Beraká –

Oração familiar

capa

1
APRESENTAÇÃO

2
 “ Como sinal do ser igreja doméstica a Comunidade favoreça que periodicamente a
família se reúna para celebrar a presença de Deus em seu meio . Esta celebração
seja marcada pelo louvor ao Senhor e meditação de sua Palavra. Nestes momentos
de oração, a família encontre a força de encarnar em sua vivência familiar o projeto
divino a seu respeito. A esta celebração denominamos ‘Beraká’. ’”.1

1
ECCSh, 96
3
INTRODUÇÃO

A palavra hebraica beraká deriva da raiz bet-resh-kaf, sinônimo de “joelho”,

“genuflexão” e “inclinação”, palavras que indicam respeito. Ela também significa a
ação de abençoar, tornando-se uma palavra de benção, como o ato de ser
abençoado, ficando repleto de bênçãos. É uma expressão que designa uma ação
recíproca de doação e de recebimento. No entendimento hebraico, não é só Deus
que abençoa o homem, este também abençoa Deus, aqui no sentido de louvá-Lo. A
bênção é participação na ação salvífica de Deus; é uma forma de expressão e
concretização do relacionamento com Ele.

No Antigo e no Novo Testamento o termo abençoar compreende dois

movimentos: um descendente e outro ascendente. O primeiro tem como sujeito
Deus, indica a sua contínua ação salvífica e o dom de seu amor, misericórdia e paz
que desce até o homem. O segundo movimento tem como sujeito o homem que é
elevado até Deus e denota a sua atitude de louvor, adoração, exaltação, invocação e
gratidão a Deus.

Pode-se constatar no Antigo Testamento, a partir do Gênesis, que Deus,

criador e dispensador de todos os dons, abençoa as realidades criadas (Gen 1,22;
Gen 1,28) e durante a história da salvação, começando por Adão e passando pela
vida de Noé, Abraão, Isaac, Jacó, Moisés e tantos outros Deus assegura sua própria
presença junto a estes homens e estabelece com eles uma aliança. Por outro lado o
homem bíblico é impelido a dar uma resposta à comunicação amorosa de Deus. Ele
tem a certeza de que sua vida encontrava-se totalmente nas mãos de Deus e
expressa sua gratidão através da oração e do louvor como vemos, por exemplo, no
livro de Daniel (Dn 3,26ss e Dn 3,52-90) e no livro dos Salmos.

No Novo Testamento, nas histórias de Zacarias, Simeão, Maria, os discípulos e

o próprio Jesus, observa-se exemplos de pessoas que abençoam / bendizem ou que
são objetos de benção. Mas é em Jesus que a Beraká alcançará sua forma mais
plena, pois Nele se unem os dois movimentos da bênção, o de Deus que se inclina
até o homem e do homem que é elevado até Deus. No Verbo Encarnado, Deus se
manifesta plenamente ao homem e, imediatamente, suscita a resposta perfeita do
homem.

Nos evangelhos temos vários exemplos de Jesus que bendiz (rende graças) o
Pai: ”Pai, eu te dou graças porque me escutaste...” (Jo 11,41); “Eu te louvo, Pai,
Senhor do céu e da terra, porque escondeste...”(Lc10,21). Mas é durante a última
ceia que isto se torna mais explícito, quando Jesus “toma o pão, pronuncia a
bênção..., Toma o cálice, rende graças e o dá a seus discípulos” (Mt 26,26-27).
4
 Na tradição hebraica as expressões “pronunciada a bênção” (eulogêsas) e
“depois de haver dado graças” (eucharistêsas) dão a síntese do duplo movimento
ascendente e descendente da bênção. Por isso o termo eucharistia, tradução
greco-cristã de beraká passou a designar toda a celebração da ceia do Senhor vista
como fato que recapitula em si todas as bênçãos divinas concedidas ao povo da
aliança, que prefigura o cumprimento de todas as expectativas no Cristo, suprema
bênção do Pai e que, fazendo memória in mysterio de toda a redenção, a realiza e a
atualiza inteiramente para a salvação do povo da nova e definitiva aliança. Por tudo
isso, a igreja “rende graças” bendizendo o seu Senhor.2

A bênção de Deus perpetua-se hoje na sua Igreja através dos sacramentos,

da imposição das mãos sacerdotais e dos diversos ritos de bênçãos (bênção dos
noivos, dos lares, do trabalho, de um objeto, etc), bem como na Igreja doméstica,
na qual os pais abençoam os seus filhos.
.

O BERAKÁ NA COMUNIDADE SHALOM

A Comunidade direciona e incentiva as famílias à celebração do Beraká como

meio de tornar fecunda sua espiritualidade no carisma. O beraká é constituído
essencialmente dos momentos de louvor ao Senhor, meditação da sua Palavra e
comunhão de vida, com a finalidade como família, de buscar e encarnar o projeto de
Deus a seu respeito.

A família deve viver este momento num anseio sincero de submeter-se

inteiramente à vontade de Deus, pois só com essa disposição interior a celebração
do beraká se tornará um caminho seguro para conhecimento e vivência dos Seus
planos de amor para a própria vida. Devemos reconhecer o lugar mais apropriado
para a família: aos seus pés do Senhor, colhendo sua bênção e sua soberana
vontade, que gerará em nós louvor ao seu santo nome.

No Beraká a família encontra no Senhor refúgio e segurança, e celebra sua

pertença a Deus, numa atitude de profunda gratidão ao Autor da vida, Àquele que
tem a condução e a direção certa para cada um.

O Beraká celebrado periodicamente, anima a vida de oração familiar, estreita

os laços de amor entre os cônjuges e seus filhos, gera unidade entre seus membros
e com Deus, fomenta fidelidade ao Senhor e de uns para com os outros.
Acrescente-se também alguns preciosos frutos desta celebração familiar: o amor
fraterno, o perdão, a abertura ao diálogo, e a doação no serviço ao Reino e aos
irmãos. Este também é um momento no qual a família renova a experiência com
Jesus o Ressuscitado que passou pela Cruz.

2
conf. Dicionário de liturgia pg 127
5
 Assim como fez aos discípulos reunidos no cenáculo, Jesus apresenta-se às
famílias dizendo: “Paz a vós (Jo 20,19) ou, simplesmente, Shalom! Em Jesus, esta
saudação é uma comunicação real de Paz, ou seja, de toda sorte de bênçãos
espirituais e materiais, a felicidade perfeita que só o Messias pode nos trazer. É,
enfim, o anúncio e a doação da salvação plena. Podemos dizer, deste modo que
Jesus é o Shalom do Pai para o mundo, a verdadeira, plena e única paz que o
homem pode ter. Por isso, o Apóstolo diz: Cristo é a nossa paz. (Ef. 2, 14)”.3
Portanto, ao celebrar o beraká, as famílias devem orar para que sejam renovadas na
experiência com o Ressuscitado que passou pela Cruz, segundo Jo 20,19ss e assim,
sejam também vivificadas no carisma Shalom, especialmente nas dimensões da
evangelização, da unidade e da contemplação.

CELEBRAÇÃO PASSO A PASSO

Cada família deve ter, em suas casas, um local adequado para oração, “[...]
Nele sejam colocados uma cruz, um ícone de Nossa Senhora, uma Bíblia e uma
vela”.4

Como orientam nossos Estatutos, faz-se necessário reservar um tempo para a

celebração do Beraká: “a Comunidade favoreça que periodicamente a família se
reúna para celebrar a presença de Deus em seu meio [...] A esta celebração
denominamos ‘Beraká’.”.5 Para favorecer a fidelidade à celebração do Beraká é
importante que se fixe seu dia e horário, tendo sempre na mente e no coração a
importância vocacional da mesma.

LUCERNÁRIO

Reunidos em torno do oratório de sua residência, pais e filhos iniciam o

Beraká. O pai inicia a celebração invocando a Santíssima Trindade e convida a mãe
para acender as velas (lucernare), este é o momento do Lucernário (ou acendimento
de velas). A exemplo de Maria que trouxe a Luz ao mundo, a mãe da família (“a
lâmpada que brilha em candelabro sagrado”).6, devido a sua missão de dar a vida,
trazer a luz, acende as luzes da celebração que poderá ser um menorah, um par de
velas, ou ainda luminárias a óleo. A mãe também é sinal de luz espiritual e de
bênção ao mundo inteiro, particularmente em seu lar, por isso a simbologia deste
momento ser tão importante. “Quando Deus tem seu altar no coração da mãe, a
casa toda se transforma num templo”.7
3
ECCS, 01
4
ECCS, 96
5
ECCS, 96 Cf: 148
6
Eclo. 26, 17a
7
Cf. AQUINO, Felipe. Família, santuário da vida. p. 134
6
 Durante o acendimento das velas a mãe, com a participação de todos, faz uma
oração tendo como motivação Jesus Cristo, luz e salvação de todos. Esta oração
pode ser feita de forma espontânea, movida pelo Espírito Santo ou seguindo alguma
das fórmulas8.

O Lucernário ou acendimento das velas deve ser marcado por uma forte
súplica ao Espírito Santo, pois sem o Seu auxílio e favor nada podemos fazer. Por
isso, com fervor, deve-se pedir Sua graça, Sua unção, para que toda a celebração
seja conduzida no Seu poder.

“COMO SINAL DO SER IGREJA DOMÉSTICA LOUVE AO SENHOR” ·

Segue-se um momento de fervoroso e intenso louvor, no qual todos devem

expressar com gratidão e júbilo o que receberam do Senhor, através de cânticos
e/ou salmos, movidos pelos carismas do Espírito Santo. “Em uma comunidade
carismática de louvor, não há como separar louvor e manifestação dos carismas do
Espírito Santo. Quanto mais intenso o louvor mais fortemente manifestar-se-ão os
carismas”.9

Também deve ser apresentada ao Senhor, em ação de graças, toda a vida

familiar, louvando-se pelos dons recebidos, pelo que Deus tem feito na família, pelo
dom dos filhos, dos pais, avós, irmãos, pela graça que cada pessoa traz em si de
forma única, pelas dificuldades, pelas dores, provações e sofrimentos e pelo que a
divina providência tem reservado para a família no tempo que se está vivendo.

ORAÇÃO UNS PELOS OUTROS

A bênção (beraká) tem um significado importante na Bíblia. Quando os

patriarcas abençoavam as crianças, a bênção pronunciada não podia ser tomada de
volta.10 Assim também no Novo Testamento, podemos observar Jesus que passa
abençoando o seu povo: “Jesus abençoou algumas pessoas, como as crianças: ...
impondo as mãos sobre elas, abençoava-as (kateulógei)”11, seguindo a atitude
ordinária de um pai de família ou de um rabino”.12

8
Indicaremos fórmulas apropriadas a cada tempo litúrgico e para as celebrações das festas previstas nos Eccsh.
9
NOGUEIRA, Maria Emmir O. Louvor Brasa-Vida
10
Cf. Gn 27, 1-40; 49, 1-27
11
Mc. 10,16
12
SARTORE, Domenico; TRIACCA, Achille M. Dicionário de Liturgia. p.126
7
 Dois elementos contribuem para a realização da bênção: a palavra e um
gesto; uma palavra cheia de força divina, sempre acompanhada por um gesto,
sobretudo a imposição da mão, que constitui a confirmação do que é anunciado com
a transferência de uma força salvífica mediante uma ação (de contato)”.13

Percebe-se, então, a importância de impor as mãos uns sobre os outros e de

suplicar a ação de Deus em oração ministrada com fé, a fim de que ocorra uma
epifania da graça divina sobre a família, onde haja abertura e experiência concreta
dos dons e carismas do Espírito Santo. Este deve ser um momento comunitário de
escuta da voz do Senhor para toda família. Depois cada membro da família receberá
oração, ministrada no poder de Deus, suplicando seus milagres, seu socorro, sua
sabedoria e intervenção, sempre tendo em mente a amorosa busca do projeto divino
para a família e para cada pessoa.

