se possa infligir a
dade e temor do Senhor (cf. Is 11, 2) uma alma do que mergulhá-la em
penetre em vossos corações e vossas estado de pecado mortal.
vidas e, por meio de vós, transforme
a face da terra… Revesti-vos da for- O pecado não termina nos limites
ça que brota dele, convertei-vos em da consciência humana, não se en-
construtores de um mundo novo: um cerra nela. Por definição intrínseca,
mundo diferente, fundado na verda- implica uma referência: a referência
de, na justiça, na solidariedade e no a Deus. Todavia, esta referência é
amor. Queridos amigos… Recebei o salvífica! Significa que eu – homem –
Espírito Santo e sede fortes! não fico só com minha culpa. E Deus,
que de certo modo é testemunha
João Paulo II, Homilia para a con- “ocular” de meu pecado (ocular em-
clusão VI / DM, Czestochowa, 15 de bora invisível), está próximo de mim
agosto de 1991 não somente para julgar. Certamen-
te me julga! Julga-me com o mesmo
Oremos: Deus, nosso Pai, desde juízo interior de minha consciência
nossa juventude nos chamastes
(se esta não se tornou surda ou de- Deus, foi marcado com os estigmas
formada). do martírio, esta graça especial…
Por Cristo Nosso Senhor. Amém.
No entanto, o próprio juízo já é sal-
vífico. Mediante o fato de chamar o Pai Nosso… Ave Maria… Glória…
mal por seu verdadeiro nome, de cer-
to modo rompo com ele, mantenho- Ladainha…
-o a certa distância de mim, ainda
quando ao mesmo tempo sei que este 7º dia – Misericórdia
mal, o pecado, não deixa de ser meu
pecado. Mas mesmo quando meu Hoje, quando o egoísmo, indiferen-
pecado é contra Deus, Deus não está ça e insensibilidade dos corações
contra mim. No momento da tensão estão se espalhando de forma as-
interior da consciência humana, sustadora, o quão intensamente nós
Deus não proclama sua sentença. precisamos de uma renovação da
Não condena. Deus espera que eu me sensibilidade a uma pessoa, a sua
volte para Ele como à justiça amoro- pobreza e os sofrimentos. O mun-
sa, como ao Pai, da forma que mos- do clama por misericórdia. Nada é
tra a parábola do filho pródigo. Para mais necessário para o homem do
que lhe “revele” o pecado. E me con- que a misericórdia de Deus, esse
fie a Ele. Deste modo, do exame de amor gentil, simpático, elevando o
consciência passamos ao que consti- homem acima de suas fraquezas em
tui a própria substância da conver- direção às alturas eternas da santi-
são e da reconciliação com Deus. dade de Deus.
João Paulo II, Angelus, em Roma, O homem, – cada um dos homens –
23 de fevereiro de 1986 é este filho pródigo: fascinado pela
tentação de se separar do Pai para
Oremos: Deus, nosso Pai, o pecado viver de modo independente a pró-
é um aguilhão que causa dor e mata pria existência; caído na tentação;
a graça santificante. O sofrimento desiludido do nada que, como mira-
em vosso conceito de salvação é o gem, o tinha deslumbrado; sozinho,
caminho que conduz a Vós. O Vos- desonrado e explorado no momento
so Filho, por meio de sua paixão de em que tenta construir um mundo
vontade livre e morte na cruz, to- só para si; atormentado, mesmo no
mou sobre Si todo o mal do pecado, mais profundo da própria miséria,
e deu ao sofrimento um significado pelo desejo de voltar à comunhão
totalmente novo, introduzindo-o com o Pai. Como o pai da parábola,
na ordem do amor. Em nome desse Deus fica à espreita do regresso do
amor, que foi capaz de assumir so- filho, abraça-o à sua chegada e põe a
frimentos sem culpa, nós vos pe- mesa para o banquete do novo en-
dimos por intercessão de São João contro, com que se festeja a reconci-
Paulo II, que ao servir o povo de
liação. 8º dia – Maria
João Paulo II, Exortação Apostólica Em meio a este mistério, em meio a
Reconciliatio et Penitente, 02 de essa confiança na fé, destaca Maria.
dezembro de 1984 “Eis aqui a serva do Senhor… Faça-
-se em mim segundo a tua palavra”.
Oremos: “Jesus, eu confio em Vós”.
