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F E I TO DO P O N T I FI C A D O
João XXIII convocou o Concílio para que a doutrina cristã fosse guardada e ensinada de forma
mais eficaz
André Alves
Da Redação
“Os concílios são momentos fortes e importantíssimos para a vida de toda a comunidade dos
discípulos de Cristo”, explica o bispo auxiliar de Aracaju, Dom Henrique Soares, em sua página
pessoal na internet.
João XXIII anunciou o Vaticano II em 25 de janeiro de 1959, três meses após sua eleição como
Papa. O anúncio se deu na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, quando se encerrava a
Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. A convocação oficial ocorreu em 25 de dezembro
de 1961, com a publicação da Constituição Apostólica Humanae Salutis.
“O que mais importa ao Concílio Ecumênico é o seguinte: que o depósito sagrado da doutrina
cristã seja guardado e ensinado de forma mais eficaz. Essa doutrina abarca o homem inteiro,
composto de alma e corpo, e a nós, peregrinos nesta terra, manda-nos tender para a pátria
celeste”, disse João XXIII.
https://noticias.cancaonova.com/especiais/canonizacao-joao-paulo-ii-e-joaoxxiii/entenda-o-concilio-vaticano-ii-convocado-por-joao-xxiii/ 1/2
26/02/24, 16:50 Entenda o Concílio Vaticano II, convocado por João XXIII
Estas comissões enviaram questionários às sedes episcopais de todo o mundo para levantar os
principais temas a serem discutidos durante o encontro. A ideia era indagar profundamente as
condições modernas da fé e da prática religiosa, de modo especial da vitalidade cristã e católica.
A partir destes questionamentos, a Igreja conseguiria, conforme queria o Papa, que os homens, as
famílias e os povos voltassem realmente a alma para as coisas celestiais. Uma tarefa que,
segundo explicação do bispo emérito de Blumenau, Dom Angélico Sândalo Bernardino, foi muito
exigente.
Concílios Ecumênicos
Ao todo, foram realizados vinte e um concílios ecumênicos em toda a história da Igreja. Este
último, o Vaticano II, visava, segundo João XXIII, guardar o depósito sagrado da doutrina cristã e
ensiná-lo de forma mais eficaz ao mundo moderno.
De acordo com Dom Henrique, a palavra “ecumênico”, no âmbito do Vaticano II, não significa uma
reunião com outras religiões. Neste caso, trata-se de afirmar que o concílio vale para toda a Igreja;
isso para distinguir dos concílios regionais ou nacionais, com bispos só de uma região ou de um
país.
“Os concílios ecumênicos têm, pois, autoridade sobre toda a Igreja de Cristo, pois aí está reunido o
Colégio dos Bispos juntamente com o Papa, como o Colégio dos Apóstolos juntamente com Pedro.
A fé nos ensina que os participantes de um concílio gozam de especial assistência do Espírito
Santo: ‘Pareceu bem ao Espírito Santo e a nós […]’ (At 15,28)”, escreve Dom Henrique. (Saiba
mais)
João XXIII não acompanhou o transcorrer nem a conclusão daquele que é considerado um dos
maiores eventos católicos até hoje. Ele morreu na noite do dia 3 de junho de 1963.
Em 21 de junho do mesmo ano, foi eleito Sumo Pontífice o Cardeal Giovanni Battista Montini, o
Papa Paulo VI. Foi ele quem deu continuidade ao Concílio e o concluiu em 8 de dezembro de
1965.
Na cerimônia de conclusão do Concílio Ecumênico Vaticano II, o Papa Paulo VI leu a Carta
Apostólica In Spiritu Sancto que encerrava o evento. “Mandamos também e ordenamos que tudo
quanto foi estabelecido conciliarmente seja observado santa e religiosamente por todos os fiéis,
para glória de Deus, honra da santa mãe Igreja, tranquilidade e paz de todos os homens”, afirma
um trecho da carta.
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