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PARÓQUIA SANTA RITA DE CÁSSIA

CAPELA SÃO JUDAS TADEU

MINISTRO EXTRAORDINÁRIO DA SAGRADA COMUNHÃO. MESC.

FUNDAMENTAÇÃO DOUTRINAL APOIADA EM 4 FONTES.


1-Sagrada Escritura- Não fala em Ministros Extraordinários. Fala das
primeiras comunidades e dá entender que a Igreja é Ministério de
Comunhão.
“Cada um viva de acordo com a graça recebida e se coloque a serviço dos
outros, como bons administradores das muitas formas de graça que Deus
concedeu a vocês.” 1Pd 4,10-11
2-Documentos do Concílio Vaticano II- Dois documentos: “Lumen
Gentium” (A Igreja Luz dos Povos) e “Apostolican Actuositaten” (As
Atividades dos Leigos) falam das atividades dos leigos como membros da
Igreja, e como tal, chamados a exercer uma atividade apostólica e
ministerial. Mas não fala de Ministros Extraordinários da Sagrada
Comunhão (MESC).
“Todos são chamados a empregar as forças recebidas por bondade do
Criador e graça do Redentor, como membros vivos, para o incremento e
santificação da Igreja”.
“no interior das comunidades sua ação é tão necessária que sem ela não
poderia, muitas vezes, a Igreja alcançar o seu plano perfeito.”
3-Instruções da Sagrada Congregação para a Disciplina dos Sacramentos.
Após o Vaticano II, a Sagrada Congregação para a disciplina dos
sacramentos, por ordem de Paulo VI, elaborou dois documentos, um
autorizando as Igrejas Particulares(Dioceses) a fazerem experiência com
Ministros Leigos e outro, regulamentando a instituição dos mesmos.
“Fidei Custos” (A Igreja guarda da fé) regulamentou experimentalmente a
administração da Eucaristia, com ajuda dos MESC. “Imensae Caritatis” (O
Testamento da Imensa Caridade) diz: É dada aos ordinários (Bispos) a
faculdade de permitirem que pessoas idôneas, individualmente
escolhidas, possam, na qualidade de ministros extraordinários,
alimentar-se a si próprios com o Pão Eucarístico, distribuí-lo aos demais
fiéis, quando há um número elevado, e levá-lo aos doentes que se acham
retidos em suas casas, hospitais, asilos, quando:
-faltem sacerdotes ou diáconos para fazer;
-os ministros ordinários(bispos, sacerdotes ou diáconos) se achem
impedidos de distribuir a Sagrada Comunhão por motivo de outra
ocupação ou doença.
4-Código de Direto Canônico. Cânon 910: “Ministro Ordinário da Sagrada
Comunhão é o bispo, o sacerdote e o diácono. Ministro Extraordinário da
Sagrada Comunhão é o acólito ou outro fiel designado de acordo com o
Cânon 230. O Cânon 230 diz: “Onde a necessidade da Igreja o aconselhar,
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podem os leigos, na falta de ministros ordinários suprir alguns de seus
ofícios, a saber: exercer o ministério da palavra, presidir orações
litúrgicas, administrar o batismo e distribuir a Sagrada Comunhão.”
A estruturação atual da Igreja pede uma diversificação dos ministros e
dos serviços, com a participação dos leigos. Isto devido a consciência do
lugar do leigo na Igreja.
O Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão é um leigo ou uma leiga
a quem é dada a permissão, de forma temporária, para exercer um
serviço em prol da comunidade. É amado por Deus, chamado por Deus
para ajudá-lo na evangelização. Assim ser Ministro Extraordinário da
Sagrada Comunhão é bem mais que distribuir comunhão, é uma vocação,
um chamado que gera alegria no coração.
-Ministro porque exerce um serviço em nome da Igreja em prol da
comunidade.
-Extraordinário porque deve exercer o seu ministério em caso de
necessidade. Ministros Ordinários são os Diáconos, Padres e Bispos, que
receberam o Sacramento da Ordem e a quem compete distribuir a
comunhão; apenas os Padres(bispos) são Ministros da Eucaristia.
-da Comunhão por ser alguém que se coloca a serviço da Comunhão
Eucarística e também da comunhão e do amor entre as pessoas.

FUNDAMENTAÇÃO DOUTRINAL.
“Devemos vivenciar toda riqueza do Ministério da Fé que se faz presente na
Eucaristia. Contemplar a Cruz Redentora do Senhor, pois nela resplandece
o significado mais profundo de toda sua vida. É na Cruz que se encontra a
radical fidelidade de Jesus ao Pai e aos seus irmãos. Desde a Encarnação
até o Calvário sua vida não foi senão doação. A culminância desta doação
está na sua oferenda na Cruz, como um ato de amor: ‘Ninguém tira a minha
vida. Sou Eu que a entrego.’ Assim a Cruz é para nós a plenitude do dom do
Senhor Jesus.”Pe Gilson Camargo-Manual do MESC.
Isso foi possível à luz do que Jesus realizou às vésperas de sua morte, no
gesto de sua última ceia com os Apóstolos. “Sabendo que era chegada a
hora de passar para seu Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo,
amou-os até o fim” Jo 13-1. Aí a expressão do amor pleno. O gesto da Ceia,
que chamamos de Eucaristia, é que mostra o sentido da Encarnação e de
toda a obra redentora do Senhor Jesus. Sem a Eucaristia todos os gestos
de salvação realizados pelo Senhor Jesus, de pouco nos valeriam, pois não
teriam chegados até nós, no hoje de nossas vidas. O que existe na Cruz,
assim como na Eucaristia, é a presença do amor, a obediência até as
últimas consequências. O sentido da vida de Jesus Cristo é a total entrega
ao Pai e a seus irmãos. Disse Jesus na última ceia: “Tomai todos e comei,
isto é o meu corpo que será entregue por vós. Tomai todos e bebei, este é o
cálice de meu sangue que será derramado por vós” Mt 28,26-28.

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Ao dizer “Fazei isto em memória de mim” Lc 22,19 Jesus chama a cada um
de nós a tomar e comer, tomar e beber o dom do Senhor feito alimento.
Os que aceitam receber em comunhão esta oferenda de salvação
assumem o compromisso de fazer com que sua vida seja vivida à altura
do dom recebido, no mesmo dinamismo de amor ao Pai e serviço aos
irmãos, até as últimas consequências.

POR QUE FOI INSTITUÍDO ESTE MINISTÉRIO?


A Igreja de Cristo reúne-se fielmente para celebrar o Mistério Pascal, no
dia de domingo, em memória da ressurreição do Senhor. Lê as Escrituras
que se refere a Cristo e celebra a Eucaristia, memorial da morte e
ressurreição do Senhor, até que Ele venha. Porém o escasso número de
padres faz com que não haja missa em todas as comunidades no dia do
Senhor. Pesquisa realizada nas dioceses do Brasil, na década de 90,
mostra que 70% das comunidades celebram os mistérios da fé através da
Palavra de Deus. Por isso a Igreja, na sua providência, quis também
possibilitar a distribuição da Eucaristia, nessas celebrações, através de
Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão.

EXIGÊNCIAS PARA QUE UM LEIGO SEJA ADMITIDO NO MINISTÉRIO COMO


MINISTRO EXTRAORDINÁRIO DA SAGRADA COMUNHÃO.
- Tenha engajamento e seja escolhido pela comunidade,
- Seja apresentado ao Conselho de Pastoral e aprovado pelo Pároco.
- Tenha idade mínima de 21 anos.
- Seja nomeado pelo Bispo, pelo Vigário Geral ou pelo Pároco.
- Seja humilde e serviçal.
- Goze de boa reputação.
- Demonstre capacidade de liderança e boa comunicação.
- Boa vivência conjugal, se casado, e testemunho familiar.
- Tenha disponibilidade e entusiasmo pastoral entre os irmãos.
- Participe das formações oferecidas pela Paróquia e Diocese.
- Exerça atividades profissionais compatíveis com o compromisso do
batismo.
- Não tenha maus hábitos e vícios.
- Tenha amor à Eucaristia e à Igreja.

PRINCIPAIS QUALIDADES DO MINISTRO EXTRAORDINÁRIO DA SAGRADA


COMUNHÃO.
- Testemunho de amor à Eucaristia. Pelo contato constante com Jesus
Eucarístico o MESC deve tornar-se um amigo íntimo de Jesus. Estará em
contato direto, pessoal e de forma palpável e sensível com Jesus. Deve
fazer grande esforço para que, na comunidade, se conheça mais sobre
Eucaristia, levando os fiéis a encontrarem-se com Jesus. O MESC deve

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pedir sempre a Deus esse dom, fazer constantes visitas ao Santíssimo
Sacramento, promover adorações e vigílias, ler livros sobre a Eucaristia.
- Seja amigo de Deus. Ter um relacionamento profundo com Deus,
levando o espírito para além das ocupações, estabelecendo amizade
íntima com Ele. Devemos tomar cuidado com o ativismo, pois as
atividades do dia a dia podem nos afastar de uma vida de oração. Dom
Orlando Brandes diz: “O ativismo impede a oração, o silêncio, o estudo, a
conversão. O ativista vive um círculo vicioso. O aumento das atividades
impede e vida interior.” Um MESC que não faz suas orações diárias não
pode ser ministro ou agente pastoral, pois sem Deus nada se pode fazer.
- Tenha criatividade. Que enfrente os desafios tendo sempre uma atitude
positiva e com visão da oportunidade de criar algo novo, tendo a mente
receptiva para novas ideias.
- seja pessoa que acolhe as novidades e abre espaço para outros entrarem
na comunidade. Deve acolher as novidades que a Igreja propõe e abrir as
portas para a entrada de novos fiéis. Dar espaço aos adolescentes e
jovens que são protagonistas das novidades.
- Destaque-se pelo serviço. Muitas pessoas não são dotadas de grandes
talentos, mais colocam-se a serviço, arregaçam as mangas e fazem um
bem enorme à Igreja. Ser ministro é estar comprometido e a serviço da
comunidade.
- Ser pessoa de diálogo. Ajudar a superar os conflitos, divisões e
promover a união. Também aberto ao diálogo com outras denominações
religiosas nunca temendo em expor a doutrina católica.
- Que se destaque pelo anúncio. É preciso sentir o apelo que ardia no
Apóstolo Paulo: “Ai de mim se eu não evangelizar.” A evangelização é
tarefa de todos os batizados, membros do povo de Deus. Que encontrou
Jesus Cristo deve anuncia-lo aos outros, com entusiasmo e exaltação.
- Pessoa que se destaca pela missionariedade. Segundo o Documento de
Aparecida deve ser um protagonista da conversão pastoral da
comunidade. Diz o Documento de Aparecida: “Nenhuma comunidade
deve isentar-se de entrar decididamente, com todas as forças, nos
processos de renovação missionária e de abandonar as tradicionais
estruturas que já não favoreçam a transmissão da fé.” Cada comunidade
deve fortalecer a sua consciência missionária, saindo ao encontro dos que
estão afastados de Cristo.

