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PARTE 01 Introdução
PARTE 05 Extras
1. Introdução
. O que é um Cerimoniário?
Cerimoniário é o ministro responsável pela organização das celebrações litúrgicas, entre elas a
Santa Missa. Para tal pode haver um, dois ou mesmo uma equipe de Cerimoniários, sendo um
deles o cerimoniário principal e os demais cuidam de partes específicas da celebração.
. Importância
“Se a cerimônia é bela e tudo dá certo, parabéns ao Cerimoniário Principal. Se algo dá errado,
seja em qualquer aspecto, o Cerimoniário Principal é o responsável”
Padre Lorival
Por essa citação dita pelo nosso Pároco inúmeras vezes, é fácil notar a importância e
responsabilidade que um cerimoniário carrega. Isso porque é ele que deve manter a ordem e
prezar pelo decoro da celebração litúrgica. Tudo deve ser feito para tornar a cerimônia bela e
harmoniosa.
NÃO INTERPRETEM LITERALMENTE
. Divisão de Função
Em cada celebração litúrgica, cada cerimoniário assume uma função, devendo realizar os atos
próprios dela.
1. Principal: Também chamado de Mestre de Cerimônias ou Cerimoniário-mor, é responsável
pelo rito como um todo. Ele deve conhecer profundamente a liturgia e ter em mente como
será a celebração litúrgica, estudando antecipadamente o rito. Deve recepcionar os
sacerdotes, ajudá-los com suas vestimentas, conferir todos os objetos a ser utilizado, assim
como os livros litúrgicos, se comunicar com o ministério de música, equipe de liturgia,
diáconos, ministros, coroinhas e acólitos. Deve estar atento, durante o rito, ao celebrante.
Verificar se não está faltando nada para a missa, ter o conhecimento do que vai ser celebrado
juntamente com os demais, se tiver muita gente na missa verificar se não há a necessidade de
mais ambulas, se o microfone falhar buscar outro, ...
2. Auxiliar: É o cerimoniário responsável por organizar e conduzir as procissões, seja ela de
entrada, saída, internas ou externas à igreja, sempre ao lado direito. Organizá-los nos lugares,
acender e apagar as tochas, avisar os horários, manter o silencio deles. Auxiliar os coroinhas
na hora da credencia. Distribuir funções.
3. Librífero: É o responsável pelo Missal Romano e outros livros litúrgicos, se houver. Deve
arrumá-los antes da celebração de acordo com a Liturgia. Normalmente, segura o Missal
Romano para o presidente durante a Oração do Dia, Rito Eucarístico, Rito de Comunhão,
Oração após Comunhão e Benção Solene. O Missal também pode ser usado em outros
momentos se o Sacerdote necessitar.
4. Turiferário: É responsável pelo uso do turíbulo. Deve acender o carvão (entre 3 e 4 pedras
para cada momento). Utilizar-se-á o turíbulo durante a procissão de entrada, Evangelho,
ofertório, Consagração e procissão de saída. Deve ser utilizado na Benção do Santíssimo
Sacramento e pode ser utilizado em outras procissões. Deve sempre se posicionar ou ajoelhar
no meio (corredores, frente do padre, altar...) e não em laterais.
O ano litúrgico é o período de doze meses, divididos em tempos litúrgicos, onde se celebram
como memorial os mistérios de Cristo, assim como a memória dos Santos. O ano litúrgico
começa no 1º Domingo do Advento (cerca de quatro semanas antes do Natal).
Tempo do Natal – é um tempo de fé, alegria e acolhimento do Filho de Deus que se fez
Homem. É a segunda festa mais venerável para a Igreja, após a Páscoa. O tempo do Natal vai
da véspera do Natal até o domingo depois da festa da aparição divina, em que se comemora o
Batismo de Jesus. No ciclo do 9 Natal são celebradas as festas da Sagrada Família, de Maria,
mãe de Jesus e do Batismo de Jesus.
Tríduo Pascal – começa com a Missa da Santa Ceia do Senhor, na Quinta-feira Santa, em que é
celebrada a Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio e comemora-se o gesto de humildade de
Jesus de lavar os pés dos discípulos. Na Sexta-feira Santa celebra-se a Paixão e Morte de Jesus
Cristo. É o único dia do ano que não tem Missa, acontecendo apenas uma Celebração da
Palavra chamada de “Ação ou Ato Litúrgico”. Durante o Sábado Santo, a Igreja não exerce
qualquer ato litúrgico, permanecendo em contemplação de Jesus morto e sepultado. Na noite
de Sábado Santo, já pertencente ao Domingo de Páscoa, acontece a solene Vigília Pascal.
Conclui-se então o Tríduo Pascal, que compreende a Quinta-feira Santa, Sexta-feira Santa e
Sábado Santo, que prepara o ponto máximo da Páscoa: o Domingo da Ressurreição.
Tempo Pascal – a Festa da Páscoa ou Ressurreição do Senhor se estende por cinquenta dias
entre o Domingo de Páscoa e o domingo de Pentecostes, comemorando a volta de Cristo ao
Pai na Ascensão e o envio do Espírito Santo. Estas sete semanas devem ser celebradas com
alegria e exultação no Cristo Ressuscitado e crendo firmemente na vida eterna.
