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Pastoral Litúrgica

DIOCESE DA CAMPANHA - MG

TERCEIRA EDIÇÃO DO MISSAL ROMANO:


teologia, história, tradução, novidades e
caminhos pastorais
Terceira Edição do Missal Romano

I Parte
• PERSPECTIVA HISTÓRICO-
TEOLÓGICA DO MISSAL
ROMANO
1.1 A natureza teológica da literatura litúrgica
Terceira Edição do Missal Romano

Tratar sobre a revelação cristã, isto é, sobre a vida de Cristo e


aquilo que foi transmitido por Cristo aos primeiros discípulos,
vemos que há uma relação íntima entre teologia e celebração
desde o início do cristianismo.
Nesta dinâmica, o grande liturgista Salvatore Marsili nos
auxilia, dizendo que os testemunhos do uso do termo grego
theologia para se referir a celebração cristã é muito frequente na
antiguidade cristã. Afinal, teologia significa ‘discurso sobre
Deus’: discurso que, provocado pelo fato de a pessoa se achar
na presença de Deus no contexto de uma celebração litúrgica,
que pode se expressar sob palavras, cantos, gestos, sinais e
até mesmo no segredo do silêncio sagrado.
De uma liturgia que era, originalmente, espontânea, dependendo da criatividade do
bispo para as fórmulas das orações, mantendo a essência das palavras, gestos e sinais
provenientes de Cristo, com o passar do tempo, as formas litúrgicas bem estabelecidas
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desde o período apostólico, tais como a Ceia do Senhor e o Batismo, passaram a ser
transcritas como texto para uso das diversas comunidades cristãs.
Particularmente, as descrições mais importantes daquela época se encontram na
Primeira apologia de São Justino e na Tradição apostólica de Hipólito de Roma onde,
apresentando elementos da reunião dos cristãos para a celebração eucarística, nota-se a
dinâmica entre aquilo que foi transmitido da revelação (vida) de Cristo, tomado como
norma da fé e celebrado, formando a estrutura da celebração litúrgica que primeiramente
foi transmitida oralmente, depois transformada em literatura/texto. Como no exemplo:

Foi isso que os Apóstolos nas memórias por eles escritas, que se
chamam Evangelhos, nos transmitiram que assim foi mandado a eles,
quando Jesus, tomando o pão e dando graças disse: “Fazei isto em
memória de mim, este é o meu corpo”. E igualmente, tomando o cálice
e dando graças, disse: “Este é o meu sangue”, e só participou isso a
eles.
Nesse sentido, entendemos que a estrutura e conteúdo
daquilo que celebramos na liturgia não é uma simples norma,
mas é carrega o que é proposto e deve ser crido como de fé
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divina e católica. Sendo, portanto, o rito da celebração dos


sacramentos o lugar em que se faz memória do evento salvífico
de Cristo é o que permite e faz da celebração uma autêntica
liturgia (ação de culto a Deus, a literatura ritual, ou seja, os livros
rituais, são fonte de ensinamento e preservação da identidade da
fé das comunidades cristãs.
A literatura/ texto dos ritual exprime uma teologia que faz o
rito e que, por sua vez, se exprime no rito; de tal modo que é
constante o apelo que eles fazem, não raro de cunho polêmico,
aos usos e às fórmulas litúrgicas para defender e sustentar suas
teses: a literatura ritual torna-se a “theologia prima” da Igreja.
Desse modo, interesse teológico litúrgico agora se
orienta para compreender a estrutura dessa literatura
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ritual, reivindicando tanto ao culto em geral quanto à


liturgia em particular a propriedade de dar origem à
teologia, de tal modo que esta literatura vai assumindo, ao
longo dos tempos, um caráter jurídico, isto é, normativo
para a celebração da fé gerando, inclusive, o axioma:
“Lex credendi – Lex orandi”.
A síntese desse conhecido axioma atribuído a Próspero
de Aquitânia (+463) que na íntegra é “... ut legem
credendi statuat lex suplicandi” (=isto é, a lei da prece
estabelece a lei da fé). Isto chama atenção para o
relacionamento vital entre fé e liturgia.
Quando pensamos na literatura ritual, isto é, nos livros
litúrgicos ao longo da história e, de modo especial do Livro
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Litúrgico da celebração eucarística (Missal Romano), há uma


relação intrínseca entre fé eucarística e celebração, que
evidencia a ligação entre “a norma da oração e a norma da fé”. A
primazia, porém, é dada “à ação litúrgica”. Portanto, “é
necessário viver a Eucaristia como mistério da fé
autenticamente celebrado” (SCa, n. 34).

