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FORMAÇÃO DE ACÓLITOS

Paróquia Nossa Senhora Aparecida Pq. dos Pinheiros

Apresentação
Amados irmãos
Que a graça e a paz do Senhor estejam com todos vocês. Em primeiro lugar
gostaríamos de dar-lhes as boas-vindas para o nosso Curso de Formação para Acólitos, que
ora iniciamos.
Será um longo caminho, mas espero que todos se empenhem para que esta formação
seja séria, eficiente e eficaz. Afinal, para ser um bom acólito é preciso comprometimento e
compromisso. Portanto, sejam assíduos e interessados aos encontros de formação.
Nesse importante ministério da Igreja, é preciso não esquecer que nosso trabalho, que
é doação e entrega, necessita ser vivido em profundidade com a fé, amor e humildade.
Por isso é preciso se preparar bem para exercer com responsabilidade todas as funções
e tarefas atribuídas. É preciso viver a espiritualidade do ministério com dedicação e amor.
O QUE É UM ACÓLITO
Acólito, na Igreja Católica é o ministro que acompanha e serve o celebrante nos atos
litúrgicos. O acólito é instituído para servir ao altar e auxiliar o sacerdote e o diácono.
Compete-lhe principalmente preparar o altar e os objetos sagrados.
O Acólito auxilia o sacerdote principalmente na celebração da Santa Missa e dos
demais atos litúrgicos, como casamento, batizados, crismas, Primeira Eucaristia etc...
O Acólito recebe um chamado para o ministério. São chamados a participar da Igreja,
assumindo um compromisso com a comunidade. Não é um privilégio pessoal, mas um serviço
que prestamos à comunidade.
Na celebração, cada um deve fazer a sua parte. Por isso, é importante que o Acólito
saiba qual é o seu papel na celebração, para que ele não faça aquilo que não lhe compete,
ocupando o lugar de outro ministro.
O acólito deve ser formado para que celebre a Eucaristia com alegria e desembaraço,
que seja atuante, ativo, se responsabilizando pelos determinados ofícios e tarefas. Dessa forma
os acólitos têm a oportunidade de iniciar e realizar sua caminhada de Igreja, ao encontro do
Senhor.
Do acólito exigem-se piedade, postura, respeito para com os ministérios, respeito para
com o sacerdote, respeito e atenção para com os fiéis da assembleia, respeito para com o
templo (desde cedo ele deve se acostumar a tratar santamente o lugar sagrado).
DIRETRIZES BÁSICAS
Tudo na vida precisa de regras para funcionar bem e evitar injustiças. Assim também
acontece com o ministério de Acólitos. Se cada um sair fazendo o que quer, quando quer e do
jeito que quer, vira uma completa desorganização e bagunça, onde as pessoas não se entendem
e o serviço acaba não sendo feito adequadamente. É por isso que existem essas regras práticas,
para o bom funcionamento do ministério.
O que é necessário saber:
 A Santa Missa, parte por parte;
 Os lugares da Igreja;
 Os livros Sagrados;
 Os objetos utilizados na celebração;
 As vestes litúrgicas (os paramentos);
 O Tempo Litúrgico;
 A Espiritualidade de um Acólito.

ALGUNS DEVERES
 Comportamento exemplar, no lar, na Igreja, na escola, no trabalho, na rua, na vida de
um modo geral (convívio social);
 Vestir-se adequadamente em todo momento, em todos os lugares, pois somos morada
do Espírito Santo, somos Sacrário vivo;
 Participação na Santa Missa;
 Manter o respeito no espaço sagrado e demais dependências da Igreja;
 Respeitar e ter zelo com os objetos do Culto.
 Ter atenção;
 Pontualidade aos Atos Litúrgicos, com antecedência de pelo menos 40 minutos;
 Deve-se viver com o auxílio da oração, e das virtudes sobrenaturais, tais
 como a mansidão, paciência e humildade que o próprio Cristo ensina, e conviver
 bem com os demais membros da comunidade, sobretudo com os outros amigos de
ministério.

