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A SAGRADA LITURGIA

UM ESTUDO A PARTIR DOS DOCUMENTOS SACROSANCTUM CONCILIUM


E A INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
• Breve percurso histórico – como a Liturgia se desenvolveu até chegar o que se tem hoje;
• Natureza da Sagrada Liturgia e sua importância na vida da Igreja
• A Sacralidade e o Mistério da Sagrada Liturgia;
• Funções e Ofícios na Sagrada Liturgia;
• Participação do povo;
• Tempo litúrgico;
• A Celebração Litúrgica por excelência: O Santo Sacrifício da Missa;
• Apêndices: Música Litúrgica (Carta Encíclica Musicae Sacrae Disciplina – Papa Pio XII) e Formação
permanente sobre liturgia (Carta Apostólica Desiderio Desideravi – Papa Francisco)
“O QUE RECEBI DO SENHOR FOI ISTO QUE VOS TRANSMITI:
NA NOITE EM QUE FOI ENTREGUE, O SENHOR JESUS TOMOU
O PÃO E, DEPOIS DE DAR GRAÇAS, PARTIU-O E DISSE: ‘ISTO É
O MEU CORPO QUE É DADO POR VÓS. FAZEI ISSO EM MINHA
MEMÓRIA’. DO MESMO MODO, DEPOIS DA CEIA, TOMOU
TAMBÉM O CÁLICE E DISSE: ‘ESTE CÁLICE É A NOVA ALIANÇA
EM MEU SANGUE. TODAS AS VEZES QUE DELE BEBERDES,
FAZEI ISSO EM MINHA MEMÓRIA’. ​
TODAS AS VEZES, DE FATO, QUE COMERDES DESSE PÃO E
BEBERDES DESSE CÁLICE, ESTAREIS PROCLAMANDO A
MORTE DO SENHOR ATÉ QUE ELE VENHA”.​

(1COR 11, 23-26)


ANTES DE COMEÇARMOS PROPRIAMENTE
DITO
• O QUE É LITURGIA?
(/Leiturguia/): Trabalho do Povo. Num primeiro momento, liturgia expressava a
obrigação do povo para com o Estado. Depois passou a ser o serviço que os levitas e sacerdotes
do Antigo Testamento realizava no templo. Na era apostólica, as reuniões de oração, até que
tomou o caráter celebrativo que se chegou até hoje. Define-se, então, a Liturgia, como
Ação/Trabalho do Povo, cujo fim é a glorificação de Deus.
A Igreja – Mãe e Mestra – nos ensina que Liturgia e Sacramentos andam intimamente juntos,
tanto que não se tem como estudar uma sem a outra, pois todo e qualquer sacramento tem a
sua liturgia.
ANTES DE COMEÇARMOS PROPRIAMENTE
DITO
• Alguns conceitos importantíssimos
1. Celebração: ação que expressa a íntima oração do povo para Deus;
2. Celebrante: todo aquele que ESTÁ na celebração, seja ele o Presidente da Celebração (Ministro Ordenado) ou o
celebrante propriamente dito (o povo)
3. Igreja/Templo: Espaço sagrado onde se celebra a liturgia;
4. Altar: é o centro do espaço celebrativo, ponto de unidade e referência dentro da Igreja;
5. Presbitério: Espaço de destaque, em torno do Altar, de particular dignidade dentro da Igreja.
6. Nave: Espaço onde o povo participa da Celebração.
7. Rito: gestos e textos que exprimem e configuram uma ação sagrada. Nossa Igreja contém 24 ritos litúrgicos
diferentes, sendo: Rito Romano-Ocidental (Ordinário e Extraordinário) e 23 Ritos Orientais (as chamadas
Igrejas Orientais Sui Iuris – NÃO CONFUNDIR COM AS IGREJAS ORTODOXAS)
BREVE PERCURSO HISTÓRICO – COMO A LITURGIA SE
DESENVOLVEU ATÉ CHEGAR O QUE SE TEM HOJE
• No percurso histórico/litúrgico, vamos agrupar a história em:
1. Era Apostólica;
2. Era Patrística;
3. Era Medieval;
4. Era Moderna;
5. Era Contemporânea – do Concílio Vaticano I até o Vaticano II;
6. Era Contemporânea – Concílio Vaticano II;
7. Era Contemporânea – Pós Vaticano II, Papas Bento XVI e Francisco.
A Didascalia
Jesus Cristo:
Centro de Toda a
Liturgia (Jo 13,1)
Era Apostólica (±
A Koionia
séc. I)
At. 2,42

A Eucaristia

A Oração
ERA APOSTÓLICA (± SÉC. I)

• Nesse período, as primeiras comunidades cristãs tomam essa imagem de Cristo celebrante como referência.
Mas também eles trazem em suas celebrações uma herança judaica, mas também uma radical oposição ao
paganismo. Eles não vão se prender a ritos, mas focam no verdadeiro culto a Deus: em espírito e em
verdade. A Eucaristia era um ágape fraterno. Isso se dá pois tinham medo de serem confundidos com o
paganismo. Identificavam-se como seguidores de Cristo, mas se pareciam mais como uma espécie de seita
ligada ao judaísmo com o diferencial do Cristo: por exemplo, iam às sinagogas aos sábados, pois Cristo
também ia, mas se reuniam no domingo para celebrar a Eucaristia.
Ruptura com o Judaísmo
(Sínodo de Jamnia)

Espontaneidade Litúrgica

As grandes perseguições
Era Patrística (± séc. II e (Sangue dos Mártires,
III) sementes de novos Cristãos
– Tertuliano)

As Domus Ecclesiae

A Excelência da Iniciação a
Vida Cristã
ERA PATRÍSTICA (SÉC. II E III)

• Com a morte de Santo Estevão, começou-se a ruptura entre judaísmo e cristianismo. Observa-se o despontar
de uma liturgia cristã na era pós-apostólica. O grande núcleo da liturgia cristã nascente será a ação cultual no
domingo (aí já se exclui o sábado). Eles vão perceber que celebrar a eucaristia dentro do ágape não era uma
boa ideia. Eles começaram então a celebrar primeiramente a ceia eucarística e depois o ágape (a Eucaristia
era o conjunto desses dois momentos). Domingo, assembleia, reunião da Igreja e a Eucaristia são sinônimos,
de modo que a partilha do único pão e o único cálice eucarísticos começa a ser reconhecido como vínculo de
unidade da vida comunitária. Além dessa realidade dominical, os cristãos do século II e III começam a falar
de uma celebração anual da Páscoa, mais ou menos na mesma época dos judeus.
ERA PATRÍSTICA (SÉC. II E III)
• “Depois dessa primeira iniciação, recordamos constantemente entre nós essas coisas e aqueles de nós que
possuem alguma coisa socorrem todos os necessitados e sempre nos ajudamos mutuamente. Por tudo o que
comemos, bendizemos sempre ao Criador de todas as coisas, por meio de seu Filho Jesus Cristo e do
Espírito Santo. No dia que se chama do sol, celebra-se uma reunião de todos os que moram nas cidades ou
nos campos, e aí se leem, enquanto o tempo o permite, as memórias dos apóstolos ou os escritos dos
profetas. Quando o leitor termina, o presidente faz uma exortação e convite para imitarmos esses belos
exemplos. Em seguida, levantamo-nos todos juntos e elevamos nossas preces. Depois de terminadas,
como já dissemos, oferece-se pão, vinho e água, e o presidente, conforme suas forças, faz igualmente
subir a Deus suas preces e ações de graças e todo o povo exclama, dizendo: “Amém”. Vem depois a
distribuição e participação feita a cada um dos alimentos consagrados pela ação de graças e seu envio
aos ausentes pelos diáconos [...]
ERA PATRÍSTICA (SÉC. II E III)
• [...] Os que possuem alguma coisa e queiram, cada um conforme sua livre vontade, dá o que bem lhe
parece, e oque foi recolhido se entrega ao presidente. Ele o distribui a órfãos e viúvas, aos que por
necessidade ou outra causa estão necessitados, aos que estão nas prisões, aos forasteiros de passagem, numa
palavra, ele se torna o provisor de todos os que se encontram em necessidade. Celebramos essa reunião geral
no dia do sol, porque foi o primeiro dia em que Deus, transformando as trevas e a matéria, fez o mundo, e
também o dia em que Jesus Cristo, nosso Salvador, ressuscitou dos mortos. Com efeito, sabe-se que o
crucificaram um dia antes do dia de Saturno e no dia seguinte ao de Saturno, que é o dia do Sol, ele
apareceu a seus apóstolos e discípulos, e nos ensinou essas mesmas doutrinas que estamos expondo para
vosso exame.” (São Justino, mártir: 1ª Apologia aos Cristãos, n. 67)
Edito de Milão e
Ramo
a Liberdade de
Antioqueno
Culto

As famílias Ramo
litúrgicas Alexandrino

A Construção
A Igreja no
das Primeiras
Norte da África
Era Patrística (± Igrejas
séc. IV ao VI) Novas
Configurações
do Culto

Participação
popular massiva

As procissões
ERA PATRÍSTICA (SÉC. IV E VI)
• Pelo século IV, há a liberdade de culto e a oficialização do cristianismo como religião oficial do Estado. A liturgia,
então ganha novas dimensões e é enriquecida, com a ajuda do Estado. São entregues à Igreja as basílicas. O Papa
começa a transformar esses prédios públicos em templos. A assembleia é mais numerosa e as basílicas passam a
comportar as multidões. A liturgia cristã é consolidada. Há o fortalecimento de uma arquitetura cristã sacra. Essa
arquitetura tem algumas características: a preocupação de ser um espaço para abrigar e acolher toda a assembleia
cristã; o edifício cristão começa a ser decorado com imagens e com símbolos que falam da fé cristã, do que se
celebrava ali (tem-se aí a técnica do mosaico, que é utilizado já pelo império); o edifício cristão vai possuir em
polos: o altar no centro, o ambão (localizado em diagonal) e a sédia, na lateral; do lado de fora vai ser construído o
batistério.
ERA PATRÍSTICA (SÉC. IV E VI)
• O processo de iniciação à vida cristã vai ser organizado. A catequese dessa época estava muito ligada à liturgia. O
candidato era acompanhado e avaliado por um período de entre 2 e 5 anos. Na época da quaresma, o candidato ao
batismo entrava em uma espécie de retiro, no qual recebia os exorcismos e depois era batizado na Vigília Pascal.
No século IV, observa-se o surgimento de um caminho penitencial para aqueles cristãos que já eram batizados, mas
que estavam em pecado. Os três grandes pecados que eram cometidos e punidos na penitência pública eram: o
adultério, o homicídio e a apostasia.
• Surgem também as divisões dos ministérios da ordem: o diaconato, o presbiterato e o episcopado. Os significados
já eram vividos (os anciãos), mas devido também à expansão da Igreja, surge a figura dos presbíteros (padres).
ERA PATRÍSTICA (SÉC. IV E VI)
• O grande empenho missionário da Igreja, faz com que a liturgia seja levada a todos os cantos. Tudo era pregado e
celebrado, nesse momento, no grego-koiné. Dessa liturgia em grego, surgem duas grandes famílias litúrgicas: uma
mais ligada a Antioquia e outra mais ligada a Alexandria. Do ramo Antioqueno, surgem os ritos siríaco, bizantino,
maronita (na região do Líbano), armeno e malabar (na Índia). Do ramo alexandrino (atribuído a São Marcos),
surge o rito copta (dos cristãos do Egito).
• No norte da África, onde o latim era forte, então começa a surgir uma corrente litúrgica que tem uma influência
latina. Esse latim cristão chega em Roma. Aí se inicia a história do rito romano, cuja referência é o latim, mas que
ainda com o grego.
• A característica fundamental do rito romano é a simplicidade e a praticidade, também a brevidade, frente às
comunidades orientais. Tem uma característica nele que o diferencia de todas as outras: dá uma ênfase ao cânon, à
liturgia eucarística. Esse cânon romano é patrimônio inegociável da Igreja. Esse texto, por ser tão precioso para a
Igreja, não foi quase mexido ao longo da Igreja. O que se acrescentou foram os comunicantes próprios, os quais
expressam elementos do que se celebra no dia ou no tempo.
Difusão da Fé
Era Medieval (±
séc. VII - IX)
A Arte na liturgia
(II Concílio de
Nicéia)
ERA MEDIEVAL (SÉC. VII – IX)
• Pelo séc. VIII, com a invasão bárbara, esses povos começam a ser evangelizado. Um dos povos que foi evangelizado
foi o povo franco, natural da Gália. Depois de disputas e conquistas dos povos bárbaros por Carlos Magno (primeiro
imperador que se declara cristão após a fragmentação do Império Romano), o rito cristão latino se expande. Mas, com
o contato com essas culturas pagãs, alguns elementos emocionais e afetivos foram incorporados na liturgia romana,
que tinha esse caráter prático. Por exemplo, antes não havia nenhuma oração silenciosa por parte do presidente e
agora passou a ter voltada para o altar. A configuração do culto passou a ser diferente. O povo passou a ficar atrás do
presidente, que era visto como o canal da graça e o sacerdote a frente do altar. Também passou a ter a Eucaristia para
necessidades práticas específicas, tais como a Eucaristia para pedir pela batalha, ou pela colheita etc.
• A grande protagonista da liturgia até então era a assembleia reunida. Nesse momento, a assembleia passa a confiar ao
ministro a tarefa de fazer a liturgia no lugar dela. Cria-se uma casta que faz a liturgia. Os ministros ganham um acento
de representatividade. Essa é a reforma Carolíngia, que foi implantada no ocidente na virada do primeiro para o
segundo milênio. A missa é vista apenas como a transubstanciação, na qual muitas pessoas se contentavam apenas em
ver o rito e não em comungar. Houve também mudanças na liturgia, com o Papa São Gregório Magno no sec. VI, o
qual reuniu os cantos litúrgicos e deu origem ao canto gregoriano e depois Gregório VII, que faz uma nova reforma,
acrescentando novos elementos.
A liturgia das cúrias e
catedrais