Podemos, ainda, resumir esta afirmação com dizendo que “a


Igreja crê conforme reza” (Catecismo, 1124), fazendo com que a
lei da fé seja determinada pela lei da oração. A consequência
desta realidade é apontada pelo Código de Direito Canônico
(1983) em dois cânones especiais:
Cân. 2 – O Código geralmente não determina os ritos que
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se devem observar na celebração das ações litúrgicas;


por isso, as leis litúrgicas até agora vigentes conservam
sua força, a não ser que alguma delas seja contrária aos
cânones do Código.

Cân. 846 – § 1. Na celebração dos sacramentos, sigam-se


fielmente os livros litúrgicos aprovados pela autoridade
competente; portanto, ninguém acrescente, suprima ou
altere coisa alguma neles, por própria iniciativa.
§ 2. O ministro celebre o sacramento conforme o
rito.
❖ Os cânones citados indicam que os livros rituais têm, por
natureza, estrutura normativa.
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❖ A literatura ritual goza de canonicidade não porque lhe foi


imputada pelo direito, mas por sua própria natureza
teológica, a qual o código somente aponta.
❖ Sendo, portanto, os livros rituais fonte do direito litúrgico-
sacramental da Igreja, eles carregam em seu conteúdo e
formas estruturadas – chamadas de “formas rituais” – os
elementos que no rito (palavras, gestos e elementos)
preservam a fé eclesial de forma válida e lícita.
❖ Por isso, tais livros são aprovados pela autoridade dos bispos
e da Sé Apostólica, inclusive em sua organização e tradução.
Os cânones citados indicam que os livros rituais têm, por natureza, estrutura
normativa. A literatura ritual goza de canonicidade não porque lhe foi imputada pelo
direito, mas por sua própria natureza teológica, a qual o código somente aponta. Sendo,
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portanto, os livros rituais fonte do direito litúrgico-sacramental da Igreja, eles


carregam em seu conteúdo e formas estruturadas – chamadas de “formas rituais” –
os elementos que no rito (palavras, gestos e elementos) preservam a fé eclesial de
forma válida e lícita. Por isso, tais livros são aprovados pela autoridade dos bispos e da
Sé Apostólica, inclusive em sua organização e tradução.
Mesmo que a reforma dos ritos e rubricas feita a partir do Concílio Vaticano II tenha
proporcionado um “novo vigor” à literatura ritual, preserva-se, ainda, na
hermenêutica de continuidade o respeito pelas palavras, gestos e elementos
aprovados pela autoridade competente, recordando sempre aos ministros, conforme o
cân. 846 §2, que o sacramento seja celebrado conforme o rito. A celebração não
realizada conforme o rito, por vezes identificada aqui e acolá, atingem tanto a liceidade
quando a validade.
Como exemplo, no artigo abaixo:
❖PADRE REFAZ SEUS SACRAMENTOS AO DESCOBRIR QUE FOI BATIZADO DE
MODO INVÁLIDO (Artigo: UNISINOS, agosto de 2020) – leitura na apostila
Queremos, por fim, elencar os
princípios doutrinais de
Terceira Edição do Missal Romano

interpretação dos textos litúrgicos


utilizados pela reforma realizada a
partir do Concílio Vaticano II para
garantir a relação “lex credendi – lex
orandi” dos livros rituais: quando a
Igreja cria fórmulas eucológicas para o
culto, é movida fundamentalmente
pelo propósito de transmitir, ilustrar,
exercer e aplicar o poder recebido de
Cristo com vistas à realização da
salvação no meio dos homens.
1.2 Evolução histórica dos livros rituais
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Brevemente, poderíamos recordar a história dos livros litúrgicos


romanos para compreender a estrutura e os princípios presentes na
Terceira Edição do Missal Romano:

