Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
●
Resposta: Pelo poder outorgado a Pedro puderam ser sancionadas formas
legítimas de celebrar a Eucaristia de formas diversas, tudo isso, sem retirar o que
há de principal, como foi dito acima. O que ligares sobre a terra, será ligado no
céu; o que desligares sobre a terra, será desligado também no céu. (Mt 16,19)
●
A liturgia, portanto, é de origem divina, parte direta e parte indireta; deve ser
tratada com muito respeito.
O objeto da Liturgia
Objeto Primário: Deus
●
●
- ‘’O louvor à Santíssima Trindade, ora a Deus Pai, ora a Deus Filho,
ora ao Espírito Santo é que se presta o culto explicitamente. Pela
doxologia: ‘Glória ao Pai, e ao Filho e ao Espírito Santo’, é glorificada
muitas vezes durante o dia a Santíssima Trindade. Nas orações da
Missa, a petição na maioria das vezes se dirige a Deus Pai: Deus todo
poderoso… A Deus Filho são consagradas as festas mais solenes do
ano eclesiástico: Natal, Páscoa, Corpo de Cristo e etc… O Espírito
Santo é invocado frequentemente, por exemplo, na oração Eucarística:
Mandai Vosso Espírito Santo… É este o culto de adoração (latria).
O objeto da Liturgia
●
Objeto Secundário: a) o culto dos Santos,
especialmente, a Virgem Maria.
●
b) o culto dos objetos: aqueles que tem relação com
Cristo e sua obra de Redenção, as relíquias da Cruz, o
próprio crucifixo; as relíquias e imagens dos santos.
●
c) o culto de pessoas ainda vivas e de coisas sagradas:
respeito ao sacerdote, aos vasos sagrados, à própria
assembleia em si.
Os sujeitos da Liturgia
●
Jesus Cristo é o primeiro sujeito da Liturgia: sua morte na Cruz foi
o sacrifício perfeito a Deus, ele foi sacerdote e vítima. É ele que
realiza todas as ações litúrgicas.
●
O sacerdote é o secundo sujeito da Liturgia: através do sacramento
da Ordem que recebeu, tem o poder de agir na ‘’pessoa de Cristo’’. A
santidade pessoal do sacerdote não influi em nada na operação dos
sacramentos.
●
O fiel é o terceiro sujeito da Liturgia: pelo batismo cada fiel é
incorporado no sacerdócio de Cristo, não em um caráter sacramental,
como o da Ordem, mas como ofertas vivas diante do altar de Deus.
As excelências da Liturgia
●
1. É a magnífica glorificação de Deus: tudo proclama a glória do Senhor,
como diz o salmista: ‘’os céus proclamam a glória do Senhor e o firmamento
a obra de suas mãos’’(Salmo 18 (19)). A Igreja imita os Santos no céu, dá
glória ao Altíssimo e chama ao serviço Dele toda criatura.
●
2. É fonte da Fé Católica: Nela está contida a tradição católica. Nela está
aplicada a lex orandi, lex credendi. As palavras que estão contidas na
Celebração, não só da Missa, mas dos sacramentos em geral, contém
fórmulas, orações e hinos que deduzem a Fé Católica.
●
3. É meio de santificação: nela se exprime a fonte inexaurível das graça
santificante e atual. A liturgia é escola de todas as virtudes pela leitura
contínua da Escritura, da vida dos Santos, da memória da vida, paixão,
morte e ressurreição do Senhor; tudo isso contido nos tempos e dias
litúrgicos.
As partes da Santa Missa
●
Liturgia da Palavra: As ●Liturgia Eucarística: A
leituras, a homilia e a apresentação do pão e do
oração universal. vinho, a ação de graças
consecratória e a comunhão.
Ambas as liturgias constituem
um só e mesmo culto, com
efeito, a Eucaristia contém a
mesa da Palavra de Deus e a
do Corpo do Senhor
O Ano/Tempo Litúrgico
●
Para início de conversa, não podemos compreender o
tempo como apenas uma sucessão de eventos. Como
assim?
●
"Deus criou tudo começando pelo tempo". A criação do
tempo demonstra uma passagem das trevas à luz, do nada
para 'ALGO'. Isto é, o tempo.
●
Para melhor compreender o ano litúrgico, podemos usar a
Luz como ponto central. Por isso a Páscoa, a Ressurreição
de Nosso Senhor Jesus Cristo, expressa a centralidade do
ano litúrgico.
O Ano/Tempo Litúrgico
●
Todavia, os povos antigos viam o tempo como uma corrupção,
nesse caso seria o tempo Chronos. A sucessão de eventos nessa
'cronologia' era a 'decadência' do homem.
●
Mas nem por isso deixamos de ver a ação de Deus, como quando
ele chama Noé, Abraão, Moisés, os Profetas e outros justos,
homens e mulheres, no Antigo Testamento.
●
É com Cristo, com os EVENTOS de sua Encarnação e
Ressurreição que o Chronos é inundado pela graça. Esse tempo
inundado pela graça é chamado de Kairós, é o tempo de merecer,
de expandir as fronteiras do Reino dos Céus, o tempo da graça,
tempo da Igreja.
O Ano/Tempo Litúrgico
●
A Ressurreição é o marco memorável, pois é
histórico, único, irrepetível e atual. Permanece
na História como o ato Salvador e redentor
singular de toda humanidade.
●
Por isso a Páscoa ocupa o lugar central no Ano
litúrgico. São nas celebrações contidas nesse
tempo que atingimos o ápice de nossa Fé.
