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FUNDAMENTAÇÃO DOUTRINAL.
“Devemos vivenciar toda riqueza do Ministério da Fé que se faz presente na
Eucaristia. Contemplar a Cruz Redentora do Senhor, pois nela resplandece
o significado mais profundo de toda sua vida. É na Cruz que se encontra a
radical fidelidade de Jesus ao Pai e aos seus irmãos. Desde a Encarnação
até o Calvário sua vida não foi senão doação. A culminância desta doação
está na sua oferenda na Cruz, como um ato de amor: ‘Ninguém tira a minha
vida. Sou Eu que a entrego.’ Assim a Cruz é para nós a plenitude do dom do
Senhor Jesus.”Pe Gilson Camargo-Manual do MESC.
Isso foi possível à luz do que Jesus realizou às vésperas de sua morte, no
gesto de sua última ceia com os Apóstolos. “Sabendo que era chegada a
hora de passar para seu Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo,
amou-os até o fim” Jo 13-1. Aí a expressão do amor pleno. O gesto da Ceia,
que chamamos de Eucaristia, é que mostra o sentido da Encarnação e de
toda a obra redentora do Senhor Jesus. Sem a Eucaristia todos os gestos
de salvação realizados pelo Senhor Jesus, de pouco nos valeriam, pois não
teriam chegados até nós, no hoje de nossas vidas. O que existe na Cruz,
assim como na Eucaristia, é a presença do amor, a obediência até as
últimas consequências. O sentido da vida de Jesus Cristo é a total entrega
ao Pai e a seus irmãos. Disse Jesus na última ceia: “Tomai todos e comei,
isto é o meu corpo que será entregue por vós. Tomai todos e bebei, este é o
cálice de meu sangue que será derramado por vós” Mt 28,26-28.
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Ao dizer “Fazei isto em memória de mim” Lc 22,19 Jesus chama a cada um
de nós a tomar e comer, tomar e beber o dom do Senhor feito alimento.
Os que aceitam receber em comunhão esta oferenda de salvação
assumem o compromisso de fazer com que sua vida seja vivida à altura
do dom recebido, no mesmo dinamismo de amor ao Pai e serviço aos
irmãos, até as últimas consequências.
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pedir sempre a Deus esse dom, fazer constantes visitas ao Santíssimo
Sacramento, promover adorações e vigílias, ler livros sobre a Eucaristia.
- Seja amigo de Deus. Ter um relacionamento profundo com Deus,
levando o espírito para além das ocupações, estabelecendo amizade
íntima com Ele. Devemos tomar cuidado com o ativismo, pois as
atividades do dia a dia podem nos afastar de uma vida de oração. Dom
Orlando Brandes diz: “O ativismo impede a oração, o silêncio, o estudo, a
conversão. O ativista vive um círculo vicioso. O aumento das atividades
impede e vida interior.” Um MESC que não faz suas orações diárias não
pode ser ministro ou agente pastoral, pois sem Deus nada se pode fazer.
- Tenha criatividade. Que enfrente os desafios tendo sempre uma atitude
positiva e com visão da oportunidade de criar algo novo, tendo a mente
receptiva para novas ideias.
- seja pessoa que acolhe as novidades e abre espaço para outros entrarem
na comunidade. Deve acolher as novidades que a Igreja propõe e abrir as
portas para a entrada de novos fiéis. Dar espaço aos adolescentes e
jovens que são protagonistas das novidades.
- Destaque-se pelo serviço. Muitas pessoas não são dotadas de grandes
talentos, mais colocam-se a serviço, arregaçam as mangas e fazem um
bem enorme à Igreja. Ser ministro é estar comprometido e a serviço da
comunidade.
- Ser pessoa de diálogo. Ajudar a superar os conflitos, divisões e
promover a união. Também aberto ao diálogo com outras denominações
religiosas nunca temendo em expor a doutrina católica.
- Que se destaque pelo anúncio. É preciso sentir o apelo que ardia no
Apóstolo Paulo: “Ai de mim se eu não evangelizar.” A evangelização é
tarefa de todos os batizados, membros do povo de Deus. Que encontrou
Jesus Cristo deve anuncia-lo aos outros, com entusiasmo e exaltação.