A) Da Antiguidade até o Concílio de Trento

• Os libeli: chamado de “Sacramentário leonianum” - formulários das


missas distribuídos segundos os meses do ano civil
• Os sacramentários: são livros comr as fórmulas indispensáveis ao
presidente da liturgia eucarística ou de outras celebrações;
• Os lecionários: dado o costume de as leituras serem proclamadas
por dois leitores diferentes, foram, inicialmente, dois livros
separados, a saber: o Apostolus ou Epistolário para as perícopes não
evangélicas, e o Evangeliário para o diácono que lia o evangelho.
• O Antifonário da Missa: tinha a tarefa de acompanhar com os
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cantos a entrada, a procissão das oferendas e a distribuição da


comunhão. Estes textos, transformados em livro, receberam o nome
de Antifonário (ou Liber antiphonarius), organizado entre os séculos
VI e VII. Tal livro era utilizado em conjunto com os graduais;
• Os Ordines: texto para compreensão normativa da liturgia
• O Pontifical: fórmulas e ritos habitualmente reservados ao bispo
• O Missal: em sua forma primitiva através dos sacramentários
que, dos ritos sacramentais, continha somente reservada ao
presidente da celebração;
• O Ritual;
• O calendário: já estruturado para auxiliar nos ciclos litúrgicos;
• O Martirológico;
• Os livros da Liturgia das Horas;
B) Do Concílio de Trento ao Concílio Vaticano II
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• O Pontifical: o primeiro saiu como “Liber pontificalis”


em 1485, por iniciativa de Inocêncio VIII, e com
segunda edição em 1497. Em 1595, é promulgado
por Clemente VIII o “Pontificale romanum”, com
acréscimos posteriores de Urbano VIII e Bento XIV;

• O Cerimonial dos Bispos: publicado por Clemente


VIII em 1600;

• O Missal (Primeira Edição Típica): publicado por Pio


V em 14 de julho de 1570, que tornava obrigatório
para todos aqueles que não podiam gloriar-se de
possuir tradição peculiar de tempo inferior a 200
anos. Contribuiu para reforma das rubricas e
eliminação de muitos abusos;
mas não como uma reforma de mentalidade em questão de liturgia,
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espelhando-se na ainda mentalidade medieval, que trazia uma liturgia


estritamente clerical. Na estrutura, reuniu: os Libeli, o Sacramentário
referente à Eucaristia, o Antifonário, os Ordines e o Calendário em sua
relação com o Martirológico;

• O Lecionário: usado com “estreiteza” no período medieval e no moderno


com o Missal de Pio V;

• O Ritual: o “Rituale romanum” preparado por Gregório XIII só encontrou


publicação revisada e aprovada em Paulo V, passando por sucessivas
revisões ao longo do tempo, mas nunca foi propriamente obrigatório;

• Do Breviário: publicado por Pio V em 15 de julho de 1568 como único livro


válido para oração de toda Igreja Latina, só excetuando aquelas
comunidades eclesiais que podiam se gloriar de Liturgia própria;
C) Concílio Vaticano II

• O Missal (Segunda Edição Típica): publicado


Terceira Edição do Missal Romano

por Paulo VI em 1970, quatro séculos após o


primeiro, com revisão dos ritos, revisão da
instrução e rubricas, revisão das normas para
o Ano Litúrgico e Calendário romano
trazendo um novo espírito à interpretação da
literatura ritual;

• O Lecionário: publicado por Paulo VI em 1969,


partindo do que estabeleceu a “Sacrosanctum
Concilium” que na Liturgia se atenda a mais
abundante, mais variada e adaptada leitura da
Sagrada Escritura, seja no AT seja no NT (SC 24,
35, 51);
• O Cerimonial dos Bispos: revisão e publicação em 14 de setembro de 1984;

• Os Rituais: revisados e publicados anos distintos;


• O Missal (Terceira Edição Típica):
Terceira Edição do Missal Romano

a) Promulgada em 2002 pelo Papa João Paulo II;

b) Na ocasião, a Santa Sé orientou as


conferências episcopais a revisar os mais de
3000 textos litúrgicos do Missal e traduzirem
para suas respectivas línguas;

c) Teve inserções dos Papas Bento XVI e


Francisco;

d) No Brasil: a revisão e tradução teve início em


2002; foram 19 anos de trabalho dos peritos e
bispos pra tradução e aprovação;
e) Entre 2002 e 2004: foi feita, primeiramente, a tradução da Instrução
Geral do Missal Romano. Esta, ainda recebeu complementos, gerando o
texto final recentemente publicado pela CNBB;
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f) Em 2019, a Cetel concluiu a tradução da Terceira Edição Típica do


