Você está na página 1de 5

3º ENCONTRO

19º ECC – ENCONTRO DE CASAIS COM CRISTO – 2ª Etapa

TEMA: FAMÍLIA, VOCAÇÃO A UMA ALIANÇA DE ENTREGA


LEMA: QUE TODOS SEJAM UM SÓ (Jo 17, 21)

A PRÁTICA ESPIRITUAL DO CASAL/FAMÍLIA: COMUNHÃO E FIDELIDADE

ORAÇÃO INICIAL – ACOLHIDA

A – Iniciamos o nosso encontro acolhendo-nos uns aos outros, desejando um abençoado encontro na paz
de Nosso Senhor, renovando nosso amor pela família, e agradecemos a Deus pela vida conjugal dos
casais de nossa Comunidade, cantando: (Oração pela Família – Pe. Zezinho)

MEMÓRIA

A – Dois casais podem dar testemunho sobre sua experiência espiritual como casal/família. (sugestão:
um recém casado e outro com 25 anos ou mais de matrimônio)
Deus nos fala – Tb 8, 4b-5.8
Tobias levantou-se e disse a Sara: “Levante-se minha irmã! Vamos rezar e suplicar ao Senhor que nos
conceda misericórdia e salvação”. Então ela se levantou, e os dois começaram a rezar, pedindo que Deus
os protegesse, e os dois disseram juntos: Amém! Amém!

REFLETIR A PALAVRA

Tobias chamou Sara para rezar, ela levantou-se e os dois rezaram, Ambos, com o Amém,
manifestaram disposição para iniciar a caminhada e casal que confia no Senhor que os uniu, por isso,
bendizeram a Deus por tudo o que Senhor realizou na vida deles. Apresentaram a reta intenção de formar
uma família conforme o desígnio de Deus, reconheceram a fragilidade própria do humano suplicaram
misericórdia para os dois e, ainda, pediram uma vida longa juntos. Naquela noite de casados, eles
reservaram um tempo dos afazeres e necessidades para juntos rezarem. Assim, iniciaram uma vida de
oração em comunhão esponsal e de escuta da vontade de Deus. Eles escolheram ter uma vida espiritual
em sua família. Colocaram a vida conjugal nas mãos do Senhor e iniciaram uma trajetória familiar
segundo o querer de Deus, através de uma caminhada espiritual. Hoje o casal Tobias e Sara tem um
rosto. O rosto dos casais da nossa comunidade paroquial.