- Pessoa que se destaca pela missionariedade. Segundo o Documento de
Aparecida deve ser um protagonista da conversão pastoral da
comunidade. Diz o Documento de Aparecida: “Nenhuma comunidade
deve isentar-se de entrar decididamente, com todas as forças, nos
processos de renovação missionária e de abandonar as tradicionais
estruturas que já não favoreçam a transmissão da fé.” Cada comunidade
deve fortalecer a sua consciência missionária, saindo ao encontro dos que
estão afastados de Cristo.
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entre vós seja aquele que vos serve, e quem quiser ser o primeiro, seja o
escravo de todos”. Mt10,43.
- Gratuidade. Jesus deu esta ordem a seus discípulos: “De graça
recebestes, de graça deveis dar”. Mt 10,8. Todos o ministérios remontam a
esse princípio. Partilhamos com os irmãos os dons que recebemos.
- Equilíbrio. Que o ministério não o transforme a uma tendência ao
fanatismo.
- Bondade. João XXIII é conhecido como o “Papa Bom”. Tinha um coração
aberto que só se interessava pelo bem das pessoas. Assim deve ser o
MESC.
- Mansidão. Quando preciso ser firme, mas, na maioria das vezes, a
mansidão produz muitos frutos.
- Simpatia. A simpatia é um dom; uma pessoa simpática é a que recebeu
de Deus talentos humanos que a tornam agradável ao convívio.
- Perseverança. Nunca deixar o ministério tornar-se rotina, obrigação;
somente, eventualmente, participar das formações, estudos, reuniões,
adorações ao Santíssimo Sacramento. Com oração, Santa Missa frequente,
comunhão, leitura da Palavra de Deus as dificuldades não atingem. O
contato íntimo com Deus os renova.
- Renúncia. É o tempo que o ministro dedica à comunidade e que,
consequentemente, retira da família, do trabalho e de si mesmo.
- Contínua aprendizagem. Valorizar a todos e ter abertura de coração
para aprender com todos.
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fiéis; renovem-se com frequência, removendo as antigas”. Depois de
algum tempo, sobretudo devido à humidade, a hóstia pode se estragar.
- O que fazer se a hóstia deteriorar?
Se o pão da hóstia se deteriorar completamente, a Igreja ensina que já
não há mais ali a presença real do Cristo. Nesse caso as hóstias devem ser
colocadas em água até que se dissolvam completamente e depois colocar
a água em uma planta.
- Como transportar a Eucaristia de outra comunidade quando falta na
comunidade?
Com o máximo cuidado e respeito colocá-la no cibório ou teca, envolto, de
preferência no corporal.
- O que deve estar junto ao sacrário do Santíssimo?
Luz indicando a presença de Cristo; vaso com flores naturais; bancos ou
genuflexório quando o Santíssimo encontra-se em uma capela ao lado da
nave da igreja, que ajuda a criar ambiente de oração. Atenção para que
não haja excesso de imagens que distraem a atenção dos fiéis.
- A quem cabe o cuidado dos objetos sagrados usados nas missas?
Todos os objetos sagrados devem tornar-se notável, pela dignidade e
decoro. Por isso é preciso designar pessoas que cuidem desses objetos. O
zelo por esses objetos expressam o fervor da fé da comunidade. É
importante que o MESC zele para que todos os objetos sagrados estejam
bem cuidados e em ordem.
- Pode-se limpar o cálice com substâncias químicas?
Criou-se o hábito, em algumas comunidades, de limpar o cálice com
produtos químicos. Pode-se limpar o cálice por fora com esses produtos.
Por dentro somente passar um pano úmido.
- Que orientações a Igreja dá sobre o altar?
No Diretório Litúrgico -61- são encontradas todas as orientações. De
ordem prática: a) o altar deve ser o centro para onde se volte a atenção
de toda a assembleia dos fiéis. Não é adequado que se cubra o altar com
grandes toalhas, cheias de bordados. A mesa do altar deve estar a vista da
assembleia e por si só manifeste o seu valor. Nunca se deve colocar
qualquer objeto, que não os litúrgicos, sobre o altar. Quanto às flores a
Igreja ensina: “Na ornamentação do altar observe-se moderação. No
tempo da quaresma não se ornamenta o altar com flores, excetuando o IV
domingo, solenidades e festas. No tempo do advento colocar flores que
convenham à índole desse tempo, sem, contudo, antecipar a alegria do
Natal.” Nunca colocar vasos ou arranjos de flores sobre o altar e nunca
usar flores artificiais.
- Como deve ser o ambão?