Tempo Comum – período sem grandes acontecimentos, que nos mostra que Deus se faz
presente nas coisas mais simples.. É o tempo da Igreja continuar a obra de Cristo nas lutas e
no trabalho pelo Reino. Esse tempo é dividido em duas partes: a primeira fica entre os tempos
do Natal e da Quaresma e é um momento de esperança e de escuta da Palavra onde devemos
anunciar o Reino de Deus; a segunda fica entre os tempos da Páscoa e do Advento e é o
momento do cristão colocar em prática a vivência do reino e ser sinal de Cristo no mundo (ser
sal na terra e luz no mundo). É um tempo privilegiado para celebrar as memórias da Virgem
Maria e dos Santos.
. Cores Litúrgicas
Branco – usado durante o Tempo Pascal e Natal do Senhor, bem como em suas festas e
memórias, exceto as da Paixão, nas festas e memórias da Bem-Aventurada Virgem Maria, dos
Santos Anjos, dos Santos não Mártires, na Festa de Todos os Santos (1º de novembro), na
Natividade de São João Baptista (24 de junho), na Festa de São João Evangelista (27 de
dezembro), da Cátedra de São Pedro (22 de fevereiro) e da Conversão de São Paulo (25 de
janeiro). O branco é o símbolo da luz, tipificando a inocência, pureza, alegria e glória.
Verde – usado durante o Tempo Comum. Simboliza a cor das plantas e das árvores,
prenunciando a esperança da vida eternas.
Roxo – usado no Tempo do Advento e da Quaresma. Também pode ser usado nas Missas
pelos mortos. Significa penitência, aflição e melancolia.
Preto – usado na celebração do Dia dos Fiéis Defuntos nas Missas dos Fiéis Defuntos. Símbolo
de luto, significando a tristeza da morte e a escuridão do sepulcro.
Azul – cor litúrgica não é prevista na Introdução Geral do Missal Romano (IGMR). É uma cor
opcional para as Festas e Solenidades da Santíssima Virgem. Dourado e prateado – cores
também não previstas na IGMR, mas que podem ser utilizadas no lugar do branco, vermelho
ou verde.
. Ritos Iniciais
Procissão de entrada
Saudação trinitária ou inicial
Ato Penitencial (Kyrie)
Hino de Louvor
Oração do dia (Coleta)
. Liturgia da palavra
Leituras
Salmo responsorial
Canto de aclamação
Evangelho
Homilia
Profissão de fé (Credo)
Oração universal
. Liturgia Eucarística
Ofertório
Preparação das Oferendas.
Oração sobre as oferendas
Oração Eucarística
Prefácio
Santo
Consagração
Comunhão
. Ritos finais:
Avisos à comunidade
Outros – sorteio aniversário...
Bênção
Procissão de saída
4. Livros Litúrgicos
Missal Romano: apresenta o rito da Santa Missa, com grande variedade de introduções
para cada parte da celebração e para diversos tempos litúrgicos. Lecionários:
o I – Dominical: é o livro onde ficam a 1ª leitura, Salmo responsorial, 2ª leitura e
Evangelho dos domingos. É dividido em ano A, B e C. No ano A leem-se as leituras do
Evangelho de São Mateus; no ano B o de São Marcos e no ano C o de São Lucas. O
Evangelho de São João é reservado para ocasiões especiais, principalmente as grandes
festas e solenidades.
o II – Semanal: é o livro onde ficam a 1ª leitura, Salmo responsorial e Evangelho dos dias
da semana.
o III – Santoral: é o livro formado pelas leituras, salmo e Evangelho específicas para os
dias dos Santos, para diversas necessidades e votivas. São leituras diferentes do normal.
o IV – Pontifical: Possui leituras, salmo e Evangelho para celebrações como Confirmação,
Ordenação de Bispos, Presbíteros e Diáconos, instituição de leitores e de acólitos e de
admissão entre os candidatos à Ordem Sacra, bênção de abade e abadessa, Consagração
das Virgens, profissão religiosa, dedicação de Igreja e de Altar.
Evangeliário ou Livro dos Evangelhos: contém apenas o texto dos Evangelhos dos
domingos e de solenidades.
Livro de Altar: é o livro que contém os Prefácios e Orações Eucarísticas. É utilizado para
auxiliar quando existe a presença de concelebrantes.
Cerimonial dos Bispos: contém a liturgia episcopal em geral.
Ritual de bênçãos
Ritual de Matrimônio
5. Extra
Em geral os deveres dos cerimoniários são:
- Preparar e conferir antes da celebração se tudo está bem-disposto em seus lugares
(sacristia, credência, altar,...).
- Nas funções sagradas cuidará de todos, mas especialmente do Celebrante e ministros
sagrados, a fim de que todos cumpram as rubricas com fidelidade e exatidão.
- Deve indicar com modéstia (com um sinal ou com a voz) quando e como um ministro
deve executar uma função.
Por isso, apesar de assinalarmos algum lugar mais indicado, na verdade não tem lugar
fixo, pois deve estar onde sua presença é necessária para a perfeita execução das
cerimônias.
. Regras Gerais: