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ELAVES – Escola de Liturgia da

Arquidiocese de Vitória

MÚSICA RITUAL

Sem. César Delarmelina

Vitória - ES, 10 de junho de 2023


Começo de
conversa
"A música sacra é tão sagrada para
respirar como dois pulmões: por um
lado, como a música que fala de Deus
e Deus torna-se música, poesia,
canção do homem que vive seu
tempo, uma arte que voa além dos
horizontes habituais para descobrir e
explorar novas fronteiras e novas
linguagens, por outro lado, se ela é
usada na liturgia, ela deve atender as
necessidades da celebração litúrgica,
no seu ritmo, suas estruturas, seus
limites, porque é a Igreja que reza com
música." (Mons. Marco Frisina)
DOCUMENTOS IMPORTANTES
• Tra le sollecitudini – S. Pio X - 1903
• Sacrosanctum Concilium – SC – 1963
• Musicam Sacram – MS – 1967
• Pastoral da Música Litúrgica no Brasil
(CNBB, nº 7) – 1976
• A música litúrgica no Brasil (CNBB,
estudo nº 79) – 1998
• Instrução Geral do Missal Romano –
IGMR - 2004
Por que cantamos?
1. Do grito de apelo à prece de súplica*
• O homem: ser de fronteira;
• O som como expressão plena do
sentir humano;
• O grito: kyrie eleison.

* GELINEAU, Joseph. Canto e música no culto cristão.


Petrópolis: Vozes, 1968.
Por que cantamos?
2. Do grito de admiração à ação de graças

“ [...] Diante da beleza que o empolga, o


homem deixa subir da alma um grito de
admiração; sai de si mesmo pelo som da
boca para deixar-se levar ao objeto de seu
louvor. Em conclusão, o canto é a imagem
viva do sacrifício espiritual” (p. 15).

• Cantar é próprio de quem ama (Sto.


Agostinho)
Por que cantamos?
2. Do grito de admiração à ação de graças

“ [...] A palavra simplesmente falada não é senão


uma forma incompleta da linguagem humana. Mas
quando a palavra infla de emoção, quando se incha
de poder, quando tende a identificar-se com a
realidade anunciada, quando enfim deve significar a
ordem sagrada das ações celebradas, apela
espontaneamente para o número e o melos, isto é,
para o elemento musical. A palavra total e palavra
sagrada é canto” (p. 50).
Por que cantamos?
2. Do grito de admiração à ação de graças

“[...] O canto também tem na história da salvação


um significado mais profundo: na voz de Israel, e
sobretudo nos Salmos, rompe-se o invólucro carnal
do grito humano, e um eco aí repercute como sobre
a face de um novo mundo que se aproxima. No
Verbo feito carne, única Palavra do Pai e louvor
perfeito da criação ao Criador, a Verdade plena do
canto dos homens é revelada” (p. 12).
Por que cantamos?
2. Do grito de admiração à ação de graças

• Sob a ótica da história da salvação, o


louvor se reveste de uma confissão ao
Senhor: é o cântico novo;

• O Aleluia pascal do homem redimido:


Logos, Sinfonia e Harmonia do Pai;

• Eucaristia: prolongamento do grande


Aleluia;
Música e Rito
1. Canto e música no culto cristão

• São Pio X: Inter sollicitudines (22/11/1903):


A música sacra deve ser:
1º - santa;

2º - arte verdadeira;

3º - universal;

• Para a glória de Deus e edificação dos


fiéis.
Música e Rito
1. Canto e música no culto cristão

“ [...] Embora a expressão do ato de culto


requeira uma operação de arte, sua
finalidade não é de modo algum a forma
sensível da obra bela, e sim a realidade
espiritual que ela efetivamente representa. O
ato religioso é essencial; a obra de arte que o
condiciona é relativa e acessória” (p. 36).

• O fim da música sacra é dar eficácia ao


próprio texto.
Música e Rito
2. Música sacra, religiosa e litúrgica

Instrução sobre a música Sacra e a Sagrada


Liturgia (1958):

• MÚSICA SACRA – cuja inspiração, objeto


e destino, é a fé;
• MÚSICA LITÚRGICA – para acompanhar
a Missa e o Ofício. É litúrgica enquanto a
Igreja reconhece nela a sua oração;
• MÚSICA RELIGIOSA – aquela que serve
à expressão do sentimento religioso.
Música e Liturgia
3. Os gêneros da música sacra

Sacrossanctum Concilium (SC -


1963):

• O Canto gregoriano (SC, nº 116);


• A Polifonia (SC, nº 116);
• A Música popular religiosa (SC, nº
118);
• Música sacra instrumental (SC, nº
120)
RELAÇÃO ENTRE CANTO E
RITO
• Os cantos que constituem o rito:
• As Partes do Comum da Missa
(Partes Fixas)
• Os Cantos do Ordinário: Senhor,
tende piedade de nós; Glória; Salmo
responsorial; Creio (Símbolo dos
apóstolos); Preces; Santo; aclamação
memorial; doxologia final e fração do
pão (Cordeiro de Deus) .
RELAÇÃO ENTRE CANTO E
RITO
• Os cantos que acompanham o rito –
As partes próprias de cada Missa: (o
próprio da Missa) canto de abertura,
aspersão do povo, aclamação ao
Evangelho, resposta da oração universal
dos fiéis, canto das oferendas e canto da
comunhão.
Os cantos no ordinário da Missa
Canto de entrada
• Canto / antífona de entrada (Missal
Romano);
• Papa Celestino (+432);
• Entrada do Papa na Igreja;
• Caráter de programa e convite.
Ato penitencial: Kyrie eleison
• Vestígio de uma ladainha do século
IV;
• Oratio fidelium;
• Invocações diversas (Missal
Romano);
• Menção às Três pessoas divinas;
• Divisão: 1º - solista / 2º - coro / 3º -
povo.
Hino de louvor: Glória
• Doxologia Maior;
• Restrito à noite de Natal,
Ordenação e Vigília Pascal;
• Frequente a partir do século XI;
• Omitido nos tempos de
penitência e dias comuns;
• Louvor, agradecimento,
invocação.
Glória a Deus nas
alturas, E paz na terra Glória, glória, ao
aos homens por Ele Pai, ao Criador, ao
amados.
Filho Redentor, e
Senhor Deus, Rei dos
céus, DEUS PAI ao Espírito, Glória!
TODO- PODEROSO. (Bis)
Nós Vos louvamos, nós
vos bendizemos,
Nós vos adoramos, nós Ao Pai, ao Criador
vos glorificamos, do mundo
Nós vos damos graças
por vossa imensa
glória.
Senhor, JESUS CRISTO,
Filho unigênito
Senhor Deus, Cordeiro de Ao Filho, Redentor
Deus, Filho de Deus Pai dos homens,
Vós que tirais o pecado do
mundo, tende piedade de
nós. Vós que tirais o pecado
do mundo, acolhei a nossa
súplica. Vós que estais a
direita do Pai, tende piedade
de nós.
Só Vós sois o Santo, só vós
sois o Senhor, Só Vós o ...E ao Espírito de
Altíssimo, Jesus Cristo amor, demos
Com o ESPÍRITO SANTO na sempre: Glória! (Bis)
glória de Deus Pai. Amém!
Hino de louvor: Glória
IGMR 53: “O Glória é um hino
antiquíssimo e venerável, pelo qual a
Igreja, congregada no Espírito Santo,
glorifica e suplica a Deus Pai e o
Cordeiro. O texto deste hino não
pode ser substituído por outro.
Entoado pelo sacerdote ou, se for o
caso, pelo cantor ou grupo de
cantores. É cantado ou recitado aos
domingos exceto no tempo do
Advento e da Quaresma, nas
solenidades e festas e ainda em
celebrações especiais mais solenes.”
Salmo responsorial: gradual
• Leitura / forma responsorial / forma
direta;
• Cantado de um degrau (gradus);
• Forma responsorial;
• Acompanha a Liturgia do dia.
Salmo responsorial: gradual
(IGMR 61):
• Letra: integrante da Liturgia da Palavra:
Não pode ser substituído por outro canto
de meditação.
• Letra: Salmo próprio do dia ou outro texto
bíblico de acordo com a Liturgia do dia.
• Música: Mais suave. Instrumentos mais
doces.
Salmo responsorial: gradual
CNBB, estudo nº 79 (1998):
• Onde deve ser entoado? O Salmo deve ser entoado
na estante da Palavra onde o(a) salmista entoa as
estrofes e a assembleia repete o refrão (nº 249).
• Requisitos: O salmo responsorial é o canto mais
importante da liturgia da Palavra. Cantado em atitude
orante, como convém a todos que exercem o
ministério de proclamar a Palavra de Deus (nº 249).
• Como cantar? Cantar sempre a melodia principal do
refrão e das estrofes do salmo. Evitar o uso de uma
segunda voz ou contracanto (nº 250).
Salmo responsorial
acento
- asterisco (verso
simples)

- FLEXA
O Aleluia
• “Louvai ao Senhor!” (Sl 97/98);
• Antigamente intercalado com um
salmo;
• Ligado à liturgia do dia (antífona).
O Aleluia
(IGMR 62-64)
• Letra: Deve conter o ALELUIA: “Deus seja louvado!”
exceto no tempo da Quaresma. Por ele a assembleia
dos fiéis acolhe e saúda o Senhor, que lhe vai falar no
Evangelho. É um convite a ouvir e acolher o Anúncio e
a Pessoa de Jesus. Ele é o Evangelho “a Boa Notícia”
do Pai.
• Deve ser curto, e tirado do lecionário, próprio do dia.
• Música: De ritmo vibrante, alegre, festivo e acolhedor.
Canto de Ofertório
• Acompanhar e solenizar a procissão na
qual os fieis apresentavam as oferendas
materiais para a igreja e os pobres;
• Ofertas em dinheiro: a partir do século XII.
• Canto de ofertório x canto de partilha.
Canto de Ofertório
(IGMR, Nº 74):
• Deve expressar o mistério de Deus que nos reúne em
torno à sua mesa para celebrar a Eucaristia e, ao
mesmo tempo, o mistério da assembleia que se coloca
como oferta para Deus.
• É um canto facultativo - Caso não seja cantado, é
oportuno um fundo musical (exceto Advento e
Quaresma).
• Canta-se até que as ofertas cheguem até o altar.
• Música: Melodia calma, suave.
Santo
• (...)“Suas vozes se revezavam e diziam:
Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus
do universo! A terra inteira proclama a
sua glória!” (Is 6, 3);
• (...) “E a multidão que ia adiante, e a que
seguia, clamava, dizendo: Hosana ao
Filho de Davi; bendito o que vem em
nome do Senhor. Hosana nas alturas!”
(Mt 21, 9);
• O mistério da Ssma. Trindade.
Santo

• Um dos pontos altos da Prece


Eucarística: Ele conclui o prefácio;
• O Santo está intimamente ligado ao
prefácio.
Santo
(DOC 79, p. 303)
• É um canto vibrante por natureza;
• Letra: Deve se seguir o texto original,
indicado pela Tradição da Igreja;
• Deve ser sempre cantado por todos.
O Grande “Amém!”
• É apresentado ao Pai um grande louvor, que
abrange o “todo” pronunciado durante a
prece.
• É o Amém mais importante da missa, por
isso, deve ser pronunciado com grande
vibração e seja bastante expressivo.
• É o nosso compromisso com o Mistério
Pascal de Cristo, assumido por sua morte e
ressurreição.
Pai-Nosso

PAI-NOSSO: (DOC 79, p. 309, nº 306)


• Pode ser cantado, desde que com as
mesmas palavras da oração do Senhor. Não
se diz o Amém, mesmo quando cantado.
O abraço da Paz
• “[...] De todos os modos, será necessário que no
momento de dar-se a paz se evitem alguns abusos tais
como:
– A introdução de um “canto para a paz”, inexistente no
Rito romano.
– Os deslocamentos dos fiéis para trocar a paz.
– Que o sacerdote abandone o altar para dar a paz a
alguns fiéis.
– Que em algumas circunstâncias, como a solenidade
de Páscoa ou de Natal, ou Confirmação, o Matrimônio,
as sagradas Ordens, as Profissões religiosas ou as
Exéquias, o dar-se a paz seja ocasião para felicitar ou
expressar condolências entre os presentes [...]”.

• Missa X Celebração da Palavra


Cordeiro de Deus
• Jo 1, 29: No dia
seguinte João viu a
Jesus, que vinha para
ele, e disse: Eis o
Cordeiro de
Deus, que tira o
pecado do mundo;
• Introduzido pelo papa
Sérgio I (+701);
• A invocação é
repetida três vezes
desde o século IX.
• IGMR 83
Canto/antífona da Comunhão
• É o mais antigo canto processional da
Missa;
• Antigamente se entoava sempre o Salmo
33: Bendirei ao Senhor Deus em todo o
tempo;
• Acompanha a Liturgia do dia.
• Antífonas e salmos: Nº 624-688
Canto/antífona da Comunhão
(IGMR 86-87):
• “Exprime, pela unidade das vozes, a união
espiritual dos comungantes, demonstra a
alegria dos corações e realça mais a
índole comunitária da procissão para
receber a Eucaristia”;
• Letra: Preferência que esteja sintonia
com a Antífona ou com o Evangelho, e
que seja “Eucarística”;
• Música: Processional.
Silêncio e louvor
(IGMR 88):
• “Terminada a distribuição da
Comunhão, se for oportuno, o
sacerdote e os fiéis oram por algum
tempo em silêncio. Se desejar, toda
assembleia pode entoar ainda um
salmo ou outro canto de louvor ou
hino.”
Canto final
• NÃO É PREVISTO NO MISSAL ROMANO.
• É para ser cantado após a Bênção Final,
enquanto o povo se retira da Igreja: é o canto
de despedida.
• Letra: Deve conter uma mensagem que
levaremos para a vida, se possível, referente
ao Evangelho do dia. “A missa que levamos
para a vida da vida faz um hino de louvor.”
• Música: Alegre, vibrante.
Instrumentos
• Uso sagrado;
• Servem de apoio à Palavra cantada;
• Introduções;
• Volume adequado;
• Tom adequado;
• Afinação;
Uso dos instrumentos
• MS* 64: “O emprego de instrumentos no
acompanhamento dos hinos pode ser bom
para sustentar as vozes, facilitar a
participação e tornar mais profunda a
unidade da assembleia. Mas o som dos
instrumentos jamais deve cobrir as vozes ou
dificultar a compreensão do texto. Todo
instrumento se deve calar quando o
sacerdote ou um ministro pronunciam em voz
alta um texto que lhes pertença por sua
função própria”.
*Instrução “Musicam Sacram” - 1967
Uso dos instrumentos
• MS 65-66: Pode tocar-se em solo antes
da chegada do sacerdote ao altar, ao
ofertório, durante a comunhão e no final
da missa. A mesma regra se pode aplicar,
adaptando-a corretamente, nas demais
ações sagradas.
• O toque a solo destes instrumentos não é
permitido durante o tempo do Advento e
da Quaresma, durante o Tríduo Sagrado e
nos ofícios ou missas de defuntos.
O coral
• A reforma litúrgica do Concílio Vaticano II
não aboliu o coral (SC 114);
• Formação humano-espiritual e musical;
• Compromisso com a comunidade.
O QUE LEVAR EM CONTA NA
ESCOLHA DO REPERTÓRIO
Se são textos retirados da Sagrada Escritura,
do Missal, ou inspirados neles;
Acessibilidade da melodia para a
comunidade;
Evitar uso de melodias populares ou trilhas de
novelas;
Evitar paráfrases e acréscimos ao “Ordinário
da Missa”;
Música litúrgica no Brasil
• CD’s;
• Sites;
• Documentos da CNBB;
• Hinário litúrgico da CNBB
e da Arquidiocese.
Sugestões de sites
• https://www.arquidiocesedegoiania.org.br/liturg
ia/cifras-partituras

• https://www.a12.com/redacaoa12/musica/instit
ucional-musica

• https://musicasparamissa.com.br
ELAVES – Escola de Liturgia da
Arquidiocese de Vitória

CANTAR O ANO
LITÚRGICO

Sem. César Delarmelina

Vitória - ES, 10 de junho de 2023


A música no Ano Litúrgico
• Durante todo o tempo, a humanidade perpetua
um louvor ao Senhor por todos os benefícios que
Ele nos concede. Cantamos em um tempo e um
espaço.
• A música deve ser "um sinal sagrado",
verdadeiro sacramento da ação de Cristo na
celebração, expressando mais suavemente a
oração, favorecendo a unidade das vozes e
corações, e enriquecendo de maior
solenidade os ritos sagrados, a beleza
expressiva da oração.
• É preciso cantar com o coração.
Ciclo do Natal
• Instituição da solenidade do Natal do
Senhor, que foi uma cristianização da festa
pagã do Sol Invictus.
• O ciclo do Natal pode ser caracterizado por
três dimensões:
– Preparação: Advento
– Celebração: Natal
– Vivência: Festas após o Natal
Advento
•O Advento compreende dois períodos:
–O primeiro período (das vésperas do 1º Domingo
até o dia 16 de Dezembro inclusive) consiste na
preparação para a segunda Vinda do Senhor;
–O segundo período (do dia 17 a 24 de Dezembro)
prepara-nos mais diretamente para a celebração do
nascimento de Cristo.
–Trata-se, portanto de uma dupla estrutura: o
Advento escatológico e o Advento natalício.
O canto no Advento
Expressa aquilo que a Igreja reza durante a expectativa do filho
de Deus. É um canto de esperança, pujante.

• Alegria “contida”

1. No primeiro domingo (anos A-B-C), a palavra de ordem é “Vigiai”.


2. No segundo domingo (anos A-B-C), João Batista nos convida a
Conversão, à mudança de vida.
3. No terceiro domingo (anos A-B-C) a igreja nos convida a alegria
porque a nossa libertação está próxima.
4. No quarto domingo (anos A-B-C) cantamos a presença de Maria,
com o hino de ação de graças que ressoará “de geração em
geração” no seio de toda a Igreja.

• Cantos próprios de ENTRADA, OFERTÓRIO, COMUNHÃO,


ENVIO.
Tempo do Natal
• O tempo do Natal começa com as
celebrações vespertinas do dia 24 de
dezembro, seja com a Liturgia das Horas ou
a Eucaristia e termina no domingo que cai
após o dia 6 de janeiro.
• As principais celebrações desse tempo, além
do dia de Natal, são: Sagrada Família de
Jesus, Maria e José (Domingo na oitava do
natal), Santa Mãe de Deus ( 1º de Janeiro),
Epifania (Domingo entre 2 e 8 de Janeiro) e
Batismo do Senhor (Domingo entre 9 e 13 de
Janeiro).
O canto no Natal
• Durante todo o tempo do Natal
cantaremos “a solidariedade de
Deus como convite e apelo urgente
à solidariedade entre nós.” E os
anjos se encarregam de arrematar o
nosso louvor, convidando-nos a cantar
a 'Glória de Deus' que brilha
precisamente na paz entre os seres
humanos,
• Cantaremos o nascimento do Príncipe
da paz, com a euforia dos profetas e
evangelistas de todos os tempos.
• Cantos próprios de ENTRADA,
OFERTÓRIO, COMUNHÃO, ENVIO.
CICLO PASCAL
• É o centro de todo o Ano Litúrgico e deve ser
celebrado com toda solenidade.
• Pode ser caracterizado por três dimensões:
– Preparação: Quaresma
– Celebração: Tríduo Pascal
– Vivência: Tempo Pascal
O tempo da Quaresma

• O grande “Retiro” da Igreja;


• Preparação dos catecúmenos;
• Reconciliação dos penitentes.
O Canto na Quaresma
• Não se recita nem se canta o “Glória”, assim
como o “Aleluia”, que são aclamações jubilosas,
marcadas pela festa e alegria, o que não
combina com a Quaresma;
• É tempo de favorecer o silêncio musical. Por
isso, os instrumentos devem acompanhar os
cantos de forma discreta, somente para
sustentá-lo. Sua função é apenas “prática”, na
medida do necessário, para apoiar o canto (MS
66);
• Cantos próprios de ENTRADA, OFERTÓRIO,
COMUNHÃO, ENVIO.
SEMANA SANTA E TRÍDUO
PASCAL
• No tríduo Pascal cantamos a memória:
mística, histórica e escatológica.
– Mística: Quinta-feira Santa
– Histórica: Sexta-feira Santa
– Escatológica: Sábado Santo
O Canto na Páscoa
• É proclamar as maravilhas que fez o Senhor
desde a Criação do universo, passando pela
Libertação dos Hebreus, até a Restauração após
o exílio, e, sobretudo, retomar o alegre ALELUIA
da vitória de Cristo sobre o mundo e sobre a
morte,
• É deleitar-se com a presença do Ressuscitado,
ao ver jorrar do seu lado aberto a fonte da
salvação e beber com alegria da água da Vida.
• Cantos próprios de ENTRADA, OFERTÓRIO,
COMUNHÃO, ENVIO.
Canto na Ascensão
• A Ascensão é a festa do triunfo do Senhor,
vitorioso sobre o pecado e a morte, retorna
para junto do Pai, e promete enviar o
Espírito Santo. “Mas recebereis o poder do
Espírito Santo que descerá sobre vós, para
serdes minhas testemunhas em Jerusalém,
em toda a Judéia e na Samaria, e até os
confins da terra.” ( At. 1,8 );
• CANTAI, Nº 67.
Cantar Pentecostes
• É o 50º dia da Páscoa, dia da promulgação da
nova Aliança no Espírito, pelo qual Cristo continua
sua obra na Igreja e no mundo.
• Pentecostes é "o último dia da festa" (Jo 7,37 ), da
festa maior, do grande ALELUIA, da alegria sem
par que invade o coração dos cristãos, reunidos em
nome e por ordem do Senhor Jesus, esperando o
cumprimento de suas promessas.
Tempo Comum
• Tem início na segunda ou terça-feira após a Festa do
Batismo do Senhor, interrompe na terça-feira que
antecede a Quarta-feira de Cinzas.
• Após a celebração de Pentecostes o Tempo Comum
é retomado até completar os 34 domingos.
• De forma bastante extensa passamos por aquilo que
Jesus fez em sua vida pública sob a óptica dos três
evangelistas:
•Ano A (Mateus)
•Ano B (Marcos)
•Ano C (Lucas)
Canto no Tempo Comum
• Devemos fazer deste um tempo de graça, no hoje
da salvação que o Senhor nos oferece,
contemplando as palavras, os fatos e gestos
realizados pelo Deus-Conosco;
• A referência unificadora é sempre o mistério
pascal de Cristo, à luz do qual caminhamos e
impregnamos de páscoa a nossa vida cotidiana: O
DOMINGO;
• ESCOLHA DOS CANTOS: Observar as
antífonas, Leituras Bíblicas.
SOLENIDADES E SANTOS NO
TEMPO COMUM

• Solenidades
celebradas no
Domingo;
• Domingos Comuns;
• Santoral;
• Festas de Maria
Santíssima;
• Festa do padroeiro.
A música no céu
• O louvor celeste, pura caridade, não conhece
mais a arte dos sons;
• Música transcendente e eterna:
(...) Ouvia, entretanto, um coro celeste
semelhante ao ruído de muitas águas e ao
ribombar de potente trovão. Esse coro que eu
ouvia era ainda semelhante a músicos tocando
as suas cítaras.
Cantavam como que um cântico novo diante
do trono, diante dos quatro Animais e dos
Anciãos. Ninguém podia aprender este cântico,
a não ser aqueles cento e quarenta e quatro
mil que foram resgatados da terra.
(Apoc 14, 2-3)
OBRIGADO!
REFERÊNCIAS
CNBB. Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. A música litúrgica no Brasil.
São Paulo: Paulus, 1998.
CONCÍLIO VATICANO II. Constituição sobre a Sagrada Liturgia / Sacrosantum
Concilium (SC). in: Compêndio do Vaticano II. Petrópolis: Vozes, 1967.
GELINEAU, Joseph. Canto e música no culto cristão. Petrópolis: Vozes, 1968.
RATZINGER, Joseph (Bento XVI). O espírito da música. São Paulo: Ecclesiae,
2017.
REUS, João Batista. Curso de Liturgia. Petrópolis: Vozes, 1952.
SAGRADA CONGREGAÇÃO DOS RITOS. Instrução sobre a música na Sagrada
Liturgia / Musicam Sacram (MS). Petrópolis: Vozes, 1967.
SAGRADA CONGREGAÇÃO PARA O CULTO DIVINO. Instrução geral sobre o
Missal Romano (IGMR). Edições CNBB, 2017.

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