A IGREJA NOS ENSINA


A – O centro e síntese da espiritualidade cristã é a pessoa de Jesus Cristo, Deus feito ser humano, por
obra do Espírito Santo no seio da Virgem Maria. Cada um de nós cristãos, somos convidados a nos
unirmos a Cristo e a Ele nos configurarmos. Porque Ele:
Leitor 1 – manifestou-nos o Pai em sua pessoa e pregação;
Leitor 2 – deu-nos um mandamento novo de nos amarmos uns aos outros, como Ele nos amou;
Leitor 1 – ensinou-nos o caminho das bem-aventuranças: ser pobres em espírito e mansos, tolerar as
dores com paciência, ter sede de justiça, ser misericordiosos, puros de coração, pacíficos, sofrer
perseguição pela justiça;
Leitor 2 – por amor padeceu sob Pôncio Pilatos. Morreu por nós como Cordeiro inocente que tira o
pecado do mundo;
Leitor 1 – foi sepultado e ressuscitou por seu próprio poder, e por sua ressurreição nos levou à
participação na vida divina;
Leitor 2 – subiu ao Céu, de onde virá de novo, com glória, para julgar os vivos e os mortos, cada um
segundo seus méritos, e seu Reino não terá fim.
Todos – A Ele louvor e glória para sempre.
Homens – Jesus Cristo, verdadeiro homem e verdadeiro Deus, é o centro do universo, da história e da
vida de todos os seres humanos e nosso único Salvador. Neste sentido, pode-se dizer que existe uma
única espiritualidade cristã em diversas formas para a pessoa batizada. No caso da família, em Cristo
encontramos o programa espiritual da família cristã como “Igreja doméstica”.
Todos – Jesus ensina-nos a rezar como o Senhor rezou.
Mulheres – Em consequência, não precisamos inventar um novo programa de espiritualidade cristã. O
programa e os recursos já nos são dados desde do nosso batismo. São os de sempre, recolhidos pelo
Evangelho e pela tradição viva e centrada em Cristo.
Todos – Jesus, ensina meus parentes e amigos rezarem como o Senhor rezou.
Homens – O conteúdo da espiritualidade cristã não muda ao se modificarem os tempos e as culturas,
ainda que se tenha em conta as diversas formas de espiritualidade, de acordo com as necessidades de
cada época e cultura.
Todos – Jesus, ensina os mais sofridos e pobres a rezarem como o Senhor rezou.
A – A partir de Jesus Cristo, o casal/a família que se exercita na vida espiritual, fazendo o que Ele fez,
obtém inúmeros e preciosos recursos para fortalecer os relacionamentos dos seus membros tais como
tolerância, tempo para estar com outro olhar de fé nos acontecimentos diários. Assim são capazes, pela
graça de Deus, de viver santamente o cotidiano das relações familiares e depois plenamente na
eternidade.
Todos – Eu e minha família queremos rezar como Jesus rezou.
Homens – Santidade, porque encarna e orienta a vida familiar pelo Evangelho. A prática espiritual dos
membros da família, em especial do casal, orienta e guia a forma como vivem, como dialogam, educam
os filhos, tratam as pessoas do convívio familiar, profissional e também os desconhecidos ou os
necessitados. O casal/a família que cuida do espiritual em sua casa consegue integrar toda a trajetória de
vida voltada para Deus, para procurar, a cada dia, fazer a vontade de Deus em suas vidas.
Todos – Jesus, ensina a minha Comunidade Paroquial a rezar como o Senhor rezou.
Mulheres – A espiritualidade na família faz com que todos vivam felizes e possam enfrentar com
dignidade as dificuldades da vida com segurança e com confiança em Deus pois, pela graça do
matrimônio, os membros da família reconhecem e celebram, mais perfeitamente, a presença de Deus em
cada acontecimento. Através dos exercícios das práticas espirituais da confiança, fidelidade e amor em
Deus, nós vimos, ouvimos e experimentamos: Deus está conosco!
Todos – Jesus, ensina os meus vizinhos a rezarem como o Senhor rezou.
Homens – Esposa, esposo e filhos, praticantes de espiritualidade intensa pela oração mística,
contemplação e celebração, são capazes de amar sem limites, numa reciprocidade de dons, porque são
alimentados pelo amor de Deus que os impulsiona a uma doação mútua e total. São capazes de se
comprometerem um com o outro, até os limites de suas existências, porque é na liberdade do amor que
encontram os meios para a vida de doação.
Todos – Jesus, ensina nossos doentes a rezarem como o Senhor rezou.
Mulheres – Outro meio da prática da espiritualidade conjugal e familiar é o diálogo cristão, fundado no
querer de Deus, em Jesus, pela força do Espírito que compartilha sentimentos, preocupações,
esperanças e a própria vivência espiritual, em que um fala e o outro escuta. Um diálogo que leva a
oração, porque, nela, eles vão escutar a Deus e sua vontade, para conduzir suas vidas.
Todos – Jesus, ensina nossos governantes a rezarem como o Senhor rezou.
A – Rezar é uma das autênticas e profundas formas de espiritualidade. Por isso, peçamos sempre Jesus,
ensina-nos a rezar como o Senhor rezou (Lc 11,1). Pai Nosso ...
Prática espiritual em casa – Diálogo Espiritual Conjugal (familiar)
A – Seria bom que o casal (membros da família) com o propósito de oração pessoal em comunhão,
pudesse ter uma conversa ao mês, buscando uma data rotineira que favoreça um encontro, escolhendo
um ambiente tranquilo e com/sem a presença dos filhos e alguns instrumentos à disposição como: a
Bíblia, o terço, um livro espiritual e outros. O bom seria que no quarto do casal ou na casa tenha-se um
pequeno santuário, uma capelinha, e ali, no Santuário da família, fazer a oração.
De mãos dadas, o casal (membros da família) para iniciar a oração, invoca o Espírito Santo para
auxiliá-los, deixando que o Espírito os inspire ao diálogo espiritual, numa conversa franca, em igual
oportunidade.
Esposo e esposa (membros da família) são convidados a começar o diálogo recordando um fato de
sua história, uma lembrança, um acontecimento do mês e outros, como, por exemplo: o momento em que
se conheceram; o namoro; o que os fez perceber que queriam ficar juntos, destacar alguns desafios
enfrentados pelo casal/família naquele mês; uma memória orante.
Como uma conversa puxa outra, podem concluir que algumas coisas precisam ser melhoradas, e daí
definir alguns propósitos para alcançarem essas melhoras necessárias a uma vida mais feliz, a cada dia,
para o casal e a família.
Para marcar os propósitos feitos, o casal (membros da família) é chamado a escrever o que definiu
como pontos a serem melhorados e guardem o papel escrito para o próximo encontro. Para encerrar
façam uma oração de agradecimento, ou mesmo, rezem as orações tradicionais como o Pai Nosso e a
Ave Maria.

