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Apresentação
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1º Encontro
Liturgia
O que é Liturgia?
O vocábulo "Liturgia", em grego, formado pelas raízes leit- (de "laós",
povo) e -urgía (trabalho, ofício) significa serviço ou trabalho público. Para os
cristãos, Liturgia, é, pois, a atualização da entrega de Cristo para a salvação.
Cristo entregou-se duma vez por todas, na Cruz. O que a liturgia faz é o
memorial de Cristo e da salvação, ou seja, torna presente, através da
celebração, o acontecimento definitivo do Mistério Pascal. Através da
celebração litúrgica, o crente é inserido nas realidades da sua salvação.
Liturgia é antes de tudo "serviço do povo", essa experiência é fruto de uma
vivencia fraterna, ou seja, é o culto, é uma representação simbólica (que não
se trata de uma encenação uma vez que o mistério é contemplado em
"espírito e verdade" da vida cotidiana do crente em comunhão com sua
comunidade. A Liturgia tem raízes absolutamente cristológicas. Cristo rompe
com o ritualismo e torna a liturgia um "culto agradável a Deus", conforme
preceitua o apóstolo Paulo em Romanos 12,1-2.
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Testamento, realizou-a Cristo Senhor, principalmente pelo mistério pascal da
sua bem-aventurada paixão, Ressurreição dos mortos e gloriosa ascensão, em
que, "morrendo, destruiu a morte e ressuscitando restaurou a vida".
Efetivamente, foi do lado de Cristo adormecido na cruz que nasceu "o
sacramento admirável de toda a Igreja"". É por isso que, na liturgia, a Igreja
celebra principalmente o mistério pascal, pelo qual Cristo realizou a obra da
nossa salvação.
É este mistério de Cristo que a Igreja proclama e celebra na sua liturgia, para
que os fiéis dele vivam e dele deem testemunho no mundo.
"A liturgia, com efeito, pela qual, sobretudo no sacrifício eucarístico, "se atua a
obra da nossa redenção", contribui em sumo grau para que os fiéis exprimam
na vida e manifestem aos outros o mistério de Cristo e a autêntica natureza da
verdadeira Igreja".
Oração e Liturgia
A liturgia é também participação na oração de Cristo, dirigida ao Pai no
Espírito Santo. Nela, toda a oração cristã encontra a sua fonte e o seu termo.
Pela liturgia, o homem interior lança raízes e alicerça-se no "grande amor com
que o Pai nos amou" (Ef 2, 4), em seu Filho bem-amado. É a mesma "maravilha
de Deus" que é vivida e interiorizada por toda a oração, "em todo o tempo, no
Espírito" (Ef 6, 18).
DOCUMENTO 43 DA CNBB
(alguns tópicos)
O projeto de comunhão de Deus conosco, que chamamos de obra da
salvação, foi prenunciado pelo próprio Deus no Antigo Testamento e realizado
em Cristo. Hoje a Liturgia o celebra, isto é, o rememora e o torna presente na
Igreja.
O mistério pascal de Cristo é o centro da História da salvação e por
isso o encontramos na Liturgia como seu objeto e conteúdo principal. Esse
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mistério envolve toda a vida de Cristo e a vida de todos os cristãos. "Por sua
obediência perfeita na cruz e pela glória da sua ressurreição, o Cordeiro de
Deus tirou o pecado do mundo e abriu-nos o caminho da libertação definitiva.
Por nosso serviço e nosso amor, mas também pelo oferecimento de nossas
provações e sofrimentos, nós participamos do único sacrifício redentor de
Cristo, completando em nós o que falta às tribulações de Cristo pelo seu corpo
que é a Igreja".
Assim se entende como e por que sem a ação do Espírito Santo não
pode haver Liturgia. A Páscoa de Cristo que celebramos é fruto do Espírito
Santo que impulsionou o Filho de Deus a realizar a vontade do Pai até as
últimas consequências (cf. Hb 9,14). E quem envolve no mistério pascal a vida,
as lutas e as esperanças de todas as pessoas é o mesmo Espírito, que na
Liturgia é invocado para a santificação do pão e do vinho e a união dos fiéis. O
Espírito continua exortando-nos a que ofereçamos nossa vida e nosso
compromisso de servir aos irmãos na construção do Reino, como hóstias vivas,
santas e agradáveis a Deus. Aliás, é este o nosso culto espiritual (cf. Rm 12,1).
Nesta perspectiva, acolhemos com alegria o atual anseio de, nas ações
litúrgicas, celebrar os acontecimentos da vida inseridos no Mistério Pascal de
Cristo. De fato, na Liturgia sempre se celebra a totalidade do Mistério de Cristo
e da Igreja, com todas as suas dimensões. A vida se manifesta não apenas nos
momentos fortes do culto, mas também no esforço por crescente comunhão
participativa; na consciência de sua vocação missionária; no empenho pela
acolhida e animação catequética da Palavra; no espírito de amplo diálogo
ecumênico e na séria, corajosa e profética ação transformadora do mundo.
O Povo de Deus, sobretudo na Assembleia litúrgica se expressa como
um povo sacerdotal e organizado, no qual a diversidade de ministérios e
serviços concorrem para o enriquecimento de todos. Sua unidade e harmonia
é um serviço do ministério da presidência. Convocada por Deus, a assembleia
litúrgica, expressão sacramental da Igreja, unida a Jesus Cristo, é o sujeito da
celebração.
O Povo de Deus convocado para o culto é o mesmo povo que
trabalha, faz festa, sofre, espera e luta na História. Por isso, as nossas
assembleias são diversificadas. É mister abrir espaços de esperança à
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manifestação das ricas expressões religiosas das comunidades, dos grupos
étnicos e das grandes massas empobrecidas. Porque não é possível celebrar
um ato litúrgico alheio ao contexto da vida real do povo, em sua dimensão
pascal.
É essa diversificada assembleia, que é servida por ministérios e serviços
multiformes, que o Espírito suscita em sua Igreja. Entre os ministérios
distinguem-se os ordenados, do bispo, do presbítero e do diácono,
participação específica no múnus dos apóstolos, múnus este, instituído por
Jesus Cristo. Hoje temos os ministérios instituídos do acólito e do leitor; e
chamamos "de credenciados" os serviços que o cristão leigo exerce em virtude
de seu batismo sob a coordenação de seu Bispo: são assim, o ministério
extraordinário do Batismo, da Comunhão Eucarística e da assistência ao
Matrimônio. Há também determinados serviços litúrgicos que, de modo
estável, desempenham leitores, comentaristas, recepcionistas, componentes do
coral e, sobretudo, as Equipes de Pastoral Litúrgica. Esta diversidade de
ministérios fortalece a Igreja como comunidade e realça a dimensão
comunitária da ação litúrgica.
A Liturgia é fonte de vida e expressão celebrativa da comunidade
eclesial. Nela, homens e mulheres chegam ao mais alto patamar da comunhão
com Deus, quando a criatura amada e redimida por seu Senhor, dilata seu
coração numa perene ação de graças, que se torna, por sua vez, bendita escola
de gratuidade. Por outro lado, os leigos encontram fundamento para sua
espiritualidade no Evangelho vivido por tantos cristãos leigos ao longo da
história da Igreja.
LIVROS LITÚRGICOS
Missal Romano
Livro que contém as orações próprias da Missa e assinala os ritos que se devem
seguir para celebrar. Este livro é usado pelo sacerdote que preside e também
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pelos concelebrantes na Oração Eucarística (a grande oração de ação de graças
da Eucaristia). Primeiro, coloca-se próximo da presidência e, depois, no altar;
Lecionário
Livro que contém as leituras proferidas nas missas durante o ano litúrgico.
Dividem-se em:
Dominical, ano A B e C – Contendo as leituras de Domingos e festas de
acordo com o ano litúrgico
Evangeliário
Contém os evangelhos para os domingos e festas do Ano Litúrgico, ou seja,
contém trechos do evangelho de S. Mateus, S. Marcos, S. Lucas e de S. João;
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Pontifical Romano
Contém as cerimônias episcopais. No Brasil, foi publicado em vários livros, que
são ordenados conforme apresentação: Rito de Confirmação, Rito das
ordenações, Rito da Consagração das virgens, Benção dos óleos e o Ritual da
dedicação da Igreja e altar;
Ritual Romano
Compreende os seguintes ritos e celebrações: Rito para batismo das crianças,
Rito de iniciação cristã dos adultos, Rito da penitência, a Sagrada Comunhão e
o culto do mistério eucarístico fora da Missa, Rito do Matrimônio, Rito da unção
dos enfermos, Rito da profissão religiosa, Rito de exéquias.
ANO LITÚRGICO
Visão Geral
A
Liturgia com sua linguagem própria, ao longo de um ano, relata de novo
tais fatos dando -lhes novo sentido dentro das circunstâncias
concretas de cada comunidade celebrante, possibilitando-lhe a
transformação pascal pela força do Espírito que nela realiza o que
significa, mediante o sinal visível.