Torna-se importante salientar que o pai assume uma missão quase que
sacerdotal na Igreja doméstica. A sua autoridade cheia de caridade e firmeza é
reflexo da paternidade divina na condução espiritual de sua família. Podemos
observar em toda história do povo de Deus, no Antigo Testamento em seus
patriarcas, como Abraão, Isaac e Jacó e, no Novo Testamento em São José, um
exemplo bem eloqüente que, através dos sonhos, conduzia sua família segundo o
beneplácito divino, que todos recebiam direcionamentos de Deus. Também na
história da Igreja, constatamos a influência do pai que assume a autoridade
espiritual na vida familiar. Há exemplos de muitos santos: como na história de Santa
Teresa de Jesus e Santa Terezinha do Menino Jesus e também de cristãos
admiráveis como Catherine Doherty (a Baronesa).

A autoridade paterna é partilhada pela mãe da família em um santo e

equilibrado relacionamento de co-submissão baseado no amor, no diálogo e na
oração, conforme ensina João Paulo II na encíclica Mulieris Dignitatem. A mãe da
família não deve descurar a missão confiada por Deus à mulher de humanizar o
homem, de ser para ele um ezer, isto é, um socorro de Deus, colocando a seu
serviço seu gênio feminino potencializado em sua maternidade biológica assumida
com alegria para o bem da família, educando-a para a piedade, o temor de Deus e a
espiritualidade da vocação.14 Sempre inspirada no serviço humilde e solícito de Maria
e confiante na ajuda eficaz do Espírito, terá sempre em mente que a educação dos
filhos supõe a educação para a oração, e que para tal, servirá sua família como
exemplo, como mãe e como mestra de oração, de temor a Deus, de obediência ao
Magistério e de piedade.

A PALAVRA DE DEUS

13
Ibidem, p.125
14
cf. Mulieris Dignitatem; Colaboração entre o homem e a mulher na Igreja e na sociedade – Sagrada
Congregação para a Doutrina da Fé, 2006
8
 A Palavra de Deus é fonte de sabedoria e de revelação do próprio Deus. Por
isso, um dos momentos fortes da celebração do Beraká é o uso da Palavra como
fonte de conhecimento e confirmação da vontade divina para a família que se reúne.
A meditação da Palavra nos dá força para encarnar a vontade divina. A Palavra de
Deus é alimento e direcionamento para toda a vida familiar, “A Palavra de Deus é a
fonte de toda a revelação (cf. Jo. 17, 17b). Conhecê-la, segundo São Jerônimo, é
conhecer o próprio Cristo, e desconhecê-la é ignorá-lO”.15

Durante a oração em família pode-se, conforme costume / tradição na

Comunidade Shalom16, pedir ao Senhor uma palavra inspirada, abrindo a Bíblia em
busca de confirmação ao que Deus vem falando na oração para a família e para cada
membro. Na Palavra de Deus busquemos condução, confirmação, esclarecimento
acerca de alguma situação específica, discernimento ou manifestação da vontade
divina para seus membros.

Uma das opções para vivenciar a meditação da Palavra, no Beraká, é a oração

com os salmos, que são poemas de louvor através dos quais o povo de Deus se
expressa no decurso de toda a história de salvação, de acordo com as mais diversas
situações vividas: de júbilo, de perseguição, de conquista, de perda, de tristeza, de
alegria, de súplica e petição, de intercessão, de vigilância, de fraternidade, de
momentos fortes de oração, de penitência, de abandono, de ação de graças, de
vitória, de reconhecimento, de lamentação, de perdão, etc. A vivência da oração com
os salmos possibilita uma experiência única e rica com Deus, que nos criou em seu
amor.

Outra opção de meditação da Palavra é escolher previamente um texto da

Sagrada Escritura, e aquele que preside, ou outra pessoa delegada por ele, pode
fazer uma breve colocação, meditando o texto, ou ainda fazendo uma lectio (leitura)
comunitária, ou seja, uma forma de meditação partilhada. Este pode ser um
momento propício para o anúncio do kerigma segundo a necessidade familiar.
Pode-se fazer uma breve colocação, ou motivação acerca do texto previamente
escolhido, levando em conta os tempos litúrgicos, a realidade específica da família,
bem como algum momento forte vivido pela Comunidade (mês vocacional, mês dos
baluartes, mês missionário e outras festas e solenidades), sendo também esta uma
oportunidade para a evangelização.

COMUNHÃO DE VIDA

Após a oração com a Palavra, chega-se ao momento da partilha de cada

membro da família sobre os frutos que esta celebração gerou em seu coração. A
partilha pessoal acerca do momento de oração vivido é de suma importância para
15
ECCS, Art. 36
16
Inspirado em alguns santos como São Francisco de Assis, santa Teresinha do Menino Jesus
9
que todos se sintam construtores da vivência familiar. Importante também é a
anotação do rhema da oração, das moções do Espírito e dos discernimentos, para
que a família possa melhor viver a vontade de Deus e também ver a mão de Deus
em toda a história familiar, conduzindo, providenciando, guardando, enfim amando e
salvando, o que vai gerar em cada coração uma profunda gratidão a Deus e uma
constante renovação da fé e da esperança na busca da vivência da caridade.

O pai ou a pessoa que estiver conduzindo a celebração pode então finalizar a

mesma com uma oração espontânea, ou rezar a oração indicada na fórmula que
segue no formulário de bênçãos. Após a oração final ficam os esposos que passarão
a fazer a Comunhão de vida.
A Comunhão de Vida é compostas por diversos itens e são de uma ajuda
ímpar para o casal e para a família. Uma vez por mês veja o casal cada tópico
apresentado neste manual, nas demais semanas eleger os pontos principais.

