Você está na página 1de 2

A Santa Missa

Lc 22, 14-20; 1Cor 11,23ss; At 2,46


Liturgia: designa o culto cristão em geral e a celebração eucarística em particular. O culto cristão é realizado
por um corpo, chamado Corpo Místico de Cristo, que é a Igreja. O culto é trinitário: dirige-se ao Pai, pratica-
se em comunhão com Cristo e é movido pelo Espírito Santo. E o centro da vivência litúrgica é o mistério
pascal: a paixão, a morte e a ressurreição de Jesus.
A ação litúrgica é uma obra de Cristo realizada em união com a Igreja. A principal ação litúrgica realizada
pela Igreja é a celebração da Santa Missa (há outras formas: a liturgia das horas, a celebração dos
sacramentos, uma celebração penitencial, celebração da palavra...).
Cristo, quando celebra a ceia pascal com seus discípulos, instituiu o sacrifício do seus corpo e sangue, a
Eucaristia, para perpetuar o sacrifício da cruz através dos séculos até a sua volta, e para confiar à Igreja, sua
Esposa, o memorial de sua morte e ressurreição. Na oração das oferendas afirma-se: “Todas as vezes que se
celebra a memória deste sacrifício, renova-se a obra da nossa redenção”.
Em união com o sacerdote e os bispos que oferecem o sacrifício na pessoa de Cristo, a comunidade também
se une a este sacrifício e cresce na unidade pela comunhão do Corpo e Sangue de Cristo. Na Santa Missa se
encontra tanto o ápice da ação pela qual Deus santifica o mundo em Cristo, como o do culto que os homens
oferecem ao Pai, adorando-os pelo Cristo, Filho de Deus.
A Eucaristia é a atualização do mistério salvador da Páscoa de Cristo Jesus e nela culmina a obra
descendente de Deus e o culto ascendente do ser humano.
Eucaristia é também uma Ação de Graças a Deus, um agradecimento por tudo o que Ele fez e faz por nós.
Celebrar a Eucaristia é entrar em comunhão com Deus e com os irmãos. Ao receber a Eucaristia estamos nos
unindo a Cristo e recebemos sua força para viver como Ele viveu. Como membros do corpo místico de
Cristo, que é a Igreja, somos também unidos a todos os seus membros. Comungar é também gerar um
compromisso de vida em comunidade.

Partes da Missa
1) Ritos Iniciais: Saudação inicial, Ato Penitencial, Glória, Oração da Coleta.
2) Liturgia da Palavra
3) Liturgia Eucarística
4) Ritos de Comunhão e Finais.
Há dois momentos principais: a Liturgia da Palavra e a Liturgia Eucarística.
Na Liturgia da Palavra, os cristãos reunidos ouvem e meditam trechos da Bíblia. Uma ou duas leituras, um
salmo, e uma leitura do Evangelhos. Após a leitura do Evangelho, o sacerdote faz um comentário acerca das
leituras, chamado Homilia.
A Liturgia Eucarística inicia com a preparação das oferendas de pão e vinho, seguida pela oração
eucarística. A oração eucarística é o ápice da Santa Missa. Nela se consagra o pão e o vinho que se
transformam em Corpo e Sangue de Jesus.
Nos Ritos de Comunhão rezamos o Pai Nosso, a oração pela paz, o Cordeiro de Deus. Aqueles que estão
preparados, recebem a Eucaristia. Após a comunhão, se faz a Ação de Graças, a oração final e a conclusão
da Missa.
ANO LITÚRGICO

A Liturgia da Igreja é celebração do Mistério de Cristo, centro da história da salvação. Todas as


ações litúrgicas, com o coroamento na Eucaristia, são celebrações e projeções deste mistério, atualização e
comunicação da plenitude do sacramento que é Jesus Cristo.
Pertence àquela expressão da liturgia que é o ciclo litúrgico anual, a tarefa de apresentar na sua mais
completa exatidão todo o arco do mistério e dos mistérios de Cristo na Igreja. Assim o povo de Deus, ano
após ano, tem a possibilidade de imergir-se no mistério e de revive-lo, fazendo desse o caminho do mistério
da salvação.
O Ano Litúrgico é a atualização e o prolongamento temporal e espacial do próprio ato salvífico de
Cristo, iniciado na terra, agora continuado junto ao Pai e tornado eficaz na Igreja, por meio da Igreja e em
favor da Igreja, constitui o ‘momento favorável, o dia da salvação’ (2Cor 6,2) do contato com os mistérios
de Cristo, para receber dele a graça própria e exprimi-la moral e asceticamente na vida. O Ano Litúrgico é a
sobreposição do percurso do ano normal com os mistérios da vida Cristo, desde a encarnação até o regresso
glorioso.
O Ano Litúrgico é cíclico e começa com o tempo do Advento, tem o seu primeiro clímax no Tempo
do Natal. Segue o Tempo Comum, Tempo da Quaresma, Tempo Pascal e novamente se retoma o Tempo
Comum.
No Advento vivemos a expectativa da vinda do Messias, do nascimento do Salvador, e preparamos o
nosso coração através da oração e ficamos vigilantes aguardando o Natal. O Natal é um tempo de alegria, a
Igreja se veste de branco e a partir do nascimento de Jesus na manjedoura, um mistério nos liga a outro, ou
seja, o nascimento nos prepara para aquilo que celebraremos na Páscoa. Em seguida celebramos a primeira
parte do Tempo Comum e somos convidados a sair em missão com Jesus e construir o Reino de Deus aqui
na terra.
A partir da quarta-feira de cinzas entramos no Tempo da Quaresma e somos convidados a entrar em
clima de penitência, oração e jejum. Fazer uma boa confissão, uma revisão de vida, e somos convidados a
mudar de vida e ressuscitar com Cristo para uma vida nova. A Quaresma culmina com a Semana Santa,
momento em que a Liturgia recorda de modo especial a entrada de Jesus em Jerusalém (Domingo de
Ramos) e o Tríduo Pascal. O Tríduo Pascal inicia com Missa da Ceia do Senhor (na noite de quinta-feira) e
termina na noite de domingo. Na Sexta-feira Santa a Igreja faz a Celebração da Paixão do Senhor. Nas
vésperas de domingo se celebra a Vigília Pascal. E assim, ao celebrarmos o Tempo da Páscoa a Igreja se
reveste de inteira alegria, festejando a vida que venceu a morte e todos os fiéis que foram lavados pela água
do batismo. O tempo pascal termina com a Solenidade de Pentecostes e a liturgia volta o Tempo Comum. O
Tempo Comum encerra com a Solenidade de Cristo Rei e Senhor do Universo. Junto com esse esquema
litúrgico acompanha também as cores litúrgicas e os cânticos próprios da época.
O Ano litúrgico é continuamente interrompido por festas de Maria e dos santos, na quais a Igreja
exalta a graça de Deus, que conduziu a humanidade à salvação.
O Tempo Comum como num todo, é composto de 34 semanas e nos apresenta Jesus num caminho de
subida a Jerusalém para sofrer a paixão e durante essas 34 semanas ele nos mostra qual o caminho que
devemos seguir para construir o Reino de Deus aqui na terra. Um Reino que se inicia aqui e que vamos
vivenciá-lo de maneira definitiva no céu.

Você também pode gostar