São Francisco de Assis e


São Domingos Gusmão: a
difusão da liturgia papal

Era Medieval (± séc. XII- A liturgia dos mosteiros: a


XIV) penitência tarifada

As Missas Particulares

A Festa de Corpus Christi:


O Tão Sublime Sacramento
e o Dogma da
Transubstanciação
ERA MEDIEVAL (SÉC. XII – XIV)
• No Segundo milênio, com as influências dos francos e com as reformas, o rito já estava mais consolidado, ainda
que nem em todos os locais tivesse o Missal Romano. Havia missais locais, baseados no rito romano, mas com
características pessoais. Não havia ainda, portanto, uma uniformidade no rito.
• No século XII-XIII estabeleceu-se uma liturgia de cúria. Quem fez a simplificação do rito romano foi a cúria, a
corte do papa. Isso foi feito para que a liturgia pudesse ser celebrada em locais menores de maneira digna, quando
o papa ia em viagem. Isto é, criou-se uma liturgia adaptada para que fosse celebrada em lugares sem tantos
recursos como se havia nas grandes catedrais. Todavia, logo as paróquias de Roma começaram a celebrar as
liturgia de cúria, reservada, até então, para a cúria romana.
• As ordens mendicantes queriam celebrar a liturgia romana, por sua autoridade e senso prático. Por isso, os
franciscanos também assumiram essa liturgia de cúria e levaram essa liturgia por todo o Ocidente cristão, com a
expansão do franciscanismo. Assim, houve o início da construção uniformização da liturgia, ainda que houvesse
outras celebrações.
ERA MEDIEVAL (SÉC. XII – XIV)
• Em alguns lugares, as pessoas não se preocupavam de participar da Missa inteira, mas sim da consagração, de
modo que iam de igreja em igreja para participar desse momento. Todavia, no momento da doxologia que a oferta
de Cristo é efetivamente aceita pelo Pai. Assim, é a doxologia o momento ápice da oração eucarística.
• Surgiu também nessa época a piedade eucarística: a adoração eucarística, os ostensórios, a festa de Corpus Christi.
• A participação nesse ato de culto era mais um assistir que uma participação. A celebração era um ato do sacerdote,
não da comunidade. Não havia obrigatoriedade dos sermões (apenas no Natal e na Páscoa). As devoções pessoais
para ocupar a mente e o coração durante a celebração (em latim) floresceram: terço, via-sacra, devocionários, vida
dos santos. Isto é, havia uma verdadeira distância entre aquilo que se celebrava no altar e aquilo que era vivido
pelo povo. A Confissão era feita minutos antes da Comunhão, pois havia o medo de comungar em pecado. O canto
era apenas para acompanhar o momento. Nesse sentido, há a construção das capelas e altares laterais, feitos muitas
vezes pelas irmandades.
ERA MEDIEVAL (SÉC. XII – XIV)
• Outro fenômeno é que a liturgia se tornou um peso para o povo cristão. Isso aconteceu por causa justamente desse
distanciamento, o qual não havia até o primeiro milênio do cristianismo, que valorizava a participação efetiva do
povo na celebração, ainda que não houvesse uma necessária compreensão. Assim que o catolicismo foi se
enraizando no Brasil: a fé era vivida pelas irmandades dos leigos, já a Missa era “coisa de padre”. As festas
religiosas eram populares demais, de modo que a Santa Sé teve de intervir nisso. Por isso, os bispos do Brasil
começaram a trazer os religiosos da Europa para cultivar a espiritualidade tal como era na Europa e suprir a
ausência de padres.
• Outro fenômeno é uma visão teatral da liturgia, como se fosse uma espécie de dramatização da Paixão de Cristo.
Tudo na Missa era uma repetição dos acontecimentos da Cruz. Isso expressa que a liturgia deixou de ser um ato
completo e era vivida em fatias, em uma sensibilidade muito particular. Passou a haver uma busca por Missas
particulares.
A Reforma Protestante e a
Contrarreforma Católica
Liturgia Tridentina: o
Século XVI excesso de rubricismo, a
tentativa de retorno às fontes

Concílio de Trento

Dogma dos Sacramentos e


suas diversas celebrações

O Barroco na Liturgia

Era Moderna Século XVII

As Piedades Populares: as
Paraliturgias.

O Iluminismo e a Revolução
Francesa: a tentativa
frustrada de uma nova
reforma litúrgica
Século XVIII

Sínodo de Pistóia e o
excesso da razão dentro da
Liturgia
ERA MODERNA (SÉC. XVI – XVIII)
• Essa dificuldade ajudou a motivar a Revolta Protestante, séc. XVI. A Revolta resgata a questão da centralidade da assembleia
(a língua vernácula, o canto da assembleia); a valorização do sacerdócio comum dos fiéis (a assembleia reunida), em
detrimento ou exclusão do sacerdócio ministerial; os sacramentos reduzidos ao Batismo e à Ceia; o incentivo da comunhão
frequente, que até então era rara. Isso entrou em choque com a liturgia da Igreja.
• A reação da Igreja veio com o Concílio de Trento. Esse Concílio acontece em uma época de crise. Durou 18 anos, entre o
mundo germânico (onde fervilhava a Revolta Protestante) e Roma (Católica). Somente no último ano trabalharam a questão
litúrgica. Encomendaram para que se fizesse, após o Concílio, o novo Breviário e o novo Missal (São Pio V, que foi reformado
por São João XXIII), de modo que as pessoas pudessem celebrar a partir de um único Missa e um único Ofício divino. No
Missal, passou-se a valorizar o decoro (a valorização e o respeito pela celebração) e a espiritualidade da celebração litúrgica.
• Para que houvesse uma igualdade na celebração e para que se houvesse essa preocupação com o decoro e com a
espiritualidade, criaram-se diversas rubricas. Todavia, a liturgia se tornou muito engessada, a ponto de haver uma lista de
pecados veniais que sacerdote cometia se não obedecesse às inúmeras rubricas. Também aconteceu uma maior clericalização
da liturgia, visto que somente o padre dominaria toda a performance da celebração. Contudo, pastoralmente, o Concílio de
Trento passou a obrigar a pregação litúrgica nos domingos e dias santos. Essa pregação de Trento tinha duas características:
catequética e apologética, isto é, a liturgia é o canal pelo qual a Igreja se comunica com o povo para desfazer os pensamentos
protestantes.
ERA MODERNA (SÉC. XVI – XVIII)
• De maneira geral, esse Concílio salvou a liturgia do caos e das críticas da Reforma. Todavia, transformou a fé, a
liturgia, a doutrina, a disciplina dentro de uma muralha. Contudo, não desenvolveu as questões: não refletiu tanto
sobre questões de comunhão, da participação etc.
• No séc. XVII, houve uma época chamada Barroco, como se a cristandade católica vivesse uma época de alívio das
problemáticas com a Revolta, na qual havia um certo otimismo e também um senso da fragilidade humana. Esse
otimismo provou na liturgia uma característica de festa: nas músicas, nos cerimoniais, na decoração, nos detalhes,
no luxo (ouro), nos paramentos, nas alfaias, na arquitetura. Isso passou um sentimento de orgulho da fé católica.
Aqui no Brasil, esse é padrão estético que permaneceu em nossa cultura.
• No séc. XVIII, mediante todas as transformações socioculturais trazidas pelo racionalismo, há influências do
iluminismo na liturgia. Há uma preocupação de que a liturgia seja mais racional e que forme a consciência das
pessoas. Há um sínodo na Itália, que pediu uma reforma da liturgia baseada na razão, de modo a cortar todo o
excesso. Por exemplo, buscava-se acabar com as múltiplas missas ao mesmo tempo, simplicidade, música na
língua vernácula, homilia para instrução, mais comunhões, menos exposições do Ssmo., etc. Todavia, isso não é
assumido pela Igreja como um todo: isso é mais uma ideia defendida, mas não altera tanto a vivência da liturgia.
Concílio Vaticano I:
Dogma da
Infalibilidade Papal

Solesmes: Início de um
Era Contemporânea Século XIX estudo da teologia
litúrgica

Mosteiro de São Bento


do RJ: O edito de
Pombal e o Movimento
Litúrgico
ERA CONTEMPORÂNEA (SÉC. XIX)
• As coisas começam a mudar mais no séc. XIX na França, na abadia de Solesmes, onde o abade Prosper Gueránger
aprofundou, com seus monges, a história da liturgia através do estudo para que a vivência da liturgia fosse bem
vivida. Ele fez muitas descobertas nesse campo. Ele começou a fazer uma reflexão da relação entre liturgia e
Palavra de Deus. Fala também da herança da teologia patrística, que trabalha muito a ideia da Igreja como corpo de
Cristo. Isso influenciou no futuro o CVII.
• No final do século XIX, todo esse estudo nos ambientes monásticos deu origem ao Movimento Litúrgicos, que não
parte de cima da hierarquia, mas que contagiou inclusive o clero. Promoviam-se estudos e cursos para todos, na
abadia de Beuron (Alemanha), em Mont Cesar, por exemplo. Isso chegou até os papas Pio X e Pio XII. Um
monge, chamado Martin Michler celebrou a primeira Missa versus-populo no Brasil, para um grupo de
universitários.
A importância da
IVIC e a Comunhão
para crianças
Papa São Pio X: o
movimento litúrgico
na prática
O ensino da Teologia
Litúrgica para os
leigos

Carta Encíclica
Século XX pré
Era Contemporânea Mediator Dei sobre a
Vaticano II
Sagrada Liturgia

A Musica Sacra:
Carta Encíclica
Musicae Sacrae
Disciplina
Papa Beato Pio XII

Semana Santa e
Jejum Eucarístico

Início de um retorno
da participação
popular.
ERA CONTEMPORÂNEA (SÉC. XX)
• Esse movimento litúrgico tinha uma bandeira: a participação. Eles pensavam que a comunidade era alheia à
liturgia. Eles perceberam que não dá para viver bem a liturgia sem redescobrir a participação da assembleia
litúrgica. Buscavam a participação não somente como um fim em si mesmo, mas querem ir às fontes mais
autênticas da liturgia. Paralelamente, havia movimentos bíblico, patrístico, ecumênico, os quais forneceram
subsídios para o Movimento Litúrgico. Assim, as pessoas adquiriram uma paixão pela liturgia, o que desembocou
no renascimento da liturgia, que se tornou pauta primeira da Igreja. Assim, Pio X mexe no cânon litúrgico, fala da
comunhão frequente, da participação do povo. Pio XII escreve uma encíclica, na qual fala da participação através
dos ritos, que não é somente entender o que está sendo dito, mas celebrar junto dos ritos.
Primeiro Documento do Concílio Vaticano
II