Este momento do beraká reservado aos cônjuges é de grande importância e

significado. É um momento de partilha do casal que falará das bênçãos de Deus, dos
frutos de sua ação bem como das dificuldades e dores que ambos vivem naquele
tempo. Ao final da partilha que um ore pelo outro.

Para os filhos que estarão ausentes, é bastante salutar observar que os pais
possuem um tempo para dialogar, partilhar e rezar um pelo outro. Esta constatação
gera nos filhos estabilidade, confiança e segurança por saberem que os pais buscam
em Deus a sabedoria para conduzir a família que lhes foi confiada.

A comunhão de vida abrange todas as dimensões e realidade por mês,

observem cada item que orienta este roteiro. Nas demais semanas fiquem atentos ao
que for urgente, prioritário ou a qualquer condução específica dada pelo Senhor.
Sugerimos que ao se ler o roteiro, o casal se detenha nos itens que lhes parecerem
mais importantes para o momento presente que o casal e a família vivem.

Para que as graças dadas na comunhão de vida não se percam ou caiam no

esquecimento, sugerimos que o casal separe um caderno específico para anotar a
trajetória por

Vivência Espiritual

1.1. Pessoal
a. Retiro pessoal e do casal: fidelidade, rhemas, frutos, dificuldades, etc.
b. Oração pessoal e estudo bíblico: rhemas, frutos, dificuldades.
c. Vivência dos sacramentos: Eucaristia diária e confissão mensal.
d. Rosário/Terço: relacionamento com Maria
e. Adoração ao Santíssimo Sacramento

10
1.1.1. Celebração do Beraká: direcionamentos do Senhor, frutos, dificuldades,
calendário.

1.2. Vivência Litúrgica:

a. Laudes
b. Completas
c. Festas litúrgicas: preparação e vivência
d. Simbólica litúrgica da casa (ajudará a família e a quem visitá-la, perceber
qual tempo litúrgico se está vivendo como Comunidade Shalom, como
Igreja ).

1.3. Vivência das Obras de misericórdias:

1.3.1. Obras de misericórdia corporais:

a. Dar de comer a quem tem fome e de beber aquém tem sede.
b. Acolher o estrangeiro (hospitalidade)
c. Vestir o nu
d. Visitar o doente e o prisioneiro
e. Enterrar os mortos
f. Correção fraterna
g. Consolar e confortar os aflitos. Dar bom conselho.
h. Instruir os menos esclarecidos
i. Perdoar as injúrias
j. Suportar pacientemente as fraquezas do próximo
k. Interceder pelos vivos e defuntos.

1.4. Reconciliação: resolver os conflitos, cultivar o perdão mútuo.

1.5. Vivência dos conselhos evangélicos segundo a vocação Shalom.

1.6. Comunhão de bens.

Dimensão Familiar

2.1 Relacionamentos:
a. entre os cônjuges
b. entre os pais e filhos
c. entre os irmãos
d. com os auxiliares de serviço
e. com outros familiares
f. com os amigos (abertura ao outro)

2.2 Ágape

2.3 Folga, férias, lazer.

11
 2.4 Casa:
a. Arrumação: harmonia e beleza
b. Compras: necessidade
c. Faxina
d. Manutenção

2.5 Necessidades pessoais: roupas, sapatos

2.6 Descanso, etc.

2.7 Saúde:
a. Médicos
b. Remédios
c. Exames
d. Atividade física

2.8 Estudo (desenvolvimento intelectual): cursos, leituras,línguas

2.9 etc.

2.10 Planejamento Orçamentário:

a. Necessidades ordinárias e extraordinárias.
b. Contas
c. Receitas/despesas.

1) Vivência Comunitária

3.1 Koynonia (mensal)

3.2 Vida fraterna: relacionamento com os irmãos da comunidade de vida e
aliança
3.3 Interação com outras casas da CV / outros casais da CAL
3.4 Interação com irmãos de formas de vida
3.5 Relacionamento com os irmãos da célula e casa comunitária
3.6 Grupo de partilha

2) Vivência Apostólica

4.1 Missão pessoal, missão do casal e da família: descobrir discernir e

desenvolver; co-responsabilidade com a obra.
4.2 Ministério (vivência do serviço).
4.3 Compromisso com a Evangelização.

3) Vivência Profissional (CA)

5.1 Exercício profissional: ordenação do tempo dedicado ao mesmo,

necessidades e dificuldades, etc.
12
 5.2. Vivência da Evangelização no trabalho, da missão de pescar almas para
Deus, testemunho de vida como discípulos e ministros da Paz, exercício da
caridade para com os colegas de trabalho,etc.

5.3 Competência: necessidade de aperfeiçoamento e verificação dos meios

para isso.

Fazer a comunhão de vida de modo semelhante ao Projeto de vida Pessoal,

podendo inclusive denomina-lo de Projeto de Vida Familiar, para isto dispomos em
planilha um modelo que pode ser copiado e aplicado para se fazer a comunhão de
vida da família.

RITO SIMPLIFICADO

01 – LUCERNÁRIO: Toda família em torno do oratório familiar inicia o

beraká, sob a presidência do pai. As velas serão acesas pela mãe. O
Lucernário é a ocasião de súplica ao Espírito e abertura aos seus carismas.

02 - ORAÇÃO UNS PELOS OUTROS: Deve-se orar uns pelos outros, impondo
as mãos, abrindo-se aos carismas, ministrando o poder de Deus.

03 – PARTILHA: Que este momento seja dedicado à partilha dos frutos da

oração e anotação do rhema.

03 - A PALAVRA DE DEUS: Neste momento a Palavra de Deus deve ser

lançada no solo familiar. Deve ser escutada com atenção para que produza
bons frutos.

04 - ORAÇÃO FINAL: O pai abençoa a família que Deus lhe deu, e em

seguida permanece a sós com a esposa.

05 - COMUNHÃO DE VIDA: Momento para se cultivar a partilha entre o

casal e para buscar a condução de Deus para a família.

