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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO E ORIGEM DO SERVIÇO DO ALTAR ................................. 4


2. O SERVIÇO DO ALTAR ................................................................................ 5
3. OS PADROEIROS DOS ACÓLITOS E COROINHAS ................................... 6
SÃO TARCISIO ......................................................................................................................... 6

SÃO DOMINGOS SÁVIO .......................................................................................................... 7

4. REQUISITOS NECESSÁRIOS ...................................................................... 7


5. DIRETRIZES .................................................................................................. 8
6. COMO SE VESTIR PARA SERVIR ............................................................... 9
7. ORAÇÃO E VIDA ESPIRITUAL .................................................................. 10
8. COLOCAR-SE A SERVIÇO......................................................................... 11
9. LITURGIA .................................................................................................... 11
PRESENÇA DE CRISTO NA LITURGIA ................................................................................ 12

O SACERDOTE ...................................................................................................................... 12

O ALTAR ................................................................................................................................. 12

10. O ANO LITÚRGICO ................................................................................... 13


OS DIAS LITÚRGICOS ........................................................................................................... 14

O DOMINGO ........................................................................................................................... 14

11. TEMPOS LITÚRGICOS ............................................................................. 14


ADVENTO ............................................................................................................................... 14

NATAL ..................................................................................................................................... 14

QUARESMA ............................................................................................................................ 15

TEMPO PASCAL..................................................................................................................... 15

TEMPO COMUM ..................................................................................................................... 15

12. A MISSA .................................................................................................... 16


A PRESENÇA DE CRISTO NA MISSA. ................................................................................. 16

O CORPO E ALMA DA MISSA ............................................................................................... 16

AS PARTES DA MISSA .......................................................................................................... 16

POSTURAS E GESTOS DENTRO DA MISSA ....................................................................... 17


13. OBJETOS, SÍMBOLOS, VESTES E MATERIAIS LITÚRGICOS .............. 22
OBJETOS LITÚRGICOS ......................................................................................................... 22

OUTROS OBJETOS ............................................................................................................... 26

VESTES LITÚRGICAS ............................................................................................................ 27

INSÍGNIAS EPISCOPAIS ....................................................................................................... 29

CORES LITÚRGICAS ............................................................................................................. 30

SÍMBOLOS LITÚRGICOS ....................................................................................................... 31

LIVROS LITÚRGICOS ............................................................................................................ 32

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1. INTRODUÇÃO E ORIGEM DO SERVIÇO DO ALTAR

No início da Igreja, quando ainda eram vivos os apóstolos, as


comunidades cristãs se reuniam nas casas para celebrar a Eucaristia. Mas ser
cristão era proibido na época. O imperador perseguia e até matava quem se
declarasse seguidor de Jesus. Por isso as celebrações eram escondidas.

Porém, no ano 313, o imperador Constantino passou a ser cristão. Desta


forma, todos podiam ser cristãos também. A partir de então, foram surgindo
grandes igrejas, construídas em todos os cantos, e as celebrações ficaram
diferentes: nas grandes igrejas e com muitas pessoas. Dessa forma, foram
surgindo diversas funções e lugares próprios para cada um na igreja. As igrejas
tinham várias repartições como a nave e o coro:

Nave: Parte central da igreja onde ficava o povo. Naquela época, o povo
apenas assistia à celebração, não participava ativamente.

Coro: Ficava junto do presbitério. Nele ficavam os cantores e instrumentistas e


todos aqueles que tinham uma participação ativa na celebração: coroinhas e
sacristãos.

Foi nesse ambiente que surgiram os coroinhas. Que eram chamados


"meninos do coro", de onde vem o termo coroinha. Também são reconhecidos
hoje por “os que coroam o altar”.

Já o termo acólito vem do verbo acolitar, que significa acompanhar no


caminho. Acólito é aquele que na celebração da liturgia segue (ou precede)
outras pessoas, para servir e ajudar. Auxilia primeiramente o padre ou bispo,
mas também ao diácono, ministro da palavra, ministro da eucaristia e leitores.

O cerimoniário é um ofício da Liturgia que exerce o papel de preparo e


coordenação da Liturgia, garantindo seu decoro e ordem. É ele quem acerta
tudo com os sacerdotes, ministros, acólitos, músicos, leitores, prepara as
cerimônias, assiste ao celebrante nas funções e organiza todo o rito.

Veremos a seguir os tópicos mais importantes, regras, ensinamentos e


diretrizes para todos aqueles que desejam se comprometer no serviço do altar
seja como acólito, seja como coroinha, ou como cerimoniário, pois ambas as
funções são nobres e digníssimas diante de Deus, e são meios de santificação
para cada um de nós.

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2. O SERVIÇO DO ALTAR

“Eu vivo para Jesus Cristo, eu vivo para a glória dEle, eu vivo para O servir, eu
vivo para O amar” (São Padre Pio de Pietrelcina).

Foi Jesus quem nos ensinou, por meio do seu exemplo, que maior é
aquele que serve (cf. Lc 9,46-50), e, antes de cear pela última vez com os seus
discípulos, com o lava-pés, pediu-lhes que fizessem o mesmo (cf. Jo 13,1-15).

Fazer o mesmo que Jesus significa servir, e aquele que serve exerce um
ministério. Tanto a palavra grega diakonia quanto a palavra latina ministerium
querem dizer a mesma coisa: estar a serviço, servir a exemplo de Cristo, o
diácono por excelência.

Nesse sentido, a responsabilidade é grande para todos aqueles que


assumem o ministério (pastoral). Ao assumi-lo, entre tantas coisas, o coroinha,
o acólito e o cerimoniário tornam-se pessoas públicas, observadas, dentro e
fora da comunidade. Em consequência, independentemente da idade, grande
deve ser o empenho por parte de todos.