VIRTUDES A SEREM EXERCITADAS.


- Acolhida. É preciso que a acolhida vá muito além das portas das igrejas
e capelas.
- Humildade. Quem se coloca a serviço da comunidade precisa ter muito
de humildade. A humildade é uma atitude de quem se reconhece filho de
Deus e sabe que dEle tudo recebeu. Disse Jesus: “Quem quiser ser o maior

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entre vós seja aquele que vos serve, e quem quiser ser o primeiro, seja o
escravo de todos”. Mt10,43.
- Gratuidade. Jesus deu esta ordem a seus discípulos: “De graça
recebestes, de graça deveis dar”. Mt 10,8. Todos o ministérios remontam a
esse princípio. Partilhamos com os irmãos os dons que recebemos.
- Equilíbrio. Que o ministério não o transforme a uma tendência ao
fanatismo.
- Bondade. João XXIII é conhecido como o “Papa Bom”. Tinha um coração
aberto que só se interessava pelo bem das pessoas. Assim deve ser o
MESC.
- Mansidão. Quando preciso ser firme, mas, na maioria das vezes, a
mansidão produz muitos frutos.
- Simpatia. A simpatia é um dom; uma pessoa simpática é a que recebeu
de Deus talentos humanos que a tornam agradável ao convívio.
- Perseverança. Nunca deixar o ministério tornar-se rotina, obrigação;
somente, eventualmente, participar das formações, estudos, reuniões,
adorações ao Santíssimo Sacramento. Com oração, Santa Missa frequente,
comunhão, leitura da Palavra de Deus as dificuldades não atingem. O
contato íntimo com Deus os renova.
- Renúncia. É o tempo que o ministro dedica à comunidade e que,
consequentemente, retira da família, do trabalho e de si mesmo.
- Contínua aprendizagem. Valorizar a todos e ter abertura de coração
para aprender com todos.

ATRIBUIÇÕES DO MINISTRO EXTRAORDINÁRIO DA SAGRADA COMUNHÃO.


-Auxiliar do ministro ordenado nos atos litúrgicos, sendo o principal a
Santa Missa.
- Levar a Santa Comunhão aos doentes, a domicílio, e, ou, em hospitais.
- Ser animador da comunidade, seguindo a orientação do pároco.
(novenas, via sacras, terços).
- Ser agente formador, evangelizador da comunidade.
- Colaborar com a equipe da liturgia nas ações litúrgicas.
- Presidir o culto, quando da ausência do padre e/ou diácono.
- Exercer outras atividades pastorais (preparo para os cursos de noivo,
batismo, crisma).
- Administrar o batismo (Cânon 230), a celebração cristã da esperança
(exéquias), quando do impedimento do padre e/ou diácono.
- Participar da formação permanente.
- Zelar pela segurança do Santíssimo Sacramento.
- Usar uniforme oficial da paróquia(capela) quando a serviço do altar,
procissão de Corpus Christi, nas exéquias e ao levar a comunhão aos
doentes.
- Consultar o pároco no caso de dúvida do exercício do ministério.
- Participar das “Horas Santas”.
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- Não chegar atrasado, ou em cima da hora, nas celebrações.
- Na ausência do ordenado ou do ministro da palavra presidir a
celebração.

QUESTÕES FREQUENTES SOBRE EUCARISTIA.


- O que é a eucaristia?
É o próprio sacrifício do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus que ele
instituiu para perpetuar pelos séculos, até o seu retorno, o sacrifício da
cruz, confiando, assim, à sua Igreja o memorial de sua Morte e
Ressurreição. Quem recebe a Eucaristia é coberto de graça e lhe é dado
experimentar antecipadamente a vida eterna.
- Como Jesus está presente na Eucaristia?
Está presente de modo único e incomparável. Está presente de modo
verdadeiro, real, substancial, com o seu Corpo, Sangue, alma e divindade.
- A fração do Pão divide o Cristo?
A fração do Pão não divide o Cristo. Ele está presente todo e inteiro em
cada espécie da Eucaristia e em cada uma de suas partes.
- Jesus está dividido, metade no corpo e metade no sangue?
Não. Ao falar em corpo e sangue os hebreus referiam-se à pessoa
completa. Assim Jesus está inteiro no Pão Consagrado (Carne) e no Vinho
Consagrado (Sangue). Quem comunga um deles está comungando o Cristo
no seu todo.
- Por que normalmente se dá a comunhão sob a espécie de pão e não de
vinho?
Por questão de praticidade pastoral. Entregar o Vinho Consagrado é mais
difícil do que entregar o Pão Consagrado. Nada impede, porém, que seja
distribuído nas duas espécies e é até aconselhável que assim o faça.
- Até quando continua a presença eucarística de Cristo?
Ela continua até que subsistam as espécies eucarísticas.
- O que se requer para receber a Santa Comunhão?
Exige que esteja plenamente incorporado à Igreja Católica e estar em
estado de graça, isto é, sem consciência de pecado mortal. Quem tem a
consciência de ter cometido pecado grave tem que receber o sacramento
da reconciliação.
- Qual o significado das letras JHS inscritas nas hóstias?
É o monograma de Cristo que significa: “Iesus Hominum Salvator” (Jesus
Salvador dos Homens) e não Jesus Homem Salvador como alguns
erroneamente traduzem.
O que significa o XP que aparece em algumas hóstias?
XP ou PX é o monograma que significa a abreviação Cristo.
- Em que consiste a transubstanciação?
É a mudança de uma coisa em outra. No caso da Eucaristia no momento
da consagração a substância pão dá lugar à substância Carne de Cristo e o
vinho dá lugar à substância Sangue de Cristo.
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- Na mudança de substância por que o pão e o vinho não perdem a
aparência que lhes é própria?
Porque o que muda é a substância, não o que se vê. Os olhos do fiel
enxergam o pão e o vinho, porém, a fé vê o Corpo e o Sangue de Cristo.
- A missa do sábado vale para o domingo?
O tempo litúrgico do domingo começa nas vésperas do domingo (no
entardecer do sábado). Por isso a Missa do sábado vale para o domingo,
pois segue a sua liturgia.
- A missa assistida pela TV atende o preceito dominical?
Não tem valor de sacramento. Tem apenas e somente espiritual. O
sacramento só é válido ao vivo, com a participação presente do fiel.
Porém se o fiel está impossibilitado de ir a Igreja, a missa assistida pela
televisão ou ouvida no rádio será de grande valia.
- Quando a Hóstia Santa prende-se na boca quer dizer que a pessoa estava
em pecado?
Não tem nenhum significado a não ser de que a hóstia, sendo feita e
farinha, tende a se prender onde houver umidade.
- Qual a importância que o MESC pode dar aos “Milagres Eucarísticos”?
Deve tomar muito cuidado para não exagerar na divulgação dos
chamados milagres eucarísticos. A nossa fé não pode fundamentar-se
nisso. A fé está justamente em não ver além das aparências e assim
mesmo crer. Em cada missa acontece um milagre eucarístico.
Acreditamos na presença de Jesus na Eucaristia porque acreditamos na
sua palavra. Ele disse “Isto é o meu corpo que é dado por vós”. Lc22,18.

A DISTRIBUIÇÃO DA SAGRADA COMUNHÃO.


