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PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA GRAÇA

MORRO DO CHAPÉU – BA
DIOCESE DE IRECÊ

APOSTILA DE FORMAÇÃO PARA NOVOS COROINHAS – 4ª ed.

1. O QUE É O COROINHA?

Menino ou menina que, na Igreja, exerce o papel de acólito nas


funções litúrgicas. O Acólito é instituído para servir ao altar e auxiliar
o sacerdote e o diácono.

O coroinha ajuda na Missa. Ele não é apenas um enfeite. Ele tem


uma função importante: desempenhar um ministério, um serviço.

O coroinha é um acólito extraordinário, ou seja, um acólito não-


instituído. Em outras palavras, ele é um ministro extraordinário do
altar: aquele que auxilia os sacerdotes nas funções do altar.

Coroinha é um termo presente na tradição litúrgica do Brasil. Nos documentos


da Igreja não existe qualquer menção aos coroinhas. Existe apenas os acólitos
instituídos e os acólitos não-instituídos. Os acólitos não instituídos são os
popularmente chamados de coroinhas.
Obs.: existe uma diferença significativa entre acólitos instituídos e acólitos não instituídos:
Os acólitos instituídos são aqueles que são chamados e instituídos pelo bispo após um longo
e profundo tempo preparação – como no caso dos seminaristas, por exemplo. Seu
ministério pode ser exercido em toda instância de sua diocese.
Os acólitos não instituídos são aqueles que são chamados pelo pároco de sua paróquia para
exercerem um ministério extraordinário na liturgia após um período de preparação mais
breve do que o dos acólitos instituídos.

Jesus foi o primeiro de todos os acólitos, pois disse um dia estas palavras: “Eu
estou no meio de vós como aquele que serve” (Lc 22, 27b).

O coroinha deve ser cada vez mais alguém que gosta de


servir a Deus e aos seus irmãos na vida, a começar pelos que
moram em sua casa e com os que com eles convivem mais de perto,
e também na liturgia.

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Acólito é um termo de origem grega, “akólouthos”, e significa servidor,
seguidor ou acompanhante. A palavra chegou até nós por meio do latim, “acolythus”,
e virou acólito. Acolitar significa acompanhar no caminho. O acólito é aquele que, na
celebração da liturgia, segue outras pessoas para as servir e ajudar.

Já a origem da palavra coroinha não é bem certa. A versão mais conhecida é a


que vem do latim, “pueri chori”, que significa menino do coro. Os meninos do coro,
que cantavam durante a celebração da Missa, às vezes eram chamados para auxiliar
os padres no serviço do altar. Os “meninos do coro” eram chamados de coroinhas.

A presença de meninos que auxiliavam nas celebrações litúrgicas é antiga. As


citações históricas mais antigas sobre a existência de coroinhas datam do ano 250
após o nascimento de Cristo.
Obs.: Uma outra versão do surgimento do nome coroinha é a seguinte: antigamente, antes
de serem ordenados, os padres recebiam várias ordens, conhecidas como ordens menores:
ostiário, leitor, exorcista e acólito. Ao receber as ordens menores, os jovens recebiam a
tonsura, uma espécie de coroa que era feita na cabeça, e marcava a iniciação na vida
clerical. Os que ajudavam no altar, devido à coroa que possuíam na cabeça, ficaram
conhecidos como coroinhas.

Ao longo da história da Igreja, a função de coroinha foi realizada somente por


meninos. Porém, em 1994, o papa João Paulo II autorizou que meninas também
servissem ao Altar do Senhor. A Carta Encíclica Redemptionis Sacramentum prevê
essa circunstância. Atualmente, em muitas paróquias, a função de coroinha é
permitida também às meninas.

Os coroinhas têm a função de ajudar na liturgia da Celebração Eucarística,


tornando-a mais bonita e solene. Os coroinhas têm que demonstrar muito amor e
carinho no auxílio na Santa Missa, sempre alegres e dispostos a ajudar a Jesus
Cristo, que se faz presente no Mistério Eucarístico.

Para os coroinhas, é uma honra ajudar nas Missas porque, depois do padre e
dos ministros extraordinários da Comunhão Eucarística, são os que mais se
aproximam do Mistério de Jesus Sacramentado, no ato da Consagração.

Do coroinha, exige-se as seguintes coisas:


 piedade, postura e respeito para com o ministério;
 respeito para com o sacerdote;
 atenção para com os fiéis da assembleia;
 respeito para com o templo (pois é um lugar sagrado);
 e atitudes exemplares na família, na escola, na sociedade, etc.
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SAIBA MAIS: Ser coroinha é estar a serviço do altar e do próximo.
Servir ao altar não é apenas ajudar o padre, transportar os objetos litúrgicos ou
executar as funções que lhe são próprias. Servir ao altar é muito mais: é participar do
Mistério Pascal de Cristo, ou seja, da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo. Servir ao
altar é estar aos pés da cruz, é contemplar o Cristo ressuscitado com os olhos da fé e
viver alegremente o Evangelho.
Estar a serviço do próximo é estar pronto para a doação e a entrega, é ser amparo e
consolo para os que necessitam, é saber amar e viver a caridade. A vida de Cristo foi
dedicada a servir o próximo. Da mesma forma, o coroinha é chamado a servir como
Cristo serviu.
No seu serviço, o coroinha deve buscar sempre a alegria e a disposição, o contato
fraterno e amigo, o respeito e a dedicação às coisas sagradas. O jovem deve demonstrar
que vive sua fé, que observa os Mandamentos de Deus e que procura sempre ser justo
e correto. Deve continuamente dar testemunho de que Cristo é o seu Senhor e Mestre.
Na vida do coroinha, a oração é fundamental. É pela oração que o jovem aprende a
se relacionar com Deus, a se tornar íntimo do Senhor. Na oração, recebem-se as graças
de Deus, o auxílio para os momentos difíceis e a força para superar o pecado e as falhas
pessoais. Sem oração não se pode servir ao altar, pois como vamos estar com Cristo se
não temos intimidade com Ele? É a oração que permite ao coroinha exercer o seu serviço
ao próximo e ao altar de forma digna.
Ser coroinha é viver a Eucaristia, é viver Cristo em todos os momentos da vida. A
Eucaristia é a fonte de todas as graças, é o alimento que fortalece a alma e nos conduz
ao Pai. Ao viver a Eucaristia, o coroinha vive o seu ministério com mais dignidade,
dedicação, oração e amor e, dessa forma, santifica-se e aproxima-se cada vez mais de
Deus.

2. DEVERES E RESPONSABILIDADES DOS COROINHAS

2.1 O que um bom coroinha deve ter?

Espírito de disponibilidade: está pronto para ajudar.

Espírito de equipe: ninguém constrói nada sozinho, muito


menos a Igreja e o Reino de Deus. Portanto, no grupo de
coroinhas não deve haver espírito de competição, mas de ajuda,
de companheirismo e de amizade.

Espírito de fé: a Santa Missa é o momento mais forte da vida da comunidade.


Nela, é celebrado verdadeiramente o memorial da morte e ressurreição de Jesus
Cristo, mediante a oferta ritual do pão e do vinho. Por este motivo, o coroinha não
está no presbitério como se estivesse fazendo um teatro. Ele está ali para ajudar
a comunidade a rezar. Assim, deve participar da celebração com atenção e piedade.

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2.2 O que é preciso para ser um coroinha?

Não são necessários muitos requisitos. Basta o seguinte:

 ter vontade sincera de ajudar na liturgia;


 aprender a exercer as funções litúrgicas próprias dos coroinhas;
 ser disponível para Deus e para a comunidade;
 ter espírito sensível: estar atento às necessidades;
 esforçar-se para ser bom, procurando viver o que Jesus ensinou.

2.3 Quais os conhecimentos básicos que os coroinhas


devem ter?

 sobre os ensinamentos da Igreja;


 sobre a Santa Missa, parte por parte;
 sobre o calendário litúrgico e as cores litúrgicas;
 sobre os espaços, os símbolos e as funções litúrgicas;
 sobre as vestes, os livros e os objetos litúrgicos.

2.4 Responsabilidades dos coroinhas:

1. Participar das reuniões, missas e demais compromissos assumidos;

2. Ser pontual. Chegar a tempo para as reuniões e celebrações;

3. Estar sempre limpo, cabelos penteados, calçados e roupas bem arrumadas;

4. Ser cuidadoso com as coisas da Igreja e do altar. Tratar os utensílios litúrgicos


com respeito, como objetos destinados ao culto Divino;

5. Ser humilde e prestar atenção ao que lhe for ensinado pelas pessoas
encarregadas de sua formação;

6. Durante os atos litúrgicos, evitar conversas, risos ou brincadeiras;

7. Ser educado com relação aos colegas e todas as pessoas da comunidade;

8. Cultivar o gosto pela oração e ler um trecho da Bíblia cada dia;

9. Dedicar-se ao estudo da liturgia, a fim de celebrar cada vez melhor;

10. Observar o silêncio na Igreja e na sacristia e manter a concentração,


principalmente antes de começar algum ato litúrgico.

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SAIBA MAIS: A missão do coroinha.
O Coroinha tem como missão fundamental auxiliar nas Celebrações Eucarísticas e nos
demais serviços da comunidade e dar testemunho da radicalidade do amor de Deus que
chama a muitos, como outrora a Tarcísio, a Domingos Sávio, a Maria Goretti e a Adílio, a
dar sua contribuição na construção do Reino de Deus no ambiente onde está inserido, seja
na família, no grupo de coroinhas, na comunidade, na escola, etc.
Por atuar diretamente nos serviços do altar e da comunidade, o coroinha também tem
por missão o zelo pela comunidade como ambiente de oração, favorecendo a oração
comunitária e o bom ambiente celebrativo, além de defender a Eucaristia, a exemplo de seu
padroeiro São Tarcísio.