13
 CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
1- Na celebração do Beraká o pai deve estar à frente, podendo compartilhar com a mãe a
condução da mesma. Esta condução pode ser delegada por completo ou em parte à
mãe, ou a outro membro da família quando se achar conveniente. É importante
identificar quem tem carisma para condução de determinados momentos na
celebração.
2- Conduzirão a celebração do Beraká em casos especiais, viúvas, e, em outros casos, o
membro da Comunidade Shalom presente na família.
3- Deve-se motivar a vivência dos tempos litúrgicos também na celebração do Beraká,
fazendo uso dos subsídios que a Igreja e a Comunidade oferecem, zelando pela
simbologia litúrgica de cada tempo nos lares, nos oratórios, cultivando, assim, o sentido
do sagrado no seio familiar.
4- Deve-se celebrar o Beraká diante do oratório familiar, primando por um local digno que
favoreça a vivência adequada da celebração entre os presentes;
5- A celebração do Beraká pode ser também uma ocasião de anúncio explícito e
kerigmático da pessoa de Jesus Cristo. Para os membros da Comunidade, é uma
excelente oportunidade para evangelização dos familiares.
6- Os pais devem procurar alimentar a piedade filial através de pequenos oratórios nos
quartos de seus filhos, onde cada um possa ser, desde a mais tenra idade, despertado
para a vivência da espiritualidade, da consciência da Presença de Deus. “Assumindo a
sua missão, em tudo eduquem seus filhos na fé, no espírito do Evangelho e do carisma
próprio que nos foi dado, educando-os pelo exemplo e por palavras para a partilha, a
pureza e a docilidade”.17
7- As famílias da Comunidade de Aliança nas quais um dos cônjuges ou outros membros
não pertencem à Comunidade e não têm familiaridade com a maneira carismática de
orar, busquem um caminho de sabedoria para, de forma paciente e kerigmática,
iniciarem um processo de conquista.
8- Os pais poderão propiciar aos filhos uma participação mais efetiva na celebração,
delegando-lhes a condução de alguns momentos. (Ex. A mãe poderá convidar a filha
para o acendimento das velas, o pai poderá convidar os filhos a fazer a leitura da

17
EECS, Art. 151

14
 Palavra ou ministrar a música, tocar algum instrumento, incentivá-los na abertura aos
carismas, motivá-los à partilha, convidá-los para animarem o louvor e etc.).
9- Os pontos propostos na comunhão de vida podem ser contemplados à medida da
necessidade familiar. Em uma celebração mensal abordem-se todos os pontos. Nas
demais semanas elejam-se aqueles mais necessários para a família no momento atual
que se passa.

FÓRMULÁRIO DE ORAÇÕES DO LUCERNÁRIO E

ORAÇÃO FINAL
🡺 Tempo Comum :
(pode-se utilizar o ordinário do manual)

Mãe: Que a luz de Cristo dissipe as nossas trevas.

Todos: O Senhor é a nossa luz e salvação.
Mãe: Demos graças ao Senhor.
Todos: É digno e justo, a Ele convém a grandeza e a exaltação com glória.
O pai conclui esse momento com a seguinte oração:
Pai: Graças te damos, Senhor, pelo teu Filho Jesus Cristo, pelo qual nos iluminaste,
revelando-nos a luz incorruptível. Que a tua graça nos faça reflexo da comunhão do amor
trinitário.
Todos: Amém.

ORAÇÃO FINAL

Bendito seja Deus, que em seu amor nos constituiu uma família. Que a exemplo da
família de Nazaré possamos juntos caminhar em unidade e santidade.
Em ti, Senhor, encontramos amparo, por isso nos abandonamos em tuas mãos.
A Ti consagramos nossas vidas e nos ofertamos como sacrifício de louvor.

15
 Que a tua benção desça sobre nossos filhos e os conduza sempre ao centro da Tua
vontade, fonte de verdadeira paz e felicidade.
Que nós como família sejamos reflexo da Tua amorosa Paternidade,
do Teu amor-criação.
Ao Senhor, todo louvor, honra e glória, para todo o sempre.
Amém!

🡺 Advento :

Mãe: Senhor, nosso Deus, preparai-nos para receber a luz de Cristo.

Todos: Vinde, Senhor Jesus, com a vossa luz e salvação.
Mãe: Bendito é Aquele que vem em nome do Senhor.
Todos: A Ele a honra, a glória e o nosso louvor.
O pai conclui esse momento com a seguinte oração:
Pai: Senhor, nós vos bendizemos por esse tempo de graça em que nos preparamos e
esperamos a vinda da Luz eterna que virá dissipar as nossas trevas. Que a vossa graça abra os
nossos corações para acolher a vossa luz.
Todos: Amém.

ORAÇÃO FINAL

Bendito seja Deus, que nos faz mergulhar numa santa expectativa na vinda de seu
Filho, Jesus Cristo, nosso Senhor. Com o coração em busca da verdadeira conversão
esperamos o Senhor no advento de sua encarnação a fim de o recebermos
dignamente.
Que a tua benção desça sobre nossos filhos e os conduza sempre ao centro da Tua
vontade, fonte de verdadeira paz e felicidade.
Que nós como família sejamos reflexo da Tua amorosa Paternidade,
do Teu amor-criação.
16
 Ao Senhor, todo louvor, honra e glória, para todo o sempre.
Amém!

🡺 Natal :

Mãe: O Verbo, Senhor nosso, se fez carne e nos trouxe a verdadeira luz.
Todos: E vimos a sua glória e a luz da salvação.
Mãe: Nós te adoramos, ó Menino Deus.
Todos: Tu que és a Luz do mundo.
Mãe: Glória a Deus no mais alto dos céus.
Todos: E paz na terra aos homens que Ele ama.
O pai conclui esse momento com a seguinte oração:
Pai: Pai de amor e de bondade, nós vos louvamos pela encarnação do vosso Filho
bem-amado, que veio para nos revelar a vossa face. Iluminai as nossas vidas com a vossa
graça.
Todos: Amém.