- Como deve ser a distribuição da comunhão?
O ministro apresenta ao fiel comungante a Hóstia Consagrada, com
respeito e dignidade, sem pressa, dizendo: “O Corpo de Cristo” ao que o
comungante responde: “Amém”. A Hóstia Consagrada é entregue na
palma da mão ou na boca, conforme desejo do comungante ou instrução
emanada do Bispo da Igreja Particular. Quando colocada na palma da
mão, deve ser comungada na frente do ministro. Observar que vale a
regra de que não podemos exigir das pessoas aquilo que não ensinamos.
Por isso o ministro deve ir repassando aos fiéis as instruções para a
comunhão.
- Como devem ser dispostas as mãos para receber a Comunhão?
Diz São Cirilo de Jerusalém: “Fazer um trono para receber o Corpo de
Cristo, com a mão esquerda por cima, apoiando-se na direita, para que, em
seguida, possa com a mão direita colocar a Hóstia Consagrada na boca”. O
comungante não deve pegar a Eucaristia com os dedos em forma de
pinça, mas esperar que o ministro a deposite em sua mão, num gesto de
acolhida.
- O que fazer quando cai alguma partícula no chão?
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Quando fragmento ou partícula cair no chão, recolhê-la imediatamente e,
o ministro, comunga-la. Caso não possa ser comungada, colocá-la em um
copo com água e leva-la ao lado do sacrário. Após total diluição derramar
a água em um vaso com planta.
- Estando presente o sacerdote ou o diácono o ministro pode comungar
sozinho?
Estando presente o sacerdote ou o diácono o ministro recebe dele a
Eucaristia.
- Com a presença de bispos, sacerdotes e diáconos o ministro distribui a
Comunhão?
Na presença de ministros ordenados deve ser dada prioridade aos
ordenados a distribuição da Sagrada Eucaristia. Pode, porém, o ministro
ordenado solicitar aos MESC de ministrarem a comunhão.
- Qual deve ser a atitude interior do ministro enquanto distribui a
Comunhão?
O ministro deve dar a Comunhão aos fiéis com fé na presença real de
Cristo, com devoção, com ardor, com convicção no coração e com alegria.
- Quais os cuidados que devemos ter com o corporal?
Quando se parte a Hóstia Consagrada, ou ao passar para os cibórios,
sempre há a possibilidade de fragmentos caírem no corporal. Por isso o
corporal deve ser dobrado quatro vezes, como um envelope, para não
deixar que fragmentos caiam sobre a toalha ou no chão. Não se deve abrir
o corporal segurando pelas extremidades.
- Pode-se receber a Eucaristia duas vezes no mesmo dia?
Quem já recebeu a Eucaristia pode recebê-la novamente no mesmo dia
somente dentro da celebração eucarística em que participa. Isto é, só
pode receber a Eucaristia duas vezes no mesmo dia, a segunda vez, em
uma Santa Missa.
- O jejum eucarístico deixou de existir?
Quem vai receber a Santíssima Eucaristia abstenha-se de comida e bebida
pelo menos uma hora antes da comunhão, com exceção de água e
remédios. Esta regra não se aplica a pessoas idosas ou doentes.
- Como fazer quando na fila da comunhão vem uma pessoa embriagada?
Esta é uma situação difícil e que depende de cada caso. Não se tem uma
resposta única. O ministro precisa confiar no Espírito Santo que lhe
sugerirá no momento o que fazer. Vale sempre o bom senso.
- Quem é casado só no civil pode comungar?
O Papa Francisco na exortação apostólica “Familiaris Consortio” diz que o
casamento diante de Deus só é válido quando o casal recebe o
sacramento do matrimônio. Caso contrário está vivendo sem observar a
lei de Cristo, e assim, não é lógico que entre em contato com o Corpo de
Cristo. O casamento civil não é sacramento.
- Pessoa que vive em segunda união pode comungar? Pessoa casada na
Igreja e divorciada, desquitada ou separada e que vive nova união deve
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ser exortada a ouvir a Palavra de Deus, frequentar a Santa Missa, ser
perseverante na oração, nas obras de caridade, educar os filhos na fé
cristã, cultivar o espírito e as obras de penitência para implorarem no dia
a dia a graça de Deus. No entanto devem ser orientadas que não podem
ser admitidas aos sacramentos da confissão e comunhão.
- Na fila da comunhão entra uma pessoa conhecida que está em situação
irregular, isto é, vive em segunda união ou amasiada?
Mesmo que seja caso conhecido, se a pessoa vier na fila da comunhão o
ministro não poderá negar a Eucaristia. A pessoa deve ser orientada
sobre as normas da Igreja.

CONSERVAÇÃO DA EUCARISTIA E O ESPAÇO SAGRADO. O LUGAR ONDE SE


CONSERVA.
A Santíssima Eucaristia deve ser conservada em lugar de destaque, de
preferência que seja apropriado para a adoração e oração particular. Isso
se conseguirá quando a capela do Santíssimo estiver separada da nave
central.
- Quais as recomendações práticas para a igreja (capela) em que se
conserva a Eucaristia?
A não ser por motivo de impossibilidade total, estar aberta todos os dias
aos fieis, pelo menos por algumas horas, para que os fieis possam adorar
o Senhor diante do Santíssimo Sacramento. Devem ser promovidas horas
de adoração e vigílias. Nas comunidades rurais que sejam feitos esforços
no sentido de que ocorram visitas todos os dias. Que o Santíssimo não
fique sozinho de final de semana a final de semana.
- Quais as recomendações sobre o sacrário?
Chamado de tabernáculo eucarístico ou sacrário do Santíssimo lembra a
presença do Senhor. A Igreja pede para que o sacrário seja de material
sólido, não transparente, conservado em local fixo, de tal modo fechado
que se evite o perigo da profanação.
- Qual o lugar do sacrário na igreja. Dentro da igreja (capela) em local
discreto e muito bem cuidado. Não precisa estar junto altar mor. Pode
estar em uma capela ao lado. Diante do sacrário em que se encontra o Pão
Eucarístico deve brilhar continuamente uma lâmpada especial que
indique e reverencie a presença de Cristo.
- Quem tem a responsabilidade do cuidado da chave do sacrário?
O Código de Direito Canônico orienta: “Quem tem o cuidado da igreja
providencie que seja guardado com o máximo de cuidado a chave do
tabernáculo onde se conserva a Santíssima Eucaristia”. Pode a chave
permanecer com o MESC.
- As hóstias consagradas se deterioram com o tempo?
O Código de Direito Canônico prescreve: ”Conservem-se na âmbula
hóstias consagradas em quantidade suficiente para as necessidades dos

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fiéis; renovem-se com frequência, removendo as antigas”. Depois de
algum tempo, sobretudo devido à humidade, a hóstia pode se estragar.
- O que fazer se a hóstia deteriorar?
Se o pão da hóstia se deteriorar completamente, a Igreja ensina que já
não há mais ali a presença real do Cristo. Nesse caso as hóstias devem ser
colocadas em água até que se dissolvam completamente e depois colocar
a água em uma planta.
- Como transportar a Eucaristia de outra comunidade quando falta na
comunidade?
Com o máximo cuidado e respeito colocá-la no cibório ou teca, envolto, de
preferência no corporal.
- O que deve estar junto ao sacrário do Santíssimo?
Luz indicando a presença de Cristo; vaso com flores naturais; bancos ou
genuflexório quando o Santíssimo encontra-se em uma capela ao lado da
nave da igreja, que ajuda a criar ambiente de oração. Atenção para que
não haja excesso de imagens que distraem a atenção dos fiéis.
- A quem cabe o cuidado dos objetos sagrados usados nas missas?
Todos os objetos sagrados devem tornar-se notável, pela dignidade e
decoro. Por isso é preciso designar pessoas que cuidem desses objetos. O
zelo por esses objetos expressam o fervor da fé da comunidade. É
importante que o MESC zele para que todos os objetos sagrados estejam
bem cuidados e em ordem.
- Pode-se limpar o cálice com substâncias químicas?
Criou-se o hábito, em algumas comunidades, de limpar o cálice com
produtos químicos. Pode-se limpar o cálice por fora com esses produtos.
Por dentro somente passar um pano úmido.
- Que orientações a Igreja dá sobre o altar?
No Diretório Litúrgico -61- são encontradas todas as orientações. De
ordem prática: a) o altar deve ser o centro para onde se volte a atenção
de toda a assembleia dos fiéis. Não é adequado que se cubra o altar com
grandes toalhas, cheias de bordados. A mesa do altar deve estar a vista da
assembleia e por si só manifeste o seu valor. Nunca se deve colocar
qualquer objeto, que não os litúrgicos, sobre o altar. Quanto às flores a
Igreja ensina: “Na ornamentação do altar observe-se moderação. No
tempo da quaresma não se ornamenta o altar com flores, excetuando o IV
domingo, solenidades e festas. No tempo do advento colocar flores que
convenham à índole desse tempo, sem, contudo, antecipar a alegria do
Natal.” Nunca colocar vasos ou arranjos de flores sobre o altar e nunca
usar flores artificiais.
- Como deve ser o ambão?
Também no Diretório Litúrgico -64- são encontradas as informações. O
ambão é o lugar onde se proclama a Palavra de Deus. Ambão significa
“lugar alto”, “elevação”. Deve estar adequadamente disposto, com a
devida nobreza, que corresponda a dignidade da Palavra de Deus e
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lembre aos fiéis que na missa se prepara a mesa da Palavra de Deus e do
Corpo de Cristo. O ambão deve ser feito do mesmo material do altar. Pode
também ser usado para a homilia e a oração da comunidade. Não fazer no
ambão comentários, orações meditativas, homenagens e nem dar avisos
comunitários. Não colocar enfeites, cartazes em frente ao ambão. O
ambão deve ocupar o lado direito do altar, ou, lado esquerdo de quem
olha da assembleia para o presbitério, pouco a frente do altar. O concílio
Vaticano II afirma que a Igreja sempre venerou de igual a mesa da
Palavra(ambão) e a mesa da Eucaristia(altar). Merecem o mesmo
respeito, cuidado e dignidade.

A COMUNHÃO AOS DOENTES E IDOSOS.


Levar a comunhão a doentes e idosos é uma dignificante missão que cabe
quase que exclusivamente aos MESC. É levar Jesus ao encontro de alguém
que está realmente precisando. Os enfermos e idosos precisam de força,
de ânimo, de coragem. Para muitos a Eucaristia constitui a única alegria
da semana e ninguém mais que Jesus pode animar e fortalecer na fé e
consolar o enfermo.
- Como era o contato de Jesus com os enfermos?
Era sempre de carinho, de compaixão. Assim curou a todos que encontrou
pelo caminho. Também hoje Jesus pode curar os doentes por meio de
ministério do MESC. Não só a cura física, mas também a cura espiritual.
Muitos enfermos precisam voltar-se para Deus.
- Quais cuidados deve ter o MEC com a Eucaristia quando leva ao doente?
A Santíssima Eucaristia deve ser transportada em uma teca. No caminho
que o ministro dirija-se diretamente à casa do doente. Ao administrar a
Comunhão o ministro deve estar sempre com seu jaleco. Na casa do
doente instruir a família para colocar em uma mesa uma toalha branca,
com duas velas acesas. Segundo o Missal Romano, ao chegar, o ministro
realiza a Liturgia da Palavra, mesmo que brevemente, reza o Pai Nosso e
apresenta a Eucaristia ao doente para a comunhão. Após a comunhão
pede ao doente que reze por um tempo, em silêncio, pelo Mistério
recebido. Encerra com uma oração e invoca a benção de Deus sobre o
doente. Caso o doente não possa receber a comunhão o próprio ministro
comungue a partícula que está levando. Fragmentos da partícula que
ficam na teca sejam recolhidas e purificados com água.
- Pode-se aproveitar da ocasião para uma reconciliação do enfermo ou
idoso?
Muitos enfermos mostram mágoas das pessoas, próximas ou mais
distantes. É preciso fazer uma reconciliação, mostrar ao doente a
importância do perdão. Conduzir os passos do perdão para que o
enfermo perdoe e se liberte da tristeza e do ódio. Assim, na preparação
para a comunhão procure reconciliar o enfermo com as pessoas.

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- Se o doente não se predispuser a perdoar o ministro deve dar a
comunhão?
Não. Converse com o enfermo, reze com ele, mas não dê a Eucaristia. Não
pode receber a Eucaristia quem tem o coração cheio de ódio.
- Pode acontecer que o enfermo precise de uma reconciliação consigo
mesmo?
Há pessoas que têm raiva de si mesmas, ódio ou remorso do seu passado.
É preciso ajudá-las a perdoar a si mesma. O MESC pode fazer esta função
pelo método de perguntas e respostas. Muitas vezes são problemas com a
família. Outras vezes o doente sabe que a sua doença é consequência de
seus erros e vícios. A reconciliação das pessoas consigo mesma, o auto
perdão as ajudará muito.
- Quando se leva a comunhão reza-se somente com o enfermo?
Quando se leva a Santíssima Eucaristia é importante que se tenha a
participação das outras pessoas da casa, familiares, e, se possível, até
mesmo de vizinhos. É gratificante perceber a alegria da família vendo que
o Senhor Jesus vem a sua casa para confortar o doente e para trazer a paz
e a benção para todos.
- O que fazer se o doente ou idoso necessite da confissão?
O MESC deve estar atento para perceber se o doente ou idoso necessita da
confissão. Muitas vezes a pessoa manifesta o desejo de confessar. Outras
vezes o ministro procura falar à pessoa sobre a confissão, devendo, às
vezes, encorajá-la. Quando houver a necessidade da confissão aproveitar
da presença do padre na comunidade e levá-lo até a casa do doente ou
idoso.
- A unção dos enfermos é para quando o doente já estiver morrendo?
Até os anos 700 a unção era dada para que o doente alcançasse a saúde
física. Após o Vaticano II a unção foi recolocada, como sacramento, para a
saúde. Portanto unção dos enfermos não é sacramento para preparar a
pessoa para a morte, não é mais “extrema unção”, como se falava antes.
Devido esta mudança de compreensão é preciso que o ministro explique
isto ao enfermo. É preciso que o doente entenda que Jesus vem tocá-lo
para que ele tenha força para a enfermidade. Somente bispo e sacerdote
pode dar a unção dos enfermos.
- Quanto tempo deve durar a visita?
Depende da condição do doente. Quando o doente está disposto, ou
necessitando de conversar e até desabafar, a visita pode durar mais
tempo. Porém, à casos em que a pessoa prefere ou precisa ficar sozinha,
para repouso. Nesse caso a presença do ministro, além do tempo, pode
causar incômodo.
- A pessoa que cuida do doente também pode comungar?
A pessoa que cuida do doente também pode comungar caso as suas
obrigações com o enfermo a impossibilitem da participar da missa na
comunidade. Ver se a pessoa está em condições de receber a comunhão.
12
CUIDADOS QUANDO DA VISITA AO DOENTE EM CASA.
Lembrar sempre que o objetivo da visita é o de levar o amor de Deus e também o
amor da comunidade por ele.
-para entender um enfermo é preciso colocar-se em seu lugar.
-fazer a visita não em nome próprio, mas em nome da Igreja.
-fazer a visita sempre que possível em par.
-se fizer uso da Bíblia, fazer com critério.
-não se deixar impressionar pela doença.
-não recordar com o doente, casos difíceis de sofrimento; não falar de
doenças.
-conversar sobre coisas agradáveis.
-demonstrar o amor que tem por ele e ter muita caridade.
-caso o doente conte sua história, não interferir com perguntas, mas
escutá-lo.
-ajudar o enfermo a unir a sua dor à de Jesus; quando o doente, no
sofrimento, sente a união com Deus tem serenidade.
-nunca interferir no tratamento.
-não visitar doente quando você estiver triste, angustiado.
-compartilhar as lágrimas às vezes é o maior consolo que damos ao
doente.
-manter sempre ambiente de paz, harmonia e silêncio.
-nunca negar a dor do doente.
-em tudo ter descrição e bom senso.
-a visita não pode ser um estorvo à família; procure os horários mais
convenientes.
-não reparar o ambiente.
-quando a doença é grave a angústia, ansiedade, o medo são normais; não
os negue; a dor aumenta a sensibilidade.
-saber que nem sempre se tem clima para falar de Deus e fazer orações; a
oração não pode ser coisa imposta.

CUIDADOS QUANDO DA VISITA AO DOENTE EM HOSPITAL.


-respeitar o silêncio que deve haver dentro do hospital; hospital e igreja
tem semelhança; no hospital Cristo se faz presente na pessoa do doente.
-ficar no local onde se encontra o doente; não ficar nos corredores.
-respeitar os profissionais que trabalham no hospital.
-retirar-se do quarto se coincidir a visita do médico ou enfermeira com a
sua.
-conversar em voz baixa.
-ser bom ouvinte, portador de vida e esperança ao doente.
-não falar do aspecto exterior do doente pois o enfermo é suscetível a
tudo.
-não fazer perguntas incômodas.
13
-não dar conselhos médicos, nem psicológicos.
-não manifestar sentimentos de piedade.
-evitar frases como: “É da vontade de Deus”; “Deus quer assim”;
“Comparado ao sofrimento de Jesus o teu não é nada”.
-o melhor é deixar o doente falar.

CELEBRAÇÃO NA CASA DO DOENTE E IDOSO.


Rito ordinário da comunhão dos enfermos e idosos.
O ministro, vestido com o seu jaleco, aproxima-se e saúda cordialmente o
enfermo e todos os presentes, acrescentando, se for o caso, a seguinte
saudação:
A paz esteja nesta casa e com todos os seus habitantes.
Em seguida, coloca Jesus Eucaristia sobre a mesa, faz o sinal de Cruz e
adora-o com todos os presentes. Após um tempo conveniente, o ministro
convida o doente e os demais presentes ao ato penitencial.
Irmãos e irmãs, reconheçamos os nossos pecados, para participarmos
dignamente desta santa celebração.
Confessemos os nossos pecados:
Todos: Confesso a Deus todo-poderoso e a vós, irmãos e irmãs, que
pequei muitas vezes por pensamentos e palavras, atos e omissões por
minha culpa, minha tão grande culpa. E peço à Virgem Maria, aos anjos e
santos e a vós, irmãos e irmãs, que rogueis por mim a Deus, nosso Senhor.
O ministro conclui:
Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e
nos conduza à vida eterna.
Todos: Amém!
Breve leitura da Palavra de Deus. Se for conveniente, poderá ser lido por
um dos presentes, ou pelo próprio ministro, um dos seguintes textos:
- “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu
o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne é verdadeira comida
e o meu sangue, verdadeira bebida. Quem come a minha carne e bebe o
meu sangue permanece em mim e eu nele” (Jo 6,54-56).
– “Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode
dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós
não podereis dar fruto, se não permanecerdes em mim” (Jo 15,4).
- “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por
mim” (Jo 14,6).
- “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e
nós viremos e faremos nele a nossa morada” (Jo 14,23).
Pode-se também escolher outro texto bíblico como, por exemplo, o
evangelho ou outras leituras do dia, indicados pelo calendário litúrgico.
Sagrada Comunhão. O ministro introduz a oração do Pai Nosso com estas
ou outras palavras.

14
Agora, todos juntos, rezemos a Deus, como nosso Senhor Jesus Cristo nos
ensinou:
Todos: Pai nosso...
O ministro apresenta o Santíssimo Sacramento, dizendo:
Felizes os convidados para a Ceia do Senhor! Eis o Cordeiro de Deus que
tira o pecado do mundo.
O doente (e se outra pessoa for comungar) conclui:
Senhor, eu não sou digno(a) de que entreis em minha morada, mas dizei
uma só palavra e serei salvo(a).
O ministro aproxima-se do doente, apresenta-lhe a Eucaristia e diz::
O Corpo de Cristo.
O doente responde:
Amém.
E recebe a Comunhão.
Depois da distribuição da Comunhão, o ministro faz a purificação de
costume (purificação da teca). Se for conveniente, observe-se silêncio
sagrado por algum tempo. A seguir, o ministro conclui com a seguinte
oração:
Oremos. Senhor Pai Santo, Deus todo-poderoso, nós vos pedimos
confiantes, que o sagrado Corpo de vosso Filho, nosso Senhor Jesus Cristo,
seja para nosso irmão (nossa irmã) remédio de eternidade, tanto para o
corpo como para a alma. Por Cristo Senhor Nosso.
Todos respondem: Amém!
O ministro, invocando a bênção de Deus, diz:
Que o Senhor nos abençoe, guarde-nos de todo mal e nos conduza à vida
eterna.
Todos respondem: Amém!