Papa São João XXIII e seu início:


deixemos que o Espírito Santo invada a
Igreja

A importância de uma real reforma


Era Contemporânea Século XX durante Vaticano II litúrgica

Papa São Paulo IV e a Constituição


Sacrosanctum Concilium, sobre a Sagrada
Liturgia

O retorno às origens

A participação do Povo
ERA CONTEMPORÂNEA (CONCÍLIO VATICANO II)
• ““Muitas vezes ... acontece ... que, não sem ofensa aos Nossos ouvidos, somos informados de vozes de alguns que,
embora tenham zelo pela religião, avaliam ... os fatos sem objetividade suficiente e nem juízo prudente. Nas
condições atuais da sociedade humana, eles não são capazes de ver nada além de ruínas e problemas; eles estão
dizendo que nosso tempo, quando comparado com séculos passados, é pior; e eles vão ao ponto de se comportar
como se não tivessem nada a aprender da história, que é a mestra da vida, e como se na época dos Concílios
precedentes tudo procedesse alegremente no que diz respeito à doutrina cristã, à moral e à justa liberdade da Igreja.
Parece-nos que devemos discordar resolutamente destes profetas de desventura, que anunciam sempre o pior, como
se o fim do mundo estivesse chegando”. E falando sobre os erros de natureza doutrinal acrescentou: “Não há
tempo em que a Igreja não se tenha oposto a esses erros; ela os condenou muitas vezes, e às vezes com a máxima
severidade”. Quanto ao tempo presente, a Esposa de Cristo prefere usar o remédio da misericórdia em vez de pegar
as armas do rigor. Pensa que devemos atender às necessidades de hoje, expondo mais claramente o valor de seu
ensinamento do que condenar” (São João XXIII no discurso de abertura do Concílio Vaticano II)
ERA CONTEMPORÂNEA (CONCÍLIO VATICANO II)
• O Concílio não buscou ser, como os outros concílios, um concílio puramente dogmático, mas sim pastoral. A
grande prova disso é que o único documento dogmático elaborado pelo Vaticano II foi a Dei Verbum, sobre a
Revelação. Os demais documentos são puramente Pastorais. E com a Liturgia não foi diferente.
• O Papa São João XXIII morreu durante os trabalhos do concílio. Então ficou com seu sucessor, o Papa São Paulo
VI, a continuação. Foi um concílio que elaborou 17 documentos. Documentos sobre a Igreja (Lúmen Getium),
Liturgia (Sacrosanctum Concilium), sobre o Sacramento da Ordem (Presbyterorum Ordinis e Christus Dominus),
sobre a Vida Consagrada (Perfectae Caritatis), sobre os povos (Gaudium et Spes), Educação (Gravissimus
Educationis), sobre a Pessoa Humana (Dignitatis Humanae)...
ERA CONTEMPORÂNEA (CONCÍLIO VATICANO II)
• Dentro dos trabalhos do Concílio, o Papa promulgou a Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium sobre a
Sagrada Liturgia, ao 04 de Dezembro de 1963. Depois da Lúmen Gentium e Unitatis Redintegratio, foi o
documento conciliar que mais custou pra ser aprovado, pois alguns dos Padres Conciliares não concordavam com
a reforma litúrgica proposta pelo documento.
• Foi um documento que buscou não apenas refletir sobre um documento conciliar, mas também recorrer ao fruto
maduro do longo e cansativo caminho que levou a Igreja católica a remontar à nascente da sua Liturgia, para poder
"fazer uma atenta reforma geral da mesma Liturgia” (SC n. 43)
• Na Sacrosanctum Concilium, a Sagrada Escritura foi assumida como norma e juízo: "Para promover a reforma, o
progresso e a adaptação da Sagrada Liturgia é necessário, por conseguinte, desenvolver aquele amor suave e vivo
da Sagrada Escritura" (SC n. 24). Portanto, existe um vínculo íntimo entre o aprofundamento da Sagrada Escritura
e a reforma litúrgica. Já os antigos textos mistagógicos dão testemunho de que o conhecimento da Liturgia não é
senão o conhecimento da Escritura. A relação entre Sagrada Escritura e Liturgia foi claramente expresso pela
referida Constituição conciliar: "As ações e os sinais litúrgicos haurem o seu sentido da Sagrada Escritura" (cf.
ibidem).
ERA CONTEMPORÂNEA (CONCÍLIO VATICANO II)
• Em síntese, para a Sacrosanctum Concilium a finalidade essencial da Igreja consiste em tornar os crentes
partícipes do mistério pascal, mistério este que se manifesta e que se realiza de maneira integral quando a Igreja é
convocada em assembleia litúrgica, de maneira especial no dia do Senhor, para a celebração eucarística.
A estrutura dialogal

Era Contemporânea Século XX pós Vaticano II A estrutura verbal e simbólica Índole Eclesial

Cristo Centro e Cabeça


NATUREZA DA SAGRADA LITURGIA E SUA
IMPORTÂNCIA NA VIDA DA IGREJA

• JESUS CRISTO SALVADOR DO MUNDO...


“Deus, que ‘quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade’ (I Tim. 2,4), ‘tendo
falado outrora muitas vezes e de muitos modos aos nossos pais pelos profetas’ (Hebr. 1,1), quando chegou a
plenitude dos tempos, enviou o Seu Filho, Verbo feito carne, ungido pelo Espírito Santo, a evangelizar os pobres,
curar os contritos de coração, como médico da carne e do espírito, mediador entre Deus e os homens. A sua
humanidade foi, na unidade da pessoa do Verbo, o instrumento da nossa salvação. Por isso, em Cristo ‘se realizou
plenamente a nossa reconciliação e se nos deu a plenitude do culto divino’. Esta obra da redenção dos homens e da
glorificação perfeita de Deus, prefigurada pelas suas grandes obras no povo da Antiga Aliança, realizou-a Cristo
Senhor, principalmente pelo mistério pascal da sua bem-aventurada Paixão, Ressurreição dos mortos e gloriosa
Ascensão, em que ‘morrendo destruiu a nossa morte e ressurgindo restaurou a nossa vida’. Foi do lado de Cristo
adormecido na cruz que nasceu o sacramento admirável de toda a Igreja” (SC n. 5)
NATUREZA DA SAGRADA LITURGIA E SUA
IMPORTÂNCIA NA VIDA DA IGREJA
• ... PELO SACRIFÍCIO E PELOS SACRAMENTOS...
“Assim como Cristo foi enviado pelo Pai, assim também Ele enviou os Apóstolos, cheios do Espírito Santo, não só para
que, pregando o Evangelho a toda a criatura , anunciassem que o Filho de Deus, pela sua morte e ressurreição, nos
libertara do poder de Satanás e da morte e nos introduzira no Reino do Pai, mas também para que realizassem a obra de
salvação que anunciavam, mediante o sacrifício e os sacramentos, à volta dos quais gira toda a vida litúrgica. Pelo
Batismo são os homens enxertados no mistério pascal de Cristo: mortos com Ele, sepultados com Ele, com Ele
ressuscitados; recebem o espírito de adopção filial que ‘nos faz clamar: Abba, Pai’ (Rom. 8,15), transformando-se assim
nos verdadeiros adoradores que o Pai procura. E sempre que comem a Ceia do Senhor, anunciam igualmente a sua
morte até Ele vir. Por isso foram batizados no próprio dia de Pentecostes, em que a Igreja se manifestou ao mundo, os
que receberam a palavra de Pedro. E ‘mantinham-se fiéis à doutrina dos Apóstolos, à participação na fração do pão e
nas orações... louvando a Deus e sendo bem vistos pelo povo’ (At. 2, 41-47). Desde então, nunca mais a Igreja deixou
de se reunir em assembleia para celebrar o mistério pascal: lendo ‘o que se referia a Ele em todas as Escrituras’ (Lc.
24,27), celebrando a Eucaristia, na qual ‘se torna presente o triunfo e a vitória da sua morte’, e dando graças ‘a Deus
pelo Seu dom inefável’ (2 Cor. 9,15) em Cristo Jesus, ‘para louvor da sua glória’ (Ef. 1,12), pela virtude do Espírito
Santo.” (SC n. 6)
NATUREZA DA SAGRADA LITURGIA E SUA
IMPORTÂNCIA NA VIDA DA IGREJA
• ... CUJA PRESENÇA ESTÁ NA LITURGIA
“Para realizar tão grande obra, Cristo está sempre presente na sua igreja, especialmente nas ações litúrgicas. Está presente
no sacrifício da Missa, quer na pessoa do ministro, quer e sobretudo sob as espécies eucarísticas. Está presente com o seu
dinamismo nos Sacramentos, de modo que, quando alguém batiza, é o próprio Cristo que batiza. Está presente na sua
palavra, pois é Ele que fala ao ser lida na Igreja a Sagrada Escritura. Está presente, enfim, quando a Igreja reza e canta,
Ele que prometeu: ‘Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles’ (Mt. 18,20).
Em tão grande obra, que permite que Deus seja perfeitamente glorificado e que os homens se santifiquem, Cristo associa
sempre a si a Igreja, sua esposa muito amada, a qual invoca o seu Senhor e por meio dele rende culto ao Eterno Pai. Com
razão se considera a Liturgia como o exercício da função sacerdotal de Cristo. Nela, os sinais sensíveis significam e, cada
um à sua maneira, realizam a santificação dos homens; nela, o Corpo Místico de Jesus Cristo - cabeça e membros - presta
a Deus o culto público integral.
Portanto, qualquer celebração litúrgica é, por ser obra de Cristo sacerdote e do seu Corpo que é a Igreja, ação sagrada por
excelência, cuja eficácia, com o mesmo título e no mesmo grau, não é igualada por nenhuma outra ação da Igreja.” (SC n.
7)
NATUREZA DA SAGRADA LITURGIA E SUA
IMPORTÂNCIA NA VIDA DA IGREJA
• LITURGIA TERRENA, ANTECIPAÇÃO DA LITURGIA TERRESTRE
“Pela Liturgia da terra participamos, da Liturgia celeste celebrada na cidade santa de Jerusalém, para a qual, como
peregrinos nos dirigimos e onde Cristo está sentado à direita de Deus, ministro do santuário e do verdadeiro
tabernáculo; por meio dela cantamos ao Senhor um hino de glória com toda a milícia do exército celestial,
esperamos ter parte e comunhão com os Santos cuja memória veneramos, e aguardamos o Salvador, Nosso Senhor
Jesus Cristo, até Ele aparecer como nossa vida e nós aparecermos com Ele na glória” (SC n. 8)
NATUREZA DA SAGRADA LITURGIA E SUA
IMPORTÂNCIA NA VIDA DA IGREJA
• O LUGAR DA LITURGIA NA VIDA DA IGREJA
“A sagrada Liturgia não esgota toda a ação da Igreja, porque os homens, antes de poderem participar na Liturgia,
precisam de ouvir o apelo à fé e à conversão: ‘Como hão de invocar aquele em quem não creram? Ou como hão de
crer sem o terem ouvido? Como poderão ouvir se não houver quem pregue? E como se há de pregar se não houver
quem seja enviado?’ (Rom. 10, 14-15).
É por este motivo que a Igreja anuncia a mensagem de salvação aos que ainda não têm fé, para que todos os homens
venham a conhecer o único Deus verdadeiro e o Seu enviado, Jesus Cristo, e se convertam dos seus caminhos pela
penitência. Aos que creem, tem o dever de pregar constantemente a fé e a penitência, de dispô-los aos Sacramentos,
de ensiná-los a guardar tudo o que Cristo mandou, de estimulá-los a tudo o que seja obra de caridade, de piedade e
apostolado, onde os cristãos possam mostrar que são a luz do mundo, embora não sejam deste mundo, e que
glorificam o Pai diante dos homens.” (SC n. 9)
NATUREZA DA SAGRADA LITURGIA E SUA
IMPORTÂNCIA NA VIDA DA IGREJA
• INSTITUIÇÃO E NATUREZA: O SAGRADO MISTÉRIO EUCARÍSTICO
“O nosso Salvador instituiu na última Ceia, na noite em que foi entregue, o Sacrifício eucarístico do seu Corpo e do
seu Sangue para perpetuar pelo decorrer dos séculos, até Ele voltar, o Sacrifício da cruz, confiando à Igreja, sua
esposa amada, o memorial da sua morte e ressurreição: sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de
caridade, banquete pascal em que se recebe Cristo, a alma se enche de graça e nos é concedido o penhor da glória
futura” (SC n. 47)
MISTÉRIO PASCAL: O CENTRO DE TODA A
LITURGIA
• A liturgia é atualização da obra inteira de Cristo, cujo centro é o Mistério Pascal. Como a liturgia é o cume e a
fonte. Assim, o MP lança uma carga de significado que ilumina tudo aquilo que veio no passado e tudo aquilo que
virá no futuro. Lança luzes sobre o homem e sobre toda o universo. O MP é o cume de toda a história da salvação
e penhor para o futuro. As primeiras representações de Cristo era a do Cristo Pascal, o qual lança um raio de luz
para todo o mundo. É a chave que abre para o futuro e o coração de todo o resto. A Páscoa é dinâmica, isto é, em
uma tensão constante entre a Morte e a Ressurreição: um liga-se necessariamente ao outro. Isso se traduz através
da liturgia sacramental: o Tríduo Pascal é contínuo e dinâmico entre a Ceia e a Morte e a Ressurreição. A morte é
uma exigência que nós impomos a Cristo com nosso pecado. Todavia, o Cristo não se submete a isso como uma
simples vítima, mas sim como sujeito de sua própria morte. Ele poderia ter recuado, mas ele resolve aceitar a essa
exigência, por amor a nós e por obediência ao Pai. Sua morte é o preço que Ele paga para que Ele seja fiel ao Pai
até o fim. O Pai nos salva pela obediência amorosa de Cristo. O sangue concretiza a salvação, mas isso não
significa que foi o sangue que nos salvou. O sangue é sinal da obediência de Cristo. O desdobramento dessa
obediência é a ressurreição, a qual é uma exaltação, feita pelo Pai, de Cristo por sua obediência amorosa. A Páscoa
é um salto na experiência religiosa da humanidade.
MISTÉRIO PASCAL: O CENTRO DE TODA A
LITURGIA
• Celebramos a Eucaristia como possibilidade que a Igreja recebe de oferecer a si mesma e oferecer seus próprios
dons e ofertas de uma maneira que tenha eficácia, uma vez que essa oferta é a oferta de Cristo e que nossa oferta,
por nós mesmos, não é agradável a Deus. Nos unimos a Cristo para que, por meio da obediência de Cristo,
possamos ser obedientes e assim participar da exaltação que o Pai Lhe conferiu (“Por Cristo, com Cristo e em
Cristo...” – verdadeiro ofertório). Para garantir nossa salvação, a liturgia é alimento e em relação a salvação, ela é
penhor. A eucaristia é um banquete sacrificial, pois o sacrifício dá a consistência salvífica para o banquete,
inserindo-nos na dinâmica do MP.
ASPECTOS PASTORAIS DA LITURGIA: A
PARTICIPAÇÃO LITÚRGICA
• O CVII resgata três grandes temas para a liturgia: ação litúrgica, como um agir de Deus na Igreja, na comunidade
celebrante, na Pessoa de Cristo, cabeça da Igreja; dimensão comunitária da liturgia, superando a ideia privada liturgia,
que era vivida subjetivamente; participação.
• Na era escolástica, havia uma ideia da virtude da religião, isto é, que todo ser humano tem inscrito em sua natureza a
disposição para amar, adorar e reconhecer a Deus. A liturgia concretizava essa virtude nata no ser humano. Até o século
XX, portanto, tinha-se uma ideia ascendente da liturgia, como o ser humano que realizava a liturgia. O CVII equilibra
essa ideia, dizendo que, por meio da liturgia louvamos e adoramos a Deus, mas antes é Deus quem nos santifica. Desse
modo, sob a perspectiva do CVII, a liturgia é um agir de Deus na Igreja: é santificação do ser humano, mas, ao mesmo
tempo, é glorificação de Deus: em um movimento simultâneo, partindo sempre de Deus.
• Deus age no Corpo de seu Filho, que se entrega no MP. Assim age por mediação do ser humano, dos símbolos, dos
elementos naturais etc. Mas, esse ser humano, por natureza, é um ser social. Isso, por sua vez, é um reflexo trinitário, isto
é, se Deus é comunidade, então o mundo material, criado, e reflexo disso. Assim, esse agir de Deus no Corpo ficaria
obscurecido se tivesse um caráter clerical. Esse Corpo há uma parcela dos ministros ordenados, mas, a maior parte desse
povo é composta de leigos, que, junto ao clero, formam o povo de Deus. Portanto, pelo sacramento do Batismo, os leigos
também celebram junto dos clérigos, já que o Corpo tem de integrar todos os membros.
ASPECTOS PASTORAIS DA LITURGIA: A
PARTICIPAÇÃO LITÚRGICA
• Por essa integração, todos participam, cada um a seu modo, da celebração litúrgica. O único jeito de existir
liturgia é em participação. A dessacralização do culto não necessariamente se relaciona com a participação do
povo de Deus no culto.
• Ordinariamente, associamos a participação litúrgica com um fazer: as leituras, a procissão do ofertório, alguma
responsabilidade. Todavia, antes de fazer, a participação se relaciona com o ser e com o saber. Também não quer
dizer interatividade. O CVII fala de enculturação, mas ao mesmo tempo resguarda a imutabilidade da liturgia, de
modo que tem de haver um equilíbrio. Identificamos com a animação, com a música, etc.
• Participação não necessariamente quer dizer um ativismo. A participação tem a ver com a condição de membro do
povo de Deus. É ter recebido a epiclese não nomeada do Batismo/Crisma. Por meio delas, sou habilitado para
participação. Por isso, a participação se realiza com o saber, pois as pessoas têm de entender que elas são parte, de
modo que tem o direito e o dever de participar.
ASPECTOS PASTORAIS DA LITURGIA: A
PARTICIPAÇÃO LITÚRGICA
• O CVII trabalha a participação segundo alguns adjetivos: plena; consciente; frutuosa; piedosa, de modo que se
assuma a dinâmica de participação litúrgica; interna e externa, pois, aquilo que se fala deve ser uma expressão
daquilo que se vive interiormente; mais perfeita; com todo o ânimo; uma participação ativa, não no sentido de
ativismo, mas sim de uma disposição interior, apaixonada, pois envolve todas as dimensões do indivíduo, dando-
lhe um significado profundo a tudo aquilo que se ouve e se fala, também cheia de vida, pulsante, o que envolve
também um sentir.
FUNÇÕES E OFÍCIOS
NA SAGRADA
LITURGIA
FUNÇÕES E OFÍCIOS NA SAGRADA LITURGIA
• A celebração eucarística é ação de Cristo e da Igreja, que é «sacramento de unidade», ou seja povo santo reunido e
ordenado sob a orientação do bispo. Por isso pertence a todo o Corpo da Igreja, manifesta-o e afeta-o; no entanto,
envolve cada membro de modo diverso, segundo a diversidade das ordens, das funções e da efetiva participação.
Deste modo, o povo cristão, «geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo resgatado» manifesta o seu
ordenamento coerente e hierárquico. Por conseguinte, todos, ministros ordenados ou fiéis cristãos leigos, ao
desempenharem a sua função ou ofício, façam tudo e só o que lhes compete
FUNÇÕES E OFÍCIOS NA SAGRADA LITURGIA

