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ogo, cruz, cordeiro, alfa e ômega, ano, cravos... Um dos mais belos e antigos símbolos da
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nossa fé na Ressurreição é cheio de detalhes significativos.
.O Fogo
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A única luz acesa ao início da procissão de entrada da Vigília Pascal é a do Círio. A partir
da chama do Círio é que vão sendo acesas as velas trazidas pelos fiéis. O simbolismo
deste ritual nos recorda que todos recebemos e compartilhamos a Fé no Cristo
Ressuscitado, o que nos torna propagadores da Luz de Cristo, um fogo que arde nos
corações para aquecê-los e iluminá-los.
.A Cruz
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A Cruz não é apenas um dos símbolos do círio pascal: ela é o grande símbolo do
Cristianismo, por representar a Paixão e Morte de Cristo como sacrifício supremo pela
nossa redenção, constituindo-se assim no caminho de todo cristão, a exemplo de Cristo,
para chegar à ressurreição e ao triunfo da vida eterna sobre o pecado e a morte.
.O Cordeiro
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A imagem de um cordeiro representa Cristo, o “Cordeirode Deus”, sacrificado para tirar o
pecado do mundo.
.Os Cravos
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Cinco grãos de incenso (cravos), geralmente vermelhos, são cravados no Círio para
representar as Cinco Chagas de Jesus: três pregos perfuraram as Suas mãos e pés, a
lança transpassou o seu lado direito e os espinhos foram impostos à sua cabeça em
formato de coroa para zombar da sua condição de rei dos judeus. Os cravos significam
‘C
risto vencedor da morte’.
Tríduo Pascal da Morte e Ressurreição do Senhor é o ponto mais alto da Liturgia. Ele é
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como um sol que irradia a santidade de Deus, envolvendo todos nós na mesma santidade
divina. Derrama para todo o Ano Litúrgico as graças do Mistério Pascal de Cristo. Começa
na Quinta-feira Santa, na missa da noite, tem o seu centro vital na Vigília Pascal do Sábado
Santo e termina na última missa do Domingo da Páscoa. Não é tríduo preparatório para o
Domingo da Páscoa, mas tríduo celebrativo do Mistério Pascal, em três momentos.
Vejamos:
Quinta-feira Santa
esse dia se comemora: a) – A instituição da Eucaristia, como sinal profético do evento da
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Cruz - b) – A instituição do sacerdócio ordenado e c) – O mandamento novo do amor,
simbolizado no rito do Lava-pés. A antífona de entrada vai dizer: “A cruz de nosso Senhor
Jesus Cristo deve ser a nossa glória: nele está nossa vida e ressurreição; foi ele que nos
salvou e libertou” (cf. Gl 6,14). A antífona portanto nos inicia na compreensão da dupla
característica de todo o Tríduo Pascal: a cruz e a glória, ou morte e ressurreição. Aqui já é
possível afirmar que não se pode compreender uma cristologia da glória sem a relação
teológica com a cristologia da cruz, e vice-versa. A nossa fé une-se na verdade uma à
outra, tornando-as inseparáveis.
a Liturgia da Quinta-Feira Santa, canta-se o Glória, mas não se canta o Aleluia, omitidos
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durante toda a Quaresma. Em lugar do Aleluia, canta-se “o novo mandamento”, de Jo
13,34. Após o Glória, o Missal prevê o silêncio do Órgão até o Glória do Sábado Santo.
Também não se recita o “Creio”, voltando este na Liturgia Batismal da Vigília Pascal, como
“reserva litúrgica”, assim como o Aleluia. Depois da homilia, realiza-se o rito do Lava-pés, e
em lugar dos ritos finais faz-se a transladação do Santíssimo para uma capela. Desnuda-se
também o altar, pois a Igreja já se encontra no clima da Paixão e do despojamento.
UCARISTIA: Sua celebração está unida ao sacrifício da Cruz e nos torna unidos a ele com
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toda a sua força salvífica. Em cada Eucaristia que celebramos, Cristo continua a lavar-nos
os pés, convidando-nos a fazer o que ele fez. No Cenáculo, ele quis que, pelo sacerdócio
ordenado, pudéssemos celebrar com ele até o fim dos tempos o mistério da Cruz, isto é, a
sua eterna oferenda ao Pai pela salvação de todos. Então Sacerdócio, Eucaristia e
Lava-pés formam o tripé de toda a vida cristã. O Lava-pés pode ser considerado como o
ícone do amor da Igreja.
