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Quaresma – Catad 2023

Nossa fé cristã tem origem no mistério da Páscoa de Jesus, sua morte e


ressurreição. Para nós, a Igreja nasceu daí. Por isso a Páscoa de Jesus Cristo é o
centro da vida cristã. Cada ano vivenciamos e celebramos esse mistério de salvação
libertadora. Todo o tempo quaresmal é uma preparação para celebrarmos digna e
frutuosamente a morte e ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo.
Por isso, foi instituída a Quaresma, um tempo de 40 dias para chegarmos
dignamente à celebração do Tríduo Pascal.
A Quaresma, como prática obrigatória, foi instituída no século IV, mas, desde
sempre, os cristãos se preparavam para a Páscoa com oração intensa, jejum e
penitência. O número de 40 dias tem um significado simbólico-bíblico: 40 são os
dias do dilúvio, da permanência de Moisés no Monte Sinai, das tentações de Jesus.
Guiados por esse tempo e pelas práticas – como que guiados por uma bússola –,
buscamos os tesouros da fé para crescer no seguimento de Nosso Senhor Jesus
Cristo.
Este tempo de 40 dias foi inspirado numa grande catequese que a Igreja primitiva
realizava. Ela durava 40 dias, tempo em que os pagãos (catecúmenos) se
preparavam para receber o batismo no Sábado Santo, dentro da Solenidade da
Vigília Pascal. Acompanhavam também os irmãos que tinham cometido pecados
graves para retornarem à fé. Esse tempo era marcado pela penitência e oração,
pelo jejum e escuta da Palavra de Deus. Eles eram os “penitentes”, os quais
renovavam a fé e recebiam o batismo ou eram reintegrados à comunidade no
Sábado Santo.
Sentido da Quaresma
O tempo de Quaresma como preparação à Páscoa se apoia em dois pilares: por
uma parte, a contemplação da Páscoa de Jesus; e por outra, a participação pessoal
na Páscoa do Senhor através da penitência e da celebração ou preparação dos
sacramentos pascais, batismo, confirmação, reconciliação, Eucaristia, com os quais
incorporamos nossa vida à Páscoa do Senhor Jesus. Incorporá-la ao mistério pascal
de Cristo supõe participar do mistério de Sua Morte e Ressurreição. Não
esqueçamos que o Batismo nos configura com a Morte e Ressurreição do Senhor.
A Quaresma procura que essa dinâmica batismal (morte para a vida) seja vivida
mais profundamente. Trata-se então de morrer para nosso pecado a fim de
ressuscitar com Cristo à verdadeira vida. Este caminho supõe cooperar com a
graça, para dar morte ao homem velho que atua em nós. Trata-se de romper com
o pecado que habita em nossos corações, e de nos afastar de tudo aquilo que nos
separa do Amor de Deus.
Quaresma – Catad 2023
Embora seja um tempo penitencial, não é um tempo triste e depressivo. A Igreja
nos convida a purificação e renovação da vida cristã, é, sobretudo, tempo de
escuta da Palavra de Deus, de uma catequese mais profunda que recorda aos
cristãos os grandes temas batismais em preparação para a Páscoa.

Tempo da Quaresma
Na Quarta-feira de Cinzas, é costume serem realizadas missas onde os fiéis são
marcados na testa com cinzas. Essa marca normalmente permanece na testa até o
pôr do sol. Esse simbolismo faz parte da tradição demonstrada na Bíblia, onde
vários personagens jogavam cinzas nas suas cabeças como prova de
arrependimento.
A CERIMÔNIA DE IMPOSIÇÃO das cinzas dá início a um período espiritual
singularmente importante para todo cristão que busca se preparar para viver
melhor e mais profundamente o Mistério Pascal, – que se reflete na Paixão, Morte
e Ressurreição de Cristo.
A liturgia da Quarta-Feira de Cinzas recorda-nos a exortação evangélica essencial:
"Convertei-vos", proposto a todos os fiéis mediante as palavras do rito da
Quarta-feira de Cinzas: "Convertei-vos e crede no Evangelho" e na expressão
"Lembra-te de que és pó e ao pó voltarás",

A Quaresma tem dois momentos distintos: o primeiro vai da Quarta-feira de Cinzas


até o Domingo de Ramos, e o segundo, como preparação imediata, vai do Domingo
de Ramos até à tarde de Quinta-feira Santa, quando se encerra então o tempo
quaresmal e iniciamos o Solene Tríduo Pascal.
Durante a Quaresma a Igreja veste seus ministros com vestimentas de cor roxa,
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No deserto Cristo foi tentado com as 3 tentações que fizeram Adão cair
e Israel como povo cair. E no sermão da montanha nosso Senhor nos
apresenta o remédio para essas doenças.
Pecado da Gula – Se és filhos de Deus manda que essas pedras se
transformem em pão
“Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que
sai da boca de Deus” (Mat 4:4)