O Viático.
Por Viático se entende o rito da última comunhão eucarística concedida
ao enfermo em perigo de vida. O ministro, com vestes convenientes para
essa função, aproxima-se e saúda cordialmente o enfermo e todos os
presentes. Pode fazer a seguinte saudação:
A paz esteja nesta casa e com todos os seus habitantes. Em seguida, coloca
Jesus Eucarístico sobre a mesa, adora-o com todos os presentes. Dirige
aos presentes esta exortação ou outra mais adaptada às condições do
doente.
Caros irmãos e irmãs: Nosso Senhor Jesus Cristo, antes de passar deste
mundo para o Pai, deixou-nos o Sacramento de seu Corpo e de seu
Sangue, para que, na hora de nossa passagem desta vida para Ele,
fortificados por este alimento da última viagem, nos encontrássemos
munidos com o penhor da ressurreição. Unidos, pela caridade, ao nosso
irmão (à nossa irmã), rezemos por ele(a).
E todos rezam por algum tempo em silêncio.
15
O ministro convida o enfermo e os demais presentes ao ato penitencial.
Irmãos e irmãs, reconheçamos os nossos pecados, para participarmos
dignamente desta santa celebração. Após um momento de silêncio, o
ministro convida: Confessemos os nossos pecados:
Todos: Confesso a Deus todo-poderoso e a vós, irmãos e irmãs, que
pequei muitas vezes por pensamentos e palavras, atos e omissões por
minha culpa, minha tão grande culpa. E peço à Virgem Maria, aos anjos e
santos e a vós, irmãos e irmãs, que rogueis por mim a Deus, nosso Senhor.
O ministro conclui:
Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e
nos conduza à vida eterna.
Todos: Amém!
Brevê leitura da Palavra de Deus. Será muito oportuno que um dos
presentes ou o próprio ministro leia um breve texto da Sagrada Escritura,
por exemplo: -
- “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu
o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne é verdadeira comida
e o meu sangue, verdadeira bebida. Quem come a minha carne e bebe o
meu sangue permanece em mim e eu nele” (Jo 6,54-56). -“ Eu sou o
Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim” (Jo
14,6).
- “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e
nós viremos e faremos nele a nossa morada” (Jo 14,23).
- “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou, mas não a dou como o mundo.
Não se perturbe nem se intimide o vosso coração” (Jo 14,27).
- “Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode
dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós
não podereis dar fruto, se não permanecerdes em mim” (Jo 15,4).
- “Eu sou a videira e vós os ramos. Aquele que permanece em mim, e eu
nele, esse produz muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (Jo
15,5).
- “Nós conhecemos o amor que Deus tem para conosco, e acreditamos
nele. Deus é amor: quem permanece no amor, permanece com Deus, e
Deus permanece com ele” (1Jo 4,16).
Pode-se também escolher outro texto bíblico como, por exemplo, o
evangelho ou outras leituras do dia, indicados pelo calendário litúrgico.
Convém que o enfermo, antes de receber o Viático, renove a profissão de
fé batismal. Portanto, o ministro, após breve introdução com palavras
adequadas, interroga:
Crês em Deus Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra?
O doente: Creio.
Crês em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, que nasceu da Virgem
Maria, padeceu e foi sepultado, ressuscitou dos mortos e subiu ao céu?
O doente: Creio.
16
Crês no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na comunhão dos santos,
na remissão dos pecados, na ressurreição dos mortos e na vida eterna?
O doente: Creio.
Em seguida, se as condições do enfermo permitirem, faz-se uma breve
súplica, com estas palavras ou com outras semelhantes, a que o doente
responderá, quando possível, com todos os presentes:
Caros irmãos, invoquemos num só coração Nosso Senhor Jesus Cristo:
- Senhor, que nos amastes até o fim, e vos entregastes à morte para nos
dar vida, nós vos rogamos por nosso(a) irmão(ã) N. Rezemos.
Todos: Senhor, escutai a nossa prece.
- Senhor, que dissestes: Quem come a minha carne e bebe o meu sangue
possui a vida eterna, nós vos rogamos por nosso(a) irmão(ã) N. Rezemos.
- Senhor, que nos convidais ao banquete onde não haverá mais dor, nem
pranto, nem tristeza, nem separação, nós vós rogamos por nosso(a)
irmão(ã) N. Rezemos.
O ministro introduz a oração do Pai Nosso com esta ou outras palavras:
Agora, todos juntos, rezemos a Deus, como nosso Senhor Jesus Cristo nos
ensinou:
Todos: Pai nosso...
O ministro apresenta o Santíssimo Sacramento, dizendo: Felizes os
convidados para a Ceia do Senhor! Eis o Cordeiro de Deus que tira o
pecado do mundo.
O doente e os que vão comungar concluem:
Senhor, eu não sou digno(a) de que entreis em minha morada, mas dizei
uma só palavra e serei salvo(a).
O ministro aproxima-se do doente, apresenta-lhe o Sacramento e diz: O
Corpo de Cristo.
O doente responde: Amém.
Imediatamente, o ministro, após ter dado a comunhão ao doente,
acrescenta:
Que ele te guarde e te conduza à vida eterna.
O doente responde: Amém.
Após a distribuição da comunhão, o ministro faz a purificação como de
costume. Se for conveniente, observa-se um silêncio sagrado por algum
tempo. A seguir, o ministro conclui com a seguinte oração:
Oremos. Ó Deus, em vosso Filho temos o caminho, a verdade e a vida,
olhai com bondade o(a) vosso(a) servo(a) N. E fazei que, confiando em
vossas promessas e renovado(a) pelo Corpo e Sangue de vosso Filho,
caminhe em paz para o vosso Reino. Por Cristo Senhor Nosso.
Todos respondem: Amém!
O ministro diz ao doente: Que Deus esteja sempre contigo, te proteja com
seu poder e te guarde em paz. Por fim, o ministro e os demais presentes
podem saudar o enfermo desejando-lhe a paz.

17
A IGREJA CATÓLICA.

A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA IGREJA.


Até o início do século IV a Igreja Católica era considerada uma seita,
sempre em perigo e perseguida pelas autoridades. Mesmo assim soube
organizar-se. A unidade básica era a Diocese presidida pelo Bispo. Nas
comunidades rurais das Dioceses as atividades religiosas eram
desenvolvidas por um Padre, nome tirado de “Ancião”, da Sagrada
Escritura. Depois do ano 380, quando o cristianismo passou a ser religião
oficial do Império Romano, a estrutura da Igreja tornou-se mais
complexa. Os Bispos das principais cidades das províncias do império
passaram a ser chamados de Arcebispos e os bispos das cidades capitais
do Império: Roma, Constantinopla, Antioquia, Jerusalém, Alexandria,
passaram a ser chamados de Patriarcas ou Papais da Igreja, donde vem o
nome de Papa. O Patriarca de Roma ficava acima de todos e tinha o
direito de proclamar-se sucessor de Pedro. Quando o poder imperial
mudou para Constantinopla o clero oriental passou a argumentar que o
Patriarca de Constantinopla fazia jus a mesma autoridade do Patriarca de
Roma. Mas em 451, no Concílio de Calcedônia, essa pretensão foi
rejeitada. Somente depois de vários séculos o nome Papa foi atribuído ao
Bispo de Roma, como sendo Pai dos Bispos.

DIVISÃO TERRITORIAL DA IGREJA CATÓLICA.


-Universal. É o todo da Igreja. Sua sede é Roma (Sé Apostólica).
-Particular. São as Dioceses.
-Local. São as Paróquias.
-Doméstica. Este termo indica nosso lar ou nossa família como sendo uma
comunidade de Deus.

DENOMINAÇÕES DA IGREJA.
-Sé Apostólica. Sede do Governo Pontifício (Vaticano).
-Sé. Igreja Episcopal ou Patriarcal.
-Diocese. Circunscrição territorial, denominada de Igreja Particular,
sujeita à administração eclesiástica de um Bispo, Arcebispo ou Patriarca
Nota-
1-O Bispo exerce o seu ministério dentro do Colégio Episcopal em
comunhão com o Bispo de Roma, sucessor de São Pedro e chefe da Igreja.
2-quando uma Diocese cresce em volume de fiéis e extensão, ela é
elevada à categoria de Arquidiocese.
-Decanato. Delimitação geográfica dentro da Diocese, formada por
Paróquias que apresentam certas semelhanças e se encontram dentro de
um determinado espaço geográfico.
-Paróquia. Para (ao redor de) Quia (casa). Dai o nome de paroquianos aos
que vivem ao redor da casa do Senhor.
18
TIPOS DE PARÓQUIA.
-Paróquia Geográfica. Território onde ela se encontra instalada.
-Paróquia Pessoal. Está ligada à profissão: militares do exército, militares
da aeronáutica, etc; também ligada à descendência: poloneses, japoneses,
etc.
-Paróquia de Coração. Ligada à emotividade da pessoa; mesmo residindo
próximo de uma paróquia a pessoa participa de outra paróquia.

TERMOS USADOS NA IGREJA.