Ser chamado por Deus para o serviço do altar é um privilégio. É muito


mais do que ajudar o sacerdote a transportar objetos litúrgicos ou executar as
funções que lhes são próprias. Podemos dizer que o coroinha, o acólito e o
cerimoniário desde antes até o encerramento da Santa Missa, acompanham,
ajudam e servem o próprio Jesus. Isto por meio de sinais sensíveis, gestos e
palavras, impulsionados por um coração transbordando de amor ao Deus que
tanto nos ama e sendo o Rei dos reis, faz-se Servo. Nós não O vemos com os
nossos olhos; mas a fé diz-nos que é assim.

Cada um deve ir descobrindo sempre mais estas verdades da fé. Se não


as descobre, corre o risco de se cansar de ser um servidor do altar. Mas se as
descobre e experimenta, então vai desejar ser escolhido muitas vezes para
servir, e que outros também sirvam, para sentirem a mesma alegria.

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3. OS PADROEIROS DOS ACÓLITOS E COROINHAS

Quando lemos algo da vida de algum santo, logo percebemos a


fidelidade que eles tiveram ao Evangelho, no decorrer de suas vidas. Vejamos
agora um pouco da vida de São Tarcísio e de São Domingos Sávio, que em
sua juventude souberam viver a fidelidade a Cristo e à sua Igreja.

SÃO TARCISIO

Muito pouco se sabe da vida de São Tarcísio. Mas os fatos dos quais
temos conhecimento nos mostram o grande amor que ele tinha pela Eucaristia.

Tarcísio era coroinha na Igreja de Roma no século III, ele acompanhava


o Papa Sisto II na Missa (esse Papa morreria, por ser cristão, em torno do ano
258). Nessa época, celebrava-se a Eucaristia abaixo da terra, nas catacumbas,
devido à perseguição do imperador romano, Valeriano.

Quando os cristãos eram lançados às prisões, e


quase sempre mortos depois, costumava-se levar-lhes a
comunhão às escondidas, para que não perdessem o
ânimo, nem a fé. Quem fazia isso eram os diáconos. Um
dia, às vésperas do martírio de um grande grupo de
cristãos, o Papa Sisto II não sabia a quem mandar para
levar a comunhão na prisão, pois seus diáconos também
estavam presos. Foi então que o coroinha Tarcísio, com
apenas 12 anos, se ofereceu. Todos diziam que ele
poderia ser morto, mas ele argumentou que ninguém desconfiaria de uma
criança. Afirmou ainda que preferiria morrer a entregar a Eucaristia aos pagãos
romanos.

Diante disso, foi aceito. Passando por uma estrada chamada Via Ápia,
alguns rapazes perceberam o modo cauteloso como Tarcísio segurava algo
sob a roupa. Tentaram saber o que era e como ele se recusava a mostrar-lhes,
apedrejaram-no até a morte. Quando foram procurar o que Tarcísio levava, as
hóstias haviam sumido misteriosamente. Um soldado cristão viu Tarcísio caído
e o levou às catacumbas, onde foi sepultado. Desde o início, Tarcísio foi
venerado como exemplo de santidade. É como dissemos, o padroeiro dos
coroinhas.

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SÃO DOMINGOS SÁVIO

São Domingos Sávio, ofereceu a sua juventude por amor a Deus e


Maria Santíssima O santo viveu o lema “Antes morrer do que pecar”.

Nascido em Turim, na Itália, no ano de 1842,


Domingos conheceu muito cedo Dom Bosco e participou
do Oratório – lugar de formação integral – onde seu
coração se apaixonou por Jesus e Nossa Senhora
Auxiliadora. Pequeno na estatura, mas gigante na busca
de corresponder ao chamado à santidade, foi um ícone
da alegria de ser santo. Um jovem comum, que buscava
cumprir os seus deveres e amava a vida de oração.

Suas atitudes e devoção chamava a atenção de todos. Ainda quando


criança ia à igreja para rezar. Se o templo estivesse fechado, ele simplesmente
ajoelhava-se em frente à porta e ficava ali em oração até abrirem a igreja. Ele
permanecia assim, na neve ou na chuva, no frio ou no calor.

4. REQUISITOS NECESSÁRIOS
Para coroinhas:
- Meninos ou meninas de 7 (sete) a 13 (treze) anos;
- Ter recebido o Sacramento do batismo.

Para acólitos:
- Rapazes de 14 (quatorze) a 20 (vinte) anos;
- Ter recebido os quatro Sacramentos da Iniciação Cristã: Batismo, Confissão,
Primeira Comunhão e Crisma (ou estar cursando quando tiver idade).

Para cerimoniário:
- Rapazes a partir de 21 (vinte e um) anos;
- Ter recebido os quatro Sacramentos da Iniciação Cristã: Batismo, Confissão,
Primeira Comunhão e Crisma (ou estar cursando quando tiver idade).

Para todos:
- Ser entrevistado pelos coordenadores e comunicado ao Padre, para que
esteja realmente ciente dos compromissos que irá assumir.
- Participar das formações e receber as orientações deste manual durante este
período.

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5. DIRETRIZES

Para que se tenha uma boa e organizada equipe de coroinhas, acólitos e


cerimoniários deve-se haver regras, pelas quais todos os integrantes da equipe
se façam fiéis em cumpri-las.

Estas diretrizes visam ajudar a todos a buscar uma vida mais piedosa e
voltada para o Cristo, exercitando a vida de oração e exemplo. Estas ajudam
também a manter a ordem e a disciplina dos integrantes da equipe com o
objetivo de manter a união e a perfeita sintonia entre todos os demais
membros.

São as diretrizes:

1. Ter um comportamento exemplar, no lar, na Igreja, na escola, no


trabalho, na rua, na vida de um modo geral (social).

2. Vestir-se decentemente em todo momento, na vida de um modo


geral, pois somos morada do Espírito Santo, somos Sacrários vivos e
devemos buscar a modéstia.

3. Ter o compromisso de cumprir com seus deveres e estar sempre


presente nas formações e reuniões, avisando com antecedência
sempre que não for possível o comparecimento.

4. Participar das Missas aos Domingos e dias Santos de guarda.

5. Cumprir as escalas das Santas Missas, pedindo com antecedência


para alguém substituir caso necessário.