AS DIVISÕES DO ANO LITÚRGICO


Os mistérios sublimes de nossa fé, como vimos, são celebrados no Ano Litúrgico, e
este se divide em dois grandes ciclos: O ciclo de Natal, em que se celebra o mistério da
Encarnação do Filho de Deus, e o ciclo da Páscoa, em que celebramos o mistério da Paixão,
Morte e Ressurreição do Senhor, como também sua ascensão ao céu e a vinda do Espírito
Santo sobre a Igreja, na solenidade de Pentecostes.
O ciclo de Natal se inicia no Primeiro domingo do Advento e se encerra na Festa do
Batismo do Senhor, tendo seu centro, isto é, sua culminância, na solenidade do Natal. Já o
ciclo da Páscoa tem início na Quarta-Feira de Cinzas, início também da Quaresma, tendo o
seu centro no Tríduo Pascal encerrando- se no Domingo de Pentecostes. A solenidade de
Pentecostes é o coroamento de todo o ciclo da Páscoa.
Entremeando os dois ciclos do Ano Litúrgico, encontra-se um longo período,
chamado “Tempo Comum”. É o tempo verde da vida litúrgica. Após o Natal, exprime a
floração das alegrias natalinas, aí aparecendo o início da vida pública de Jesus, com suas
primeiras pregações. Após o ciclo da Páscoa, este tempo verde anuncia vivamente a floração
das alegrais pascais. Os dois ciclos litúrgicos, com suas duas irradiações vivas do Tempo
Comum, são como que as quatro estações do Ano Litúrgico.
O “SANTORAL” OU “PRÓPRIO DOS SANTOS”
Em todo Ano Litúrgico, exceto nos chamados tempos privilegiados (segunda parte do
Advento, Oitava de Natal, Quaresma, Semana Santa e Oitava de Páscoa), a Igreja celebra a
memória dos Santos. Se no Natal e na Páscoa, Deus apresenta à Igreja o seu projeto de amor
em Cristo Jesus, para a salvação de toda a humanidade, no Santoral, a Igreja apresenta a Deus
os copiosos frutos da redenção, colhidos na plantação de esperança do próprio Filho de Deus.
São os filhos da Igreja, que seguiram fielmente o Cristo Senhor na estrada salvífica do
Evangelho. Em, outras palavras, o Santoral é a resposta solene da Igreja ao convite de Deus
para a santidade.
AS CORES DO ANO LITÚRGICO
Como a Liturgia é ação simbólica, também as cores nela exercem um papel de vital
importância, respeitada a cultura de nosso povo, os costumes e a tradição. Assim, é
conveniente que se dê aqui a cor dos tempos litúrgicos e das festas. A cor diz respeito aos
parâmetros do celebrante, à toalha do altar e do ambão e a outros símbolos litúrgicos da
celebração. Pode-se, pois, assim descrevê-la:
COR ROXA: Usa-se: No Advento, na Quaresma, na Semana Santa (até a
quinta-feira Santa de manhã), e na celebração de Finados, com também nas exéquias.
COR BRANCA: Usa-se: Na Solenidade do Natal, no Tempo do Natal, na Quinta
feira Santa, na Vigília Pascal do Sábado Santo, nas festas do Senhor e na celebração dos
santos. Também no Tempo Pascal é predominante a cor branca.
COR VERMELHA: Usa-se: No domingo da Paixão e de Ramos, na Sexta- feira da
Paixão, no Domingo de Pentecostes e na celebração dos mártires, apóstolos e evangelistas.
COR ROSA: Usa-se: no terceiro Domingo do Advento (chamado “Gaudete”) e no
quarto Domingo da Quaresma chamado “Laetare”). Esses dois domingos são classificados na
Liturgia como “Domingo da Alegria”, por causa do tom jubiloso de seus textos e pela doce e
alegre espera do Verbo Encarnado.
COR PRETA: Pode-se usar na celebração de Finados.
COR VERDE: Usa-se: Em todo o Tempo Comum, exceto nas festas do Senhor nele
celebradas, quando a cor litúrgica é o branco.
NOTA EXPLICATIVA: Se uma festa ou solenidade tomar o lugar da elebração do
tempo litúrgico, usa-se então a cor litúrgica da festa ou solenidade. Exemplo: em 8 de
Dezembro, celebra-se a Solenidade da Imaculada Conceição. Neste caso, a cor litúrgica é
então o branco, e não o roxo do Advento. Este mesmo critério é aplicável para a celebração
dos dias da semana.

