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DA SAGRADA COMUNHÃO.
Introdução
Sabemos que Jesus passou a vida fazendo o bem a todos. Revelou
pelos gestos e atitudes que a vida é dom e serviço. Foi, portanto, incansável no
serviço ao povo, especialmente aos mais pobres. “Quem quiser ser o maior
entre vós seja aquele que vos serve, e quem quiser ser o primeiro entre vós,
seja vosso escravo. Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas
para servir e dar a vida em resgate por muitos” (Mt 20,26-28).
Na vivência comunitária da fé, Jesus nos mostra que o fundamental é o
serviço, colocando nossos dons e capacidades a serviço do Reino (cf. 1Pd
4,10). Numa Igreja ministerial a caminhada é em conjunto, na colaboração e
corresponsabilidade, com os pastores, cuja característica é o serviço. Temos
que participar mais e servir mais que os outros. Esta é a verdadeira autoridade.
“aquele que serve...”, como diz o Mestre Jesus.
O serviço é a exigência primeira da Evangelização; é testemunho do
amor gratuito de Deus para com cada pessoa. Ele se expressa em todas as
pastorais e atividades. É, principalmente, na acolhida que se constrói a
comunidade. Existem serviços que são contínuos e serviços que são
temporários. A Igreja reconhece alguns serviços como tão importantes que os
chama de ministérios.
Ministérios
1
SAGRADA CONGREGAÇÃO PARA A DISCIPLINA DOS SACRAMENTOS, Instrução
Immensae caritatis, 1973.
2
“Onde a necessidade da Igreja o aconselhar, podem também os leigos, na falta de ministros,
mesmo não sendo leitores ou acólitos, suprir alguns de seus ofícios, a saber, exercer o
ministério da palavra, presidir às orações litúrgicas, administrar o batismo e distribuir a sagrada
Comunhão, de acordo com as prescrições do direito.” CDC, cân. 230 §3.
Sagrada Comunhão, e não "ministro especial da santa Comunhão" ou
"ministro extraordinário da Eucaristia" ou "ministro especial da Eucaristia"
definições que ampliam indevidamente e impropriamente o alcance dessa
denominação".3
3
REDEMPTIONIS SACRAMENTUM, 156.
4
Idem, 155.
Eucaristia aos fiéis que legitimamente o solicitarem, e especialmente de levá-la
e administrá-la aos doentes.5
5
Cf. Instrução Immensae caritatis, 1, I e VI.
6
Código de Direito Canônico. Cân. 231 § 1.
7
CONSTITUIÇÃO CONCILIAR SACROSANCTUM CONCILIUM SOBRE A SAGRADA
LITURGIA 35.4 - “Promova-se a celebração da Palavra de Deus nas vigílias das festas mais
solenes, em alguns dias feriais do Advento e da Quaresma e nos domingos e dias de festa,
especialmente onde não houver sacerdote; neste caso, será um diácono, ou outra pessoa
delegada pelo Bispo, a dirigir a celebração.”
9. Pede-se ao Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão que tenha
algumas disposições espirituais tais como:
- o firme desejo de imitar Cristo, Bom Samaritano;
- a consciência de que é enviado pela Igreja e por isso nunca age por
conta própria;
- um espírito de sacrifício (tempo, zelo, responsabilidade,
disponibilidade);
- amor pelos enfermos e anciãos;
- amor pela Eucaristia através de uma vida de oração, vida sacramental
e adoração;
- atenção pastoral que às vezes pode ir além de somente levar a
Comunhão (visitas quando o enfermo ou ancião não for capaz de
entendimento);
- seja disponível para fazer encontros de formação e retiros espirituais
quando propostos.
8
Código de Direito Canônico. Cân. 222.
9
Também outras responsabilidades eclesiais, que pressupõe um testemunho de vida cristã
pessoal, não podem ser confiados a divorciados que se casam civilmente (ou em segunda
união estável) como: serviços litúrgicos (leitor, ministros extraordinários da Santa Comunhão),
serviços catequéticos (professor de religião, catequista para primeira comunhão ou para
crisma), paticipação como membro do Concelho Pastoral diocesano ou paroquial(...) (Código
de Direito Canônico, can. 512 § 3). CONGREGAZIONE PER LA DOTTRINA DELLA FEDE,
Sulla pastorale dei divorziati risposati. Documenti, commenti e studi, Libreria editrice vaticana,
Città del Vaticano 1998, 7-29
se afasta) e qual a área de atuação bem como a sua função dentro do território
paroquial, afim de que se crie cada vez mais laços de comunhão e participação
entre as “Novas Comunidades” e a Paróquia que a acolhe em seu território.