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Infográfico
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Ano A, B e C
As leituras Bíblicas que ocorrem nas celebrações caracterizam-se com o chamado
Ano
Litúrgico, criado para acompanharmos através das leituras dos textos bíblicos
(evangelho e outros livros) a vida de Jesus em ordem cronológica do nascimento até a
ascensão aos céus. Assim, ouvimos nas celebrações textos que falam do anúncio do
Messias, da encarnação, de seu ministério público com milagres, do chamado ao
discipulado,
discursos, parábolas até culminarmos com morte e ressurreição nos preparando para a
Parusia, ou seja, do Cristo Rei do Universo no final do Ano Litúrgico. A ideia desta
distribuição de textos bíblicos ao longo de 3 anos tem como objetivo se ter uma visão e
leitura de toda a Bíblia.
Significado
O rito romano, utilizado nas celebrações da Igreja católica possui um
conjunto de leituras bíblicas que se repetem a cada três anos perpassando os
domingos e as solenidades. A cada ano, a liturgia das celebrações segue uma
sequência de leituras próprias, divididas em anos A, B e C.
Lucas.
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Os Quatro Evangelistas
Eles são chamados de EVANGELISTAS, uma palavra que significa "aquele que
proclama boas notícias", porque seus livros contam a "boa nova" ("evangelho") de
Jesus.
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Os Quatros Seres Vivos
Como foram atribuídos os símbolos dos quatro Evangelhos? A arte cristã sempre
representou cada evangelista por um ser vivente: São Mateus é simbolizado por um
HOMEM; São Marcos, por um LEÃO; São Lucas, por um TOURO; e São João, por uma
ÁGUIA.
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O fundamento desses ícones é bíblico. O livro do Apocalipse de São João, por
exemplo, traz a visão de quatro seres viventes que rendiam glória a Deus:
Mas, afinal, por que esses quatro animais foram identificados com os evangelistas?
O primeiro autor cristão a utilizar essa analogia foi Santo Irineu de Lião, seguido por
Santo Agostinho. Os dois, no entanto, associaram os animais aos evangelistas de
forma diferente da que se usa hoje, posto que a ordem dos Evangelhos, no começo
da Igreja, ainda não estava bem definida.
Foi São Jerônimo quem começou a tratar os evangelistas da forma como são
tratados hoje. São Gregório Magno explica com clareza por que referenda a sua
atribuição:
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De fato, Mateus inicia seu evangelho com a genealogia de Jesus, isto é, com o
nascimento humano de Cristo (Mt 1,1). Mateus quer conferir a linhagem hebreia
para Jesus diante da comunidade nascente de hebreus-cristãos de Jerusalém.
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O Tempo Litúrgico
Os tempos litúrgicos são as divisões existentes no Ano Litúrgico da Igreja Católica.
Estes tempos existem em toda a Igreja Católica, apenas há algumas diferenças entre
os vários ritos. Os tempos constantes abaixo são referentes ao rito romano.
Tempo do Advento
INÍCIO: Primeiro Domingo do Avento
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ESPIRITUALIDADE: Esperança
ENSINAMENTO: Anúncio da vinda do Messias
COR: Roxa
Tempo do Natal
INÍCIO: 25 de dezembro
Toda semana seguinte a esse dia é chamada Oitava de Páscoa. São dias
tão solenes quanto o dia 25.
No primeiro Domingo após o dia 25 de dezembro, celebra-se a Festa da
Sagrada Família; porém, quando o Natal do Senhor ocorrer no Domingo, a Festa
da Sagrada Família se celebra no dia 30 de dezembro.
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O Tempo do Natal termina com a Festa do Batismo do Senhor.
COR: Branco
ESPIRITUALIDADE: Fé, alegria, acolhimento ENSINAMENTO:
Presépio; luzes.
O Tempo Comum é interrompido pela Quaresma. Com isso, essa primeira parte
vai até a Terça-feira de Carnaval, pois na Quarta-feira de Cinzas já começa o
Tempo da Quaresma.
COR: Verde
Tempo da Quaresma
INÍCIO: Quarta-feira de Cinzas
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ENSINAMENTO: A Misericórdia de Deus
COR: Roxa
Tríduo Pascal
Terminado a Quaresma na Quinta-feira Santa de manhã, a partir da tarde desse
dia, começa o Tríduo Pascal: Quinta-feira Santa; Sexta-feira Santa e Sábado
Santo.
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Tempo Pascal
INÍCIO: Primeiro Domingo da Páscoa
Toda a semana seguinte a esse dia é chamada Oitava de Páscoa. São dias tão
solenes quanto àquele primeiro Domingo.
No sétimo Domingo da Páscoa, celebra-se a Solenidade da Ascensão do Senhor.
COR: Branca
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As Solenidades, as Festas e as Memórias
As celebrações, segundo a importância que lhes é atribuída, distinguem-se e são
denominadas desta forma: solenidade, festa, memória. As solenidades são os
dias principais. A sua celebração inicia-se com as Vésperas I no dia anterior.
Algumas solenidades têm também Missa própria da vigília, que se utiliza na
tarde do dia anterior, se a Missa se celebra nas horas vespertinas. As festas
celebram-se dentro do limite do dia natural; não têm, portanto, Vésperas I, a não
ser que se trate de festas do Senhor que coincidem com um domingo do Tempo
Comum ou do Tempo do Natal; neste caso substituem o Ofício do domingo. As
memórias são obrigatórias ou facultativas; a sua celebração ordena-se com a
das férias ocorrentes, segundo as normas descritas nas Instruções gerais do
Missal Romano e da Liturgia das Horas. As memórias obrigatórias que coincidem
com as férias da Quaresma só podem ser celebradas como memórias
facultativas. Quando ocorrem no mesmo dia várias memórias facultativas, só
uma delas pode ser celebrada, omitindo as outras. Nos sábados do Tempo
Comum, em que não ocorre uma memória obrigatória, pode celebrar-se a
memória facultativa de Nossa Senhora.
As férias
Os dias da semana que se seguem ao domingo chamam-se férias; a sua
celebração difere segundo a importância de cada uma.
O Domingo
O domingo deve considerar-se como o dia de festa primordial. Pela sua peculiar
importância, o domingo cede a sua celebração somente às solenidades e às
festas do Senhor. Mas os domingos do Advento, da Quaresma e da Páscoa têm
a precedência sobre todas as festas do Senhor e sobre todas as solenidades. As
solenidades que coincidem com estes domingos são transferidas para a
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segunda-feira seguinte, exceto quando se trata de ocorrência no Domingo de
Ramos ou no Domingo da Ressurreição do Senhor.
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2º Encontro
Símbolos Litúrgicos
O símbolo (objeto) nos transporta para outra realidade que está além
do símbolo e tem relação com o símbolo. Vamos dar um exemplo,
tirado do mundo cristão: o crucifixo. Todo cristão reconhece no
crucificado a pessoa de Jesus Cristo, que nos redimiu do pecado e nos
salvou. Portanto, aquele objeto de metal, madeira, ou outro material,
simboliza nosso Redentor, Jesus Cristo. Por isso tratamos com respeito
o crucifixo.
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Este sinal é formado por duas letras do alfabeto
grego (X+P) e correspondem ao C e R da língua
portuguesa. Juntando as duas, formavam-se as
iniciais da palavra CRISTÓS: Cristo. Com
frequência este sinal aparece nos paramentos dos
padres, no ambão, na porta do sacrário e na
hóstia.
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As letras INRI são as iniciais das palavras
Latinas Iesus Nazarenus Rex Iudaeorum, que
significam:Jesus Nazareno Rei do Judeus. O
Evangelho de João nos informa que essas
palavras estavam escritas em três línguas
(hebraico, latim e grego) sobre a cruz de
Jesus (João, 19,19).
POSTURAS E GESTOS
Visão Geral
A
Igreja se utiliza de símbolos, cores e cerimônias para reforçar e conduzir
os fiéis a uma correta meditação dos Santos Mistérios. Para isto,
estabeleceu algumas posições litúrgicas. Não há dúvida que a atitude
exterior do corpo influencia a atitude interior e, mais do que isto, é a
mostra desta. Sendo o homem constituído de corpo e alma, Deus merece ser
adorado com nosso interior, isto é, com nossa fé, nosso amor e nossa piedade, e
também com o nosso exterior, isto é, com nossas posturas, nosso
comportamento e nossas atitudes.
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Posições Litúrgicas
Disse o Sacrossanto Concílio de Trento: “A Igreja, piedosa Mãe que é, instituiu
certos ritos para se recitarem na missa […] como bênçãos, luzes, vestimentas e
outras coisas congêneres da Tradição apostólica, para que se fizesse perceptível a
majestade de tão grande sacrifício, e para que o entendimento dos fiéis se excitasse,
por meio destes sinais visíveis da religião e da piedade, à contemplação das coisas
altíssimas que se ocultam neste sacrifício. ”
EM PÉ
A posição “em pé” consiste em
reverência, vigilância, respeito e
oração.