Bispo

Ministros
Presbítero
Ordenados

Funções e Fieis Leigos Diácono


Ofícios
Ministério
Ministérios do Leitor
Especiais Ministério
do Acólito
FUNÇÕES E OFÍCIOS NA SAGRADA LITURGIA: DOS
MINISTROS ORDENADOS
• Toda a legítima celebração da Eucaristia é dirigida pelo BISPO, quer pessoalmente, quer pelos presbíteros, seus
colaboradores.
• Sempre que o Bispo está presente na Missa com o povo reunido, convém sumamente que seja ele próprio a
celebrar a Eucaristia, associando a si os presbíteros, como concelebrantes, na ação sagrada. Isto faz-se, não para
aumentar a solenidade externa, mas para significar de forma mais clara o mistério da Igreja, que é sacramento de
unidade.
• Se, porém, o Bispo não celebrar a Eucaristia, mas confiar a outrem a celebração, convém que seja ele, revestido
de cruz peitoral, estola e pluvial sobre a alva, a presidir à liturgia da palavra e a dar a bênção no fim da Missa.
FUNÇÕES E OFÍCIOS NA SAGRADA LITURGIA: DOS
MINISTROS ORDENADOS
FUNÇÕES E OFÍCIOS NA SAGRADA LITURGIA: DOS
MINISTROS ORDENADOS
• O PRESBÍTERO, que na Igreja, em virtude do poder sagrado da Ordem, está em condições de oferecer o
sacrifício na pessoa de Cristo, preside também ele ao povo fiel reunido, dirige a sua oração, anuncia-lhe a boa
nova da salvação, associa a si o povo na oblação do sacrifício a Deus Pai, por Cristo, no Espírito Santo, distribui
aos irmãos o pão da vida eterna e com eles participa do mesmo pão. Por isso, ao celebrar a Eucaristia, deve servir
a Deus e ao povo com dignidade e humildade e, tanto no modo de se comportar como no de proferir as palavras
divinas, procurará sugerir aos fiéis a presença viva de Cristo.
FUNÇÕES E OFÍCIOS NA SAGRADA LITURGIA: DOS
MINISTROS ORDENADOS
• Depois do presbítero, por força da ordenação recebida, o DIÁCONO ocupa o primeiro lugar entre aqueles que
servem na celebração eucarística. Com efeito, a sagrada Ordem do diaconado foi tida sempre em especial
consideração na Igreja desde os primeiros tempos dos Apóstolos. São funções próprias do diácono, na Missa:
proclamar o Evangelho e, eventualmente, pregar a palavra de Deus, enunciar as intenções na oração universal,
assistir ao sacerdote, preparar o altar e servir na celebração do sacrifício, distribuir a Eucaristia aos fiéis,
particularmente sob a espécie do vinho e eventualmente indicar ao povo os gestos e atitudes corporais
FUNÇÕES E OFÍCIOS NA SAGRADA LITURGIA: DOS
FIEIS LEIGOS
• Na celebração da Missa, os FIÉIS constituem a nação santa, o povo resgatado, o sacerdócio real, para dar graças a
Deus e oferecer a hóstia imaculada, não só pelas mãos do sacerdote, mas também juntamente com ele, e para
aprenderem a oferecer-se a si mesmos. Procurem manifestar tudo isso com um profundo sentido religioso e com a
caridade para com os irmãos que participam na mesma celebração.
• Evitem, portanto, tudo quanto signifique singularidade ou divisão, tendo presente que são todos filhos do mesmo
Pai que está nos Céus e, consequentemente, irmãos todos uns dos outros.
• Portanto, formem todos um só corpo, quer ouvindo a palavra de Deus, quer participando nas orações e no canto,
quer sobretudo na comum oblação do sacrifício e na comum participação da mesa do Senhor. Esta unidade
manifesta-se em beleza nos gestos e atitudes corporais que os fiéis observam todos juntamente.
• Os fiéis não recusem servir com alegria o povo de Deus, sempre que forem solicitados para desempenhar
qualquer especial ministério ou função na celebração.
FUNÇÕES E OFÍCIOS NA SAGRADA LITURGIA: DOS
MINISTÉRIOS INSTITUÍDOS DE LEITOR E ACÓLITO
• O acólito é instituído para o serviço do altar e para ajudar o sacerdote e o diácono. Compete-lhe, como função
principal, preparar o altar e os vasos sagrados e, se for necessário, distribuir aos fiéis a Eucaristia, de que é
ministro extraordinário.
• O leitor é instituído para fazer as leituras da Sagrada Escritura, com excepção do Evangelho. Pode também propor
as intenções da oração universal e ainda, na falta de salmista, recitar o salmo entre as leituras. Na celebração
eucarística o leitor tem uma função que lhe é própria – Na procissão de entrada, na ausência do diácono, o leitor,
vestido com a veste aprovada, pode levar o Evangeliário um pouco elevado. Neste caso, vai à frente do sacerdote;
se não, vai junto com os outros ministros. e que ele deve exercer por si mesmo, ainda que estejam presentes
ministros ordenados; Lê no ambão as leituras que precedem o Evangelho. Na ausência do salmista, pode proferir
o salmo responsorial, depois da primeira leitura; na ausência do diácono, o leitor pode proferir as intenções da
oração universal, no ambão, depois da introdução feita pelo sacerdote; se não houver cântico de entrada nem da
Comunhão e os fiéis não recitarem as antífonas que vêm no Missal, pode proferir, no momento próprio, estas
antífonas.
FUNÇÕES E OFÍCIOS NA SAGRADA LITURGIA: DAS
DEMAIS FUNÇÕES
• Na falta de acólito instituído, podem ser destinados para o serviço do altar e para ajudar o sacerdote e o diácono,
ministros leigos que levam a cruz, os círios, o turíbulo, o pão, o vinho e a água; também podem ser designados ministros
leigos para distribuir a sagrada Comunhão como ministros extraordinários.
• Na falta de leitor instituído, podem ser designados outros leigos para proclamar as leituras da sagrada Escritura, desde
que sejam realmente aptos para o desempenho desta função e se tenham cuidadosamente preparado, de tal modo que,
pela escuta das leituras divinas, os fiéis desenvolvam no seu coração um afeto vivo e suave pela sagrada Escritura.
• Compete ao salmista proferir o salmo ou o cântico bíblico que vem entre as leituras. Para desempenhar bem a sua função,
é necessário que o salmista seja competente na arte de salmodiar e dotado de pronúncia correta e dicção perfeita.
• Entre os fiéis exerce um próprio ofício litúrgico a schola cantorum ou grupo coral, a quem compete executar
devidamente, segundo os diversos gêneros de cânticos, as partes musicais que lhe estão reservadas e animar a
participação ativa dos fiéis no canto. O que se diz da schola cantorum aplica-se também, nas devidas proporções, aos
restantes músicos e de modo particular ao organista.
• É conveniente que haja um cantor ou mestre de coro encarregado de dirigir e sustentar o canto do povo. Na falta da
schola, compete-lhe dirigir os diversos cânticos, fazendo o povo participar na parte que lhe corresponde
FUNÇÕES E OFÍCIOS NA SAGRADA LITURGIA: DAS
DEMAIS FUNÇÕES
• Na falta de acólito instituído, podem ser destinados para o serviço do altar e para ajudar o sacerdote e o diácono,
ministros leigos que levam a cruz, os círios, o turíbulo, o pão, o vinho e a água; também podem ser designados ministros
leigos para distribuir a sagrada Comunhão como ministros extraordinários.
• Na falta de leitor instituído, podem ser designados outros leigos para proclamar as leituras da sagrada Escritura, desde
que sejam realmente aptos para o desempenho desta função e se tenham cuidadosamente preparado, de tal modo que,
pela escuta das leituras divinas, os fiéis desenvolvam no seu coração um afeto vivo e suave pela sagrada Escritura.
• Compete ao salmista proferir o salmo ou o cântico bíblico que vem entre as leituras. Para desempenhar bem a sua função,
é necessário que o salmista seja competente na arte de salmodiar e dotado de pronúncia correta e dicção perfeita.
• Entre os fiéis exerce um próprio ofício litúrgico a schola cantorum ou grupo coral, a quem compete executar
devidamente, segundo os diversos gêneros de cânticos, as partes musicais que lhe estão reservadas e animar a
participação ativa dos fiéis no canto. O que se diz da schola cantorum aplica-se também, nas devidas proporções, aos
restantes músicos e de modo particular ao organista.
• É conveniente que haja um cantor ou mestre de coro encarregado de dirigir e sustentar o canto do povo. Na falta da
schola, compete-lhe dirigir os diversos cânticos, fazendo o povo participar na parte que lhe corresponde
FUNÇÕES E OFÍCIOS NA SAGRADA LITURGIA: DAS
DEMAIS FUNÇÕES
• Também exercem uma função litúrgica:
a) O sacristão, que prepara com diligência os livros litúrgicos, os paramentos e tudo o que é preciso para a celebração da Missa.
b) O comentador, incumbido de fazer aos fiéis, se for oportuno, breves explicações e admonições, a fim de os introduzir na
celebração e os dispor a compreendê-la melhor. As admonições do comentador devem ser cuidadosamente preparadas e muito
sóbrias. No desempenho da sua função, o comentador deve colocar-se em lugar adequado, à frente dos fiéis, mas não no ambão.
c) Os encarregados de fazer na igreja a recolha das ofertas.
d) Aqueles que, em certas regiões, são encarregados de receber os fiéis à porta da igreja, de os conduzir aos seus lugares e de
ordenar as suas procissões.
• É conveniente, pelo menos nas igrejas catedrais e nas de maior importância, que haja um ministro competente ou mestre de
cerimônias, responsável pelo bom ordenamento das ações sagradas, ao qual pertence velar para que as mesmas sejam
executadas pelos ministros sagrados e fiéis leigos com dignidade, ordem e piedade.
• As funções litúrgicas, que não são próprias do sacerdote ou do diácono, também podem ser confiadas a leigos idôneos,
escolhidos pelo pároco ou reitor da igreja, mediante uma bênção litúrgica ou por nomeação temporária. Quanto à função de
servir o sacerdote ao altar, observem-se as determinações dadas pelo Bispo para a sua diocese.
ANO LITÚRGICO
ANO LITÚRGICO

