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Apresentação
Amados irmãos
Que a graça e a paz do Senhor estejam com todos vocês. Em primeiro lugar
gostaríamos de dar-lhes as boas-vindas para o nosso Curso de Formação para Acólitos, que
ora iniciamos.
Será um longo caminho, mas espero que todos se empenhem para que esta formação
seja séria, eficiente e eficaz. Afinal, para ser um bom acólito é preciso comprometimento e
compromisso. Portanto, sejam assíduos e interessados aos encontros de formação.
Nesse importante ministério da Igreja, é preciso não esquecer que nosso trabalho, que
é doação e entrega, necessita ser vivido em profundidade com a fé, amor e humildade.
Por isso é preciso se preparar bem para exercer com responsabilidade todas as funções
e tarefas atribuídas. É preciso viver a espiritualidade do ministério com dedicação e amor.
O QUE É UM ACÓLITO
Acólito, na Igreja Católica é o ministro que acompanha e serve o celebrante nos atos
litúrgicos. O acólito é instituído para servir ao altar e auxiliar o sacerdote e o diácono.
Compete-lhe principalmente preparar o altar e os objetos sagrados.
O Acólito auxilia o sacerdote principalmente na celebração da Santa Missa e dos
demais atos litúrgicos, como casamento, batizados, crismas, Primeira Eucaristia etc...
O Acólito recebe um chamado para o ministério. São chamados a participar da Igreja,
assumindo um compromisso com a comunidade. Não é um privilégio pessoal, mas um serviço
que prestamos à comunidade.
Na celebração, cada um deve fazer a sua parte. Por isso, é importante que o Acólito
saiba qual é o seu papel na celebração, para que ele não faça aquilo que não lhe compete,
ocupando o lugar de outro ministro.
O acólito deve ser formado para que celebre a Eucaristia com alegria e desembaraço,
que seja atuante, ativo, se responsabilizando pelos determinados ofícios e tarefas. Dessa forma
os acólitos têm a oportunidade de iniciar e realizar sua caminhada de Igreja, ao encontro do
Senhor.
Do acólito exigem-se piedade, postura, respeito para com os ministérios, respeito para
com o sacerdote, respeito e atenção para com os fiéis da assembleia, respeito para com o
templo (desde cedo ele deve se acostumar a tratar santamente o lugar sagrado).
DIRETRIZES BÁSICAS
Tudo na vida precisa de regras para funcionar bem e evitar injustiças. Assim também
acontece com o ministério de Acólitos. Se cada um sair fazendo o que quer, quando quer e do
jeito que quer, vira uma completa desorganização e bagunça, onde as pessoas não se entendem
e o serviço acaba não sendo feito adequadamente. É por isso que existem essas regras práticas,
para o bom funcionamento do ministério.
O que é necessário saber:
A Santa Missa, parte por parte;
Os lugares da Igreja;
Os livros Sagrados;
Os objetos utilizados na celebração;
As vestes litúrgicas (os paramentos);
O Tempo Litúrgico;
A Espiritualidade de um Acólito.
ALGUNS DEVERES
Comportamento exemplar, no lar, na Igreja, na escola, no trabalho, na rua, na vida de
um modo geral (convívio social);
Vestir-se adequadamente em todo momento, em todos os lugares, pois somos morada
do Espírito Santo, somos Sacrário vivo;
Participação na Santa Missa;
Manter o respeito no espaço sagrado e demais dependências da Igreja;
Respeitar e ter zelo com os objetos do Culto.
Ter atenção;
Pontualidade aos Atos Litúrgicos, com antecedência de pelo menos 40 minutos;
Deve-se viver com o auxílio da oração, e das virtudes sobrenaturais, tais
como a mansidão, paciência e humildade que o próprio Cristo ensina, e conviver
bem com os demais membros da comunidade, sobretudo com os outros amigos de
ministério.
ELEMENTOS DA LITURGIA
Também na Liturgia, não só as pessoas comunicam o que trazem em seu Íntimo, mas
também cada elemento que nos rodeia nos põe em relação com o que eles representam. Assim,
o espaço celebrativo, a ornamentação, o cuidado com os objetos litúrgicos, as atitudes dos
membros da Assembleia, tudo nos fala de como é nossa fé, nossa teologia, nosso respeito em
relação aos mistérios que celebramos.
Muitas são as realidades que tocam nossos sentidos, nos comunicam algo e de certo
modo provocam em nós algum tipo de reação. Enumero, a seguir, algumas dessas realidades,
canalizando-as para o campo da Liturgia.