3. ESPIRITUALIDADE DOS COROINHAS

Por atuar diretamente nos serviços do altar, a espiritualidade central do


coroinha é a Espiritualidade Eucarística.

O coroinha, em cada Celebração Eucarística, torna-se


pequeno guardião e defensor da Sacralidade da Eucaristia.
É chamado a dar testemunho da Presença Real de Cristo na
Eucaristia e das bênçãos que Ele derrama em sua Igreja. A
piedade, a oração, a adoração, a reverência e o gosto pelos
demais sacramentos também são marcas da espiritualidade
que o coroinha deve cultivar em sua vida.

Para que isso possa ser realizado com êxito, os coroinhas contam com a
intercessão dos seus santos padroeiros. São eles: São Tarcísio, Santa Maria
Goretti, São Domingos Sávio, Beato Adílio Daronch e o seu Anjo da Guarda.

São Tarcísio é mártir da Eucaristia. Sendo coroinha, soube


defender a sacralidade da Eucaristia até a morte. É testemunho de
um coroinha que soube cumprir a sua missão. Santa Maria Goretti
morreu com a idade de 12 anos e é símbolo da pureza e da reta
intensão em servir o Senhor, não temendo doar a própria vida por
isso. São Domingos Sávio viveu intensamente o seu lema: “Antes
morrer do que pecar”. No século XX, Beato Adílio é testemunho da
mesma missão de São Tarcísio nos primeiros séculos do cristianismo,
doando a sua própria vida pela evangelização, enquanto cumpria sua
missão de coroinha.

Estes são testemunhos concretos da missão e da importância


dos coroinhas na Igreja. São impulso e coragem para que cada

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coroinha possa sempre servir e amar a Cristo e a sua Igreja. Lembra a todos os
coroinhas da bela missão que têm e da importância de levá-la a sério.

A oração do Santo Anjo, a devoção para com a Eucaristia e o exemplo de fé e


amor desses santos serão sempre a marca da espiritualidade do Coroinha.

4. SÃO TARCÍSIO, PADROEIRO DOS COROINHAS

Muito pouco se sabe sobre a vida de São Tarcísio. Mas


os fatos que temos conhecimento nos mostram sua grandeza.

Tarcísio pertencia à comunidade cristã de Roma. Era


acólito, isto é, coroinha na Igreja. No decorrer da terrível
perseguição do imperador Valeriano (Século III), muitos
cristãos estavam sendo presos e condenados à morte. Nas
tristes prisões à espera do martírio, os cristãos desejavam
ardentemente poder receber a Eucaristia. O difícil era conseguir entrar nas
cadeias para levar a Comunhão.

Nas vésperas de numerosas execuções de mártires, o Papa Sisto II não sabia


como levar a Eucaristia à cadeia. Foi então que o acólito Tarcísio, com cerca de 12
anos de idade, ofereceu-se dizendo estar pronto para esta piedosa tarefa. Diante
do perigo, Tarcísio afirmava que se sentia forte, disposto a morrer ante entregar
as Sagradas Hóstias aos pagãos.

Comovido com esta coragem, o papa lhe entregou numa caixinha de prata as
Hóstias que deviam servir como alimento espiritual aos próximos mártires. Mas,
passando Tarcísio pela via Ápia, uns rapazes notaram seu comportamento estranho
e começaram a indagar o que trazia, já suspeitando de algum segredo dos cristãos.
Ele, porém, negou-se a responder terminantemente. Bateram nele e o apedrejaram.
Depois de morto, revistaram-lhe o corpo, mas nada acharam com referência ao
Sacramento da Eucaristia. Seu corpo foi recolhido por um soldado, ocultamente
cristão, que o levou às catacumbas, onde recebeu honorifica sepultura.

Tarcísio teve uma atitude heroica. Ele viveu a sua fé de forma heroica. Isto é,
com a bravura de um soldado. Lutou e defendeu a causa do Evangelho por amor a
Jesus Cristo. Ele disse: “Ó meu Jesus, ninguém Vos tirará do meu coração!”

O comovente protetor da Eucaristia, o mártir e acólito Tarcísio, foi declarado


Padroeiro dos coroinhas e acólitos, que servem ao altar e ajudam na Celebração
Eucarística. A sua memória é celebrada no dia 15 de agosto, a cada ano.
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4.1 Santos copadroeiros dos coroinhas

SÃO DOMINGOS SÁVIO


Nasceu em 2 de abril de 1842 em Riva, na Itália, numa família pobre em bens materiais, mas rica
em fé. Foi aluno de Dom Bosco. Toda a sua vida foi marcada por uma busca pela santidade. Ele tinha
dois grandes sonhos: tornar-se padre e alcançar a santidade.
Ao fazer a sua primeira comunhão, tendo apenas sete anos, Domingos fez os seguintes
juramentos: me confessarei muito e farei a comunhão todas as vezes que o confessor me permitir;
quero santificar os dias festivos; os meus amigos serão Jesus e Maria; antes a morte do que o pecado.
O jovem Domingos Sávio teve uma vida de muita sensibilidade e, em pouco tempo, percorreu um longo
caminho de santidade.
Tudo isso não passou despercebidos por Dom Bosco, seu professor e orientador espiritual. Ele o
encaminhou para a vida religiosa. Domingos Sávio se consagrou a Maria e, a partir disso, fez um grande
progresso na vida espiritual.
Porém, uma terrível doença recaiu sobre ele, a qual não o permitiu alcançar o seu sonho de ser
padre. Ele morreu em 9 de março de 1857, quando tinha 14 anos. Todavia, o seu sonho maior, o de se
tornar santo, foi alcançado por causa da sua vida exemplar.
A sua memória é celebrada a cada ano no dia 9 de março.

SANTA MARIA GORETTI


Nasceu em Corinaldo, na Itália, em 1890. Era de família pobre, numerosa e camponesa, mas
muito temente a Deus. Com a morte do pai, a família de Maria Goretti foi morar num local perto de
Roma com uma família composta por um pai viúvo e dois filhos, sendo um deles Alexandre.
Aconteceu que este jovem por várias vezes tentou seduzir Goretti, que ficava em casa para cuidar
dos irmãozinhos. Por ser uma menina temente a Deus, Goretti sempre recusou as suas seduções. Ela
dizia: “Não, não, Deus não quer; é pecado!”
Em 1902, numa certa feita, Goretti estava em casa e em oração quando Alexandre tentou seduzi-
la novamente. Goretti mais uma vez disse um grande NÃO para ele. Em resposta a este “NÃO”,
Alexandre a esfaqueou até à morte. Enquanto padecia, ela disse: “Sim, eu o perdoo… Lá no céu, rogarei
para que ele se arrependa… Quero que ele esteja junto comigo na glória eterna”.
O martírio desta adolescente de apenas 12 anos foi a causa do arrependimento e da conversão
desse jovem assassino, que, depois de sair da cadeia, participou da canonização dessa santa ao lado
da mãe dela, que o perdoou também.
Santa Maria Goretti se manteve pura e santa por causa do seu amor a Deus. A sua memória é
celebrada no dia 6 de julho, a cada ano.

BEATO ADÍLIO DARONCH


Nasceu em 25 de outubro de 1908 em Dona Francisca, no Brasil, numa família de razoáveis
condições sociais, muito unida e profundamente religiosa.
Em 1913, toda a família passou a residir em Nonoai, cujo o pároco era Manuel Gómez González.
Na paróquia de Nonoai, Adílio servia como coroinha. Ele gostava muito de rezar, de acompanhar o Pe.
Manuel nas visitas às capelas da região e de ajudar nas Missas.
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Em 21 de maio de 1924, numa visita à comunidade de Feijão Miúdo – atual município de Três
Passos – Adílio, aos 16 anos, e o Pe. Manuel foram assassinados por alguns revolucionários que os
encontraram na estrada durante uma viagem.
Esse bárbaro assassinato fez com que a sua história e o seu nome fossem conhecidos e venerados.
Em 16 de dezembro de 2006 foi proclamado venerável e em 21 de outubro de 2007 foi proclamado
beato pelo Papa Bento XVI. A sua memória é celebrada a cada ano no dia 21 de maio.

São Domingos Santa Maria Beato Adílio


Sávio Goretti Daronch

4.2 Oração dos coroinhas e acólitos

“Senhor Jesus Cristo, sempre vivo e presente conosco,


tornai-nos dignos de Vos servir no altar da Eucaristia,
onde se renova o sacrifício da Cruz
e Vos ofereceis por todos os homens.
Vós que quereis ser para cada um
o amigo e o sustentáculo no caminho da vida,
concedei-nos uma fé humilde e forte, alegre e generosa,
pronta para Vos testemunhar e servir.
E porque nos chamaste ao Vosso serviço,
permiti que Vos procuremos e Vos encontremos
e, pelo Sacramento do Vosso Corpo e Sangue,
permaneçamos unidos a Vós para sempre.
Amém.”

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5. LITURGIA E CELEBRAÇÕES LITÚRGICAS

5.1 O que é liturgia?

Liturgia é, antes de tudo, AÇÃO. Ação supõe movimento. A liturgia se expressa


mediante palavras e gestos. Por isso, dizemos que a liturgia é feita de sinais
sensíveis, ou seja, sinais que chegam aos nossos sentidos (audição, tato, olfato,
paladar e visão).

Antigamente, fora do campo religioso, liturgia queria dizer ação do povo. A


Igreja passou a aplicar este termo para indicar a ação do povo reunido para
expressar sua fé em Deus. A liturgia é o culto divino oficial da Igreja.