6. Estar sempre em dia com seus deveres da vida Espiritual e em


Estado de Graça, para sempre que for solicitado estar pronto ao
serviço do altar.

7. Buscar ser exemplo, viver com o auxílio da oração, virtudes


sobrenaturais, tais como a mansidão, paciência e humildade que o
próprio Cristo nos ensina, e conviver bem com os demais membros
da comunidade e da pastoral.

8. Ter no mês uma reunião que será dedicada à formação e/ou oração,
recordando-se de buscar não somente a intelectualidade, mas
também a espiritualidade.

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6. COMO SE VESTIR PARA SERVIR

Em relação às vestimentas que vamos para as missas, lembremo-nos


antes de qualquer coisa que somos filhos de Deus chamados à santidade e,
por isso, não deveríamos usar uma roupa que atentasse contra essa identidade
e missão. É preciso então que façamos um exame de consciência e um
propósito. Nós, que nos vestimos com tanto zelo para as festas mundanas,
tantas vezes esquecemos de nos preparar dignamente, com simplicidade e
modéstia, para o banquete do Cordeiro! Quando vamos à Santa Missa, não
devemos nos esquecer de servir a Deus também com o nosso modo de vestir,
trazendo nas roupas aquilo que já levamos no íntimo de nossos corações: o
desejo profundo de amá-Lo e entrar em comunhão com Ele.

Por tudo isso, quando formos servir ao altar, além de lembrarmo-nos


que somos templos vivos do Espírito Santo e que devemos nos vestir
modestamente, é ideal que mantenhamos uma vestimenta uniforme, as quais
serão discorridas abaixo:

Para as meninas:
- Camisa social ou blusa branca (sem decote, sem detalhes chamativos e com
manga longa);
- Calça ou saia longa preta;
- Cabelos presos;
- Unhas sem esmalte de cor chamativa;
- Sem maquiagem chamativa;
- Sapato fechado preto.

Para meninos e rapazes:


- Camisa social branca;
- Calça social preta;
- Sapato social preto.

Para todos:
- Sem acessórios (brinco, pulseira, anel...).

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7. ORAÇÃO E VIDA ESPIRITUAL

“Quem reza se salva, quem não reza é condenado. Salvar-se sem rezar
é dificilíssimo, até mesmo impossível... Mas rezando, a salvação é certa e
facilíssima. Se não orarmos, não temos desculpas, porque a graça de rezar é
dada a todos... Se não nos salvarmos, a culpa será toda nossa, porque não
teremos rezado” (Santo Afonso Maria de Ligório).

É de extrema importância que os servidores do altar tenham uma vida


de oração diária. Porque a oração é o grande meio para alcançarmos de Deus
a salvação e todas as graças que desejamos. Como escreve São Tiago: “Se
alguém necessita de sabedoria, peça a Deus, que a concede fartamente a
todos” (Tg 1,5).

O serviço do altar é um serviço que necessitamos ter disposição,


atenção, sabedoria, dedicação (...). E como conseguimos isto? Suplicando a
Deus. Este serviço deve ser por Cristo e com Cristo, onde devemos a Ele,
portador de todas as graças, suplicar as graças necessárias para melhor
executarmos nossas obrigações.

Na oração que O próprio Cristo nos ensinou – o Pai Nosso, há um trecho


em que diz “o pão nosso de cada dia nos dai hoje”. Por hora, entende-se que
este „pão‟ é o alimento material, mas trata-se da oração, do „pão substancial‟. O
alimento qual é tão crucial para a vida espiritual quanto comer e beber são para
o corpo.

A oração é tão necessária às nossas vidas, que devemos suplicar a


Deus diariamente que Ele nos dê a graça de alimentarmos nosso espírito
através dela, fazendo com que ela nos fortaleça e nos ajude a não cairmos em
tentação.

Enquanto membros desta pastoral, caso deixemos de reconhecer a


necessidade da oração em nosso cotidiano, acabamos a maioria das vezes
perdendo a essência de nosso serviço e de nosso ser, consequentemente
caindo na monotonia do pecado, afastando-nos cada vez mais de nossa Pátria
definitiva.

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8. COLOCAR-SE A SERVIÇO

É muito importante que o trabalho como coroinha, acólito e como


cerimoniário numa comunidade não poderá limitar-se ao “ajudar nas Missas”. É
importante que se integrem com toda a comunidade; que desenvolvam
realmente um trabalho pastoral, contribuindo para o surgimento de novas
lideranças e incentivando a integração de novos elementos com o grupo. Com
o empenho de todos, pode-se contribuir para promover a união, o amor e a
fraternidade. A ajuda mútua caracteriza os verdadeiros irmãos na fé.

Um bom servidor do altar, sempre que necessário, se coloca a serviço


da Igreja e das coisas de Deus: nas procissões, nas solenidades e em todas as
celebrações litúrgicas, sempre quando se faça necessária a sua presença.

O serviço do altar pode até despertar vocações sacerdotais. É um fato


que vocações têm surgido do grupo de coroinhas, acólitos e cerimoniários.

9. LITURGIA

A Liturgia é o conjunto de ações realizadas pelos fiéis dentro dos cultos


a Deus, inspiradas pelo próprio Deus, com a finalidade de buscar glorificar a
Deus e santificar os homens.

“A Liturgia, como exercício do sacerdócio de Jesus Cristo, tem duas


dimensões fundamentais: a glorificação de Deus e a santificação da
humanidade. Trata-se de duas dimensões e não de dois tempos ou duas
atividades estanques. A comunidade que celebra tem o compromisso de
evangelizar o mundo.” (Sacrossantum Concilium).

Existem em cada ação litúrgica através de sinais sensíveis, gestos e


palavras, realizados pelo corpo místico de Cristo (nós), juntamente com Cristo
que é A Cabeça da Igreja dois movimentos: o movimento de Deus para o
homem – a santificação, e o movimento do homem para Deus – a glorificação,
ambos acontecem ao mesmo tempo.