Esta oração, querida por muitos Hoje vim junto de Ti, Nossa Senho-
devotos da Divina Misericórdia, ra de Jasna Gora, para me despedir
expressa adequadamente a postu- mais uma vez e para Te pedir a bên-
ra que também desejamos assumir ção para a minha viagem… Mãe da
ao nos confiarmos ao vosso abraço, Igreja! Mais uma vez me consagro a
Senhor, nosso único Salvador. Quão Ti «na Tua materna escravidão de
intensamente desejais ser amado, e amor»: «Totus Tuus»! Sou todo Teu!
quem quer que acenda em si os sen- Consagro-Te toda a Igreja – em toda
timentos de vosso coração, aprende a parte até aos extremos confins da
a ser um construtor da nova cultura terra! Consagro-Te a Humanidade!
do amor. Um simples ato de con- Consagro-Te todos os homens, meus
fiança é suficiente para penetrar a irmãos. Todos os Povos e Nações.
cortina de melancolia e tristeza, dú- Consagro-Te a Europa e todos os
vida e desespero. Os raios de vossa continentes. Consagro-Te Roma e a
divina misericórdia restaura de ma- Polônia juntas, através do Teu servo,
neira especial a esperança daqueles por um novo vínculo de amor. Mãe,
que se sentem oprimidos pelo peso aceita! Mãe, não nos abandones!
do pecado…. Mãe, guia-nos Tu! …Perdoa, pois,
Mãe da Igreja e Rainha da Polônia,
Maria, Mãe de Misericórdia, conce- que todos nós Te agradeçamos só
dei que a esperança que colocamos com o silêncio dos nossos corações,
em vosso Filho, nosso Redentor, que Te cantemos, com este silêncio, o
permaneça sempre viva. E vós, nosso «prefácio» de despedida!
Santa Faustina, ajudai-nos tam-
bém quando repetirmos convosco, João Paulo II, Primeira Peregrina-
olhando corajosamente para a face ção Apostólica à Polônia, Czesto-
do divino Redentor, as palavras: chowa, 06 de junho de 1979
“Jesus, eu confio em Vós. Hoje e
para sempre”. Amém. Oremos: Deus, nosso Pai, Maria,
Mãe de vosso Filho, escutai a nossa
Pai Nosso… Ave Maria… Glória… prece-petição: “Advogada nossa,
estes vossos olhos misericordiosos
Ladainha… a nós volvei, e depois deste dester-
ro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto
do vosso ventre. Ó clemente, ó pie-
dosa, ó doce sempre Virgem Ma- Esta não fica circunscrita no passa-
ria!” Damos graças pelo Santo Papa do, pois «tudo o que Cristo é, tudo o
João Paulo II, totalmente dedicado que fez e sofreu por todos os homens,
a Maria, com fidelidade e até o fi- participa da eternidade divina, e as-
nal cumprindo a missão que lhe foi sim transcende todos os tempos e em
dada pelo Ressuscitado; aceitai os todos se torna presente»… É esta ver-
frutos de sua vida e serviço, conce- dade que desejo recordar mais uma
dendo-nos por sua intercessão esta vez, colocando-me convosco, meus
graça… Por Cristo, nosso Senhor. queridos irmãos e irmãs, em adora-
Amém. ção diante deste Mistério: mistério
grande, mistério de misericórdia.
Pai Nosso… Ave Maria… Glória… Que mais poderia Jesus ter feito por
nós? Verdadeiramente, na Eucaristia
Ladainha… demonstra-nos um amor levado até
ao « extremo » (cf. Jo 13, 1), um amor
9º dia – A Eucaristia sem medida.
A Eucaristia é o maior dom e mila- João Paulo II, Carta Encíclica Eccle-
gre, pois o mistério da morte e res- sia de Eucharistia 17 abr 2003
surreição de Cristo, a redenção da
humanidade, se faz presente nela. Oremos: Deus, nosso Pai: Vosso
Filho nos amou até ao fim e perma-
A Igreja vive da Eucaristia. Esta ver- neceu conosco na Eucaristia. Que
dade não exprime apenas uma expe- o Amém que dizemos na presença
riência diária de fé, mas contém em do Corpo e Sangue de Nosso Senhor
síntese o próprio núcleo do mistério nos disponha a um serviço humilde
da Igreja. É com alegria que ela ex- aos irmãos que têm fome de amor.
perimenta, de diversas maneiras, a Que sejais louvado no brilhante
realização incessante desta promes- exemplo desse amor, como de-
sa: «Eu estarei sempre convosco, até monstrado pelo Papa São João Pau-
ao fim do mundo» (Mt 28, 20); mas, lo II. Como a comunhão com a Igre-
na sagrada Eucaristia, pela con- ja dos redimidos no céu é expressa
versão do pão e do vinho no corpo e fortalecida na Eucaristia, conce-
e no sangue do Senhor, goza desta dei-nos por sua intercessão esta
presença com uma intensidade sem graça… Por Cristo, nosso Senhor.
par… A Igreja recebeu a Eucaristia Amém.com o silêncio dos nossos
de Cristo seu Senhor, não como um corações, que Te cantemos, com
dom, embora precioso, entre muitos este silêncio, o nosso «prefácio» de
outros, mas como o dom por exce- despedida!
lência, porque dom d’Ele mesmo, da
sua Pessoa na humanidade sagrada, Pai Nosso… Ave Maria… Glória…
e também da sua obra de salvação.
Ladainha…
EXPEDIENTE
Fontes: Canção Nova e Editora Paulus
Diagramação: Fabio Nóbrega (@xfaabio)
Este material não tem fins lucrativos