5.2 O que é celebrar?

Celebrar tem vários significados: fazer memória, festejar, solenizar, honrar,


exaltar, cercar de cuidado e de estima. O ser humano é naturalmente celebrativo.
As pessoas facilmente se reúnem para celebrar aniversários, vitórias esportivas,
formaturas, batizados, casamentos, funerais, etc.

Celebrar: é um ato público; supõe que haja momentos especiais; requer


motivação; depende de ritos; supõe espaço; e requer tempo.

5.3 O que são celebrações litúrgicas?

São encontros de Deus com o seu povo reunido.


Esses encontros são realizados mediante algumas
condições que chamamos de elementos constitutivos
da celebração litúrgica. Os principais elementos que
constituem uma celebração litúrgica são:

 Assembleia: povo de Deus que se reúne para celebrar o memorial da Paixão,


Morte e Ressurreição de Cristo;

 Ministros: há ministros ordenados – bispos, padres e diáconos; há ministros


instituídos – leitores e acólitos; há outros ministros não ordenados, nem
instituídos, tais como os ministros extraordinários da comunhão eucarística
e da palavra e coroinhas;

 Palavra de Deus: leitura (proclamação) de um ou mais textos da Bíblia;

 Ações simbólicas: ritos e símbolos, mediantes os quais os fiéis entram em


comunhão com Deus;
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 Cantos: expressam a harmonia dos cristãos, unidos pela mesma fé;

 Espaço celebrativo: local da celebração: a Igreja é o local da celebração por


excelência; contudo, pode-se usar outro local por circunstancias superiores;

 Tempo: o que determina a duração e a sucessão dos momentos em que se


desenvolvem os atos litúrgicos.
Obs.: Caro coroinha, é importante que você sirva com muito carinho e amor à liturgia
porque, se você não tiver um ato de celebrar coerente, com certeza a liturgia não acontece
da forma como deveria acontecer. Então, é necessário que você conheça esses elementos
importantes para servir ao altar do Senhor de forma certa e no tempo certo.

6. CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA – SANTA MISSA

A Santa Missa, ou Celebração Eucarística, é um ato solene, no qual se celebra


o sacrifício de Jesus Cristo na Cruz, recordando a Última Ceia. Na Santa Missa,
o povo de Deus é reunido sob a presidência do sacerdote, que representa a pessoa
de Cristo, para celebrar a Memória da Morte e Ressurreição do Senhor.

O sacrifício do Corpo e do Sangue de Nosso Senhor


Jesus Cristo, oferecido em nossos altares em memória do
sacrifício da Cruz, é realizado:

 para adorar e glorificar a Deus;


 para agradecer a Deus pelos benefícios recebidos;
 para obter de Deus o perdão dos pecados;
 para pedir a Deus graças e favores.

A Missa e a Cruz são o mesmo sacrifício de Jesus. Mas existem certas


diferenças entre elas, diferenças que se referem à maneira como este sacrifício é
apresentado para nós.

O SACRIFÍCIO DA CRUZ O SACRIFÍCIO DA MISSA

O sacrifício foi cruento, ou seja, O sacrifício é incruento, ou seja,


Jesus derramou o Seu Sangue. sem derramamento de Sangue.

O sacrifício foi oferecido uma só vez. O sacrifício é apresentado muitas vezes.

O sacrifício é oferecido por Jesus,


O sacrifício foi oferecido por Jesus.
mas através do sacerdote.

Na Santa Missa, Cristo está realmente presente, tanto na assembleia reunida


em seu nome, como na pessoa do ministro ordenado (padre ou bispo). Cristo também
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se faz presente na sua Palavra e, de modo substancial e permanente, sob as
Espécies Eucarísticas (pão e vinho, corpo e sangue). A Missa consta, por assim dizer,
de duas partes principais: Liturgia da Palavra e Liturgia Eucarística. Na Missa,
prepara-se tanto a Mesa da Palavra de Deus como a Mesa do Corpo de Cristo,
para ensinar e alimentar os fiéis. Há também os ritos iniciais e os ritos finais, que
abrem e encerram a celebração.

6.1 A Eucaristia

A palavra Eucaristia vem da língua grega e significa: agradecimento, ação de


graças, reconhecimento. É a resposta espontânea que brota do ser humano diante
das manifestações de Deus na criação e na história humana.

A Eucaristia é o Sacramento em que Jesus Cristo entrega o Seu corpo e o Seu


sangue por nós, para que também nos entreguemos a Ele em amor e nos unamos a
Ele na Sagrada Comunhão Eucarística.

Neste caso, por comunhão se entende a recepção do


corpo e do sangue de Cristo nos dons do pão e do vinho
transubstanciado.

Foi Jesus quem instituiu a Sagrada Eucaristia na


véspera da Sua morte, na noite em que ele ia ser entregue,
quando reuniu os apóstolos à Sua volta, na sala da ceia, em
Jerusalém, e celebrou com eles a Última Ceia.

6.2 Santa Missa, parte por parte

O esquema geral da Missa é muito simples. Trata-se de dois grandes momentos,


ou duas mesas, que fazem parte da mesma celebração: Liturgia da Palavra e
Liturgia Eucarística. Antes da Liturgia da Palavra vêm os Ritos Iniciais; depois da
Liturgia Eucarística vêm os Ritos Finais.

Ritos Iniciais são as partes que precedem a Liturgia da Palavra. São elas:
Procissão de entrada; Saudações ao altar, à Santíssima Trindade e à assembleia
reunida; Ato penitencial; Glória; e Oração do dia. Elas têm caráter introdutório e a
sua finalidade é fazer com que os fiéis se disponham para ouvir atentamente a
Palavra de Deus e celebrar dignamente a Eucaristia.

Não existe celebração na liturgia cristã em que não se


proclame a Palavra de Deus. A Liturgia da Palavra, que tem seu
ponto mais elevado na proclamação do Evangelho, é constituída
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por Leituras e Salmo responsorial, Aclamação e Proclamação do Evangelho, Homilia,
Profissão de Fé (credo), e Oração dos fiéis (preces). Pela Liturgia da Palavra,
contempla-se o mistério que será celebrado na Liturgia Eucarística.

Na Liturgia Eucarística, atingimos o ponto mais alto da celebração. Durante


ela, a Igreja irá tornar presente o sacrifício que Cristo fez para nossa salvação.
Para isso, ela é dividida em três grandes momentos: Apresentação das Oferendas,
Oração Eucarística e Rito da Comunhão.

Nos Ritos Finais, após os avisos e comunicações da comunidade, conforme o


costume local, o rito de encerramento da Missa se constitui de três elementos
fundamentais: a saudação, a bênção, e a despedida.

SEQUÊNCIA DAS PARTES DA MISSA (DE UM DOMINGO COMUM)


Procissão de Entrada
Beijo no Altar
Saudações Sinal da Cruz (Saudação à Santíssima Trindade)
RITOS
Saudação à Assembleia
INICIAIS Ato Penitencial
Glória (Hino de Louvor)
Oração do Dia (Oração da Coleta)
1ª Leitura
Leituras Salmo Responsorial
2ª Leitura
LITURGIA Aclamação ao Evangelho
Evangelho
DA PALAVRA Proclamação do Evangelho
Homilia
Profissão de Fé (Credo)
Oração da Assembleia (Preces)
Apresentação das Oferendas (Pão e Vinho)
Ofertório
Oração sobre as Oferendas
Prefácio e Santo
Epiclese (Invocação do Esp. Santo sobre os Dons)
Oração
Narrativa da Consagração e Anamnese (Memória)
Eucarística
Oblação e intercessões
LITURGIA
Doxologia Final
EUCARÍSTICA Pai-Nosso
Oração pela Paz
Rito da Saudação da Paz
Comunhão Fração do Pão e Cordeiro de Deus
Comunhão
Oração depois da Comunhão
Breves avisos e comunicações
RITOS Saudação e Benção
Rito de
FINAIS Encerramento Despedida (Procissão de Saída)
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7. ANO LITÚRGICO

O Ano Litúrgico é o calendário da liturgia da Igreja. Nele, contém as datas


dos acontecimentos da História da Salvação.

Diferente do ano civil – que começa no dia 1º de janeiro e termina no dia 31 de


dezembro –, o Ano Litúrgico começa com o 1º domingo do Advento (quatro semanas
antes do Natal) e termina no último sábado do tempo comum, que é na véspera do
1º domingo do Advento do ano seguinte.

No Ano Litúrgico, estão contidos dois grandes ciclos: o do Natal e o da Páscoa.


São como dois polos em torno dos quais gira todo o Ano Litúrgico.

O Natal tem um tempo de preparação chamado Advento. A Páscoa também


tem um tempo de preparação, o qual é chamado Quaresma. Ao lado dos períodos do
Advento e Natal e da Quaresma e Páscoa está um longo período, de 34 semanas,
chamado Tempo Comum.

SAIBA MAIS: Ano Litúrgico.