A liturgia tem uma alma: Toda expressão do culto, sem a fé, é um corpo
sem alma. Seria uma religiosidade fingida, que Deus não aceitaria. Com
palavras severas Ele condenou esta falsa piedade dos fariseus: “Este povo me
louva com os lábios, mas seu coração está longe de mim” (Mt 15,8).

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Os sinais externos da sagrada liturgia não são um insulto à pobreza
material dos filhos da Igreja, mas um incentivo à piedade dos fiéis. Todo o
conjunto do culto que a Igreja rende a Deus deve ser interno e externo. Esta
realidade decorre da própria constituição humana, ao mesmo tempo física e
espiritual, e da vontade do Senhor, que dispõe que pelo conhecimento das
coisas visíveis sejamos atraídos ao amor das invisíveis.

PRESENÇA DE CRISTO NA LITURGIA

Para realizar tão grande obra, Cristo está sempre presente em sua
Igreja, e especialmente nas ações litúrgicas. Está presente no sacrifício da
missa, está presente pela sua virtude nos sacramentos, está presente na sua
palavra, pois é Ele quem fala quando na Igreja são lidas as Sagradas
Escrituras.

Por isso, toda celebração litúrgica, como obra de Cristo sacerdote e do


Seu corpo, que é a Igreja, é uma ação sagrada por excelência, cuja eficácia,
nenhuma outra ação da Igreja iguala, sob o mesmo título e grau.

Dia após dia, a liturgia vai nos transformando interiormente em templos


santos do Senhor e morada espiritual de Deus, até a plenitude de Cristo, de tal
forma que nos dá a força necessária para pregar Cristo e mostrar ao mundo o
que é a Igreja, como a reunião de todos os filhos de Deus ainda dispersos até
que se tornem um só rebanho, sob um único pastor.

O SACERDOTE

O sacerdócio é uma consagração de vida. A grandeza do sacerdócio


atingiu o seu ponto máximo em Jesus Cristo, O Sacerdote por excelência.

O Concílio Vaticano II diz que o padre age "in persona Christi", isto é, em
lugar da pessoa de Jesus, o qual disse aos Apóstolos: "Quem vos ouve, a mim
ouve, e quem vos rejeita, a mim rejeita. E quem vos rejeita, rejeita o Pai que
me enviou" (Lc 10,16). O padre é constituído tal por meio da imposição das
mãos do Bispo sobre sua cabeça, proferindo a oração consagradora.

O ALTAR

O altar representa os dois aspectos de um mesmo mistério de Jesus


Cristo: o altar do sacrifício e a mesa do Senhor, e isto tanto mais porque o altar
cristão é o símbolo do próprio Cristo, presente no meio da assembleia de seus
fiéis, ao mesmo tempo como vítima oferecida por nossa reconciliação e como
alimento celeste que se dá a nós.

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10. O ANO LITÚRGICO

No decorrer do ano, a Santa Igreja comemora em dias determinados a


obra salvífica de Cristo. Durante o ciclo anual desenvolve-se todo o mistério de
Cristo e comemoram-se os dias dos Santos.

O Ano Civil começa em 1º de Janeiro e termina em 31 de Dezembro. Já


o Ano Litúrgico começa no 1º Domingo do Advento (cerca de quatro semanas
antes do Natal) e termina no sábado anterior a ele. Podemos perceber,
também, que o Ano Litúrgico está dividido em “Tempos Litúrgicos”, como
veremos a seguir.

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OS DIAS LITÚRGICOS

Todos os dias são santificados pelas celebrações litúrgicas do Povo de


Deus, principalmente pelo Sacrifício Eucarístico e pelo Ofício Divino.

O dia litúrgico se estende de meia-noite a meia-noite. A celebração do


Domingo e das solenidades, porém, começam com as vésperas do dia
precedente.

O DOMINGO

No primeiro dia de cada semana, que é chamado dia do Senhor ou


Domingo, a Igreja, por tradição apostólica que tem origem no próprio dia da
Ressurreição de Cristo, celebra o mistério pascal. Por isso, o Domingo deve
ser tido como o principal dia de festa. Por causa de sua especial importância, o
Domingo só cede sua celebração às solenidades e festas do Senhor.

11. TEMPOS LITÚRGICOS

ADVENTO

O Tempo do Advento possui dupla característica. Sendo um Tempo de


preparação para as solenidades do Natal, em que se comemora a primeira
vinda do Filho de Deus entre os homens, é também um Tempo em que, por
meio desta lembrança, voltam-se os corações para a expectativa da segunda
vinda do Cristo no fim dos Tempos. Por este duplo motivo, o Tempo do
Advento se apresenta como um Tempo de piedosa e alegre expectativa. Inicia-
se após o último Domingo do Tempo comum (Solenidade de Cristo Rei) e
termina no dia 24 de dezembro (vésperas do Natal do Senhor). São chamados
1º, 2º, 3º e 4º Domingos do Advento.

NATAL

A Igreja nada considera mais venerável, após a celebração anual do


mistério da Páscoa, do que comemorar o Natal do Senhor e suas primeiras
manifestações, o que se realiza no Tempo do Natal.

O Tempo do Natal vai das Primeiras Vésperas do Natal do Senhor(dia


24 de dezembro) ao Domingo depois da Epifania ou ao Domingo depois do dia
6 de janeiro.

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QUARESMA

O Tempo da Quaresma visa preparar a celebração da Páscoa; a liturgia


quaresmal, com efeito, dispõe para a celebração do mistério pascal tanto os
catecúmenos, pelos diversos graus de iniciação cristã, como os fiéis, pela
comemoração do batismo e penitência.

O Tempo da Quaresma vai de Quarta-feira de Cinzas até a Missa na


Ceia do Senho. Do início da Quaresma até a Vigília pascal não se diz o Aleluia.
Na Quarta-feira de abertura da Quaresma, que é por toda a parte dia de jejum,
faz-se a imposição das cinzas.

Os Domingos deste Tempo são 1º, 2º, 3º, 4º e 5º Domingos da


Quaresma. O 6º Domingo, com qual se inicia a Semana Santa, é chamado
“Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor”.

TEMPO PASCAL

O tempo pascal se inicia com o Tríduo pascal. Os oito primeiros dias do


Tempo pascal formam a oitava da Páscoa e são celebrados como solenidades
do Senhor. No quadragésimo dia depois da Páscoa celebra-se a Ascensão do
Senhor. O tempo pascal encerra-se com a solenidade de pentecostes, que
ocorre 50 dias depois da páscoa.

TEMPO COMUM

Além dos Tempos que têm característica própria, restam no ciclo anual
trinta e três ou trinta e quatro semanas nas quais não se celebra nenhuma
solenidade ou festa do mistério de Cristo; comemora-se nelas o próprio
mistério de Cristo em sua plenitude, principalmente aos Domingos. Este
período é chamado Tempo Comum.

O Tempo Comum começa na Segunda-feira que segue ao Domingo


depois do dia 6 de janeiro e se estende até a terça-feira antes da quaresma.

Recomeça na segunda-feira depois do Domingo de Pentecostes e


termina antes das primeiras Vésperas do 1º Domingo do Advento.

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12. A MISSA

A Missa não é simplesmente uma oração devocional, ou uma


celebração a mais da Igreja; é o ato supremo da nossa fé.

A Missa, ou celebração da Eucaristia, é a presentificação do imenso


Sacrifício do Calvário, onde este se torna presente no altar; não é mera
representação ou apenas lembrança do Sacrifício do Senhor; é muito mais, é
sua atualização, isto é, o mesmo e único sacrifício de Jesus na cruz se torna
presente, vivo e verdadeiro. Não é uma multiplicação do sacrifício do Calvário e
nem mesmo uma repetição. É o mesmo e único Calvário.

“É na Santa Missa que participamos da Sagrada Eucaristia, corpo,


sangue, alma e divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Por isso, é
importante participar bem dela, com ardor, vontade e devoção. E para isso é
preciso conhecer bem o que é a Santa Missa”.

A PRESENÇA DE CRISTO NA MISSA.

A transubstanciação (conversão de toda a substância do pão na


substância do Corpo de Cristo e de toda substância do vinho na substância do
Sangue de Cristo) é um grande e maravilhoso mistério que acontece na Missa,
porque na última Ceia Jesus disse: “Isto é o meu corpo…, este é o meu
sangue, que são dados por vós”. Ou seja, há a presença real de Cristo na
Missa, através de sua própria presença na Eucaristia.

O CORPO E ALMA DA MISSA

Os atos exteriores (gestos, palavras, sinais, objetos...) são como o


“corpo” da Missa, enquanto a fé e o amor são a “alma” desse corpo. Se alguém
comunga sem crer na presença real de Jesus, recebe sim o Corpo do Senhor,
mas não participa da Salvação contida no Sacramento.

AS PARTES DA MISSA

A missa pode muito bem ser dividida em duas partes principais: Liturgia
da Palavra (através da qual nos alimentamos através das Sagradas Escrituras)
e a Liturgia Eucarística (através da qual nos alimentamos do próprio Corpo e
Sangue de Cristo no Santíssimo Sacramento).

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A missa é dividida em diversas partes além das duas principais (Liturgia
da Palavra e Liturgia Eucarística), as quais estão detalhadas abaixo:

RITOS INICIAIS
- Procissão de entrada
- Saudação
- Ato Penitencial
- Hino de Louvor
- Oração do dia (ou coleta)

LITURGIA DA PALAVRA
- Primeira leitura
- Salmo Responsorial
- Segunda leitura
- Evangelho
- Homilia
- Profissão de Fé - Credo (Nas Missas dominicais e solenidades)
- Oração dos fiéis

LITURGIA EUCARÍSTICA
- Ofertório
- Oração Eucarística
- Comunhão

RITOS FINAIS
- Oração pós-Comunhão
- Benção final

POSTURAS E GESTOS DENTRO DA MISSA

Os gestos são importantes na liturgia. Nosso corpo também “fala”


através dos gestos e atitudes. Durante toda a celebração litúrgica nos
gesticulamos, expressando um louvor visível não só a Deus, mas também a
todos os homens.

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SENTADOS

É uma posição cômoda que favorece a catequese,


boa para ouvir as Leituras, a homilia e meditar. É a atitude
de quem fica à vontade e ouve com satisfação, sem pressa
de sair.

- Durante as leituras da missa, exceto o Evangelho.


- Durante a homilia.
- Durante o ofertório, exceto os que forem auxiliar.

DE PÉ

É uma posição de quem ouve com


atenção e respeito, tendo muita consideração
pela pessoa que fala. Indica prontidão e
disposição para obedecer. Foi, desde o início da
Igreja, a posição do “orante”.

- Nos momentos em que o sacerdote fica de pé,


exceto durante a homilia e durante o ofertório
(caso não for auxiliar).

DE JOELHOS

De início, o cristão ajoelhava-se somente nas orações


particulares. Depois toda a comunidade passou a ajoelhar-se
em Tempo de penitência. O ato de ajoelhar-se significa um
ato de adoração a Deus, de respeito, de entrega e de
sacrifício.

- Diante do Santíssimo Sacramento.


- Durante a consagração do pão e do vinho.
- Ao receber a Comunhão.

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GENUFLEXÃO

A posição “genuflexão” consiste em


reverência e adoração. É um gesto próprio da
Tradição Latina. Deve ser feito, portanto, somente
a Deus. É realizada encostando o joelho direito no
chão e levantando-se novamente, sem muito
demorar.

- Para o Sacrário sempre que estiver com


Reserva Eucarística.
- Para o Santíssimo Sacramento.
- À cruz desde a Sexta-feira Santa até a Vigília
Pascal.

INCLINAÇÃO

Inclinar-se diante de alguém é sinal de grande respeito. É sinal também


de veneração, diante do Santíssimo Sacramento (principalmente quando o
acólito segura algum material), e de respeito diante do altar. Os fiéis podem
inclinar a cabeça para receber a benção solene, logo após o convite do diácono
ou do sacerdote.

Existem dois tipos de inclinação:

INCLINAÇÃO DE CABEÇA

Consiste em baixar um pouco a cabeça, discretamente e


sem inclinar o tronco.