ORAÇÃO FINAL

Bendito seja Deus, pelo mistério de sua encarnação. Fazendo-se pequeno ensina-nos
o verdadeiro esvaziamento. A ti Senhor o nosso reconhecimento por Tua bondade
sem igual que se dignou fazer-se um de nós.
Que a tua benção desça sobre nossos filhos e os conduza sempre ao centro da Tua
vontade, fonte de verdadeira paz e felicidade.
Que nós como família sejamos reflexo da Tua amorosa Paternidade,
do Teu amor-criação.
Ao Senhor, todo louvor, honra e glória, para todo o sempre.
Amém!

🡺 Quaresma :
Mãe: Que a tua luz, Senhor, permaneça conosco nesse tempo de deserto e de purificação.
Todos: Fica conosco, Senhor, pois Tu és a nossa luz.
Mãe: Fica conosco, Senhor, pois sem Ti nós nos perderemos nas trevas.
Todos: Fica conosco, Senhor, pois sem Ti não temos a Vida.
Mãe: Fica conosco, Jesus, pois Tu és o nosso Deus e Senhor.
Todos: Nós te bendizemos, Jesus, por tua santa presença entre nós.
O pai conclui esse momento com a seguinte oração:
17
Pai: Bendito seja o Senhor nosso Deus porque com e em Jesus somos conduzidos pelo
Espírito Santo através do deserto.
Todos: Amém.

ORAÇÃO FINAL

Bendito seja Deus, que assumiu nossa condição em tudo menos pecado. Com Jesus
no deserto no deserto possamos como família acompanhá-Lo neste tempo propício
ao arrependimento e renovamento da fé no Evangelho. Queremos participar de teu
sofrimento redentor Senhor pela oração, esmola e jejum.
Que a tua benção desça sobre nossos filhos e os conduza sempre ao centro da Tua
vontade, fonte de verdadeira paz e felicidade.
Que nós como família sejamos reflexo da Tua amorosa Paternidade,
do Teu amor-criação.
Ao Senhor, todo louvor, honra e glória, para todo o sempre.
Amém!

🡺 Páscoa :

Mãe: Que a luz da salvação de Jesus Cristo ilumine as nossas vidas. Aleluia.
Todos: E que possamos transmitir esta luz bendita para o mundo. Aleluia
Mãe: Jesus ressuscitou! Aleluia!
Todos: Ele é a nossa paz! Aleluia!
O pai conclui esse momento com a seguinte oração:
Pai: Ó Deus, nós te louvamos porque teu Filho Jesus venceu a morte e abriu para nós as
portas da eternidade. Concedei que, celebrando a ressurreição de Jesus Cristo, renovados pelo
Espírito Santo, ressuscitemos também nós na luz da vida nova.
Todos: Amém.

ORAÇÃO FINAL

Bendito seja Deus, que ressuscitou seu Filho Bem-amado nos dando a certeza de
que nós com Ele também ressuscitaremos . O Ressuscitado que passou pela cruz
como apresentou-se aos apóstolos mostra-se a nós e nos comunica a sua Paz que
brota de seu lado aberto.

18
 Que a tua benção desça sobre nossos filhos e os conduza sempre ao centro da Tua
vontade, fonte de verdadeira paz e felicidade.
Que nós como família sejamos reflexo da Tua amorosa Paternidade,
do Teu amor-criação.
Ao Senhor, todo louvor, honra e glória, para todo o sempre.
Amém!

🡺 Pentecostes :

Mãe: Que pelo poder do Espírito Santo a luz de Cristo venha brilhar em cada um de nós.
Todos: Envia o teu Espírito, Senhor, e tudo será criado.
Mãe: Graças te damos, Jesus, pelo Consolador que nos deste.
Todos: A ti, Jesus, toda honra e toda glória, pois o Espírito Santo nos ensina a te louvar.
O pai conclui esse momento com a seguinte oração:
Pai: Ó Pai, em Jesus te bendizemos porque enviaste sobre nós o teu Santo Espírito.
Concede-nos, Senhor, o esplendor da tua luz e confirma-nos com os dons do teu Espírito.
Todos: Amém.

ORAÇÃO FINAL

Bendito seja Deus, que não nos deixou sozinhos. Misericordiosamente enviou-nos um
Outro paráclito, O Espírito Santo que dá testemunho da verdade e nos convence de
todas as coisas. Vinde Espírito de amor sobre nosso lar, assisti-nos Pai dos pobres,
doador de todos os dons, Doce hóspede da alma em todas as situações de nossa
vida.
Que a tua benção desça sobre nossos filhos e os conduza sempre ao centro da Tua
vontade, fonte de verdadeira paz e felicidade.
Que nós como família sejamos reflexo da Tua amorosa Paternidade,
do Teu amor-criação.
Ao Senhor, todo louvor, honra e glória, para todo o sempre.
Amém!

🡺 Festas marianas :
(é apenas uma sugestão de devoção à Nossa Santa Mãe...)
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Mãe: Que a Luz de Cristo venha a nós pelas mãos da Virgem Maria.
Todos: Por ela que é a cheia de graça e de luz divina.
Mãe: A minha alma glorifica ao Senhor.
Todos: E exulta o meu espírito em Deus, meu Salvador.
Mãe: Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres e
bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Todos: Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora da nossa morte.
Amém.
O pai conclui esse momento com a seguinte oração:
Pai: Pai Santo, nós te louvamos, porque recebemos a Luz que é Jesus por meio da tua
humilde serva, a Virgem Maria. Dai-nos a tua graça e que pela intercessão da nossa Mãe
santíssima possamos permanecer no Cristo pelo poder do teu Santo Espírito.
Todos: Amém.