Você já deve ter aprendido na escola ou em casa que há vários tipos de “anos”: o ano
letivo ou escolar (período do ano que você vai à escola); ano civil (o ano oficial que
começa em janeiro e termina em dezembro); o ano solar (período em que ocorrem os
movimentos da Terra em torno do Sol) e outros.
A Igreja Católica também tem o seu “ano”: o Ano Litúrgico. Vamos explicar melhor o
que, afinal, ele significa.
A cada ano, a Igreja relembra em suas celebrações os principais acontecimentos da
vida de Jesus Cristo. Como um ser humano, Jesus nasceu, viveu e morreu. Quando
criança, Jesus teve a vida que qualquer criança de seu tempo tinha. Depois cresceu,
tornou-se adulto e, percorrendo a Palestina com seus amigos, começou a pregar o Reino
de Deus e a fazer milagres em nome de Seu Pai. Um dia, foi preso, julgado e condenado
a morrer na Cruz. Logo depois, ressuscitou, apareceu aos seus amigos (os apóstolos e
discípulos) e subiu ao céu, onde vive para sempre na glória com o Pai.
São esses acontecimentos da vida de Jesus que são relembrados nas celebrações
litúrgicas da Igreja ao longo do Ano Litúrgico. E, como sabemos pela fé que Jesus está
vivo ao nosso lado, as cerimônias litúrgicas não são apenas lembranças, mas memória,
isto é, são celebrações de uma realidade!
As etapas do Ano Litúrgico são, assim, a memória das passagens mais importantes
da vida de Cristo. Na vida cristã, está o próprio mistério de Jesus: ele foi crucificado,
ressuscitou e continua vivo nas palavras do Evangelho, estando presente no altar
durante a Missa e entre as pessoas reunidas em nome dEle.
Todos esses sinais são muito importantes para os cristãos e para você, coroinha, que
participará ativamente das celebrações.

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7.1 Esquema do Ano Litúrgico

7.1.1 Ciclo do Natal

Advento: Início do ano litúrgico. Composto de 4 semanas, começa 4 domingos


antes do Natal e termina no dia 24 de dezembro, à tarde. Não é um tempo de festa,
mas de alegria moderada e preparação para receber Jesus.
Dados sobre o Tempo do Advento
Início: 4 domingos antes do Natal;
Término: Em 24 de dezembro, à tarde;
Espiritualidade: Esperança e purificação da vida;
Ensinamento: Anúncio da vinda do Messias;
Cor Litúrgica: Roxo.
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Natal: Comemora-se com alegria, pois é a festa do Nascimento do Salvador.
Neste tempo, é celebrada ainda a Festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José
e a Solenidade da Santa Mãe de Deus, Maria. Celebra-se também a Solenidade da
Epifania do Senhor, que nos lembra a manifestação de Jesus como Filho de Deus,
e, finalmente, a Festa do Batismo do Senhor, com a qual se encerra esse tempo.

Dados sobre o Tempo do Natal


Início: Em 24 de dezembro, à noite;
Término: Na Festa do Batismo do Senhor;
Espiritualidade: Fé, alegria e acolhimento;
Ensinamento: O filho de Deus se fez Homem;
Cor Litúrgica: Branco.

7.1.2 Tempo Comum (1ª parte): Começa após a Festa do Batismo do Senhor
e acaba na terça-feira antes da Quarta-feira de Cinzas.
Dados sobre o Tempo Comum (1ª Parte)
Início: No dia seguinte ao da Festa Batismo do Senhor;
Término: Nas vésperas da Quarta-feira das Cinzas;
Espiritualidade: Esperança e escuta da Palavra;
Ensinamento: Anúncio do Reino de Deus;
Cor Litúrgica: Verde.

7.1.3 Ciclo da Páscoa

Quaresma: Começa na Quarta-feira de Cinzas e termina no Domingo de Ramos.


Tempo forte de conversão e penitência, de jejum, esmola e oração. É um tempo de
5 semanas em que nos preparamos para a Páscoa da Ressurreição. Não se diz
"Aleluia", nem se colocam muitas flores e ornamentos nas igrejas. Não devem ser
usados muitos instrumentos musicais e não se canta ou reza o Glória. É um tempo
de sacrifício e de penitência, não de festa.

Dados sobre o Tempo da Quaresma


Início: Na Quarta-feira das Cinzas;
Término: No Domingo de Ramos;
Espiritualidade: Penitência e conversão;
Ensinamento: A misericórdia de Deus;
Cor Litúrgica: Roxo.

Tríduo Pascal e Páscoa: Começa com a Missa da Ceia do Senhor na Quinta-


feira Santa. Neste dia, celebra-se a Instituição da Eucaristia e do Sacerdote. Na
Sexta-feira Santa, é celebrada a Paixão e Morte de Jesus, único dia do ano em
que não se celebra, em absoluto, a Eucaristia. E, na noite do Sábado Santo, acontece
15
a solene Vigília Pascal, a qual prepara e na qual se inicia o ponto máximo do Tempo
Pascal: a Ressurreição do Senhor. No entanto, a Páscoa não se restringe apenas ao
Domingo da Ressurreição. Ela se estende até a Solenidade de Pentecostes, a qual é
celebrada 50 dias após a Solenidade da Páscoa do Senhor. No Brasil, no 7º domingo
do Tempo Pascal, celebra-se a Solenidade da Ascensão do Senhor.

Dados sobre o Tríduo Pascal


Início: Na Missa da Ceia do Senhor, na Quinta-feira Santa;
Término: Na Vigília Pascal, no Sábado Santo;
Dados sobre o Tempo Pascal
Início: No domingo da Páscoa da Ressurreição;
Término: Na Solenidade de Pentecostes;
Espiritualidade: Alegria em Cristo Ressuscitado;
Ensinamento: Ressurreição e vida eterna;
Cor Litúrgica: Branco.

7.1.4 Tempo Comum (2ª parte): Inicia-se na segunda-feira após Pentecostes


e vai até a tarde do sábado anterior ao 1º Domingo do advento.
Nesta parte do Tempo Comum, são celebradas as seguintes Solenidades:
Santíssima Trindade (oito dias após Pentecostes); Corpus Christi (na primeira
quinta-feira após a Solenidade da Santíssima Trindade); Sagrado Coração de Jesus
(na sexta-feira da semana seguinte à de Corpus Christi); e Cristo Rei (no lugar do
34º domingo deste tempo), dentre outras Festas.
Dados sobre o Tempo Comum (2ª Parte)
Início: Segunda-feira após o Pentecostes;
Término: Antes das Vésperas do 1º Domingo do Advento;
Espiritualidade: Vivência do Reino de Deus;
Ensinamento: Os cristãos são sinais do Reino;
Cor Litúrgica: Verde.

Ao todo, são 34 semanas do Tempo Comum. É um período sem grandes


acontecimentos. É um tempo que nos mostra que Deus se fez presente nas coisas
mais simples. É um tempo de esperança e acolhimento da Palavra de Deus. A CNBB
nos diz que “O Tempo Comum não é tempo vazio. É tempo de a Igreja continuar a
obra de Cristo nas lutas e nos trabalhos pelo Reino”.

Jesus Cristo é o Centro do Ano Litúrgico, pelo seu Mistério Pascal de Paixão,
Morte e Ressurreição. Todo o ano litúrgico gira em torno dos mistérios da Sua vida
e missão. A Igreja, como continuadora da missão de Jesus, crer, celebra, vive, reza,
testemunha e anuncia todos estes mistérios a cada ano.
16
SAIBA MAIS: Por que motivo o domingo é importante? (YOUCAT, nº 187)
O domingo é o centro do tempo cristão, pois ao domingo celebramos a Ressurreição
de Cristo, e a cada domingo é uma pequena páscoa.
Quando o domingo é menosprezado ou suprimido, só existem na semana dias de
trabalho. O ser humano, que foi criado para a alegria, degenera-se em animal
trabalhador e pateta consumista. Temos de aprender na Terra a celebrar
autenticamente, pois, caso contrário, não sabemos o que fazer no Céu, onde o domingo
não tem ocaso.

7.2 Calendário Hagiológico

No Calendário Romano Geral, o Ano Litúrgico


caminha lado a lado com o Calendário Hagiológico
(ou Calendário Litúrgico dos Santos).

Mas, diferente do Ano Litúrgico, que tem seu


início entre o final de novembro e o início de
dezembro com o primeiro domingo do advento, o
calendário hagiológico está organizado de acordo
com o calendário civil.

Nele, se encontram as memórias e festas dos


santos e do Senhor e algumas solenidades que são
celebradas ao longo do ano civil em datas fixas.

SAIBA MAIS: Diferença entre Solenidade, Festa, Memória e Comemoração.


As Normas Universais sobre o Ano Litúrgico e o Calendário Romano (NALC) distinguem
os dias litúrgicos, de acordo com a sua importância, em Solenidades, Festas e Memórias.
Solenidades: São as principais celebrações da Igreja. Como o próprio nome indica, a
solenidade é “a festa das festas”. Segundo o NALC, “as solenidades são constituídas pelos
dias mais importantes, cuja celebração começa no dia precedente com as Primeiras
Vésperas” (nº 11). Portanto, as solenidades são o grau máximo da celebração litúrgica.
Nelas, encontramos presentes todos os aspectos solenes e próprios da liturgia. É a forma
mais nobre de culto litúrgico que podemos elevar a Deus.
Festas: São as celebrações um pouco inferiores às "solenidades". Identificam-se,
inicialmente, com as dos dias comuns, mas nelas cantam-se o "Glória" e podem ter prefácio
próprio, dependendo de sua importância. De acordo com o NALC, elas “são celebradas nos
limites do dia natural; por isso, não têm Primeiras Vésperas, a não ser que se trate de festas
do Senhor que ocorrem nos domingos do Tempo Comum” (nº 13). As festas podem se tornar
"solenidades" quando o santo festejado for padroeiro principal de um lugar ou cidade,
titular de uma catedral, como também quando for titular, fundador ou padroeiro principal
de uma Ordem ou Congregação, estendendo-se esse entendimento às celebrações de
aniversário de dedicação ou consagração de igrejas.
17
Memórias: São recordações de um ou vários santos ou santas em dia de semana. Sua
celebração se harmoniza com a celebração do dia da semana corrente, segundo as normas
expostas na Instrução Geral sobre o Missal Romano e a Liturgia das Horas. As memórias
podem ser obrigatórias ou facultativas. As obrigatórias são aquelas cujo os santos ou santas
são venerados universalmente. Isto quer dizer que em toda a Igreja se celebra a sua
memória e, portanto, como o próprio nome indica, devem necessariamente ser celebradas.
As memórias facultativas são aquelas que somente em alguns países ou regiões os santos
e santas são cultuados. As memórias podem se tornar festas, ou até mesmo solenidades,
quando o santo festejado for padroeiro principal de um lugar ou cidade, titular de uma
catedral, como também quando for titular, fundador ou padroeiro principal de uma Ordem
ou Congregação.
As memórias obrigatórias que ocorrem nos dias de semana da Quaresma e nos dias de
17 a 24 de dezembro podem ser celebradas como memórias facultativas. Neste caso, são
simplesmente chamadas de comemoração. A celebração de todos os fiéis defuntos, por não
ter caráter de solenidade, festa ou memória, propriamente ditas, é chamada pela Igreja de
Comemoração. Esta, trata-se de uma Comemoração muito especial, celebrada mesmo
quando ocorre em domingo.

