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2º Encontro – QUARESMA e Obras de Misericórdia

1. TEMA:
- Quaresma – os pilares e as Obras de Misericórdia.

2. OBJETIVO:
- Entregar o YouCat aos catequizandos com o marca-página;
- Que os catequizandos conheçam sobre a Quaresma e seus pilares;
- Que os catequizandos compreendam que Jesus é o centro da nossa vida, que todos nós vivemos
caminhando com Ele rumo ao Céu para nos reencontrarmos com Deus Pai, e que na Quaresma a
Igreja vive junto com Jesus os passos que preparam Sua Páscoa;
- Explicar por que a fé em Jesus precisa ser concretizada por meio das Obras de Misericórdia.

3. MATERIAL:
- YouCat, página 161. Retirar na Secretaria;
- Marca-página;
- Um pequeno altar;
- Bíblia, que será usada durante o encontro;

4. PREPARAÇÃO:
- Preparar o pequeno altar, com tecido roxo, sem flores, com uma Bíblia, vela, crucifixo e porta-retrato
de Santa Imelda;
- Receber os catequizandos com música;
- Início do encontro com a chamada e a oração inicial.

5. ORAÇÃO INICIAL:
- Pelo sinal da Santa Cruz... Em nome do Pai...
- Oração espontânea pedindo o auxílio do Espírito Santo para que possamos entender o que Deus tem
a nos falar hoje, e que Santa Imelda interceda para que cada um dos catequizandos tenha muito
amor por Jesus na Eucaristia:
- Pai Nosso;
- Oração a Santa Imelda;
- ILUMINADOS PELA PALAVRA: Quaresma: Mc 1, 12-13. Obras de Misericórdia: Mt 25, 35-40.

6. AÇÃO:
- Fazer a chamada;
- Entregar o YouCat com o marca-página a cada catequizando e dar uma breve explicação sobre o que
é este documento (as diferentes cores e temas) e a importância de se conservá-lo;
- Bate papo e partilha sobre as atividades do calendário da Quaresma entregue no primeiro encontro;
- Explicar brevemente sobre os tempos litúrgicos (se já foi explicado, perguntar se eles se lembram): o
que é ano litúrgico, quando começa e quando termina, quais são os tempos litúrgicos, as cores de
cada tempo;
- Se houver algum coroinha na turma, apresentá-lo ao grupo;
- Leitura da Prova de Jesus em Mc 1, 12-13: explicar sobre a Quaresma e seus pilares (jejum -eu
comigo, oração -eu com Deus, caridade -eu com o próximo);
- Leitura de Mt 25, 35-40: explicar as Obras de Misericórdia (7 corporais e 7 espirituais);
- Dinâmicas.

7. ORAÇÃO FINAL:
- Santo Anjo;
- Ave Maria (pedir que Nossa Senhora nos ajude a colocar sempre Jesus como o amor central de
nossas vidas).

8. AVISOS:
- Santa Missa;
- Caixinha do Terço;
- Ler com os pais ou responsáveis o YouCat do número 28 ao 38 para o próximo encontro e escrever
um resumo no caderno.

MATERIAL DE APOIO PARA OS CATEQUISTAS

Introdução aos tempos litúrgicos

Em cada Santa Missa a Igreja celebra a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. O que acontece na
Missa é que o que acontece no Monte Calvário, aquele momento em que Jesus foi crucificado torna-se
presente quando estamos na Missa. Ou seja, estamos presenciando no altar, de verdade, o sacrifício de Jesus
por cada um de nós. Eis porque a Igreja tem tanto cuidado com a Liturgia, participar da Eucaristia é tão
importante! É o ápice da vida cristã. Um domingo sem Missa é uma semana sem graça. Mas quando
participamos da Missa, a nossa semana está cheia do amor do Espírito Santo.

A Igreja Católica celebra durante todo o ano a vida de Jesus: desde que Ele foi anunciado a Nossa
Senhora, Seu Nascimento, passando pelo Seu Batismo, Seus milagres, Sua Morte e Ressurreição, Sua
Ascensão ao Céu, quando Ele enviou o Espírito Santo para a Igreja...

O ano da Igreja é diferente do ano do calendário civil, que começa em 1 o de janeiro e termina em 31 de
dezembro. Para a Igreja, o ano se chama ANO LITÚRGICO. O ano litúrgico começa no Primeiro Domingo do
Advento (27 de novembro de 2022) e termina no Domingo da Solenidade de Cristo Rei (26 de novembro de
2023). E então, o ano litúrgico recomeça com o Primeiro Domingo do Advento (3 de dezembro de 2023). É
um clico. A Igreja divide o ano litúrgico em etapas, chamadas TEMPOS LITÚRGICOS.

São 3 tempos litúrgicos:

 O Tempo do Advento, que nos prepara para o Nascimento de Jesus – o Natal;


 O Tempo Comum, que conta o dia a dia da vida de Jesus – seus milagres e suas boas ações;
 O Tempo Pascal, que nos prepara para o momento mais importante da vida de Jesus e da Igreja – a
Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus.

As vestes na Igreja seguem o tempo litúrgico, que é marcado por 4 cores específicas: verde (Tempo
Comum, esperança), vermelho (Paixão de Cristo e dos mártires, Pentecostes), branco (Ressurreição, paz),
roxo (Quaresma, penitência, silêncio, oração). Há também outras cores: róseo (III Domingo do Advento e IV
Domingo da Quaresma, alegria), preto (Finados, luto), prata e dourado (realeza de Deus), azul (Nossa
Senhora).

A data mais importante do ano litúrgico não é o Natal, é a Páscoa de Jesus (9 de abril de 2023). Por isso,
durante uma semana no ano, a Igreja celebra “passo a passo” a caminhada de Jesus, desde a entrada em
Jerusalém até Sua Paixão, Morte e Ressurreição. É a Semana Santa, que começa no Domingo de Ramos e
termina no Domingo de Páscoa.

Quaresma

Para participar da Semana Santa, é necessário estarmos bem preparados espiritualmente para este
momento que é o mais importante, em que Jesus vai Se entregar, sofrer e morrer por nós, para nos salvar do
pecado e da morte. E a Igreja nos ajuda nesta preparação: esta ajuda é a Quaresma, os 40 dias que
antecedem a Páscoa (na verdade, são 44 dias, mas para fins didáticos arredondamos).

Na Quaresma, a família da Igreja reunida no mundo todo se prepara por 40 dias para se converter e
vencer as tentações, assim como Jesus conseguiu vencer Satanás nos 40 dias no deserto, porque Ele estava
cheio do Espírito Santo. “Quaresma” lembra “quarenta”. 40 é um número simbólico que se repete na Bíblia.
O número 4 significa o universo material e o número de zeros significa o tempo de vida na Terra. Assim, a
Igreja também relembra os 40 anos que o povo de Israel passou no deserto antes de chegar à Terra
Prometida, os 40 dias do dilúvio na época de Noé, os 40 dias de penitência que Jonas pregou à cidade de
Nínive, os 40 dias de jejum do profeta Elias, os 40 dias de jejum de Moisés, os 400 anos de escravidão do
povo hebreu no Egito.

A Quaresma começa na Quarta-Feira de Cinzas (após a terça-feira de Carnaval), quando o sacerdote


impõe as cinzas sobre nossa fronte e relembra-nos que somos pó e ao pó retornaremos, e que por isso
devemos nos converter e crer no Evangelho; e termina na Quinta-feira Santa (quando Jesus institui a
Eucaristia e o sacerdócio), contando os domingos. Tudo na Igreja fica diferente na Quaresma, para nos fazer
lembrar que estamos vivendo um momento de oração profunda, de penitência, de conversão do coração. Na
Liturgia, a cor usada é o roxo, para lembrar a penitência, não se entoa o Hino de Louvor (Glória), não se canta
o Aleluia, as músicas ficam menos festivas, ficam mais calmas, o silêncio na Missa é privilegiado, não se usam
flores para enfeitar a Igreja, há um momento em que até as imagens dos santos ficam cobertas (a partir do V
Domingo da Quaresma). A Quaresma, porém, não é um tempo de tristeza, mas de silêncio e conversão do
coração. As penitências que a Igreja pede são o jejum, a oração e as obras de caridade, entre elas a esmola.
Penitência não quer dizer que algo é necessariamente ruim e difícil para nós. Mas certamente nos ajudam a
pagar as penas dos nossos pecados.

A Igreja pede que façamos jejum (deixar de comer por tempo limitado) e abstinência de (não pode
comer) carne na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira da Paixão do Senhor, e abstinência de (não pode
comer) carne em todas as sextas-feiras, em virtude do sacrifício pascal do Senhor que se deu numa sexta-
feira. O jejum aumenta a força de vontade e o autodomínio da pessoa que o pratica. Mas o jejum é para
pessoas saudáveis a partir de 18 anos até 59 anos, e a abstinência pode ser praticada a partir dos 14 anos de
idade.

Todos os fiéis, inclusive as crianças, podem fazer durante os 40 dias da Quaresma a prática do sacrifício
voluntário (ou mortificação: abraçar livremente alguma cruz para dominar e vencer os impulsos da carne
para submetê-los à razão), como por exemplo: deixar de comer a comida favorita, ou deixar de fazer sua
atividade favorita, ou dormir sem travesseiro, entre outros, sempre com muita oração e com o coração
aberto para Deus.
A oração, durante todo ano, mas especialmente durante a Quaresma, é sempre necessária para que
fiquemos cada vez mais próximos de Jesus e assim tenhamos forças para continuar caminhando rumo ao
Céu, sem cair em tentação e no pecado, e assim, não abandonarmos a Jesus que tanto nos ama. Na oração,
Deus conduz e conforta o coração e mostra todo o Seu amor. Podemos pedir o auxílio de Nossa Senhora e
dos santos, podemos recorrer aos Salmos. A oração fortalece a nossa relação de intimidade com Deus.

Além disso, agrada muito a Deus darmos esmola aos nossos irmãos necessitados. Mas a esmola não é só
aquelas moedinhas que colocamos na mão da pessoa pobre que mora na rua. Precisamos ser generosos e a
esmola precisa ser dada em silêncio, ou seja, não buscar o reconhecimento dos homens. A esmola serve para
fortalecer nossa relação fraterna com o próximo.

Quando damos esmola significa que não somos egoístas, que não estamos deixando morrer no
coração o amor ao próximo. Quando damos esmola, mostramos para Deus e para o nosso próximo que não
somos apegados às coisas materiais, ao dinheiro. Também mostramos que não queremos mais ninguém
vivendo na miséria, porque a esmola é uma prática de justiça. O importante é que se dê esmola com o
coração cheio de alegria, sabendo que se está ajudando o próximo e que se está agradando o nosso Pai do
Céu.

Existem muitas outras formas de ajudar as pessoas carentes e necessitadas. Elas se chamam obras de
caridade ou Obras de Misericórdia. A esmola também é uma obra de misericórdia. Jesus pede que tenhamos
misericórdia do próximo assim como o Pai tem misericórdia de nós. Se amamos Jesus, devemos agir com
misericórdia.

Existem as obras de misericórdia corporais, que ajudam a pessoa nas necessidades materiais, e
existem as obras de misericórdia espirituais, que ajudam a pessoa nas necessidades que ela tem na sua alma.

As obras de misericórdia corporais são: 1) Dar de comer a quem tem fome; 2) Dar de beber a quem
tem sede; 3) Vestir os nus; 4) Dar pousada aos peregrinos; 5) Assistir aos enfermos; 6) Visitar os presos; 7)
Enterrar os mortos.

As obras de misericórdia espirituais são: 1) Dar bom conselho; 2) Ensinar os ignorantes; 3) Corrigir os
que erram; 4) Consolar os aflitos; 5) Perdoar as ofensas; 6) Suportar com paciência as fraquezas do nosso
próximo; 7) Rogar a Deus pelos vivos e defuntos.

Toda vez que nós praticamos uma obra de misericórdia para uma pessoa é como se nós estivéssemos
fazendo para o próprio Jesus. Nós também ficaríamos felizes em sermos ajudados quando precisássemos. É
aquela regra de fazermos com os outros aquilo que gostaríamos que fizessem conosco. Mas é mais fácil amar
as pessoas que nos amam, ou às vezes quem sequer conhecemos. E é muito difícil amar quem nos odeia e é
nosso inimigo. No entanto, é justamente a este que Jesus nos pede para amar. Jesus quer que amemos os
que falam mal de nós, os que não gostam de nós, os que nos perseguem, e que paguemos o mal com o bem.
Nestes casos, a maioria das vezes colocaremos em prática as obras de misericórdia espirituais do perdão e da
paciência. Nossos gestos de amor transformarão os corações: primeiro o nosso coração, e em consequência,
o das pessoas ao nosso redor.

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