Missal Romano;

g) Em 2020, a Cetel publicou uma versão de


estudos do Missal Romano para revisão
final, o que prosseguiu durante o período da
pandemia;

h) Em 2 de setembro de 2022, os bispos


aprovaram a tradução brasileira da Terceira
Edição do Missal Romano, na 59ª
Assembleia Geral;
i) Em 15 de dezembro de 2022, o material
foi entregue ao Dicastério do Culto Divino
e Disciplina dos Sacramentos para
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confirmações e aprovações;

j) Em 17 de março de 2023, a aprovação


veio por meio de decreto do Dicastério
para o Culto Divino e Disciplina dos
Sacramentos;

k) Dia 19 de abril de 2023, abertura da 60ª Assembleia Geral, foi celebrada


a 1ª Santa Missa com a tradução aprovada para o Brasil, na Basílica
Nacional de N. S. Aparecida;

l) Em 03 de dezembro de 2023, I Domingo do Advento, a tradução da


Terceira Edição do Missal Romano se torna obrigatória para todo Brasil;
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II Parte
NOVIDADES:
ORGANIZAÇÃO INTERNA
DO MISSAL ROMANO
Terceira Edição do Missal Romano 2.1 Quanto à estrutura interna do Missal Romano, destacamos:
• Organização interna do Missal;
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2.2 Outros elementos da estrutura do Missal
❖E o Missal virá com notações musicais para as partes cantadas pelo
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presidente, partes de outros ministros, e da assembleia para responder de


modo uníssono, tal como na versão Latina.
❖Na versão latina, as partituras em gregoriano estão em clave de Dó na quarta
linha; para o Brasil, houve a transposição para clave de Sol, mais conhecida;
A estrutura da encadernação da
Terceira Edição do Missal no Brasil:
Terceira Edição do Missal Romano

❖ Formato: 19,0 x 27,5 cm; com


1264 páginas; e com peso total
de 3,450 kg (A segunda edição
brasileira tem 16,3, 24,0 cm;
1088 páginas; e a metade do
peso do novo missal;

❖ Marcação: 6 fitas de cetim


vermelhas com 1,1 cm de
largura. Os marcadores colados
são mais resistentes, bem como
toda encadernação;
❖ Ilustrações: imagens das obras de Cláudio Pastro;
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2.3 Quanto à tradução
2.4 As inserções próprias do Brasil
Terceira Edição do Missal Romano

Como é de costume, na recepção do texto latino do Missal,


bem como de cada ritual, a conferência episcopal pode e fez,
tanto para a segunda edição do Missal quanto para a terceira
edição do Missa, indicações elementos para compor o Missal
para tradução do Brasil, que foram aprovadas, dentre estas,
destacamos:
❖Fórmulas de acolhida nos ritos iniciais e admoestações;
❖Prefácios;
❖Orações eucarísticas;
❖Formulários para o próprio dos santos do Brasil;
Todas inserções destacadas com a rubrica B
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III Parte
NOVIDADES NA INSTRUÇÃO
GERAL, RUBRICAS E TEXTOS DO
MISSAL ROMANO
3.1 NOVIDADES NA INSTRUÇÃO GERAL DO
MISSAL ROMANO
Terceira Edição do Missal Romano

Destaques: :
3.1 NOVIDADES NA INSTRUÇÃO GERAL DO
MISSAL ROMANO
Terceira Edição do Missal Romano

❖A ordem dos capítulos permaneceu inalterada, mas foi incluído o


capítulo 9º: “Adaptações que competem aos Bispos e às suas
Conferências”;
❖O Proêmio foi integrado à numeração dos 399 parágrafos;
❖Foram incluídos novos parágrafos e feitas mudanças na maioria
dos demais, unindo ou inserindo textos, ou apenas esclarecendo o
conteúdo com alguma interpolação (IGMR 23-26);
❖O texto foi enriquecido com novas notas de pé de rodapé;
3.1 NOVIDADES NA INSTRUÇÃO GERAL DO
MISSAL ROMANO
Terceira Edição do Missal Romano

❖Parágrafo novo no número 22 da Instrução:


“De máxima importância é a celebração da Eucaristia na Igreja
particular”, presidida pelo Bispo, da qual participam o
presbitério, os diáconos e o povo; nela “manifesta-se o mistério
da Igreja. Por isso, tais celebrações devem ser tidas como
modelares para toda a diocese”. É, pois, dever do Bispo
“esforçar-se para que os presbíteros, os diáconos e os féis
cristãos leigos compreendam sempre mais profundamente o
sentido autêntico dos ritos e dos textos litúrgicos e assim sejam
levados a uma celebração ativa e frutuosa da Eucaristia”.
3.1 NOVIDADES NA INSTRUÇÃO GERAL DO
MISSAL ROMANO
Terceira Edição do Missal Romano

❖Parágrafo novo no número 56 da Instrução:


“A Liturgia da Palavra deve ser celebrada de tal modo que favoreça a
meditação; por isso deve ser de todo evitada qualquer pressa que
impeça o recolhimento. Integram-na também breves momentos de
silêncio, de acordo com a assembleia reunida, pelos quais, sob a ação
do Espírito Santo, se acolhe no coração a Palavra de Deus e se prepara
a resposta pela oração. Convém que tais momentos de silêncio sejam
observados, por exemplo, antes de se iniciar a própria liturgia da
palavra, após a primeira e a segunda leitura, como também após o
término da homilia”.
3.1 NOVIDADES NA INSTRUÇÃO GERAL DO
MISSAL ROMANO
Terceira Edição do Missal Romano

❖Parágrafos 131 e 133 modificados:


131. Depois, todos se põem de pé e canta-se o Aleluia ou outro
canto, conforme as exigências do tempo litúrgico (cf. n. 62-64).
133. Toma, então, o Evangeliário, se estiver no altar e, precedido
dos ministros leigos, que podem levar o turíbulo e os castiçais,
dirige-se para o ambão, conduzindo o Evangeliário um pouco
elevado. Os presentes voltam-se para o ambão, manifestando
uma especial reverência ao Evangelho de Cristo.
3.1 NOVIDADES NA INSTRUÇÃO GERAL DO
MISSAL ROMANO
Terceira Edição do Missal Romano

❖Parágrafo refeito no número 138, que fala das preces na Missa


sem diácono:
“Terminado o símbolo, o sacerdote, de pé junto à cadeira e de
mãos unidas, com breve exortação convida os fiéis à oração
universal. A seguir, o cantor, o leitor ou outra pessoa, do ambão
ou de outro lugar apropriado e voltado para o povo propõe as
intenções, às quais o povo, por sua vez, responde suplicante. Por
fim, o sacerdote, de mãos estendidas, conclui a prece por uma
oração”.
Terceira Edição do Missal Romano 3.2 NOVIDADES NO PRÓPRIO DO TEMPO
3.3. Novidades no ORDINÁRIO
Terceira Edição do Missal Romano

A) Nos Ritos Iniciais:


❖Acréscimo, para o Brasil, da sétima fórmula para saudação inicial, retirada do
Livro do Apocalipse 1,8
❖A mudança na primeira forma do Ato Penitencial, o Confesso a Deus: "por minha
culpa, minha culpa, minha tão grande culpa" respeitando o original latino;
❖Mudança, pela nova tradução, da conclusão das orações de coleta, conforme n.
54 da Instrução Geral do Missal Romano;
B) Na Liturgia da Palavra
❖Pequenas variações na tradução das “orações secretas”
❖Novidade na rubrica sobre a “Profissão de fé”: o Símbolo niceno-
constantinopolitano deve ser usado habitualmente; e o Símbolo dos Apóstolos
pode-se usar, sobretudo nos tempos da Quaresma e da Páscoa;
3.3. Novidades no ORDINÁRIO
Terceira Edição do Missal Romano

C) Na Liturgia Eucarística
❖ Os doze prefácios que foram
acrescentados:
✓ Depois da Ascensão do Senhor,
✓ Domingos do Tempo Comum X;
✓ Matrimônio;
✓ Bem-aventurada Virgem Maria III, IV e V;
✓ Mártires II;
✓ Santos Pastores II;
✓ Doutores da Igreja I e II;
✓ Comum VII, VIII e IX);
❖Os prefácios os Anjos e de
São José foram realocados
com as respectivas Missas;
Terceira Edição do Missal Romano

novo prefácio para os


Mártires, Santos Pastores etc.
no ordinário; demais prefácios
com as respectivas Missas;