- Quando se é citado na Santa Missa o nome de Jesus, Maria,


Santíssima Trindade em conjunto, Santo do dia, Padroeiro.
- Quando se passa à frente do altar com algum objeto em mão,
impossibilitado de fazer a inclinação profunda.
- Ao fazer reverência para o padre antes e depois de servi-lo.

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INCLINAÇÃO PROFUNDA

Consiste em inclinar o tronco até mostrar o topo da


cabeça ao que se faz a vênia.

- Antes e depois de incensar o sacerdote, objetos e a


assembleia.
- Ao altar.
- Quando mencionado o Mistério da Encarnação na Profissão
de Fé – “... que foi concebido pelo Poder do Espírito Santo
nasceu da Virgem Maria.”.

ANDAR

Sempre andar de modo discreto, recolhido. Sempre devagar, embora


nunca de modo lerdo. Coluna ereta, cabeça reta, olhos baixos, de mãos
postas. Evitando olhar para a assembleia. Caso esteja com objeto em só uma
das mãos, deve-se colocar a outra no peito.

MÃOS POSTAS

Significa recolhimento interior, busca de Deus, fé, súplica,


confiança e entrega da vida. É atitude de profunda piedade. Esta
é a posição que devemos estar durante as celebrações. As mãos
postas recordam o gesto tão antigo de atar ou amarrar as mãos
dos prisioneiros. É por isso que os que eram martirizados
caminhavam com as mãos unidas na hora do sacrifício, em
oração e entrega. Também se sabe que, na Idade Média, os
vassalos prometiam fidelidade aos senhores feudais unindo as
mãos.

Por isso, o cristianismo assumiu o gesto como sinal de obediência total


do homem à autoridade de Deus, e as mãos unidas passaram a expressar a
submissão do homem com relação ao seu Criador.

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SILÊNCIO

O silêncio tem seu valor na oração. Ajuda o aprofundamento nos


mistérios da fé. “O Senhor fala no silêncio do coração”. É oportuno fazer
silêncio depois das Leituras, da homilia e da Comunhão, para interiorizar o que
o Senhor disse. Meditar é também uma forma de participar.

Sem o devido silêncio para cada ação litúrgica nossa alma permanece
vazia de Deus e cheia de nós mesmos, sem gerar mudança, conversão,
santidade e configuração a Cristo.

De um modo ainda mais concreto e de dupla responsabilidade é o


silêncio daqueles que servem a Deus na liturgia, pois além da responsabilidade
por si mesmos ainda serão responsabilizados por aqueles que por nosso
contra testemunho se afastam de Deus.

Somos ainda responsáveis por auxiliar o Sacerdote que celebrará os


Santos Mistérios do Altar, guardando o silêncio na sacristia, próprio daqueles
que se preparam para estar com Cristo no Mistério de Sua Paixão, Morte e
Ressurreição, que é a Santa Missa.

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13. OBJETOS, SÍMBOLOS, VESTES E MATERIAIS
LITÚRGICOS

OBJETOS LITÚRGICOS

1. ALTAR
Mesa onde se realiza a Ceia Eucarística; O altar é o próprio Cordeiro
crucificado.

2. AMBÃO
Estante onde o celebrante e os leitores proclamam a palavra de Deus.

3. ÂMBULA
É uma espécie de um cálice e com tampa onde se colocam as
partículas pequenas para serem consagradas. Após a comunhão é
depositada no sacrário, caso ainda hajam hóstias consagradas dentro
dela.

4. CÁLICE
É a taça onde se coloca o vinho que vai ser consagrado. Foi usado por
Jesus na última ceia.

5. HÓSTIA
Pão ázimo (de farinha e água) que o sacerdote consagra durante a
Missa. Corresponde aos pães ázimos da Páscoa. Quando não está
consagrada é chamado comumente de partícula.

6. CORPORAL
Pano quadrangular de linho com uma cruz no centro; sobre ele é
colocado o cálice, a patena, e as âmbulas para a consagração.

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7. SANGUÍNEO
Pequeno linho mais estreito que um guardanapo, reservado
exclusivamente para a purificação do cálice e da patena após a
comunhão. Serve também para o sacerdote enxugar os lábios, os
dedos e o cálice por respeito ao Corpo e Sangue de Nosso Senhor, pois
nada da Eucaristia pode se perder.

8. PALA
Como uma tampa branca de linho, rígida, de forma quadrangular. Serve
para ser colocada sobre o cálice e a patena, para que não caia
nenhuma impureza (poeira, mosquitos etc.) na Eucaristia.

9. MANUSTÉRGIO
Pequena toalha usada para enxugar os dedos do celebrante no
ofertório.

10. PATENA
Recipiente em forma de prato pequeno, onde se põe a hóstia magna
que vai ser consagrada.

11. GALHETAS
São os recipientes onde se coloca a água e o vinho para serem usados
na Celebração Eucarística.

12. LAVABO
Acompanhado do manustérgio, o lavabo (bacia e jarra) é utilizado no
rito de purificação das mãos do sacerdote na preparação das oferendas
na Missa.

13. BANDEJA DE COMUNHÃO OU PATENA


Objeto de metal em forma de bandeja com o qual se ampara os
fragmentos que possam cair durante a comunhão.

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14. VÉU DE ÂMBULA
Pano que serve para cobrir a âmbula que será depositada na Capela do
Santíssimo. É sinal de respeito com o sagrado e representa a presença
do Senhor na Eucaristia.

15. TECA
Recipiente utilizado para guarda e transporte da Eucaristia. É utilizada
para se levar a comunhão para os enfermos. Pode ser pequena ou
grande.

16. TURÍBULO
Vaso de metal usado para queimar o incenso com a simbologia de que
nossas orações subam aos céus, assim como a fumaça.

17. NAVETA
Objeto utilizado para se colocar o incenso, antes de queimá-lo no
turíbulo.

18. CARRILHÃO
Pequeno sino utilizado na Santa Missa durante a consagração e
durante a Benção do Santíssimo. Serve para anunciar a presença do
Senhor que passa ou se faz presente em nosso meio.