MOMENTOS
Durante a homilia.
Durante o ofertório, para os acólitos/coroinhas que não forem servir a
credência.
MODO
Coluna ereta, sobre as duas pernas igualmente. Pés direitos, cabeça levemente
erguida. Olhos levemente baixos, jamais olhando para a assembleia. Mãos
unidas, exceto se ocupadas.
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SENTADO
A posição “sentado” consiste em escuta e meditação.
MOMENTOS
Corpo ereto, sola do pé todo no chão, joelhos levemente unidos, mãos sobre as
pernas.
IMPORTANTE
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DE JOELHOS
A posição “ajoelhado” consiste em oração, adoração e
humildade, e, às vezes, também de penitência
MOMENTOS
MODO
Ereto, sem cruzar ou balançar as pernas. Jamais “sentar sobre a perna”. Cabeça
levemente baixa. Mãos unidas, exceto se ocupadas.
Gestos Litúrgicos
Os gestos litúrgicos são: Genuflexão, Sinal da Cruz, reverência (vênia ou
inclinação), bater no peito e o andar.
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GENUFLEXÃO
A posição “genuflexão” consiste em
reverência e adoração. É um gesto
próprio da Tradição Latina.
MOMENTOS
MODO
IMPORTANTE
MODO
O sinal da Cruz se faz com a palma da mão direita aberta, tocando a testa (“Em
nome do Pai”), um pouco acima do umbigo (“e do Filho”), no ombro esquerdo
(“E do Espírito”) e no ombro direito (“Santo”). A mão esquerda fica no peito.
Quando em serviço, o sinal da Cruz para o acólito deve ser feito sem nada dizer,
uma vez que isto – dentro de celebrações – compete ao sacerdote, e o acólito
junta as mãos ao acabar.
IMPORTANTE
Caso se cante alguma música anti-litúrgica para o “Sinal da Cruz”, o acólito não
deveria fazê-lo mais de uma vez, nem ritmado. Este gesto exige solenidade, algo
inexistente nestas músicas.
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INCLINAÇÃO
O gesto consiste em VENERAÇÃO, RESPEITO, HUMILDADE e SOLICITUDE.
MOMENTOS
MODO
IMPORTANTE
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As rubricas e regras existem, na Liturgia, para serem obedecidas. Não
simplesmente por serem regras, mas porque a Liturgia é algo recebido da Igreja:
Não é nosso. Não é algo que o homem pode inventar, é um dom de Deus. Não
podemos chamar o que foi colocado neste artigo como “rubricas” ou “regras”
para coroinhas e acólitos, pois isto simplesmente não existe. No entanto, estas
recomendações fazem parte da venerável tradição litúrgica, mantida e querida
pelos acólitos de todas as épocas do Rito Romano.
REGRAS GERAIS
Nunca deixar o padre esperando.
Nunca olhar para o povo, rir, conversar sem necessidade ou se deixar
distrair durante o serviço.
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Não se abane, não balance as mãos ou os pés, não dê as mãos aos
demais, em nenhum momento.
Não saia do presbitério sem motivo.
Manter as posturas durante toda a Missa. Lembre-se que você, ali,
representa os anjos e os santos.
Sincronia e Simetria, sempre.
AO CHEGAR NA IGREJA
Faça genuflexão ao sacrário.
Faça o sinal da Cruz, com água benta, se houver.
Reze um pouco antes de ir para a sacristia.
Ajude a arrumar as coisas para a Missa.
Reze antes da Missa começar, preferencialmente com o grupo.
RITOS INICIAIS
Participe da procissão de entrada com devoção. Olhos baixos, mãos
juntas – exceto se estiver segurando algo – passo ordenado. Sem olhar
para o povo.
Ao chegar ao altar, faça vênia profunda.
Suba e vá para o seu lugar.
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Faça o sinal da Cruz junto com o padre, apenas uma vez, dizendo apenas
“Amém” após. Depois volte a juntar as mãos.
Quando iniciar o Ato Penitencial, curve um pouco a sua cabeça e fique
desta maneira durante até o “Deus todo poderoso, tenha compaixão de
nós […]” e responda “Amém” após.
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Se for o Confiteor rezado, bata no peito três vezes ao “Por minha culpa,
minha tão grande culpa “.
Se houver aspersão, fazer o sinal da cruz ao ser aspergido.
No Glória, fazer inclinação de cabeça às palavras “Jesus Cristo “.
Participar do demais momentos dos ritos iniciais de pé, com as mãos
juntas. Sem palmas. Sem levantar folhetos os as mãos.
LITURGIA DA PALAVRA
Depois que o celebrante sentar, os coroinhas se sentam todos juntos e
assim permanecem até o Aleluia.
Quando o sacerdote se dirigir ao Ambão, voltar-se para ele, ficando de
frente para o ambão.
Quando o sacerdote ou diácono disser “Proclamação do Evangelho “,
traçar o sinal da cruz com o polegar na cabeça, nos lábios e no peito às
palavras “Jesus Cristo“.
Quando acabar o Evangelho, dizer “Glória a vós, Senhor” e sentar-se
junto a todos para a homilia (se for o caso). Não há necessidade de
esperar qualquer outra coisa.
No Credo, fazer inclinação de cabeça às palavras “Jesus Cristo” e
inclinação profunda às palavras “E se encarnou pelo poder do Espírito
Santo” (Credo Niceno-Constantinopolitano) ou “Foi concebido pelo
poder do Espírito Santo” (Credo Apostólico).
LITURGIA EUCARÍSTICA
Se você não for servir na Credência, sente imediatamente após a Oração
dos Fiéis
Se for servir, dirija-se à Credência e, de maneira ordenada, execute seu
serviço:
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Leve o cálice segurando abaixo do “nó” (a separação que tem na base
do cálice) com a mão direita, e apoie sua mão sobre a pala – sem fazer
muita força. Após entregar, faça uma vênia simples ao padre ou diácono.
Se houver âmbulas, leve imediatamente após levar o cálice,
destampadas. Após entregar, faça uma vênia simples ao padre ou
diácono.
Leve as galhetas quando o padre colocar a patena sobre o corporal.
Vinho na mão direita, água na esquerda. Após finalizar, faça uma vênia
simples.
Se a Missa tiver incenso, leve após o padre colocar o cálice sobre o
corporal. Ofereça para colocar incenso antes, depois o acompanhe nas
incensações. Se houver algum coroinha sentado, levanta-se quando o
turiferário for incensar o povo.
Leve o lavabo. Após finalizar, faça uma vênia simples ao padre ou
diácono.
Retorne os objetos à credência e depois volte ao seu lugar,
permanecendo de pé.
Se houver algum Acólito/Coroinha sentado, levantar-se às palavras
“Orai, irmãos” e assim permanecer, em pé e de mãos juntas.
No prefácio, responder as invocações iniciais de mãos juntas. Nada de
fazer “gestos teatrais” nas respostas “Ele está no meio de nós” ou “o
nosso coração etc“. Na frase “Demos graças ao Senhor etc“, não fazer
vênia, mas permanecer normalmente.
Quando o padre realizar a Epíclese (Impor as mãos), toca-se o sino e
todos ajoelham.
No momento da elevação, adorar o Senhor em silêncio.
Quando o padre fizer genuflexão, não há a necessidade de fazer vênia.
Permaneça ereto, com olhar baixo e mãos postas, de joelhos.
Levantar-se na hora acertada:
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Ou logo após o sacerdote dizer “Eis o Mistério da Fé“.
Continuar de pé em postura recolhida durante o resto da Oração
Eucarística.
Na hora do Pai Nosso, não dar as mãos nem levantá-las em postura de
oração, mas mantê-las juntas.
Se houver o sinal da paz, saudar as pessoas ao lado dizendo “A paz
esteja contigo” ou “Paz de Cristo “. Não se movimentar muito para
saudar ninguém.
Acompanhar o sacerdote ou ministros para na distribuição da
comunhão.
Comungar em pé.
Ao retornar para o altar, manter-se de pé. Não se deve sentar.
RITOS FINAIS
Permanecer de pé para os ritos finais.
Se houver avisos, parabéns ou qualquer outra coisa, manter-se com
boa postura, sentado.
Inclinar-se na hora da benção, após o sacerdote dizer “O senhor esteja
convosco! ”
Fazer o sinal da cruz durante a benção.
Retornar à sacristia da mesma maneira e ordem que veio.
APÓS A MISSA
Ajudar a arrumar tudo.
Rezar em grupo após o serviço.
Tirar as vestes e guardá-las com cuidado.
Voltar aos bancos para breve oração de Ação de Graças.
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Fazer genuflexão antes de sair da Igreja. Fazer também o sinal da Cruz.
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3º Encontro
Espaço da Celebração
Presbitério: Espaço ao redor do altar, geralmente um pouco elevado,
onde se realizam os ritos sagrados.
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Paramentos
Amito
Pequeno tecido branco com o qual o sacerdote cobre o pescoço e os ombros.