ELEMENTOS DA LITURGIA
Também na Liturgia, não só as pessoas comunicam o que trazem em seu Íntimo, mas
também cada elemento que nos rodeia nos põe em relação com o que eles representam. Assim,
o espaço celebrativo, a ornamentação, o cuidado com os objetos litúrgicos, as atitudes dos
membros da Assembleia, tudo nos fala de como é nossa fé, nossa teologia, nosso respeito em
relação aos mistérios que celebramos.
Muitas são as realidades que tocam nossos sentidos, nos comunicam algo e de certo
modo provocam em nós algum tipo de reação. Enumero, a seguir, algumas dessas realidades,
canalizando-as para o campo da Liturgia.
PALAVRA: é o meio mais comum da comunicação entre pessoas (a fonte de
mais mal-entendidos também);
ESPAÇO CELEBRATIVO: é o espaço onde acontece a Ação Llitúrgica. O
estilo da construção, a disposição do altar, dos bancos, cada vez mais devem mostrar o
rosto de uma comunidade de irmãos;
ORNAMENTAÇÃO: refere-se aos objetos artísticos, pinturas, imagens, arranjos que
revelam o bom gosto da comunidade e comunicam Deus em sua mensagem;
VESTIMENTAS: não servem apenas para cobrir e proteger. Elas informam se é dia
de festa ou de trabalho, se temos papel preciso a desempenhar na comunidade ou não. Na
Lliturgia as vestes indicam também a função de cada ministro. As vestes dos ministros
chamam-se paramentos – por isso é preciso que estejam dignamente paramentados (vestes
limpas e não amarrotadas);
OBJETOS LITÚRGICOS: não são apenas coisas concretas, são sinais (símbolos),
por isso transmitem mensagem, não só pela presença deles, mas pelo modo de como são
utilizados ou conservados. A beleza da patena, do cálice e âmbulas, o formato e acabamento
das velas, as flores naturais e sua conservação, tudo isso deve concorrer para uma proveitosa
celebração do memorial da Páscoa de Cristo;
SÍMBOLOS: é a expressão, a manifestação de uma realidade invisível, de uma
experiência profunda. Com efeito, não podemos atingir Deus diretamente, mas pelas
realidades por Ele criadas. Aí encontramos a marca do Criador.
Na Liturgia cristã, o pão e o vinho, unidos à palavra de Cristo na Celebração
Eucarística, tornam o Cristo presente no seio da sua comunidade. Neste caso, o símbolo torna-
se Sacramento.
EXPRESSÃO CORPORAL: é a comunicação do corpo. Nosso modo de olhar,
gesticular, entrar na Igreja, tudo revela nosso interior:
 Gestos (abrir os braços etc...);
 Mãos levantadas: é atitude dos “orantes”. Significa súplica e entrega a Deus. É o
gesto aconselhado por Paulo a Timóteo: “Quero, pois, que os homens orem em
qualquer lugar, levantando ao céu as mãos puras, sem ira e sem contendas” (1Tm
2,8).
 Mãos juntas ou postas: Significa recolhimento interior, busca de Deus, súplica,
confiança e entrega da vida. É atitude de profunda piedade. Esta é a posição que
devemos estar durante as celebrações.