ORAÇÃO FINAL

Bendito seja Deus, pelo Dom de Maria que fez a cada um de nós. À virgem
Santíssima recorremos pois nunca ficou desamparado quem a Ela recoorreu com
confiança e temor filial.
Que a tua benção Senhor por intercessão da Virgem Esposa do Espírito, Porta do céu
e Rainha da Paz desça sobre nossos filhos e os conduza sempre ao centro da Tua
vontade, fonte de verdadeira paz e felicidade.
Que nós como família sejamos reflexo da Tua amorosa Paternidade,
do Teu amor-criação.
Ao Senhor, todo louvor, honra e glória, para todo o sempre.
Amém!

🡺 Batismo do Senhor :

20
Mãe: A luz que brota da epifania do batismo do Senhor resplandeça sobre nós.
Todos: E nos tire das trevas do pecado e da morte.
Mãe: Bendizemos a Ti Deus das misericórdias pelo nosso batismo.
Todos: Através dele fomos banhados nas águas limpas e purificadoras da graça divina.
O pai conclui esse momento com a seguinte oração:
Pai: Ó Pai, te damos graças por nos teres revelado teu Filho Bem-Amado, autor de nossa
salvação, dai-nos nunca nos afastar de tua bondade.
Todos: Amém.

ORAÇÃO FINAL

Bendito seja Deus, que neste dia nos faz recordar o batismo de seu Filho por João
Batista. Com o precursor dizemos neste lá que não somos dignos sequer de
desatar-lhes as sandálias. Rogamos conversão de coração para todos nós.
Que a tua benção desça sobre nossos filhos e os conduza sempre ao centro da Tua
vontade, fonte de verdadeira paz e felicidade.
Que nós como família sejamos reflexo da Tua amorosa Paternidade,
do Teu amor-criação.
Ao Senhor, todo louvor, honra e glória, para todo o sempre.
Amém!

🡺 Santíssima Trindade:

Mãe: Vinde, adoremos o único e verdadeiro Deus: Pai, Filho e Espírito Santo, que habita em
luz inacessível.
Todos: Bendito seja Deus Pai, e o unigênito Filho de Deus, e o Espírito Santo, porque grande
é o Seu amor por nós.
Mãe: Bendita seja a Santíssima Trindade e indivisível Unidade.
Todos: Nós Lhe damos graças porque usou de misericórdia para conosco.
O pai conclui esse momento com a seguinte oração:
Pai: Louvor e glória a Deus, Trindade Santíssima, Pai, Filho e Espírito Santo, agora e para
sempre. Elevamos juntos o nosso cântico de louvor e de ação de graças à Santíssima
Trindade. Adoramos o mistério da arcana presença de Deus entre nós, contemplando em
silêncio os Seus desígnios de salvação.
Todos: Amém.

ORAÇÃO FINAL

21
 Bendito seja Deus, pelo mistério da indivisível Trindade Pai e Filho e Espírito Santo
que homem algum conseguirá desvendar. Desta Comunidade perfeitíssima
encontramos o modelo e referencial de doação e acolhimento de amor para nossa
família.
Que a tua benção desça sobre nossos filhos e os conduza sempre ao centro da Tua
vontade, fonte de verdadeira paz e felicidade.
Que nós como família sejamos reflexo da Tua amorosa Paternidade,
do Teu amor-criação.
Ao Senhor, todo louvor, honra e glória, para todo o sempre.
Amém!

🡺 Corpus Christi :

Mãe: Terra exulta de alegria, todos contemplem o resplendor da glória de Cristo Eucarístico.
Todos: Louvamos nosso Pastor e Guia com nossos hinos, e nossa voz.
Mãe: ‘Eis o pão que os Anjos comem’.
Todos: ‘ Transformado em pão dos homens, só os filhos o consomem, não será lançado aos
cães.’
O pai conclui esse momento com a seguinte oração:
Pai: Ó Deus Bom pastor, Pão da verdade, Tende de nós piedade, Conservai-nos na unidade,
Extingui nossa orfandade e conduzi-nos ao Pai.
Todos: Amém.

ORAÇÃO FINAL

Bendito seja Deus, pela solenidade do Corpo e sangue de seu Filho que nos alimenta
enquanto peregrinamos neste mundo. Dá-nos pela contemplação deste santo

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 sacramento o fortalecimento necessário para buscarmos a santidade e vida de
perfeição interior.
Que a tua benção desça sobre nossos filhos e os conduza sempre ao centro da Tua
vontade, fonte de verdadeira paz e felicidade.
Que nós como família sejamos reflexo da Tua amorosa Paternidade,
do Teu amor-criação.
Ao Senhor, todo louvor, honra e glória, para todo o sempre.
Amém!

🡺 Coração de Jesus :

Mãe: ‘Coração de Jesus, fornalha ardente de caridade’.

Todos: Tende piedade de nós.
Mãe: Coração de Jesus, fonte de vida e de santidade.
Todos: Tende piedade de nós.
O pai conclui esse momento com a seguinte oração:
Pai: Pai santo, vos damos graças pela vossa divina Providência, que nos permite, juntos, em
família, aqui presentes, prestar louvores e glórias ao Santíssimo Coração de Jesus, no qual se
manifestou do modo mais completo o amor paterno de Deus.
Todos: Amém.

ORAÇÃO FINAL

Bendito seja Deus, pelo coração traspassado de seu Filho. Nele encontramos nosso
refúgio, lugar seguro, qual fenda de um rochedo do qual podemos ver a glória de
Deus.
Que a tua benção desça sobre nossos filhos e os conduza sempre ao centro da Tua
vontade, fonte de verdadeira paz e felicidade.
Que nós como família sejamos reflexo da Tua amorosa Paternidade,
do Teu amor-criação.
Ao Senhor, todo louvor, honra e glória, para todo o sempre.
Amém!

🡺 São José :

23
Mãe: Ao acender esta vela reaviva em nós a chama da fé.
Todos: Como aquele fogo que envolvia o coração de José, o justo.
Mãe: Te damos graças, Senhor, pois José, assim como Maria, acreditou na tua palavra e dela
se tornou partícipe.
Todos: Cheio desta fé permitiu realizar-se o projeto divino, graças à sua disponibilidade.
O pai conclui esse momento com a seguinte oração:
Pai: Pai santo, a quem sobem nossos louvores neste dia, faze-nos, a exemplo de São José,
silencioso e fiel servidor do Senhor, sermos, também nós, servos comprometidos com a tua
soberana vontade.
Todos: Amém.