❖Revisão da tradução das Orações Eucarísticas


❖inclusão do nome de São José naquelas determinadas pelo Papa
Francisco (isto é, nas Orações II, III e IV);
❖Novas formas de suscitar aclamação memorial
❖ Ratificação e necessária harmonização das pequenas aclamações, isto é,
mudança das aclamações do povo nas Orações Eucarísticas, tanto no
texto quanto na ordem da oração;
❖7ª forma de introduzir o Pai-Nosso, tomada da rica tradição do rito
ambrosiano;
3.4 NOVIDADES NO CALENDÁRIO ROMANO
Terceira Edição do Missal Romano

O Próprio dos Santos, parte


mais especificamente eclesiológica
do Missal, apresenta as
testemunhas do Cordeiro de
maneira ainda mais católica, ou
seja, universal, incluindo:
A) CICLO ECLESIOLÓGICO: ampliação do calendário universal
Terceira Edição do Missal Romano

1. Santíssimo Nome de Jesus (03 de janeiro).


2. Santa Josefina Bakita (08 de fevereiro).
3. São Gregório Narek (27 de fevereiro).
4. São João Ávila (10 de maio).
5. Bem-aventurada Virgem Maria de Fátima (13 de maio).
.
6. São Cristóvão Magalhães e comp. Mártires (México, 21 de maio).
7. Santa Rita de Cássia (22 de maio).
8. São Paulo VI (29 de maio).
9. Santo Agostinho Zhao Rong e comp. Mártires (China, 08 de julho).
10. Bem-aventurada Virgem Maria do Carmo (16 de julho – festa).
11. Santa Maria Madalena (22 de julho – festa).
12. São Charbel Makhluf (Líbano, 24 de julho).
13. Santos Irmãos Marta, Maria e Lázaro (29 de julho).
14. Santa Teresa Benedita da Cruz (09 de agosto).
Terceira Edição do Missal Romano

15. Santíssimo Nome de Maria (12 de setembro).


16. Santa Hildegarda de Bingen (17 de setembro).
17. São Pio de Pietralcina (23 de setembro).
18. Santa Faustina Kowalska (06 de outubro).
19. São João XXIII (11 de outubro).
20. São João Paulo II (22 de outubro).
21. Santa Catarina de Alexandria (25 de novembro).
22. São João Diego (09 de dezembro).
23. Bem-aventurada Virgem Maria de Loreto (10 de dezembro).
24. Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja (festividade móvel, a ser
celebrada na segunda-feira após Pentecostes).
B) CALENDÁRIO DO BRASIL

1. São José de Anchieta (09 de junho).


Terceira Edição do Missal Romano

2. Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus (09 de julho).

3. Bem-aventurado Inácio de Azevedo e comps. Mártires (17 de julho).


4. Santa Dulce Lopes Pontes (13 de agosto).
5. Santos André Soveral, Ambrósio, presb., Mateus Moreira, leigo, e comps.
Mártires (03 de outubro).

6. São Benedito, o Negro (05 de outubro).


7. Nossa Senhora Aparecida (12 de outubro).

8. São Pedro de Alcântara (19 de outubro).

9. Santo Antônio de Sant’Ana Galvão (25 de outubro).


10. São Roque Gonzalez, Santo Afonso Rodrigues e São João del Castilho (19 de
novembro).
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IV Parte
ESTUDO COMPARATIVO DAS
NOVIDADES DA TERCEIRA
EDIÇÃO TÍPICA DO MISSAL
ROMANO NO ORDINÁRIO:
TRADUÇÃO E NOVAS
INSERÇÕES

(Para este estudo, sugerimos a


projeção da apostila com seus
quadros comparativos)
Papa Francisco: Educação Litúrgica.
Terceira Edição do Missal Romano

"Não é suficiente reformar os livros litúrgicos para renovar


a mentalidade. Os livros reformados nos termos dos
decretos do Vaticano II desencadearam um processo que
requer tempo, recepção fiel, obediência prática, atuação
celebrativa sábia por parte, primeiro, dos ministros
ordenados, mas também dos outros ministros, dos
cantores e de todos os que participam na liturgia".

(Discursos, 24 de agosto de 2017)


Terceira Edição do Missal Romano

Boa celebração dos


Mistérios da Fé!

Pe. Me. Guilherme da Costa Vilela Gouvêa

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