PALAVRA: é o meio mais comum da comunicação entre pessoas (a fonte de
mais mal-entendidos também);
ESPAÇO CELEBRATIVO: é o espaço onde acontece a Ação Llitúrgica. O
estilo da construção, a disposição do altar, dos bancos, cada vez mais devem mostrar o
rosto de uma comunidade de irmãos;
ORNAMENTAÇÃO: refere-se aos objetos artísticos, pinturas, imagens, arranjos que
revelam o bom gosto da comunidade e comunicam Deus em sua mensagem;
VESTIMENTAS: não servem apenas para cobrir e proteger. Elas informam se é dia
de festa ou de trabalho, se temos papel preciso a desempenhar na comunidade ou não. Na
Lliturgia as vestes indicam também a função de cada ministro. As vestes dos ministros
chamam-se paramentos – por isso é preciso que estejam dignamente paramentados (vestes
limpas e não amarrotadas);
OBJETOS LITÚRGICOS: não são apenas coisas concretas, são sinais (símbolos),
por isso transmitem mensagem, não só pela presença deles, mas pelo modo de como são
utilizados ou conservados. A beleza da patena, do cálice e âmbulas, o formato e acabamento
das velas, as flores naturais e sua conservação, tudo isso deve concorrer para uma proveitosa
celebração do memorial da Páscoa de Cristo;
SÍMBOLOS: é a expressão, a manifestação de uma realidade invisível, de uma
experiência profunda. Com efeito, não podemos atingir Deus diretamente, mas pelas
realidades por Ele criadas. Aí encontramos a marca do Criador.
Na Liturgia cristã, o pão e o vinho, unidos à palavra de Cristo na Celebração
Eucarística, tornam o Cristo presente no seio da sua comunidade. Neste caso, o símbolo torna-
se Sacramento.
EXPRESSÃO CORPORAL: é a comunicação do corpo. Nosso modo de olhar,
gesticular, entrar na Igreja, tudo revela nosso interior:
Gestos (abrir os braços etc...);
Mãos levantadas: é atitude dos “orantes”. Significa súplica e entrega a Deus. É o
gesto aconselhado por Paulo a Timóteo: “Quero, pois, que os homens orem em
qualquer lugar, levantando ao céu as mãos puras, sem ira e sem contendas” (1Tm
2,8).
Mãos juntas ou postas: Significa recolhimento interior, busca de Deus, súplica,
confiança e entrega da vida. É atitude de profunda piedade. Esta é a posição que
devemos estar durante as celebrações.
Posturas:
De pé – posição de quem ouve com atenção e respeito, tendo muita consideração pela
pessoa que fala. Indica prontidão e disposição para obedecer.
Sentado – posição de quem ouve (aprende);
Ajoelhado – espírito de humildade e reconhecimento dos próprios erros; ato de profunda
adoração a Deus;
Prostrados – é o ato de deitar de bruços no chão. É realizado pelo Sacerdote no início da
ação litúrgica da Sexta-Feira Santa – entregar- se, pedir intercessão. Significa morrer para
o mundo e nascer para Deus com uma vida nova e uma nova missão.
Genuflexão: é um gesto de adoração a Jesus Eucarístico. Fazemos quando entramos na
Capela do Santíssimo e dela saímos, ou numa Igreja se ali existe o sacrário com as Hóstias
Consagradas. Também fazemos genuflexão diante do crucifixo na Sexta-feira Santa em
sinal de adoração. (não é adoração à cruz, mas ao mistério que nele se encerra). O ato de
genufletir é dado quando nos aproximamos da pessoa ou objeto a ser reverenciado e
apoiamos o nosso joelho direito no chão.
Inclinação: inclinar-se diante de alguém é sinal de grande respeito. É sinal também de
veneração, diante do Santíssimo Sacramento (principalmente quando o acólito segura
algum material), e de respeito diante do altar. Os fiéis podem inclinar a cabeça para
receber a benção solene, logo após o convite do diácono ou do sacerdote.
Procissão: na Missa podemos fazer diversas procissões, se forem convenientes: na
Entrada do Presidente, no Evangelho, no Ofertório, na Comunhão. A história da Salvação
começou com uma “procissão”. Abraão e sua família a caminho da Terra Prometida. As
noções de procissões simbolizam a peregrinação do Povo de Deus para a casa do Pai. Somos
uma Igreja “Peregrina”.
Silêncio: não é somente a ausência de palavras ou ruídos. O silêncio é, acima de tudo,
atitude que envolve a pessoa toda: nas suas dimensões corporal e espiritual.