Representa a fortaleza. Simboliza o “capacete da salvação” contra os maus
pensamentos e recorda o véu com que vendaram a Sagrada Face.
Alva
Túnica branca que o padre coloca sobre a batina. Representa a pureza da alma.
Simboliza a “couraça da justiça” e recorda o vestido branco “dos loucos” com o
qual escarneceram de Nosso Senhor.
Cíngulo
É um cordão usado para ajustar a alva à cintura. Representa a castidade, e
recorda as cordas com que O amarraram. A cor do mesmo de acordo com o
temo litúrgico.
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Manípulo
É uma espécie de faixa que o padre usa no braço esquerdo. Representa a
contrição e lembra a corda que atou as mãos do Senhor. Está em desuso. A cor
do mesmo de acordo com o temo litúrgico.
Estola
É uma longa faixa de pano que o sacerdote coloca sobre os ombros para a Missa
e para os sacramentos. Há também outro modelo, sendo a estola diaconal, usada
de um modo transversal. Representa as três virtudes teologais, simboliza o poder
sacerdotal. A cor do mesmo de acordo com o temo litúrgico.
Casula
É o paramento que o padre põe sobre a alva e estola para a Missa. Representa a
caridade, simboliza o jugo do Senhor e lembra a Cruz que Nosso Senhor foi
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obrigado a carregar para nossa salvação. A cor do mesmo de acordo com o temo
litúrgico.
Dalmática
É o paramento próprio do diácono. É uma túnica comprida com mangas longas e
largas, adornadas de duas bandes de cor verticais na parte da frente e de trás. A
cor do mesmo de acordo com o temo litúrgico.
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Véu umeral
O véu umeral, ou véu de ombros, não é na prática um paramento. É usado pelo
clérigo ao redor dos ombros, para tocar na custódia com o Santíssimo
Sacramento e dar a benção.
Batina
Conhecido como hábito talar, usado comumente pelo Papa, Bispo, Padre,
Diácono e Seminaristas, também é a veste do acólito (homem) apenas nos atos
litúrgicos.
Cores:
Preta – Padres, Seminaristas e Acólitos;
Preta (com filetes e botões violáceos) – Bispos e Monsenhores, pode ser usada
em ocasiões não litúrgicas;
Preta (com filetes e botões vermelhos) – Cardeais, pode ser usada em ocasiões
não litúrgicas;
Coral Episcopal ou litúrgica (violácea com botões, filetes, abotoaduras, punhos e
forro vermelhos) – Bispos e Monsenhores, usada somente em ocasiões litúrgicas;
Coral Cardinalício (vermelha-carmesim) – Cardeais, somente em ocasiões
litúrgicas;
Branca – Papa. Obs.: Pode ser usada por clérigos de regiões tropicais, mas com
filetes e botões com as cores variantes de seu grau clerical.
Sobrepeliz
A sobrepeliz é uma túnica talar, comprida de uso clerical, com mangas longas,
usada sobre a batina.
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Barrete
É uma espécie de chapéu que os clérigos usam em certas circunstâncias,
simboliza a autoridade sacerdotal. O barrete não é um paramento litúrgico, mas
secular, e está majoritariamente em desuso. É proibida para não-cléricos. O Papa
não faz o uso do barrete.
Cores:
Seminarista - barrete preto sem o floco;
Padre - barrete preto com floco da cor preta;
Bispo - barrete violáceo com floco da cor violácea;
Monsenhor - barrete preto com floco da cor violácea; Cardeal
- barrete vermelho-carmesim sem o floco.
Capelo
Chapéu negro sem ornamento usado pelos clérigos no dia-a-dia.
Insígnias episcopais
Visão Geral
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Introdução
O Decreto Christus Dominus do
Concílio Vaticano II inicia
recordando a dignidade própria
do ministério episcopal:
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“O Bispo deve ser considerado como o sumo-sacerdote do seu rebanho, de
quem deriva e depende, de algum modo, a vida de seus fiéis em Cristo. Por
isso, todos devem dar a maior importância à vida litúrgica da diocese que
gravita em redor do Bispo, sobretudo na igreja catedral, convencidos de que
a principal manifestação da Igreja se faz numa participação perfeita e ativa de
todo o Povo santo de Deus na mesma celebração litúrgica, especialmente na
mesma Eucaristia, numa única oração, ao redor do único altar a que preside o
Bispo rodeado pelo presbitério e pelos ministros” (Sacrosanctum Concilium,
n. 41).
O anel e a cruz devem ser usados sempre pelo Bispo, mesmo fora das
celebrações, enquanto que a mitra e o báculo são usados apenas nas
celebrações litúrgicas. O pálio é usado nas celebrações litúrgicas apenas
pelos Arcebispos Metropolitanos, como falaremos em postagem própria.
46
O Anel Episcopal
“O anel, insígnia da fidelidade e da união nupcial com a Igreja, sua esposa, deve o
Bispo usá-lo sempre” (Cerimonial dos Bispos, n. 58).
O simbolismo do anel é antiquíssimo: no Egito Antigo, por sua forma
circular, era símbolo da ETERNIDADE E DA FIDELIDADE; na Grécia e em Roma,
usado para selar documentos importantes, era sinal da DIGNIDADE DE QUEM
O PORTAVA.
No cristianismo, foi mantida esta
dupla dimensão em relação ao anel.
Assim, no caso do Bispo, o anel recorda
primeiramente sua união à Igreja, à qual o
bispo é chamado a ser fiel, como indica a
oração que acompanha a imposição do
anel na Ordenação Episcopal: “Recebe
este anel, símbolo da fidelidade; e com
fidelidade invencível guarda sem mancha
a Igreja, esposa de Deus” (Pontifical
Romano, Rito de Ordenação de um Bispo,
p. 79).
Por expressar igualmente a dignidade do Bispo como Sumo Sacerdote, o
anel é, por venerável costume, beijado pelos fiéis ao saudar o Bispo. Este gesto
não se dirige à pessoa do Bispo, mas à pessoa de Cristo, que ele representa. O
Papa São João Paulo II, em seu livro “Levantai-vos! Vamos! ” Dá mais um
significado a esta insígnia: “O anel me lembra igualmente a necessidade de ser
um ‘elo’ firme na cadeia de sucessão que me une aos Apóstolos” (p. 49).
O anel passa a ser considerado como insígnia episcopal a partir do
século VII. Seu uso, porém, provavelmente originou-se antes, dado seu caráter
funcional como selo, autenticando documentos importantes.
O Papa Inocêncio III (1.198-1.216) determinou que os anéis episcopais deveriam
ser de ouro, com uma pedra preciosa incrustrada. Atualmente isto não é
47
obrigatório, sendo mais comum o anel com algum símbolo sacro (como uma
cruz, por exemplo).
O anel é imposto no dedo anular da mão direita do Bispo em sua Ordenação,
pelo SAGRANTE principal. É a primeira das insígnias entregues ao Bispo, logo
após a entrega do Livro dos Evangelhos.
O Bispo não necessita usar sempre o anel que recebeu na Ordenação: pode usar
outros. Contudo, só deve estar sem o anel na Ação Litúrgica da Paixão do
Senhor, na Sexta-feira Santa (Cerimonial dos Bispos, n. 315). Além disso, se o
desejar, pode retirar o anel para lavar as mãos na Missa (n. 150) e, analogamente,
em todas as vezes que tiver de lavar as mãos (após o Lava Pés, após a imposição
das cinzas ou após as unções sacramentais), mas repondo-o logo em seguida.
Os Cardeais, durante o CONSISTÓRIO, em que são elevados a tal
dignidade, recebem do Papa um novo anel, como expressão da unidade do
Colégio Cardinalício. Da mesma forma, o Papa recebe um novo anel, que lhe é
imposto pelo Decano do Colégio Cardinalício, na Missa de início do Ministério
Petrino. É o chamado Anel do Pescador (Anulus Piscatoris), que possui gravado
algum símbolo ligado a São Pedro e o nome do Pontífice.
O Papa, porém, não está obrigado a usá-lo sempre, podendo substituílo por
outro anel episcopal (o Papa Bento optou por usar apenas o Anel do Pescador,
enquanto Francisco o usa apenas nas grandes solenidades). Por fim, cumpre
dizer que o Anel do Pescador é destruído quando da morte ou renúncia do
Papa (Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis, n. 13).
A Cruz Peitoral
A segunda insígnia episcopal é a cruz peitoral, uma cruz de metal, com a
imagem do Crucificado ou não, munida de cordão que o Bispo usa sempre ao
pescoço.
O sentido da cruz peitoral é recordar que, aonde o Bispo for ele é
representante de Jesus Cristo. Da mesma forma, a cruz recorda ao Bispo sua
48
missão de anunciar o mistério da Morte e Ressurreição de Jesus Cristo, nela
representado.
Mitra simples
Não possui nenhum ornato,
sendo inteiramente branca (exceto a
mitra simples do Papa, que possui leves
contornos em dourado). É utilizada na
Quarta-feira de Cinzas, na Celebração da
Paixão do Senhor, na Comemoração dos
Fieis Defuntos, no rito da Inscrição do
Nome dos Catecúmenos, nas
celebrações penitenciais e nas exéquias
(inclusive nas do próprio bispo, que é
sepultado com a mitra simples).
Mitra ornada
Possui algum ornamento, geralmente um titulus (galão na forma de um
“T” invertido), que pode ser da cor litúrgica ou não. É utilizada em todas as
celebrações em que não se pede expressamente a mitra simples. Há um
costume que nas concelebrações apenas o celebrante principal use a mitra
ornada e todos os demais usem a mitra simples. Isto é observado
principalmente nas celebrações presididas pelo Papa, nas quais os bispos
devem usar mitra simples. Nestas celebrações, há também o costume de os
Cardeais usarem um tipo específico de mitra, a “damascata”, também
51
chamada de “mitra pinha”. Esta possui os contornos de uma pinha,
simbolizando a união dos Cardeais em torno do Romano Pontífice.
O Bispo USA a mitra apenas dentro das celebrações litúrgicas, ao menos nas
mais solenes, podendo dispensá-la nas celebrações mais simples. Geralmente o
Bispo a usa nos seguintes momentos (cf. Cerimonial dos Bispos, n. 60):
52
O Báculo
O báculo (do latim
baculus, cajado) é um cajado de
metal ou madeira com a ponta
curva que o Bispo leva nas
celebrações litúrgicas como
símbolo de sua missão de pastor.
O simbolismo do báculo é
expresso de maneira muito clara
na oração que acompanha sua
entrega na Ordenação Episcopal:
“Recebe o báculo, símbolo do
serviço pastoral, e cuida de todo o rebanho, no qual o Espírito Santo te
constituiu Bispo a fim de apascentares a Igreja de Deus” (Pontifical Romano,
Rito da Ordenação de um Bispo, p. 79).
O Papa São João Paulo II relaciona o báculo à missão do Bispo de zelar
pela santidade do rebanho: “É o sinal da autoridade que compete ao Bispo no
cumprimento do dever de cuidar do rebanho. Também este sinal se insere na
perspectiva da solicitude pela santidade do Povo de Deus” (Levantai-vos!
Vamos! p. 57).
Uma antiga tradição afirma que a função do pastor é TRÍPLICE:
“congregar os que dispersam, sustentar os que fraquejam e incentivar os que se
atrasam”. Isto é expresso nas três partes que compõem o báculo: a parte
superior, com a ponta curva, recorda o dever de congregar; a haste central, o
dever de sustentar; e a parte inferior, que anteriormente terminava em uma
ponta aguçada, o dever de incentivar.
53
dos Bispos. Primeiramente, pela própria natureza desta insígnia, afirma-se que
seu uso é restrito ao Bispo diocesano dentro de seu próprio território. Outro
Bispo só pode fazer uso do báculo com a permissão do
Ordinário do local.
Em uma concelebração, o único Bispo a usar o báculo é o celebrante principal,
mesmo que este não seja o Ordinário local. O único caso do uso de mais de um
báculo na mesma celebração é a Ordenação Episcopal, na qual portam o báculo
o Sagrante principal e o novo Bispo.
Nas celebrações litúrgicas (e jamais fora delas) o báculo é usado nos seguintes
momentos:
Os abades podem, igualmente por tradição, levar o báculo com uma tira de
pano pendente, chamada de sudarium. Este gesto serve para indicar que, ainda
que possuam o direito às insígnias episcopais, não são bispos.
O báculo é a única insígnia episcopal que não se põe junto ao corpo do Bispo
falecido nas exéquias. Isto para indicar que, com a morte, cessa o múnus de
pastor, do qual agora o Bispo é chamado a prestar contas a Deus.
54
O Papa não faz uso do báculo, mas sim da férula.
O Pálio
O pálio (do latim pallium,
manto) é uma tira de lã branca com
seis cruzes negras que o Papa
entrega aos Arcebispos
Metropolitanos (também chamados
Metropolitas).
Esta é a única insígnia
episcopal que não é utilizada por
todos os Bispos, mas apenas por
aqueles que governam uma
Arquidiocese Metropolitana, que
unida às dioceses próximas,
denominadas sufragâneas, forma
uma Província Eclesiástica.
Os Arcebispos não
Metropolitanos (chamados TITULARES) não possuem direito ao pálio, pois
tratam-se de Bispos que não governam Arquidioceses, mas que possuem
funções de grande dignidade dentro da Igreja (Prefeitos de Dicastérios da
Cúria Romana, Núncios Apostólicos), sendo-lhes, portanto, conferido o título
de uma Arquidiocese extinta.
Os únicos dois não metropolitas que, por antiquíssima tradição,
gozam do direito ao pálio são o Decano do Colégio Cardinalício e o Patriarca
Latino de
Jerusalém.
O Metropolita, uma vez recebido o pálio, pode usá-lo em toda a
Província Eclesiástica, mas apenas dentro da celebração da Missa, quando
55
preside ou concelebra, ao menos nos dias mais solenes. Não se usa o pálio
sobre o pluvial, nem sobre as vestes corais.
56
unidade e sinal de comunhão com a Sé Apostólica; seja vínculo de caridade e
estímulo à fortaleza, a fim de que no dia da vinda e da revelação do grande
Deus e do príncipe dos pastores, Jesus Cristo, possam obter, com o rebanho a
vós confiado, a veste da imortalidade e da glória. Em nome do Pai e do Filho e
do Espírito Santo”.
Esta oração evidencia, pois, as duas realidades fundamentais que o pálio
simboliza: a união dos Metropolitas ao Papa e a sua missão de pastores do
rebanho de Cristo. Este segundo simbolismo é ainda mais eloquente quando
se considera a forma e a matéria do pálio, que indicam claramente a ovelha que
o pastor carrega aos ombros.
Um outro elemento que pode fazer-se presente no pálio são três cravos, fixados
sobre as cruzes no peito, nas costas e no ombro esquerdo. Estes cravos
recordam os pregos da Paixão de Cristo e também a própria cruz do Senhor,
que o arcebispo é chamado a carregar sobre o ombro.
Por fim, o Papa, como Metropolita da Província Romana, faz igualmente uso
do pálio, que lhe é imposto na Missa de Início do Ministério Petrino pelo
Cardeal Proto-Diácono. Desde o início de seu pontificado, o Papa Bento XVI
havia adotado um modelo de pálio distinto dos demais Bispos Metropolitas,
com cruzes vermelhas ao invés de negras, para evidenciar a dignidade
própria do Romano Pontífice. Porém, desde junho de 2014, o Papa Francisco
voltou a usar um pálio igual ao dos demais Arcebispos, este com cruzes
negras.
57
Cores Litúrgicas
Quando vamos à igreja, notamos que o altar, o ambão, e até mesmo a estola e
a casula usadas pelo sacerdote, combinam todos com uma mesma cor.
Percebemos também que, a cada semana que passa, essa cor pode permanecer
a mesma ou variar. Se acontecer de no mesmo dia irmos a duas igrejas
diferentes, comprovaremos que ambas usam a mesma cor, com exceção, é claro,
da igreja que celebra o seu padroeiro. Na verdade, a cor usada um certo dia é
válida para a Igreja em todo o mundo, que obedece a um mesmo calendário
litúrgico. Conforme a missa do dia, indicada pelo calendário, fica estabelecida
uma determinada cor.
Estas diferentes cores possuem algum significado para a Igreja: elas visam
manifestar externamente o caráter dos Mistérios celebrados e também a
consciência de uma vida cristã que progride com o desenrolar do Ano Litúrgico.
Manifesta também, de maneira admirável, a unidade da Igreja. No início havia
uma certa preferência pelo branco. Não existiam ainda as chamadas cores
litúrgicas. Estas só foram fixadas em Roma no século XII. Em pouco tempo,
58
devido ao seu alto valor teológico e explicativo, os cristãos do mundo inteiro
aderiram a esse costume, que tomou assim, caráter universal.
Branco
O branco é usado nos Ofícios e Missas do Tempo Pascal e do Natal do Senhor,
bem como nas suas festas e memórias, exceto as da Paixão; nas festas e
memórias da Bem-av. Virgem Maria, dos Santos Anjos, dos Santos não Mártires,
na festa de Todos os Santos (1 de novembro), na Natividade de São João Baptista
(24 de Junho), na festa de São João Evangelista (27 de Dezembro), da Cátedra
de São Pedro (22 de Fevereiro) e da Conversão de São Paulo (25 de Janeiro). O
branco é símbolo da luz, tipificando a inocência e a pureza, a alegria e a glória.
Vermelho
O vermelho é usado no Domingo de ramos e na Sexta-feira Santa; no domingo
de Pentecostes, nas celebrações da Paixão do Senhor, nas festas dos Apóstolos
e Evangelistas (com exceção de São João), e nas celebrações dos Santos Mártires.
Simboliza as línguas de fogo em Pentecostes e o sangue derramado por Cristo
e pelos mártires, além de indicar a caridade inflamante.
Verde
O verde se usa nos Ofícios e Missas do Tempo Comum. Simboliza a cor das
plantas e árvores, prenunciando a esperança da vida eterna.
Roxo
O roxo é usado no tempo do Advento e da Quaresma. Pode também ser usado
nos Ofícios e Missas pelos mortos. Significa penitência, aflição e melancolia.
Preto
O preto pode ser usado, onde for o costume, nas Missas pelos mortos. Denota
um símbolo de luto, significando a tristeza da morte e a escuridão do sepulcro.
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Ao contrário do que pensam muitos clérigos e leigos, a cor preta não foi abolida
nem pela IGMR anterior nem pelo atual. Segue sendo uma opção para a missa
pelos mortos, onde for costume utilizá-la. No Brasil, contudo, o uso do preto nas
celebrações pelos fiéis defuntos foi, na prática, abolido, havendo sido substituído
pelo uso do roxo, uso este facultado pela própria IGMR. Isto não constitui óbice,
contudo, para que um clérigo venha a utilizar paramentos negros.
Rosa
A cor rosa pode ser usada nos domingos GAUDETE (III DO ADVENTO) e
LÆTARE (IV DA QUARESMA), ocasiões em que também poderá ser utilizado o
roxo.
Azul
Utilizado nos ofícios e solenidades de Nossa Senhora.
Obs.: A cor azul não é uma cor litúrgica própria do Rito Romano. Contudo, em
1864 o Papa Pio IX concedeu à Espanha o privilégio de usar paramentos azuis
na Solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Maria, devido à contribuição
desse país na definição do dogma. Este privilégio é aplicável não só à Espanha,
mas também a todos os países que foram colônias espanholas. Posteriormente,
tal privilégio foi concedido também à Áustria, aos carmelitas e a alguns
santuários marianos, sendo também estendido para todas as festas marianas.
Cumpre notar que o Brasil não possui este privilégio. Para adquiri-lo, é
necessário que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) faça um
pedido formal à Santa Sé e receba resposta favorável. Nem a CNBB, nem um
bispo e muito menos um sacerdote têm autoridade para alterar as cores
litúrgicas. Em suma, a menos que a Santa Sé autorize, usar paramentos azuis no
Brasil constitui abuso litúrgico. Não obstante, nada impede que nas festas
marianas se use um paramento branco com detalhes azuis, desde que o branco
predomine.
60
Com base também em uma explicação dada pelo Mestre de Cerimônias
Pontifícias, Monsenhor Guido Marini (sendo Mestre de Cerimônias o Papa Bento
XVI e Papa Francisco), que não existindo documentos recentes sobre o privilégio
do azul às situações e locais conhecidos (Espanha, Portugal, Instituto Cristo Rei,
entre outros), deve ser observado o direito consuetudinário, ou seja, a
continuidade da lei segundo os usos e costumes pautados na legislação mais
recente. Sendo eu o azul continua configurando-se um privilégio papal.
Resumindo, o azul nos paramentos litúrgicos ainda é um privilégio papal. Com
a confirmação dada por Monsenhor Guido Marini, o contrário só será
considerado mediante uma alteração pelo Papa nas rubricas litúrgicas.
61
4º Encontro
OBJETOS LITÚRGICOS
Visão Geral
Este artigo trata de uma visão geral dos objetos litúrgicos: Vasos Sagrados,
Alfaias, Insígnias Episcopais e demais objetos litúrgicos.
ALFAIAS LITÚRGICAS
Alfaias são pequenos panos usados para a liturgia. São eles:
Corporal
É o pano sagrado sobre o qual o sacerdote deposita
a hóstia e o cálice na Missa. Simboliza o Santo
Sudário.
Sanguíneo
É uma peça de linho que o padre usa depois da comunhão
para purificar o cálice, a patena, os lábios e os dedos.
Representa os panos sepulcrais de Nosso Senhor.
62
Pala
É um cartão quadrado, revestido de pano,
que o padre usa para cobrir o cálice na
Missa. Simboliza a pedra sobre a qual Nosso
Senhor repousou a cabeça no sepulcro.
Manustérgio
O manustérgio, na prática, não é uma alfaia, mas um pano litúrgico. É uma
pequena toalha que o padre utiliza para enxugar a mão após o lavabo.
Bolsa do Corporal
Está em desuso no Rito Moderno. É uma bolsa feita com dois cartões, usada para
guardar o corporal.
Véu do Cálice
Está em desuso no
Rito Moderno. É um pano que
o padre usa para cobrir cálice,
nas partes da Missa em que
este não é usado.
Conopeu
É o véu que se coloca na frente do sacrário para indicar a presença da hóstia
consagrada.
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Toalha de altar
Não é uma alfaia, mas um pano litúrgico. Deve ser obrigatoriamente branca e
deve cobrir todo o altar – não se pode ter altar desnudado.
VASOS SAGRADOS
Os vasos sagrados são vasos de metal usados na Liturgia. São os seguintes:
Cálice
É o mais sagrado e mais antigo dos vasos. É o usado para a consagração do
vinho que se torna o sangue de Cristo. Deve ser de metal, ou material idôneo, e
possuir ao menos a parte de dentro dourada. Seu significado reside na sabedoria
escondida em Nosso Senhor. A abertura do cálice representa a chaga aberta no
Divino Coração de Nosso Senhor, da qual sai o sangue que se bebe para a vida
eterna.
Patena
A patena é um pratinho redondo em forma de disco sobre a qual o sacerdote
deposita a hóstia. Ela representa a cruz no Calvário, na qual repousou o corpo
de Nosso Senhor em sua paixão.
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Ostensório
É um objeto próprio para se expor e fazer a adoração do Santíssimo Sacramento.
Foi introduzida por volta do século XIV – antigamente se faziam procissões com
o santíssimo encerrado em âmbulas. Todo ostensório possui uma luneta, que é
na prática o objeto que segura a hóstia dentro do ostensório .
Teca
É um pequeno estojo usado para se depositar as hóstias que serão levadas aos
doentes.
Credência
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Mesinha ao lado do altar, utilizada para colocar os objetos litúrgicos.
Galhetas
São pequenos recipientes onde se coloca água e vinho, destinados ao Santo
Sacrifício da Missa.
Incenso
É uma resina que quando queimada solta um aroma agradável destilada em
lágrimas por uma árvore das terebintáceas. Seu uso na Missa constitui um ato
de adoração a Deus, diretamente (no Santíssimo Sacramento) e indiretamente
(no altar, na cruz, no Evangeliário, etc). Um ato de veneração às imagens e
relíquias dos santos. De reverência às pessoas que são incensadas. De
purificação e santificação e simboliza, sobretudo, a oração que sobe à presença
de Deus, conforme o salmo: “Suba até vós, Senhor, minha oração, como incenso
à vossa presença”.
Turíbulo
É um pequeno fogareiro suspenso por correntes, no qual se queima incenso. É
constituído de diversas partes, e é importante que o acólito as conheça.
Naveta
É um pequeno vaso alongado, em forma de nave, na qual se guarda o incenso.
Lavabo
É um conjunto de bacia e jarro usado para lavar as mãos do sacerdote durante
cerimônia homônima no ofertório.
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Carrilhão / Sineta
O carrilhão é um conjunto de sinos ligados entre si usados durante a santa missa
para chamar a atenção dos fiéis e anunciar os momentos mais importantes da
missa, como a consagração. Sineta normalmente é um sino pequeno usado na
mesma função.
Sacrário
É uma espécie de armário, colocado no altar, no qual se conservam as âmbulas
com o Santíssimo Corpo de Nosso Deus Sacramentado. Coberto, normalmente,
com o conopéu.
Caldeirinha
É um vaso portátil em que se põe água benta para as aspersões do povo.
Hissopo / aspersório
Bursa
Bolsa quadrangular onde se coloca a Teca para se levar aos doentes.
Círio Pascal
É uma grande vela de cera, símbolo de Cristo Ressuscitado, onde se pode ler
ALFA e ÔMEGA (Cristo: começo e fim) e o ano em curso. Tem grãos de incenso
que representam as cinco chagas de Cristo. Usado na Vigília Pascal, durante o
67
Tempo Pascal, e durante o ano nos batizados. Simboliza o Cristo, luz do mundo.
Cruz de altar
Uma cruz que fica sobre o altar ou próximo a ele, trazendo sempre à memória o
sacrifício, normalmente voltada para o celebrante.
Cruz Processional
Cruz com um cabo maior utilizada nas procissões.
Genuflexório
Móvel que permite se ajoelhar em cima.
Lamparina do Santíssimo
É a lâmpada do Santíssimo que fica ligada constantemente mostrando a
Pálio
Cobertura com franja, apoiada em quatro varas, que cobre o ministro que leva o
ostensório com a hóstia consagrada. Existe também a Umbella, que é como um
pálio, mas em forma de guarda-chuva, para ser usado em interiores. Também
possui esse nome uma insígnia episcopal feita de lã, usada ao redor do pescoço
por arcebispos dentro de celebrações litúrgicos de sua arquidiocese.