ORAÇÃO FINAL

Bendito seja Deus, pelo castíssimo e justo José constituído, pai adotivo de Jesus e
patrono da Igreja universal que hoje celebramos com singular veneração.
Que a tua benção, por intercessão de são José desça sobre nossos filhos e os
conduza sempre ao centro da Tua vontade, fonte de verdadeira paz e felicidade.
Que nós como família sejamos reflexo da Tua amorosa Paternidade,
do Teu amor-criação.
Ao Senhor, todo louvor, honra e glória, para todo o sempre.
Amém!

🡺 São Francisco :

Mãe: ‘O Amor não é amado’, com este brado, Senhor, vivifica nosso desejo de santidade.
Todos: Como Francisco, dá-nos a graça do amor total a Ti, Senhor.
Mãe: Elevamos nosso coração em gratidão pela vida de santidade de Francisco que ainda
hoje transborda em frutos para a Igreja.
Todos: Derrama tua graça sobre nós, e ensina-nos a aderir à tua santa vontade.
O pai conclui esse momento com a seguinte oração:
Pai: Deus de amor Tu és santo. És Aquele que moveste os santos a darem suas vidas por Ti,
pela Igreja e pela Humanidade como fez Francisco. Enche-nos de coragem para que, também
nós, doemos sem reservas nossas vidas a Ti.
Todos: Amém.

ORAÇÃO FINAL

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Bendito seja Deus, pelo Dom de Francisco, o probezinho de Assis. Queremos com ele
anunciar ao mundo que o amor não é amado e desapegados das criaturas anunciar
que Deus é o nosso Tudo.
Que a tua benção desça sobre nossos filhos e os conduza sempre ao centro da Tua
vontade, fonte de verdadeira paz e felicidade.
Que nós como família sejamos reflexo da Tua amorosa Paternidade,
do Teu amor-criação.
Ao Senhor, todo louvor, honra e glória, para todo o sempre.
Amém!

🡺 São Teresa de Ávila:

Mãe: Como esta chama que se acende, dai-nos Senhor, o dom da oração profunda.
Todos: Como enriqueceste santa Teresa de Jesus.
Mãe: Queremos o que Vós quereis.
Todos: Por isso dai-nos o entendimento que tudo passa e só Vós permaneceis
O pai conclui esse momento com a seguinte oração:
Pai: Pai de bondade, inflamai nosso coração de amor por vosso Filho Jesus, a ponto de nos
perdermos totalmente neste amor, e mergulha-nos numa autêntica vida de oração.
Todos: Amém.

ORAÇÃO FINAL

Bendito seja Deus, neste dia que celebramos santa Teresa de Jesus, com ela
afirmamos seu lenitivo ‘Só Deus basta’ e com ela queremos aprender a oração
profunda, parada e que nos introduz na sala do Rei.
Que a tua benção desça sobre nossos filhos e os conduza sempre ao centro da Tua
vontade, fonte de verdadeira paz e felicidade.
Que nós como família sejamos reflexo da Tua amorosa Paternidade,
do Teu amor-criação.
Ao Senhor, todo louvor, honra e glória, para todo o sempre.
Amém!

25
🡺 São Teresinha do Menino Jesus:
Mãe: Infunde em nós, Senhor, a ciência do amor divino da qual foi cumulada Teresinha do
Menino Jesus.
Todos: Mediante Jesus Cristo no Espírito Santo.
Mãe: As últimas palavras de Teresinha foram: «Meu Deus, eu Te amo».
Todos: Abrasa-nos com este amor simples e profundo próprio das almas apaixonadas por Ti.
O pai conclui esse momento com a seguinte oração:
Pai: Deus de infinito amor, nós te bendizemos por teres dado a Teresinha ‘a sabedoria infusa,
a lúcida, profunda e inebriante assimilação das verdades divinas e dos mistérios da fé’.
Todos: Amém.

ORAÇÃO FINAL

Bendito seja Deus, autor de toda santidade e que operou em santa Teresinha o
desejo do céu. Bendizemos-te pela pequena via e te pedimos um coração pequeno e
cheio de amor por tua santa vontade, nosso paraíso.
Que a tua benção desça sobre nossos filhos e os conduza sempre ao centro da Tua
vontade, fonte de verdadeira paz e felicidade.
Que nós como família seja reflexo da Tua amorosa Paternidade,
do Teu amor-criação.
Ao Senhor, todo louvor, honra e glória, para todo o sempre.
Amém!

BIBLIOGRAFIA

Estatutos da Comunidade Católica Shalom. Fortaleza: 2005. Edições

Shalom

SARTORE, Domenico & ACHILE, Triacca (org).Dicionário de Liturgia. São

Paulo: 1992. Paulus

AQUINO, Felipe. Família, santuário da vida. São Paulo: 2004. Editora

Cleófas

NOGUEIRA, Maria Emmir O. Louvor Brasa-Vida. Fortaleza: 2006. Edições

Shalom

26
JOÃO PAULO II, Papa. Mulieris Dignitatem. São Paulo: 1988. Paulinas

ÍNDICE

INTRODUÇÃO
O BERAKÁ NA COMUNIDADE SHALOM
CELEBRAÇÃO PASSO A PASSO
LUCERNÁRIO
“COMO IGREJA DOMÉSTICA LOUVE AO SENHOR” ·
ORAÇÃO UNS PELOS OUTROS
A PALAVRA DE DEUS
COMUNHÃO DE VIDA

27
ORAÇÃO FINAL
RITO SIMPLIFICADO
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
ANEXO DA CELEBRAÇÃO DO BERAKÁ
FÓRMULAS DO LUCERNÁRIO PARA OS TEMPOS LITURGICOS
BIBLIOGRAFIA

28