• Primeiramente: O que é um ano litúrgico?


“Chama-se Ano Litúrgico o tempo em que a Igreja celebra todos os feitos salvíficos operados por Deus em Jesus
Cristo. "Através do ciclo anual, a Igreja comemora o mistério de Cristo, desde a Encarnação ao dia de Pentecostes e à
espera da vinda do Senhor” (SC n. 102)
• “Nos vários tempos do ano litúrgico, a Igreja aperfeiçoa a formação dos fieis por meio dos piedosos exercícios
espirituais e corporais, pela oração, obras de penitência e misericórdia.
• “Todos os dias litúrgicos são santificados pelas celebrações litúrgicas do Povo de Deus, principalmente pelo
Sacrifício Eucarístico. O dia litúrgico se estende de meia noite a meia noite. A celebração do domingo e das
solenidades, porém, começa com as vésperas do dia precedente”
ANO LITÚRGICO

• O DOMINGO:
“No primeiro dia da semana, que é chamado ‘dia do Senhor’, a Igreja, por uma tradição apostólica que tem origem
no próprio dia da Ressurreição do Senhor, celebra o mistério Pascal. Por isso, o domingo deve ser tido como
principal festa
Por conta de sua especial importância, o domingo só cede sua celebração às solenidades e às festas do Senhor.
Contudo, os domingos do Advento, da Quaresma e da Páscoa gozam de precedência sobre as festas e solenidades do
Senhor. Para isso, essas solenidades são antecipadas para o sábado.
O domingo exclui pela sua natureza a fixação de qualquer outra celebração. Contudo:
a) No domingo da oitava do Natal, celebra a FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA;
b) No domingo após 06 de Janeiro, celebra a FESTA DO BATISMO DO SENHOR;
c) No domingo depois de Pentecostes, celebra a SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE;
d) No último domingo do tempo comum, celebra a SOLENIDADE DE CRISTO REI DO UNIVERSO.”
ANO LITÚRGICO

• O DOMINGO:
“Onde as solenidades da Epifania, Ascensão não forem dias santos de guarda, sejam celebradas num domingo que se
torna seu dia, a saber:
a) Epifania, no domingo entre 02 e 08 de Janeiro;
b) Ascensão, no 7º domingo da Páscoa.
ANO LITÚRGICO
O ano litúrgico pode ser agrupado quanto ao tempo litúrgico e quanto ao ciclo anual.

• Quanto ao tempo litúrgico, é dividido:

Ciclo Litúrgico Tempo Cor

Tempo Comum 1ª Parte e 2ª


Ciclo Comum Verde
Parte

Quaresma Roxo/Rosa (4º Domingo)

Ciclo da Páscoa Tríduo Pascal Branco/Vermelho

Páscoa Branco

Advento Roxo/Rosa (3º Domingo)


Ciclo do Natal
Natal Branco
ANO LITÚRGICO
• Quanto ao ciclo anual, é dividido:
Ano Litúrgico Evangelho Predominante
A São Mateus
B São Marcos
C São Lucas

São as celebrações que ocorrem durante as semanas


Ferial do tempo comum. Agrupam-se em ano ímpar e ano
par.

E o Evangelho de São João?


O Evangelho de São João é lido nos três anos, normalmente nas grandes solenidades e festas.
ANO LITÚRGICO
ANO LITÚRGICO

• O Ano Litúrgico começa com o Primeiro Domingo do Advento e se encerra com o Sábado da 34ª Semana do
Tempo Comum;
• Dentro de um Ano Litúrgico, o povo de Deus é capaz de meditar todo plano salvífico de Deus para com o Homem.
Começa-se a meditar com a vinda de Cristo, seja a Parusia (1º e 2º Domingo do Advento), seja a Primeira Vinda
(3º e 4º Domingo do Advento), a Encarnação do Verbo (Tempo do Natal) e sua manifestação no meio do homem
(Tempo Comum), seu plano de Salvação através do Caminho Penitencial (Quaresma) e sua Consumação (Páscoa)
até a vinda do Espírito Santo;
• Pra complementar o Ano Litúrgico, celebra-se a vida daqueles que viveram a santidade na terra, assim como a
Virgem Maria e também celebra-se alguns fatos/dogmas relativos a nossa fé
TEMPO LITÚRGICO: CICLO DA PÁSCOA
Preparação Quaresma

Tríduo Pascal

Ciclo da Páscoa Celebração

Oitava da Páscoa

Prolongamento Tempo Pascal


CICLO DA PÁSCOA:
TEMPO DA QUARESMA
• Chamado, liturgicamente, de tempo de preparação penitencial para a Páscoa, a Quaresma, a exemplo também do
Advento, tem dois momentos distintos: o primeiro vai da Quarta-Feira de Cinzas até o Domingo da Paixão e de
Ramos, e o segundo, como preparação imediata, vai do Domingo de Ramos até a tarde de Quinta-Feira Santa,
quando se encerra então o tempo quaresmal.
• O tempo da Quaresma é tempo privilegiado na vida da Igreja. É o chamado tempo forte, de conversão e de
mudança de vida. Sua palavra-chave é: "metanóia", ou seja, conversão. Nesse tempo se registram os grandes
exercícios quaresmais: a prática da caridade e as obras de misericórdia. O jejum, a esmola e a oração são exercícios
bíblicos até hoje recomendáveis
CICLO DA PÁSCOA:
TEMPO DA QUARESMA
• Seis são os domingos da Quaresma, sendo o sexto já o Domingo de Ramos. Como se vê no Advento, tem também
a Quaresma o seu domingo da alegria, o 4º domingo, chamado "Laetare".
• A palavra "Quaresma" vem do latim "quadragésima", isto é, "quarenta", e está ligada a acontecimentos bíblicos,
que dizem respeito à história da salvação: jejum de Moisés no Monte Sinai, caminhada de Elias para o Monte
Horeb, caminhada do povo de Israel pelo deserto, jejum de Cristo no deserto etc.
CICLO DA PÁSCOA:
TRÍDUO PASCAL
• O Tríduo Pascal é o centro não só da Páscoa, mas também de toda a vida da Igreja. Na liturgia ocupa o primeiro
lugar em ordem de grandeza, não havendo, pois, nenhuma outra celebração que se possa colocar em seu nível. É
portanto o cume da liturgia e de todo o acontecimento da redenção.
• Começa o Tríduo Pascal na Quinta-Feira Santa, na missa vespertina, chamada “In Coena Domini” ou “Na Ceia do
Senhor", tem seu centro na Vigília Pascal do Sábado Santo e encerra-se com a missa vespertina do Domingo da
Páscoa. O Tríduo Pascal não é - diga-se - um tríduo que nos prepara para o Domingo da Páscoa, mas um tríduo
celebrativo do Mistério Pascal de Cristo, que culmina no domingo, "Dia do Senhor". Trata-se, pois, de uma única
celebração, em três momentos distintos.
CICLO DA PÁSCOA:
TRÍDUO PASCAL
• É tão fundamental o Tríduo Pascal que, sem ele, não existiria a liturgia, e o que teríamos era então uma Igreja sem
sacramentos e sem a missionariedade redentora. Por que se diz isto? Porque, sem a ressurreição de Cristo - ensina-
nos São Paulo (Cf. 1Cor 15,14) - vazia seria toda a pregação apostólica, como vã, vazia e sem sentido seria
também a nossa fé. Estaríamos ainda acorrentados nos "Egitos" do mundo e presos aos grilhões do pecado e da
morte.
• Aplica-se sobretudo ao Domingo da Páscoa tudo o que se disse sobre o domingo, como fundamento do Ano
Litúrgico. E mais: o Domingo da Páscoa deve ser visto, celebrado e vivido como o “domingo dos domingos”, dia,
pois, sagrado por excelência. Se todos os domingos do ano já têm primazia fundamental sobre todos os outros dias,
o Domingo da Páscoa destaca-se ainda mais pela sua notoriedade cristã, dada a sua relação teológica com o Cristo
Kyrios (Senhor).
CICLO DA PÁSCOA:
TEMPO PASCAL
• Com a reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, somente duas celebrações hoje na Igreja têm "oitava", isto é, um
prolongamento festivo por oito dias, durante o qual a liturgia se volta para a solenidade principal. Estas duas
celebrações são Natal e Páscoa. A Oitava da Páscoa vai, assim, do Domingo da Páscoa ao domingo seguinte.
• Os domingos do Tempo Pascal são chamados de "Domingos da Páscoa", com a identificação de 1º, 2º etc.. São
sete tais domingos, e, no sétimo, no Brasil se celebra a Solenidade da Ascensão do Senhor. Como se vê, o
prolongamento mais extenso da Páscoa se dá então até a Solenidade de Pentecostes.
• Segundo Santo Atanásio, o Tempo Pascal deve ser celebrado como um "grande domingo", ou seja, um domingo
com duração de 50 dias.
CICLO DA PÁSCOA
• Solenidades que podem ocorrer no Ciclo da Pascoa:
Solenidade Data Cor Litúrgica