-Magistério. Papa e Bispos reunidos que decidem pela Igreja.
-Prelado. Quem ocupa alto cargo na Igreja (chefes Superiores).
-Concílio. Assembleia de Prelados Católicos.
-Sínodo. Sínodo dos Bispos é um organismo criado pelo Concílio Vaticano
II. Tem como missão cooperar com o Sumo Pontífice. Antes de se
pronunciar sobre determinado assunto o Papa ouve o parecer, as
ponderações e reflexões dos Bispos. É organismo consultivo a serviço do
Ministério do Papa e expressão da estreita união entre o Papa, sucessor
de Pedro, e os Bispos sucessores dos Apóstolos. Grande expressão da
colegialidade Episcopal e da Universalidade da Igreja. Uma comissão pós
sinodal, composta por 15 membros (12 eleitos pelo sínodo e 3 escolhidos
pelo Papa) elaboram o documento das propostas dos trabalhos. O
material é encaminhado ao Papa, que apresenta à Igreja um documento
chamado Exortação Apostólica Pós Sinodal.

LIVROS UTILIZADOS NA IGREJA.


-Bíblia Sagrada. “Palavra de Deus” inspirada nos homens e escrita por
eles.
-Compêndio Concílio Vaticano II. Orientações do Magistério da Igreja
válidas para hoje. O Compêndio é o documento todo.
-Direito Canônico. Constituição da Igreja é a Carta Magna da Igreja.
-Catecismo da Igreja Católica. Comentários explicativos da Palavra de
Deus para serem aplicados em nossa vida.
-Documentos da Igreja (Verde). Estudos da Igreja do Brasil (CNBB) que
estão em andamento. Não são oficiais. Estão em verificação para críticas e
correções.
-Documentos da Igreja (Azul). Orientações oficiais da Igreja do Brasil
(CNBB) sobre assuntos específicos.
-Documentos da Igreja (Laranja). Carta Encíclica do Santo Padre ( A Voz
do Papa).
Manual dos MESC’s.

HIERARQUIA E CARGOS NA IGREJA.

19
-Papa. Chefe da Igreja Católica. Bispo de Roma. Presidente dos Bispos.
Antigamente, até o Papa Pio XII, o poder do Papa era representado pela
“Tiara” com três coroas. Hoje o poder do Papa é representado pelo
“Báculo” que é o Cajado do Pastor para conduzir o seu rebanho.
-Núncio Apostólico. É o representante do Papa. É o embaixador da Santa
Sé (Vaticano) junto ao Governo do País.
-Cardeal. Cada um dos prelados do Sacro Colégio Pontifício. Elegem o
Papa.
-Arcebispo. Prelado que governa a Arquidiocese, com Bispos Auxiliares.
Além do Cajado do Pastor o Arcebispo Metropolitano recebe o Pálio,
colarinho de lá de cor branca.
-Bispo. Prelado que Governa uma Igreja Particular (Diocese). Tem o
terceiro grau da ordem e o sacerdócio completo. Administra os sete
sacramentos. O Bispo recebe o Cajado de Pastor que é entregue pelo
Núncio Apostólico. Tem a função administrativa nas dioceses. O Bispo é
sucessor dos Apóstolos.
-Administrador Apostólico (Vigário). Tem os mesmos poderes do Bispo
diocesano.
-Chanceler. Ministro encarregado de chancelar diplomas e documentos
oficiais.
-Presbítero.- Ministro Ordenado para os sacrifícios religiosos. “Padres,
Sacerdotes”. É o 2º grau da ordem. Podem ministrar cinco sacramentos:
Batismo, Penitência, Eucaristia, Unção dos Enfermos, Matrimônio.
Dividem-se em Padres de Órdens Religiosas e Padres Diocesanos.
Nota- Monsenhor é um título honorífico concedido pelo Papa a alguns
presbíteros.
-Diácono. É um Ministro ordenado com o 1º Grau da Ordem Sacra. É
auxiliar do Bispo e do Presbítero. Pode ministrar os sacramentos do
Batismo e do Matrimônio. O diaconato pode ser transitório, todo Padre é
ordenado primeiro Diácono, ou permanente, homens solteiros ou
casados que serão somente Diáconos.
-Acólito- Ordenado ou não, auxilia os “Ministros Ordinários” nas
celebrações. Geralmente fica a serviço do altar.
-Religioso. Está ligado à Religião por Votos Monásticos. Pessoas solteiras
e consagradas.
-Leigos. Todo batizado que não recebeu nenhuma Ordem Sacra.

PARTES DA IGREJA PRESENTES NO ESPAÇO FÍSICO DA CONSTRUÇÃO.


-Altar. Mesa fixa ou móvel destinada à Celebração Eucarística.
-Altar de Madeira. Simboliza a Cruz de Cristo.
-Altar de Pedra. Simboliza o Túmulo de Cristo.
-Altares Secundários. Utilizados na liturgia, que não a celebração da
Eucaristia. Encontrados nas Igrejas Históricas em frente às Imagens dos
Santos.
20
-Ambão. Estante onde é proclamada a Palavra de Deus, feita com o
mesmo material do Altar que vai receber toalha do mesmo material e cor.
Fica à direita do Altar.
-Átrio. Parte da entrada das igrejas. (hall de entrada).
-Balaústra. Divisória entre a nave e o presbitério também conhecida
como “Mesa da Comunhão”.
-Batistério. Local da igreja onde se administra o batismo. Em substituição
pode usar a Pia Batismal.
-Capela com fim próprio. Capela com um único fim. (Capela do
Santíssimo, Capela do Batismo).
-Conopeu ou Véu. Cortina colocada na frente e que cobre o sacrário.
-Esculturas. Presentes nas igrejas desde o primeiro século, tem a
finalidade de ajudar a mergulhar nos Mistérios de Cristo.
-Nave Celebrativo. Espaço usado para as celebrações na litúrgia.
-Nave. Corpo da igreja reservado aos fiéis.
-Pia de Água Benta. Sempre próximas às portas da igreja possui água
benta para os fiéis.
-Pia Batismal. O mesmo que batistério.
-Presbitério Espaço ao redor do Altar Eucarístico, geralmente pouco mais
elevado que a nave, onde se realizam os ritos Sagrados.
-Púlpito. Nas igrejas antigas, lugar onde o presidente fazia as pregações.

MÓVEIS DESTINADOS ÀS CELEBRAÇÕES LITURGICAS.


-Cadeira do Celebrante ou Cadeira do Presidente. Cadeira, no centro do
presbitério, que manifesta a função de presidir o culto. Cátedra é uma
cadeira especial, do Bispo, que é colocada na Catedral, no centro ou lado
do presbitério.
-Confessionário. Móvel de madeira para a confissão. Hoje, na maioria das
igrejas, a confissão é feita em uma sala reservada, onde o fiel fica frente a
frente com o sacerdote.
-Credência. Pequena mesa onde são colocados os objetos da liturgia que
serão usados na celebração. Geralmente próximo do altar do lado
esquerdo de quem entra.
-Estante. Peça de acrílico, madeira ou metal colocada sobre o altar, onde
fica o Missal.
-Genuflexório. Faz parte dos bancos da igreja e sua função é de ajudar os
fiéis no momento de ajoelhar.
-Lâmpada do Sacrário, Lamparina, Lamparina do Tabernáculo. Luz
permanente, acesa junto ao sacrário, para indicar a presença do
Santíssimo Sacramento.
-Légio. Estante de onde são feitos os comentários e os avisos.
-Mesa da Palavra. O mesmo que ambão.

21
-Pedra D’ara. No centro do Altar há uma pequena cavidade, onde se
coloca uma pedra, geralmente de mármore, que encerra dentro de si as
relíquias dos santos mártires.
-Sacrário. Lugar sagrado onde se guarda os cibórios com as Hóstias
consagradas.
Tabernáculo- o mesmo que Sacrário.

OBJETOS DESTINADOS ÀS CELEBRAÇÕES LITURGICAS.