Também no Diretório Litúrgico -64- são encontradas as informações. O
ambão é o lugar onde se proclama a Palavra de Deus. Ambão significa
“lugar alto”, “elevação”. Deve estar adequadamente disposto, com a
devida nobreza, que corresponda a dignidade da Palavra de Deus e
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lembre aos fiéis que na missa se prepara a mesa da Palavra de Deus e do
Corpo de Cristo. O ambão deve ser feito do mesmo material do altar. Pode
também ser usado para a homilia e a oração da comunidade. Não fazer no
ambão comentários, orações meditativas, homenagens e nem dar avisos
comunitários. Não colocar enfeites, cartazes em frente ao ambão. O
ambão deve ocupar o lado direito do altar, ou, lado esquerdo de quem
olha da assembleia para o presbitério, pouco a frente do altar. O concílio
Vaticano II afirma que a Igreja sempre venerou de igual a mesa da
Palavra(ambão) e a mesa da Eucaristia(altar). Merecem o mesmo
respeito, cuidado e dignidade.
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- Se o doente não se predispuser a perdoar o ministro deve dar a
comunhão?
Não. Converse com o enfermo, reze com ele, mas não dê a Eucaristia. Não
pode receber a Eucaristia quem tem o coração cheio de ódio.
- Pode acontecer que o enfermo precise de uma reconciliação consigo
mesmo?
Há pessoas que têm raiva de si mesmas, ódio ou remorso do seu passado.
É preciso ajudá-las a perdoar a si mesma. O MESC pode fazer esta função
pelo método de perguntas e respostas. Muitas vezes são problemas com a
família. Outras vezes o doente sabe que a sua doença é consequência de
seus erros e vícios. A reconciliação das pessoas consigo mesma, o auto
perdão as ajudará muito.
- Quando se leva a comunhão reza-se somente com o enfermo?
Quando se leva a Santíssima Eucaristia é importante que se tenha a
participação das outras pessoas da casa, familiares, e, se possível, até
mesmo de vizinhos. É gratificante perceber a alegria da família vendo que
o Senhor Jesus vem a sua casa para confortar o doente e para trazer a paz
e a benção para todos.
- O que fazer se o doente ou idoso necessite da confissão?
O MESC deve estar atento para perceber se o doente ou idoso necessita da
confissão. Muitas vezes a pessoa manifesta o desejo de confessar. Outras
vezes o ministro procura falar à pessoa sobre a confissão, devendo, às
vezes, encorajá-la. Quando houver a necessidade da confissão aproveitar
da presença do padre na comunidade e levá-lo até a casa do doente ou
idoso.
- A unção dos enfermos é para quando o doente já estiver morrendo?
Até os anos 700 a unção era dada para que o doente alcançasse a saúde
física. Após o Vaticano II a unção foi recolocada, como sacramento, para a
saúde. Portanto unção dos enfermos não é sacramento para preparar a
pessoa para a morte, não é mais “extrema unção”, como se falava antes.
Devido esta mudança de compreensão é preciso que o ministro explique
isto ao enfermo. É preciso que o doente entenda que Jesus vem tocá-lo
para que ele tenha força para a enfermidade. Somente bispo e sacerdote
pode dar a unção dos enfermos.
- Quanto tempo deve durar a visita?
Depende da condição do doente. Quando o doente está disposto, ou
necessitando de conversar e até desabafar, a visita pode durar mais
tempo. Porém, à casos em que a pessoa prefere ou precisa ficar sozinha,
para repouso. Nesse caso a presença do ministro, além do tempo, pode
causar incômodo.
- A pessoa que cuida do doente também pode comungar?
A pessoa que cuida do doente também pode comungar caso as suas
obrigações com o enfermo a impossibilitem da participar da missa na
comunidade. Ver se a pessoa está em condições de receber a comunhão.
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CUIDADOS QUANDO DA VISITA AO DOENTE EM CASA.
Lembrar sempre que o objetivo da visita é o de levar o amor de Deus e também o
amor da comunidade por ele.
-para entender um enfermo é preciso colocar-se em seu lugar.
-fazer a visita não em nome próprio, mas em nome da Igreja.
-fazer a visita sempre que possível em par.
-se fizer uso da Bíblia, fazer com critério.
-não se deixar impressionar pela doença.
-não recordar com o doente, casos difíceis de sofrimento; não falar de
doenças.
-conversar sobre coisas agradáveis.
-demonstrar o amor que tem por ele e ter muita caridade.
-caso o doente conte sua história, não interferir com perguntas, mas
escutá-lo.