Pecado da Avareza – “Eu te darei todo o poder sobre eles e toda a glória
destes reinos, porque me foram entregues e tenho autoridade para doá-
los a quem bem entender. 7Portanto, se prostrado me adorares, tudo
isso será teu
Quaresma – Catad 2023
Nosso senhor nos recorda: Felizes OS POBRES EM ESPÍRITO, PORQUE
DELES É O REINO DOS CÉUS. Trata-se da felicidade de quem colocou
em Deus sua confiança e sua esperança.

Pecado da soberba (Vangloria) - "Se és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo;


porque está escrito: Ordenou aos seus anjos a teu respeito que te guardassem. E que te
sustivessem em suas mãos, para não ferires o teu pé em alguma pedra” (Lc 4, 9-11) Jesus
disse: Está escrito: “Não tentarás o Senhor teu Deus" {Dt 6,16}.
Tentação no Deserto MT, 4 Sermão da Montanha MT,6
Vaidade (v 5-7) Oração (v 5-15)
Gula (v 3,4) Jejum ( 16-18)
Avareza (v 8,10) Esmola (v 1-4)
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A Espiritualidade Quaresmal é caracterizada pela:
Oração: Intensifique a oração, seja ela pessoal ou comunitária. Orar é entrar
em comunhão com Deus, é tornar-se íntimo d’Ele, que é nosso Pai. Marque um
tempo para rezar e cumpra o previsto.
Jejum: o jejum e a abstinência de carne são gestos exteriores que expressam nosso
esforço de conversão e mudança interior. Quarta-feira de Cinzas e Sexta-feira
Santa são dias especiais para manifestarmos esse gesto, além de todos os demais
dias de Quaresma, em especial, às sextas-feiras.
Caridade: na Quaresma somos chamados ao exercício da caridade fraterna e
solidariedade com os irmãos. Caridade que se expressa, sobretudo, através da
esmola. A esmola é um exercício de libertação do egoísmo e soberba. Dar esmola
não é apenas dar dinheiro, roupas e alimentos... É fazer-se doação e entrega aos
irmãos no serviço de construção da fraternidade que é expressão do evangelho.
Post da campanha da fraternidade

A Campanha da Fraternidade 2023 tem como tema “Fraternidade e fome” e lema


“Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16), e no dia 2 de abril, Domingo de
Ramos, será a data da coleta nacional de solidariedade.
a Campanha da Fraternidade 2023 está sendo articulada pela Igreja no Brasil como
forma de contribuir no enfrentamento do flagelo da fome pela terceira vez. O lema da
CF 2023 segue uma ordem de Jesus aos seus discípulos: “Dai-lhes vós mesmos de
comer” (Mt 14,16), afinal, ninguém deve sofrer com a fome quando realmente
vivemos como irmãos e irmãs. Portanto, a campanha busca incentiva as
comunidades a assumirem suas responsabilidades ante a situação da fome que
persiste no Brasil, a exemplo de Jesus.
Quaresma – Catad 2023
Confissão: o gesto da celebração penitencial quando reconhecemos nossos
pecados e experimentamos a misericórdia de Deus deve ser outro gesto que não
pode faltar neste tempo.
Escuta da Palavra de Deus: a Palavra de Deus é a luz que ilumina nossos passos,
chama à conversão e reanima nossa confiança na misericórdia e bondade de Deus.
Medite a Palavra de Deus, sobretudo as leituras que a Igreja coloca na Liturgia
da Missa neste tempo. Decida, com um ato de vontade, a fazer o que Deus lhe
pede na meditação.
Devemos, ser discretos nas manifestações externas de nossa piedade particular,
evitando gestos ou palavras que ponham em realce nossa própria pessoa.
Mas se apesar disso, nossa devoção for notada pelos outros, não devemos nos
perturbar. Santo Agostinho nos fala: “Não há pecado em ser visto pelos homens,
mas sim em proceder com a finalidade de por eles ser visto”.
A Igreja nos apresenta, portanto, o espírito com que se deve viver a Quaresma.
Que é de não fazer boas obras para obter a aprovação dos outros. Não devemos
ceder ao orgulho nem à vaidade, mas procurar em tudo agradar somente a Deus.
Quantas vezes escutamos Jesus dizendo nos Evangelhos: “Não tenhais
medo”. Não tenhamos medo, nos lancemos, nessa quaresma, e neste
amor que foi capaz de se entregar por nós sem reservas.
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Semana Santa: 2023 é o ano litúrgico A.
Domingo de Ramos - (Humildade de Jesus e Sua exaltação)

A semana mais imediata ao dia da Páscoa damos o nome de Semana


Santa.

Ela começa com o “Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor”. É o dia


que recordamos a entrada de Jesus em Jerusalém, para celebrar a sua
Páscoa. Nesse dia fazemos a procissão de Ramos. Essa procissão
significa nosso gesto de acolhida do Cristo em nossa vida. Os ramos
que trazemos significam nossa esperança no único Messias. Portando
ramos em nossas mãos, caminhando e cantando ao Cristo Rei e
Redentor, expressamos a convicção de que só ele tem a plena
autoridade sobre todas as pessoas e sobre tudo aquilo que existe no
universo.

No dia de ramos a celebração começa fora da igreja, com uma


procissão. Antes desta, há a bênção dos ramos; a leitura do trecho do
Evangelho da entrada de Jesus em Jerusalém; uma breve homilia; a
procissão até a igreja, acompanhada de hinos e cânticos que
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proclamam o senhorio de Jesus. Toda a assembleia do povo de Deus
aclama com convicção:

“Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor!


Hosana nas alturas!”.

Dentro da igreja acontece a Missa. Nela somos incorporados à


experiência de Jesus Cristo, aclamado pelo povo como rei. Porém, da
parte dele, temos certeza de sua consciente entrega em favor de todos.
Por isso, a liturgia faz questão de ler um dos textos da Paixão de Nosso
Senhor Jesus Cristo.

Celebramos sua entrega-apaixonante “para que todos tenham vida e


vida em plenitude” (Jo 10,10).

A cor litúrgica usada neste dia é a cor vermelha. Significa o sangue da


paixão e do sofrimento pela humanidade de ontem, hoje e sempre.
Unimo-nos a Jesus Cristo unindo-nos aos pequenos desta terra.

Seguindo a Semana Santa, na segunda-feira, terça-feira e quarta-feira,


somos colocados diante dos fatos que precederam a celebração da
Páscoa de Jesus.
Através de um método vivo e envolvente, a liturgia parece reconstituir
os fatos acontecidos nos últimos dias de Nosso Senhor.

Segunda- (A humildade de Cristo no cumprimento da vontade de Deus)


No evangelho de João vemos que seis dias antes da Páscoa, Jesus vai
visitar Lázaro que ele ressuscitara. (Jo 12,1-11). Nesta visita Maria
irmã de Marta e Lázaro quebra um jarro de perfume de nardo puro e
banha os pés de Jesus. Neste dia, mais uma vez, Jesus anuncia a sua
paixão. “Maria quer expressar a intensidade do seu amor com um
presente de qualidade e caro. Judas não entende a linguagem de amor,
só entende a do interesse. Peçamos ao Senhor a graça de quebrarmos
nossos perfumes, de unirmos a nossas dores a dor de Cristo neste
caminho em direção a Cruz. Que este dia não seja um segunda-feira
qualquer, mas que busquemos preparar o nosso coração para acolher a
salvação

Terça - (Jesus manso e humilde)

Neste dia no evangelho já nos encontramos em meio a santa ceia, Jesus faz a sua entrega, o Filho
do homem será glorificado. Neste momento Jesus prediz a traição de judas e a negação de Pedro.
Muitas vezes nós com nossas vidas não somos testemunhas fiéis de Cristo, o negamos ou até o
traímos quando não falamos a verdade por medo ou vergonha. Louvemos ao Senhor porque
mesmo em meio as nossas quedas Ele está disposto a dar a vida por nós. Jesus deixa claro que ele
sabia que ia ser traído e abandonado e mesmo assim estava disposto a dar a sua vida em regaste da
humanidade.
Quaresma – Catad 2023

Quarta- (Caminho cristão, caminho de humildade como o de Jesus)


As paróquias sempre buscam motivar de alguma forma a vivência deste dia. Algumas realizam a
procissão do encontro, que representa o encontro de nossa senhora com Jesus carregando a sua
cruz. Outros lugares se celebra o ofício das trevas uma celebração em que a Igreja fica
completamente escura com um candelabro com quinze velas acesas na frente do altar. Se canta
salmos penitenciais e a cada salmo cantado uma vela é apagada. No final resta apenas uma vela
que não é apagada que representa o próprio Cristo. Neste dia no evangelho (Mt 26,14–25) Judas
negocia com os fariseus o valor para entregar Jesus. O Senhor, com seu testemunho, nos pede para
não termos medo da cruz. O senhor derrama o seu Espírito sobre nós para caminharmos para cruz.
Tríduo Pascal – Quinta-feira Santa

Na quinta-feira da semana santa, celebramos dois momentos distintos


e complementares.

Pela manhã, nas Igrejas Catedrais, os Bispos reúnem-se com os padres


e demais agentes de pastorais para a “Missa do Crisma”. É o momento
da renovação dos compromissos específicos do clero. Esta se renova
pela força do Espírito que consagra e envia o povo de Deus em sua
missão pastoral, profética e sacerdotal. Eis por que na manhã de
quinta-feira são bentos os óleos dos catecúmenos e dos enfermos e
consagrado o óleo do Crisma.

Na tarde da quinta, tem início o grande Tríduo Pascal.


No primeiro dia do Tríduo celebramos a Ceia, na qual o Senhor se
entrega por nós no pão e vinho consagrados. A Igreja celebra este
memorial festivamente. Marca esta solenidade com a cor litúrgica
branca ou amarela.
As leituras bíblicas da Missa vespertina falam da páscoa do cordeiro do
Antigo Testamento; da digna participação na nova e eterna ceia da
Eucaristia.
Naquela noite em que foi, muitas vezes, traído, Cristo nos amou mais
ainda, pois bebeu o cálice da Paixão até a última e amarga gota. O
Senhor lavou os pés dos discípulos. Fez esse gesto, que era realizado
pelos servos, para mostrar que, no Seu Reino, “o último será o
primeiro”, e que o cristão deve ter como meta servir e não ser servido.
Escutamos a narrativa do lava-pés unida à instituição da Ceia do
Senhor. Indicando-nos que a Eucaristia é o sacramento do amor
solidário e serviçal aos irmãos. A Missa termina sem a bênção final.
Vigília ao Santíssimo Sacramento

As partículas eucarísticas que restaram desta celebração são


transladadas para um lugar adequado, diferente do sacrário usado no
dia-a-dia, onde acontecerá a “Vigília ao Santíssimo Sacramento”.

A comunidade-Igreja quer estar em companhia com o Senhor. Por isso,


faz questão de estar diante do Sacramento do Amor. É uma adoração
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sem aquelas solenidades próprias das celebradas em outros momentos
da vida da Igreja.

Contemplamos o Esposo que, por amor, entrega-se. Seu gesto de amor


não é explicado com palavras. A contemplação e o silêncio ajudam a
entender o significado de sua entrega total. Assim, entramos na Sexta-
feira Santa.

Sexta-feira Santa

A Sexta-feira Santa, tradicionalmente chamada de “Sexta feira maior”,


celebra o dia em que o Filho foi exaltado e atraiu toda a humanidade
para si. É um dia de jejum e de penitência para colocar-nos diante do
mistério do maior amor de Jesus na cruz. Lá, morto, deixou seu coração
partir. Do coração partido, nascem os sacramentos da Igreja.

É o único dia do ano em que não se reza Missa. Porém, há uma


celebração chamada “Celebração da paixão do Senhor”, normalmente
celebrada perto das 15h, hora em que, segundo a tradição, Jesus foi
martirizado e morto.
A cor litúrgica é a vermelha. Lembra o sangue do mártir Jesus e o
sangue de tantos mártires de ontem, de hoje e de sempre. Todo o dia
de hoje deve estar voltado para o significado dessa celebração.

O presidente da celebração prostra-se por terra, em silêncio. Segue


uma oração. No evangelho é sempre lido a paixão segundo João, pois a
Paixão narrada por João mostra a suprema manifestação do amor do
Pai, a entrega de Jesus feita com liberdade e consciência nos mostra
os sinais da sua divindade, do seu esvaziamento da sua doação total.

Neste dia não há a liturgia eucarística, mas a adoração da cruz, pois a


liturgia é voltada para o sacrifício cruento da cruz. A cruz é um
escândalo, era maldição, era humilhação, mas se tornou sinal de
salvação, árvore da vida, libertação.