O MAGISTÉRIO NOS ORIENTA

– O primeiro âmbito da cidade dos homens, iluminados pela fé, é a família, penso, antes de mais nada,
na união estável do homem e da mulher no matrimônio. Tal união nasce do seu amor, sinal e presença do
amor de Deus. Nasce do reconhecimento e aceitação do bem que é a diferença sexual, em virtude da
qual os cônjuges de podem unir numa só carne (Gn 2, 24) e são capazes de gerar uma nova vida, como
manifestação da bondade do Criador, da sua sabedoria e do seu desígnio de amor. Fundados sobre esse
amor, homem e mulher podem prometer amor mútuo com um gesto que compromete a vida inteira e que
lembra muitos traços da fé: prometer um amor que dure para sempre e possível quando se descobre um
desígnio maior que os próprios projetos, que nos sustenta e permite doar o futuro inteiro à pessoa amada
(Lumen Fidei 52). “A fé não é um refúgio para gente sem coragem, mas a dilatação da vida: faz descobrir
uma grande chamada – a vocação ao amor – e assegura que este amor é fiável, que vale a pena
entregar-se a ele, porque o seu fundamento se encontra na fidelidade de Deus, que é mais forte do que
toda a nossa fragilidade”(LF 53).

SANTIDADE EM FAMÍLIA

Pedro Moncau Júnior (1899-1982) e Nancy Cajado (1909-2006)


Pedro Moncau Júnior e Nancy Cajado conheceram-se no dia 07 de setembro do ano de 1931, e
casaram-se em 27 de junho de 1936. O casal Pedro e Nancy procurou viver a sua conjugalidade na
busca fiel e verdadeira dos valores cristãos. Pedro, médico, entrou para a conferência Vicentina e para a
congregação Mariana aos 18 anos, dedicando-se no atendimento aos pobres. Nancy, catequista,
pertencia à Ação Católica. O casal teve seis filhos, sendo que o segundo filho morreu aos 16 anos de
idade. Foi um casal que buscou na vida espiritual algo que os ajudassem na educação dos filhos e os
inspirassem a buscar Deus. Um casal que, efetivamente, procurou viver a vontade de Deus, para eles e a
sua família. Não tinham nada de especial, apenas, faziam de sua família um constante desafio especial
de santidade, pelo exercício da espiritualidade crista. No final da década de 1940, o casal encontra, nas
Equipes de Nossa Senhora, uma espiritualidade voltada para o crescimento nas virtudes domésticas, e
meios para um crescimento espiritual juntos. A partir dessa experiência de santidade conjugal, resolveram
em contato com Pe. Caffarel, em maio de 1950, propagar aquilo que viviam para o Brasil.

PARTILHAR

1. Você estaria disposto com a(o) sua(seu) esposo(a) a experimentar a oração conjugal/familiar a
partir, quem sabe, de hoje, antes de dormir?
2. Seria possível pensar numa conversa reservada, só o casal(família), num ambiente acolhedor, para
falarem de suas conquistas de casal cristão (família cristã)?

ORAÇÃO

– Trindade Santa, amar a família significa: saber estimar os seus valores e possibilidades, promovendo-os
sempre; descobrir os perigos e os males que a ameaçam, para poder superá-los; empenhar-se em criar
um ambiente favorável ao seu desenvolvimento. Ó Deus Trino, ajuda-nos, em meio às crescentes
dificuldades, dar às nossas famílias razões de confiança nas riquezas próprias que advêm da natureza e
da graça, na missão que Deus lhes confiou. Sagrada Família, conceda às famílias do nosso tempo altura
e seguimento fiel ao nosso amado Jesus. Amém!

Você também pode gostar