-Âmbula, Pequeno vaso onde são guardados os Santos Óleos.
Normalmente são três desses vasos separando os óleos por função. Em
algumas Igrejas o mesmo que cibório, pois a âmbula é onde se guarda o
remédio.
-Andor Suporte de madeira, enfeitado de flores, usado para levar as
imagens dos santos nas procissões..
-Asperge, Aspersório, Hissopo. Pequeno instrumento de metal, ou
madeira, com o qual se asperge água benta sobre as pessoas e objetos
para bênção.
-Bacia com o Jarro. Para as purificações na liturgia. (Batismo, Lava Pés).
-Báculo. Bastão utilizado pelos Bispos que estão no lugar do Cristo, o Bom
Pastor.
-Bandeja. Geralmente de metal, serve para levar os Santos Óleos.
-Bursa. Bolsa quadrangular de couro, curvim ou de tecido onde é
colocado o corporal, a teca, manustérgio e o sanguíneo. O uso para
carregar a teca com a comunhão para os doentes e enfermos.
Bolsa para o Viático- igual a Bursa.
-Caldeirinha. Pequeno vaso onde se coloca a água benta para a aspersão.
-Cálice preparado. Cálice preparado para a Missa, formado pelos
seguintes objetos, em ordem de montagem: Cálice, Sanguineo, Patena,
Hóstia Magna, Pala e Corporal. É montado pelo MESC.
-Cálice. Uma espécie de taça usada para a consagração do vinho que se
transubstancia no Sangue de Cristo. É um dos mais santos objetos
sagrado. Deve ser consagrado pelo Bispo a fim de poder receber o Sangue
Divino de Jesus. Se não for possível que o Cálice no todo ou a copa seja de
ouro ou de prata, pelo menos o interior deve ser dourado.
-Campainha. Conjunto de sinos tocados pelos coroinhas ou acólitos no
momento da consagração.
-Candelabro. Castiçal grande, com ramificações que possibilitam colocar
mais velas ou luminárias. Para o uso litúrgico o número de velas é impar,
até sete.
-Castiçal. Suporte onde se coloca na parte superior a vela ou o Círio
Pascal.
22
-Cibório ou Pixide. Vaso em forma de cálice com tampa onde são
guardadas as Hóstias Consagradas. A palavra Cibório vem de “Cibus” que
é comida. Âmbula com as Hóstias Consagradas é guardado no Sacrário.
-Colherinha. Usada para colocar a gota de água no vinho.
-Corporal. Peça quadrangular de linho, com, cerca de, 25 cm de lado,
sobre a qual repousam o cálice, patena, cibório para a consagração do
pão e do vinho na Missa; também é colocado o ostensório durante a
bênção do Santíssimo, o cibório quando das celebrações sem padre.
Recorda o Santo Sudário onde foi envolvido o corpo de Jesus Cristo. É
dobrado de forma a formar 9 quadrados para evitar que partículas do
Corpo de Cristo fique no altar no momento da partilha do Pão.
-Cruz do Altar. Pequena cruz colocada sobre o altar quando não tem a
Cruz Processional.
-Cruz processional. Cruz com cabo maior usada nas procissões.
Normalmente substitui a cruz do altar.
-Custódia. Parte central do Ostensório, onde se fixa a Sagrada Eucaristia
para as adorações.
-Galhetas. Vasos/recipientes de vidro ou acrílico para identificar o
conteúdo, água e o vinho, não consagrados para o Sacrifício Eucarístico.
Podem ser levados ao altar durante a procissão das ofertas.
-Galheteiro ou Pratinho. Suporte para as galhetas, geralmente de metal.
-Hóstia dos Fiéis, Hóstia Pequena, Partícula. A que recebem os fiéis.
-Hóstia Grande ou Hóstia Magna. Utilizada pelo celebrante e é maior por
uma questão prática para que todos possam ver na hora da celebração.
-Hóstia ou Pão Eucarístico. A palavra significa “Vítima que será
Sacrificada”. Feita de massa de pão sem fermento (ázimo).
-Incenso. Palavra do latim “incensu” que é uma resina de aroma suave em
forma de pedrinhas extraída de uma árvore. Coloca-se incenso sobre
brasas dentro do turíbulo para queimar em celebrações solenes, como
louvor à Divindade. Produz uma fumaça que sobe para os céus
simbolizando nossas orações e preces.
-Incensório, Turíbulo. Vaso de metal com correntes onde se colocam
brasas para queimar o incenso e incensar nas celebrações solenes.
-Jarro. Para o derramamento de água nas liturgias; usado para a
purificação.
-Lavabo, Purificador ou Purificatório. É uma bacia de tamanho menor
usado em conjunto com um pequeno jarro, de metal ou de vidro, usado na
purificação dos dedos.
-Lecionário. Livro que contém leituras própria para cada dia. São três os
lecionários; dominical, Santoral, Ferial.
-Luneta. Peça circular em forma de meia lua usada para fixar a Hóstia
Magna consagradas no Ostensório.
-Mala de Missa. Mala especial do sacerdote usada para levar os materiais
litúrgicos para administrar os sacramentos.
23
-Manustérgio. Vem de ”manus” mão, “térgio” tecido. Toalha usada para
enxugar as mãos durante o ato litúrgico.
-Naveta. Peça de metal usada para transportar o incenso. Tem forma de
um pequeno navio.
-Ostensório. Usado para expor a Santa Hóstia nas bênçãos solenes do
Santíssimo Sacramento. Deve ser dourado ou prateado. A Hóstia, de
tamanho maior é vista através de um vidro redondo, no centro da
Custódia, fixada por uma peça de duas lâminas, em forma de meia lua,
chamada luneta..
- Pala. Cartão quadrado revestido de pano e engomado para cobrir a
patena e o cálice; proteção do cálice para não cair impurezas.
-Palium. Cobertura de tecido de cor palha ou dourado que dá proteção ao
Santíssimo Sacramento no momento das procissões. Tem quatro varões
utilizados para a sustentação manual.
-Patena. Pratinho redondo onde o sacerdote coloca a Hóstia, toda
dourada ou prateada na sua parte côncava.
-Relicário. Local onde são guardadas as relíquias dos santos, às vezes
parecido com o Ostensório, para a visualização, na bênção com as
relíquias.
-Sanguíneo. Pequena toalha de linho com a qual o sacerdote faz a
purificação dos dedos, lábios, patena, cálice e cibório após a comunhão.
-Suporte para o Círio Pascal. Estrutura de madeira ou de metal para
suportar o Círio Pascal com altura pouco superior à do Altar.
-Teca, Teca dos Fiéis. Estojo de metal onde se leva a comunhão para as
pessoas impossibilitadas de ir à missa (doentes, enfermos, deficientes).
-Turíbulo. Vaso de metal com correntes onde se colocam brasas para
queimar o incenso e incensar, nas celebrações solenes.
-Umbela. Espécie de pálio redondo, semelhante a um guarda sol, usado
para cobrir o sacerdote que, em procissão, leva a eucaristia.
-Vasos. Todos os objetos que reservam líquidos e sólidos utilizados na
liturgia.

VESTES LITÚRGICAS OU PARAMENTOS LITÚRGICOS.


São vestimentas usadas pelos ordenados nas celebrações eucarísticas.
Tem caráter sagrado, onde cada peça usada e cada cor tem um caráter
litúrgico. As vestes litúrgicas tem sua origem nos primórdios
gregos/romanos que ao longo dos anos foram adotadas na vida da igreja.
O ato de usar paramentos litúrgicos significa estar revestido da Graça e
da força de Deus para o desempenho da função litúrgica. No missal do
rito extraordinário da missa haviam orações específicas para
acompanhar a vestimenta de cada paramento sagrado.
-Alva. Veste de pano branco, longa que o sacerdote usa nas funções
sagradas e nas celebrações. É usada juntamente com a casula, vindo sob
ela. A alva juntamente com a casula dá um caráter mais solene à
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celebração. Esconde a individualidade do sacerdote para que nele se
possa ver o próprio Cristo que preside o sacrifício. Lembra que o
sacerdote se reveste do homem novo.
-Amito. Pano branco, quadrado que cobre os ombros e o pescoço do
sacerdote, usado por baixo da alva, durante a missa. Representa uma
proteção da salvação que defende o sacerdote das insídias de satanás.
-Batina. Veste longa usada pelos religiosos e religiosas com modelos e
cores conforme a congregação.
-Camisa Glergyman. Camisa usada pelos ordenados, principalmente por
sacerdotes e bispos, normalmente brancas, sendo algumas cinzas ou
azuis. Tem gola especial onde se coloca o colarinho especial.
-Capa de Asperge, Capa Pluvial, Capa Magna ou Pluvial. Manto
semicircular, capa longa, nas diversas cores litúrgicas que cobre os
ombros do sacerdote e se alonga até os pés. Usada na bênção solene do
Santíssimo Sacramento, durante o canto da asperge e ao conduzi-lo nas
procissões.
-Casula. Veste solene que cobre tanto a alva como a estola. É veste própria
do sacerdote. Não tem costura dos lados. Usada nas missas dominicais e
dias festivos. Apresenta-se em quatro cores: branca, verde, vermelho e
roxo, conforme o tempo e o mistério celebrado na missa.
-Cíngulo. Cordão branco que o sacerdote amarra na cintura, para prender
a alva, impedindo que esta se arraste no chão.
-Dalmática. Veste própria do diácono. É colocada sobre a túnica e a estola.
É usada na celebração das missas solenes, matrimônios e batizados.
Aberta dos lados tem as mangas largas e curtas. Cor branca, verde,
vermelha e roxa, conforme o tempo e a liturgia.
-Estola. Uma faixa vertical para o sacerdote e diagonal para o diácono. O
sacerdote usa sobre os ombros com as duas pontas caídas para frente. É o
símbolo do poder sacerdotal revestido do poder de Cristo. Simboliza o
serviço que o sacerdote e diácono realizam como ministros (servidores)
de Cristo. Cor varia conforme liturgia. Usada nas missas, na
administração dos sacramentos e sacramentais.
-Mitra. Chapéu alto e pontudo usados pelos Bispos que representa o
símbolo do poder espiritual.
-Solideo. Pequeno barrete em forma de calota usada pelos Bispos, sobre a
cabeça.
-Toalha de Altar. Feitas de linho ou de cânhamo, devendo ser bentas pelo
Bispo ou por um sacerdote por ele designado. As Toalhas do Altar
simbolizam os lençóis que foi a mortalha do Corpo de Jesus.
-Toalha do Ambão. Toalha usada para revestir o Ambão. Deve ser do
mesmo tecido e cor da toalha do altar.
-Túnica. Veste longa, cor branca ou clara, oficial do padre durante as
celebrações. Substitui a alva e a casula.

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-Véu Umeral. Véu dos ombros, usados pelos sacerdotes ou diáconos na
bênção do Santíssimo e nas procissões. Sua extremidade é usada para
segurar o ostensório. Manto retangular, de cor dourada, usada sobre a
Capa Magna.