8. CORES LITÚRGICAS

A liturgia da Igreja tem uma linguagem simbólica


muito expressiva através das cores. As diferentes
cores litúrgicas visam manifestar o caráter dos
mistérios celebrados e também a consciência de uma
vida cristã que progride com o desenrolar do ano litúrgico.

No princípio, havia uma certa preferência pelo branco. Não


existiam ainda as chamadas "cores litúrgicas". Essas cores foram
fixadas em Roma no século XII. Em pouco tempo, os cristãos do
mundo inteiro aderiram a este costume.

Hoje, as cores litúrgicas oficiais são seis: branco, verde, vermelho, roxo,
rosáceo (ou rosa) e preto. O rosáceo e o preto podem ser substituídos pelo roxo,
como comumente ocorre. Por excelência, o branco pode substituir qualquer outra
cor litúrgica. Paramentos litúrgicos de algumas outras cores, tais como o dourado
ou o azul, equivalem à cor litúrgica branca.

Cada cor litúrgica, em particular, possui


um significado próprio. Elas são usadas em
determinados tempos ou festas litúrgicas, de
acordo com aquilo que a liturgia celebrada
pretende exprimir.

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Branco: Usado no Natal, na Páscoa, nas Festas do Senhor, nas
Festas de Nossa Senhora e dos Santos (exceto dos mártires).
Simboliza alegria, ressurreição, vitória e pureza.

Verde: Usa-se nos domingos e dias da semana do Tempo Comum.


Está ligado ao crescimento e à esperança.

Vermelho: Lembra o Fogo (e, por isso, é a cor do Espírito Santo).


Recorda também o Sangue (e, por sua vez, é a cor dos mártires –
inclusive do martírio de Jesus na Cruz).

Roxo: Usado no Advento e na Quaresma. É símbolo da penitência e


da serenidade. Também pode ser usado nas Missas dos defuntos e
na administração do sacramento da confissão.

Preto: É sinal de tristeza e luto. Hoje é pouco usado na liturgia.

Rosáceo: Pode ser usado no 3º domingo do Advento (Gaudete) e


no 4º domingo da Quaresma (Laetare).

9. POSIÇÕES CORPORAIS

A religião assume o homem todo, como ele é: corpo, alma e espírito. A Graça
não destrói a natureza humana, mas a completa e a aperfeiçoa. Assim, rezamos com
o corpo também, dizendo palavras e fazendo gestos. Nas celebrações litúrgicas, as
diversas posturas e gestos corporais são expressões simbólicas que exprimem uma
relação com Deus. Vejamos o significado dos gestos corporais dentro da liturgia:

Estar sentado: É a posição de escuta, de concentração, de meditação e de


reflexão. Na liturgia, esta postura cabe principalmente nos momentos em que se
ouve as leituras e a homilia, além dos instantes de meditação e oração pessoal.

Estar em pé: É a posição de quem ouve com atenção, respeito e consideração.


Demonstra prontidão e disposição para rezar, obedecer e pôr em prática os
ensinamentos de Jesus.

Estar ajoelhado: É a posição de adoração a Deus. Postura de quem se põe em


oração profunda e confiante. Coloca-se de joelhos, sobretudo, diante da presença
do Santíssimo Sacramento da Eucaristia e no momento da consagração do Pão e do
Vinho em Corpo e Sangue de Cristo.
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Genuflexão: É o gesto de dobrar o joelho direito até o chão. Significa
adoração a Jesus Eucarístico, tanto exposto no ostensório, quanto guardado no
sacrário. Deve-se fazer a genuflexão, tanto ao entrar numa Igreja que tenha o
sacrário, quanto ao sair dela.

Reverência: É o gesto de inclinar-se diante de algo ou alguém em sinal de


grande respeito, reverência ou honra. É uma atitude intermediária entre o estar
em pé e o estar ajoelhado. Faz-se reverência diante da cruz e do altar, ao receber
a benção ou o perdão dos pecados, etc.

Mãos erguidas/estendidas: É o gesto de erguer a(s) mão(s) numa atitude


orante. Significa súplica ou oferta do coração a Deus.

Mãos juntas ao peito: É o gesto de recolhimento interior e simboliza a busca


de Deus, súplica, confiança e entrega da vida. É uma atitude de profunda piedade.

Bater no peito: É o gesto de dor e de arrependimento dos pecados.

Silêncio: É algo indispensável nas celebrações litúrgicas. Indica respeito,


atenção, meditação e desejo de ouvir e aprofundar a Palavra de Deus. Deus fala
conosco no silêncio do coração. É importante fazer um instante de silêncio no ato
penitencial, depois das leituras, da homilia e da comunhão.

10. ESPAÇOS LITÚRGICOS

A Introdução Geral do Missal Romano nos diz: “Para a celebração da Eucaristia,


o povo de Deus se reúne normalmente na Igreja ou num lugar decente e que seja
digno de tão grande mistério. Por isso, as igrejas e os outros lugares devem ser
aptos para a conveniente realização da ação sagrada e para se conseguir a
participação ativa dos fiéis".

Estudaremos agora cada parte que compõe o


espaço destinado às celebrações litúrgicas, pois é
necessário que quem presta o sagrado serviço do
altar conheça bem esse espaço para que melhor
desempenhe sua função.

Átrio: É o espaço entre a porta principal e a


porta de acesso à parte interna da Igreja, ou seja,
separa o exterior do interior. Tem a função de
preparar a entrada e marcar a passagem de uma
realidade para a outra.
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Nave: É o espaço interno da Igreja, que
é reservado à assembleia dos fiéis. Recebeu
este nome pela sua forma e tamanho que
lembra o interior de um grande barco ou
navio. Este lugar deve induzir ao respeito e
ao silêncio, além da comodidade e do fluxo
eficiente das pessoas em determinados momentos da liturgia.

Coro: É o espaço da nave da Igreja, o


qual é ocupado pelos animadores da liturgia
(cantores, instrumentistas e instrumentos
musicais e coisas afins).
Presbitério: É o espaço da Igreja um pouco
mais elevado, onde se realizam praticamente
todos os ritos sagrados. Nele, estão o altar, o
ambão, o púlpito, a sédia, a credência, dentre
outros bens indispensáveis para a celebração da
sagrada liturgia da Santa Missa.

Altar: É a mesa mais importante da


Igreja. Nela, é celebrada a Eucaristia, o
sacrifício redentor de Cristo. O altar deve
ocupar um lugar central, para o qual a atenção
de todos os fiéis naturalmente se dirija,
buscando sua participação.

Ambão: É a mesa da Palavra. Em forma de uma estante, é o


local de onde é proclamada a Palavra de Deus (leituras, salmo e
Evangelho) além da homilia e das preces. Depois do altar, o ambão
é a mesa mais importante da Igreja.

Púlpito: É semelhante ao ambão. Outrora, era o


local de onde se fazia a pregação da Palavra de Deus.
Hoje, em forma de uma estante mais discreta, é uma mesa auxiliar,
destinada para comentários e avisos.

Credência: É uma pequena mesa, posta discretamente no


presbitério, para colocar os objetos litúrgicos que serão
utilizados durante a Santa Missa (cálice, âmbulas, galhetas,
lavabo, carrilhão, caldeira, etc.).
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Sédia: É a cadeira presidencial, ou seja, uma cadeira diferente
das demais, a qual é destinada ao sacerdote que irá presidir a
celebração da Santa Missa.

Ginuflexório: É um tipo de móvel próprio


para se ajoelhar. São encontrados normalmente
em capelas e oratórios, ou embutidos atrás dos
bancos das igrejas.

Sacrário ou Tabernáculo: É uma pequena urna onde é guardada


a Santíssima Eucaristia. Ele se encontra, ou num lugar de distinção
no presbitério, ou numa capela reservada, dentro da Igreja.

Capela do Santíssimo: É o espaço


interno da Igreja, fora do presbitério,
onde se encontra o sacrário, o qual guarda a Santa
Reserva, isto é, o Santíssimo Sacramento do Corpo de
Jesus. É um espaço propício para oração e adoração a
Jesus Eucarístico.

Via-Sacra: É uma representação do caminho sagrado


que lembra os últimos passos de Jesus em direção à sua
paixão, morte e ressurreição. Ela se encontra disposta nas
paredes de muitas Igrejas.

Sacristia: É uma sala anexa à


Igreja, onde são guardados os mais
diversos objetos, vestes e livros litúrgicos. Este espaço
também é destinado para os coroinhas, leitores e ministros
ordenados e extraordinários se paramentarem.

Batistério: É um lugar apropriado para a celebração


do Batismo, onde se encontra a Pia Batismal. Em algumas
igrejas, existe um ambiente todo preparado para a
celebração deste sacramento. Já em outras, existe
apenas a Pia Batismal.

Confessionário: É o lugar onde se celebra o sacramento da


penitência (confissão ou reconciliação). Ele se caracteriza por um
estande pequeno e fechado, onde fica o sacerdote que atende aos
fiéis penitentes.

22
11. VESTES LITÚRGICAS

Na liturgia da Igreja, nem todas as pessoas desempenham a mesma função.


Esta diversidade de ministérios se manifesta exteriormente no exercício do culto
sagrado pela diversidade de paramentos litúrgicos, que, por isso, devem ser um sinal
da função de cada ministro. Convém que as vestes litúrgicas
contribuam para a beleza da ação sagrada. Abaixo, segue uma
relação dos paramentos litúrgicos mais usuais.

Hábito Talar: Veste usada pelos padres e religiosos(as)


costumeiramente. Os exemplos mais comuns são os
hábitos beneditinos, franciscanos, além da própria
batina. A batina é o hábito usado pelos padres que não possuem hábito
talar próprio. Normalmente, é de cor preta e possui 33 botões na frente
e 5 em cada manga. Por muito tempo, o uso deste hábito era obrigatório.
Hoje, ele é facultativo.

Alva ou Túnica: Veste longa e de cor branca que cobre o corpo.


Ela é usada normalmente por ministros ordenados e seminaristas. A
Alva se diferencia da túnica no que se refere a sua nobreza, pois é mais
adornada de detalhes: rendas, pregas...

Casula: Veste sacerdotal em forma de manto. É


usada sobre a estola e a túnica normalmente em
Missas dominicais, festas e solenidades. A sua cor
acompanha a cor litúrgica do dia.

Estola: Paramento que é usado pelos ministros ordenados. Os padres e os


bispos a usam no sentido vertical, simbolizando a
força do alto e o poder sacerdotal. O diácono, por
sua vez, usa-a atravessada no peito, da esquerda
para a direita, simbolizando o serviço. A sua cor
acompanha a cor litúrgica do dia.

Cíngulo: Paramento usado para prender a túnica e a estola


junto ao corpo, ao redor dos rins. A sua cor, ou pode acompanhar
as cores litúrgicas, ou pode ser da cor da alva ou túnica, ou ainda
pode ser de uma das cores que simbolizam a cor litúrgica branca
(dourado, por exemplo).
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Dalmática: Veste própria do diácono, usada
sobre a túnica e a estola. A sua cor varia de acordo
com a cor litúrgica do dia.

Sobrepeliz: Veste semelhante a


uma túnica, porém com comprimento e mangas mais curtas, de cor
branca, usada por padres e cerimoniários sobre a batina. Também é
usada por coroinhas em muitos lugares.

Pluvial: Capa longa usada por padres e


diáconos durante as procissões e bênçãos
com o Santíssimo Sacramento e ao aspergir a assembleia
com água benta. Este paramento existe nas cores dos
tempos litúrgicos (branco, verde, vermelho, roxo...).

Véu Umeral: Ou véu de ombros, é um manto retangular que


o padre ou o diácono usa para dar a bênção do Santíssimo ou nas
procissões com o Santíssimo Sacramento.

Vimpa: Semelhante a um véu umeral, só que


mais simples, é um paramento usado para portar
as insígnias episcopais mitra e báculo.

11.1 Insígnias Episcopais

As insígnias episcopais são os objetos que simbolizam o poder, a jurisdição, a


prudência, o amor e a fidelidade do bispo à Igreja e àqueles que lhe foram
confiados. São insígnias episcopais: mitra, báculo, anel episcopal e cruz peitoral.

Anel Episcopal: Simboliza a união do bispo com os fiéis de sua diocese


e, de maneira mais abrangente, a união do bispo com toda a Igreja.

Cruz Peitoral: Crucifixo próprio do bispo levado sobre o peito.

Báculo: Uma espécie de cajado que o bispo usa nas celebrações e


que simboliza que ele é o pastor da diocese.

Mitra: Uma espécie de chapéu alto e pontudo usado pelos


bispos, que simboliza poder espiritual.

Solidéu: É uma peça em forma arredondada e côncava,


que cobre a coroa da cabeça dos bispos.
O solidéu do papa é branco, o dos cardeais é vermelho e o dos bispos
e arcebispos é violáceo.
24
12. OBJETOS LITÚRGICOS Turibeiro: Porta-turíbulo. Instrumento de apoio

São os mais diversos elementos concretos utilizados para o turíbulo e a naveta.

durante os ritos litúrgicos. Mas não são apenas coisas Cruz Processional: Cruz, com um cabo
visíveis, são sinais. Por isso, transmitem mensagem, não só maior, que é utilizada nas procissões.
pela presença deles, mas pelo modo como são utilizados e Lanterna Processional: Ou tocha
conservados. Os principais objetos litúrgicos são: processional, é um recipiente para
Círio Pascal: É uma vela grande que é benzida velas, com cabo semelhante ao da cruz
solenemente na Vigília Pascal e que é usada durante o processional, que é utilizado nas
tempo pascal e nas celebrações de batismo durante o procissões.
ano. Ela simboliza o Cristo Ressuscitado, luz do mundo. Castiçal: Suporte para velas. Na liturgia, é
Turíbulo: Recipiente de metal usado em procissões dentro da Igreja e durante a
que é usado para pôr brasas para proclamação do Evangelho.
queimar o incenso. Carrilhão: É um conjunto de
Naveta: Recipiente em sinos usado como campainha durante a
forma de navio que é usado para guardar o consagração do Pão e do Vinho.
incenso que será queimado no turíbulo. Caldeira: ou Caldeirinha, é um vaso

Incenso: Resina de aroma suave, extraída litúrgico próprio para pôr água benta

de determinadas espécies de árvores, para aspersão dos fiéis ou de objetos e bens, etc.

em forma de pequenos grãos, que é Aspersório: Conhecido também


queimada nas brasas do turíbulo. A como hissopo, asperges ou aspergil, é
fumaça que surge e que sobe simboliza um objeto utilizado para aspergir a
as orações dos fiéis subindo a Deus. assembleia com água benta.
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Lamparina: É uma lâmpada especial que Âmbula, Cibório ou Píxide: Vaso sagrado
se encontra ao lado do Sacrário e que indica semelhante ao cálice. Possui tampa e copa mais
a presença de Jesus Eucarístico. larga. Nela, são colocadas as partículas pequenas

Pálio: Objeto que se tornarão o Corpo de Cristo. Com este

formado por um tecido decorado, recipiente, se distribui a Eucaristia aos fiéis e se

sob o qual é transportado o guarda a mesma no sacrário.

Santíssimo Sacramento de forma Patena: Objeto circular, de metal, em


solene em procissões. forma de um pequeno prato raso, usado
Umbela: Objeto em forma de para portar a partícula grande, que se
guarda-chuva usado para transportar o tornará o Corpo de Cristo na hora da consagração.
Santíssimo Sacramento de forma menos
Alfaias: É o conjunto dos pequenos panos litúrgicos
solene que o pálio.
usados junto aos vasos sagrados. Os principais panos são:
Óleos Santos: São os óleos dos
corporal, pala, sanguíneo, manustérgio e véu de âmbula.
catecúmenos, do crisma e dos enfermos, abençoados pelo
Bispo na Quinta-feira Santa, Corporal: É um pano branco,
usado para ungir os fiéis em quadrado, dobrado duas vezes na vertical
cerimônias, tais como o batismo, a e na horizontal. É desdobrado sobre o
crisma e a unção dos enfermos. altar para pôr sobre ele a patena, as
âmbulas e o cálice.
Cálice: É uma espécie de taça, normalmente
feita de metal dourado ou prateado, no qual é Pala: É uma espécie de cartão revestido
colocado o vinho que se tornará o Preciosíssimo de pano de cor branca. Serve para cobrir e
Sangue de Cristo no momento da consagração. proteger o cálice desde o ofertório até a
Este é o vaso sagrado mais digno. comunhão.
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Sanguíneo, Sanguinho ou Purificatório: É uma Lavabo ou Lavanda: Conjunto de
espécie de toalhinha retangular que serve para bacia e jarra, com o qual se purifica as
purificar o cálice e os outros vasos sagrados usados mãos do sacerdote antes do momento
nas celebrações. da consagração. Estes objetos seguem
Véu de Âmbula ou Véu de Cibório: Véu, acompanhados do manustérgio.
sempre de cor branca, que cobre a âmbula Manustérgio: Pequena toalha usada pelo
quando nela estão guardadas as Hóstias sacerdote, junto ao lavabo, para enxugar
Consagradas. as mãos antes da oração eucarística.
Partículas: São as hóstias antes de Teca: Pequeno vaso sagrado com
serem consagradas. Existem partículas tampa, geralmente de metal, usado pelos
pequenas (próprias para a distribuição da ministros extraordinários da Eucaristia
comunhão) e partículas grandes (para que para levar a Comunhão para as pessoas
os fiéis possam ver e contemplar o Pão Eucarístico). idosas e enfermas, impossibilitadas de ir à Santa Missa.
Hóstia: A palavra significa “vítima”. É a partícula Ostensório ou Custódia: Objeto
depois de consagrada, ou seja, o próprio Pão Eucarístico. utilizado para expor (ostentar) o
Santa Reserva: São as hóstias consagradas que estão Santíssimo Sacramento da Eucaristia
guardadas dentro do sacrário. durante as adorações e as procissões
e bênçãos com o Santíssimo.
Galhetas: Recipientes onde são colocados a água e o
vinho, separadamente, para serem Luneta: Pequeno objeto em forma

usados na Celebração Eucarística. de meia lua usado para

Coloca-se no cálice o vinho, seguido de fixar a Hóstia grande

uma gota d’água, para a consagração. dentro do ostensório.

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13. LIVROS LITÚRGICOS

São os livros que contém os ritos e os textos para as diversas celebrações


litúrgicas. É importante que sejam tratados com cuidado e respeito, pois é deles
que se proclama a Palavra de Deus e se profere as orações da Igreja. Veremos
adiante os principais livros litúrgicos usados na sagrada liturgia.

Missal Romano: Livro litúrgico que contém todo o formulário e


todas as orações usadas nas celebrações da Santa Missa ao longo
do ano litúrgico. Nele, só não há as leituras da Missa. Ele contém
fitas marcadoras, as quais servem para marcar as diversas partes
da celebração (tais como a oração do dia e o prefácio). No missal
contém as seguintes partes:

 Uma parte introdutória, contendo a Instrução Geral do Missal Romano, as


Normas do Ano Litúrgico e Calendário e o Calendário Romano Geral;
 O Próprio do Tempo: as orações e outros ritos próprios de cada tempo
litúrgico (advento, natal, quaresma, tríduo pascal, páscoa e tempo comum);
 O Ordinário da Missa, o qual contém o rito de todas as partes da Santa
Missa (incluindo uma variedade de prefácios e de orações eucarísticas);
 O Próprio dos santos e santas e o Comum dos santos e santas;
 As Missas rituais, as Missas e orações para diversas circunstâncias, as
Missas votivas e as Missas dos fiéis defuntos.

Lecionários: Livros litúrgicos que contém os textos bíblicos que devem ser
proclamados nas Missas, a cada dia, ao longo dos anos litúrgicos. Existem três tipos
de lecionários: Lecionário Dominical, Lecionário Semanal e Lecionário Santoral.

 Lecionário Dominical: Contém as leituras para as Missas dos domingos e


de algumas solenidades e festas. Normalmente, cada uma dessas Missas
contém duas leituras, um salmo responsorial e um Evangelho.
Obs.: As leituras das Missas dominicais estão organizadas da seguinte forma: a primeira
leitura é do Antigo Testamento (salvo no tempo pascal em que se lê os Atos dos Apóstolos);
e a segunda leitura, das Cartas dos Apóstolos ou Apocalipse. Para que haja uma leitura
variada e abundante da Bíblia, a Igreja propõe, para os domingos do tempo comum, um
ciclo de leituras organizado em anos A, B, C. No Ano A, lê-se o Evangelho de São Mateus (e
suas respectivas leituras); no Ano B, os Evangelhos de São Marcos e algumas partes de São
João (e suas respectivas leituras); e no Ano C, o Evangelho de São Lucas (e suas respectivas
leituras). O Evangelho de São João normalmente é proclamado nos tempos especiais
(Advento, Natal, Quaresma e Páscoa) e nas grandes festas e solenidades.

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 Lecionário Semanal ou Ferial: Contém
as leituras para os dias da semana de
todo o ano litúrgico. A leitura e o salmo
responsorial de cada dia de semana do
tempo comum estão classificadas por
ano par e ano ímpar. O Evangelho é o mesmo para os dois anos. Nos tempos
especiais (Advento, Natal, Quaresma e Páscoa), a leitura e o salmo são os
mesmos, tanto para o ano par, quanto para o ano ímpar.

 Lecionário Santoral: Contém as leituras para as festas dos santos, para


o uso na administração dos sacramentos e para as diversas circunstâncias,
previstas no Missal Romano.

Evangeliário: Livro litúrgico que contém somente os textos


dos Evangelhos para as celebrações dominicais e algumas festas e
solenidades. Com ele, ressalta-se a importância do Evangelho
dentro do Rito da Palavra nas Missa Solenes.

Rituais: Livros litúrgicos


que são utilizados na celebração dos diversos
sacramentos e sacramentais. Dentre outros,
os principais rituais são: da Iniciação Cristã
dos Adultos, do Batismo de Crianças, da Confirmação, do
Matrimônio, da Unção dos Enfermos, da Penitência, de
Bênçãos e de Exéquias.

Sacramentário: Livro que contém os


vários ritos dos sacramentos e sacramentais, congregando as
celebrações mais usadas pelos padres em sua atuação pastoral,
como o batismo, a penitência, o matrimônio, a unção dos enfermos e as exéquias.

Pontifical Romano: É o livro que contém todas as orações e orientações para


a celebração dos sacramentos e sacramentais que são celebradas apenas pelo bispo:
Crisma, Ordenação de Bispos, Padres e Diáconos, Dedicação de
Igreja e Altar, Profissões Religiosas, Consagração das Virgens,
Instituição de Leitor e Acólito e Bênção de Abade e Abadessa.
Somente alguns desses, em caso de maior necessidade, podem ser
celebrados por um presbítero, mas apenas com o mandato do bispo,
como indicado em cada rito.
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 No Brasil, há ainda um quarto lecionário, o Lecionário do Pontifical
Romano. Diferentemente dos Rituais, no Pontifical Romano não há
leituras. Assim, estas foram publicadas em um volume à parte.

Cerimonial dos Bispos: Livro litúrgico que traz as


orientações para todas as celebrações litúrgicas nas quais preside ou
ao menos está presente o Bispo. E, como a liturgia episcopal é modelo
de toda celebração, pode ser empregado também às celebrações
presididas por presbítero, feitas as devidas adaptações.

Liturgia das Horas: Livro que contém os formulários para a oração pública e
comunitária oficial da Igreja, recitada por sacerdotes, religiosos e
mesmo leigos a fim de, seguindo o ritmo do Ano Litúrgico, santificar
as várias horas do dia. Consiste basicamente na oração cotidiana em
diversos momentos do dia, através de salmos e cânticos, da leitura de
passagens bíblicas e da elevação de preces a Deus.

14. FUNÇÕES LITÚRGICAS

Durante as celebrações litúrgicas, os fiéis também podem participar de


diversos serviços, os quais as tornam mais organizadas e solenes. Os fiéis servem
tanto a mesa do altar, quanto a mesa da palavra, colaborando com o presidente da
celebração e, sobretudo, com a obra de Jesus Cristo.

Nas celebrações litúrgicas, os leigos podem desempenhar algumas funções


importantes, para além daquelas que os sacerdotes já fazem por excelência. As
principais categorias de serviços litúrgicos prestados pelos leigos são: Ministério
Extraordinário da Comunhão Eucarística, Leitores, Animadores e Acólitos.

Aos ministros extraordinários da comunhão competem o dever de auxiliar o


celebrante na distribuição do Pão Eucarístico aos fiéis, além de assisti-lo durante
a celebração; à equipe de leitores compete o dever de proclamar com clareza a
Palavra de Deus para a assembleia reunida; à equipe de animação litúrgica (os
ministérios de música) compete o dever de ajudar a assembleia a rezar por meio
dos cantos litúrgicos; e aos acólitos (coroinhas) competem o dever de assistir e
ajudar ao celebrante, prestando todos os serviços necessários ao altar.

14.1 Funções litúrgicas dos coroinhas

Os coroinhas são os ministros que servem ao presidente da celebração e ao


altar. A eles são confiadas distintas funções dentro da liturgia. As principais
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funções que os coroinhas exercem dentro da liturgia são: Turiferário, Naveteiro,
Cruciferário, Ceroferário, Librífero, Mitrífero e Baculífero.

Turiferário: quem leva o turíbulo durante a celebração litúrgica;

Naveteiro: quem leva a naveta durante a celebração litúrgica;

Cruciferário: quem leva a cruz processional durante a celebração litúrgica;

Ceroferários: quem leva os castiçais ou as lanternas processionais durante


a celebração litúrgica;

Librífero: quem conduz e apresenta os livros sagrados (Missal, Pontifical


Romano, Sacramentário, dentre outros) durante a celebração litúrgica;

Mitrífero: quem “zela” pela mitra durante a celebração litúrgica;

Baculífero: quem “zela” pelo báculo durante a celebração litúrgica.


SAIBA MAIS: A função litúrgica do cerimoniário.
O cerimoniário é o ministro, ordenado ou não, responsável pela organização das mais
diversas celebrações litúrgicas, dentre elas a Santa Missa. Pode haver um, dois ou mesmo
uma equipe de cerimoniários, sendo um deles o cerimoniário-mor. Os demais, cuidam de
partes específicas da celebração. São funções do cerimoniário: organizar as procissões de
entrada e de saída, e também as procissões externas à Igreja; pôr e depor as insígnias
episcopais (báculo e mitra), bem como o solidéu; segurar a casula do sacerdote celebrante
nas incensações do altar, das oblatas, da cruz, do círio pascal e das imagens, caso não haja
diáconos na celebração; organizar os coroinhas, acólitos e demais servidores da liturgia.

15. OUTROS SÍMBOLOS LITÚRGICOS

A nossa liturgia, como já podemos perceber, é rica em símbolos e gestos


simbólicos. Esses símbolos nos levam para uma dimensão além do concreto. Nos
levam ao encontro de Deus. Ele não pode ser visto na matéria em si, mas pode ser
contemplado por meio do que ela expressa. A seguir, vamos apresentar brevemente
alguns outros sinais ou símbolos cristãos utilizados com frequência na liturgia.

Alfa e Ômega (): Primeira e última letras do alfabeto


grego. Dentro do cristianismo, aplicam-se a Cristo, princípio e
fim de todas as coisas.