Solenidade de São José 19 de Março Branco

Solenidade da Anunciação do Senhor 25 de Março Branco

5ª Feira da sexta semana da Páscoa e,


Ascensão do Senhor Branco
no Brasil, 7º Domingo da Páscoa

Domingo após o 7º Domingo da


Pentecostes Vermelho
Páscoa
TEMPO LITÚRGICO: CICLO DO NATAL
Preparação Advento

Natal

Ciclo do Natal Celebração

Oitava do Natal

Prolongamento Tempo do Natal


CICLO DO NATAL:
ADVENTO
• O Advento é um tempo forte na Igreja, onde nos preparamos para a celebração do Natal. Tem duas características,
marcadas por dois momentos. O primeiro vai do primeiro domingo do Advento até o dia 16 de dezembro.
• Neste primeiro momento, a liturgia nos fala da segunda vinda do Senhor no fim dos tempos, a chamada escatologia
cristã.
• Já o segundo momento vai do dia 17 ao dia 24 de dezembro. É como que a "semana santa" do Natal. Neste
período, a liturgia vai nos falar mais diretamente da primeira vinda do Senhor, no Natal.
• No Advento temos quatro domingos, o terceiro chamado “Gaudete", isto é, domingo da alegria.
• Três personagens bíblicos marcam o tempo do Advento. São eles: o profeta Isaías, São João Batista e a Virgem
Maria.
• Não é tempo penitencial, no sentido próprio e litúrgico, mas tempo de expectativa, de moderação e de esperança.
CICLO DO NATAL:
TEMPO DO NATAL
• O Natal é a celebração principal de todo o ciclo natalino. Constitui portanto o seu centro. Cristo nasce em Belém
da Judéia, em noite fria (inverno), mas traz do céu o calor vitalizante da santidade de Deus, em mensagem de paz
dirigida sobretudo aos pobres, com quem se identifica mais plenamente, cumulando-os das riquezas do Reino. Sua
"noite feliz" sinaliza para a "noite fulgurante" da Sagrada Vigília Pascal do Sábado Santo, onde as trevas são
dissipadas, definitivamente, pela luz do Cristo Ressuscitado.
• Como o Advento, tem também o Tempo do Natal dois momentos. Um, imediato: é a Oitava do Natal, que prolonga
a solenidade natalina por oito dias, encerrando-se no dia primeiro de janeiro. O segundo momento vai de 2 de
janeiro até a Festa do Batismo do Senhor, quando então se encerra o ciclo natalino.
CICLO DO NATAL
• Solenidades e Festas que podem ocorrer no Ciclo do Natal:
Solenidade/Festa Data Cor Litúrgica
Solenidade da Imaculada Conceição 08 de Dezembro Branco

Festa de Nossa Senhora de Guadalupe 12 de Dezembro Branco


Festa de Santo Estevão 26 de Dezembro Vermelho
Festa de São João Evangelista 27 de Dezembro Branco
Festa dos Santos Inocentes 28 de Dezembro Vermelho

Domingo depois do Natal ou, caso o Natal


Sagrada Família Branco
caia no Domingo, dia 30 de Dezembro

Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus 01 de Janeiro Branco

Solenidade da Epifania do Senhor Primeiro Domingo após a oitava do Natal Branco

Festa do Batismo do Senhor Domingo após a Epifania Branco


TEMPO LITÚRGICO: CICLO COMUM
TEMPO COMUM
• Por "Tempo Comum", devemos entender o longo período, que se encontra entre os ciclos do Natal e da Páscoa. Na
prática são 34 semanas.
• Começa esse tempo litúrgico na segunda-feira após a Festa do Batismo do Senhor. Na terça-feira de Carnaval, o
Tempo Comum se interrompe, reiniciando-se na segunda-feira depois do Domingo de Pentecostes e prolongando-
se até o sábado que precede o primeiro Domingo do Advento.
• No Tempo Comum não se celebra um aspecto de nossa fé, como é o caso do Natal (Encarnação), e Páscoa
(Redenção), mas celebra-se todo o mistério de Deus, em sua plenitude. Uma temática pode, porém, nele aparecer,
quando nele se celebram algumas solenidades, como "Santíssima Trindade", "Corpus Christi" etc., chamadas na
liturgia de "Solenidades do Senhor no Tempo Comum".
TEMPO COMUM
• Principais Solenidades e Festas que podem ocorrer no Tempo Comum:
Solenidade/Festa Data Cor Litúrgica
Santíssima Trindade Domingo depois de Pentecostes Branco

Corpus Christi Quinta após Santíssima Trindade Branco

Sagrado Coração de Jesus Na segunda sexta-feira após Corpus Christi Branco

Jesus Cristo Rei do Universo 34º Domingo do Tempo Comum Branco


São João Batista 24 de Junho Branco

29 de Junho (no Brasil, no domingo seguinte,


São Pedro e São Paulo Vermelho
quando dia 29 não cair no domingo)

15 de Agosto (No Brasil, no domingo


Assunção de Nossa Senhora seguinte, quando dia 15 não cair no Branco
domingo)
01 de Novembro ou no Domingo após
Todos os Santos Branco
Finados
Finados 02 de Novembro Roxo
MAS AFINAL, O QUE
CELEBRAR? COMO
CELEBRAR?
CARÁTER CELEBRATIVO
• Como distinguir o caráter Celebrativo? O que vem a ser esse caráter?
Caráter Celebrativo é determinar a que grau pertence aquela celebração. É dizer se tal celebração é Dias de Semana,
Memória, Festa ou Solenidade
a) Solenidade: São as “grandes celebrações” dentro do calendário litúrgico. Sejam elas de Nosso Senhor Jesus
Cristo, da Virgem Maria e de alguns santos. Com o grau de Solenidade também se inclui celebrações locais
(padroeiros, dedicação da Igreja Principal, etc). Tem como marca celebrativa a presença do Glória, Credo e 3
leituras, a celebração das Primeiras Vésperas do Ofício Divino e, em algumas delas, as chamadas “Missas da
Vigília/Vespertina” (ambas celebradas no dia anterior);
b) Festa: De caráter menor que a Solenidade, porém também de alta importância. As festas são presentes também
de Nosso Senhor, Nossa Senhora e Santos. Tem como marca a presença do glória e, quando celebrada domingo,
3 leituras;
c) Memória: Seja obrigatória, seja facultativa, sua celebração se harmoniza com o dia da semana corrente. As
memórias obrigatórias que caem na quaresma passam a ser facultativas. Nos sábados do tempo comum, não
havendo memórias obrigatórias, pode-se celebrar o ofício de “Santa Maria no Sábado”
CARÁTER CELEBRATIVO
• Como distinguir o caráter Celebrativo? O que vem a ser esse caráter?
Caráter Celebrativo é determinar a que grau pertence aquela celebração. É dizer se tal celebração é Dias de Semana,
Memória, Festa ou Solenidade
d) Dias de Semana: são os dias que seguem o domingo, sendo celebrados de diversos modos, a saber:
1- Quarta de Cinzas e Semana Santa: tem preferência a todas as outras celebrações;
2- Os dias do Advento, de 17 a 24 de Dezembro, Quaresma: tem preferência às memórias obrigatórias;
3- Os demais dias da semana cedem lugar às Solenidades e Festas, e se combinam com as memórias.
CARÁTER CELEBRATIVO
• A solenidade Maior da Igreja é o Tríduo Pascal. Toda liturgia, todo o calendário litúrgico gira em torno da Páscoa;
• Dentro do Calendário Litúrgico, há celebrações que são equiparados a domingo, mesmo que estes não
necessariamente caia num domingo, são os Dias de Preceito: 1º de Janeiro (Santa Maria Mãe de Deus), 8 de
Dezembro (Imaculada Conceição), Corpus Christi e Natal.
AS CELEBRAÇÕES LITÚRGICAS
• Como se sabe, as celebrações litúrgicas tem como centro a Páscoa de Nosso Senhor Jesus Cristo.
• Para cada celebração, há sua cor definida, não por acaso, mas por simples significação:
1. Vermelho: Usa-se o vermelho No Domingo da Paixão e de Ramos, na Sexta-Feira da Paixão, no
Domingo de Pentecostes e na celebração dos mártires, apóstolos e evangelistas (exceto São João). O
Vermelho significa o “fogo do Espírito” derramado sobre a humanidade e também significa o sague
dos santos, que deram a sua vida por Cristo e pela Igreja;
2. Preto: Pode-se usar na celebração de Finados. É a cor do luto, da perda de alguém próximo;
3. Roxo: Usa-se: No Advento, na Quaresma, na Semana Santa (até Quinta-Feira Santa de manhã), e na
celebração de Finados, como também nas exéquias. O roxo remete a penitência, que a Santa Igreja
pede que vivamos nos tempos do Advento e da Quaresma, bem como a cor do luto, assim como o
preto;
AS CELEBRAÇÕES LITÚRGICAS
4. Rosa: É usado no terceiro Domingo do Advento (chamado "Gaudete") e no quarto Domingo da Quaresma
chamado "Laetare"). Esses dois domingos são classificados, na liturgia, de "domingos da alegria", por causa do
tom jubiloso de seus textos;
5. Branco: Usa-se: Na solenidade do Natal, no Tempo do Natal, na Quinta-Feira Santa, na Vigília Pascal do Sábado
Santo, nas festas do Senhor e na celebração dos santos. Também no Tempo Pascal é predominante a cor branca.
6. Verde: Usa-se: Em todo o Tempo Comum, exceto nas festas do Senhor nele celebradas, quando a cor litúrgica é
o branco.
7. Dourado: É a cor litúrgica que substitui todas as demais (exceto a roxa)
DIAS LITÚRGICOS

• Eis que você está num dilema: o que celebrar hoje?