19. CÍRIO PASCAL


Uma grande vela com cerca de 1m de altura, que recebe o fogo virgem
no Sábado de Aleluia. Nele são assinalados o sinal-da-cruz, o alfa e o
ômega, os números do ano em questão e colocados cinco grãos de
incenso, símbolo das chagas divino-humanas de Jesus.

20. ASPERSÓRIO
Objeto para aspergir água benta sobre o que vai se benzer.

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21. CALDEIRA
Pequeno recipiente para receber água benta, usada juntamente com o
aspersório.

22. GENUFLEXÓRIO
Local próprio para orações diante do Santíssimo Sacramento, ou
atendimento de confissões.

23. OSTENSÓRIO
Objeto utilizado para expor o Santíssimo e dar a Benção Eucarística ou
para levá-lo em procissão.

24. LUNETA
Pequena peça de metal que serve para segurar a Hóstia consagrada no
ostensório.

25. SACRÁRIO
Local onde são guardadas as espécies consagradas, que não foram
distribuídas, durante a Missa. Deve ser feito de material digno e ficar em
local fixo e seguro.

26. CASTIÇAL
É a base para uma vela ou mais. Deve fazer conjunto com as demais
peças usadas.

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OUTROS OBJETOS

Cátedra - É o lugar onde senta o presidente da celebração.


Credência - É uma mesa de apoio colocada discretamente ao lado (de
preferência do lado direito) do Altar. Não deve ser enfeitada. Nela se colocam
as galhetas, cálice, patena, Missal... e tudo o que for necessário à celebração.
Crucifixo - Fica sobre o altar ou acima dele, lembra que a Ceia do
Senhor é inseparável do seu Sacrifício Redentor. “Na Ceia, Jesus deu aos
discípulos o Sangue da aliança, que ia ser derramado por muitos, para o
perdão dos pecados”.
Cruz processional - Usada nas procissões, à frente de qualquer cortejo,
e deve permanecer em lugar nobre no santuário ou presbitério.
Flores - Simples, poucas e discretas, são apenas um sinal de reverência
e embelezamento. Não devem abafar o Mistério celebrado ou se impor. Não se
devem ser colocadas sobre o Altar.
Imagens - São obras de arte dentro do esquema eclesial. A longa
tradição da Igreja sempre nos legou cultura e arte com fins litúrgico-religiosos.
Incenso - Resina de aroma suave extraída de diferentes árvores. É
queimado no turíbulo em determinadas celebrações: missas solenes,
adorações ao Santíssimo Sacramento. Simboliza o desejo de que nossa
oração suba aos céus como sobe a fumaça.
Lâmpada - A lâmpada da Capela do Santíssimo é a lâmpada acesa
junto ao sacrário e significa a presença do sagrado e divino. Corresponde de
certo modo à vigilância cristã.
Menorá - É o castiçal de origem hebraica, usado sempre na Igreja. Deve
ser usado no presbitério substituindo as velas do altar ou na frente do ambão.
É composto por sete velas.
Presbitério - É o espaço onde ocorre propriamente a função litúrgica. É
o local onde ficam o celebrante (o presbítero) e seus auxiliares (acólitos).
Convém que se distinga da nave da Igreja por elevação, ou por especial
ornamentação. Seja bastante amplo para que os ritos sagrados se desenrolem
comodamente.
Purificatório - Pequeno vaso com água para ser usado na purificação
dos dedos dos ministros que distribuíram a Eucaristia.
Toalha - A toalha do altar deve reduzir-se ao tamanho da mesa, parte
superior, ou cair dos lados, para não decapar o altar, fazendo, assim, que
ignoremos o símbolo mais importante do edifício cristão.

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VESTES LITÚRGICAS

1. ALVA
Veste branca e longa usada pelo celebrante, abaixo da casula, durante
a Santa Missa.

2. AMITO
Pequeno linho colocado sobre as costas amarrado no pescoço,
cobrindo a camisa clerical.

3. BATINA E SOBREPELIZ
A sobrepeliz é uma veste branca, comprida até a altura dos joelhos
utilizada sobre a batina preta pelos seminaristas, sacerdotes, acóitos e
cerimoniários. Pode ser utilizada pelos coroinhas, quando a batina é
vermelha.

4. CASULA
Veste Sacerdotal usada sobre a alva ou túnica, cobrindo todas as
outras vestimentas com a cor litúrgica do dia. Utilizada nas festas,
solenidades e Domingos.

5. CÍNGULO
Cinto ou cordão que é amarrado na cintura sobre a túnica. O sacerdote
o utiliza para prender a estola sobre a alva ou túnica.

6. ESTOLA SACERDOTAL
Bispos e sacerdotes levam-na pendurada ao pescoço até abaixo dos
joelhos, de maneira paralela sobre a alva ou túnica. Sua cor varia com o
tempo litúrgico e é indispensável na Santa Missa. Representa o poder e
a dignidade que devem estar a serviço.

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7. ESTOLA DIACONAL
O diácono a coloca de revés sobre o ombro esquerdo, sua cor varia
com o tempo litúrgico.

8. TÚNICA
Veste branca e longa, semelhante à alva, usada pelo celebrante e pelos
ministros (acólitos), indispensavelmente durante a Santa Missa.

9. DALMÁTICA
É o paramento próprio do diácono. É uma túnica comprida com mangas
longas e largas, adornadas de duas bandes de cores verticais na parte
da frente e de trás.

10. CAPA PLUVIAL


É uma veste sacerdotal, é um manto aberto com capuz, para se
proteger contra o frio e a chuva. Desde o século XI o capuz é apenas
um ornamento.

11. VÉU UMERAL


É o pano com o qual se cobre os ombros do sacerdote enquanto
concede a Benção Eucarística ou translada o Santíssimo Sacramento.

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INSÍGNIAS EPISCOPAIS

1. BÁCULO
É uma das insígnias do Bispo. Longo bastão curvado na extremidade,
trazendo ou não, um símbolo. Representa seu serviço como pastor do
povo de Deus.