Posturas:
 De pé – posição de quem ouve com atenção e respeito, tendo muita consideração pela
pessoa que fala. Indica prontidão e disposição para obedecer.
 Sentado – posição de quem ouve (aprende);
 Ajoelhado – espírito de humildade e reconhecimento dos próprios erros; ato de profunda
adoração a Deus;
 Prostrados – é o ato de deitar de bruços no chão. É realizado pelo Sacerdote no início da
ação litúrgica da Sexta-Feira Santa – entregar- se, pedir intercessão. Significa morrer para
o mundo e nascer para Deus com uma vida nova e uma nova missão.
 Genuflexão: é um gesto de adoração a Jesus Eucarístico. Fazemos quando entramos na
Capela do Santíssimo e dela saímos, ou numa Igreja se ali existe o sacrário com as Hóstias
Consagradas. Também fazemos genuflexão diante do crucifixo na Sexta-feira Santa em
sinal de adoração. (não é adoração à cruz, mas ao mistério que nele se encerra). O ato de
genufletir é dado quando nos aproximamos da pessoa ou objeto a ser reverenciado e
apoiamos o nosso joelho direito no chão.
 Inclinação: inclinar-se diante de alguém é sinal de grande respeito. É sinal também de
veneração, diante do Santíssimo Sacramento (principalmente quando o acólito segura
algum material), e de respeito diante do altar. Os fiéis podem inclinar a cabeça para
receber a benção solene, logo após o convite do diácono ou do sacerdote.
Procissão: na Missa podemos fazer diversas procissões, se forem convenientes: na
Entrada do Presidente, no Evangelho, no Ofertório, na Comunhão. A história da Salvação
começou com uma “procissão”. Abraão e sua família a caminho da Terra Prometida. As
noções de procissões simbolizam a peregrinação do Povo de Deus para a casa do Pai. Somos
uma Igreja “Peregrina”.
Silêncio: não é somente a ausência de palavras ou ruídos. O silêncio é, acima de tudo,
atitude que envolve a pessoa toda: nas suas dimensões corporal e espiritual.

 Ele é atitude de fé e reverência da Assembléia Litúrgica diante de Deus;


 Oferece condições para que a pessoa penetre mais profundamente o mistério que
celebra;
 É meio para que ressoe no íntimo dos participantes a palavra de Deus, que os
conforta e alimenta-lhes a esperança;
 Leva a pessoa a reconhecer suas potencialidades e seus limites, por Isso, ela
admite que tem muito a aprender de Deus e dos irmãos;

Ruídos na Comunicação: os obstáculos, atrapalhões, incômodos que prejudicam o


bom andamento de qualquer comunicação:
 Andar de lá pra cá;
 Conversar/afinar instrumentos musicais na hora da consagração;
 O chio do microfone;
 Outros mais.

GESTOS, SÍMBOLOS E SINAIS LITÚRGICOS


SINAL
É algo que significa alguma coisa. Podemos dizer que o sinal ou figura é sempre
menor que o seu significado. Por exemplo: quando colocamos galhos ou ramos de árvores em
uma curva na estrada alertamos para os outros carros que pode haver algum acidente ou
veículo parado na estrada logo após a curva; outro exemplo de sinal, agora no meio cristão, é
o uso da vela: a chama de uma vela acesa significa a vida eterna, que nunca se acaba. Observe
que ambos os exemplos são de conhecimento universal.
SÍMBOLO
O símbolo, ao contrário do sinal, exige um conhecimento especial, podendo nada
representar para pessoas que convivem em determinado meio. Exemplificando, os primeiros
cristãos desenhavam peixes nas catacumbas porque a palavra peixe em grego (IXTUS)
correspondia à abreviação da expressão “Jesus Cristo Filho de Deus Salvador”.
GESTOS
Os gestos são movimentos que fazemos com os membros de nosso corpo ou, ainda,
com todo o corpo, que também possui seus significados. Na missa, nossos gestos devem se
sinceros, senão nada representam. Contudo, quando todos fazem o mesmo gesto, demonstra-se
a unidade da comunidade. Para exemplificar, levantamos as mãos quando oramos significando
súplica e entrega a Deus.
O ser humano é, ao mesmo tempo, corporal e espiritual. É matéria e espírito. Sua
percepção das realidades espirituais depende de imagens e de símbolos, e sua comunicação só
é plenamente objetiva na linha de comunhão. Em todas as civilizações e culturas e em todos
os momentos da história, esse dado antropológico é registrado, sem discussões. O homem
percebe as coisas pela linguagem própria, viva e silenciosa das coisas e se situa – ele próprio –
no mundo do mistério. Tendo consciência de sua realidade transcendente, o homem busca a
comunhão no mistério, que se dá, sobretudo na linguagem silenciosa dos símbolos.
De fato, os símbolos nos mostram, em sua visibilidade, uma realidade que
os transcende, invisível. Falam sempre a linguagem do mistério, apontando para além
deles próprios. Por aqui pode-se perceber o quanto é útil e necessária na liturgia esta
linguagem misteriosa dos símbolos, e eles não têm, como objetivo, explicar o mistério que se
celebra, pois o mistério é pra ser vivido, mais do que ser explicado. A finalidade dos símbolos
é adornar, na linguagem simples das coisas criadas, a expressão profunda do mistério, que é
invisível.
Todo símbolo litúrgico deve, pois mergulhar-nos na grandeza do mistério, sem
reduzir este, e sem banalizá-lo, e, como símbolo, deve ser simples, como simples é toda a
criação visível. Sua principal função, sobretudo na Liturgia, é, comunicar-nos aquela verdade
inefável, que brota do mistério de Deus e que, portanto, não se pode comunicar com palavras.
Na participação Litúrgica devemos passar da visibilidade do símbolo, isto é, de seu sentido
imediato, de significante, para a sua dimensão mistérica, invisível, atingindo o s e u
significado, que é o objetivo final de toda realidade simbólica. Se o símbolo não nos leva a
essa passagem para um nível superior de crescimento espiritual. Algo de errado há. Ou ele já
não tem mais força expressiva, simbólica, ou somos nós que falhamos na nossa maneira de
participar da Liturgia. Um exemplo de perda de significação simbólica, podemos citar a batina
dos padres, ou o uso do véu na igreja pelas mulheres. Em nossa cultura, o uso de tais símbolos
litúrgicos, causa espanto em muitas pessoas, que desconhecem a sua singularidade e
significância.
Na Liturgia alguns fatores são simbólicos. Desde a assembleia reunida até a pequenina
chama da vela que arde, tudo é expressão simbólica, que nos remete ao abismo do mistério de
Deus. Na compreensão desse dado Litúrgico está a beleza de todo ato celebrativo, e de sua
consciência que brota já a alegria pascal, como antecipação sacramental das alegrias futuras,
definitivas e eternas.

ALFAIAS LITÚRGICAS
O termo Alfaias deve, neste caso, ser entendido como todos os objetos litúrgicos, ou
usados na Liturgia, que seja de pano, se estende, por usa vez, a tudo o que diz respeito ao culto
e ao uso sagrado. “Com especial zelo a Igreja cuidou que as sagradas alfaias servissem digna e
belamente ao decoro do culto, admitindo aquelas mudanças ou na matéria, ou na forma, ou na
ornamentação que o progresso da técnica da arte trouxe no decorrer dos tempos” (SC 122 c).
Aqui, pode-se ver como a reforma conciliar do Vaticano II se preocupa com a dignidade das
coisas sagradas. Templo, altar, sacrário, imagens, livros litúrgicos, vestes e paramentos, e
todos os objetos devem, pois, manifestar a dignidade do culto, que, como expressão viva de fé,
identifica-se com a natureza de Deus, a quem o povo, congregado pelo Filho e na Luz do
Espírito Santo, adora “em espírito e verdade” (Cf. Jo 4,23-24).
ALFAIAS, OBJETOS, PARAMENTOS E SÍMBOLOS LITÚRGICOS

ALTAR : Mesa onde se realiza a Ceia Eucarística: O Altar é o


próprio cordeiro crucificado.

O Altar, em torno do qual a Igreja está reunida na


celebração da Eucaristia, representam os dois aspectos de
um mesmo mistério: o altar de sacrifício e a mesa do
Senhor, isto tanto mais porque o altar cristão é o símbolo
do próprio Cristo, presente no meio da assembleia de seus
fiéis, ao mesmo tempo com vítima oferecida por nossa
reconciliação e como alimento celeste que se dá a nós.

“O Altar representa o Corpo (de Cristo), e o Corpo de


Cristo está sobre o altar” Santo Ambrósio

AMBÃO: Estante onde o celebrante e os leitores


proclamam a palavra de Deus.

Liturgia da Palavra e Liturgia Eucarística constituem


juntas “um só e mesmo ato do culto”; com efeito, a
mesa preparada para nós na Eucaristia é ao mesmo
tempo a da Palavra de Deus e a do Corpo do Senhor.

ÂMBULA OU CIBÓRIO: É uma espécie de cálice maior e


com tampa onde se colocam as partículas pequenas para
serem consagradas. Após a comunhão é depositada no
sacrário, caso ainda haja hóstias consagradas dentro dela.

ASPERSÓRIO: Objeto para aspergir água benta sobre o


que vai se benzer.
CALDEIRA: Pequeno recipiente para receber água
benta,
Usada juntamente com o Aspersório

CÁLICE: É a taça onde se coloca o vinho que vai ser


consagrado. Foi usado por Jesus na última ceia.
Uso exclusivo do Presbítero.

SINETA OU CARRILHÃO: Pequeno sino utilizado na


Santa Missa durante a Consagração e durante a
Benção do Santíssimo. Serve para anunciar a
presença do Senhor que passa ou se faz presente
em nosso meio
CÍRIO PASCAL: Uma grande vela com cerca de 1 m. de
altura, que recebe o fogo virgem no Sábado de Aleluia.
Nele é assinalado o sinal-da-cruz, o alfa e o ômega, os
números do ano em questão e colocados cinco grãos de
incenso, símbolo das chagas divino-
humana de Jesus.

CORPORAL: Pano quadrangular de linho com uma cruz no


centro, sobre ele é colocado o cálice, a patena, e as
âmbulas para a Consagração.

GALHETAS: São os recipientes onde se coloca a água e o


vinho para serem usados na Celebração Eucarística

GENUFLEXÓRIO: Local próprio para as orações diante


do Santíssimo Sacramento, ou atendimento para Confissões.

HÓSTIA: Partícula de pão ázimo (de farinha e de água)


que o sacerdote consagra
LAVABO: Acompanhado do manustérgio, o lavabo (bacia e
jarra), é utilizado no rito da purificação das mãos do sacerdote
e dos ministros na preparação das oferendas na Missa.

LUNETA: Pequena peça de metal que serve para segurar a


Hóstia Consagrada no Ostensório.

MANUSTÉRGIO: Pequena toalha usada para enxugar os dedos


do celebrante no ofertório

NAVETA: Objeto utilizado para se colocar o incenso,


antes de depositá-lo no turíbulo.
OSTENSÓRIO: Objeto utilizado para expor o Santíssimo e
dar a Benção Eucarística ou para levá-lo em procissão.
Uso exclusivo do Presbítero.

PALA: Como uma tampa branca de linho, rígida, de forma


quadrangular. Serve para ser colocada sobre o cálice e a
patena, para que não caia nenhuma impureza (poeira,
mosquitos etc) na Eucaristia.

PIA BATISMAL: Como o próprio nome diz, é o local


destinado às celebrações deBatismo.
Pulvinária: Almofada revestida com um forro da cor
do tempo litúrgico, que serve para apoiar o Missal e
mantê-lo mais elevado sobre o altar.
SACRÁRIO OU TABERNÁCULO: Local onde são
guardadas as espécies consagradas, durante a Missa.
Deve ser feito de material digno e ficar em local fixo e
seguro.

SANGUÍNEO: Pequeno linho mais estreito que um


guardanapo, reservado exclusivamente para a
purificação do cálice e da patena após a comunhão.
Serve também para o sacerdote enxugar os lábios, os
dedos e o cálice por respeito ao Corpo e Sangue de
Nosso Senhor, pois nada da Eucaristia pode se perder.

TECA: Recipiente utilizado para guarda e transporte da


Eucaristia. É utilizada para se levar a comunhão para os
enfermos. Pode ser pequena ou grande.

TURÍBULO: Vaso de metal usado para queimar o incenso.


VÉU DE ÂMBULA: Pano que serve para cobrir a âmbula
que será depositada na Capela do Santíssimo. É sinal de
respeito com o sagrado e representa a presença do Senhor
na Eucaristia

OUTROS OBJETOS
CASTIÇAL: É a base para uma vela ou mais. Deve fazer conjunto com as demais peças
usadas;
CÁTEDRA: É o lugar onde senta o presidente da celebração;
CREDÊNCIA: É uma mesa de apoio colocada discretamente ao lado (de preferência do lado
direito) do Altar. Não deve ser enfeitada. Nela se colocam as galhetas, cálice, patena, Missal... e tudo o
que for necessário à celebração;
CRUCIFIXO: Fica sobre o altar ou acima dele, lembra que a Ceia do Senhor é inseparável do
seu Sacrifício Redentor. “Na Ceia, Jesus deu aos discípulos o Sangue da Aliança, que ia ser derramado
por muitos, para o perdão dos pecados”;
CRUZ PROCESSIONAL: Usada nas procissões, à frente de qualquer cortejo, e deve
permanecer em lugar nobre no santuário ou presbitério caso não haja outra cruz exposta. Essa cruz
obrigatóriamente precisa ter o Senhor Crucificado.
FLORES: Simples, poucas e discretas, são apenas um sinal de reverência e embelezamento.
Não devem abafar o Mistério celebrado ou se impor. Não se devem colocar sobre o Altar;
IMAGENS: São obras de arte dentro do esquema eclesial. A longa tradição da Igreja sempre
nos legou cultura e arte com fins litúrgico-religiosos;
INCENSO: Resina de aroma suave extraída de diferentes árvores. É queimado no
turíbulo em determinadas celebrações: Missas Solenes, Sdorações ao Santíssimo
Sacramento. Simboliza o desejo de que nossa oração suba aos céus como sobe a fumaça;
LÂMPADA: A lâmpada da Capela do Santíssimo é a lâmpada acesa junto ao
Sacrário e significa a presença do sagrado e divino. Corresponde de certo modo à vigilância
cristã;
MENORÁ: é o castiçal de origem hebraica, usado sempre na Igreja. Deve ser usado
no presbitério substituindo as velas do altar ou na frente do ambão. É composto por 7 velas.
PATENA: Um tipo de pratinho redondo, dourado ou prateado, que acompanha o
cálice, onde é colocada a partícula (pão) grande para a consagração.
PATENA DE COMUNHÃO: um tipo de pratinho oval, dourada ou prateada, com
cabo, utilizada obrigatoriamente, quando se distribui a Eucaristia aos fiéis. Sua finalidade é
impedir que caião ao chão fragmentos do Corpo de Cristo. Após seu uso deve ser purificada
juntamente com os demais objetos do altar, pelo sacerdote.
PRESBITÉRIO: é o espaço onde ocorre propriamente a função litúrgica. É o local
onde ficam o celebrante (o presbítero) e seus auxiliares (acólitos). Convém que se tenha
distinção da nave da Igreja por elevação, ou por especial ornamentação. Seja bastante amplo
para que os ritos sagrados se desenrolem comodamente.
PURIFICATÓRIO: Pequeno vaso com água para ser usado na purificação dos
dedos dos ministros que distribuíram a Eucaristia. Normalmente fica ao lado do sacrário,
para o uso dos MECES (Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística), quando estes
vão buscar a Comunhão para os enfermos;
TOALHA: A toalha do altar deve reduzir-se ao tamanho da mesa, parte superior, ou
cair dos lados, para não decapar o altar, fazendo, assim, que ignoremos o símbolo mais
importante do edifício cristão.

VESTES LITÚRGICAS

ALVA: Veste branca e longa usada pelo celebrante,


abaixo da casula, durante a Santa Missa. Significa a
brancura que o sangue de Cristo nos deixa depois da
purificação que ele realiza em nós
AMITO: Pequeno linho colocado sobre as costas
amarrado no pescoço. Cobrindo a camisa clerical.
Significa o “elmo da salvação”. Tal elmo deverá proteger
os ministros de desejos ou pensamentos desordenados
durante a celebração.

BATINA E SOBREPELIZ: A sobrepeliz é uma veste branca,


comprida até a altura dos joelhos utilizada sobre a batina preta
pelos seminaristas e sacerdotes. Pode ser utilizada pelos
acólitos, quando a batina é vermelha. Significa que ele é um ser
revestido de Cristo, que diz ‘estou à serviço de Deus'”,

CASULA: Veste sacerdotal usada sobre a alva ou túnica,


cobrindo todas as vestimentas com a cor litúrgica do dia.
Utilizada nas festas, solenidade e Domingos.

CÍNGULO: Cinto ou cordão que é amarrado na cintura


sobre a túnica. O Sacerdote o utiliza para prender a
estola sobre a alva
ou túnica.

ESTOLA DIACONAL: O diácono a coloca de revés sobre o


ombro esquerdo, sua cor varia com o tempo litúrgico.