Pedra D’Ara
Pedra colocada nos altares onde se depositam as relíquias dos santos.
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Tocha
Suporte para vela/fogo usado em procissão.
Patena de Comunhão
Patena utilizada pelos acólitos durante a comunhão para evitar que caia algum
fragmento da Eucaristia no chão.
Estauroteca
Relicário em formato cruciforme para portar as relíquias da Santa Cruz. Para
carrega-lo com a relíquia, usa-se véu umeral vermelho. .
Matraca
Objeto de madeira que produz um som menos estridente que os sinos e
carrilhões e os substituem na Quinta-Feira Santa.
Relicário
Objeto parecido com o ostensório, mas utilizado para expor à veneração as
relíquias de santos.
Outros Objetos
Alamar
Feixe usado para fechar a frente do pluvial, também pode ser chamado de
“Razionale”. Por vezes encontra-se o alamar no véu umeral, vimpas ou
sobrepelizes.
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Cáligas
Sapatilhas usadas pelos Bispos na forma extraordinária do rito romano.
Capa Magna
Grande capa usada pelos Bispos e Cardeais com vestes corais em sinal de
solenidade. É violeta para os Bispos e vermelha para os Cardeais.
Chirotecoe
Luvas usadas pelos Bispos. Seguem a cor do tempo, como os demais
paramentos.
Gremial
Paramento quadrado usado pelos Bispos. Na forma ordinária, apenas para
unções, imposição das cinzas e algumas outras ocasiões.
Manícoto
Pequeno paramento usado junto ao punho durante as unções. Múleos
Sapatos vermelhos do Sumo Pontífice.
Murça
Pequena sobrecapa usada nas vestes corais sobre a sobrepeliz ou o roquete e
sob a cruz peitoral. Sua cor varia de acordo com o grau hierárquico do clérigo.
Vimpas
Paramento semelhante ao véu umeral, quadrado e posto nas costas. São usadas
para portar as insígnias episcopais (mitra e báculo)
70
5º Encontro
Santa Missa
Visão Geral
Durante a Santa Missa, por mais que se tenha um sacerdote ou uma
assembleia indigna, Jesus está oferecendo a mesma adoração perfeita que
ofereceu no madeiro da Cruz. Ainda que todos os seres humanos e todos os
anjos juntos cultuassem a Deus, não conseguiriam jamais superar o valor desta
oferta do próprio Deus. Por esse motivo, é impossível comparar o augusto
Sacrifício do altar com as chamadas "celebrações da Palavra". Se por um lado
estas celebrações comunitárias são importantes em lugares com carência de
padres, por outro, é realmente muito triste que a sua frequência indevida
acabe por obscurecer as diferenças substanciais entre a Missa e uma simples
"reunião fraterna". Na Missa, o padre age in persona Christi; na celebração da
Palavra, ao invés, ainda que a comunidade faça parte do Corpo Místico de
Cristo, não há como ocorrer a consagração do pão e do vinho, uma vez que "o
povo (...) não pode de nenhum modo gozar dos poderes sacerdotais".
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O que quer dizer “Renovação incruenta
do Sacrifício do Calvário”?
A palavra incruenta significa “sem sangue”. Isto porque na Missa Cristo se imola
novamente para nossa salvação, como Ele fez na Cruz, embora na Missa seja sem
sofrimento físico.
“Ainda que bastasse Nosso Senhor se oferecer uma só vez ao seu Pai, unindo-se no
altar da Cruz para realizar a redenção eterna, Ele quis deixar à sua Igreja um
sacrifício visível, tal como requer a natureza dos homens, pelo qual se aplicasse, de
geração em geração, para a remissão dos pecados, a virtude deste sangrento
sacrifício, que devia cumprir-se somente uma vez na Cruz; na última ceia, na mesma
noite em que foi entregue, declarando-se sacerdote eterno, conforme a ordem de
Melquisedeque, Ele ofereceu, a Deus Pai, seu corpo e seu sangue, sob as espécies de
pão e de vinho, os deu aos seus apóstolos, a quem os tornou, então, sacerdotes do
72
Novo Testamento, com estas palavras: Fazei isto em memória de mim, investindo-os,
assim, e aos seus sucessores, no sacerdócio, para que oferecessem a mesma hóstia”
A morte de Jesus na cruz é única e suficiente, pois o Seu Sacrifício possui mérito
infinito, capaz de salvar toda a humanidade. Entretanto, é necessário não só que
Cristo morra pelos pecadores, mas também que os frutos da Sua Paixão sejam
aplicados nas almas, para que a salvação se realize em todos os homens. Por esta
razão, a morte de Cristo se torna o Sacrifício da Nova e Eterna Aliança, porque
participando dela que os homens usufruem da Redenção.
Se o Sacrifício do Calvário possui mérito infinito, bastaria que Jesus morresse uma
única vez para salvar todos os homens. No entanto, ainda resta a necessidade de se
aplicar pessoalmente os frutos da Sua Paixão, e para isso Cristo institui a Santa Missa,
que é a atualização mística e incruenta do Seu Sacrifício. Na Santa Missa, Jesus torna
presente no tempo e no espaço o mesmo Sacrifício do Calvário, sem que Ele venha
a morrer novamente. É o mesmo e único Sacrifício, tornado presente e atual a cada
Missa celebrada.
73
altar o Sacrifício da Cruz, de forma indolor e invisível, através do Sacramento da
Eucaristia.
A Missa também é idêntica ao Calvário porque é Jesus mesmo que Se oferece, mas
usando do sacerdote celebrante, através da sua voz e de seus atos. Quando o
sacerdote reza a Missa, é o próprio Jesus a agir através do Padre, para que o Seu
divino Sacrifício se torne presente misticamente no altar, e assim todos aqueles que
dele participam possam se unir ao próprio Jesus em imolação à glória da Trindade
Santíssima.
São Domingos Sávio, um grande modelo para nós, preparava-se para a Santa Missa
de uma maneira impressionante:
74
sua preparação, rezando. Para agradar a Jesus, marcava em seu caderno uma
intenção para cada dia:
O Comportamento
Não é possível se concentrar e participar bem da Missa logo após sair de uma festa
do arromba. É necessário manter-se em um estado de calma, silêncio, piedade. Se
nosso corpo está perturbado, nossa alma também estará.
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A Higiene
Quantas vezes já não encontramos coroinhas indo servir com aquele cheiro de
macaco? Quantas vezes aquelas unhas gigantes e sujas? Quantas vezes aquele
cabelo ou barba que implora cuidados? Quantas vezes aquele bafo de onça? Antes
de irmos para a Igreja, precisamos cuidar da higiene do nosso corpo – assim como
temos que cuidar como a da nossa alma.
A Veste
Sempre ouvimos dos mais velhos sobre a roupa de missa. Esta seria a melhor roupa
do armário de cada católico, reservada para ir à Santa Missa. Para muitos isto pode
parecer estranho. Pensam: “Por que os católicos do passado reservavam suas
melhores roupas para a Missa? ”. A resposta é simples: Porque eles tinham plena
consciência que a Missa é a coisa mais importante da Terra, o melhor momento da
vida de cada católico. Por isto guardavam sua melhor roupa. Nos nossos tempos,
temos visto cada vez mais católicos se vestindo de maneira completamente
inadequada para a Santa Missa, como se aquele fosse um momento qualquer. Pelo
contrário, é nosso dever nos prepararmos para a Missa considerando sua
importância e nos vestindo como se fossemos encontrar a pessoa mais importante
do mundo, porque de fato vamos encontrar.
Meninos
Use sempre uma calça comprida, camisa de manga, preferencialmente social e bons
sapatos. Isto é suficiente e vai lhe ajudar a se comportar com a seriedade necessária
para a Santa Missa. Não só vai lhe ajudar, como também vai ajudar a assembleia!
Meninas
A modéstia feminina é mais delicada. Algumas máximas devem ser claras: Camisas
fechadas, com manga, sem decotes escandalosos. Cuidado com a maquiagem e
nunca, absolutamente nunca, salto alto. Preparando-nos desta maneira, certamente
serviremos de maneira muito melhor, e estaremos muito mais aptos a receber as
graças que Nosso Senhor nos dá na Eucaristia.
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Ao chegar na Igreja
Como deve ser nossa postura ao chegar na Igreja? Na infância de muitos de nós,
fomos ensinados que a Igreja é “a casa de Deus”. Ainda me recordo de pensar nisso
antes de sair de casa e me preparar todo para ir “visitar Deus”… O tempo passou. E
para muitos de nós, essa imagem inocente de “visitar Deus” se perdeu no tempo. E
o santo ensinamento de nossos pais sobre a igreja ser a “casa de Deus” foi esquecida.
Mas a igreja é exatamente isto. A casa de Deus. Templum Dei, onde, de maneira
completamente real, encontramos a Ele verdadeiramente. Podemos rezar em
qualquer lugar, e não há lugar na Terra onde não estejamos na presença de Deus,
de modo espiritual; mas somente na igreja temos sua presença física e real, no
augusto Sacramento da Eucaristia, escondido na solidão do Sacrário.