Sexta-feira da Paixão
esse dia não se celebra a Eucaristia, mas uma Solene Ação Litúrgica, em três momentos:
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Liturgia da Palavra - Adoração da Cruz e Comunhão. Caracteriza-se a Liturgia da
Sexta-Feira da Paixão pelo despojamento, a exemplo de Cristo. É a liturgia do silêncio. Não
há canto de entrada, mas procissão silenciosa e prostração do sacerdote. Ministros e
assembleia são convidados também a ajoelhar-se. O sacerdote não saúda o altar nem o
ovo, tanto no início como no fim, como também não diz o “Oremos”, próprio das orações
p
presidenciais.
A Liturgia da Palavra fala do Servo Padecente (Is 52,13-53,12); do sacerdócio único de
Cristo (Hb 4,14-16; 5,7-9); e a narrativa da paixão é do evangelho de João, onde Cristo se
revela soberano, entregando a sua vida ao Pai por todos nós, e o fazendo livremente. Como
no domingo de Ramos, na leitura da Paixão não se usa incenso nem velas. Omitem-se a
saudação ao povo e o sinal da cruz sobre o livro.
No fim, diz-se “Palavra da salvação”, mas não se beija o livro. Saibamos no entanto que,
mesmo em clima de viva paixão, nesta Liturgia a cruz não é de “dolorismo”, mas cruz
triunfante, madeiro sagrado, tanto é verdade que é adorada pelos fiéis.
A cruz é o instrumento de nossa salvação, ao contrário da árvore do Gênesis, que foi o
madeiro de nossa perdição. Por isso, na celebração não são cantados somente os
impropérios (Lamentos do Senhor), mas também cantos de exaltação da cruz.
No terceiro momento, a comunhão eucarística nos leva à memória (anamnese) da
celebração do dia anterior, com hóstias pré-consagradas. Uma orientação: nos dias do
Tríduo Pascal os fiéis só podem comungar nas celebrações. Aos doentes, é permitido levar
a Comunhão na Quinta-Feira e na Sexta-Feira, exceto no Sábado Santo, a não ser como
viático.
o lado de fora da igreja, com todas as luzes apagadas, se acende uma bela fogueira.
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Neste momento nosso sentimento deve ser de alegria, concentração e oração.
Sacerdote e alguns ministros se aproximam com a grande vela e acontece o ritual da
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bênção do fogo, que depois da bênção passa a se chamar "Fogo Novo", e vai começar a
colocar os cravos no Círio Pascal.
om o nosso minicírio e um dos cravos à mão, vamos esperar o Padre dizer e fazer os
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ritos, e, então, o seguiremos, fazendo igual. Ele vai dizer:
" Cristo Ontem e Hoje" (faz um furo na parte superior e inferior da Cruz, sem enfiar o cravo)
"Princípio e Fim" (faz um furo esquerda e direita da Cruz, sem enfiar o cravo)
"Alfa e Ômega" (faz um furo no A e Ω, sem enfiar o cravo)
"A Ele o Tempo" (faz um furo no primeiro número doano atual)
"E a Eternidade" (faz um furo no segundo número)
"A Glória e Poder" (faz um furo no terceiro número)
"Pelos séculos sem fim, amém" (faz um furo no quarto número)
ntão, depois de fazermos os furinhos vamos colocar os cravos, junto com o Padre.Ele vai
E
dizer:
Círio será aceso. Enquanto o Círio é aceso o Padre vai dizer em voz alta: "A luz do Cristo
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que ressuscita resplandecente, dissipe as trevas de nosso coração e de nossa mente".
omeça aprocissãopara dentro da igreja. Na porta da igreja o Padre vai levantar o Círio e
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cantar (ou falar): "Eis a Luz de Cristo", e nós respondemos: "Dêmos graças a Deus!". O
Padre e os ministros começam a acender as velas das pessoas, enquanto a procissão
continua. No meio da igreja o Padre diz (ou canta) novamente: "Eis a Luz de Cristo", e nós
respondemos: "Dêmos graças a Deus!". E as velas das pessoas continuam sendo acesas.
Perto do altar, de frente para a assembleia, o Padre diz pela última vez: "Eis a Luz de
Cristo".
esta hora, as luzes da igreja podem ser acesas (ou não), para aProclamação da
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Páscoa, oExsultet, que é um hino lindo e rico que celebra a noite verdadeiramente santa
com palavras como as que se seguem:
Esta é a noite
do qual está escrito:
A noite será tão brilhante quanto o dia,
Deslumbrante é a noite para mim, e cheia de alegria.
O poder santificador dessa noite
afasta a iniquidade, lava as falhas,
restaura a inocência dos caídos e a alegria dos que estão de luto,
elimina o ódio, promove a concórdia e derruba os poderosos.