ESTOLA SACERDOTAL: Bispos e sacerdotes levam-na


pendurada ao pescoço até abaixo do joelho, de
maneira paralela sobre a alva ou túnica. Sua cor varia
com o tempo litúrgico e é indispensável na Santa
Missa. Representa o poder e a dignidade que devem
estar a serviço.

TÚNICA: Veste branca e longa, semelhante à alva, usada


pelo celebrante e pelos ministros (acólitos),
indispensávelmente,
durante a Santa Missa.

VÉU UMERAL: É o pano com o qual se cobre os ombros do


Sacerdo te enquanto concede a Benção Eucarística ou
translada
o Santíssimo Sacramento

INSÍGNIAS EPISCOPAIS

BÁCULO: É uma das insígnias do Bispo. Longo bastão curvado


na extremidade, trazendo ou não, um símbolo. Representa
seu serviço como pastor do povo de Deus.

MITRA: Corresponde no pontifical romano ao capacete de


defesa do soldado da verdade. O Bispo a põe na cabeça todas
as vezes que muda de ação e/ou lugar na celebração, quando
está sentado, ao dar a benção solene, quando é incensado ou
lava as mãos.
SOLIDÉU: Barretinho vermelho com que os Bispos cobrem
a cabeça:assim chamado por ser retirado somente diante
do Santíssimo Sacramento

LIVROS LITÚRGICOS

MISSAL: É um Livro Sagrado que contém todo o ritual


da Missa, exceto as leituras bíblicas.

EVANGELIÁRIO: É um livro Sagrado que contém o texto


do Evangelho para as celebrações dominicais e para as
grandes Solenidades. É carregado Solenemente na
procissão de entrada e de saída. Permanece sobre o altar
até a hora em que é levado para o ambão.

LECIONÁRIOS: Livros Sagrados que contém as leituras


bíblicas para a Missa.
Existem 03 tipos de Lecionários: Dominical, Semanal e Santoral.

LECIONÁRIO DOMINICAL
Constitui de três partes, que correspondem a um ciclo de leituras de 03 anos. Isto
quer dizer que a cada 03 anos voltam às mesmas leituras.

 O ANO A: percorre o Evangelho de São Mateus;


 O ANO B: percorre o Evangelho de São Marcos e o
capítulo 6 de São João.
 O ANO C: percorre o Evangelho de São Lucas.
Nas grandes Festas e nos Tempos Litúrgicos “fortes” (Advento, Natal, Quaresma,
Tempo Pascal), o Evangelho é quase sempre tirado de São João.
A Primeira Leitura sempre é de um Livro do Antigo Testamento e acompanha o
sentido do Evangelho daquele dia. (No Tempo Pascal, a primeira leitura é dos Atos
dos Apóstolos).
O Salmo Responsorial (salmo de resposta) também consta no Lecionário. Ele
acompanha o sentido da primeira leitura.
A Segunda Leitura é independente. Não tem ligação com o Evangelho e nem com
a Primeira Leitura. (A não ser nas Festas e nos Tempos Litúrgicos fortes). É uma
leitura semi-contínua das cartas do Novo Testamento ou do Apocalipse.
Também a Aclamação ao Evangelho faz parte do Lecionário, porque, em geral,
acompanha o sentido do Evangelho.
LECIONÁRIO SEMANAL
É um Livro Sagrado com as leituras selecionadas para os dias da
semana. Para cada dia temos a Primeira Leitura, o Salmo, a Aclamação ao
Evangelho e o Evangelho. A Primeira Leitura e o Salmo, percorre um ciclo
de dois anos: ano par (1994,96,98...), ano ímpar (1997,99...). O Evangelho é
o mesmo para os dois anos.
LECIONÁRIO SANTORAL
É o Lecionário que contém as leituras próprias para os dias dedicados
aos Santos (Festas, Memórias e Solenidades).
Neste Lecionário também se encontram as leituras próprias para as
missas votivas (Eucaristia, Espírito Santo etc..), (Nossa Senhora, Mártires
etc.) e para as diversas circunstâncias.
DIRETÓRIO LITÚRGICO
O diretório litúrgico é um livro, por onde podemos nos guiar para
saber o que é celebrado na Liturgia, a cada dia do ano.

ANOTAÇÕES
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