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SÁBADO SANTO

SÁBADO SANTO
• O sábado santo, pelo menos desde o século II,
sempre foi dia de rigoroso jejum e sem
celebração eucarística. As pessoas não se
reuniam nem em assembleia, para renunciarem à
alegria do convívio fraterno.
• A comunhão só pode ser dada como viático. Não
se conceda a celebração de matrimônio nem a
administração de outros sacramentos, exceto os
da Penitência e da Unção dos Enfermos.
SÁBADO SANTO
• A Igreja nesse dia se reúne somente para a
celebração da liturgia das horas. Com a oração
é celebrado o repouso de Cristo no sepulcro,
depois do vitorioso e glorioso combate da
cruz; deve ser meditado o mistério salvífico da
descida de Cristo ao mundo da morte, onde
em “espírito foi anunciar a salvação também
aos espíritos que esperavam na prisão” (1Pd
3,19).
SÁBADO SANTO
• Espera-se que se realize a palavra do Senhor: “O
Filho do homem... Deve... Ser levado à morte e
ressurgir ao terceiro dia” (Lc 9,22). Por isso, esse
dia é caracterizado pela penitência, expressão
da fé e da esperança.
• Nesse dia podem ser expostas na Igreja para
veneração dos fiéis, a imagem de Cristo
crucificado ou deposto no sepulcro, ou uma
imagem de sua descida aos infernos, que ilustra
o mistério do Sábado Santo, bem como a
imagem de nossa senhora das Dores.
Esta pintura é de um artista dinamarquês, JoaKim Skovgaard, (*1856 +1933) em Copenhague.
A data desta pintura (1891-1894) e retrata Cristo no reino dos mortos.
SÁBADO SANTO
• Assim como Jesus foi solidário com os vivos,
filhos de Adão, foi também solidário com os
mortos no sepulcro. A finalidade a descida a
mansão dos mortos é a solidariedade última de
Cristo com o homem que deve ser salvo.
• O estar do Redentor com os mortos é a última
consequência da missão redentora recebida do
Pai. É, portanto, um estar na obediência
extrema; e, como trata-se da obediência de
Cristo morto, é a única obediência de cadáver
teologicamente existente (Von Baltazar).
Liturgia do Sábado Santo
• Celebração da Liturgia das horas: Ofício das Leituras,
Laudes, Horas Média e Vésperas.
• Onde há batismos de adultos serão observados as
indicações do RICA, que recomendam fazer com que
o tempo de purificação e da iluminação coincidam
com o tempo da Quaresma e a mistagogia com o
tempo da páscoa, a fim de que toda iniciação revele
claramente o seu caráter pascal. Por isso a
quaresma deve ser endereçada para uma mais
intensa preparação dos eleitos e a Vigília pascal
deve ser considerada como o tempo mais
conveniente para o conferimento dos sacramentos
da iniciação cristão.
Vigília Pascal
A Vigília Pascal é a mãe de todas as
vigílias, cume do ano litúrgico. É
caracterizada pelo sentido batismal.
A celebração desenrola-se
inteiramente na alegria da páscoa e
com ritmo progressivamente
ascensional que desemboca na
liturgia eucarística.
O simbolismo fundamental desta
celebração da vigília pascal consiste
em ser ela uma “noite iluminada”
uma “noite vencida pelo dia”,
demonstrando que a vida da graça
brotou da morte de Cristo. Passagem
das trevas para a luz, da noite para o
dia. Expressão do mistério da páscoa
de Cristo entre nós.
Vigília Pascal
Benção do fogo Acendimento do círio pascal
Com a luz apagada começa-se a bênção do fogo
fora da igreja ou em lugar bem visível a todos;
acende-se o Círio Pascal cuja luz vai dissipando as
trevas e iluminando os presentes principalmente
quando , no meio da igreja, todos acendem as
velas no Círio. Aqueles adultos que serão
batizados, crismados e que receberão a Eucaristia
são destaques junto ao Círio.
Eis a luz de Cristo! Demos graças a Deus.
Chegando ao altar, o diácono ou na sua
ausência o presidente entoa pela terceira vez
eis a luz de cristo e as luzes da igreja são
acesas. As trevas desapareceram a Luz invadiu
a nossa história. Não somos das trevas mas da
Luz.
O Círio é colocado ao lado altar ou do ambão, onde
permanecerá até Pentecostes sendo aceso, pelo menos,
nas missas dominicais durante o tempo pascal; incensa-se
o Círio e eleva-se o grande louvor à luz do canto do Exultet.
Liturgia da Palavra
Começa a liturgia da Palavra. Propõem-se
nove leituras: sete do Antigo Testamento e
duas do Novo testamento. Havendo razões
muito particulares o número pode ser
reduzido, nunca se omitindo a leitura do
Êxodo 14,15-15,1-6.17-18.
Na oração do Glória acendem-se
as velas e as luzes do altar.
Terminado o Glória e a oração,
continuação das leituras do Novo
Testamento. Antes do Evangelho
o que preside entoa o solene
Aleluia repetido pela assembleia.
Liturgia batismal
Depois da homilia começa a liturgia
sacramental abrangendo os três
sacramentos da Iniciação Cristã. Batismo,
Crisma e Eucaristia. Não havendo Batismo
e Crisma faz-se somente a solene bênção
da água e asperge o povo. Em seguida
começa a apresentação do pão e do vinho.
Liturgia Eucarística
A Eucaristia é o ponto alto da
celebração. É a nova Páscoa de
Cristo participada pela igreja. A
vida que nasce no batismo é
animada pelo Espírito Santo e
alimenta-se na mesa do Cordeiro
Pascal. Inaugura-se um novo céu e
uma nova terra.
Conclusão
O tríduo Pascal da paixão do Senhor, começa na
quinta-feira santa à noite com a missa da Ceia do
Senhor até a tarde do domingo de Páscoa da
ressurreição com as vésperas. É o ápice do ano
litúrgico porque celebra a Morte e Ressurreição
do Senhor, “quando Cristo realizou a obra da
redenção humana e da perfeita glorificação de
Deus pelo seu mistério pascal, quando morrendo
destruiu a morte e ressuscitando renovou a vida.
(Guia Litúrgico-Pastoral pp. 19-20)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Preparação e celebração das Festas Pascais. Brasilia: CNBB, 2018.
07- ____. Instrução Geral do Missal Romano e Introdução ao
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