DIANTE DISSO...
O ciclo do Advento e Natal
●
Marca o início do tempo litúrgico com o Advento sendo a preparação
para o Natal.
●
É o tempo caracterizado pela espera de Nosso Senhor Jesus Cristo e do
povo que clama: VEM SENHOR JESUS! Concretizando-se com o
''Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade'',
cantado pelos anjos e pastores.
O Advento possui um caráter mais escatológico marcando a segunda
●
vinda de Cristo, como ele mesmo disse: "Acontecerá como nos dias de
Ló: comiam e bebiam, compravam e vendiam, plantavam e construíam.
Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma, Deus fez chover fogo e enxofre do
céu e fez morrer todos. O mesmo acontecerá no dia em que o Filho do
Homem for revelado".
O ciclo do Advento e Natal
●
Já o Natal celebra o Cristo no meio de nós. Ele se encarnou, assumiu a
carne, nasceu de uma mulher, para viver no meio de nós.
●
Esse tempo litúrgico tem dois caracteres: 1. A encarnação do Verbo:
com a celebração de seu nascimento vemos o Cristo pobre, escondido,
mas que está no meio de nós; apenas os homens de ''boa vontade'', ou
seja, de Fé que podem contemplá-lo e glorificá-lo; aqui podemos
destacar a vida do homem junto de Deus. 2. A manifestação ou epifania:
É a manifestação do Senhor aos magos, que nos convida a corresponder
o chamado de Deus, manifestado pela estrela, que nos guia pelo
caminho oposto de Herodes.
O ciclo da Quaresma e Páscoa
●
Este ciclo é o principal de todo o ano litúrgico. Primeiro nos ocupamos
com a nossa conversão com o convite do Senhor feito na quarta de
Cinzas: ''rasgai o vosso coração e não as vestes''. O coração rasgado é o
coração que pode realmente contemplar o Cristo ressuscitado.
●
Neste ciclo a Igreja reserva as principais celebrações da liturgia,
começando na quarta-feira de cinzas e terminando em Pentecostes. Este
ciclo, assim como todo ano litúrgico, tem seu ápice na Semana Santa
que começa no domingo de Ramos e encerra na "Vigília das Vigílias", a
Vigília Pascal.
●
O tempo quaresmal é marcado pela penitência, pelo silêncio e pela
preparação dos catecúmenos que receberão os primeiros sacramentos no
dia da Vigília Pascal.
O ciclo da Quaresma e Páscoa
●
A penitência quaresmal é marcada pelo convite da Igreja do Jejum, esmola e
oração. Estes três gestos são a imitação perfeita das lições que tiramos das
tentações de Jesus no deserto Mateus 4,1-11. Vale dizer que a Quaresma
começa na quarta de cinzas e termina antes da Missa da Ceia do Senhor e os
domingos não contam como ''dias quaresmais''.
●
A Semana Santa é a grande semana. Depois de ficarmos com Nosso Senhor
no deserto, entramos com ele em Jerusalém; dessa forma, o domingo de
Ramos marca o início da Santa Semana.
●
A coroação desta semana é chamada de Tríduo Pascal, que se inicia na
Missa da Ceia e terminando na Vigília Pascal. A Semana Santa se
destaca pelo silêncio, pela meditação da Paixão de Cristo(Domingo de
Ramos), pela Instuição da Eucaristia(Ceia do Senhor), a morte de Cristo
(Sexta-feira Santa) e a Ressurreição(Sábado de Aleluia).
O ciclo da Quaresma e Páscoa
●
Chegando o Tempo Pascal somos tomados pela alegria do grande
Aleluia anunciado já na Vigília Pascal, de fato, Cristo Ressucitou. E
nós com ele!
●
A Páscoa inicia com a oitava, oito dias que prolongam a alegria da
ressurreição, começa no domingo de Páscoa e termina na Véspera do
''Domingo da Misericórdia". Este tempo é marcado de grande alegria,
sempre cantando o Aleluia na recordação da ressurreição de Cristo, que
é nosso motivo de salvação e júbilo.
●
Dessa forma, a Igreja celebra os cinquenta dias da manifestação do
Ressuscitado que prepara sua Igreja nascente para receber o Espírito no
dia de Pentecostes.
O ciclo do Tempo Comum
●
Aqui a Igreja celebra a plenitude do Mistério de Cristo, sempre dando
destaque aos domingos. Este tempo não é menos importante porquê
recebe o nome de Comum, mas é "Comum" pois somos convidados a
viver no cotidiano a Salvação que nos foi dada por Cristo, Nosso
Senhor.
●
Este tempo ainda se destaca pela constante celebração da memória
dos santos e também de algumas celebrações importantes,
como Corpus Christi, por exemplo.
●
Além do mais contemplamos as maravilhas de Cristo em seu
ministério público e somos convidados a corresponder todas as suas
ações, especialmente aquelas orientações do Sermão da
Montanha Mateus 5.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
●
Catecismo da Igreja Católica – 1359. A Eucaristia,
sacramento da nossa salvação realizada por Cristo na cruz, é
também um sacrifício de louvor em acção de graças pela obra
da criação. No sacrifício eucarístico, toda a criação, amada
por Deus, é apresentada ao Pai, através da morte e
ressurreição de Cristo. Por Cristo, a Igreja pode oferecer o
sacrifício de louvor em acção de graças por tudo o que Deus
fez de bom, belo e justo, na criação e na humanidade.
PERGUNTAS?
REFERÊNCIAS