CORES LITÚRGICAS.
-Branca, Branco. Simboliza a vitória, a paz, a alma pura, a alegria. É usada
nos ofícios de missa do tempo Pascal, (instituição da Eucaristia- Quinta
feira Santa, na Vigília Pascal do Sábado Santo), no Tempo de Natal, nas
festas dos santos (quando não mártires), nas festas do Senhor (exceto a
da Paixão), nas festas em memória da Bem-aventurada Virgem Maria, dos
Santos Anjos, São João Batista, São João Evangelista, Cátedra de São Pedro
e Conversão de São Paulo. É a cor predominante da ressurreição.
-Preta, Preto. É símbolo de luto. Pode ser usada na missa pelos mortos.
Nessa missa pelos mortos pode ser usado também o branco, dando-se
ênfase à ressurreição e não à dor.
-Róseo, Rosa. Símbolo também da alegria. Pode ser usado nos Domingos
da Alegria, que são o terceiro Domingo do Advento, chamado “Gaudete” e
no quarto Domingo da Quaresma, chamado “Laetere”. É a fusão da cor
branca coma roxa.
-Roxa, Roxo. Simboliza a penitência e é usada no tempo do Advento e da
Quaresma, podendo, também, ser usada nos ofícios e missas pelos
mortos. Quanto ao Advento está havendo tendência de usar o violeta em
vez do roxo, para distinguir da Quaresma, pois Advento é tempo de feliz
expectativa e de esperança.
-Verde. É a cor da esperança, usada no Tempo Comum, e simboliza o
crescimento das pastagens, tempo de trabalho.
-Vermelha. Simboliza o fogo, o sangue, o amor divino, o martírio. Usado
no domingo da Paixão (domingo de Ramos), na Sexta Feira Santa, no
Domingo de Pentecostes, nas celebrações à Paixão do Senhor, nas Festas
dos Apóstolos e Evangelistas e nas celebrações dos Santos Mártires.

SÍMBOLOS LITURGICOS
-Água Batismal. Benzida no sábado santo, na missa da bênção do fogo é
usada durante todo o ano.
-Água Benta, Água Lustral. Benzida com orações especiais e usada para
benzer pessoas e objetos, em diferentes ocasiões.
-Alfa e Ômega. Primeira e última letra do alfabeto. No cristianismo aplica-
se a Cristo, princípio e fim de todas as coisas.
-Alfaias Litúrgicas, Nome que se dá ao conjunto dos objetos litúrgicos
usados nas celebrações. Com muito selo a Igreja cuidou que as sagradas
alfaias servissem, digna e belamente, ao decoro do culto, admitindo as
mudanças que a técnica da arte trouxe no correr do tempo. O Concílio
Vaticano II se preocupa com a dignidade das coisas sagradas, que, como
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expressão viva da fé, identifica-se com a natureza de Deus, a quem o povo,
congregado pelo Filho e na luz do Espírito Santo adora “em espírito e
verdade” Jo 4,23-24.
-Cinzas. As cinzas, especialmente na celebração da Quarta Feira de Cinzas,
são para nós sinal de penitência, humildade e de reconhecimento de
nossa natureza mortal. São vindas da queima das palmas do Domingo de
Ramos do ano anterior, queimadas na quaresma para o rito quaresmal
das cinzas.
-Círio Pascal. Vela grande que é benzida e solenemente introduzida na
igreja no início da Vigília Pascal e colocado ao lado da Mesa da Palavra ou
do Altar. Aí permanece aceso durante as ações litúrgicas do tempo Pascal
(até Pentecostes). O Círio aceso simboliza o Cristo Ressuscitado. Após
Pentecostes é aceso nas celebrações batismais.
-Crucifixo. Imagem de Cristo pregado na cruz que fica sobre o altar ou
acima dele.
-Cruz. Sem a imagem de Cristo representa a ressurreição.
-Fogo. Fogo pode multiplicar-se indefinidamente e tem expressão
simbólica representando, principalmente, a ação do Espírito Santo.
-IHS. Iniciais latinas de Iesus Hominum Salvator.
-INRI. Iniciais latinas de Iesus Nazarenus Rex Iudaerun que quer dizer:
Jesus Nazareno Rei dos Judeus.
-Luz. Presença de Cristo. Produz alegria e projeta a paz. Mostra o caminho
ao peregrino errante. É o símbolo mais expressivo do Cristo Vivo e da
ressurreição.
-Óleo. Símbolo da força. Temos na liturgia o óleo dos Catecúmenos, do
Crisma e dos Enfermos usados liturgicamente nos sacramentos do
Batismo, do Crisma e na Unção dos Enfermos. Nos três sacramentos trata-
se do gesto litúrgico da unção. A unção com óleo atravessa toda a história
do Antigo Testamenmto, na consagração dos reis, profetas e sacerdotes e
culmina no Novo Testamento com a unção do Cristo, o verdadeiro ungido
de Deus. A palavra Cristo significa ungido.
-Reserva Eucarística, Santa Reserva. Nome que é dado às partículas
consagradas guardadas no sacrário e destinadas especialmente aos
doentes e para a adoração dos fiéis.
-Triângulo. Com seus três ângulos iguais representa a Santíssima
Trindade. Não muito conhecido.
-Viático. Comunhão levada aos moribundos como refeição para a última
viagem.
XP- letras do alfabeto grego que unidas formam as iniciais da palavra
CRISTOS (Cristo), são também as consoantes da palavra peixe que
significa também o Cristo alimento.

ANOS LITÚRGICOS

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Toda Missa Dominical apresenta três leituras mais o salmo responsorial.
A primeira é tirada do Antigo Testamento, a segunda tirada das cartas
Apostólicas e do Apocalípse. A leitura do Evangelho tirada dos
Evangelhos de Marcos, Mateus e Lucas. Para que haja uma leitura mais
variada a Igreja propõe para os domingos e festas um ciclo de três anos:
A, B e C. No ano A é apresentado o Evangelho de Mateus, no ano B o
Evangelho de Marcos e no ano C o Evangelho de Lucas. O Evangelho de
João é proclamado em tempos especiais (advento, quaresma, tempo
pascal e grandes festas). Nas liturgias semanais e não solenes pode ser
dispensada a segunga leitura.

TEMPOS LITÚRGICOS.
-Advento. Inicia o ano litúrgico e se compõe de 4 semanas. Começa 4
domingos ante do Natal e termina nos dia 24 de dezembro, véspera de
Natal. Anuncia a vinda do Messias. Não é tempo de festa, mais de alegria
moderada para receber a vinda de Jesus. Espiritualidade: purificação da
vida. Cor roxa.
-Natal. Começa com a vigília de Natal e vai até a festa do Batismo do
Senhor. Comemorado com alegria, pois é a festa do nascimento do
Senhor. Espiritualidade: fé, alegria e acolhimento. Cor branca.
-Tempo Comum. Desafia as comunidades a prolongar no ano inteiro a
ternura da Festa Pascal, é dividido em duas partes:
Tempo Comum 1ª parte- começa no dia seguinte à Festa do Batismo do
Senhor, na segunda feira, e termina na terça feira de carnaval, inclusive
que precede a quarta feira de Cinzas. De 5 a 8 domingos. Espiritualidade:
esperança e escuta da Palavra. Cor verde.
-Quaresma. Começa na quarta feira de Cinzas e termina na manhã da
quinta feira Santa com a Missa dos Santos Óleos. São 5 domingos mais o
Domingo de Ramos e é tempo forte de conversão, penitência, jejum,
esmola e oração. Marcado também por ser o tempo da Campanha da
Fraternidade. Espiritualidade: penitência e conversão. Cor roxa.
-Semana Santa e Tríduo Pascal. Maior celebração das Comunidades
Cristãs. A Quinta Feira Santa começa à noite com a celebração da última
Ceia do Senhor e a instituição da Eucaristia e do Sacerdoco. Vigília de
adoração ao Nosso Senhor Jesus Cristo e a sua agonia no Horto das
Oliveiras. Na Sexta Feira Santa é celebrada a Morte do Senhor na Cruz,
esperando a sua vitória na ressurreição. É o único dia que não tem Missa.
Sábado Santo(sábado de Aleluia) marcado pelo silêncio e oração,
lembrando Jesus na sepultura. A Vigília Pascal é a “Mãe de todas as
Vigílias da Igreja”, a celebração maior, onde vivemos os momentos da
certeza da ressurreição do Senhor. Assim forma-se o Tríduo Pascal que
prepara o ponto máximo, o Domingo da Ressurreição. Cor roxa.
-Páscoa. Começa com o Domingo da Ressurreição e se estende até a Festa
de Pentecostes, celebrado 50 dias após a Páscoa. Jesus ressuscitado volta
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ao Pai e nos envia o Paráclito. Oito domingos. Espiritualidade: alegria em
Cristo Ressuscitado. Cor branca.
-Tempo Comum.
Tempo Comum 2ª parte. Começa na segunda feira após Pentecostes e vai
até às vésperas do primeiro domingo do Advento. São 28 a 29 domingos.
Espiritualidade: vivência do Reino de Deus.

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MESES TEMÁTICOS.
Agosto- mês vocacional.
Setembro- mês da Bíblia
Outubro- mês Missionário.
Novembro- mês da comemoração de Todos os Fiéis Defuntos.

LIVROS UTILIZADOS NAS CELEBRAÇÕES.


-Livros Litúrgicos. Todos os livros que auxiliam na liturgia: lecionários,
missal, rituais.
-Calendário Litúrgico. Calendário das festa litúrgicas, com orientação
sobre leituras, orações e outras instruções para a Missa, editado
anualmente pela CNBB.
-Evangeliário. Livro com o texto do Evangelho para os domingos e para as
grandes solenidades.
-Lecionário Dominical. Livro com as leituras do domingo e de algumas
solenidades e festas, salmos e evangelhos dos anos A,B,C.
-Lecionário Semanal ou Lecionário Ferial. Livro com as leituras dos dias
de semana. A primeira leitura e o salmo estão classificados por ano par
ou ano impar sendo o evangelho o mesmo para os dois anos.
-Lecionário Santoral. Livro com leituras, salmos e evangelhos para as
festas/celebrações dos santos. Está disposto em ordem cronológica.
-Missal Romano. Livro Litúrgico oficial da Igreja. Contem as normas
gerais para o cerimonial litúrgico bem como as leituras e orações
apropriadas para a Santa Missa de todos os dias e festas do ano litúrgico.
É obrigatório para toda Igreja Latina.
-Ritual ou Sacramentário. Livro com as instruções e ritos para a
administração dos sacramentos.

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