2. MITRA
Corresponde no pontifical romano ao capacete de defesa do soldado da
verdade. O Bispo a põe na cabeça todas as vezes que muda de lugar
na celebração, quando está sentado, ao dar a benção solene, quando é
incensado ou lava as mãos.

3. SOLIDÉU
Barretinho vermelho com que os bispos cobrem a cabeça; assim
chamado por ser retirado somente diante do Santíssimo Sacramento.

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CORES LITÚRGICAS

Cor
Significado Quando é usada?
Litúrgica

Na Páscoa, no Natal, nas Festas do


Senhor (exceto as da Paixão), de Nossa
Branco, Senhora e dos Santos não mártires, nos
Simboliza a vitória, a paz, a
amarelo ou batismos, Missas Votivas pela Eucaristia.
alma pura, a alegria.
dourado As cores dourada e amarela podem ser
usadas nos dias festivos, em substituição
ao branco.

Simboliza o fogo do amor, da


É a cor de Pentecostes. Também usada
caridade, lembrando o fogo
nas Festas dos Santos mártires, no
Vermelho do Espírito Santo. Simboliza
domingo da Paixão (domingo de Ramos) e
também o sangue de Cristo e
na Sexta-feira Santa.
dos mártires.

Usado nos domingos do Tempo Comum e


Verde Simboliza a esperança.
nos dias da semana.

Simboliza a penitência, Usado no Advento e na Quaresma. Pode


Roxo contrição, serenidade, também ser usado nas Missas dos Fiéis
mortificação. defuntos e na confissão.

Simboliza tristeza, dor, luto.


Significa o choro da Igreja
Pode ser usado nas Missas dos Fiéis
Preto diante da morte de Nosso
defuntos. Pode ser substituído pelo roxo.
Senhor Jesus Cristo e de
seus fiéis.

Simboliza a alegria dentro de Pode ser usado no 3º domingo do Advento


Rosa um tempo destinado à (Gaudete) e no 4º domingo da Quaresma
penitência. (Laetare).

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SÍMBOLOS LITÚRGICOS

IHS
Iniciais das palavras latinas Iesus Hominum Salvator, que significam:
Jesus Salvador dos homens. Empregam-se sempre em paramentos litúrgicos,
em portas de sacrário e nas hóstias.

ALFA E ÔMEGA ( e 
Primeira e última letra do alfabeto grego. No Cristianismo aplicam-se a
Cristo, princípio e fim de todas as coisas.

TRIÂNGULO
Com seus três ângulos iguais (equilátero), o triângulo simboliza a
Santíssima Trindade.

INRI
São as iniciais das palavras latinas Iesus Nazarenus Rex Iudaerum, que
querem dizer: Jesus Nazareno Rei dos Judeus, mandadas colocarem por
Pilatos na crucifixão de Jesus.

XP
Estas letras, do alfabeto grego, correspondem em português a C e R.
Unidas, formam as iniciais da palavra CRISTÓS (Cristo).

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LIVROS LITÚRGICOS

MISSAL

É o „manual de instruções da missa‟, o livro que contém todos os ritos,


orientações, orações, bênçãos e tudo o que o Sacerdote utiliza para bem
celebrar o mistério da Missa. Nele só não se encontram as leituras, tendo,
porém tudo o que demais se precisa para a santa celebração.

O missal é dividido em diversar partes:

 Promulgação
 Instrução Geral do Missal Romano
 Normas do Ano Litúrgico e Calendário
 Calendário Romano Geral
 Próprio do Tempo, que abrange os tempos litúrgicos
o Tempo do Advento
o Tempo do Natal
o Tempo da Quaresma
o Tríduo Pascal
o Tempo Pascal
o Tempo Comum
 Ordinário da Missa', que é composto por:
o Ritos iniciais
o Liturgia da palavra
o Liturgia eucarística
o Rito da comunhão
o Ritos finais
 Próprio dos santos
 Comum dos santos
 Missas Rituais
 Missas e orações eucarísticas das diversas circunstâncias
 Missas Votivas
 Missas dos Fiéis Defuntos
 Apêndice
 Índice geral

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LECIONÁRIOS

São os livros que contém todas as leituras que serão feitas em todas as
missas e/ou celebrações Eucarísticas.

Existem 3 (três) tipos de lecionários:

1. Lecionário Dominical

Nele encontram-se todas as leituras para as missas a serem realizadas


nos dias de Domingo bem como nas principais solenidades e festas da igreja.

É dividido em três partes, Ano A, ano B e ano C.

A cada ano litúrgico utiliza-se uma dessas partes, sendo que assim que
usados as três, completa-se o ciclo litúrgico (que dura três anos), iniciando
novamente pelo ano A.

O ano A percorre o Evangelho de São Mateus.


O ano B percorre o Evangelho de São Marcos e o capítulo 6 de São João.
O ano C percorre o Evangelho de São Lucas.

Para todas as Celebrações dominicais bem como nas Solenidades, são


tiradas duas leituras (uma do antigo e uma do novo testamento) mais um salmo
e a proclamação do evangelho.

2. Lecionário Semanal

Nele encontram-se as leituras destinadas às celebrações que


acontecem nos demais dias da semana que não sejam domingos.

É dividido em Ano par e Ano ímpar, e seque a mesma regra do


Dominical quanto a aplicação do ano correspondente.

Nas celebrações nestes dias da semana é feita apenas uma leitura,


além, claro, do Salmo e Evangelho.

3. Lecionário dos Santos

Neste encontram-se as leituras para os dias de celebrações e festas dos


santos, mártires, apóstolos, discípulos, virgem Maria e etc.

Tem a mesma composição do Dominical com duas leituras, salmo e


Evangelho.

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EVANGELIÁRIO

É o livro que contém apenas o texto dos evangelhos que são usados
nas celebrações dominicais e nas solenidades.

Fica sob o altar antes de ser utilizado, levado até o ambão na


proclamação do Evangelho, e após sua utilização permanece no ambão.

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