• Ora, a Igreja, pensando nisso, elaborou uma ordem celebrativa, para que não haja atropelos nos
cultos. Como assim? Vejamos as tabelas e os exemplos a seguir:
Ordem I Exemplo

1 Tríduo Pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor

DIAS LITÚRGICOS
Natal do Senhor, Epifania, Ascensão e Pentecostes.
Domingos do Advento, Quaresma e Páscoa
2 Quarta Feira de Cinzas
Dias da Semana Santa
Dias da Oitava da Páscoa

Solenidades do Senhor, da Bem Aventurada Virgem Maria e dos


Corpus Christi; Imaculada Conceição; São José; São João Batista;
3 Santos inscritos no Calendário geral
São Pedro e São Paulo
Comemoração dos Fieis Defuntos

Solenidades próprias, a saber:


a) Padroeiro Principal do lugar ou cidade; a) Padroeiro de uma Paróquia
b) Dedicação e do Aniversário de Dedicação da Igreja Própria; b) 06 de Novembro em nossa Paróquia
4
c) Solenidade do Titular da Igreja; d) Padroeiro de uma Ordem Religiosa (São Francisco de Assis para
d) Solenidade do Titular, do Fundador, ou do Padroeiro principal da os Franciscanos, por exemplo)
Ordem ou Congregação
Ordem II Exemplo

5 Festas do Senhor inscritas no calendário geral Transfiguração do Senhor (06 de Agosto)

6
DIAS LITÚRGICOS
Domingos do Tempo do Natal e do Tempo Comum

Festas da Bem-aventurada Virgem Maria e dos Santos do Calendário


7 Visitação de Nossa Senhora (31 de Maio)
geral

Festas próprias, a saber:


a) Padroeiro Principal da Diocese;
b) Dedicação e do Aniversário de Dedicação da Igreja Catedral; a) São João Batista (Arquidiocese de Niterói)
c) Festa do Padroeiro principal da região, nação ou território mais b) 03 de Janeiro (Dedicação da Catedral)
amplo; c) São Jorge (Estado do Rio de Janeiro)
8
d) Festa do Titular, do Fundador, ou do Padroeiro principal da d) São João da Cruz (Carmelitas)
Ordem ou Congregação; e) Festas de Capela
e) Outras festas próprias de uma Igreja;
f) Outras festas inscritas no Calendário de alguma diocese ou
congregação ou ordem

Dias de semana do Advento (de 17 a 24 de Dezembro)


9 Dias da Oitava do Natal
Dias de Semana da Quaresma
Ordem III Exemplo

10 Memórias obrigatórias do calendário geral Santa Teresinha do Menino Jesus (01 de Outubro)

DIAS LITÚRGICOS
Memórias obrigatórias próprias, a saber:
a) Memória do Padroeiro secundário do lugar, da diocese, da região, a) Nossa Senhora Auxiliadora (Padroeira Secundária da
província, nação, da Ordem ou Congregação; Arquidiocese de Niterói)
11
b) Outras memórias obrigatórias próprias de uma Igreja; b) São Charbel Makhluf (para os cristãos maronitas)
c) Outras memórias obrigatórias inscritas no Calendário da Diocese, c) São Simão Stock e Santo Elias (pros Carmelitas)
Ordem ou Congregação

12 Memórias Facultativas São Martinho de Porres (03 de Novembro)

Dias da Semana do Advento (até 16 de dezembro)


Dias da Semana do Tempo do Natal (de 02 de Janeiro até sábado
após Epifania)
13
Dias da Semana do Tempo da Páscoa, de segunda feira depois da
Oitava da Páscoa até o Sábado antes de Pentecostes
Os dias de semana do Tempo Comum
SANTA MISSA
O Mistério Eucarístico presente em nosso meio
DO OPÚSCULO “NA FESTA DO CORPO DE
CRISTO”, DE SANTO TOMÁS DE AQUINO

“Ó precioso e admirável banquete, fonte de salvação e repleto de toda a suavidade [...] De fato,
nenhum outro sacramento é mais salutar do que este [...] É oferecido na Igreja pelos vivos e pelos
mortos, para que aproveite a todos [...] A Eucaristia é o memorial perene da sua Paixão,
cumprimento perfeito das figuras da Antiga Aliança e o maior de todos os milagres que Cristo
realizou”.
O QUE É A SANTA MISSA?

• A Santa Missa, também chamada de Eucaristia, é o memorial perpétuo da Paixão, Morte e


Ressurreição de Jesus Cristo.
• Entendendo que a Missa é essa celebração do Mistério Pascal de Cristo, é o próprio Jesus quem
nos convida a vivenciarmos tão grande mistério: “Em verdade, em verdade vos digo: se não
comerdes a Carne do Filho de homem e não beberdes o seu Sangue, não tereis a vida em vós”
(Jo 6,53)
O QUE É A SANTA MISSA?

• Em suma: O Catecismo da Igreja Católica, n. 1326, vem nos ensinar que “Pela Santa Missa,
unimo-nos desde já à Liturgia do céu e antecipamos a vida eterna, quando ‘Deus for tudo em
todos’ (1 Cor 15, 18)”.
O QUE É A SANTA MISSA?
• Quanto a divisão, de ordem prática, há estudiosos que agrupam a Santa Missa em duas grandes partes:
LITURGIA DA PALAVRA e LITURGIA EUCARÍSTICA.
• Nessas duas grandes partes, o fiel presente na celebração é convidado a estar com o Cristo na Mesa da
Palavra e na Mesa Eucarística;
• Dentro da Liturgia da Palavra, o povo fiel é chamado a Caminhada para o Banquete (Procissão de
Entrada), a Adentrar no tempo da Graça (a Saudação Inicial), a Reconciliação (Ato Penitencial), ao
Louvor (Glória) e a Apresentar a Deus suas preces (Oração Coleta). Ao fiel é Proclamada as Leituras,
que relatam tanto a História da Salvação, quanto História da Igreja e seus devidos responsórios e no
Evangelho, do qual o próprio Cristo fala a nós. Por fim, o povo é convidado a Professar a Fé;
• Já na Liturgia Eucarística, as ofertas – que serão mudadas em Corpo e Sangue de Cristo – são
apresentadas. Ofertas essas que são ofertadas “para a glória de Deus, nosso bem e de toda a Santa
Igreja”. É nesse momento que a Palavra dada na Mesa da Palavra torna-se Carne para a nossa
Salvação.
Procissão de
A MISSA EM SUAS Entrada
PARTES
Saudação

Ato
Ritos Iniciais
Penitencial

Glória
(quando há)

Liturgia da
Oração Coleta
Palavra

Leituras

Liturgia da Credo
Palavra (quando há)

Preces
(quando há)
A MISSA EM SUAS PARTES
(LITURGIA DA PALAVRA)

• A Santa Missa se inicia com a Procissão de Entrada. A Igreja, peregrina rumo ao céu, caminha, na pessoa do
Presidente da Celebração, para o Banquete Eucarístico.
• Segue para a Saudação Inicial, invocando a Santíssima Trindade, seguindo da pequena saudação. Com essa saudação,
o mistério rompe o tempo cronológico, introduzindo o fiel num tempo kairótico, ou seja, no tempo da graça. Por isso
que é necessário que o fiel, que está participando da celebração eucarística, “adentre no mistério”.
• Segue-se com o Ato Penitencial. Momento que se pede perdão a Deus, pelas faltas cometidas. O pedido de perdão
pelos pecados mostra que o fiel depende de Deus. Que, se Ele não tiver piedade do seu povo, este estaria “lascado”.
• O Glória, ou o Hino de Louvor, é o hino dos Santos. É o louvor solene, rendendo graças a Deus pelo perdão
concedido e pelas graças recebidas.
• Oração Coleta é a primeira prece da Santa Missa. Nessa oração, o celebrante oferece a Deus a prece do seu povo ali
reunido, ou seja, no convite a oração, o ministro-presidente oferece a Deus TODAS as intenções do povo de Deus ali
presente.
A MISSA EM SUAS PARTES
(LITURGIA DA PALAVRA)
• Na Liturgia da Palavra, Deus fala ao Seu povo. Essa parte inicia-se com a proclamação da primeira leitura e vai
até a oração dos fiéis. Quando a Palavra é proclamada, ela se torna viva e eficaz, gerando naqueles que bem
recebem seus devidos frutos.
• Normalmente, a primeira leitura é extraída do Antigo Testamento e a Segunda, do Novo Testamento. Porém, nas
grandes Solenidades, como a Páscoa, por exemplo, usa-se, tanto na Primeira Leitura, quanto na Segunda, trechos
do Novo Testamento.
• Nas grandes solenidades, há ainda a chamada “Sequência”, que é um responsório feito após a Segunda Leitura.
• Segue-se com a Profissão de Fé e, em seguida, as preces, em que são apresentadas orações pela Igreja, pelo povo
reunido, pelos fieis falecidos e demais intenções.
A MISSA EM SUAS PARTES
(LITURGIA DA PALAVRA)

• Em suma: na Mesa da Palavra, Deus se dá ao homem através da sua Palavra. O convite que a proclamação da Palavra
nos faz é de colocarmos em prática aquilo que foi anunciado, pois “a palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante do
que uma espada de dois gumes e atinge até a divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os
pensamentos e intenções do coração.” (Hb 4,12)
Apresentação
A MISSA EM SUAS dos Dons
PARTES
Convite a
Ofertório
Oração

Prece Oração sobre as


Eucarística oferendas

Oração do Pai
Liturgia Nosso e da Paz
Eucarística Rito da
Comunhão
Comunhão
Eucarística

Oração Pós
Comunhão
Ritos Finais

Benção Final
A MISSA EM SUAS PARTES
(LITURGIA EUCARÍSTICA)

• Em sequência, tem-se a Liturgia Eucarística, que se inicia com a apresentação dos dons do pão
e vinho. Neste momento, todo o povo de Deus vive ativamente, presidido por um sacerdote.
Dessa forma, todos os gestos, palavras e preces levam a assembleia a participar da Ceia que
Jesus desejou celebrar ardentemente com seus discípulos. A oferenda do pão e do vinho
recebidos pelo sacerdote é o próprio ato de Cristo na última ceia.
A MISSA EM SUAS PARTES
(LITURGIA EUCARÍSTICA)
• Segue-se com o convite a oração. O ministro presidente convida o povo a pedir a Deus que
aceite as oferendas. O povo, então responde: “receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício,
para glória do seu nome, para o nosso bem e de toda a Santa Igreja”. O pão e o vinho ofertado
são sinais da doação do povo de Deus ali simbolizados.
• Na Oração sobre as Oferendas, faz referência aos dons do pão e do vinho apresentados no altar
e realça a estreita relação entre as oferendas, a oração eucarística e a comunhão. Põe em
destaque a oferenda do povo sacerdotal (todos os batizados) que também se oferecem através
do trabalho e da doação diária na construção do Reino de Deus.
A MISSA EM SUAS PARTES
(LITURGIA EUCARÍSTICA)

• Segue-se a Prece Eucarística, o ponto chave da Celebração Eucarística. É composta de um


Prefácio, a Aclamação (Santo), a Invocação do Espírito Santo sobre as ofertas, a Epíclese
Sacramental, Anamnese, a Invocação do Espírito Santo sobre o povo, as Intercessões,
doxologia.
A MISSA EM SUAS PARTES
(LITURGIA EUCARÍSTICA)
• No prefácio há um desenvolvimento do tema central da celebração e o anúncio das maravilhas de Deus. Termina antes do canto
do “santo”.
• No Santo, revela-se a santidade de Deus (santo, santo, santo), remetendo-nos à entrada de Jesus em Jerusalém e ao canto dos
anjos diante do Cordeiro (hosana), descrito no livro do Apocalipse (Ap 4,8).
• Na invocação do Espírito Santo, Ele se torna presente no pão e vinho apresentados pelo povo de Deus; o presbítero impõe as
mãos sobre as oferendas, pedindo a vinda do Espírito Santo sobre as espécies eucarísticas.
• A Epíclese Sacramental é caracterizada pela repetição das ações e palavras de Jesus durante a última Ceia (Tomai todos e
comei… Isto é o meu Corpo! Tomai todos e bebei… Isto é o meu sangue!). É o centro da Celebração Eucarística, onde ocorre o
milagre da TRANSUBSTANCIAÇÃO. O Cristo se faz presente entre nós em Corpo, Sangue, Alma e Divindade.
• Na Anamnese, o povo de Deus anuncia o que houve com Jesus (paixão, morte e ressurreição), pedindo sua presença no meio de
nós. Esse memorial (o sacrifício da missa que celebramos) não é somente uma lembrança do que aconteceu no passado, nem
tampouco uma repetição, no sentido de um novo sacrifício, mas é o mesmo único e definitivo sacrifício que se torna atual e
presente em cada celebração e nos leva a pedir pela volta de Jesus em nosso meio.
A MISSA EM SUAS PARTES
(LITURGIA EUCARÍSTICA)
• As intercessões são pedidos pela Igreja universal (católica) e particular (diocese), pelos defuntos, e por toda a assembleia.
• Na Doxologia, A Igreja, que é corpo místico de Cristo, pode elevar ao Pai as suas intercessões. Por isso, agora a Igreja fala a
Deus, por Cristo, com Cristo e em Cristo. É também uma oração trinitária que retoma, sintetizando-a, toda a ação de graças
feita desde o prefácio. Num gesto de elevação da patena e do cálice, o presbítero apresenta a Deus Pai o Corpo e Sangue de
Cristo (a verdadeira oferta), oriundos do trabalho humano (pão e vinho). A assembleia confirma com o Amém, encerrando a
Oração Eucarística.
A MISSA EM SUAS PARTES
(LITURGIA EUCARÍSTICA)
PRECE EUCARÍSTICA II
Partes Oração

Invocação do Espírito Santo “Na verdade, ó Pai, Vós sois Santo e fonte de toda Santidade...”

Epíclese “Tomai todos e comei... Tomai todos e bebei”

Anamnese “Celebrando, pois, a memória da morte e ressurreição do vosso


Filho ... E nós vos suplicamos que, participando...”

Intercessões “Lembrai-vos, ó Pai, da vossa Igreja...”