ALFAIAS LITÚRGICAS
O termo Alfaias deve, neste caso, ser entendido como todos os objetos litúrgicos, ou
usados na Liturgia, que seja de pano, se estende, por usa vez, a tudo o que diz respeito ao culto
e ao uso sagrado. “Com especial zelo a Igreja cuidou que as sagradas alfaias servissem digna e
belamente ao decoro do culto, admitindo aquelas mudanças ou na matéria, ou na forma, ou na
ornamentação que o progresso da técnica da arte trouxe no decorrer dos tempos” (SC 122 c).
Aqui, pode-se ver como a reforma conciliar do Vaticano II se preocupa com a dignidade das
coisas sagradas. Templo, altar, sacrário, imagens, livros litúrgicos, vestes e paramentos, e
todos os objetos devem, pois, manifestar a dignidade do culto, que, como expressão viva de fé,
identifica-se com a natureza de Deus, a quem o povo, congregado pelo Filho e na Luz do
Espírito Santo, adora “em espírito e verdade” (Cf. Jo 4,23-24).
ALFAIAS, OBJETOS, PARAMENTOS E SÍMBOLOS LITÚRGICOS
OUTROS OBJETOS
CASTIÇAL: É a base para uma vela ou mais. Deve fazer conjunto com as demais peças
usadas;
CÁTEDRA: É o lugar onde senta o presidente da celebração;
CREDÊNCIA: É uma mesa de apoio colocada discretamente ao lado (de preferência do lado
direito) do Altar. Não deve ser enfeitada. Nela se colocam as galhetas, cálice, patena, Missal... e tudo o
que for necessário à celebração;
CRUCIFIXO: Fica sobre o altar ou acima dele, lembra que a Ceia do Senhor é inseparável do
seu Sacrifício Redentor. “Na Ceia, Jesus deu aos discípulos o Sangue da Aliança, que ia ser derramado
por muitos, para o perdão dos pecados”;
CRUZ PROCESSIONAL: Usada nas procissões, à frente de qualquer cortejo, e deve
permanecer em lugar nobre no santuário ou presbitério caso não haja outra cruz exposta. Essa cruz
obrigatóriamente precisa ter o Senhor Crucificado.
FLORES: Simples, poucas e discretas, são apenas um sinal de reverência e embelezamento.
Não devem abafar o Mistério celebrado ou se impor. Não se devem colocar sobre o Altar;
IMAGENS: São obras de arte dentro do esquema eclesial. A longa tradição da Igreja sempre
nos legou cultura e arte com fins litúrgico-religiosos;
INCENSO: Resina de aroma suave extraída de diferentes árvores. É queimado no
turíbulo em determinadas celebrações: Missas Solenes, Sdorações ao Santíssimo
Sacramento. Simboliza o desejo de que nossa oração suba aos céus como sobe a fumaça;
LÂMPADA: A lâmpada da Capela do Santíssimo é a lâmpada acesa junto ao
Sacrário e significa a presença do sagrado e divino. Corresponde de certo modo à vigilância
cristã;
MENORÁ: é o castiçal de origem hebraica, usado sempre na Igreja. Deve ser usado
no presbitério substituindo as velas do altar ou na frente do ambão. É composto por 7 velas.
PATENA: Um tipo de pratinho redondo, dourado ou prateado, que acompanha o
cálice, onde é colocada a partícula (pão) grande para a consagração.
PATENA DE COMUNHÃO: um tipo de pratinho oval, dourada ou prateada, com
cabo, utilizada obrigatoriamente, quando se distribui a Eucaristia aos fiéis. Sua finalidade é
impedir que caião ao chão fragmentos do Corpo de Cristo. Após seu uso deve ser purificada
juntamente com os demais objetos do altar, pelo sacerdote.
PRESBITÉRIO: é o espaço onde ocorre propriamente a função litúrgica. É o local
onde ficam o celebrante (o presbítero) e seus auxiliares (acólitos). Convém que se tenha
distinção da nave da Igreja por elevação, ou por especial ornamentação. Seja bastante amplo
para que os ritos sagrados se desenrolem comodamente.
PURIFICATÓRIO: Pequeno vaso com água para ser usado na purificação dos
dedos dos ministros que distribuíram a Eucaristia. Normalmente fica ao lado do sacrário,
para o uso dos MECES (Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística), quando estes
vão buscar a Comunhão para os enfermos;
TOALHA: A toalha do altar deve reduzir-se ao tamanho da mesa, parte superior, ou
cair dos lados, para não decapar o altar, fazendo, assim, que ignoremos o símbolo mais
importante do edifício cristão.
VESTES LITÚRGICAS
INSÍGNIAS EPISCOPAIS
LIVROS LITÚRGICOS
LECIONÁRIO DOMINICAL
Constitui de três partes, que correspondem a um ciclo de leituras de 03 anos. Isto
quer dizer que a cada 03 anos voltam às mesmas leituras.
ANOTAÇÕES
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