Nesta sua noite de graça, ó Santo Pai,
aceite esta vela, uma oferta solene,
o trabalho das abelhas e das mãos de seus servos,
um sacrifício noturno de louvor,
esse presente de sua santíssima Igreja.
E, então, começa a terceira parte:
erão várias leituras doVelho Testamento e 7 Salmos,que trazem toda a História da
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Salvação.A primeira leitura é do livro doGênesis 1:2-2, quefala daCriação. Depois,
respondendo a essa leitura, se lê o Salmo 103/104, que diz "Enviaio Vosso Espírito,
Senhor, e da Terra Toda Face Renovai!”. A segunda leitura também é do livro doGênesis
22:1-18(D eus põe Abraão à prova), que tem como resposta o Salmo 15/16 que diz
"Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!”A terceira leitura é do livro doÊxodo
14:15-15:1, sobre aTravessia do mar Vermelho(o triunfo de Moisés sobre os egípcios), que
é sucedida do Salmo responsorial com Êxodo 15, que diz “Cantemos ao Senhor; ele se
cobriu de glória”.Faz-se uma oração, e vem a quarta leitura, entrando nos livros Proféticos,
do profetaIsaías 54:5-14(A
Nova Sião) e que tem como resposta o Salmo 30, que diz“Eu
Vos Exalto, Ó Senhor, Porque Vós Me Livrastes!”.A quinta leitura também é do profeta
Isaías 55:1-11(u m convite à Graça), e sua resposta também é um Salmo do trecho de
Isaías, que diz“Com alegria bebereis do manancial da Salvação”.Eseguimos com a sexta
leitura, que é um trecho do livro do ProfetaBaruc 3:9-15, 32C4:4(e
m louvor à Sabedoria),
que tem como resposta o Salmo 18, que diz“Senhor, tens palavras de vida eterna”.A
sétima leitura é do ProfetaEzequiel 36:16-17a, 18-28(a
renovação de Israel), que tem
como resposta o Salmo 42, que diz“A minh’alma temsede de Deus”.
pós a sétima e última leitura do Antigo Testamento, o Sacerdote conduz o “Gloria in
A
excelsis”, geralmente acompanhado pelo toque dos sinos. O “Glória” não é cantado durante
a Quaresma, mas retorna na Quinta-feira Santa e novamente na Vigília Pascal.
ntramos, então, noNovo Testamento, que começa com um trecho da Carta de São Paulo
E
aosRomanos 6:3-11, que diz quese já morremos com Cristo, cremos que também
viveremos com Ele. E tem como resposta o Salmo 117/118 que é oAleluia! trêsvezes. Em
seguida vem oEvangelho de Marcos 16:1-7,falando da Ressurreição de Jesus. Depois a
Homilia. E começa a quarta parte:
Independente de ter ou não batismo neste dia, a liturgia batismal faz parte da cerimônia,
com algumas adaptações caso tenha ou não um batismo. Segue-se todo o rito do Batismo,
se tiver, faz-se a benção a água, aRenovação das Promessas Batismais, e nossas velas
são acesas de novo no Círio Pascal para o Creio em perguntas e respostas (três renúncias
e três creio). Quando tem a Renovação das Promessas não tem o Creio no modo
tradicional que fazemos em todas as missas. Então, vem as Preces da Assembleia e, logo
após, a quinta parte:
Oração de Páscoa
Meu Senhor!
Obrigado por enviar o seu Filho, e preparar o caminho para que nossas vidas sejam libertadas
através do exemplo dele.
Obrigado por aquilo que este dia representa, o início da minha viagem em direção ao poder da Cruz,
a vitória da ressurreição e cremos na rica verdade de que Jesus é verdadeiramente o nosso Rei dos
reis.
Nós lhe damos louvor e honra porque seus caminhos são justos e verdadeiros.
Nós lhe damos adoração porque você é Santo e Justo. Vamos declarar que o teu amor permanece
firme para sempre. Pois, a tua bondade perdura para sempre.
Obrigado por seus caminhos serem muito maiores do que os nossos, seus pensamentos muito mais
profundos do que nossos pensamentos.
Jesus Cristo, obrigado por teres tido um plano para redimir-nos.
Obrigado por fazeres todas as coisas novas.
Obrigado por seu rosto estar voltado para os justos.
Você que ouve nossas orações e sofrimento, e conhece nossos corações.
Ajude-nos a permanecer fortes e fiéis a Ti.
Ajude-nos a não seguir a voz da multidão, mas a aproximar-nos de vós, para ouvir os vossos
sussurros.
Louvado sejas, bendito sejas, Senhor!
Obrigado por reinares supremo e nós somos mais que vencedores pelo dom de Cristo! Amém!