“Lembrai-vos, também, dos nossos irmãos e irmãs que
morreram na esperança da ressurreição...
“Enfim, nós vos pedimos, tende piedade de nós...”

Doxologia “Por Cristo, com Cristo, em Cristo...”


A MISSA EM SUAS PARTES
(LITURGIA EUCARÍSTICA)
• O Rito da Comunhão inicia-se com a Oração do Pai Nosso. Esta oração é o prolongamento do louvor da oração
eucarística. É o momento em que a comunidade reunida reza a oração que o próprio Jesus nos ensinou. A oração
em seguida (livrai-nos de todos os males, ó Pai...) chama-se embolismo, cujo papel é desenvolver o último pedido
do Pai-nosso (“mas livrai-nos do mal”), suplicando que toda a comunidade dos fiéis seja liberta do poder do mal.
• Segue-se com a Oração e Abraço da Paz, que leva o fiel a perceber que todas as orações são dirigidas ao Pai, mas
esta se dirige a Jesus Cristo. Compreende-se que a paz pedida é aquela procedente do Cristo ressuscitado, a nossa
verdadeira paz.
• Em seguida, segue-se Fração Do Pão E Cordeiro De Deus: é o momento no qual o presidente da celebração toma
nas mãos o pão consagrado e parte-o em pequenos pedaços, dando-nos o sentido de que, embora muitos,
formamos um só Corpo. Após a fração há o gesto commixtio, que consiste em colocar um pedaço do pão
consagrado no cálice com o vinho consagrado. Esse rito expressa que o pão e o vinho formam uma unidade – o
Corpo de Cristo. Enquanto se realiza esse rito é entoado o canto do Cordeiro de Deus.
A MISSA EM SUAS PARTES
(LITURGIA EUCARÍSTICA)
• O Rito da Comunhão conclui-se com a Comunhão Eucarística. Na comunhão assumimos Deus em nossa vida,
assim como o seu projeto de Igreja-comunidade. Comendo e bebendo o corpo e sangue do Senhor nos tornamos
“hóstias vivas” na construção de um mundo mais humano, solidário e fraterno.
• Após o Rito da Comunhão, inicia-se os ritos finais, com a Oração Pós-Comunhão, que é uma oração de ação de
graças pela comunhão recebida.
• Por fim, segue-se a Benção Final, da qual o Sacerdote, em nome de Deus, abençoa o povo, concluindo a Santa
Celebração e enviando o povo a proclamar aquilo que foi vivido na Celebração.
A MISSA EM SUAS PARTES
(LITURGIA EUCARÍSTICA)

• Em suma: na Mesa da Eucaristia, o próprio Deus se dá em Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Santo Tomás de Aquino
nos ensina: “A PALAVRA DO DEUS VIVO TRANSFORMOU O VINHO E PÃO NO SEU SANGUE E NO SEU
CORPO PARA A NOSSA SALVAÇÃO. O MILAGRE NÓS NÃO VEMOS, BASTA A FÉ NO CORAÇÃO”
EM SUMA, NA SANTA MISSA, VIVEMOS E VEMOS
AQUILO QUE O PRÓPRIO CRISTO FEZ NA ÚLTIMA
CEIA, POIS O PRÓPRIO SENHOR JESUS PEDIU QUE
A PERPETUÁSSEMOS, “FAZENDO ISSO EM MINHA
MEMÓRIA”, PARA QUE, NO FIM, POSSAMOS
CONTEMPLAR O BANQUETE ETERNO, COMO
RELATA A ESCRITURA: “AQUELE QUE ATESTA ESTAS
COISAS DIZ: "SIM, VENHO MUITO EM BREVE!" AMÉM!
VEM, SENHOR JESUS!” (AP 21,20)
POSIÇÕES E GESTOS NAS CELEBRAÇÕES
“Talvez vos possa parecer que a Liturgia está feita de coisas pequenas: atitudes do corpo,
genuflexões, inclinações de cabeça, movimentos do incensário, do missal, das galhetas. É então
que se devem recordar aquelas palavras de Cristo no Evangelho: Quem é fiel no pouco sê-lo-á no
muito (Lc 16, 16). Por outro lado, nada é pequeno na Santa Liturgia, quando se pensa na grandeza
d’Aquele a quem se dirige.” (Papa Paulo VI, alocução do dia Alocução 30 de Maio de 1967.)
INTRODUÇÃO

• O Missal Romano, de uma forma bastante sucinta e direta, diz-nos que todos os gestos e posturas
devem ser realizados com a simplicidade e nobreza que são característicos do Rito Romano e
que eles sejam capazes de, ao serem realizados com a simplicidade e nobreza que são
características do Rito Romano e que eles sejam capazes de, ao serem realizados, ajudar o
entendimento daquilo que se celebra e, ao mesmo tempo, que melhor possamos celebrá-lo.
• Normalmente, os gestos e posturas são realizados por todos (seja por toda a Assembleia ou por
todos os que estão no Presbitério – como é o caso de estar de mãos-postas) e isso, igualmente,
indica a profunda unidade que toda a Assembleia reunida como Corpo Místico de Cristo deve
possuir em seu seio.
INTRODUÇÃO

• As orientações a seguir contêm, de modo indiscriminado, gestos


a) prescritos pelos livros litúrgicos,
b) recomendados pela tradição,
c) apenas sugeridos pelo simbolismo que carregam.
• Não se trata, portanto, de um “manual” a ser seguido estritamente e em todas as suas particularidades,
mas, sim, de um auxílio à piedade dos fiéis, para que participem melhor e mais frutuosamente do
santo sacrifício da Missa. Os gestos obrigatórios tanto por parte dos ministros, quanto por parte dos
fiéis, são encontrados na INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO, dos números 42 ao 44.
INTRODUÇÃO

• Na IGMR, “A Igreja sempre entendeu que esta ordem lhe dizia respeito e, por isso, foi estabelecendo normas para
a celebração da santíssima Eucaristia, no que se refere às disposições da alma, aos lugares, aos ritos, aos textos.”
(IGMR n. 1).
• “Deste modo, a norma da oração (lex orandi) da Igreja está em consonância perfeita com a perene norma de fé (lex
credendi). Esta ensina-nos que, exceto o modo de oferecer, que é diverso, existe perfeita identidade entre o
sacrifício da cruz e a sua renovação sacramental na Missa por Cristo Senhor instituída na última Ceia, ao mandar
aos Apóstolos que a celebrassem em memória d’Ele. Consequentemente, a Missa é ao mesmo tempo sacrifício de
louvor, de ação de graças, de propiciação e de satisfação.” (IGMR n. 2)
GESTOS E POSIÇÕES

• A Instrução Geral do Missal Romano, no n. 42, vem afirmar que “Os gestos e atitudes corporais, tanto do
sacerdote, do diácono e dos ministros, como do povo, visam conseguir que toda a celebração brilhe pela
beleza e nobre simplicidade, que se compreenda a significação verdadeira e plena das suas diversas partes e
que se facilite a participação de todos. Para isso deve atender-se ao que está definido pelas leis litúrgicas e
pela tradição do Rito Romano, e ao que concorre para o bem comum espiritual do povo de Deus, mais do
que à inclinação e arbítrio de cada um.”
• “A atitude comum do corpo, que todos os participantes na celebração devem observar, é sinal de unidade dos
membros da comunidade cristã reunidos para a sagrada Liturgia: exprime e favorece os sentimentos e a atitude
interior dos presentes”
GESTOS E POSIÇÕES

• Dos gestos nas celebrações, a Instrução aponta:


Os fiéis estão de pé: desde o início do cântico de entrada, ou enquanto o sacerdote se encaminha para o altar, até à
oração coleta, inclusive; durante o cântico do Aleluia que precede o Evangelho; durante a proclamação do
Evangelho; durante a profissão de fé e a oração universal; e desde o invitatório “Orai, irmãos”, antes da oração sobre
as oblatas, até ao fim da Missa, exceto nos momentos adiante indicados. (IGMR n. 43)
GESTOS E POSIÇÕES

• Dos gestos nas celebrações, a Instrução aponta:


Os fiéis estão sentados: durante as leituras que precedem o Evangelho e durante o salmo responsorial; durante a
homilia e durante a preparação dos dons ao ofertório; e durante o silêncio sagrado depois da Comunhão. (IGMR n.
43)
GESTOS E POSIÇÕES

• Dos gestos nas celebrações, a Instrução aponta:


Os fiéis estão ajoelhados: durante a consagração, exceto se razões de saúde, a estreiteza do lugar, o grande número
dos presentes ou outros motivos razoáveis a isso obstarem. Aqueles, porém, que não estão de joelhos durante a
consagração, fazem uma inclinação profunda enquanto o sacerdote genuflecte após a consagração. (IGMR n. 43)
GESTOS E POSIÇÕES

• A Instrução também aponta que: “Entre os gestos contam-se também: as ações e as procissões do sacerdote ao
dirigir-se para o altar com o diácono e os ministros; do diácono, antes da proclamação do Evangelho, ao levar o
Evangeliário ou Livro dos Evangelhos para o ambão; dos fiéis ao levarem os dons e ao aproximarem-se para a
Comunhão. Convém que estas ações e procissões se realizem com decoro, enquanto se executam os cânticos
respectivos, segundo as normas estabelecidas para cada caso.” (IGMR n. 44)
• “Também se deve guardar, nos momentos próprios, o silêncio sagrado, como parte da celebração. A natureza deste
silêncio depende do momento em que ele é observado no decurso da celebração. Assim, no ato penitencial e a
seguir ao convite à oração, o silêncio destina-se ao recolhimento interior; a seguir às leituras ou à homilia, é para
uma breve meditação sobre o que se ouviu; depois da Comunhão, favorece a oração interior de louvor e ação de
graças. Antes da própria celebração é louvável observar o silêncio na igreja, na sacristia e nos lugares que lhes
ficam mais próximos, para que todos se preparem para celebrar devota e dignamente os ritos sagrados.” (IGMR n.
45)
GESTOS E POSIÇÕES
• Quanto as chamadas “vênias”:
1- Faça-se as vênias SIMPLES quando se pronuncia a Trindade Santíssima, nas conclusões das orações eucológicas;
na pronúncia do Santíssimo Nome de Jesus Cristo e da Virgem Maria, do Santo Padroeiro daquele dia/local;
2- Faça-se as vênias SIMPLES, também, durante a passagem do Presidente da Celebração durante as celebrações;
3- Faça-se as vênias CORPORAIS/PROFUNDAS quando se passa diante do altar; na oração do Símbolo dos
Apóstolos, no trecho “E, por nós, homens, e para a nossa salvação, desceu dos céus: e encarnou pelo Espírito Santo,
no seio da Virgem Maria, e se fez homem” ou “E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor que foi concebido
pelo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria”;
GESTOS E POSIÇÕES
• Quanto as chamadas Genuflexões:
1- Faça-se as genuflexões SIMPLES ao passar pelo altar após a Epiclese Sacramental até a purificação; diante do
Tabernáculo Eucarístico fora do momento da Santa Missa; sobre a relíquia do Sagrado Lenho; O Missal Romano nos
instrui ainda a genuflectir à santa Cruz “desde a solene adoração na ação litúrgica da Sexta-Feira da Paixão do
Senhor, até ao início da Vigília Pascal” (MR n. 174)
2- Faça-se as genuflexões DUPLAS quando o Santíssimo Sacramento está exposto no ostensório;

Vale lembrar que, àqueles que se encontram impossibilitados de fazer a genuflexão, faça-se a vênia CORPORAL
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

1. Depois da leitura, que precede imediatamente o Evangelho, canta-se o Aleluia ou outro cântico, indicado pelas
rubricas, conforme o tempo litúrgico. Deste modo a aclamação constitui um rito ou um ato com valor por si
próprio, pelo qual a assembleia dos fiéis acolhe e saúda o Senhor, que lhe vai falar no Evangelho, e professa a sua
fé por meio do canto. É cantada por todos de PÉ. (IGMR n. 62);
2. Não se diz se, na oração do Pai Nosso, é para o povo fiel estar ou não de braços estendidos, ao contrário do
Ministro Celebrante. Porém, de acordo com a própria Instrução, é importante observar o costume local.
3. A Santa Missa termina com a saída do Presidente da Celebração. Por isso é necessário que se aguarde a saída do
mesmo, afinal, a saudação de despedida é IDE EM PAZ E QUE O SENHOR VOS ACOMPANHE, e não O
SENHOR VOS ALCANCE!
DÚVIDAS?

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