-ajudar o enfermo a unir a sua dor à de Jesus; quando o doente, no
sofrimento, sente a união com Deus tem serenidade.
-nunca interferir no tratamento.
-não visitar doente quando você estiver triste, angustiado.
-compartilhar as lágrimas às vezes é o maior consolo que damos ao
doente.
-manter sempre ambiente de paz, harmonia e silêncio.
-nunca negar a dor do doente.
-em tudo ter descrição e bom senso.
-a visita não pode ser um estorvo à família; procure os horários mais
convenientes.
-não reparar o ambiente.
-quando a doença é grave a angústia, ansiedade, o medo são normais; não
os negue; a dor aumenta a sensibilidade.
-saber que nem sempre se tem clima para falar de Deus e fazer orações; a
oração não pode ser coisa imposta.
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Agora, todos juntos, rezemos a Deus, como nosso Senhor Jesus Cristo nos
ensinou:
Todos: Pai nosso...
O ministro apresenta o Santíssimo Sacramento, dizendo:
Felizes os convidados para a Ceia do Senhor! Eis o Cordeiro de Deus que
tira o pecado do mundo.
O doente (e se outra pessoa for comungar) conclui:
Senhor, eu não sou digno(a) de que entreis em minha morada, mas dizei
uma só palavra e serei salvo(a).
O ministro aproxima-se do doente, apresenta-lhe a Eucaristia e diz::
O Corpo de Cristo.
O doente responde:
Amém.
E recebe a Comunhão.
Depois da distribuição da Comunhão, o ministro faz a purificação de
costume (purificação da teca). Se for conveniente, observe-se silêncio
sagrado por algum tempo. A seguir, o ministro conclui com a seguinte
oração:
Oremos. Senhor Pai Santo, Deus todo-poderoso, nós vos pedimos
confiantes, que o sagrado Corpo de vosso Filho, nosso Senhor Jesus Cristo,
seja para nosso irmão (nossa irmã) remédio de eternidade, tanto para o
corpo como para a alma. Por Cristo Senhor Nosso.
Todos respondem: Amém!
O ministro, invocando a bênção de Deus, diz:
Que o Senhor nos abençoe, guarde-nos de todo mal e nos conduza à vida
eterna.
Todos respondem: Amém!
O Viático.
Por Viático se entende o rito da última comunhão eucarística concedida
ao enfermo em perigo de vida. O ministro, com vestes convenientes para
essa função, aproxima-se e saúda cordialmente o enfermo e todos os
presentes. Pode fazer a seguinte saudação:
A paz esteja nesta casa e com todos os seus habitantes. Em seguida, coloca
Jesus Eucarístico sobre a mesa, adora-o com todos os presentes. Dirige
aos presentes esta exortação ou outra mais adaptada às condições do
doente.
Caros irmãos e irmãs: Nosso Senhor Jesus Cristo, antes de passar deste
mundo para o Pai, deixou-nos o Sacramento de seu Corpo e de seu
Sangue, para que, na hora de nossa passagem desta vida para Ele,
fortificados por este alimento da última viagem, nos encontrássemos
munidos com o penhor da ressurreição. Unidos, pela caridade, ao nosso
irmão (à nossa irmã), rezemos por ele(a).
E todos rezam por algum tempo em silêncio.
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O ministro convida o enfermo e os demais presentes ao ato penitencial.
Irmãos e irmãs, reconheçamos os nossos pecados, para participarmos
dignamente desta santa celebração. Após um momento de silêncio, o
ministro convida: Confessemos os nossos pecados:
Todos: Confesso a Deus todo-poderoso e a vós, irmãos e irmãs, que
pequei muitas vezes por pensamentos e palavras, atos e omissões por
minha culpa, minha tão grande culpa. E peço à Virgem Maria, aos anjos e
santos e a vós, irmãos e irmãs, que rogueis por mim a Deus, nosso Senhor.
O ministro conclui:
Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e
nos conduza à vida eterna.
Todos: Amém!
Brevê leitura da Palavra de Deus. Será muito oportuno que um dos
presentes ou o próprio ministro leia um breve texto da Sagrada Escritura,
por exemplo: -
- “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu
o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne é verdadeira comida
e o meu sangue, verdadeira bebida. Quem come a minha carne e bebe o
meu sangue permanece em mim e eu nele” (Jo 6,54-56). -“ Eu sou o
Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim” (Jo
14,6).
- “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e
nós viremos e faremos nele a nossa morada” (Jo 14,23).