Uma grande tristeza dos nossos tempos é que, hoje, quase mais ninguém lembra
disso. E tratam a igreja como um lugar qualquer, entrando e saindo sem saudar o
dono da casa, indo direto para suas responsabilidades sem sequer rezar por alguns
minutos diante do prisioneiro do tabernáculo. Nós, servidores do altar, devemos
mais que todos ter especial cuidado em entrarmos dignamente na casa de Deus.
Ao chegar na Igreja
Assim que chegar, mantenha o silêncio e faça uma boa genuflexão. Olhe para o
sacrário, contemple-o. Ali está o seu Deus. E mesmo que tenha várias
responsabilidades e várias atividades a fazer, vá primeiro rezar um pouco. Ajoelhese
e reze por alguns minutos, ainda que alguma breve oração ou jaculatória, como
“Daime, São José, a graça de vencer as paixões e ter horror ao pecado”, “Sagrado
Coração de Jesus, que tanto me amais, fazei que eu vos ame cada vez mais! ” Ou ainda
“Pela vossa Imaculada Conceição, ó Virgem, dai-me um corpo santo e uma alma
pura”.
Saia cedo de casa. Se chegar à igreja correndo, é certeza que não vai aproveitar bem
as graças da Missa. Saia cedo, e se possível, reze o terço em honra à Nossa Senhora.
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Ela, mais do que ninguém, pode lhe ajudar a adorar a Deus como ele deve ser
adorado.
Nesse instante ajoelhado, reze uma Ave Maria em reparação a Deus pelas pessoas
que por ali já passaram sem preocupação a Ele. Ou reze a oração: “Meu Deus, eu
creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão por aqueles que não creem, não
adoram, não esperam e não Vos amam”. Olhe para o sacrário, lá dentro está o Deus
Infinito de todo o poder, que por amor a você vive ali a solidão escura da prisão do
Sacrário, onde cada vez menos pessoas desejam adora-Lo.
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Na sacristia, antes da Missa começar
Está chegando a hora. A Missa vai começar em alguns minutos e você vai servir. Você
já rezou e se preparou, e está pronto para começar o seu serviço. E agora?
Mas infelizmente está nem sempre é a realidade. Então caso os serviços sejam
disputados em sua comunidade, espere com humildade até que acabem de arrumar
tudo e vá verificar se está tudo certo. A responsabilidade de cuidar e garantir que
tudo está preparado para a Santa Missa é sua! Portanto, os serviços que já foram
desenvolvidos por outros passem por caridosa verificação.
O que preparar:
Vamos agora a uma breve listagem de tudo o que deve ser preparado, e como: Na
Sacristia
Presbitério e Altar
Verificar se o altar está limpo. Se não estiver, limpá-lo ou pedir que
alguém o faça;
Microfone;
Verificar se o número correto de velas está sobre o altar (ou junto dele);
Se houver arranjo de altar, certificar que a cruz processional está na
sacristia;
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Se não houver arranjo de altar, certificar que a cruz processional está
junto a ele;
Credência e objetos
Verificar se há na credência os objetos necessários para Santa Missa:
Cálice (verificar se há hóstia magna sobre a patena), galhetas com água
e vinho em quantidade suficiente, lavabo com água suficiente e
manustérgio. Patenas de comunhão com seus devidos sanguíneos, se
for o caso;
Se houver véu do cálice, este deve ser organizado de modo a cobrir
todo o cálice, e a bolsa com o corporal deve ficar acima do véu, com a
abertura para o lado direito.
Verificar se o sino está posto perto da credência ou sobre ela;
Se o padre beber água durante a Missa – o que já é quase um rito
paralelo na Missa, colocar o copo com água antes do início, para não
ter que buscar posteriormente;
Organizar a credência de tal modo que dê senso de ordem.
Por último...
Quando tudo já estiver arrumado, restará apenas uma coisa, que é, na verdade, uma
das mais importantes: Juntem todos os que vão servir e rezem. Rezem pedindo a
graça da seriedade e da concentração, a graça de bem participarem da Missa e de
servirem dignamente a Nosso Senhor.
Depois de rezarem, tudo estará pronto. Então iniciaremos, de fato, a Santa Missa.
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6º Encontro
Santa Missa
A Procissão de Entrada
Inicia-se a Santa Missa. Forma-se a procissão para a entrada ao altar. Esta procissão
não é uma simples ida ao altar, mas uma via riquíssima em significados. Os servidores
do altar e o sacerdote caminham ao altar, onde se renovará o sacrifício da Cruz.
Como é de se lamentar o desleixo com que tem sido feita muitas de nossas
procissões de entrada! Certamente se soubessem o que ela significa, jamais a
tratariam desta maneira, como uma simples “entrada”, como se a Missa fosse um
show. Este é um momento grave. Quando você estiver entrando, não olhe para
ninguém, não fale com ninguém. Você está sendo levado misticamente ao Calvário.
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Instruções e Dicas
Na procissão de entrada, mantenha um passo lento e sério. Mantenha uma
boa distância com o que vai à frente de você, para que quando este chegar
ao altar para fazer sua reverência, a fila não pare;
Evite ir na procissão de entrada portando folhetos ou qualquer outro objeto
estranho à liturgia. Vá com as mãos livres, unidas uma a outra em oração;
Mantenha a solenidade e a seriedade: Postura solene, coluna ereta, passo
firme. Sem olhar para a assembleia, sem conversar com quem quer que seja,
sem risinhos. Olhe para baixo ou olhe para o sacrário. Ponto final!
Modo
Existem basicamente dois tipos de procissão de entrada. A simples e a solene.
Procissão Simples
A procissão simples faz-se vindo diretamente da sacristia (Ou outro lugar
conveniente) diretamente para o altar. Sem cruz, velas, incenso nem qualquer objeto.
Os coroinhas vão à frente e se organizam do menor para o maior. Atrás os demais,
e o sacerdote. Todos fazem a genuflexão juntos e cada um vai ao seu lugar. Este tipo
de procissão é feito normalmente sem solenidade alguma, enquanto se canta o
cântico de entrada ou a antífona do dia.
Procissão Solene
Faz-se da porta da igreja ou outro lugar conveniente. Traz velas, cruz e,
normalmente, incenso.
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Obs.: Há um Padrão Paroquial de Serviço ao Altar, nele consta o modo que
devemos exercer, conforme práticas aprovadas pelo Pároco.
A incensação do Altar
Após chegarem ao altar, o turiferário e o naveculário devem ficar em aguardo
próximo ao altar. Depois que o celebrante o oscula, devem se aproximar. Se for
necessário, o celebrante impõe incenso no turíbulo e o abençoa sem nada dizer.
Então, toma o turíbulo pelas mãos do diácono ou do cerimoniário e incensa o altar.
Um Cerimoniário acompanha o Celebrante, pelo lado direito, segurando levemente
a sua casula, se for casula gótica, para que não queime, caso conveniente. Se for
conveniente, também, acompanhado pelo lado esquerdo outro assistente.
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Ritos Iniciais
Quando os fiéis estiveram reunidos, uma pessoa devidamente
preparada (comentarista) acolhe os participantes, dá-lhes as
boasvindas e diz, em breves palavras o motivo da celebração.
Liturgia da Palavra
As Leituras: as leituras previstas para a celebração dominical são três
(exceto missas com crianças), mais o salmo responsorial. A leitura do
Evangelho constitui o ponto culminante da liturgia da Palavra, por isso
sua proclamação é cercada de gestos de apreço, como a aclamação, e
nas celebrações solenes, a procissão com o evangeliário, o uso de velas
acesas e o incenso.
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3. No final da primeira e da segunda leitura, quem lê conclui,
dizendo simplesmente Palavra do Senhor (no singular e não no plural
“Palavras do Senhor” ou “Está é a palavra do Senhor”). A mesma
observação vale para o final da proclamação do Evangelho: Palavra da
Salvação.
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Oração dos Fiéis: (ou oração universal), assim é chamada por incluir
os grandes temas da oração cristã de pedido: pelas necessidades da
igreja, pelos governantes e a salvação do mundo; pelos oprimidos, pela
comunidade local.
Liturgia Eucarística
Há um vínculo muito estreito entre a Liturgia da palavra e a Liturgia
eucarística: as duas partes, ou melhor, as duas mesas formam uma
unidade, que é a celebração eucarística.
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assembleia aclama (ou canta), utilizando uma das formulas do Missal
Romano.
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Compromisso: o documento da CNBB. Animação da vida litúrgica no
Brasil, vê utilidade em uma mensagem “na qual se exorta a
comunidade a testemunhar no dia-a-dia a realidade celebrada”. Para
isso, pode-se utilizar algum cartaz ilustrativo, ou uma frase resumindo a
mensagem central da celebração, ou breve leitura de algum trecho
com o tema do dia... (cf.n. 43)
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