A liturgia da Palavra é encerrada com a Oração Universal, na qual a


Igreja reza pelas mais variadas intenções. Segue a adoração da cruz,
sinal de salvação para todos.
Eis a razão pela qual cantamos: “Vitória, tu reinarás, ó cruz, tu nos
salvarás!”
A seguir, há o rito da comunhão eucarística. Comungando o Cristo hoje,
participamos da Páscoa de sua Cruz.
A celebração termina em silêncio. Sinal do silêncio que devemos
guardar até a Vigília Pascal, na noite do Sábado Santo.
Sábado Santo
Quaresma – Catad 2023
O Sábado Santo é o dia do grande silêncio.

A Igreja está de sentinela. Deitada sobre o túmulo de seu Senhor à


espera daquele que passou da morte para a vida. Na verdade, o sábado
santo é um dia alitúrgico (sem liturgia). Todo esse dia até a vigília deve
ser de profundo silêncio e meditação, pois nesta noite, segundo uma
antiga tradição é celebrada uma vigília em hora do Senhor. O missal vai
dizer que os fiéis sejam como os que esperam o Senhor com suas
lâmpadas acesas, para que ao voltar os encontre vigilantes e os faça
sentar a sua mesa.

O sábado santo seja um dia de silêncio em que nos retiramos para


permanecer diante do Senhor e distante do mundo. Neste é o dia em
que os apóstolos vivem o momento mais forte de crise na fé e na
esperança. Nesse dia apenas Maria acreditou e esperou, sobre ela está
recolhida toda a fé da Igreja.

À noite, celebramos a “Vigília Pascal. A bênção do fogo novo é


prenúncio da presença de Cristo-luz em nossa vida.

O círio pascal (a grande vela) que será entronizado na igreja, é sinal da


presença do Senhor da História, presente sempre entre nós. Resta-nos
cantar, exultantes, a sua vitória com todos os crentes de ontem e de
hoje. Nele, ressuscitado, proclamamos a eterna páscoa da humanidade
e da Igreja.

Porém, queremos saber e contemplar mais onde começou todo esse


mistério de amor. Queremos escutar da própria Bíblia a História de
Amor, iniciada lá na criação. Segue, na Vigília, a Liturgia da Palavra que
nos prepara para a renovação de nossos compromissos batismais e
para a Missa da Páscoa.

A celebração da Páscoa de Jesus Cristo estende-se durante todo o


Tempo Pascal. São sete semanas de prolongamento da Páscoa.

(Da Redação Gaudium Press – Com informações Arquidiocese de


Maringá)
Domingo (A exaltação do Filho de Deus)

No domingo da Ressurreição de Jesus celebramos a sua vitória definitiva sobre a


morte. Após dois dias de silêncio e dor, em que os discípulos viram o sofrimento de
Jesus e o silêncio de Deus, Ele surge mais uma vez, glorioso como um homem
novo. Ele dá um sentido profético, as ofertas amorosas e generosas dos apóstolos,
dos mártires e de todos os cristãos, ao longo da rica e bendita história da Igreja,
Quaresma – Catad 2023
pois secção todo medo, todo desespero e a vida dos discípulos e a história da
humanidade tomam uma nova direção, todos os tempos e lugares foram afetados
com este acontecimento. A ressurreição de Jesus muda a vida daqueles que
deixam que ele penetre profundamente em sua vida, em seu interior, mudando o
seu ser
Sobre a importância da pascoa de Jesus, São Paulo, vai dizer: “Se Cristo não
ressuscitou, vã é a nossa fé.” (1Cor 15,17)

O pecado fez de nós, seres humanos perdidos, criaturas decadentes, destinadas a


morte e a dor. Ainda hoje em dia, muitos acreditam que sua existência, tão amada
e querida por Deus, está findada ao fracasso e não há nada mais a esperar. A
morte, em algumas pessoas, inspira terror e desespero, em outras, um modo,
ainda que obscuro e incerto de acabar com o sofrimento. Victor Frankl psicólogo
que viveu o sofrimento dos campos de concentração nazista na Segunda Guerra
mundial vai dizer: “Quem tem sentido de vida, pode suportar qualquer coisa.”

Jesus ressuscitado, se apresentou aos seus discípulos nesse dia. Ao fazê-lo, Jesus
mergulhou seus amados e fiéis discípulos, no bendito e santo oceano da esperança
e do amor.
Nesse dia, o Ressuscitado esposo de nossa alma, deseja se apresentar a cada um
de nós, com toda sua gloria e poder. Que sua presença amorosa, salvadora e viva
revigore, restaure, nossa vida. Que sejamos batizados no mistério da ressurreição e
renovemos, nosso discipulado nos caminhos da paz, Shalom.

Porque ele vive, posso crer no amanhã.

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