- “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou, mas não a dou como o mundo.
Não se perturbe nem se intimide o vosso coração” (Jo 14,27).
- “Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode
dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós
não podereis dar fruto, se não permanecerdes em mim” (Jo 15,4).
- “Eu sou a videira e vós os ramos. Aquele que permanece em mim, e eu
nele, esse produz muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (Jo
15,5).
- “Nós conhecemos o amor que Deus tem para conosco, e acreditamos
nele. Deus é amor: quem permanece no amor, permanece com Deus, e
Deus permanece com ele” (1Jo 4,16).
Pode-se também escolher outro texto bíblico como, por exemplo, o
evangelho ou outras leituras do dia, indicados pelo calendário litúrgico.
Convém que o enfermo, antes de receber o Viático, renove a profissão de
fé batismal. Portanto, o ministro, após breve introdução com palavras
adequadas, interroga:
Crês em Deus Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra?
O doente: Creio.
Crês em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, que nasceu da Virgem
Maria, padeceu e foi sepultado, ressuscitou dos mortos e subiu ao céu?
O doente: Creio.
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Crês no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na comunhão dos santos,
na remissão dos pecados, na ressurreição dos mortos e na vida eterna?
O doente: Creio.
Em seguida, se as condições do enfermo permitirem, faz-se uma breve
súplica, com estas palavras ou com outras semelhantes, a que o doente
responderá, quando possível, com todos os presentes:
Caros irmãos, invoquemos num só coração Nosso Senhor Jesus Cristo:
- Senhor, que nos amastes até o fim, e vos entregastes à morte para nos
dar vida, nós vos rogamos por nosso(a) irmão(ã) N. Rezemos.
Todos: Senhor, escutai a nossa prece.
- Senhor, que dissestes: Quem come a minha carne e bebe o meu sangue
possui a vida eterna, nós vos rogamos por nosso(a) irmão(ã) N. Rezemos.
- Senhor, que nos convidais ao banquete onde não haverá mais dor, nem
pranto, nem tristeza, nem separação, nós vós rogamos por nosso(a)
irmão(ã) N. Rezemos.
O ministro introduz a oração do Pai Nosso com esta ou outras palavras:
Agora, todos juntos, rezemos a Deus, como nosso Senhor Jesus Cristo nos
ensinou:
Todos: Pai nosso...
O ministro apresenta o Santíssimo Sacramento, dizendo: Felizes os
convidados para a Ceia do Senhor! Eis o Cordeiro de Deus que tira o
pecado do mundo.
O doente e os que vão comungar concluem:
Senhor, eu não sou digno(a) de que entreis em minha morada, mas dizei
uma só palavra e serei salvo(a).
O ministro aproxima-se do doente, apresenta-lhe o Sacramento e diz: O
Corpo de Cristo.
O doente responde: Amém.
Imediatamente, o ministro, após ter dado a comunhão ao doente,
acrescenta:
Que ele te guarde e te conduza à vida eterna.
O doente responde: Amém.
Após a distribuição da comunhão, o ministro faz a purificação como de
costume. Se for conveniente, observa-se um silêncio sagrado por algum
tempo. A seguir, o ministro conclui com a seguinte oração:
Oremos. Ó Deus, em vosso Filho temos o caminho, a verdade e a vida,
olhai com bondade o(a) vosso(a) servo(a) N. E fazei que, confiando em
vossas promessas e renovado(a) pelo Corpo e Sangue de vosso Filho,
caminhe em paz para o vosso Reino. Por Cristo Senhor Nosso.
Todos respondem: Amém!
O ministro diz ao doente: Que Deus esteja sempre contigo, te proteja com
seu poder e te guarde em paz. Por fim, o ministro e os demais presentes
podem saudar o enfermo desejando-lhe a paz.
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A IGREJA CATÓLICA.
DENOMINAÇÕES DA IGREJA.
-Sé Apostólica. Sede do Governo Pontifício (Vaticano).
-Sé. Igreja Episcopal ou Patriarcal.
-Diocese. Circunscrição territorial, denominada de Igreja Particular,
sujeita à administração eclesiástica de um Bispo, Arcebispo ou Patriarca
Nota-
1-O Bispo exerce o seu ministério dentro do Colégio Episcopal em
comunhão com o Bispo de Roma, sucessor de São Pedro e chefe da Igreja.
2-quando uma Diocese cresce em volume de fiéis e extensão, ela é
elevada à categoria de Arquidiocese.
-Decanato. Delimitação geográfica dentro da Diocese, formada por
Paróquias que apresentam certas semelhanças e se encontram dentro de
um determinado espaço geográfico.
-Paróquia. Para (ao redor de) Quia (casa). Dai o nome de paroquianos aos
que vivem ao redor da casa do Senhor.
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TIPOS DE PARÓQUIA.
-Paróquia Geográfica. Território onde ela se encontra instalada.
-Paróquia Pessoal. Está ligada à profissão: militares do exército, militares
da aeronáutica, etc; também ligada à descendência: poloneses, japoneses,
etc.
-Paróquia de Coração. Ligada à emotividade da pessoa; mesmo residindo
próximo de uma paróquia a pessoa participa de outra paróquia.
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-Papa. Chefe da Igreja Católica. Bispo de Roma. Presidente dos Bispos.
Antigamente, até o Papa Pio XII, o poder do Papa era representado pela
“Tiara” com três coroas. Hoje o poder do Papa é representado pelo
“Báculo” que é o Cajado do Pastor para conduzir o seu rebanho.
-Núncio Apostólico. É o representante do Papa. É o embaixador da Santa
Sé (Vaticano) junto ao Governo do País.
-Cardeal. Cada um dos prelados do Sacro Colégio Pontifício. Elegem o
Papa.
-Arcebispo. Prelado que governa a Arquidiocese, com Bispos Auxiliares.
Além do Cajado do Pastor o Arcebispo Metropolitano recebe o Pálio,
colarinho de lá de cor branca.
-Bispo. Prelado que Governa uma Igreja Particular (Diocese). Tem o
terceiro grau da ordem e o sacerdócio completo. Administra os sete
sacramentos. O Bispo recebe o Cajado de Pastor que é entregue pelo
Núncio Apostólico. Tem a função administrativa nas dioceses. O Bispo é
sucessor dos Apóstolos.
-Administrador Apostólico (Vigário). Tem os mesmos poderes do Bispo
diocesano.
-Chanceler. Ministro encarregado de chancelar diplomas e documentos
oficiais.
-Presbítero.- Ministro Ordenado para os sacrifícios religiosos. “Padres,
Sacerdotes”. É o 2º grau da ordem. Podem ministrar cinco sacramentos:
Batismo, Penitência, Eucaristia, Unção dos Enfermos, Matrimônio.
Dividem-se em Padres de Órdens Religiosas e Padres Diocesanos.
Nota- Monsenhor é um título honorífico concedido pelo Papa a alguns
presbíteros.
-Diácono. É um Ministro ordenado com o 1º Grau da Ordem Sacra. É
auxiliar do Bispo e do Presbítero. Pode ministrar os sacramentos do
Batismo e do Matrimônio. O diaconato pode ser transitório, todo Padre é
ordenado primeiro Diácono, ou permanente, homens solteiros ou
casados que serão somente Diáconos.
-Acólito- Ordenado ou não, auxilia os “Ministros Ordinários” nas
celebrações. Geralmente fica a serviço do altar.
-Religioso. Está ligado à Religião por Votos Monásticos. Pessoas solteiras
e consagradas.
-Leigos. Todo batizado que não recebeu nenhuma Ordem Sacra.
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-Pedra D’ara. No centro do Altar há uma pequena cavidade, onde se
coloca uma pedra, geralmente de mármore, que encerra dentro de si as
relíquias dos santos mártires.
-Sacrário. Lugar sagrado onde se guarda os cibórios com as Hóstias
consagradas.
Tabernáculo- o mesmo que Sacrário.
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-Véu Umeral. Véu dos ombros, usados pelos sacerdotes ou diáconos na
bênção do Santíssimo e nas procissões. Sua extremidade é usada para
segurar o ostensório. Manto retangular, de cor dourada, usada sobre a
Capa Magna.
CORES LITÚRGICAS.
-Branca, Branco. Simboliza a vitória, a paz, a alma pura, a alegria. É usada
nos ofícios de missa do tempo Pascal, (instituição da Eucaristia- Quinta
feira Santa, na Vigília Pascal do Sábado Santo), no Tempo de Natal, nas
festas dos santos (quando não mártires), nas festas do Senhor (exceto a
da Paixão), nas festas em memória da Bem-aventurada Virgem Maria, dos
Santos Anjos, São João Batista, São João Evangelista, Cátedra de São Pedro
e Conversão de São Paulo. É a cor predominante da ressurreição.
-Preta, Preto. É símbolo de luto. Pode ser usada na missa pelos mortos.
Nessa missa pelos mortos pode ser usado também o branco, dando-se
ênfase à ressurreição e não à dor.
-Róseo, Rosa. Símbolo também da alegria. Pode ser usado nos Domingos
da Alegria, que são o terceiro Domingo do Advento, chamado “Gaudete” e
no quarto Domingo da Quaresma, chamado “Laetere”. É a fusão da cor
branca coma roxa.
-Roxa, Roxo. Simboliza a penitência e é usada no tempo do Advento e da
Quaresma, podendo, também, ser usada nos ofícios e missas pelos
mortos. Quanto ao Advento está havendo tendência de usar o violeta em
vez do roxo, para distinguir da Quaresma, pois Advento é tempo de feliz
expectativa e de esperança.
-Verde. É a cor da esperança, usada no Tempo Comum, e simboliza o
crescimento das pastagens, tempo de trabalho.
-Vermelha. Simboliza o fogo, o sangue, o amor divino, o martírio. Usado
no domingo da Paixão (domingo de Ramos), na Sexta Feira Santa, no
Domingo de Pentecostes, nas celebrações à Paixão do Senhor, nas Festas
dos Apóstolos e Evangelistas e nas celebrações dos Santos Mártires.
SÍMBOLOS LITURGICOS
-Água Batismal. Benzida no sábado santo, na missa da bênção do fogo é
usada durante todo o ano.
-Água Benta, Água Lustral. Benzida com orações especiais e usada para
benzer pessoas e objetos, em diferentes ocasiões.
-Alfa e Ômega. Primeira e última letra do alfabeto. No cristianismo aplica-
se a Cristo, princípio e fim de todas as coisas.
-Alfaias Litúrgicas, Nome que se dá ao conjunto dos objetos litúrgicos
usados nas celebrações. Com muito selo a Igreja cuidou que as sagradas
alfaias servissem, digna e belamente, ao decoro do culto, admitindo as
mudanças que a técnica da arte trouxe no correr do tempo. O Concílio
Vaticano II se preocupa com a dignidade das coisas sagradas, que, como
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expressão viva da fé, identifica-se com a natureza de Deus, a quem o povo,
congregado pelo Filho e na luz do Espírito Santo adora “em espírito e
verdade” Jo 4,23-24.
-Cinzas. As cinzas, especialmente na celebração da Quarta Feira de Cinzas,
são para nós sinal de penitência, humildade e de reconhecimento de
nossa natureza mortal. São vindas da queima das palmas do Domingo de
Ramos do ano anterior, queimadas na quaresma para o rito quaresmal
das cinzas.
-Círio Pascal. Vela grande que é benzida e solenemente introduzida na
igreja no início da Vigília Pascal e colocado ao lado da Mesa da Palavra ou
do Altar. Aí permanece aceso durante as ações litúrgicas do tempo Pascal
(até Pentecostes). O Círio aceso simboliza o Cristo Ressuscitado. Após
Pentecostes é aceso nas celebrações batismais.
-Crucifixo. Imagem de Cristo pregado na cruz que fica sobre o altar ou
acima dele.
-Cruz. Sem a imagem de Cristo representa a ressurreição.
-Fogo. Fogo pode multiplicar-se indefinidamente e tem expressão
simbólica representando, principalmente, a ação do Espírito Santo.
-IHS. Iniciais latinas de Iesus Hominum Salvator.
-INRI. Iniciais latinas de Iesus Nazarenus Rex Iudaerun que quer dizer:
Jesus Nazareno Rei dos Judeus.
-Luz. Presença de Cristo. Produz alegria e projeta a paz. Mostra o caminho
ao peregrino errante. É o símbolo mais expressivo do Cristo Vivo e da
ressurreição.
-Óleo. Símbolo da força. Temos na liturgia o óleo dos Catecúmenos, do
Crisma e dos Enfermos usados liturgicamente nos sacramentos do
Batismo, do Crisma e na Unção dos Enfermos. Nos três sacramentos trata-
se do gesto litúrgico da unção. A unção com óleo atravessa toda a história
do Antigo Testamenmto, na consagração dos reis, profetas e sacerdotes e
culmina no Novo Testamento com a unção do Cristo, o verdadeiro ungido
de Deus. A palavra Cristo significa ungido.
-Reserva Eucarística, Santa Reserva. Nome que é dado às partículas
consagradas guardadas no sacrário e destinadas especialmente aos
doentes e para a adoração dos fiéis.
-Triângulo. Com seus três ângulos iguais representa a Santíssima
Trindade. Não muito conhecido.
-Viático. Comunhão levada aos moribundos como refeição para a última
viagem.
XP- letras do alfabeto grego que unidas formam as iniciais da palavra
CRISTOS (Cristo), são também as consoantes da palavra peixe que
significa também o Cristo alimento.
ANOS LITÚRGICOS
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Toda Missa Dominical apresenta três leituras mais o salmo responsorial.
A primeira é tirada do Antigo Testamento, a segunda tirada das cartas
Apostólicas e do Apocalípse. A leitura do Evangelho tirada dos
Evangelhos de Marcos, Mateus e Lucas. Para que haja uma leitura mais
variada a Igreja propõe para os domingos e festas um ciclo de três anos:
A, B e C. No ano A é apresentado o Evangelho de Mateus, no ano B o
Evangelho de Marcos e no ano C o Evangelho de Lucas. O Evangelho de
João é proclamado em tempos especiais (advento, quaresma, tempo
pascal e grandes festas). Nas liturgias semanais e não solenes pode ser
dispensada a segunga leitura.
TEMPOS LITÚRGICOS.
-Advento. Inicia o ano litúrgico e se compõe de 4 semanas. Começa 4
domingos ante do Natal e termina nos dia 24 de dezembro, véspera de
Natal. Anuncia a vinda do Messias. Não é tempo de festa, mais de alegria
moderada para receber a vinda de Jesus. Espiritualidade: purificação da
vida. Cor roxa.
-Natal. Começa com a vigília de Natal e vai até a festa do Batismo do
Senhor. Comemorado com alegria, pois é a festa do nascimento do
Senhor. Espiritualidade: fé, alegria e acolhimento. Cor branca.
-Tempo Comum. Desafia as comunidades a prolongar no ano inteiro a
ternura da Festa Pascal, é dividido em duas partes:
Tempo Comum 1ª parte- começa no dia seguinte à Festa do Batismo do
Senhor, na segunda feira, e termina na terça feira de carnaval, inclusive
que precede a quarta feira de Cinzas. De 5 a 8 domingos. Espiritualidade:
esperança e escuta da Palavra. Cor verde.
-Quaresma. Começa na quarta feira de Cinzas e termina na manhã da
quinta feira Santa com a Missa dos Santos Óleos. São 5 domingos mais o
Domingo de Ramos e é tempo forte de conversão, penitência, jejum,
esmola e oração. Marcado também por ser o tempo da Campanha da
Fraternidade. Espiritualidade: penitência e conversão. Cor roxa.
-Semana Santa e Tríduo Pascal. Maior celebração das Comunidades
Cristãs. A Quinta Feira Santa começa à noite com a celebração da última
Ceia do Senhor e a instituição da Eucaristia e do Sacerdoco. Vigília de
adoração ao Nosso Senhor Jesus Cristo e a sua agonia no Horto das
Oliveiras. Na Sexta Feira Santa é celebrada a Morte do Senhor na Cruz,
esperando a sua vitória na ressurreição. É o único dia que não tem Missa.
Sábado Santo(sábado de Aleluia) marcado pelo silêncio e oração,
lembrando Jesus na sepultura. A Vigília Pascal é a “Mãe de todas as
Vigílias da Igreja”, a celebração maior, onde vivemos os momentos da
certeza da ressurreição do Senhor. Assim forma-se o Tríduo Pascal que
prepara o ponto máximo, o Domingo da Ressurreição. Cor roxa.
-Páscoa. Começa com o Domingo da Ressurreição e se estende até a Festa
de Pentecostes, celebrado 50 dias após a Páscoa. Jesus ressuscitado volta
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ao Pai e nos envia o Paráclito. Oito domingos. Espiritualidade: alegria em
Cristo Ressuscitado. Cor branca.
-Tempo Comum.
Tempo Comum 2ª parte. Começa na segunda feira após Pentecostes e vai
até às vésperas do primeiro domingo do Advento. São 28 a 29 domingos.
Espiritualidade: vivência do Reino de Deus.
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MESES TEMÁTICOS.
Agosto- mês vocacional.
Setembro- mês da Bíblia
Outubro- mês Missionário.
Novembro- mês da comemoração de Todos os Fiéis Defuntos.
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