Cristós (): Estas letras do alfabeto grego correspondem


a C e R do nosso alfabeto. Unidas, formam as iniciais da
palavra Cristós, que significa Cristo. Esta significação simbólica é,
porém, desconhecida e ignorado por muitos.
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IHS: Iniciais das palavras latinas “Iesus Hominum Salvator”, que
significam “Jesus Salvador dos Homens”.

I.N.R.I.: São as iniciais das palavras latinas “Iesus


Nazarenus Rex Iudaerum”, que querem dizer “Jesus Nazareno Rei
dos Judeus”, que Pilatos mandou colocar na cruz de Jesus.

Peixe: Símbolo de Cristo. No início do cristianismo,


em tempos de perseguição, o peixe era o sinal que os
cristãos usavam para representar o Salvador. É que as
iniciais da palavra peixe na língua grega (, isto é, IXTYS) explicavam quem
era Jesus: “Iesus Cristos Teós Yós Sotér”, que quer dizer
“Jesus Cristo, Filho de Deus Salvador”.

Triângulo: Com seus três ângulos equiláteros (ângulos


iguais), o triângulo simboliza a Santíssima Trindade (Pai, Filho
e Espírito Santo).

SAIBA MAIS: Símbolos litúrgicos ligados à natureza.


A ÁGUA: Simboliza a vida. Remete-nos, sobretudo, ao nosso batismo, onde renascemos
para uma vida nova.
O FOGO: Ora queima, ora aquece, ora brilha, ora purifica. É símbolo, sobretudo, da ação
do Espírito Santo.
A LUZ: Brilha em oposição às trevas e, no plano natural, é necessária à vida, como a luz
do sol. Ela mostra o caminho ao peregrino errante. A luz produz harmonia, projeta a paz e
destrói a mais espessa nuvem de trevas. É o símbolo mais expressivo do Cristo vivo, como
no Círio Pascal. A luz é a expressão mais viva da ressurreição.
O PÃO E O VINHO: O trigo moído e a uva espremida são sinais do sacrifício da natureza
em favor dos homens. São os elementos tomados por Cristo para significarem seu próprio
sacrifício redentor.
O INCENSO: Resina aromática extraída de várias plantas, usada sobre brasas do turíbulo
nas celebrações solenes. Sua fumaça simboliza a oração dos santos, que sobe a Deus, ora
como louvor, ora como súplica.
O ÓLEO: O óleo dos Catecúmenos, do Crisma e dos Enfermos são usados na celebração
dos sacramentos do Batismo, da Crisma e da Unção dos Enfermos no gesto litúrgico da
unção. A unção é Símbolo da força e ação do Espírito Santo. É sinal de abundância e de
alegria, de purificação e de agilidade, é sinal de cura e faz irradiar beleza, saúde e força.
AS CINZAS: Principalmente nas celebrações da Quarta-feira de Cinzas, são para nós sinal
de penitência, de humildade e de reconhecimento de nossa natureza mortal. Mas estas
mesmas cinzas estão ligadas ao Mistério Pascal. Não nos esqueçamos de que elas são fruto
das palmas do Domingo de Ramos do ano anterior, geralmente queimadas na Quaresma
para o rito quaresmal das cinzas.
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SAIBA TAMBÉM: Outros termos litúrgicos.
Aleluia: Palavra hebraica que significa “Louvai o Senhor”. É uma expressão de alegria
que se usa principalmente na aclamação ao Evangelho e abundantemente no tempo pascal.
Não se usa no tempo da quaresma.
Amém: Palavra hebraica que significa “Assim Seja”. Santo Agostinho diz que o nosso
“Amém” é a nossa assinatura, o nosso compromisso.
Doxologia: Fórmula de louvor que geralmente se usa em honra à Santíssima Trindade.
Epiclese: Oração da Missa com a qual se invoca a descida do Espírito Santo para que Ele,
antes da consagração, santifique as oferendas e, após a consagração, santifique e associe
a assembleia dos fiéis à vida de Cristo.
Exéquias: Ritos em favor dos fiéis falecidos.
Hosana: Palavra de origem hebraica que significa “Salva-nos, por favor”. Foi proclamada
pelas multidões que foram ao encontro de Jesus em sua entrada solene em Jerusalém para
indicar a Sua dignidade messiânica.
Kyrie Eleison: Expressão grega que significa “Senhor, piedade”. É uma invocação antiga,
mediante a qual os fiéis imploram a misericórdia do Senhor.
Oitava: Solenidade de Natal e Páscoa, que se celebram por oito dias.
Viático: Comunhão que se leva aos que se encontram gravemente enfermos.

16. ORAÇÕES QUE O COROINHA DEVE SABER


SINAL DA CRUZ
Pelo sinal da santa cruz, livrai-nos, Deus, Nosso Senhor, dos nossos inimigos.
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém!
CREDO
Creio em Deus Pai todo poderoso, criador do céu e da terra.
E em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo,
nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado.
Desceu à mansão dos mortos, ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus
está sentado à direita de Deus Pai todo poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja católica, na comunhão dos santos,
na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém!
PAI NOSSO
Pai Nosso que estais no céu, santificado seja o vosso nome;
venha a nós o vosso reino; seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu;
o pão nosso de cada dia nos daí hoje; perdoai-nos as nossas ofensas,
assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendidos;
e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém!
AVE-MARIA
Ave-Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco,
bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto de vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém!
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VINDE ESPÍRITO SANTO
Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis
e acendei neles o fogo do vosso amor.
Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.
Oremos:
Ó Deus que instruístes os corações dos vossos fieis com a luz do Espírito Santo,
fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito
e gozemos da sua consolação. Por Cristo Senhor Nosso. Amém!
ORAÇÃO AO ANJO DA GUARDA
Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina,
sempre me rege, me guarda, me governa, me ilumina. Amém!

CONCLUSÃO

O coroinha exerce um trabalho muito importante numa comunidade,


principalmente durante as celebrações. Por se colocar em local de destaque, está
sempre sujeito à atenção de toda a assembleia. Por isso, procure fazer tudo
cuidadosamente, lembrando que você poderá servir de "espelho" para toda a
assembleia e, principalmente, para as nossas crianças, adolescentes e jovens, que
poderão até imitá-lo. Quando você serve com bastante entusiasmo, com certeza
estará motivando as demais crianças a fazê-lo também.

“A nós, o trabalho;
A Jesus, o sucesso!!!”
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Apostila compilada por Uanderson Rocha Brito, a partir das seguintes referências:
Livros: A missa explicada às crianças (Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp.)
Youcat (Ajuda à Igreja que Sofre)
Introdução Geral do Missal Romano (Secretariado Nacional de Liturgia).
Web: www.a12.com | http://acolitos.liturgia.pt | http://acolitosdeconquista.blogspot.com.br |
http://cleofas.com.br/coroinha | http://coroinhas.com.br | http://coroinhasantaana.blogspot.com.br
| http://coroinhasdearacaju.blogspot.com | http://coroinhassjsa.wordpress.com |
http://novaliturgia.wordpress.com | http://nsfatimapendotiba.org |
http://paroquiasenhoradaguiapastoral.blogspot.com.br |
http://pastoraldoscoroinhasnac.webnode.pt | http://portalcoroinhas.webnode.com.br |
http://santaluziamossoro.blogspot.com.br | http://servicodoaltar.blogspot.com |
http://www.auxiliadora.org.br | http://www.caas-portoalegre.org.br |
http://www.carmodacachoeira.net | http://www.diacsergioliturgia.com |
http://www.igrejasantoantonio.com.br | http://www.paroquiasantoantoniobarro.com.br
http://www.paulinas.org.br | www.paulus.com.br | http://pilulasliturgicas.blogspot.com.br |
http://www.salvemaliturgia | http://www.santamissa.com.br
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ANEXO 1 – Semana Santa: Se inicia no Domingo de Ramos, que relembra a entrada
triunfal de Jesus em Jerusalém, e termina com a Ressurreição de Jesus, que ocorre
na noite do Sábado Santo. Nesta semana, a Igreja celebra os sagrados mistérios
da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, encarnado para, no martírio da Cruz
e na vitória sobre a morte, dar a todos os homens a graça da salvação.

Dados sobre a Semana Santa


Início: No Domingo de Ramos;
Término: Na noite do Sábado Santo;
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ANEXO 2 – Outras Vestes Litúrgicas:

Amito: Geralmente branco, é um pano usado para cobrir o


pescoço e os ombros, antes de vestir outros
paramentos. Atualmente, é pouco usado.

Opa: Veste específica, sempre de cor branca, usada pelos


Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística no exercício de
seu ministério.

Veste para leitores: Veste própria para aqueles que


desempenham a função de leitor na celebração litúrgica.
A sua cor acompanha a cor litúrgica do dia.
________________________________________________________

ANEXO 3 – Outros Objetos Litúrgicos:

Candelabro: Grande castiçal, com várias ramificações, a cada


uma das quais corresponde um foco de luz.

Relicário: É um objeto no qual é guardada relíquias dos santos.

Matraca: Instrumento de madeira que produz um barulho surdo,


que substitui os sinos durante a Semana Santa.

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ANEXO 4 – Outros termos litúrgicos.


Concelebração: Celebração simultânea de mais de um sacerdote na mesma Missa.
Rubricas: Regras ou explicações em vermelho para o reto desenrolar das ações litúrgicas.
Sacramentais: Sinais sagrados e ações litúrgicas introduzidas pela Igreja para o proveito
espiritual dos fiéis. São as diversas bênçãos e os objetos benzidos, a dedicação de Igreja e a
consagração de objetos e paramentos destinados ao culto, a aspersão com água benta, etc.

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